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CRITÉRIOS ESPECÍFICOS
1. 5 PONTOS
“Primavera marcelista”.
2. 20 PONTOS
Tópicos de resposta:
- autorização do regresso de exilados ao país (bispo do Porto ou outro exemplo):
- abrandamento da ação da PIDE cuja designação passou para DGS ou abrandamento da censura
e alteração da designação para Exame Prévio ou a União Nacional passou a designar-se Ação
Nacional Popular: “manobra ideologicamente através da mudança de designações inconvenientes,
mantendo inalteradas as organizações respetivas, e, assim, a União Nacional passa a denominar-
-se Ação Nacional Popular, a PIDE […] passa a ser DGS […]” (Doc. 3);
- abertura da União Nacional a elementos independentes da ala liberal;
- reconhecimento de alguma liberdade de campanha à oposição ou abertura à existência de
movimentos oposicionistas: CDE (ou Comissão Democrática Eleitoral), CEUD (ou Comissão
Eleitoral de Unidade Democrática) ou CEM (ou Comissão Eleitoral Monárquica);
- autorização da realização dos II e III Congresso da Oposição Democrática, em Aveiro, no qual se
debateram “as opções ideológicas e políticas em jogo” (Doc. 3);
- alargamento do direito ao sufrágio a todas as mulheres escolarizadas;
- realização de atos eleitorais livres, segundo o regime;
- assinatura de um acordo com a CEE no âmbito da política desenvolvimentista e de abertura ao
exterior;
- aprovação de uma nova legislação que dispensava de homologação ministerial as direções
sindicais eleitas;
- adoção de algumas medidas no domínio da Segurança Social: Previdência Social dos
trabalhadores rurais ou para o pessoal do serviço doméstico ou criação do regime da ADSE para os
funcionários públicos;
- reforma do ensino (ou reforma Veiga Simão), com o alargamento da escolaridade e inovações
curriculares.
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LINHAS DA HISTÓRIA 12
seguintes parâmetros:
organização coerente dos conteúdos.
utilização adequada da terminologia específica da disciplina.
Integração pertinente da informação contida no documento. 6 7 8
ou
A resposta apresenta a referência a uma das mudanças solicitadas, com:
organização coerente dos conteúdos.
utilização adequada da terminologia específica da disciplina.
integração pertinente da informação contida no documento.
A resposta apresenta a referência a uma das mudanças solicitadas ou a ausência de individualização
1 de cada uma das mudanças solicitados, com falhas em, pelo menos, um dos seguintes aspetos:
• organização coerente dos conteúdos. 2 3 4
• utilização adequada da terminologia específica da disciplina.
• integração pertinente da informação contida no documento.
3. 10 PONTOS
(A) – (6); (B) – (4); (C) – (3); (D) – (2); (E) – (5)
4. 25 PONTOS
Tópicos de resposta:
- [Sobre os perigos do pluralismo ideológico e da liberdade de pensamento político] Enquanto
Marcello Caetano alerta para os perigos do socialismo que “está na moda”, defendendo que o mesmo
leva ao “comunismo autoritário” e ao fim da propriedade privada através da “apropriação dos meios
de produção”, o documento 3, referente ao 3.º Congresso da Oposição Democrática de Aveiro,
defende a necessidade de soluções ideológicas diversas [ou de pluralismo político e ideológico],
para responder a problemas “complexos” da sociedade, em “que todos possam participar propondo
as suas soluções”, sem “subordinação a esquemas preestabelecidos ou a ditames arbitrários”, numa
alusão ao monolitismo político do regime do Estado Novo;
- [Sobre o significado do corporativismo em Portugal] O documento 1 defende a experiência do
corporativismo em Portugal que, “há muitos anos”, “deu relevo aos interesses socais” e à
“intervenção do Estado na economia”, e cujas realizações dispensam outras doutrinas que invocam
os interesses sociais. Por seu lado, o documento 3 destaca a contradição do corporativismo que se
apresenta como árbitro do capital e do trabalho, ou seja, dos “interesses antagónicos”, mas que é
afinal a ideologia e expressão da classe dominante do “grande capital” e, por isso, não podia ser
imparcial nos conflitos sociais;
- [Sobre o liberalismo político] Caetano defende que o liberalismo político deve ser recusado e que
constitui igualmente um perigo, como facilitador da liberdade ao conceder “facilidades de doutrinação
e de ação” ao socialismo e ao comunismo que são considerados “inimigos” da liberdade. O
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LINHAS DA HISTÓRIA 12
1. 5 PONTOS
2. 20 PONTOS
Tópicos de resposta:
– destituição do Governo, do Presidente da República e de outros dirigentes do Estado Novo e
entrega do poder a uma Junta de Salvação Nacional;
– abolição das estruturas de suporte do Estado Novo (Censura/Exame Prévio ou PIDE/DGS ou
UN/ANP ou outra);
– defesa do respeito pelos direitos humanos e das liberdades fundamentais “denúncia contra o
regime e a sua política colonial” (Doc. 1) ou consagração da liberdade de imprensa e de expressão;
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LINHAS DA HISTÓRIA 12
seguintes parâmetros:
organização coerente dos conteúdos.
utilização adequada da terminologia específica da disciplina.
