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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO


PARANÁ
CAMPUS PATO BRANCO
Coordenação do Curso de Licenciatura em
Letras Português-Inglês

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS


PORTUGUÊS - INGLÊS DA UTFPR, CAMPUS PATO BRANCO

PATO BRANCO
Junho de 2011

1
Reitor da UTFPR
Carlos Eduardo Cantarelli

Pró-Reitor de Graduação e Educação Profissional


Maurício Alves Mendes

Diretoria Geral do Campus Pato Branco


Tangriani Simioni Assmann

Assessoria Executiva
Samoara Viacelli da Luz

Chefia de Gabinete
Sylvia Noêmia Cardoso

Assessoria de Comunicação
Neiva Regina Pizato

Diretoria de Graduação e Educação Profissional


Jean-Marc Stephane Lafay

Assessoria de Graduação e Educação Profissional


Soelaine Rodrigues Ascari

Secretaria de Educação Profissional e Graduação Tecnológica


Gustavo Gomes Kuhn

Secretaria de Bacharelados e Licenciaturas


Gustavo Lacerda Dias

Secretaria de Gestão Acadêmica


Aline Cristiane Schnornberger Koch

Departamento de Educação
Anselmo Pereira de Lima

Núcleo de Ensino
Dalvane Althaus

Núcleo de Acompanhamento Psicopedagógico e Assistência Estudantil


Claudineia Rodrigues

Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Especiais


Mirélia Flausino Vogel

Coordenadoria do Curso de Licenciatura em Letras Português - Inglês -


COLET
Maria de Lourdes Bernartt

Departamento de Biblioteca
Cleide Bezerra

2
Departamento de Registros Acadêmicos
Charles de Vargas

Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação


Jean Carlos Cardozo da Silva

Assessoria de Pós-Graduação Stricto Sensu


José Abramo Marchese

Diretoria de Relações Empresariais e Comunitárias


Darlan Roberto Busato

Assessoria de Relações Empresariais e Comunitárias


João Carlos Felini Barbosa

Departamento de Extensão
Elisângela Granzoto Tumelero

Departamento de Estágios e Cursos de Qualificação Profissional


Telmo Artur Campestrini

Departamento de Serviços e Projetos Tecnológicos


Fabio Marcelo Walter

Diretoria de Planejamento e Administração


Tania Mara Romanini

Assessoria de Planejamento e Administração


Sonia Aparecida Hermann Antunes

Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos


Luizane Terezinha Correia Portolann

Departamento de Materiais e Patrimônio


Ana Paula Lindner

Departamento de Serviços Gerais


Neide de Fátima Kleinubing Larcher

Departamento de Orçamento, Finanças e Contabilidade


Cristóvão Roberto Colla

Divisão de Manutenção e Suporte ao Usuário


João Paulo Bazzo

Departamento de Projetos e Obras


Roberto Carlos Carneiro

Divisão de Serviços Auxiliares


Marcio Luiz Fernandes

3
Gestão e Tecnologia da Informação
Rudinei Silvestro

Equipe de Elaboração do Projeto Pedagógico do Curso – PPC


Componentes do NDE do Curso de Licenciatura em Letras Português –
Inglês

(Designada pela Portaria n°253 de 20 de dezembro de 2010)

Anselmo Pereira de Lima


Didiê Ana Ceni Denardi
Loraci Hofmann Tônus
Márcia Andrea dos Santos
Márcia Oberderfer Consoli
Maria de Lurdes Bernartt
Wellington Ricardo Fioruci

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................... 08
.
1. HISTÓRICO................................................................................................................ 08
1.1. Histórico da Universidade Tecnológica Federal do Paraná............................ 08
1.2. Histórico do Campus Pato Branco.................................................................. 11
1.3. Histórico do Curso de Letras Português – Inglês............................................ 15
1.3.1. Demanda.............................................................................................. 16
2. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO.................................................................................. 18
2.1. Denominação do curso................................................................................... 18
2.2. Titulação conferida.......................................................................................... 18
2.3. Nível do curso................................................................................................. 18
2.4. Modalidade do curso....................................................................................... 18
2.5. Duração do curso............................................................................................ 18
2.6. Área do conhecimento.................................................................................... 18
2.7. Habilitações..................................................................................................... 18
2.8. Regime escolar............................................................................................... 18
2.9. Forma de Ingresso.......................................................................................... 18
2.10. Número de vagas semestrais previstas por turma........................................ 19
2.11. Turno de funcionamento............................................................................... 19
2.12. Ano e semestre de início de funcionamento do curso.................................. 19
2.13. Finalidades do Curso.................................................................................... 19
2.14. Competências e Habilidades........................................................................ 21
2.14.1. Competências..................................................................................... 22
2.14.2. Habilidades......................................................................................... 23
2.15. Perfil esperado do futuro profissional............................................................ 24
2.16. Áreas de atuação.......................................................................................... 25
3. FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS............................................ 27
3.1. Concepção de Educação................................................................................ 27
3.2. Concepção de Ensino, Aprendizagem e Avaliação........................................ 31
3.2.1. Procedimentos de avaliação da aprendizagem de conhecimentos,
habilidades e competências profissionais adquiridas fora do ambiente
escolar............................................................................................................ 35
3.3. Concepção de Linguagem.............................................................................. 36
3.4. Concepção de Ensino de Língua Portuguesa................................................. 38
3.5. Concepção de ensino de Língua Inglesa........................................................ 42
4. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA.............................................................. 45
4.1. Justificativa...................................................................................................... 45
4.2. Gestão Acadêmico - Administrativa do Curso................................................ 46
4. 2.1. Representação de Área....................................................................... 46
4. 2.2. Coordenação....................................................................................... 47
4. 2.3. Colegiado............................................................................................ 48
4. 2.4. Núcleo Docente Estruturante.............................................................. 50
4.3. Apoio às atividades didático-pedagógicas e operacionais.............................. 51
4.4. Apoio pedagógico e acompanhamento psicopedagógico aos discentes........ 52
4.5. Acompanhamento aos egressos..................................................................... 54
5. MATRIZ CURRICULAR DO CURSO.......................................................................... 56
5.1. Composição curricular do curso de Letras Português-Inglês da UTFPR,
campus Pato Branco.............................................................................................. 61
5.2. Dimensões dos Componentes Comuns, Espaços Curriulares, Disciplinas,
CH, CH total........................................................................................................... 62
5.3. Disciplinas por semestre letivo / periodização................................................ 63
5.3.1. Práticas como Componente Curricular................................................. 67
5.3.1.1. Carga horária das Práticas como Componente Curricular................ 68
5.3.2. Atividades Práticas Supervisionadas................................................... 70
5.4. Ementários das disciplinas obrigatórias.......................................................... 70
5.5. Tabela e ementários das disciplinas optativas................................................ 80
5.6. Estágio Curricular Supervisionado.................................................................. 84
5.6.1. O papel do Estágio na formação de professores da educação
básica............................................................................................................. 85

5
5.6.2. O relatório do Estágio........................................................................... 87
5.7. Trabalho de Conclusão de Curso................................................................... 88
5.8. Atividades Complementares........................................................................... 89
5.9. Planos de Ensino e Bibliografia...................................................................... 91
6. RELAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA E 93
EXTENSÃO..........................................
6.1. Atividades Acadêmico-científico-culturais e de extensão............................... 95
6.2. Participação em eventos................................................................................. 96
6.3. Meios de divulgação de trabalhos e produções dos docentes e discentes 98
7. INFRAESTRUTURA DO CURSO................................................................................ 99
7.1 Estrutura geral.................................................................................................. 99
7.2 Laboratórios..................................................................................................... 99
7.3 Biblioteca.......................................................................................................... 101
7.3.1 Estrutura física da
biblioteca........................................................................................................ 101
7.3.2 Acervo bibliográfico............................................................................. 102
7.4. Sala de professores....................................................................................... 104
7.5. Outros Ambientes............................................................................................ 105
7.6. Salas de aula.................................................................................................. 105
8. CORPO 107
DOCENTE......................................................................................................
9. AUTOAVALIAÇÃO DO CURSO................................................................................. 109
10. DIPLOMAS E CERTIFICADOS................................................................................. 112
11. LEGISLAÇÃO............................................................................................................ 113
11.1. Legislação da UTFPR.................................................................................. 113
11.2. Legislação Nacional...................................................................................... 114
12. 117
REFERÊNCIAS..........................................................................................................
ANEXO.............................................................................................................................. 119

6
A UTFPR TRAZ COMO:

MISSÃO

Promover a educação de excelência através do ensino, pesquisa e


extensão, interagindo de forma ética e produtiva com a comunidade para o
desenvolvimento social e tecnológico.

VISÃO

Ser modelo educacional de desenvolvimento social e referência na área


tecnológica.

VALORES

ÉTICA: gerar e manter a credibilidade junto à sociedade.

DESENVOLVIMENTO HUMANO: formar o cidadão integrado no contexto


social.

INTEGRAÇÃO SOCIAL: realizar ações interativas com a sociedade para o


desenvolvimento social e tecnológico.

INOVAÇÃO: efetuar a mudança através da postura empreendedora.

QUALIDADE e EXCELÊNCIA: promover a melhoria contínua dos serviços


para a satisfação da sociedade.

7
INTRODUÇÃO

O presente documento consiste no Projeto Pedagógico do Curso de


Licenciatura em Letras Português- Inglês da Universidade Tecnológica Federal
do Paraná – UTFPR campus Pato Branco.
O referido Projeto é constituído por objetivos, justificativas e fundamentos
históricos, filosóficos, educacionais e legais que orientam o Curso de Licenciatura
em Letras Português – Inglês, da UTFPR campus Pato Branco e revelam a
postura dos envolvidos neste curso. Para isso, está amparado e acompanhado
por legislações e normas pertinentes, de forma a contemplar as políticas e
diretrizes para os cursos de licenciatura, especificamente a de formação de
professores na área de Letras Português-Inglês, e a nortear as atividades
relacionadas ao curso.
Assim, no decorrer deste texto são apresentados os seguintes tópicos: a)
aspectos históricos referentes à UTFPR, ao campus Pato Branco e ao Curso de
Licenciatura em Letras Português- Inglês; b) aspectos de identificação do curso;
c) fundamentos teórico-metodológicos; d) organização didático-pedagógica; e)
matriz curricular do curso; e) atividades de ensino, pesquisa e extensão; f)
infraestrutura do curso; g) corpo docente; h) autoavaliação do curso; i) diplomas
e certificados; j) legislação; l) referências.

1. HISTÓRICO

1.1. Histórico da Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Conforme consta na página on line da UTFPR, a história da Universidade


Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR - teve início no século passado. Sua
trajetória começou com a criação das Escolas de Aprendizes Artífices em
várias capitais do país pelo então presidente Nilo Peçanha, em 23 de setembro
de 1909. No Paraná, a escola foi inaugurada no dia 16 de janeiro de 1910, em
um prédio da Praça Carlos Gomes.

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O ensino era destinado a garotos de camadas menos favorecidas da
sociedade, chamados de “desprovidos da sorte”. Pela manhã, esses meninos
recebiam conhecimentos elementares (primário) e, à tarde, aprendiam ofícios nas
áreas de alfaiataria, sapataria, marcenaria e serralheria. Inicialmente, havia 45
alunos matriculados na escola, que, logo em seguida, instalou seções de Pintura
Decorativa e de Escultura Ornamental.

Aos poucos, a escola cresceu e o número de estudantes aumentou,


fazendo com que se procurasse uma sede maior. Então, em 1936, a Instituição
foi transferida para a Avenida Sete de Setembro com a Rua Desembargador
Westphalen, onde permanece até hoje. O ensino tornou-se cada vez mais
profissional até que, no ano seguinte (1937), a escola começou a ministrar o
ensino de 1º grau, sendo denominada Liceu Industrial do Paraná.

Cinco anos depois (1942), a organização do ensino industrial foi realizada


em todo o país. A partir disso, o ensino passou a ser ministrado em dois ciclos.
No primeiro, havia o ensino industrial básico, o de mestria e o artesanal. No
segundo, o técnico e o pedagógico. Com a reforma, foi instituída a rede federal
de instituições de ensino industrial e o Liceu passou a chamar-se Escola
Técnica de Curitiba. Em 1943, tiveram início os primeiros cursos técnicos:
Construção de Máquinas e Motores, Edificações, Desenho Técnico e Decoração
de Interiores.

Antes dividido em ramos diferentes, em 1959 o ensino técnico no Brasil foi


unificado pela legislação. A escola ganhou, assim, maior autonomia e passou a
chamar-se Escola Técnica Federal do Paraná. Em 1974, foram implantados os
primeiros cursos de curta duração de Engenharia de Operação (Construção Civil
e Elétrica).

Quatro anos depois (1978), a Instituição foi transformada em Centro


Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet-PR), passando a ministrar
cursos de graduação plena. A partir da implantação dos cursos superiores, deu-
se início ao processo de “maioridade” da Instituição, que avançaria, nas décadas
de 80 e 90, com a criação dos Programas de Pós-Graduação.

Em 1990, o Programa de Expansão e Melhoria do Ensino Técnico fez com


que o CEFET-PR se expandisse para o interior do Paraná, onde implantou
unidades. Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBE), de 1996, que

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não permitia mais a oferta dos cursos técnicos integrados, a Instituição,
tradicional na oferta desses cursos, decidiu implantar o Ensino Médio e cursos de
Tecnologia. Em 1998, em virtude das legislações complementares à LDBE, a
diretoria do então CEFET-PR tomou uma decisão ainda mais ousada: criou um
projeto de transformação da Instituição em Universidade Tecnológica.

Após sete anos de preparo e o aval do governo federal, o projeto tornou-se


lei no dia 7 de outubro de 2005. O CEFET-PR, então, passou a ser a
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – a primeira
tecnológica do Brasil.

Atualmente, a Universidade Tecnológica conta com doze Campi,


distribuídos nas cidades de Apucarana, Campo Mourão, Cornélio Procópio,
Curitiba, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Guarapuava, Londrina, Medianeira,
Pato Branco, Ponta Grossa e Toledo.

Cursos ofertados em 2010:

- Pós-Graduação: 2 doutorados, 16 mestrados, 75 especializações;

- Graduação: 27 cursos Superiores de Tecnologia, 32 cursos de


Engenharia, 11 bacharelados, 9 licenciaturas;

- Nível Médio: 13 cursos Técnicos Integrados; 1 curso Técnico Integrado


PROEJA; 1 curso Técnico Subseqüente e 5 cursos Técnicos à Distância.

Comunidade interna: 1.835 professores, sendo: 640 doutores, 800


mestres, 395 especialistas e graduados; 844 funcionários técnico-administrativos;
20.864 alunos matriculados.

Síntese Cronológica das denominações da primeira Universidade


Tecnológica Federal do Paraná:
• 1909: Escola de Aprendizes e Artífices do Paraná.
• 1937: Liceu Industrial do Paraná.
• 1942: Escola Técnica de Curitiba.
• 1959: Escola Técnica Federal do Paraná.
• 1978: Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná – CEFET/PR
• 2005: Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR

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1.2. Histórico do Campus Pato Branco

De acordo com a página on line da UTFPR, Campus Pato Branco, em


1990, o Governo Federal, através do Programa de Expansão e Melhoria do
Ensino Técnico fez com que o Centro Federal de Educação Tecnológica - Cefet-
PR se expandisse para o interior do Paraná, onde implantou cinco unidades,
dentre as quais, a Unidade de Pato Branco.

Apesar do Programa que permitiu a ampliação das Unidades do então


Cefet-PR ter se iniciado em 1990, ainda em 1987, se iniciaram as primeiras
negociações para a implantação da Unidade de Ensino na região do sudoeste do
Paraná. Nesta negociação, destacam-se as seguintes autoridades: o então
Prefeito Municipal de Pato Branco, Astério Rigon, o Deputado Federal Alceni
Ângelo Guerra e o Diretor do CEFET-PR, Ataíde Moacyr Ferraza.

Em 1989, a Prefeitura Municipal de Pato Branco, liderada por Clóvis Santo


Padoan, repassou ao Cefet-PR área anexa à Fundação de Ensino Superior de
Pato Branco – FUNESP. Ainda no mesmo ano se iniciaram as obras físicas das
futuras instalações da Unidade de Pato Branco do CEFET-PR.

Em 1992, além da autorização de funcionamento, pelo Ministério da


Educação, da Unidade Descentralizada de Pato Branco, através da Portaria
1.534 de 19 de outubro de 1992, foi realizado concurso público para contratação
dos primeiros servidores, que tomaram posse em março do ano seguinte.

As primeiras aulas foram ministradas dia 15 de março de 1993 e a aula


inaugural realizada no dia 29 de março. Entretanto, a cerimônia oficial de
inauguração da Unidade de Ensino de Pato Branco aconteceu no dia 17 de abril
do mesmo ano.

Nessa época, a Unidade contava com 22 professores, 57 técnicos


administrativos e 442 alunos. Ofertava 02 cursos (Técnico em Edificações e
Eletrônica), possuía 02 laboratórios e um acervo de 411 títulos na biblioteca.

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No cerimonial de inauguração da UNED-PB, foi entregue, pelo Prefeito de
Pato Branco ao então Ministro da Educação, Senhor Murílio de Avellar Hingel,
um requerimento subscrito por 9 entidades de Pato Branco, solicitando-lhe
atenções especiais para a situação no Ensino Superior do município. Nesse
momento surgiu do Ministro da Educação a proposta de o CEFET assumir a
Faculdade de Pato Branco.

Após serem dados os encaminhamentos necessários, em agosto de 1993


foi anunciada a transferência de todo o patrimônio da Fundação de Ensino
Superior de Pato Branco – FUNESP - ao Cefet-PR, o que se efetivou em 14 de
dezembro, através da Lei 1.235 de 09/08/93.

