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O discípulo que Jesus amava 5 vezes


CHAMADOS A INTIMIDADE Jo 21. 20-24

Introdução

Quero iniciar essa mensagem falando a respeito de um discípulo do nosso Jesus por
nome João o discípulo amado.
João era o filho de um mestre pescador que tinha empregados (Mc 1.20), e de
Salomé, que era uma das mulheres que ministravam ao Senhor com Seus bens (Lc
8.3). O seu livro é o último dos livros inspirados escritos ( uns 50 anos depois da
ascensão de Jesus aos céus); é de todos os evangelhos o mais profundo. Tem sido
chamado “o âmago de Cristo”, porque revela o próprio coração de Jesus.

Segundo algumas testemunhas; foi escrito e publicado em Éfeso, a pedido do


apóstolo André e dos bispos asiáticos, a fim de combater certos erros então correntes
sobre a divindade de Cristo. Nessa época todos os demais discípulos estavam mortos,
e uma nova geração nasceu de todas as nações e culturas.
João desejava colocar colírio nos olhos dos que não conviveram com Cristo. Em seu
evangelho, ele faz a profunda imersão nos momentos históricos que precederam a
crucificação. Quase a metade do seu evangelho abrangeu as últimas 48hs de vida de
Jesus que antecederam a crucificação. A maioria não tinha uma visão clara sobre a
personalidade, dos pensamentos, desejos e propósitos do mestre. João queria
conduzi-los a vivencia dos acontecimentos e transportá-los para as palavras vivas e
originais de Jesus. Para isso deixou a nós, pelo Espírito Santo, o legado dos seus
escritos.
A chave do livro é a palavra CRER. Neste evangelho, Jesus se apresenta como
aquele em quem devemos crer; e na epistolas de João como aquele quem devemos
amar; e no Apocalipse, como aquele a quem devemos esperar. Mas crer em que?
Crer na divindade do Homem Cristo Jesus.

Os evangelhos é o coração da bíblia, e o de João é o coração dos evangelhos;


somente ele relata os grandes discursos sobre o novo nascimento, a Água Viva, o Pão
da Vida, O bom Pastor, a Luz do Mundo, junto com a maravilhosa exposição dos
propósitos de Cristo na última ceia. Aqui não há genealogia, nem nascimento, nem
mocidade, nem crescimento, nem batismo, nem tentação, nem Getsêmane; tudo
condiz com o mesmo propósito: provar que Jesus é Deus. “Jo 20.31” “Estes, porém,
foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que,
crendo, tenhais vida em seu nome”. O livro todo é testemunho desta verdade, e
testemunho é uma das palavras chaves do livro.
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O livre nos mostra uma tríplice revelação de Cristo, ele revela Cristo como:

1º A Vida, que é manisfesto ao mundo;

2º Luz eterna, da qual João o Batista veio dar testemunho, porem não compreendido;

3º Amor, que é revelado aos crentes e descrentes na cruz, no sepulcro e na


ressurreição.

Não exagero superestimar a importância desta profunda revelação, que é o verdadeiro


coração da verdade. A divina natureza, obra, método, comunhão, misericórdia e graça
resume-se nisto, que o filho é vida, luz e amor, e cada benção presente ou em
pespectiva, está abrangida por esta verdade e por ela nasce.

Todos consideram João o mais dócil dos discípulos, o que não corresponde à
realidade. Ele se transformou, ao longo da vida, num ser humano repleto de amor.
Mas, antes de encontrar Jesus e durante a sua caminhada com o mestre, sua emoção
flutuava como um pêndulo.
João tinha momentos de brandura alternados com reações de intensas
agressividades, simplicidade, com intolerância.

PERSONALIDADE
João seria o mais novo dos 12 discípulos, tinha provavelmente cerca de vinte e quatro
anos de idade à altura do seu chamado por Jesus.

As heranças deixadas nos escritos de João, demonstram uma personalidade


extraordinária.

De acordo com as descrições ele seria imaginativo nas suas comparações, pensativo
e introspectivo nas suas dissertações e pouco falador como discípulo. É notório o seu
amadurecimento na fé através da evolução da sua escrita.

Foi manifesta nos livros da Bíblia a admiração de João por Jesus. João foi chamado
por Jesus de Boanerges que quer dizer “Filhos do Trovão”. Esse nome não era por
acaso, pois ele tinha atitudes impetuosas.

Foi o único que propôs excluir os opositores, pedindo a Jesus se poderia clamar por
fogo do céu para consumir os seus inimigos. Mas Jesus tinha o apreço todo especial
por pessoas complicadas, Ele declarou que veio para os doentes, queria lapidá-los e
fazê-los grandes ganhadores de vidas. João era um observador, ele observava o
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comportamento de Jesus como um fotógrafo profissional que observa a luz, a sombra
e o espaço, trazendo para si o melhor ângulo.

Percebeu desde cedo que Jesus não tolerava agressividade. João era o tipo de
pessoa que dava respostas rápidas e impensadas, entendeu que seguir a Jesus
exigia o preço da inteligência, do amor e de obedecer e estar na verdade. Tinha de
aprender a arte do perdão, a suportar criticas, a ser rejeitado, a enfrentar injustiças.
João foi duro ao proibir uma pessoa que estava usando o nome de Jesus para
expulsar demônios (Marcos 9:38).