Integração pertinente da informação contida no documento. 6 7 8
ou
A resposta apresenta a referência a uma das medidas solicitadas, com:
organização coerente dos conteúdos.
utilização adequada da terminologia específica da disciplina.
integração pertinente da informação contida no documento.
A resposta apresenta a referência a uma das medidas solicitadas ou a ausência de individualização de
1 cada uma das medidas solicitadas, com falhas em, pelo menos, um dos seguintes aspetos:
• organização coerente dos conteúdos. 2 3 4
• utilização adequada da terminologia específica da disciplina.
• integração pertinente da informação contida no documento.
1. 5 PONTOS
D
2. 5 PONTOS
B
3. 5 PONTOS
D
4. 5 PONTOS
A
5. 10 PONTOS
4
LINHAS DA HISTÓRIA 12
6. 50 PONTOS
Tópicos de resposta:
Do acentuar das tensões políticas entre 11 de março e o “Verão Quente” de 1975:
- apesar da intenção do programa do MFA em manter a normalidade da ordem pública, o processo
de mudança não foi pacífico e revelou tensões quanto às diferentes soluções da transformação do
país ou depois da adesão à revolução, as divergências evidenciaram-se quanto à solução a adotar
para o problema colonial ou descolonização;
– ambiente de pressão social com movimentos reivindicando melhorias salariais e socais ou com
greves e manifestações contra a ida de militares para o Ultramar ou crescente agitação social e
política o que fragilizou o I Governo Provisório que se demitiu, bem como o presidente da República,
o general Spínola;
- devido à discordância das posições do MFA sobre a descolonização imediata (ou Spínola não
concordava), e o pretenso apoio da “maioria silenciosa”, o general Spínola liderou uma tentativa de
golpe ou 11 de Março, apoiado em setores mais moderados e conservadores ou o golpe fracassou
e Spínola exilou-se ou ação contrarrevolucionária dos setores mais conservadores das Forças
Armadas, lideradas pelo general Spínola que se tinha demitido do cargo de presidente da República
ou a tentativa de golpe do 11 de Março de 1975, liderada por Spínola, revelou que podia haver um
retrocesso na linha mais revolucionária ou na via para o socialismo que os setores mais
revolucionários do MFA pretendiam implementar;
- evidenciou-se a radicalização política no seio do MFA com a nomeação de Vasco Gonçalves para
primeiro ministro do II e do III Governos Provisórios (até ao V) ou iniciou-se uma fase revolucionária
e radical com apoio de partidos de esquerda, sobretudo do PCP, ao “gonçalvismo” ou o PREC (ou
Processo Revolucionário em Curso) foi conduzido pelo Conselho da Revolução e pelo IV e V
Governos Provisórios liderados por Vasco Gonçalves (ou período também conhecido por
“gonçalvismo”);
- depois do golpe do 11 de Março concretizou-se a viragem à esquerda e a radicalização
revolucionária da vida política portuguesa com a extinção da JSN e do Conselho de Estado ou a
criação do Conselho da Revolução composto exclusivamente por militares: “os acontecimentos
ocorridos em 11 de março de 1975 impõem uma tomada de atitudes muito firmes por parte do
Movimento das Forças Armadas […] o Movimento das Forças Armadas decidiu institucionalizar-se,
mediante a criação desde já de um Conselho da Revolução” (Doc. 1) ou a radicalização do processo
político foi característica do período após o 11 de Março de 1975, destacando-se o “Verão Quente”
de 1975;
- o objetivo político era conduzir o país rumo ao socialismo revolucionário ou promoveram-se
iniciativas com vista ao exercício do poder popular inspirado nas democracias populares do Leste
da Europa ou as assembleias populares tomavam sob a sua iniciativa as decisões para responder
às necessidades locais: “é necessário que às massas trabalhadoras sejam asseguradas condições
de participação ativa, o que passa por formas de organização popular, […] estimulando-a e apoiando-
-a para a defesa e dinamização da Revolução em curso.” (doc. 3) como a ocupação de casas ou
de terras ou a criação de comissões de trabalhadores ou outras associações populares “As
Comissões de Moradores, Comissões de Trabalhadores e outras organizações de base popular […]”
(doc. 3).