No ano de 1994 houve, efetivamente, a incorporação da Fundação de


Ensino Superior de Pato Branco – FUNESP - à então Unidade Pato Branco. Este
fato foi marcante, pois a instituição concebida para ofertar ensino
profissionalizante integrado de nível de 2° grau passou a ofertar, nos moldes do
Campus Curitiba, cursos superiores e a contar também com professores da
carreira de 3° grau, além dos de 1° e 2° graus. Cabe ressaltar que os cursos
incorporados eram de áreas em que a instituição, de perfil técnico, não tinha
tradição.

Entretanto, além da conquista da incorporação da FUNESP para o


município e região, a oferta de cursos superiores e o convívio dos servidores e
discentes dos cursos técnicos integrados com os cursos de 3° grau foram a
gênese de especificidades do Campus Pato Branco em relação aos outros
Campi.

No ano de 1998, por força da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o


CEFET/PR deixou de ofertar os cursos integrados de nível de 2° grau. Em
consequência, no mesmo ano, Pato Branco passa a ofertar o curso de Ensino
Médio e, em 1999, cursos de Tecnologia, ampliando sua oferta de cursos
superiores.

Além das alterações dos cursos ofertados, outras mudanças já vinham se


delineando nesse período. No ano de 1998, o Campus Pato Branco já começava
a voltar sua atenção para processos de transferência e inovação tecnológica.

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Dessa forma, surgiu a incubadora Gene Empreender, oriunda do Programa
Softex. Em 1999, com o intuito de abrigar os projetos de transferência de
tecnologia dos alunos, foi criado o Hotel Tecnológico, uma nova etapa de
incubação de empresas. Em 2003, visando à rápida inserção e consolidação dos
projetos no mercado, foi criada a INTIC - Incubadora de Tecnologia de
Informação e Comunicação. Todo esse processo gerou 20 novos
empreendimentos tecnológicos para o município de Pato Branco e região
Sudoeste do Estado do Paraná.

Após um breve período de estabilidade em relação às modalidades de


cursos ofertados, iniciou-se uma nova fase de grandes mudanças, sendo o
período de 2003 a 2008 marcado por inúmeras modificações.

Em 2003, fruto do primeiro convênio estabelecido entre a Secretaria de


Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – SETI - e o CEFET/PR, UNED
Pato Branco, criou-se o Centro de Biotecnologia Agropecuária do Paraná -
CENBAPAR, composto inicialmente pelos Laboratórios de Micropropagação e o
de Biologia Celular.

No início de 2004, o CEFET-PR incorporou a Escola Agrotécnica de Rio do


Sul - Unidade de Ensino Descentralizada de Dois Vizinhos - ficando a Unidade de
Pato Branco responsável por sua administração.

Em 2005, ocorre a mudança sem dúvida mais marcante desse período: a


transformação do CEFET/PR em Universidade Tecnológica Federal do Paraná –
UTFPR -, a primeira tecnológica do Brasil.

Após sete anos de preparo e o aval do governo federal, o projeto de


transformação da Instituição em Universidade Tecnológica tornou-se lei no dia 7
de outubro de 2005. Em conseqüência a esta transformação, dá-se início a
diversas mudanças internas, dentre as quais destaca-se o Processo Estatuinte,
no qual são delineadas as novas características da instituição através da
construção do Projeto Político Institucional – PPI e do Estatuto da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná. Esse processo encerrou-se oficialmente
somente no dia 17 de maio de 2008, com a aprovação do Estatuto da UTFPR
pelo Ministério da Educação.

13
Em 2006, com a implementação de vagas por parte da SETEC/MEC, o
Campus Dois Vizinhos passou a ter condições de fazer sua administração de
forma autônoma, e sua gestão diretamente ligada à Reitoria, assim como os
demais Campi da UTFPR. Ainda em 2006, devido à Resolução CEB nº 1 de 03
de fevereiro de 2005, o Campus Pato Branco passou novamente a ofertar Cursos
Técnicos de Nível Médio/Integrado, agora nas áreas de Alimentos e
Geomensura.

Em 2007, foram implantados os primeiros Cursos de Engenharia do


Campus e foi iniciada a ampliação de Cursos de Licenciatura no Sistema e,
consequentemente, no Campus Pato Branco. Além da abertura desses cursos,
nesse mesmo ano teve início o Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu em
Agronomia, o primeiro do Campus e também da região.

Ainda em 2007, teve início a gestão administrativa do Campus Francisco


Beltrão pelo Campus Pato Branco, tendo em vista a incorporação do Centro de
Excelência em Educação Profissional de Francisco Beltrão – TEXCEL à UTFPR,
formalizada através da portaria n° 1.863 – MEC.

Outro momento marcante na história do Campus Pato Branco foi o


repasse à UTFPR, pela Prefeitura Municipal de Pato Branco, de uma área de
303.486,30m², localizada na Via do Conhecimento, a aproximadamente 2km do
Campus. Ainda no ano de 2007, foi firmado um termo de comodato de utilização
de 1.687m2 do imóvel do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento –
Lactec -, por dez anos, com a UTFPR – Campus Pato Branco. Esse comodato
possibilitou a instalação do Pólo de Tecnologia do Sudoeste – POLITEC -, uma
parceria entre a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior –
SETI -, o Lactec e a UTFPR.

No mesmo ano, também teve início a estruturação dos cursos na


modalidade de educação à distância no Sistema UTFPR, através da participação
no Edital de Seleção de Projetos de Cursos de Educação Profissional Técnica de
Nível Médio, na modalidade de Educação à Distância, do Ministério da Educação
(EAD). O Campus Pato Branco apresentou a proposta do Curso Técnico
Subsequente em Informática, cuja implantação foi prevista para o início de 2009.

Em 2008, aprovou-se a assinatura do projeto REUNI (Acordo de Metas nº


52) entre o MEC e a UTFPR, o que iniciou uma série de mudanças no Campus.

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Dentre elas, pode-se destacar a abertura dos novos cursos de graduação, como
o de Licenciatura em Letras Português-Inglês, e a unificação de oferta de 44
vagas semestrais/anuais por curso da matriz da Secretaria de Ensino Superior –
SESU. Além disso, no mesmo ano, houve a aprovação, pela CAPES, do Curso
de Mestrado em Engenharia Elétrica.

O ano de 2009, seguindo o ritmo de mudanças do ano anterior, foi


marcado pela execução de diversos projetos e de definições decorrentes do
Projeto REUNI, como projetos de obras, compra de equipamentos e distribuição
de vagas de docentes e técnico-administrativos. Além disso, começou a haver
algumas mudanças decorrentes da transformação da instituição em universidade.
Com a aprovação dos novos Regimentos Geral e de Campi, a estrutura
administrativa começou a sofrer alterações. Também em 2009, mais uma
conquista no Campus Pato Branco foi efetivada: a aprovação, pela CAPES, do
Curso de Mestrado em Desenvolvimento Regional, com o início das aulas
previsto para o ano 2010.

Ainda em 2010 tiveram início as obras físicas decorrentes do projeto


REUNI e, no ano 2011, o Campus Pato Branco, para atender aos aproximados
3.300 alunos, passou a contar com novas salas de aulas, tendo em vista a
conclusão das obras de ampliação dos blocos L, M e N. Além disso o Campus
recebeu diversos equipamentos adquiridos com recursos REUNI, podendo ser
renovados vários laboratórios, principalmente de informática.

Neste mesmo ano o Campus foi também contemplado com a abertura de


mais um curso de mestrado, o Mestrado em Tecnologia de Processos Químicos
e Bioquímicos, o que demonstra cada vez mais a sua consolidação como um
Campus Universitário.

1.3. Histórico do Curso de Licenciatura em Letras Português-Inglês

De 1986 a 1993, o curso de Letras Português e Inglês era ofertado em


Pato Branco pela FUNESP (Fundação de Ensino Superior de Pato Branco). Esse
curso foi autorizado a funcionar na instituição pelo Decreto Presidencial nº
90.775, de 28/12/85, e reconhecido pelos pareceres 404/86, do Conselho
Estadual de Educação do Paraná e também pela portaria Ministerial 80/87,

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11/02/87. A FUNESP desenvolveu regularmente suas atividades até o ano de
1993.

Por ocasião do processo de incorporação da FUNESP à Unidade de Pato


Branco do CEFET-PR, em setembro de 1993, a Direção Geral do CEFET-PR
considerou (em reunião com a Congregação dos Professores da FUNESP)
inviável a continuidade do Curso de Licenciatura em Letras e solicitou que a
Congregação aprovasse a suspensão do vestibular.

Atendendo à argumentação apresentada pela Direção do CEFET/PR, a


suspensão do vestibular do curso de Licenciatura em Letras Português e Inglês
foi aprovada pela Congregação da FUNESP, em reunião realizada no dia 19 de
novembro de 1993. A aprovação dessa suspensão consta no Parecer de nº
325/93, do Processo 467/93 do Conselho Estadual de Educação. Esse Parecer
acatou a solicitação e fez a seguinte observação: “As vagas do curso cuja
suspensão é requerida não podem ser aproveitadas em outro curso mantido pela
Faculdade” e que “ficam assegurados os direitos aos alunos matriculados”.

Apesar de o texto da Portaria Ministerial 229/96, de 15/03/1996, aprovar


a “transferência de mantenedora da faculdade de Ciências e Humanidades de
Pato Branco, a partir de 1994, com os cursos de Ciências Contábeis;
Administração; Curso superior de Tecnologia em Processamento de Dados;
Letras – licenciatura plena, com habilitação em Português e Inglês; Ciências com
habilitação em Matemática, licenciatura plena, todos reconhecidos; e o de
Agronomia, autorizado, mantido pela Fundação de Ensino Superior de Pato
Branco, com sede na cidade de Pato Branco, Estado do Paraná, para o Centro
Federal de Educação Tecnológica do Paraná – CEFET-PR”, a oferta do curso de
Licenciatura em Letras Português e Inglês foi suspensa.

1.3.1. Demanda

Em virtude disso, 1996 foi o último ano em que ocorreu formação de


profissionais na área de Licenciatura em Letras Português e Inglês com
certificados do CEFET-PR, já que as turmas em andamento, no período de
incorporação, concluíram o curso com professores concursados para atuarem no
CEFET-PR, Unidade de Pato Branco.

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No entanto, a suspensão do referido curso gerou em toda a região a
demanda por um curso superior de Licenciatura em Letras Português e Inglês em
uma instituição pública de ensino. Considerando que a abrangência da Unidade
de Ensino de Pato Branco compreende o Oeste e o Sudoeste do Paraná, além
das regiões Oeste e extremo Oeste de Santa Catarina, é importante ressaltar que
a cidade mais próxima, na época, a oferecer um Curso de Licenciatura em Letras
Português e Inglês ficava a 96km de distância, na cidade de Palmas - Paraná, em
uma instituição de iniciativa privada. Por isso, a importância da reabertura desse
curso na cidade de Pato Branco, em uma instituição pública.

Assim, a partir do segundo semestre de 2008, a UTFPR, Campus Pato


Branco, passou a oferecer o curso de Licenciatura em Letras Português-Inglês,
com ingresso de 44 alunos por semestre.

17
2. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

O Curso de Licenciatura em Letras Português-Inglês da UTFPR tem


como objetivo formar profissionais para atuarem como docentes em Português e
Inglês na Educação Básica, com a possibilidade de optarem por outras áreas
profissionais ligadas tanto ao ensino das línguas portuguesa e inglesa quanto ao
trabalho como pesquisadores, críticos literários, tradutores, intérpretes, revisores
de textos, roteiristas e assessores culturais.

2.1. Denominação do curso: Licenciatura em Letras Português-Inglês.

2.2. Titulação conferida: Licenciado em Letras Português-Inglês.

2.3. Nível do curso: Graduação.

2.4. Modalidade do curso: Curso Regular de Graduação em Licenciatura

2.5. Duração do curso: Prazo mínimo de 08 semestres e prazo máximo de 06


anos. O prazo normal para integralização do curso é de oito semestres, sendo o
prazo mínimo e máximo o estabelecido no regulamento da Organização Didático-
Pedagógica para cursos de graduação da UTFPR.

2.6. Área de conhecimento: Língua e literatura.

2.7. Habilitações: Licenciatura para docência em Português e Inglês na


Educação Básica.

2.8. Regime escolar: Periódico semestral, com matrícula por disciplina.

2.9. Forma de Ingresso

No primeiro semestre de 2010 a UTFPR aderiu ao SISU – Sistema de


Seleção Unificada – que permite aos candidatos pleitear 1 (um) dos cursos de

18
graduação ofertados através da pontuação obtida no ENEM – Exame Nacional
do Ensino Médio.

Cada uma das etapas que compreendem o processo de seleção incluem


períodos para inscrição, resultado e matrícula, contemplando os candidatos
detentores das maiores notas, dentro de um grupo de cotistas e, igualmente,
dentro de um grupo de não-cotistas.

É eliminado o candidato que tiver obtido pontuação igual a zero em


Redação ou em qualquer uma das Provas do ENEM das áreas de conhecimento:
Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas
Tecnologias; Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Matemática e suas
Tecnologias.

Ao se inscrever, o candidato aceita, de forma irrestrita, as condições


contidas nos Editais publicados no site da UTFPR, nas Portarias Ministeriais
Normativas, referentes ao Sistema de Seleção Unificada – SISU -, e nos Editais
do MEC, publicados a cada semestre em http://www3.utfpr.edu.br/futurosalunos.

São destinadas 50% (cinquenta por cento) das vagas ofertadas no curso
para candidatos que tenham cursado e concluído com êxito todas as séries do
ensino médio em escolas públicas brasileiras.

2.10. Número de vagas semestrais previstas por turma: 44 vagas.

2.11. Turno de funcionamento: Noturno.

2.12. Ano e semestre de início de funcionamento: Segundo semestre de 2008,


conforme Resolução do COEPP nº 050/08, de 13 de junho de 2008. Ajustes
aprovados pela resolução do COEPP nº 137/10.

2.13. Finalidades/objetivos do curso:

O uso da língua portuguesa pelos jovens estudantes brasileiros tem sido


uma preocupação constante da sociedade. As avaliações de desempenho dos
estudantes da Educação Básica (SAEB, PISA, ENEM), realizadas desde 2000,
têm revelado o domínio da língua materna como um ponto nevrálgico do
processo ensino-aprendizagem nas escolas brasileiras.

19
Os dados divulgados em dezembro de 2010 pela Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE, em Paris, acessados no
site do Ministério da Educação,
http://www.inep.gov.br/imprensa/noticias/internacional/news10_02.htm , que tornou público o
resultado do Pisa (Programme for International Student Assessment) 2009,
mostraram que o Brasil aparece entre os três países que mais evoluíram na
educação na última década. Mas, ainda assim, a classificação obtida nesse teste
pelos estudantes do país foi o 53º lugar entre os 65 países participantes.

Esses resultados revelam que continua precária a capacidade de retenção


das idéias centrais e secundárias de um texto, ou seja, que boa parte dos
estudantes brasileiros tem apenas a compreensão superficial do texto lido, o que
resulta em divagações sobre o tema apresentado e compromete a sua
interpretação. Isso provavelmente ocorre porque há apenas o reconhecimento da
palavra, mas não do seu sentido e muito menos há o reconhecimento da
articulação existente entre as palavras, o que prejudica o entendimento geral do
texto.

Mesmo com uma ligeira elevação nos índices, a posição do Brasil tem
preocupado os profissionais da educação. Por essa razão, a UTFPR voltou as
suas atenções para a formação de profissionais da área de Letras, que poderão
atuar como docentes na Educação Básica, justamente porque o trabalho desses
futuros profissionais poderá servir de base para a formação de cidadãos
trabalhadores, já que o domínio da língua materna é imprescindível para o
desempenho nas mais diversas áreas.

Em vista disso, por se tratar de um curso com dupla habilitação, a Língua


Inglesa assume a condição de ser parte indissolúvel do conjunto de
conhecimentos essenciais que permitem ao estudante aproximar-se de outras
culturas, as quais, consequentemente, propiciam sua integração no mundo
globalizado.

A Língua Inglesa, pelo seu caráter de sistema simbólico, como qualquer


linguagem, funciona como meio para se ter acesso ao conhecimento e, portanto,
às diferentes formas de pensar, de criar, de sentir, de agir e de conceber a
realidade. Seu domínio, assim, propicia ao indivíduo uma formação mais
abrangente e mais sólida.

20
Em se tratando de escolas públicas, é na Educação Básica que a grande
maioria dos alunos entra em contato pela primeira vez com a língua estrangeira,
e cabendo ao docente estimular o aprendizado de uma língua tão necessária
para a sociedade contemporânea, na qual saber falar mais de um idioma tornou-
se condição básica para a inserção no mundo de trabalho.

Para a formação de um profissional na área de Letras que atue como


professor de Português e de Inglês na Educação Básica com a possibilidade de
optar por outras áreas profissionais ligadas tanto ao ensino das línguas e das
literaturas de língua portuguesa e inglesa quanto ao trabalho como pesquisador,
crítico literário, tradutor, intérprete, revisor de textos, roteirista e assessor cultural,
foram definidos os seguintes objetivos:
• Formar um profissional generalista com Licenciatura na área de Letras,
visando a atender às necessidades do mercado de trabalho regional e
nacional;
• Proporcionar ao profissional formado as competências e habilidades
necessárias e suficientes para atuar na área de Letras;
• Proporcionar ao formando a licenciatura em português-inglês;
• Fornecer embasamento sólido, que permita ao aluno dar prosseguimento
a seus estudos em programas de pós-graduação;
• Propiciar formação com forte embasamento técnico-científico e
humanístico;
• Permitir ao egresso do curso a atualização constante, através de
disciplinas optativas nas áreas de aprofundamento, facultando-lhe agregar
novas competências e atribuições profissionais.

2.14. Competências e habilidades

Conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Letras,


apresentadas no Parecer CES 492/2001, o graduado deverá desenvolver
múltiplas competências e habilidades compatíveis com o campo de atuação
docente, sob os aspectos teóricos e práticos, durante sua formação acadêmica.