João e seu irmão Tiago eram ambiciosos e revelaram a sua ambição quando
enviaram sua mãe a Jesus como porta-voz para pedir que em seu reino um se
assentasse a direita, e outro a esquerda.

Eles não entendiam que o reino de Jesus era em outra dimensão, e não neste mundo
físico, Jesus ficou admirado, pois eles não sabiam o que estavam pedindo na verdade.
E o senhor indagou se eles seriam capazes de beber o cálice do martírio. Precipitados
eles responderam que sim, sem imaginar na verdade que cálice era esse. João tinha
grande dificuldade de entender o mestre e sua mensagem como um todo, mais Jesus
revelava uma paciência incomum sobre os erros grotescos deste discípulo, Jesus não
desistia dele, e quando repreendia fazia com brandura. Pouco a pouco o artesão da
alma esculpia uma obra prima, moldava o barro conforme a sua perfeita vontade.
Pois Deus está procurando verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em
verdade. Ele está procurando vasos, e vasos de barro onde Ele possa depositar os
seus talentos, e que estejam dispostos e serem quebrados quando for necessário para
que voltemos ha essência da adoração, e adorá-lo como Ele merece.
João ficava estarrecido ao presenciar o cuidado carinhoso de Jesus com as pessoas.
O mestre tratava os miseráveis com a mesma atenção que dava aos lideres de Israel.
Jesus foi capaz de parar uma multidão para conversar com uma mulher que há anos
sofria de hemorragia. Interrompia a comitiva e estendia as mãos para mendigos como
se fossem as pessoas mais importantes do mundo. Cegos, paralíticos tinham seus
dias de príncipes e de princesas quando se encontravam com Jesus. (O teu dia de
príncipe e de princesa chegou e você terá um gabinete especial com ELE. A
humanidade de Jesus produzia laboratórios que chocava a emoção de João.
Os fariseus diziam que Jesus era louco, ameaçavam prende-lo e matá-lo, mas Jesus
não se perturbava e tratava-os com mansidão. Ao invés de discutir, contava-lhes uma
parábola para abrir os seus olhos espirituais e motivar a sua inteligência, e João bebia
continuamente da afetividade e da sabedoria e da graça de Jesus.
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João passou a enxergar as pessoas com os olhos de Jesus, e olhar além da cortina
dos seus comportamentos. Passou a entender que por traz de uma pessoa agressiva,
falsa, arrogante, existia uma alma que clamava por Deus e pela sua misericórdia.

O AMIGO PERFEITO
Ao final de sua jornada terrena com Jesus, João conheceu do mais excelente dos
sentimentos. Na última ceia, percebendo que seu mestre estava triste, teve um gesto
incomum na frente dos seus amigos. Reclinou a sua cabeça sobre o peito do mestre.
O jovem impetuoso aprendera rapidamente as lições do amor. João através de seu
gesto agradecia silenciosamente tudo o que Jesus tornara para ele. Revelou um amor
que ultrapassava os limites da racionalidade. Ele jamais poderia voltar para o mar da
Galiléia, pois tinha aprendido a navegar em outras águas, nas águas de estar na
perfeita vontade daQuele que o chamou. Com Jesus, ele poderia enfrentar
dificuldades maiores do que as tempestades do mar, mais sua vida só teria sentido se
Jesus estivesse ao seu lado. Aprendeu que não é o tamanho da tempestade que
determina a solidez da segurança, mas a certeza que existe um verdadeiro abrigo.
(Seguro está a minha ancora, seguro está embora brame o mar).
Quando terminou a ceia, Jesus se retirou. Suas ultimas palavras tinha sido eloqüentes
(João13 – 18). Jesus não pediu atos heróicos, nem exigira gigantismo e perfeição,
mas apenas que seus discípulos permanecessem no seu amor. E completou dizendo
que a única coisa que os fariam serem reconhecidos como seus discípulos, não era
uma posição social, um carro do ano, ou se você é, ou conhece alguma pessoa
influente na sociedade, mas a única coisa que os fariam serem reconhecidos como
seus discípulos era que vos amasse uns aos outros. A marca de uma nova vida não
era dada pelo sucesso das conquistas e a eloqüência das palavras, mas pela conduta
de vida através do amor entre eles.
Esses textos são poéticos e ricos em sentimentos, essas palavras nos trazem o
perfume do amor de Cristo para a sua igreja hoje.

O ÁPICE DA INTIMIDADE
Quem quer alcançar o ápice da intimidade com Deus?
Com essas palavras, Jesus nos deixou uma mensagem espetacular, preste atenção
que você vai flutuar na presença Dele. O ápice da relação do ser humano com Deus é
a amizade. Muitos querem ser servos e escravos de Deus, mas Deus quer amigos
para segredar-lhe no coração os seus sentimentos. Muitos querem ser súditos de
Jesus, mas ele quer amigos que conheçam as vielas do seu ser, a verdade da sua
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palavra, e a intimidade com seu Espírito. Muitos mostram reverenciar diante de Deus,
mais não sabem que a maior reverência é tornar-se um amigo intimo de Deus.

João é um amigo verdadeiro, João estava no monte onde ocorreu a Transfiguração de


Jesus, João compartilhou dos momentos mais difíceis de Jesus no Getsêmani, João
ficou perto de Jesus durante todo o tempo de sua crucificação, três dias após o
sepultamento foi à procura do corpo do Mestre.

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