- adoção, durante o PREC, de medidas de caráter revolucionário (ou de orientação socialista), bem
como iniciativas de implementação de poder popular: “A aliança Povo-MFA tem sido uma realidade
constante do processo revolucionário até ao momento presente. […] é necessário que às massas
trabalhadoras sejam asseguradas condições de participação ativa, o que passa por formas de
organização popular, […] estimulando-a e apoiando-a para a defesa e dinamização da Revolução
em curso. “ (Doc. 3);
- aprovação de um conjunto de medidas para a intervenção do Estado na economia ou para
combater a fuga de capitais ou o poder dos grupos monopolistas;
- as medidas económicas visaram a destruição de grandes grupos económicos, monopolistas
mediante a criação do “Banco do Povo“ (Doc. 2) ou a apropriação dos setores-chave da economia;
- consagração dos direitos dos trabalhadores ou adoção de medidas no domínio dos direitos sociais
dos trabalhadores e das classes mais desfavorecidas;
- aprovação da nacionalização das instituições financeiras: “Banco do Povo Dinheiro do Povo” (Doc.
2) ou o Estado passou a ter controlo na gestão e administração das empresas e instituições
nacionalizadas ou foi aprovada a nacionalização das grandes empresas ligadas aos setores
económicos-chave;
- ocupações de terras pelos trabalhadores rurais no sul do país (ou no Alentejo) ou a lei da Reforma
Agrária legalizou as ocupações ou promoveu a expropriação das grandes herdades ou criou
Unidades Coletivas de Produção (UCP).
6 Nível Intercalar 38 41 43
A resposta apresenta:
Níveis **
• abordagem de seis ou cinco aspetos de, pelo menos, dois dos tópicos, por exemplo, (2/2/2)
5 ou (3/2/1) ou (3/3/0) ou (2/2/1) ou (3/2/0) ou (3/1/1); 31 34 36
• organização coerente dos conteúdos;
• utilização adequada da terminologia específica da disciplina;
• integração pertinente da informação contida em três ou dois dos documentos.
4 Nível Intercalar 24 27 29
A resposta apresenta:
• abordagem de três ou dois aspetos dos tópicos, por exemplo, (1/1/1) ou (3/0/0) ou (2/1/0)
3 ou (1/1/0) ou (2/0/0); 17 20 22
• organização coerente dos conteúdos;
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LINHAS DA HISTÓRIA 12
1. 5 PONTOS
Portugal e o Futuro
2. 20 PONTOS
Tópicos de resposta:
- condenação do colonialismo português pela ONU ou reconhecimento pela ONU do direito dos
povos à autodeterminação acentua o isolamento de Portugal: “o problema não é expulsar Portugal
das Nações Unidas; é reconhecer que o governo português já não tem o direito — se é que alguma
vez o teve — de representar o nosso povo no seio das Nações Unidas, da mesma forma que não
tem o direito de o representar no seio da OUA” (doc. 1);
- persistência do Estado Novo em defender o princípio de Portugal como país pluricontinental,
constituído pela metrópole e pelas províncias ultramarinas ou pluricontinental e multirracial “do
Minho a Timor”;
- criação de movimentos nacionalistas que lutam pela independência dos seus povos ou pelo direito
à autodeterminação e à independência: “É reconhecer que o único, verdadeiro e legítimo
representante do povo da Guiné e das ilhas de Cabo Verde é o nosso partido, o PAIGC.” (doc. 1)
ou de movimentos independentistas que recorrem à luta armada como o PAIGC ou FRELIMO ou
MPLA ou FNLA ou UNITA;
- rejeição do governo português das propostas de negociação apresentadas pelos movimentos de
libertação, considerados terroristas ou governo português não dialoga com os líderes dos
movimentos independentistas;
- acentua-se a contestação interna e externa à guerra ou a guerra levou ao agravamento das
dificuldades económico-financeiras do país ou aumento da contestação interna ao regime ou
oposição à política colonial por setores da oposição democrática ou católicos progressistas;
- aumento das divisões nas Forças Armadas perante o impasse militar ou livro de Spínola ou
Portugal e o Futuro defende que a solução para o problema do ultramar é político e não militar revela
o descontentamento dos militares com a política colonial;
- após a Revolução de 25 de Abril, evidenciam-se as divergências no MFA quanto à solução para
a guerra colonial: “O princípio de que a solução das guerras no ultramar é política e não militar, […]
implica de acordo com a Carta das Nações Unidas o reconhecimento por Portugal do direito dos
povos à autodeterminação.” (doc. 2) ou a defesa da descolonização no programa do MFA levou ao
confronto entre as teses federalistas de Spínola e as teses da independência imediata defendidas
por outros setores do MFA;
- as pressões internas para a independência ou manifestações de apoio ao regresso imediato dos
soldados ou pressões internacionais para a autodeterminação das colónias levou à aprovação da
Lei 7/74, que reconheceu o direito das colónias à independência: “O reconhecimento do direito à
autodeterminação, com todas as suas consequências, inclui a aceitação da independência dos
territórios ultramarinos.” (doc. 2);
- existência de vários movimentos de libertação nas ex-colónias agravou os problemas no processo
de descolonização ou as negociações com os movimentos de libertação das colónias foram difíceis;
- a ocupação de Timor pela Indonésia impediu o processo de descolonização do processo território
até ao final do século XX.
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LINHAS DA HISTÓRIA 12
3. 10 PONTOS
(A) – (4); (B) – (3); (C) – (7); (D) – (1); (E) – (6)