21
Nesse sentido, visando à formação de profissionais que demandem o
domínio das línguas estudadas e suas culturas para atuar na área, o curso de
Licenciatura em Letras Português - Inglês deve contribuir para o desenvolvimento
das seguintes competências e habilidades:

2.14.1. Competências:

• Domínio das línguas portuguesa e inglesa, nas suas manifestações orais e


escritas, em termos de recepção e produção de textos;
• Reflexão analítica e crítica sobre a linguagem como fenômeno psicológico,
educacional, social, histórico, cultural, político e ideológico;
• Visão crítica das perspectivas teóricas adotadas nas investigações linguísticas
e literárias que fundamentam sua formação profissional;
• Preparação profissional atualizada, de acordo com a dinâmica do mercado de
trabalho;
• Percepção de diferentes contextos interculturais;
• Domínio dos conteúdos básicos que são objetos dos processos de ensino e
aprendizagem no ensino fundamental e médio;
• Domínio dos métodos e técnicas pedagógicas que permitam a transposição
dos conhecimentos para os diferentes níveis de ensino;
• Raciocínio lógico, analítico e sintético;
• Organização, expressão e comunicação do pensamento, de maneira
apropriada às diferentes situações de uso da língua, tanto portuguesa quanto
inglesa;
• Utilização de metodologia de investigação científica;
• Utilização dos recursos de informática necessários ao exercício profissional.

De acordo com a LDB 9394/96, o resultado do processo ensino-


aprendizagem deverá ser a formação de um profissional que, além da base
específica consolidada, esteja apto a atuar de forma interdisciplinar em áreas
afins. Deverá desenvolver, também, a capacidade de resolver problemas, tomar
decisões, trabalhar em equipe e comunicar-se dentro da multidisciplinaridade dos
diversos saberes que compõem a graduação em Letras.

22
O profissional dessa área deverá, ainda, ser capaz de interagir, com a
pluralidade das formas de expressão e com os valores linguísticos e literários,
como também, estar compromissado com a ética, com a responsabilidade social
e educacional e com as consequências de sua atuação no mundo do trabalho.
Finalmente, deverá ampliar o senso crítico necessário para compreender a
importância da busca permanente da educação continuada e do desenvolvimento
profissional.

2.14.2. Habilidades:

• Descrever e justificar as características fonológicas, morfológicas, lexicais,


sintáticas, semânticas e pragmáticas de variedades das línguas portuguesa e
inglesa em diferentes contextos;
• Ler e analisar criticamente textos literários e identificar relações de
intertextualidade entre obras da literatura em língua portuguesa e inglesa e da
literatura universal;
• Estabelecer e discutir as relações dos textos literários com outros tipos de
discursos e com os contextos em que se inserem;
• Relacionar o texto literário com os problemas e concepções dominantes na
cultura do período em que foi escrito e com os problemas e concepções do
presente;
• Interpretar textos de diferentes gêneros e registros linguísticos e explicitar os
processos ou argumentos utilizados para justificar tal interpretação;
• Compreender, de acordo com as diferentes teorias, os fatos linguísticos e
literários e conduzir investigações sobre linguagem e problemas relacionados
ao ensino-aprendizagem de línguas;
• Compreender e aplicar diferentes teorias e métodos de ensino que permitam
a transposição didática dos conhecimentos sobre língua e literatura para a
educação básica.

Dessa forma, o curso de Licenciatura em Letras Português-Inglês deve


suprir não somente as deficiências resultantes do distanciamento entre o
processo de formação docente e sua atuação profissional, mas também a

23
necessidade de preparar um profissional com práticas pedagógicas centradas no
desenvolvimento de competências e de habilidades necessárias à atuação.

2.15. Perfil esperado do futuro profissional

De acordo com as Diretrizes Curriculares para o Curso de Letras,


apresentadas no parecer CES 492/2001, e de acordo com a equipe de
professores colaboradores envolvidos na elaboração deste Projeto, o profissional
licenciado em Letras pela UTFPR, Campus Pato Branco, deve:

• Dominar as línguas portuguesa e inglesa, objetos de seus estudos, em


termos de estrutura, funcionamento, variedades linguísticas e
manifestações culturais;
• Analisar, descrever e explicar diacrônica e sincronicamente a estrutura e o
funcionamento das línguas, em particular, a portuguesa e a inglesa;
• Ser capaz de refletir teoricamente sobre a linguagem;
• Aprimorar a capacidade de reflexão crítica sobre temas e questões
relativas aos conhecimentos linguísticos e literários;
• Analisar criticamente as diferentes teorias que fundamentam as
investigações sobre a língua portuguesa e a língua inglesa e as literaturas
de língua portuguesa e inglesa;
• Identificar relações intertextuais de obras das literaturas de língua
portuguesa e inglesa com outras obras da literatura universal;
• Formar leitores críticos, intérpretes e produtores de textos de diferentes
gêneros;
• Atuar em equipe interdisciplinar e multiprofissional;
• Compreender processos, tomar decisões e resolver problemas no âmbito
de sua área de atuação, com base em parâmetros relevantes à realidade
social;
• Compreender sua formação profissional como processo contínuo,
autônomo e permanente, usando, para isso, a pesquisa, a extensão e o
ensino;
• Assimilar criticamente novas tecnologias, novos conceitos científicos, bem
como promover inovações tecnológicas e visualizar aplicações para a área
de Letras.

24
O profissional do ensino de línguas deve, também, reconhecer a
necessidade de se respeitarem diversidades regionais, políticas e culturais
existentes, tendo como horizonte a transversalidade dos saberes que envolvem
os conhecimentos para a formação básica comum da Licenciatura em Letras.
Nesse contexto, os aspectos legais e os Parâmetros Curriculares Nacionais,
numa perspectiva de se edificarem referenciais nacionais comuns, são
imprescindíveis ao desenvolvimento contínuo da construção do conhecimento
nessa área de atuação.

2.16. Áreas de atuação

O Licenciado em Letras Português-Inglês poderá:

- Ministrar aulas de Português no Ensino Fundamental e de


Português e de Literaturas de Língua Portuguesa no Ensino
Médio;
- Ministrar aulas de Inglês no Ensino Fundamental e de Inglês e de
Literaturas de Língua Inglesa no Ensino Médio;
- Atuar como professor de Português para falantes de língua
inglesa;
- Trabalhar em áreas ligadas ao ensino da língua materna;
- Atuar em assessorias técnicas;
- Participar de atividades editoriais (como traduções e edições
escolares, por exemplo);
- Atuar como tradutor e intérprete de Língua Inglesa;
- Atuar como revisor de textos, roteirista e assessor cultural.

O campo de trabalho para o profissional formado em Licenciatura em


Letras Português-Inglês é bastante promissor, pois o docente pode atuar tanto na
rede pública quanto na particular. É importante ressaltar que, para os licenciados
que optarem pelo Ensino Básico (Fundamental e Médio), em escola pública, o
PDE (Plano Nacional de Educação) tem como um de seus objetivos, para os
próximos anos, a qualificação constante dos professores, e o Fundo de
Valorização do Magistério pretende, inclusive, promover melhorias no salário da
carreira docente. Cursar pós-graduação em áreas correlatas a fim de atuar no

25
Ensino Superior é outra possibilidade que o licenciado obterá após a conclusão
do curso.

Portanto, enquanto o desemprego atinge as mais variadas áreas


profissionais, no campo da profissão docente, a oferta de vagas é cada vez
maior.

De acordo com dados do Censo Escolar do Ministério da Educação, o


número de professores que lecionam no ensino básico sem diploma de curso
superior aumentou entre 2007 e 2009 no Brasil. Atualmente, os professores sem
curso superior somam 636 mil nos ensinos infantil, fundamental e médio, o que
representa 32% do total. Em 2007, eram 594 mil.

O agravamento do déficit de docentes licenciados ocorre principalmente


porque, nos últimos anos, a quantidade de alunos na Educação Básica tem
crescido mais rapidamente do que o número de professores que se formam.

Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, só pode


lecionar no Ensino Fundamental e no Ensino Médio o professor que for graduado
com licenciatura. Porém, as vagas existentes nas universidades brasileiras para
esses cursos não são suficientes em algumas regiões e, em outras, ou
apresentam pouca procura por parte dos universitários ou apresentam altas taxas
de evasão. Por isso, encontra-se tão grande número de não-licenciados atuando
como professores e há forte demanda por profissionais licenciados em todas as
áreas do conhecimento.

Dessa forma, é importante e plenamente justificável a criação de cursos de


formação de professores nas instituições públicas de ensino.

26
3. FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

3.1. Concepção de Educação

A concepção de educação assumida pelo curso é a dialética, que entende


que a formação do homem ocorre pela elevação da consciência coletiva
realizada concretamente no processo de trabalho (interação) que cria o próprio
homem.

Primeiramente, explicitemos o que se entende por dialética. A etimologia


da palavra dialética vem da linguagem grega dia (diá = por causa de, graças a,
através de, por causa de; apresenta, portanto, a idéia de troca, intercâmbio com
alguém) + lextiko (lektikós = hábil ou apto, preparado à palavra, forma advinda do
radical logo, [logós] = palavra; sugere, consequentemente, diálogo ou discussão
argumentativa), resultando numa unidade ou consenso de posições
anteriormente antagônicas, no entanto, susceptíveis de novos e possíveis
contrapontos (BERNARTT & SIGNORINI, 2003, p. 79).

Autores como Engels, Marx, Kosik e Kopnin nos ajudam a entender esse
conceito. Para Engels (apud HOOK, 1974, p.98), “a dialética não é outra coisa
que a ciência das leis universais: do movimento e da evolução da natureza, na
sociedade humana e no pensar”. Assim, a história humana não somente é
movida por essas leis, mas, ao passo que isso acontece, a sua reciprocidade é
verdadeira.

Kosik (1976, p.15) entende a dialética como “o pensamento crítico que se


propõe a compreender ‘a coisa em si’ e sistematicamente se pergunta como é
possível chegar à compreensão da realidade”. Sob essa ótica, o objeto da
dialética, para o autor, é sempre real, factível, determinado historicamente numa
sociedade dinâmica, no qual ocorre a passagem do plano abstrato (que
considera parte do objeto real da dialética) para o todo da concreticidade e vice-
versa; “do fenômeno para a essência e da essência para o fenômeno, da
totalidade para a contradição e da contradição para a totalidade, do objeto para o
sujeito e do sujeito para o objeto” (ibidem). O autor denomina o processo da
passagem do abstrato ao concreto e vice-versa como “dialética da totalidade
concreta, na qual se reproduz idealmente a realidade em todos os seus planos e
dimensões” (Ibidem, p. 30).

27
O objeto da dialética materialista é o mundo objetivo e sua inter-relação
entre o pensamento e o ser. Por isso, para Engels (apud KOPNIN, 1978, p.47) a
dialética materialista é “como ciência das leis gerais do movimento tanto do
mundo exterior como do pensamento humano”; eis o porquê de o marxismo
relacionar sujeito e objeto numa

(...) base real em que eles são unificados na história; a dialética


subjetiva é o mesmo movimento objetivo, só que sob uma forma de
sua existência diferente da natureza. Ademais, subentende-se por
dialética subjetiva não só o movimento do pensamento, mas também
a atividade histórica do homem em seu conjunto, incluindo o
processo do pensamento (Ibidem, p. 51).

Marx e Engels concebiam a “matéria” ou o “materialismo” como “todos os


fenômenos, coisas e processos que existem fora e independentemente da
consciência do homem” (KOPNIN, 1978, p.60). Na concepção deste (Ibidem,
p.83), a dialética não é “(...) uma instância verificada de conhecimento obtido”,
mas “... meio e método de transformação do conhecimento real por meio da
análise crítica do material factual, concreto, um método (modo) de análise
concreta do objeto real, dos fatos reais”.

Com efeito, em um sentido mais amplo, a educação representa a


manifestação específica da ação social do homem, dirigida para a formação da
personalidade em seus múltiplos aspectos. Trata-se, pois, de um fenômeno
social historicamente determinado, compreendendo relações sociais e formas de
comportamento social, que se relaciona diretamente com a prática e com o
conhecimento dessa prática.

Portanto, nessa acepção, a educação diz respeito à formação do homem.


Mas, o que é o homem? O que define a existência humana? Enquanto os outros
animais têm sua vida garantida pela natureza (por isso, adaptam-se a ela), o
homem necessita adaptar a natureza a si; ele se constitui como humano no ato
de produzir continuamente a sua existência, pelo trabalho, agindo sobre a
natureza e transformando-a. Mas não se trata de ação individual. Os homens ao
se relacionam entre si, nesse processo, criam símbolos, objetos, instrumentos,
ideias, representações, acumulam experiências, transmitem-nas a outros.
Comunicam-se. É isso o que define a existência histórica dos homens – a criação

28
da cultura, a criação de um mundo humano, que se amplia progressivamente. A
formação do homem deve levar em conta o grau atingido pelo desenvolvimento
da humanidade (SAVIANI, 1989).

Nessa perspectiva, a educação ocorre nas próprias relações sociais, no


ato mesmo de produção da existência, isto é, na relação dos homens com a
natureza e entre si, pela satisfação de suas necessidades, cada vez mais
numerosas e complexas, no âmbito material e não-material:

... o processo de produção da existência humana implica,


primeiramente, a garantia da sua subsistência material com a
conseqüente produção, em escalas cada vez mais amplas e
complexas, de bens materiais; tal processo nós podemos traduzir na
rubrica “trabalho material”.

Contudo, para produzir materialmente a sua existência, o homem


necessita antecipar em ideias os objetivos da ação, o que significa que ele
representa mentalmente os objetos reais. Tal representação inclui o aspecto de
conhecimento das propriedades do mundo real (ciência), de valorização (ética) e
de simbolização (arte). Esses aspectos, na proporção em que são objetos de
preocupação explícita e direta, possibilitam a perspectiva de uma outra categoria
de produção que pode ser traduzida como “trabalho não-material”. Trata-se aqui
da produção de idéias, conceitos, valores, símbolos, hábitos, atitudes,
habilidades. Numa palavra, trata-se da produção do saber, seja do saber sobre a
natureza, seja do saber sobre a cultura, isto é, o conjunto da produção humana
(SAVIANI, 2003, p. 12).

Assim, a complexidade das necessidades e dos modos elaborados pelo


homem para satisfazê-las passa a necessitar espaços para a transmissão de
conhecimentos sobre práticas sociais específicas. Na sociedade moderna, com o
avanço do modo de produção capitalista, as técnicas de produção evoluíram
sobremaneira, o que provocou o deslocamento do campo para a cidade; da
agricultura para a indústria, tendendo a um processo de industrialização da
agricultura e de urbanização do campo. A indústria passa a incorporar
conhecimentos científicos como força produtiva. Por intermédio da indústria, a
ciência (potência espiritual) é convertida em potência material. A sociedade
moderna assume, crescentemente, a forma urbano-industrial. A concepção de

29
direitos naturais cede lugar à noção de direito positivo, que requer normas
estabelecidas por convenções (contrato social), enquanto produto das próprias
relações entre os homens. Daí a ênfase em códigos de comunicação não
naturais, não espontâneos, a exigência de generalização dos códigos escritos e a
conseqüente necessidade da alfabetização.

Coloca-se, então, a questão da universalização da educação escolar,


entendida como vinculada ao trabalho intelectual, à cultura letrada, ao domínio
dos códigos escritos (SAVIANI, 1989).

A educação escolar representa, pois, a manifestação da educação em


sentido amplo e consiste numa área especial da atividade humana que tem como
atividade principal o ensino. Para atender à necessidade de harmonização da
educação com os progressos científicos e tecnológicos, o ensino deve constituir-
se como processo consciente, deliberado, sistemático e metódico, voltado para
uma dupla função: servir como fonte de informação e contribuir para organizar a
atividade cognoscitiva dos estudantes.

Dessa forma, de acordo com o autor supracitado, cabe à escola o papel de


mediadora na apropriação do conhecimento, entendendo tal apropriação como
elaboração ativa do sujeito, em interação com o objeto de conhecimento e outros
sujeitos. Não obstante, o foco principal da educação escolar está no processo de
socialização do saber elaborado.

O processo de ensino, por seu turno, refere-se tanto ao processo de


busca, de descoberta, na apreensão da realidade objetiva, quanto à assimilação
dos resultados das investigações – o saber sistematizado. Sem o acesso a ele é
impossível a descoberta que se traduza em produção de novos conhecimentos.

Tal pressuposto implica assumir que o processo de ensino se caracteriza


pela atividade consciente de docentes e alunos no intuito de se desenvolver o
trabalho intelectual orientado para o desvendamento da realidade, tanto no que
se refere à apropriação dos conhecimentos acumulados, quanto no que se refere
à formação da capacidade de investigação e interpretação, necessária à
elaboração de conhecimentos novos.

Nesse sentido, o domínio do conhecimento científico torna-se inerente à


educação escolar, uma vez que a importância do ensino da ciência consiste, ao

30
mesmo tempo, em elevar o nível de pensamento dos estudantes e em permitir-
lhes o conhecimento da realidade, o que é indispensável para que as jovens
gerações não apenas conheçam e saibam interpretar o mundo em que vivem,
como também, e sobretudo, saibam nele atuar e transformá-lo. E como
experiência própria do ser humano, a ciência exerce influência educativa no
desenvolvimento da personalidade do acadêmico, pois possibilita o
desenvolvimento da capacidade de observação, do raciocínio, da linguagem, da
memória, da imaginação, além da possibilidade de agir na sua mente, seus
valores e sentimentos.

3.2. Concepção de Ensino, Aprendizagem e Avaliação

No âmbito do Curso de Licenciatura em Letras Português-Inglês da


UTFPR, Campus Pato Branco, acredita-se que não se pode definir avaliação sem
que se defina previamente aquilo que se avalia, isto é, o objeto da avaliação, pois
certa concepção de avaliação tem sua origem e se estrutura a partir de certa
concepção, dada a priori, do objeto a ser avaliado. Assim, uma vez que se fala
frequentemente em avaliação do rendimento, avaliação da aprendizagem ou, de
modo mais amplo, em avaliação do processo de ensinoaprendizagem,
assumindo-se aqui esta última forma de expressão, cabe perguntar e responder:
o que é ensinoaprendizagem? Para responder a essa pergunta, adota-se neste
Projeto Pedagógico de Curso (PPC) uma perspectiva vigotskiana, segundo a qual
não existe apenas ensino e aprendizagem, mas também um terceiro elemento
deles decorrente, o qual se denomina desenvolvimento.

Torna-se, assim, necessário – para que se possam definir ensino e


aprendizagem – que primeiramente se esclareça o que se entende por
desenvolvimento. Na Formação Social da Mente, Vigotski, com o objetivo de
começar a construir e apresentar uma definição para esse conceito, fala em Nível
de Desenvolvimento Real (NDR), em Nível de Desenvolvimento Potencial (NDP)
e em Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP). Ao NDR corresponde aquilo que
os alunos conseguem fazer sozinhos, sem a ajuda dos professores. Em outras
palavras, quanto ao Curso de Licenciatura em Letras, ao NDR correspondem os
conhecimentos linguístico-discursivos, literários e/ou didático-pedagógicos dos
quais os alunos já se apropriaram. Ao NDP, por sua vez, corresponde aquilo que

31
os alunos não conseguem fazer sozinhos, mas conseguem fazer com a ajuda,
isto é, com a mediação dos professores. Dito de outro modo, sempre quanto ao
Curso de Licenciatura em Letras, ao NDP correspondem os conhecimentos
linguístico-discursivos, literários e/ou didático-pedagógicos dos quais os alunos
ainda devem se apropriar.

Assim, o desenvolvimento consiste justamente em um processo contínuo


de conversão do NDP em NDR: aquilo que os alunos não conseguem fazer
sozinhos em dado momento conseguirão fazer sozinhos posteriormente porque
podem contar, sempre que necessário, com a mediação dos professores, disso
resultando a ampliação de seus conhecimentos linguístico-discursivos, literários
e/ou didático-pedagógicos iniciais por meio da apropriação de novos
conhecimentos da mesma natureza.

Portanto, é a distância entre o NDR e o NDP que se denomina Zona de


Desenvolvimento Proximal ou, simplesmente, ZDP, a respeito da qual, ao se
definirem os conceitos a ela relacionados, surge, de imediato, uma questão
fundamental: de que “tamanho” deve ser a ZDP? Idealmente, do “tamanho” de
um passo que os alunos consigam dar a partir de seus NDR´s em direção a um
NDP, com a mediação dos professores. Isso equivale a dizer que, no âmbito do
Curso de Licenciatura em Letras, a distância entre os conhecimentos linguístico-
discursivos, literários e/ou didático-pedagógicos que os alunos já dominam e os
conhecimentos da mesma natureza que eles ainda não dominam não deve ser
excessivamente grande, com o objetivo de não inviabilizar o próprio trabalho de
ensinoaprendizagem que os docentes pretendem realizar e os resultados que
pretendem alcançar.

Tendo definido o que se entende por desenvolvimento na perspectiva


vigotskiana aqui assumida, pode-se definir aprendizagem a partir da idéia de que
os alunos apenas se encontram em situação real de aprendizagem quando são
postos para fazer coisas que sozinhos não conseguem fazer, contando com a
indispensável mediação de seus professores para serem bem-sucedidos. De
modo semelhante, pode-se definir ensino a partir da idéia de que os professores
apenas ensinam os alunos quando os colocam em situações nas quais estes
devam fazer coisas que sozinhos não conseguem fazer, ajudando-os a ser bem-
sucedidos.

32
Diante dessa perspectiva, no Curso de Licenciatura em Letras Português-
Inglês da UTFPR, Campus Pato Branco, quanto à avaliação, entende-se que
cabe ao professor, de modo global: 1) constantemente tomar conhecimento dos
NDR´s de seus alunos, empregando para isso instrumentos criativos e variados,
tais como diálogos, entrevistas, questionários, listas de exercícios etc.; 2)
constantemente ter clareza dos NDP´s a que pretende conduzir seus alunos,
especificando para isso objetivos educacionais tangíveis, os quais devem ser
coerentes com o perfil do profissional que o curso pretende formar; 3)
constantemente projetar/planejar atividades que coloquem os alunos em
situações reais de aprendizagem, privilegiando – sempre que possível – a
aprendizagem da docência; 4) constantemente fazer a mediação, deixando claro
para os alunos os pontos de seu desempenho em que precisam investir e
melhorar; 5) constantemente avaliar o desenvolvimento tendo em vista o
processo e não apenas o produto das atividades desempenhadas pelos alunos;
6) constantemente refletir sobre sua prática docente e revisá-la, transformando-a.

Assim, os professores do Curso de Licenciatura em Letras, ao colocarem


os alunos para realizar atividades formativas em zonas de desenvolvimento
proximal, acabam por colocar a si mesmos para realizar atividades auto-
formativas em zonas de desenvolvimento proximal paralelas, devendo ser eles
mesmos frequentemente seus próprios mediadores, contando também com a
mediação dos alunos, da Coordenação do Curso, da Representação de Área e
da Instituição como um todo. Assim, neste Projeto Pedagógico de Curso, cabe
falar tanto em 1) avaliação do desempenho discente pelos docentes quanto em
2) avaliação do desempenho docente pelos discentes.

Quanto ao primeiro tipo de avaliação, na Universidade Tecnológica


Federal do Paraná, existe um documento que normatiza os procedimentos
avaliativos. Trata-se do Regulamento da Organização Didático-Pedagógica dos
Cursos de Graduação da UTFPR. Cabe transcrever a seguir alguns artigos de
seu Capítulo VII, que trata do “Ensino, do Rendimento Escolar e da Aprovação”.
É importante ressaltar que esses capítulos são interpretados e seguidos, no
âmbito do Curso de Licenciatura em Letras, estritamente com base na
perspectiva vigotskiana exposta anteriormente:

33
Art. 32 - O rendimento escolar será apurado através de: I. verificação da frequência,
quando couber; II. avaliação do aproveitamento acadêmico.

Art. 34 - A aprovação nas disciplinas presenciais dar-se-á por Nota Final,


proveniente de avaliações realizadas ao longo do semestre letivo, e por freqüência.
§1o- O processo avaliativo é parte integrante do Projeto Pedagógico do Curso e deve
ser construído coletivamente, visando atender o especificado nesse Regulamento.
§2o- O número de avaliações, suas modalidades e critérios devem ser explicitados
no Plano de Ensino da disciplina/unidade curricular.
§3o- Para possibilitar a recuperação do aproveitamento acadêmico, o professor
deverá proporcionar reavaliação ao longo e/ou ao final do semestre letivo.
§4o- Considerar-se-á aprovado na disciplina o aluno que tiver frequência igual ou
superior a 75% (setenta e cinco por cento) e Nota Final igual ou superior a 6,0 (seis),
consideradas todas as avaliações previstas no Plano de Ensino.
§5o- A aprovação em Estágio Curricular Obrigatório, Trabalho de Conclusão de
Curso e Atividades Complementares seguirão regulamentos específicos.

Art. 35 - A nota de cada avaliação deverá ser divulgada pelo professor com
antecedência mínima de 3 (três) dias úteis da data marcada para a próxima
avaliação.
§1o- O professor deverá disponibilizar ao coordenador de curso a divulgação dos
resultados das avaliações, bem como a data da mesma.
§2o- É assegurado ao aluno, mediante solicitação ao professor ou à Coordenação do
Curso, o acesso à sua avaliação após a correção, bem como aos critérios adotados
para a correção.
§3o- A Nota Final deverá ser divulgada pelos professores até a data limite prevista
em Calendário Acadêmico.

Art. 36 - No caso do aluno perder alguma avaliação presencial e escrita, por motivo
de doença ou força maior, poderá requerer uma única segunda chamada por
avaliação, no período letivo.
§1o- O requerimento, com documentação comprobatória, deverá ser protocolado no
Departamento de Registros Acadêmicos até 5 (cinco) dias após a realização da
avaliação.
§2o- A análise do requerimento será feita pela Coordenação do Curso ou Chefia do
Departamento Acadêmico ao qual a disciplina está vinculada, cujo resultado será
comunicado ao professor da disciplina, com homologação da Diretoria de Graduação
e Educação Profissional.
§3o- O professor definirá os conteúdos e a data da avaliação.
§4o- A nota da segunda chamada das avaliações realizadas na última semana do
período letivo e não lançadas até o fechamento do período letivo deverão seguir
procedimento definido pela Diretoria de Graduação e Educação Profissional.

Art. 37 - Para efeito de verificação da frequência, não haverá abono de faltas ou


compensação de frequência, exceto para os casos previstos em lei.
§1o- Os procedimentos para acompanhamento dos alunos que possuem direito, por
lei, para abono de faltas ou compensação de freqüência são previstos em instrução
própria da Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional.

34
§2o- Para os alunos ingressantes nos cursos de graduação, que passem a frequentar
as aulas após o início do período letivo, em decorrência das chamadas adicionais
previstas no processo seletivo, serão consideradas apenas as faltas ocorridas após a
data do seu efetivo ingresso na UTFPR.

Art. 38 - É assegurado ao aluno o direito à revisão das avaliações, por meio de


requerimento, devidamente justificado, protocolado no Departamento de Registros
Acadêmicos em até 5 (cinco) dias após a publicação do resultado.
§1o- A revisão da avaliação será efetuada por banca designada pela Coordenação
do Curso e composta por três professores, excetuando-se os professores da
disciplina cuja avaliação está sendo revisada.
§2o- Deverá estar à disposição da banca, prevista no §1º desse Artigo, para análise
e parecer: I. a avaliação realizada pelo aluno e; II. os critérios de avaliação utilizados
pelo professor da disciplina.
§3o- A banca possui 15 (quinze) dias, excetuando-se o período de recesso escolar e
férias docentes, para divulgação do resultado da revisão da avaliação.
§4o- O resultado da revisão da avaliação, através de parecer fundamentado, será
informado ao aluno após a homologação da Coordenação de Curso ou da Chefia do
Departamento.

Art. 39 - O aluno poderá requerer exame de suficiência para disciplinas/unidades


curriculares que julgar possuir conhecimentos, no prazo estabelecido em Calendário
Acadêmico.
§1o- Para requerer o exame de suficiência no Departamento de Registros
Acadêmicos, o aluno deverá comprovar o seu conhecimento através de
documentação específica, a ser previamente analisada pela Coordenação de Curso.
§2o- Não poderá realizar o exame de suficiência o aluno que já tenha reprovado na
disciplina/unidade curricular requerida.
§3o- O aluno poderá requerer somente um exame de suficiência por disciplina.
§4o- O exame de suficiência será aplicado por banca examinadora designada pela
Coordenação de Curso.
§5o- Será aprovado por exame de suficiência na disciplina requerida, o aluno que
obtiver nota igual ou superior a 6,0 (seis).
§6o- O exame de suficiência não se aplica ao Estágio Curricular Obrigatório, ao
Trabalho de Conclusão de Curso e as Atividades Complementares.

Art. 40 - O aluno receberá acompanhamento do Núcleo de Acompanhamento


Psicopedagógico e Assistência Estudantil (NUAPE) a pedido das Coordenações de
Curso.

Quanto ao segundo tipo de avaliação, a saber, a avaliação do


desempenho docente pelos discentes, vide item 9, que trata da questão da
autoavaliação do curso.

3.2.1. Procedimentos de avaliação da aprendizagem de conhecimentos,


habilidades e competências profissionais adquiridas fora do ambiente
escolar

35
Em conformidade com a LDB n.º 9.394, de 20/12/96, Artigo 41 e 47,
Capítulo IV, com o Parecer n.º 5.154/04, com o Parecer n.º 436/01 e com o
Parecer n.o 776/97, "o aluno que julgar possuir extraordinário conhecimento em
determinada competência, através de evidência(s) objetiva(s) poderá ter
abreviada a duração desta, mediante execução de Exame de Suficiência, a ser
aplicado por Banca Examinadora especial, indicada pela coordenação do curso”.

O que deve ser avaliado para fins de prosseguimento de estudo é o efetivo


desenvolvimento de competências previstas no perfil profissional de conclusão do
curso. No caso de competências desenvolvidas em outros cursos superiores, a
solicitação de aproveitamento será objeto de detalhada análise dos programas
desenvolvidos, à luz do perfil profissional de conclusão do curso (CNE/CP:
29/02).

O aproveitamento e avaliação de competências desenvolvidas seguirão as


normas e procedimentos descritos nas Diretrizes Curriculares para os Cursos de
Bacharelado e de Licenciatura da UTFPR e no Regulamento da Organização
Didático-Pedagógica dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura da UTFPR.

3.3. Concepção de Linguagem

Cabe-nos neste projeto refletir sobre a noção de língua que conduz nossas
práticas de ensino enquanto formadores de docentes para a atuação na
Educação Básica. Assim, parece-nos pertinente perceber a língua envolvida em
processos de movimento e mudança, já que, de acordo com a teoria marxista,
mudanças históricas na sociedade e na vida material produzem mudanças na
“natureza humana”, em sua consciência e comportamento. Vygotsky (1987) faz
uso do conceito de mediação pelo uso de instrumentos, para a interação homem
versus ambiente, que ocorre por meio do uso de sistemas de signos. Esses
sistemas – a linguagem, a escrita, o sistema numérico –, assim como os
instrumentos, são criados pelas sociedades e mudam a forma social e o nível de
seu desenvolvimento cultural. Dessa forma, a instrumentalização dos sistemas de
signos produzidos culturalmente provoca transformações comportamentais e
estabelece um elo entre formas iniciais e tardias de desenvolvimento.

36
A concepção de língua como elemento capaz de mediar a interação do
homem com o ambiente e, assim, provocar nele transformações, pode ser um
passo adiante na direção das abordagens propostas atualmente. Dessa forma, é
importante abordar a visão sociológica de Berger e Lukmann (1986), que tratam a
linguagem como construção social que, ao mesmo tempo, constitui e é
constituída em um processo dialético. Dizemos, fazemos e somos resultado de
nossa vivência em sociedade, das interações que estabelecemos e dos
processos de subjetivação e objetivação da realidade circundante. Em qualquer
sociedade, passamos pelo processo cultural de socialização, apreendemos o
mundo social, suas noções, suas regras, sua lógica.

A linguagem está presente no processo cultural de socialização, pois é


através dela que exteriorizamos o nosso próprio ser e interiorizamos o mundo
social (BERGER, 1985). Portanto, para conhecer a realidade de determinado
povo ou cultura, servimo-nos da língua como sistema de signos capaz não
somente de descrever o mundo real e o mundo subjetivo, mas também de
materializar esse mundo.

Partindo da idéia de que tudo o que é ideológico possui um significado e


remete a algo fora de seus limites internos, (2002) apresenta o signo lingüístico,
no tocante à sua constituição pela ideologia, não apenas como um reflexo, mas
como fragmento do real, uma corporificação. Assim, pode-se considerar a
realidade do signo objetiva e passível de estudo por ser fenômeno do mundo
externo ao indivíduo; seus efeitos são reais. Para compreendermos a realização
do signo, Bakhtin nos aponta o processo de interação social, pois é através dele
que formamos a nossa consciência, onde residem os signos (BAKHTIN, 2003,
p.35).

Orlandi (2001) compreende a língua em seu aspecto simbólico e social,


constituinte do homem e sua história. A linguagem, na visão da autora, é a
mediação entre o homem e a realidade natural e social e, dessa forma,
instrumento de sua transformação. Nessa perspectiva, a língua é tomada como
produtora de sentidos e maneiras de significar. A relação estabelecida pela língua
com os sujeitos que a falam e com as situações em que se produz o dizer não
devem ser desconsideradas. Há, portanto, uma ligação inegável entre a
linguagem e a sua exterioridade. Para a autora, outra relação que merece

37
atenção se refere à materialização da ideologia manifesta na língua, o discurso,
sendo este o locus em que se pode interpretar e observar a relação entre língua
e ideologia. Nessa perspectiva, o sujeito da linguagem é descentrado, afetado
pelo real da língua e da história, não tendo controle sobre o modo como estas o
afetam.
3.4. Concepção de Ensino de Língua Portuguesa

As preocupações teóricas a respeito do ensino de Língua têm sido


constantes como nos revela Marcuschi (2008), pois percebe-se em pesquisas
atuais que muitas práticas de ensino de línguas tidas como ultrapassadas ainda
permanecem. Antigas crenças, como a discutida por Guimarães (2005, p. 6),
sobre a unicidade da língua ainda fornecem orientações à ação pedagógica.
Compreender os despropósitos provocados por essa noção nos fazeres
cotidianos escolares, quando os professores, tomados por conceitos “estanques”
de língua e ensino se embrenham na tarefa de ensinar, deve ser uma constante
ação na prática de formação do docente.

Há de se dizer que a constituição de uma nacionalidade a partir do


movimento de nacionalização do Português do Brasil, no século XIX, fez com que
o conhecimento proposto por gramáticas e dicionários atuasse para a fruição do
imaginário de língua nacional. Aponta Guimarães (2005) que as línguas em sua
constituição estão ligadas ao processo de identificação social dos grupos que as
falam. Segundo ele, o espaço de enunciação “é o modo de distribuir as línguas
em relação” (GUIMARÃES, 2005, p. 4).

O espaço de enunciação brasileiro até 1654 foi constituído por línguas


indígenas, línguas gerais e pela língua holandesa. Esse cenário, no entanto, vai
se alterando com a ascendência da língua portuguesa, não só como língua
oficial, mas também como língua nacional. Esta passa a ser a língua mais falada,
e, em 1946, o idioma falado pelos brasileiros passa a denominar-se língua
portuguesa. A partir de então, as gramáticas, dicionários e descrições são
tomados como parte constitutiva da língua (GUIMARÃES, op. cit., p. 7).

Beremblum (2003) explica que, até o final do século XVIII e início do XIX,
as línguas não tinham função política específica. Entretanto, com a organização
dos estados nacionais e a tomada pelo Estado da função de manter língua e

38
cultura comuns e homogêneas, os sistemas educacionais começaram a realizar
tal tarefa e passaram a reforçar os usos oficiais da língua, instituindo padrões
universais de alfabetização.

A invenção de uma cultura nacional, constituída por símbolos,


representações e legitimada por instituições, cria, assim, um sistema de
identificação e um sentimento de nação. Constituída simbolicamente uma
nacionalidade, a língua “vai se tornando elemento central à definição de
nacionalidade” (BEREMBLUM, op. cit., p.27) e a variedade linguística da elite, do
grupo com poder político, é selecionada como língua oficial nos Estados
modernos. Essa instituição da língua oficial é reforçada com o advento da
imprensa e o trabalho dos gramáticos, processo que, por sua vez, empresta à
língua escrita um caráter de norma.

No contexto brasileiro, Bagno (2002) vem instando os educadores a


refletirem sobre qual deveria ser o verdadeiro objeto do ensino da língua
portuguesa. Isso porque, mesmo após vários anos de pesquisas na área de
ciências linguísticas, os resultados desses estudos ainda não chegaram às salas
de aula de forma efetiva, em parte devido à grande rejeição apresentada por pais
e professores que comungam de uma noção estanque, homogênea e estável de
língua.

O autor defende a idéia de transformar o ensino de língua portuguesa em


educação linguística que implicaria no desenvolvimento permanente de práticas
de leitura, de escrita, da oralidade e da escuta, além de reconhecer a
variabilidade da língua e de suas relações ideológicas. Para atingir o objetivo
proposto, Bagno (op. cit., p. 24-25 ) lança grandes linhas de trabalho que levam
em conta a análise da concepção tradicional de língua, observando a sociedade
contemporânea e a necessidade de alterações nesta concepção:

- reflexão linguística e substituição da noção de ensino gramatical por


noções de letramento;

- reflexão crítica acerca de resultados de pesquisa linguística em sala de


aula, em substituição ao ensino acrítico da gramática;

39
- discussões sobre variação linguística e investimento na compreensão
sociológica dos fatos linguísticos, além de problematizar a formação dos
professores de língua nas universidades:

Os professores em atividade hoje e que se formaram há mais de vinte


anos aprenderam, na universidade, a considerar a língua como um
fenômeno homogêneo, iniciando-se numa gramática formal (sobretudo
estrutural) e tomando a sentença como território máximo de atuação
(BAGNO, 2002, p.15).

Comenta o autor que à escola tem-se dado o papel de instituição que


promoverá a “correção” linguística do aluno, visando consertar o falar “deficiente”.
Essa prática pedagógica pauta-se na noção de “língua ideal enquanto norma
culta”. O foco exclusivo na chamada “norma culta”, o seu favorecimento e
valorização irrestrita nas instituições de ensino tem gerado situações de
preconceito contra os falantes de outras variedades, que passam a ser
estigmatizados, assim como as suas línguas o são.

Segundo Soares (2008), até os anos 60, a língua portuguesa foi ensinada
segundo uma abordagem exclusivamente gramatical. Ensinar significava ensinar
sobre a língua. Essa perspectiva perpetuava uma longa tradição, já que até o
século XVIII, o ensino de português restringia-se à alfabetização. Após a reforma
pombalina, em 1759, tornou-se obrigatório o ensino de língua portuguesa,
definindo-se como objetivo deste o ensino da gramática. Nessa época, o acesso
à escola era restrito à burguesia, a falantes da norma padrão. Ainda segundo
essa mesma autora, nos anos 60, as reivindicações e conquistas das camadas
populares pelo direito à escola mudaram a sua clientela, sobretudo a da escola
pública, que passou a receber os filhos das classes populares. No final dos anos
60 e início dos 70, promulgou-se a Lei nº 5.692/71, a qual, no entanto, não
mencionava em seu texto nenhuma alteração em relação ao tipo de ensino, para
que houvesse uma adequação aos recém chegados à escola. Percebeu-se
através da organização curricular um ensino que visava aos objetivos da época
em que a sociedade vivia: a ampliação do capitalismo e a expansão das
indústrias. A atribuição da escola era, assim, oferecer recursos humanos para o
desenvolvimento industrial (SOARES, 2008, p.102). O ensino do português
passou do foco gramatical para o instrumental, e o quadro referencial passou a

40
ser a teoria da comunicação com objetivos pragmáticos – usos da língua – e
ênfase na cultura brasileira.

Tratava-se de qualificar o aluno como um bom receptor e emissor de


mensagens por meio da utilização de diversos códigos, além de desenvolver
habilidades para compreender e expressar-se através da língua. A abordagem
que sustentava o ensino de língua portuguesa era tecnicista: ensinavam-se
técnicas de redação, treinava-se a leitura e recorria-se a exercícios estruturais de
memorização.

A Psicologia Associacionista foi a fonte teórica da perspectiva instrumental


do ensino de língua portuguesa, na década de 70. Segundo essa abordagem, o
indivíduo dependeria de estímulos externos para produzir respostas que
receberiam reforço, aumentando assim as suas habilidades linguísticas no
processo de aquisição e desenvolvimento da língua materna. Na abordagem
associacionista, o erro significa deficiência de aprendizagem, déficit, falha no
treinamento da memorização, falha na organização do programa de ensino, na
hierarquização do conteúdo a ser apreendido, etc.

Nos primeiros anos da década de 80, a aprendizagem de línguas passou


por novas revisões teórico-metodológicas e a Psicologia Psicogenética e as
Ciências Linguísticas passaram a fornecer as suas bases conceituais. A nova
abordagem vê o indivíduo agora como sujeito da língua, um sujeito capaz de
construir suas habilidades e conhecimentos da linguagem em interação com a
língua e com os próprios falantes. Na perspectiva psicogenética, os erros passam
a ser vistos como construtivos, resultantes de reestruturações no processo de
conhecimento da língua escrita.

A ciência da linguagem, fundada sob as bases estruturalistas, constituíram


durante décadas, objeto bem definido, língua enquanto sistema e ensino de
língua enquanto aquisição - através do ensino prescritivo/ normativo - da norma-
culta.

Atualmente as teorias interacionistas têm sido norteadoras de reflexões e


práticas de ensino de Língua Portuguesa. A Sociolinguística, a Pragmática,
Linguística Textual, a Análise do Discurso, a Semântica Enunciativa, a Teoria dos
Gêneros do Discurso e outras áreas de estudos da linguagem pautadas por uma

41
posição externalista se interessam pelas relações estabelecidas entre a
lingua(gem) e o mundo.

São objetos de ensino, reflexão e estudo as normas interacionais que


participam do momento enunciativo, as atividades psicossociais desenvolvidas
pelos falantes, aspectos subjetivos da língua, condições ideológicas, psíquicas e
materiais de produção e interpretação de discursos, além de reflexões acerca da
diversidade linguística e sociocultural existente.

3.5. Concepção de Ensino de Língua Inglesa

Considerando que o principal objetivo do curso de Letras Português e


Inglês da UTFPR, Campus Pato Branco, é o de formar professores de Língua
Portuguesa (LP) e Língua Inglesa (LI) autônomos, participativos e críticos para
atuarem na Educação Básica, entendemos que o ensino de línguas materna e
estrangeiras deva-se dar em torno de perspectivas teórico-filosóficas que
enfatizem não apenas os aspectos individuais e cognitivos da aprendizagem
dessas línguas, mas também seus aspectos sociais, históricos e culturais.

Neste sentido, encontramos suporte para o ensino de língua inglesa (LI)


nas teorias sócio-cultural (Vygotsky e seguidores) e sóciointeracionista (Círculo
de Bakhtin). A primeira, uma teoria do desenvolvimento humano, postula que o
aprendizado é mediado pela linguagem através de interações sociais, enquanto
que a segunda, uma teoria da linguagem, estuda a linguagem e suas relações
nas diferentes esferas das atividades humanas. Embora tendo objetivos
diferentes, ambas dialogam entre si, pois constroem uma visão holística da
realidade e compreendem o ser humano inserido no contexto social e as relações
que se constituem nas interações mediadas pela linguagem. Por outro lado,
ambas refutam a concepção cartesiana, que vê o homem como centro do
universo e único responsável por sua aprendizagem (Hickmann, 1997, apud
Ticks, 2005) e o veem na sua natureza social e ideológica. Portanto, a
aprendizagem e o desenvolvimento nascem das práticas discursivas entre as
interações entre os sujeitos que as constituem e por elas são constituídos, sendo
a linguagem o mecanismo mediador da interação humana. Desta forma, o
entendimento do uso e funcionamento da linguagem representa uma condição

42
primordial para a aprendizagem (Szundy, 2004) como processo de internalização
do conhecimento através de práticas sociais.

Ainda, para Vygostky (1986) o processo de aprendizagem de uma língua


estrangeira se dá no mesmo compasso da aprendizagem dos conceitos
científicos1 pela criança, sendo assim entendido como um processo complexo e
longo. No caso de LI, o léxico e a estrutura da língua são totalmente estranhos.
Assim, cabe ao professor, mediar a compreensão de como se dá esse processo
com seus alunos de forma a incentivá-los e encorajá-los diante das dificuldades e
desafios que se apresentam ao longo do processo. Também, cabe ao professor
guiar seus alunos na generalização e formação de conceitos novos, ou seja, no
conhecimento da língua em questão.

Com relação à linguagem, as teorias sociocultural e sociointeracionista


postulam que a linguagem não é unívoca, monológica e neutra, mas polifônica,
dialógica e dialética. Cabe, assim, ao professor enfatizar estes aspectos da
linguagem através de um ensino contextualizado da língua, levando o aprendiz a
comparar sua realidade com outras realidades e assim atuar na realidade em que
se insere de forma mais dinâmica e eficaz.

Tomando o Inglês como língua franca (Leffa, 1999; Gimenez, 2004) com o
papel de mediar as relações entre falantes de diferentes línguas maternas, esta
se constitui em um espaço para a inter-culturalidade e também em instrumento
para o desenvolvimento de relações internacionais, ou seja, para o
desenvolvimento da cultura e da cidadania planetária (GIMENEZ, 2004).

Por fim e em termos gerais, os professores de LI encontrarão nos


pressupostos teóricos das teorias sociocultural e sócio-interacionista, uma base
teórica para trabalhar com diferentes gêneros discursivos/textuais e dessa forma
lidar com diferentes questões de ensino de LI. Por exemplo: através da produção
textual, os professores podem guiar seus alunos a desenvolverem conhecimento

1
Em termos gerais, para Vygotsky (1986, cap.5), o processo de desenvolvimento ou aprendizagem de
conceitos científicos pela criança passa por três fases básicas: a) a fase do pensamento sincrético,
caracterizada pela abundância de impressões subjetivas e insuficiência de relações objetivas ou lógicas que a
criança estabelece com um dado conceito ou objeto de ensino; b) a fase do pensamento objetivo,
caracterizada pelo estabelecimento inicial de relações que realmente existem entre os objetos, aspectos ou
características que envolvem um dado conceito ou objeto de ensino; e c) a fase do pensamento abstrato, na
qual as características e os aspectos/ fatores que envolvem determinado conceito ou tópico se estabelecem e
se consolidam, acontecendo a aprendizagem de um novo conceito.

43
linguístico, de organização textual, de diferentes conteúdos e culturas ampliando
seu conhecimento de mundo, como também conduzir seus alunos a refletirem
sobre o processo de escrever e a analisar um texto de acordo com seu objetivo e
contexto material de produção e recepção.

Portanto, o ensino de Inglês, através de gêneros textuais extrapolará os


limites do ensino dos aspectos formais da língua (gramática), para um ensino que
inclua aspectos sociais, históricos e culturais (o contexto social, incluindo as
relações e papéis sociais dos sujeitos de uma dada situação de comunicação em
determinado tempo e espaço) das diversas esferas e situações de comunicação.
Desta forma, os professores de LI orientarão seus alunos a perceberem os
valores e ideologias que subjazem nos textos que circulam na sociedade, bem
como as práticas discursivas e relações sociais que constituem a interação
humana. Consequentemente, partindo de uma concepção de linguagem
enquanto interação, professores e alunos estarão co-construindo saberes
linguísticos, cognitivos e sociais e se constituindo enquanto cidadãos socialmente
participativos e críticos.

44
45
4. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

A organização didático-pedagógica deve obedecer ao estabelecido no


Regulamento da Organização Didático-Pedagógica dos Cursos de Graduação da
UTFPR e suas normas e procedimentos complementares, aprovado pelo
Conselho de Ensino em 29 de novembro de 2010, pela Resolução do COEPP nº
112/10.

4.1. Justificativa

A UTFPR, Campus Pato Branco, como instituição pública federal, é


também responsável pelo desenvolvimento regional, pois a sua área de
abrangência compreende o Oeste e o Sudoeste do Paraná e o Oeste de Santa
Catarina. Por isso, além de oferecer ensino de qualidade, a Universidade procura
atender à comunidade, ofertando cursos que contribuem para a transformação da
realidade regional.

É nesse contexto que se insere o curso de Licenciatura em Letras


Português-Inglês, pois desde 2003 a comunidade patobranquense vinha
explicitando, através de contato com os profissionais atuantes nas áreas de
Português e de Inglês, bem como através de campanha divulgada nos meios de
comunicação locais, o quanto considerava urgente a abertura de um curso de
graduação em Letras na cidade de Pato Branco, especialmente numa
universidade pública.

Considerando que a UTFPR tem em seu artigo 4º, do projeto de Lei


4.183/2004, alínea b, como um de seus objetivos, “ministrar em nível superior,
cursos de Graduação, bem como programas especiais de formação pedagógica,
com vistas à formação de professores e especialistas para as disciplinas dos
vários níveis e modalidades de ensino no âmbito da educação tecnológica”, para
atender à comunidade regional e às metas da UTFPR, uma parcela da
comunidade acadêmica da Universidade, vinculada às áreas de Línguas e de
Educação, passou a estudar a viabilidade de abertura de um curso de formação
de professores na área de Letras. Desses estudos, resultou o Projeto de Abertura
do Curso de Licenciatura em Letras Português-Inglês que foi aprovado pelo

46
Conselho de Ensino da UTFPR, através da Resolução 050/08, de 13 de junho de
2008 e com ajustes aprovados pelo COEPP através da Resolução 137/2010 de
novembro de 2010. A primeira turma ingressou em agosto de 2008.

De acordo com dados do Censo Escolar de 2009, do Ministério da


Educação, encontrados no site www.inep.gov.br, o número de professores que
lecionam no ensino básico sem diploma de curso superior aumentou entre 2007 e
2009 no Brasil. Atualmente, os professores sem curso superior somam 636 mil
nos ensinos infantil, fundamental e médio, o que representa 32% do total. Em
2007, eram 594 mil.

O agravamento do déficit de docentes licenciados ocorre principalmente


porque, nos últimos anos, a quantidade de alunos na Educação Básica tem
crescido mais rapidamente do que o número de professores que se formam.

4.2. Gestão Acadêmico - Administrativa do Curso

A gestão acadêmico-administrativa do Curso é feita pela Representação


de Área e Coordenação do Curso.

4.2.1.Representação de Área
No Curso de Licenciatura em Letras Português-Inglês da UTFPR, Campus
Pato Branco, a atuação da Representação de Área – subordinada à Secretaria de
Bacharelados e Licenciaturas - se dá efetivamente conforme o disposto na
Portaria nº 0861 de 25 de agosto de 2008 do Reitor da UTFPR, cabendo-lhe:
- zelar pelo cumprimento das normatizações institucionais;

- representar a referida área em eventos e reuniões;

- propor, com anuência das Coordenações de Curso, a contratação ou alteração


da jornada de trabalho de docentes;

- acompanhar e avaliar, em conjunto com as Coordenações de Curso, o plano de


atividades dos docentes;

- garantir o cumprimento das diretrizes para a Gestão das Atividades de Ensino,


Pesquisa e Extensão da UTFPR;

- otimizar e controlar o uso dos laboratórios, recursos materiais e humanos para


execução de suas atividades;

47
- propor à Gerência de Ensino, em consonância com as Coordenações de Curso,
o plano anual de metas da área, com respectivos custos, no tocante à aquisição
de novos equipamentos, manutenção, implantação, atualização e implementação
de laboratórios;

- participar do processo de elaboração dos horários de aulas, a cada semestre,


fazendo o planejamento de sua área, em consonância com as necessidades
levantadas pelas coordenações de cursos;

- acompanhar o processo de matrícula discente.

4.2.2. Coordenação

No Curso de Licenciatura em Letras Português-Inglês da UTFPR, Campus


Pato Branco, a atuação do Coordenador – subordinado à Secretaria de
Bacharelados e Licenciaturas - se dá efetivamente de acordo com o disposto no
Artigo 28 (vinte e oito) do Regimento dos Campi da instituição. Assim, o
Coordenador:
I. garante o cumprimento das normas institucionais, em consonância com
a Representação de Área Acadêmica;
II. congrega e orienta os estudantes e atividades do curso, sob sua
responsabilidade;
III. controla e avalia, em conjunto com o Colegiado do Curso, o
desenvolvimento dos projetos pedagógicos e da ação didático-pedagógica, no
âmbito do curso;
IV. coordena a elaboração e disponibilização à comunidade dos planos de
ensino das disciplinas do seu curso;
V. coordena o processo de planejamento de ensino, no âmbito do curso;
VI. coordena a elaboração de propostas de alteração e atualização
curricular do curso;
VII. coordena as atividades relacionadas aos componentes curriculares
constantes nos projetos pedagógicos dos cursos;
VIII. propõe cursos de formação continuada;
IX. zela pelas questões disciplinares dos estudantes;
X. acompanha e orienta os docentes nas questões didático-pedagógicas;

48
XI. subsidia a Representação de Área Acadêmica quanto à alocação dos
docentes nas disciplinas;
XII. coordena as ações relacionadas ao reconhecimento e renovação de
reconhecimento do curso;
XIII. em consonância com a Representação de Área Acadêmica, propõe à
Secretaria de Gestão Acadêmica o plano anual de metas do curso;
XIV. solicita e encaminha os documentos acadêmicos, inclusive os de
resultados de avaliações de ensino, nas datas estabelecidas no calendário
acadêmico;
XV. coordena as atividades relacionadas com os processos de avaliação
externa dos estudantes;
XVI. propõe, com a anuência da Representação de Área Acadêmica e nos
termos da política institucional, a contratação dos docentes ou a alteração da
jornada de trabalho destes, no âmbito da Área;
XVII. participa, com a Representação de Área Acadêmica, da avaliação de
pessoal docente e administrativo, no âmbito da Área;
XVIII. define, com a Representação de Área Acadêmica, as áreas de
conhecimento a serem supridas e o perfil dos docentes a serem contratados, no
âmbito da Área;
XIX. coordena, em consonância com a Representação de Área
Acadêmica, o processo de matrícula;
XX. atua na divulgação do curso;
XXI. promove a articulação entre as áreas de seu curso com outras
Coordenações de Curso e Áreas Acadêmicas;
XXII. controla e avalia o desempenho de monitores, no âmbito do seu
curso.

4.2.3.Colegiado

De acordo com o Regulamento dos campi da UTFPR, aprovado pelo


Conselho Universitário, “cada curso terá um Colegiado de Curso, de caráter
propositivo, responsável pela assessoria didático-pedagógica à Coordenação,
com Regulamento único, aprovado pelo Conselho de Graduação e Educação
Profissional”. Assim sendo, a composição e o funcionamento do Colegiado do

49
Curso de Letras estão embasados no Regulamento de Colegiados de Curso da
UTFPR, atuando de forma propositiva nas questões relacionadas ao ensino,
pesquisa e extensão, tendo como objetivo a promoção e a participação colegiada
em relação às questões pedagógicas e científicas. Uma de suas atribuições é dar
suporte técnico e científico aos encaminhamentos didático-pedagógicos e
acompanhar a implementação do Projeto do Curso. Os membros participantes do
colegiado de Letras trabalham na perspectiva de observar e analisar a legislação
de ensino e o contexto do Curso com vistas a realizar adequações, sempre que
necessárias, buscando o desenvolvimento de políticas internas de melhorias no
âmbito do ensino, pesquisa e extensão.

O colegiado do Curso de Letras se constitui:


I - do Coordenador do Curso, como presidente;
II - do Representante da Área de Letras;
III - de um representante do Departamento de Educação;
IV - do professor responsável pela Atividade de Estágio;
V - do professor responsável pelo Trabalho de Conclusão de Curso;
VI - do professor responsável pelas Atividades Complementares;
VII - de 3 (três) representantes docentes e respectivos suplentes eleitos por seus
pares atuantes em áreas específicas do Curso;
VIII - de, facultativamente, 2 (dois) docentes de outras áreas do conhecimento
que atuem no Curso;
IX - de 1 (um) representante discente, regularmente matriculado no Curso, com
seu respectivo suplente indicado pelo órgão representativo dos alunos do Curso,
quando houver, ou pelo Coordenador do Curso.

A composição do Colegiado do Curso de Licenciatura em Letras é feita


através de eleições de membros docentes, titulares e suplentes, realizadas por
seus pares, dentre aqueles que ministrem aulas ou tenham atividades
relacionadas ao Curso. São elegíveis todos os docentes efetivos das áreas
específicas e, se aplicável, dois docentes de outras áreas do conhecimento. Os
representantes discentes podem ser indicados pela coordenação de curso ou
eleitos. O Coordenador de Curso, membro nato do Colegiado, terá seu mandato
em vigência de acordo com o prazo de ocupação do cargo ou da Portaria de
Nomeação.

50
Atualmente, mediante portaria, são membros do Colegiado do Curso de
Letras, com mandato de dois anos:

- Presidente: Coordenadora do Curso de Licenciatura em Letras da UTFPR;


- Representante da Área de Letras;
- Representante do Departamento de Educação;
- Responsável pela atividade de Estágio;
- Responsável pelo Trabalho de Conclusão de Curso;
- Responsável pelas Atividades Complementares;
- Três representantes docentes;
- Representante discente.

As reuniões de Colegiado acontecem, conforme Regulamento Geral da


UTFPR e Regulamento Específico do Curso de Licenciatura em Letras,
ordinariamente, duas vezes por semestre e, de forma extraordinária, a qualquer
tempo, sempre que convocadas pelo presidente. As convocações para as
reuniões são feitas por escrito, constando a ordem do dia, com antecedência
mínima de 48 horas. Em caso de urgência, o prazo de convocação é reduzido a
critério do Presidente do Colegiado.

4.2.4. Núcleo Docente Estruturante - NDE

O NDE é um órgão consultivo e propositivo da coordenação de curso,


responsável pelo processo de concepção, consolidação e contínua atualização
do Projeto Pedagógico do Curso. O Núcleo Docente Estruturante do Curso de
Licenciatura em Letras Português – Inglês da UTFPR, Campus Pato Branco é
composto pelo coordenador do Curso, como presidente, e mais 06 (seis)
docentes, todos professores do Curso de Letras.

Estes sete docentes têm participado da implantação do Projeto


Pedagógico do Curso, bem como de sua consolidação de forma intensa,
assumindo responsabilidades pela elaboração de regulamentos e funções de
coordenação do curso. As atividades desenvolvidas pelo NDE são determinadas
pelo seu Regimento, aprovado pelo Colegiado de Curso, e tem como principal
objetivo propor melhorias no processo ensino-aprendizagem que visem à
excelência da formação técnica e humanística dos acadêmicos do curso.

51
4.3. Apoio às Atividades didático-pedagógicas e operacionais do Curso

As Atividades didático-pedagógicas e operacionais do Curso são apoiadas


pelo Departamento de Educação (DEPED), pela Secretaria de Bacharelados e
Licenciaturas (SEBLIC), pelo Departamento de Registros Acadêmicos (DERAC) e
pela Secretaria de Gestão Acadêmica (SEGEA).
A SEBLIC (Secretaria de Bacharelados e Licenciaturas) e as
coordenações, apoiadas pelo DEPED (Departamento de Educação) são
responsáveis pelos aspectos didático-pedagógicos enquanto que o DERAC
(Departamento de Registros Acadêmicos) é responsável pelas questões
operacionais, incluindo matrículas, trancamentos, documentação (diários de
classe, históricos, diplomas, declarações, etc), conforme consta no
“Organograma de Funcionamento – DERAC”.

A organização acadêmico-administrativa dos cursos de Licenciatura da


UTFPR é realizada pela SEBLIC, pela Coordenação do Curso e pelo DERAC
(Departamento de Registros Acadêmicos), vinculado à SEGEA (Secretaria de
Gestão Acadêmica).

O controle de notas, frequência e de aprovação/reprovação é feito por um


sistema informatizado chamado “Sistema Acadêmico”, alimentado pelo professor
de cada disciplina.

A Secretaria e outros setores ligados à gestão acadêmico-administrativa


do curso estão vinculados à Secretaria de Gestão Acadêmica. Tem-se
vinculados, portanto, a este setor as seguintes tarefas:

- Efetuar registros escolares;


- Inscrever e matricular alunos;
- Organizar e manter sob sua guarda pastas individuais de alunos;
- Receber, preparar e informar processos relativos ao corpo discente;
- Reparar e emitir documentos acadêmicos dos alunos.

52
4.4. Apoio Pedagógico e Acompanhamento Psicopedagógico aos discentes

O apoio pedagógico e acompanhamento psicopedagógico aos discentes


é realizado pela Coordenação do Curso, pelo Departamento de Educação
(DEPED) e seus três núcleos – Núcleo de Ensino (NUENS), Núcleo de
Acompanhamento Psicopedagógico e Assistência Estudantil (NUAPE) e Núcleo
de Atendimento a Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas
(NAPNE).

O acompanhamento pedagógico cabe ao Coordenador do Curso e ao


DEPED - Departamento de Educação -, que em conjunto desenvolvem as
seguintes atividades de forma rotineira:
- Planejamento de ensino, realizado no período que antecede o início do
semestre, tendo por objetivo informar os professores sobre novas práticas e
procedimentos a serem adotados, discutir procedimentos e adotar critérios
comuns, estabelecer diretrizes claras para o andamento do curso durante o
semestre que está sendo planejado, avaliar os Planos de Ensino para o
próximo semestre, rever ementários, conteúdos, bibliografias, práticas
pedagógicas e de avaliação para as disciplinas;
- Atendimento aos alunos, visando sanar dúvidas e orientações sobre o
andamento do curso, a aplicação do regulamento didático-pedagógico,
critérios e procedimentos de professores, etc;
- Atendimento aos professores, em reuniões individuais ou em pequeno
grupo, para discutir problemas específicos de disciplinas, procurando
encontrar soluções que atendam ao Regulamento e que possam otimizar o
desempenho acadêmico dos alunos.

O DEPED é um setor especializado e preparado para assessorar o


trabalho docente e oferecer suporte psicopedagógico aos estudantes. Subdivide-
se em três núcleos: o Núcleo de Ensino – NUENS -, o Núcleo de
Acompanhamento Psicopedagógico e Assistência Estudantil – NUAPE -, ao qual
está vinculado o Núcleo de Atendimento a Pessoas com Necessidades
Educacionais Específicas – NAPNE.

De forma geral, os núcleos desenvolvem conjuntamente projetos e


trabalhos para atendimento ao discente. O DEPED do Campus Pato Branco está

53
constituído por um professor do Curso de Letras, responsável pelo departamento;
duas pedagogas; uma psicóloga; uma assistente social; profissionais para a área
de LIBRAS, sendo uma professora surda de LIBRAS e uma intérprete, que hoje
atua como responsável pelo NAPNE e uma professora do Curso de Letras
responsável pela coordenação dos trabalhos de avaliação do docente pelo
discente e pelo Programa de Monitoria.

A UTFPR também conta com um Setor de Saúde, vinculado ao DEPED,


no qual, atualmente, trabalham um profissional técnico em enfermagem e um
dentista. Oferta-se esse serviço a todos os alunos e servidores do Campus.

A UTFPR possui os seguintes Programas de apoio ao Ensino: Programa


de Monitoria, Programa de Assistência ao Ensino (PAE), Programa de Apoio à
Docência e Programa de Bolsa Permanência.

No Programa de Monitoria atrelado ao NUENS (Resolução COEPP 15/09


de 13 de Março de 2009 modificada pela resolução COEPP de 11 de Março de
2010) e no Programa de Assistência ao Ensino – PAE, um dos deveres do
Bolsista é o auxílio aos docentes e discentes em tarefas didáticas compatíveis
com o seu grau de conhecimento.

Para o Programa de Monitoria, os monitores são selecionados para


disciplinas, em que há maior grau de dificuldade ou alto nível de reprovação. No
momento, o Curso de Letras conta com um monitor que realiza suas atividades
junto a um professor da área de Inglês.

Para o Programa de Assistência ao Ensino (PAE), são selecionados


bolsistas de Programas de Pós-Graduação, de acordo com edital da Diretoria de
Graduação (DIRGRAD). Atualmente, o Curso conta com a colaboração de um
bolsista do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional da UTFPR -
Campus Pato Branco.

Quanto ao Programa de Apoio à Docência, este é desenvolvido por


alunos bolsistas CAPES. No primeiro semestre de 2011, o Curso contou com
uma aluna da Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, da UTFPR,
Campus Pato Branco.

O Curso conta, vinculado ao NUAPE, com o Programa de Bolsa-


Permanência ao Estudante da UTFPR, que se orienta pelos princípios gerais do

54
Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) do Ministério da Educação
e tem a finalidade de apoiar o discente em sua permanência na Instituição,
buscando reduzir os índices de evasão decorrentes de dificuldades de ordem
socioeconômica. No Campus Pato Branco, o valor da bolsa é de R$350,00,
distribuídos em: a) R$ 150,00 na forma de vale-refeição a serem usados no
Restaurante Universitário; e b) R$200,00 que podem ser gastos com transporte,
moradia e material didático. O Curso de Letras conta, no primeiro semestre de
2011, com 11 (onze) bolsas permanência.

4.5. Acompanhamento de egressos

O acompanhamento de egressos é feito através dos seguintes órgãos


vinculados à Instituição:

1) Programa de Egressos (PROEG), vinculado à Gerência de Relações


Empresariais e Comunitárias, institucionalizado para manter um sistema de
acompanhamento dos egressos, cujos objetivos são:
- Propiciar à UTFPR o cadastramento dos principais empregadores dos egressos,
bem como um cadastro atualizado dos alunos graduados;
- Desenvolver meios para a avaliação e adequação dos currículos dos cursos,
através da realimentação por parte da sociedade e especialmente dos graduados
na instituição;
- Criar condições para a avaliação de desempenho dos egressos em seus postos
de trabalho;
- Informar periodicamente os egressos sobre eventos, cursos, atividades e
oportunidades oferecidas pela Instituição;
- Disponibilizar contatos para oportunidades de emprego.

O cadastramento dos egressos ocorre da seguinte forma: a) O


responsável pelo Departamento de Estágios e Cursos de Extensão (DEPEC)
cadastra os alunos antes da formatura; b) Por meio desse cadastro, os egressos
recebem notícias de ofertas de emprego, formação continuada, dentre outras.

2) Programa de Empreendedorismo e Inovação (PROEM) – que apoia


empreendedores da comunidade interna e externa da UTFPR, incentivando o
desenvolvimento de projetos e empresas nas áreas de atuação dos cursos

55
ofertados pela universidade. Atua na formação da cultura empresarial propiciando
espaços de desenvolvimento com ênfase em tecnologia e inovação, por meio do
Hotel Tecnológico e da Incubadora de Inovações Tecnológicas. Atua também na
disseminação da cultura empreendedora através da promoção de eventos e
outras ações para fundamentar esse objetivo.

O Hotel Tecnológico é a pré-incubadora da UTFPR, com estrutura para


hospedar temporariamente projetos de alunos e egressos empreendedores,
apoiando-os em seus primeiros passos. Para isso, o Hotel Tecnológico oferece
suporte administrativo, técnico, gerencial e mercadológico, visando à criação de
produtos e serviços inovadores e o desenvolvimento de projetos que os tornem
empresas de sucesso.

56
5. MATRIZ CURRICULAR DO CURSO

A matriz curricular, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais


para os cursos de Letras, deve possibilitar o trabalho interdisciplinar, situando os
saberes disciplinares no conjunto do conhecimento escolar. Os estudos
linguísticos e literários devem fundar-se na percepção da língua e da literatura,
tanto da língua portuguesa quanto da inglesa, como prática social e como forma
mais elaborada das manifestações culturais. Esses estudos, inclusive, devem
articular a reflexão teórico-crítica com o domínio da prática pedagógica (essencial
aos profissionais formados nessa área) de modo a priorizar a abordagem
intercultural.

Já na Resolução CNE/CP 1, de 18 de fevereiro de 2002, reforçam-se


essas orientações e evidencia-se, em seu Art. 2º, a obrigatoriedade de
construção de estruturas curriculares que permitam a formação para a atividade
docente, focando:

I - o ensino visando à aprendizagem do aluno;


II - o acolhimento e o trato da diversidade;
III - o exercício de atividades de enriquecimento cultural;
IV - o aprimoramento em práticas investigativas;
V - a elaboração e a execução de projetos de desenvolvimento dos
conteúdos curriculares;
VI - o uso de tecnologias da informação e da comunicação e de
metodologias, estratégias e materiais de apoio inovadores;
VII - o desenvolvimento de hábitos de elaboração de trabalhos em
equipe.

Nessa mesma resolução, o Art. 3º destaca os princípios norteadores para


a formação de professores que atuarão em diferentes etapas do exercício
profissional específico, sendo:

I - a competência como concepção nuclear na orientação do curso;


II – a coerência entre a formação oferecida e a prática esperada do futuro
professor, tendo em vista:

57
a) a simetria invertida, em que o preparo do professor, por ocorrer em
lugar similar àquele em que vai atuar, demanda consistência entre o
que faz na formação e o que dele se espera;
b) a aprendizagem como processo de construção de conhecimentos,
habilidades e valores em interação com a realidade e com os demais
indivíduos, no qual são colocadas em uso capacidades pessoais;
c) os conteúdos como meio e suporte para a constituição das
competências;
d) a avaliação como parte integrante do processo de formação que
possibilita o diagnóstico de lacunas e a aferição dos resultados
alcançados, consideradas as competências a serem constituídas e a
identificação das mudanças de percurso eventualmente necessárias;
III – a pesquisa, como foco no processo de ensino e aprendizagem, uma
vez que ensinar requer tanto dispor de conhecimentos e mobilizá-los
para a ação, como compreender o processo de construção do
conhecimento.

Já o Art. 11 ressalta os critérios para a organização da matriz curricular


em eixos articuladores, na forma a seguir indicada:

I - eixo articulador dos diferentes âmbitos de conhecimento profissional;


II - eixo articulador da interação e da comunicação, bem como do
desenvolvimento da autonomia intelectual e profissional;
III - eixo articulador entre disciplinaridade e interdisciplinaridade;
IV - eixo articulador da formação comum com a formação específica;
V - eixo articulador dos conhecimentos a serem ensinados e dos
conhecimentos filosóficos, educacionais e pedagógicos que
fundamentam a ação educativa;
VI - eixo articulador das dimensões teóricas e práticas.

Para atender aos diversos eixos articuladores, à carga horária e aos


demais aspectos previstos nos diversos dispositivos legais para a área de Letras,
a estrutura curricular do curso de Licenciatura em Letras Português-Inglês se
organizará, pela similaridade dos campos de conhecimentos que se aglutinam,
nos Espaços Curriculares:

58
• Conhecimentos básicos das Línguas Portuguesa e Inglesa, e respectivas
Literaturas;
• Conhecimentos básicos em Educação;
• Conhecimentos metodológicos e profissionais;
• Conteúdos optativos complementares;
• Estágio Supervisionado;
• Atividades Complementares;
• Trabalho de Conclusão de Curso – TCC.

A partir do exposto, os quadros das páginas 63 e 64, deste Projeto,


contemplam esses espaços curriculares, os quais constituem um conjunto de
conhecimentos integralizados que propiciam a aquisição do saber de forma
articulada, imprescindível ao futuro profissional.

Esses Espaços Curriculares estão amparados no Art. 1º da Resolução


CNE/CP2, de 19 de fevereiro de 2002:

Art. 1º A carga horária dos cursos de Formação de Professores da


Educação Básica, em nível superior, em curso de Graduação, de graduação
plena, será efetivada mediante a integralização de, no mínimo, 2800 (duas
mil e oitocentas) horas, nas quais a articulação teoria-prática garanta, nos
termos dos seus projetos pedagógicos, as seguintes dimensões dos
componentes comuns:

I – 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular,


vivenciadas ao longo do curso;
II – 400 (quatrocentas) horas de estágio curricular supervisionado a partir do
início da segunda metade do curso;

III – 1800 (mil e oitocentas) horas de aulas para os conteúdos curriculares


de natureza científico-cultural;
IV – 200 (duzentas) horas para outras formas de atividades acadêmico-
científico-culturais.

A composição curricular do curso de Licenciatura em Letras Português-


Inglês da UTFPR, Campus Pato Branco, também está em consonância com o
Parecer CNE/CES 492-2001, de 03/04/2001, o qual “institui Diretrizes
Curriculares Nacionais dos cursos de Filosofia, História, Geografia, Serviço

59
Social, Comunicação Social, Ciências Sociais, Letras, Biblioteconomia,
Arquivologia e Museologia”, com o parecer CNE/CES 1363-2001, de 12/12/2001,
que retifica o Parecer anterior e com a Resolução CNE/CP1, de 18/02/2002, a
qual “institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de professores
da Educação Básica, em nível superior, em curso de Graduação Plena” e,
principalmente, com as Diretrizes Curriculares para os Cursos de Bacharelado e
Licenciatura da UTFPR, em seus artigos 5°, o qual institui 2.800h mínimas para
as atividades presenciais e mais 360h mínimas para o Estágio Curricular, e 6°, o
qual estabelece a duração mínima de quatro anos.

É importante ressaltar que, nos três últimos anos, relatores do MEC vêm
emitindo pareceres, tais quais, Parecer CNE/CES nº83/2007, Parecer CNE/CP
nº8/2008, Parecer CNE/CP nº5/2009 e Parecer CNE/CES nº124/2009, que
rediscutem a carga horária para cursos com habilitação dupla, como é o caso do
de Licenciatura em Letras Português-Inglês deste Campus. Além disso, nesse
período, aconteceu também a divulgação dos chamados “Referenciais de Cursos
de Graduação”, resultado de consulta pública realizada pelo SESu/MEC junto a
IES federais.

Ainda em 2009, os Pareceres 331/2009 e 365/2009, emitidos pela Câmara


de Ensino Superior (CES), e homologados sob o aval do Conselho Nacional de
Educação (CNE), aprovados em dezembro de 2009, indeferem o funcionamento
de cursos de Licenciatura em Letras com dupla habilitação por apresentarem a
mesma carga horária que havia sido prevista, a priori, para Licenciaturas únicas
(simples). Abaixo, cita-se um fragmento do Parecer CNE/CES nº83/2007, cuja
decisão serviu de base para os Pareceres posteriores,

De fato, a Resolução CNE/CP nº 2/2002 estabeleceu para os cursos de


licenciatura um mínimo de 2.800 horas. No entanto, conforme
entendimento constante do Parecer CNE/CES nº 83/2007, a carga
horária mínima de 2.800 horas definida na citada Resolução
considerou a formação em uma única habilitação. Para a inclusão de
uma nova habilitação, deverão ser acrescidas, no mínimo, 800
(oitocentas) horas, das quais, pelo menos, 300 (trezentas) horas serão
dedicadas ao estágio supervisionado, conforme se depreende dos
Pareceres CNE/CP nos 8/2008 e 5/2009, do Parecer CNE/CES nº
124/2009 e da Resolução CNE/CP nº 1/200.

60
Em virtude disso, a carga horária do curso de Licenciatura em Letras
Português-Inglês foi revista e passou de 3.330 horas para 3.600 horas,
atendendo a essas novas Resoluções.

A seguir, observa-se a Composição Curricular para o curso de


Licenciatura em Letras Português-Inglês da UTFPR, Campus Pato Branco:

61
5.1. Composição Curricular do curso de Letras Português – Inglês da UTFPR, campus Pato Branco

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - CAM PUS PATO BRANCO
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS - PORTUGUÊS-INGLÊS
M ATRIZ CURRICULAR
1º Período 2º Período 3º Período 4º Período 5º Período 6º Período 7º Período 8º Período

1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A 8A
Introdução à Estudos de Linguística Princípios de Análise
Linguística Geral 02/00 Linguística Teórica 02/00 Linguística Aplicada 01/00 02/00 02/17 Análise do Discurso 02/17 Estudos dos Signos 02/00 02/17
Linguística Textual Textual Linguística
02/00 02/00 01/00 02/00 01/00 01/00 02/00 01/00
LG51L 02 LT52L 02 LA53L 02 IL54L 02 EL55L 02 AD56L 02 SG57L 02 02
B 36 B 36 B 36 B 36 B 36 B 36 B 36 B 36

1B 2B 3B 4B 5B 6B 7B 8B
Semântica e
Morfofonologia 03/17 Sintaxe 03/00 Estilística 03/17 Gramática Histórica 03/17 Sociolinguística 03/00 Poesia no Século XIX 03/17 02/00 Poesia no Século XX 03/00
Pragmática
02/00 03/00 02/00 02/00 03/00 02/00 02/00 03/00
MF51L 03 ST52L 03 ES53L 03 GH54L 03 SL55L 03 PS56L 03 SP56L 02 PS58L 03
B 54 B 54 B 54 B 54 B 54 B 54 B 36 B 54

1C 2C 3C 4C 5C 6C 7C Laboratório de Leitura e 8C
Fundamentos da Literatura Infantil e
02/00 Teoria da Poesia 02/00 Teoria da Narrativa 02/00 Teoria do Teatro 02/00 Narrativa no Século XIX 03/17 02/17 Narrativa no Século XX 03/17 Redação em Inglês: 02/00
Literatura Juvenil Brasileira
02/00 02/00 02/00 02/00 02/00 01/00 02/00 Artigos e Ensaios 02/00
FL51l 02 TP52L 02 TN53L 02 TT54L 02 NS55L 03 LI56L 02 NS57L 03 LL58L 02
B 36 B 36 B 36 B 36 B 54 B 36 B 54 B 36

1D 2D 3D 4D 5D 6D 7D 8D
Laboratório de Leitura e Laboratório de Leitura Laboratório de Leitura e Laboratório de Leitura e
02/00 02/00 Literatura Portuguesa 02/00 Literatura Portuguesa 02/00 Introdução à Literatura 02/00 02/00 02/00 02/00
Redação de Textos e Redação de Textos Redação em Inglês: Redação em Inglês: Libras
até o Século XIX do Século XX infantil e Juvenil
Acadêmicos 02/00 Argumentativos 02/00 02/00 02/00 02/00 Textos Argumentativos 02/00 Resumo e Resenhas 02/00 02/00
LR51l 02 LL52L 02 LP53L 02 LP54L 02 IL55L 02 LL56L 02 LR57L 02 LI58L 02
B 36 B 36 B 36 B 36 B 36 B 36 B 36 LB57L B 36

1E 2E 3E 4E 5E Literaturas de Língua 6E 7E 8E
Conversação em Laboratório de Leitura e Literaturas de Língua
Conversação em Inglês 04/17 05/17 02/00 02/17 03/17 Inglesa: Prosa e 03/17 Introdução ao Estudo 02/00 02/00
Inglês Pré- Literatura Colonial Redação de Textos Inglesa: Poesia e Estudos Africanos
Básico Poesia do Século XVI de Libras
Intermediário Literários Teatro do Século XX
03/00 04/00 02/00 01/00 02/00 ao XIX 02/00 02/00 02/00
CI51L 04 CI52L 05 LC53L 02 LL54L 02 LI55L 03 LN56L 03 LB57L 02 02
B 72 CI51L B 90 B 36 B 36 B 54 B 54 B 36 B 36

1F Leitura e Redação em 2F 3F 4F Laboratório de Leitura e 5F Práticas de Ensino de 6F Literatura de Língua 7F Práticas de Ensino de 8F
Leitura e Redação em Conversação em Inglês
04/17 Inglês Pré- 05/17 05/17 Teatro Brasileiro 02/00 Redação em Inglês: 02/17 Língua Portuguesa no 02/17 Inglesa: Teatro do 02/17 Língua Inglesa no 02/17
Inglês Básico Intermediário
Intermediário Textos Informativos Ensino Fundamental Século XVI ao XIX Ensino Médio
03/00 04/00 04/00 02/00 01/00 01/00 01/00 01/00
LI51L 04 LR52L 05 CI53L 05 TB54L 02 LL55L 02 PP56L 02 LT57L 02 02
B 72 LI51L B 90 CI52l B 90 B 36 B 36 B 36 B 36 B 36

1G 2G 3G 4G 5G Práticas de Ensino de 6G Metodologia do Ensino 7G Práticas de Ensino de 8G


Metodologia da Educação e Leitura e Redação em Políticas Educacionais
02/17 02/17 05/17 Inglês Avançado 06/34 03/17 Língua Inglesa no 02/17 de Língua Portuguesa 02/17 Língua Portuguesa no 02/17
Pesquisa Tecnologia Inglês Intermediário e Gestão Escolar
01/00 01/00 04/00 04/00 02/00 Ensino Fundamental 01/00 no Ensino Médio 01/00 Ensino Médio 01/00
MP51L 02 ET52L 02 LI53L 05 IA54L 06 PG55L 03 PI56L 02 02 02
B 36 B 36 LR52L B 90 LI53L B 108 B 54 B 36 B 36 B 36

1H 2H 3H Literatura de Língua 4H 5H 6H 7H 8H
Metodologia do Ensino Metodologia do Ensino
Psicologia da Inglesa: Contos e
Filosofia Geral 02/00 História da Educação 02/00 03/17 03/17 de Língua Inglesa na 02/17 Optativas 02/00 de Língua Inglesa no 02/17 Optativas 02/00
Educação Romances do Século
02/00 02/00 02/00 02/00 Educação Básica 01/00 02/00 Ensino Médio 01/00 02/00
XX
FG51L 02 HE52L 02 PE53L 03 LI54L 03 MI55L 02 02 02 02
B 36 B 36 B 54 B 54 B 36 E 36 B 36 E 36

1I 4I Metodologia do Ensino 5I 7I 8I
TCC - Trabalho de
Estudos de Informática 02/17 Didática Geral 02/17 de Língua Portuguesa 02/17 Optativas 02/00 04/51
Conclusão de Curso II
01/00 01/00 na Educação Básica 01/00 02/00 01/00
EI51L 02 DG54L 02 MP55L 02 02 TC58L 04
B 36 B 36 B 36 E 36 TC57L SIC 72

5J 7J
TCC - Trabalho de
Optativas 02/00 04/51
Conclusão de Curso I
02/00 01/00
02 TC57L 04
E 36 SIC 72

Estágio Curricular Supervisionado em Língua Portuguesa e Língua Inglesa - 700h - SIC

ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Atividades Acadêmicas Complementares SIC 200 horas

LEGENDA (número de aulas)


R - Referência na matriz
R APS - Atividades Práticas Supervisionadas (semestral)
Nome da Disciplina APS/APCC APCC – Atividades Práticas como Componente Curricular (semestral)
AT/AP AT/AP - Aulas teóricas/práticas (semanal) CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO (em horas): FRENTE/VERSO
Código TT TT -Total de aulas (semanal) Carga horária total das disciplinas: 2.700 horas
PR TC CHT CHT - Carga horária total (semestral) TIPO DE CONTEÚDO (TC) Atividades complementares: 200 horas Licenciatura em Letras Português-Inglês
PR - Pré-requisito B - Conteúdos básicos Estágios Curriculares: 700 horas
TC - Tipo de conteúdo E - Conteúdos específicos
SIC - Atividades de Síntese e Integração de Conhecimentos. Carga horária total: 3.600 horas Atualização: novembro/2010
5.2. Dimensões dos Componentes Comuns, Espaços Curriculares, Disciplinas, CH,
CH total

Dimensões dos
Componentes Espaços Curriculares Disciplinas CH(h) CH total (h)
Comuns
Linguística Geral; Linguística Teórica; Linguística
Aplicada; Introdução à Linguística Textual; Estudos
de Linguística Textual; Análise do Discurso; Estudo
495
dos Signos; Morfofonologia; Sintaxe; Estilística;
Gramática Histórica; Sociolingüística; Semântica e
Pragmática; Princípios de Análise Linguística.
Laboratório de Leitura e Redação de Textos
Acadêmicos; Laboratório de Leitura e Redação de
90
Textos Argumentativos; Laboratório de Leitura e
Redação de Textos Literários
Fundamentos da Literatura; Teoria da Poesia; 1.095
120
Teoria da Narrativa; Teoria do Teatro
Literatura Portuguesa até o Século XIX; Literatura
60
Portuguesa do Século XX
Literatura Colonial; Teatro Brasileiro; Narrativa no
Século XIX; Poesia no Século XIX; Narrativa no 240
Século XX, Poesia no Século XX
Introdução à Literatura Infantil e Juvenil; Literatura
60
Conhecimentos básicos Infantil e Juvenil Brasileira
das Línguas Estudos Africanos 30
Portuguesa e Inglesa e Conversação em Inglês Básico; Leitura e Redação
respectivas Literaturas em Inglês Básico; Conversação em Inglês Pré-
Intermediário; Leitura e Redação em Inglês Pré-
510
Intermediário; Conversação em Inglês
Conteúdos Intermediário; Leitura e redação em Inglês
científico-culturais Intermediário; Inglês Avançado
Laboratório de Leitura e Redação em Inglês:
Textos Informativos; Laboratório de Leitura e
Redação em Inglês: Textos Argumentativos; 795
120
Laboratório de Leitura e Redação em Inglês:
Resumos e Resenhas; Laboratório de Leitura e
Redação em Inglês: Artigos e Ensaios
Literaturas de Língua Inglesa: Contos e Romances
do Século XX; Literaturas de Língua Inglesa:
Poesia e Teatro do século XX; Literaturas de
165
Língua Inglesa: Prosa e Poesia do século XVI ao
XIX; Literaturas de Língua Inglesa: Teatro do
século XVI ao XIX
Filosofia Geral 30
História da Educação 30
Psicologia da Educação 45
Didática Geral 30
Conhecimentos básicos
Introdução ao Estudo de Libras; Libras 60 300
em Educação
Estudos de Informática; Educação e Tecnologia 60

Políticas Educacionais e Gestão Escolar 45

Total de Horas 2.190

Atividades Práticas Conhecimentos


metodológicos e Metodologia da Pesquisa 30
270
profissionais
Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa na
Educação Básica
60
Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa no
Ensino Médio
Metodologia do Ensino de Língua Inglesa na 60
Educação Básica
Metodologia do Ensino da Língua Inglesa no
Ensino Médio

63
Práticas de Ensino de Língua Portuguesa no
Ensino Fundamental
60
Práticas de Ensino de Língua Portuguesa no
Ensino Médio
Práticas de Ensino de Língua Inglesa no Ensino
Fundamental
60
Práticas de Ensino de Língua Inglesa no Ensino
Médio
Conhecimentos
complementares Conteúdos Optativos
e/ou Complementares A nomeação dessas disciplinas vem no item 3.2.5 120 120
interdisciplinares
Estágio Curricular Supervisionado em Língua
Portuguesa
Estágio Curricular Estágio Supervisionado 400 700
Estágio Curricular Supervisionado em Língua
300
Inglesa
Atividades
Atividades Acadêmicas Complementares 200 200
Complementares
TCC Trabalho de Conclusão de Curso 120 120
Total de Horas
3.600

5.3. Disciplinas por semestres letivo / periodização

A composição apresentada no quadro anterior desdobra os conteúdos exigidos


pelas Diretrizes Curriculares para os Cursos de Letras (Art. 11 da Resolução CNE/CP
1/2002 e Art. 1° da Resolução CNE/CP 2 /2002), conforme legenda a seguir:

AT=Atividade Teórica Presencial


AP= Atividade Prática Presencial
APCC= Atividade Prática como Componente Curricular
APS= Atividade Prática Supervisionada
TA= Carga Horária Total (Aulas)

1º Período
Disciplinas AT AP APCC APS TA
(aulas) (aulas) (aulas) (aulas) (aulas)
Linguística Geral 34 00 00 02 36
Morfofonologia 34 00 17 03 54
Fundamentos da Literatura 34 00 00 02 36
Laboratório de Leitura e Redação 34 00 00 02 36
de Textos Acadêmicos
Conversação em Inglês Básico 51 00 17 04 72
Leitura e Redação em Inglês 51 00 17 04 72
Básico
Metodologia da Pesquisa 17 00 17 02 36
Filosofia Geral 34 00 00 02 36
Estudos de Informática 17 00 17 02 36
Total de Aulas 306 00 85 23 414
aulas
Total de horas 345
horas

64
2º Período
Disciplinas AT AP APCC APS TA
(aulas) (aulas (aulas) (aulas) (aulas)
Linguística Teórica 34 00 00 02 36
Sintaxe 51 00 00 03 54
Teoria da Poesia 34 00 00 02 36
Laboratório de Leitura e Redação 34 00 00 02 36
de Textos Argumentativos
Conversação em Inglês Pré- 68 00 17 05 90
Intermediário
Leitura e Redação em Inglês Pré- 68 00 17 05 90
Intermediário
Educação e Tecnologia 17 00 17 02 36
História da Educação 34 00 00 02 36
Total de Aulas 340 00 51 23 414
aulas
Total de horas 345
horas

3º Período
Disciplinas AT AP APCC APS TA
(aulas) (aulas) (aulas) (aulas) (aulas)
Linguística Aplicada 17 00 17 02 36
Estilística 34 00 17 03 54
Teoria da Narrativa 34 00 00 02 36
Literatura Portuguesa até o Século 34 00 00 02 36
XIX
Literatura Colonial 34 00 00 02 36
Conversação em Inglês 68 00 17 05 90
Intermediário
Leitura e Redação em Inglês 68 00 17 05 90
Intermediário
Psicologia da Educação 34 00 17 03 54
Total de Aulas 323 00 85 24 432
aulas
Total de horas 360
horas

4º Período
Disciplinas AT AP APCC APS TA
(aulas) (aulas) (aulas) (aulas) (aulas)
Introdução à Linguística Textual 34 00 00 02 36
Gramática Histórica 34 00 17 03 54
Teoria do Teatro 34 00 00 02 36
Literatura Portuguesa do Século 34 00 00 02 36
XX
Laboratório de Leitura e Redação 17 00 17 02 36
de Textos Literários
Teatro Brasileiro 34 00 00 02 36
Inglês Avançado 68 00 34 06 108
Literatura de Língua Inglesa: 34 00 17 03 54
Contos e Romances do Século XX
Didática Geral 17 00 17 02 36
Total de Aulas 323 00 85 24 432
aulas
Total de horas 360
65
horas

5º Período
Disciplinas AT AP APCC APS TA
(aulas) (aulas (aulas) (aulas) (aulas)
Estudos de Linguística Textual 17 00 17 02 36
Sociolingüística 51 00 00 03 54
Narrativa no Século XIX 34 00 17 03 54
Introdução à Literatura Infantil e 34 00 00 02 36
Juvenil
Literaturas de Língua Inglesa: 34 00 17 03 54
Poesia e Teatro do Século XX
Laboratório de Leitura e Redação 17 00 17 02 36
em Inglês: Textos Informativos
Políticas Educacionais e Gestão 34 00 17 03 54
escolar
Metodologia do Ensino de Língua 17 00 17 02 36
Inglesa na Educação Básica
Metodologia do Ensino de Língua 17 00 17 02 36
Portuguesa na Educação Básica
Optativa I 34 00 00 02 36
Estágio Curricular Supervisionado

Total de Aulas 289 00 119 24 432


aulas
Total de horas 360
horas

6º Período
Disciplinas AT AP APCC APS TA
(aulas) (aulas) (aulas) (aulas) (aulas)
Análise do Discurso 17 00 17 02 36
Poesia no Século XIX 34 00 17 03 54
Literatura Infantil e Juvenil 17 00 17 02 36
Brasileira
Laboratório de Leitura e Redação 34 00 00 02 36
em Inglês: Textos Argumentativos
Literaturas de Língua Inglesa: 34 00 17 03 54
Prosa e Poesia do Século XVI ao
XIX
Práticas de Ensino de Língua 17 00 17 02 36
Portuguesa no Ensino
Fundamental
Práticas de Ensino de Língua 17 00 17 02 36
Inglesa no Ensino Fundamental
Optativa II 34 00 00 02 36
Estágio Curricular Supervisionado

Total de Aulas 204 00 102 18 324


aulas
Total de horas 270
horas

7º Período
Disciplinas AT AP APCC APS TA
(aulas) (aulas) (aulas) (aulas) (aulas)

66
Estudos dos Signos 34 00 00 02 36
Semântica e Pragmática 34 00 00 02 36
Narrativa no Século XX 34 00 17 03 54
Laboratório de Leitura e Redação 34 00 00 02 36
em Inglês: Resumo e Resenhas
Introdução ao Estudo de Libras 34 00 00 02 36
Literatura de Língua Inglesa: Teatro 17 00 17 02 36
do Século XVI ao XIX
Metodologia do Ensino de Língua 17 00 17 02 36
Portuguesa no Ensino Médio
Metodologia do Ensino de Língua 17 00 17 02 36
Inglesa no Ensino Médio
Optativa III 34 00 00 02 36
TCC – Trabalho de Conclusão de 17 00 51 04 72
Curso I
Estágio Curricular Supervisionado

Total de aulas 272 00 119 23 414


aulas
Total de horas 345
horas

8º Período
Disciplinas AT AP APCC APS TA
(aulas) (aulas) (aulas) (aulas) (aulas)
Princípios de Análise Linguística 17 00 17 02 36
Poesia no Século XX 51 00 00 03 54
Laboratório de Leitura e Redação 34 00 00 02 36
em Inglês: Artigos e Ensaios
Libras 34 00 00 02 36
Estudos Africanos 34 00 00 02 36
Práticas de Ensino de Língua 17 00 17 02 36
Inglesa no Ensino Médio
Práticas de Ensino de Língua 17 00 17 02 36
Portuguesa no Ensino Médio

Optativa IV 34 00 00 02 36
TCC – Trabalho de Conclusão de 17 00 51 04 72
Curso II
Estágio Curricular Supervisionado

Total de Aulas 255 00 102 21 378


aulas
Total de horas 315
horas

TOTAL GERAL DE AULAS 2312 00 748 180 3.240


aulas
TOTAL GERAL DE HORAS 2.700
horas

ATIVIDADES ACADÊMICAS COMPLEMENTARES 200h


ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
300h
EM LÍNGUA INGLESA

67
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
400h
EM LÍNGUA PORTUGUESA
TOTAL GERAL 3.600h

5.3.1. Prática como Componente Curricular

Implementada pela Resolução CNP/CP 02/2002 do Conselho Nacional de


Educação, com fundamento no Art. 12 da Resolução CNE/CP 1/2002 e no Parecer
CME/CP 28/2001, a prática como componente curricular – PCC - visa a articular as
diferentes práticas do curso numa perspectiva interdisciplinar, apoiando o processo
formativo a fim de dar conta dos múltiplos modos de ser da atividade acadêmico-
científica. Diferente do TCC ou do estágio curricular supervisionado, a PCC acontece
desde o início do processo formativo e se estende ao longo de todo o seu processo. Ela
se materializa inserida em disciplinas, em que as respectivas cargas horárias são
mostradas no quadro a seguir. Ela deve, sim, ter articulação intrínseca com o estágio,
mas também com as demais atividades gerais de trabalho acadêmico, concorrendo para
a formação da identidade do professor como educador. Assim, a PCC não poderá ficar
reduzida a um espaço isolado, mas garantir uma dimensão abrangente e interdisciplinar
do conhecimento. A PCC deverá estar presente no interior das áreas ou das disciplinas
que constituírem os componentes curriculares de formação e não apenas nas disciplinas
pedagógicas, buscando enfatizar procedimentos de observação e reflexão, visando a
atuação em situações contextualizadas, com o registro dessas observações realizadas e
a resolução de situações-problema.

Nas disciplinas do Curso de Letras Português-Inglês da UTFPR, a PCC poderá, por


exemplo, estar presente em uma discussão dos livros didáticos (a partir da análise da
concepção de linguagem/língua assumida, dos gêneros/tipos de textos apresentados, dos
conteúdos gramaticais trabalhados, etc), na observação de práticas pedagógicas nas
escolas, nas análises das propostas curriculares de ensino fundamental e médio, nas
experiências de leituras que possam levar a uma reflexão sobre a heterogeneidade
linguística e o valor social dos diversos falares (com ênfase na questão do preconceito
linguístico), nos depoimentos de alunos que já atuam como professores e,
adicionalmente, como resultado prático, pode-se esperar, por exemplo: escritura de
pequenos ensaios dirigidos a professores do ensino fundamental e médio sobre os
aspectos acima mencionados; produção de materiais didáticos envolvendo aspectos
conceituais e metodológicos etc. que, entre outras atividades, farão parte dessa

68
integração da prática e da teoria, de uma forma mais efetiva nas horas a elas alocadas,
oferecendo condições para a formação de um profissional mais bem preparado e seguro.

A PCC é esse espaço que vai permitir ao aluno um amadurecimento gradativo,


com a construção passo a passo de procedimentos metodológicos apropriados ao ensino
de cada conteúdo específico, culminando com as disciplinas pedagógicas de formação
geral, de natureza mais panorâmica. Parece evidente que a estrutura em que a formação
do licenciado se dava de maneira concentrada apenas ao final do curso não era suficiente
para dar ao aluno uma formação eficaz na área do ensino da língua e da literatura. Dessa
maneira, o contato eventualmente burocratizado e compartimentalizado, cedeu lugar a
uma vivência mais efetiva que produz no aluno os resultados esperados quanto a uma
tomada de consciência do papel do professor e dos métodos e procedimentos para
desempenhá-lo bem. No Curso de Letras a PCC se concretiza por meio da APCC -
Atividade Prática como Componente Curricular -, conforme demonstrado no quadro a
seguir:

5.3.1.1. Carga horária da Atividade Prática como Componente Curricular

Disciplina Período Subtotal de horas

Morfofonologia 1º 17
Conversação em Inglês Básico 1º 17
Leitura e Redação em Inglês 1º 17
Básico
Metodologia da Pesquisa 1º 17
Estudos de Informática 1º 17
Conversação em Inglês Pré- 2º 17
Intermediário
Leitura e Redação em Inglês 2º 17
Pré-Intermediário
Educação e Tecnologia 2º 17
Linguística Aplicada 3º 17
Estilística 3º 17
Conversação em Inglês 3º 17
Intermediário
Leitura e Redação em Inglês 3º 17
Intermediário
Psicologia da Educação 3º 17
Gramática Histórica 4º 17
Laboratório de Leitura e 4º 17
Redação de Textos Literários
Literatura de Língua Inglesa: 4º 17
Contos e Romances do Século
XX
69
Inglês Avançado 4º 17
Didática Geral 4º 17
Estudos de Linguística Textual 5º 17
Narrativa no Século XIX 5º 17
Literaturas de Língua Inglesa: 5º 17
Poesia e Teatro do Século XX
Laboratório de Leitura e 5º 17
Redação em Inglês: Textos
Informativos
Políticas Educacionais e Gestão 5º 17
escolar
Metodologia do Ensino de 5º 17
Língua Inglesa na Educação
Básica
Metodologia do Ensino de 5º 17
Língua Portuguesa na Educação
Básica
Análise do Discurso 6º 17
Poesia no Século XIX 6º 17
Literatura Infantil e Juvenil 6º 17
Brasileira
Literaturas de Língua Inglesa: 6º 17
Prosa e Poesia do Século XVI ao
XIX
Práticas de Ensino de Língua 6º 17
Portuguesa no Ensino
Fundamental
Práticas de Ensino de Língua 6º 17
Inglesa no Ensino Fundamental
Narrativa no Século XX 7º 17
Literatura de Língua Inglesa: 7º 17
Teatro do Século XVI ao XIX
Metodologia do Ensino de 7º 17
Língua Portuguesa no Ensino
Médio
Metodologia do Ensino de 7º 17
Língua Inglesa no Ensino Médio
TCC – Trabalho de Conclusão 7º 51
de Curso I
Princípios de Análise Linguística 8º 17
Práticas de Ensino de Língua 8º 17
Inglesa no Ensino Médio
Práticas de Ensino de Língua 8º 17
Portuguesa no Ensino Médio
TCC – Trabalho de Conclusão 8º 51
de Curso II
Total 748

70
5.3.2. Atividades Práticas Supervisionadas

As Atividades Práticas Supervisionadas (APS) são atividades acadêmicas


desenvolvidas sob a orientação, supervisão e avaliação de docentes e realizadas pelos
discentes em horários diferentes daqueles destinados às atividades presenciais e seguem
Regulamento Próprio estabelecido em 21/08/2009.

As APS devem ser previstas nos Projetos Pedagógicos dos Cursos e devem estar
incorporadas à carga horária de suas disciplinas. Comporão a carga horária das
disciplinas juntamente com as atividades teóricas presenciais (AT), as atividades práticas
presenciais (AP).

As APS não são acrescidas na carga horária do docente e não são realizadas nos
horários das atividades presenciais, visto que são atividades acadêmicas desenvolvidas
pelos discentes em horários diferentes daqueles destinados às atividades presenciais e
não podem ser utilizadas para reposição de aulas presenciais não ministradas pelos
docentes.

5.4. Ementários das disciplinas obrigatórias

1º PERÍODO

LINGUÍSTICA GERAL
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Linguística como ciência. Evolução dos estudos linguísticos. Comunicação humana.
Língua e cultura. Estrutura da língua.

MORFOFONOLOGIA
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (17) APS (03) TA(54)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Princípios de fonologia: sons da fala, prosódia. A estrutura fonológica do Português.
Princípios de morfologia: morfemas, derivação. Morfologia lexical e morfologia
flexional. A estrutura morfológica do Português.

FUNDAMENTOS DA LITERATURA
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
O que é Literatura. Funções da Literatura. Modalidades de análise do texto literário.
Diferentes enfoques sobre a periodização literária.

LABORATÓRIO DE LEITURA E REDAÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS


Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito

71
Leitura, produção e análise de diversos gêneros acadêmicos.

CONVERSAÇÃO EM INGLÊS BÁSICO


Carga Horária: AT (51) AP (00) APCC (17) APS (04) TA(72)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Ensino comunicativo de competências linguísticas, gramaticais, sociolinguísticas e
discursivas da língua inglesa em nível básico. Enfoque na conversação.

LEITURA E REDAÇÃO EM INGLÊS BÁSICO


Carga Horária: AT (51) AP (00) APCC (17) APS (04) TA(72)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Ensino comunicativo de competências linguísticas, gramaticais, sociolinguísticas e
discursivas da língua inglesa em nível básico. Enfoque em leitura e redação.

METODOLOGIA DA PESQUISA
Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (17) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem Pré-requisito
Fundamentos da metodologia científica. Normas para a elaboração de trabalhos
acadêmicos. Métodos e técnicas de pesquisa. A comunicação entre
orientador/orientando. O pré-projeto de pesquisa. O projeto de pesquisa. O
experimento. A comunicação científica. A organização do texto científico (normas da
ABNT).

FILOSOFIA GERAL
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem Pré-requisito
Filosofia Grega. Filosofia Moderna. Racionalismo e Empirismo e seus
desdobramentos na concepção de homem, conhecimento, ciência e educação.
Filosofia Contemporânea.

ESTUDOS DE INFORMÁTICA
Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (17) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Sistemas Operacionais. Editores de Textos. Programas de Apresentação. Internet.

2º PERÍODO

LINGUÍSTICA TEÓRICA
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
História dos estudos gramaticais. Gramática – princípios gerais. Unidades
gramaticais. Estrutura gramatical. Categorias gramaticais. Funções gramaticais.
Gramática Universal.

72
SINTAXE
Carga Horária: AT (51) AP (00) APCC (00) APS (03) TA(54)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Sintaxe na gramática tradicional. Funções e papéis sintático-semânticos.

TEORIA DA POESIA
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
O conceito de poesia. A recuperação da tradição e as novas tendências. As
peculiaridades do texto poético e a distinção com outras linguagens. Compreensão,
fundamentação teórica e analítica das expressões poéticas.

LABORATÓRIO DE LEITURA E REDAÇÃO DE TEXTOS ARGUMENTATIVOS


Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Leitura, produção e análise de diversos gêneros argumentativos.

CONVERSAÇÃO EM INGLÊS PRÉ-INTERMEDIÁRIO


Carga Horária: AT (68) AP (00) APCC (17) APS (05) TA(90)
Pré-requisito: Inglês Básico
Ensino comunicativo de competências linguísticas, gramaticais, sociolinguísticas e
discursivas da língua inglesa em nível pré-intermediário. Enfoque na conversação.

LEITURA E REDAÇÃO EM INGLÊS PRÉ-INTERMEDIÁRIO


Carga Horária: AT (68) AP (00) APCC (17) APS (05) TA(90)
Pré-requisito: Inglês Básico
Ensino comunicativo de competências linguísticas, gramaticais, sociolinguísticas e
discursivas da língua inglesa em nível pré-intermediário. Enfoque em leitura e
redação.

EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (17) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Tecnologias da informação e comunicação. Papéis dos aprendizes e dos
educadores em ambientes de aprendizagem baseados nas TICs. Impacto das TICs
em diferentes contextos educacionais. Educação à distância mediada pelas TICs.

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem Pré-requisito
Grandes tendências do pensamento filosófico e suas implicações na Educação.
Principais correntes do pensamento pedagógico a partir da modernidade. História da
Educação no Brasil.

73
3º PERÍODO

LINGUÍSTICA APLICADA
Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (17) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Aquisição da linguagem. Linguagem e cognição. Teorias linguísticas e sua aplicação
no ensino de línguas.

ESTILÍSTICA
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (17) APS (03) TA(54)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Aspectos históricos. Conceitos de estilo e de Estilística. Estilística e Linguística. A
estilística da palavra, da frase e do texto. Análise estilística de textos.

TEORIA DA NARRATIVA
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Compreensão e fundamentação teórica e analítica das expressões literárias em
prosa de ficção. Correntes teóricas contemporâneas da ficção. Particularidades
conceituais da ficção. Análise de narrativas.

LITERATURA PORTUGUESA ATÉ O SÉCULO XIX


Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Gil Vicente. Camões. Eça de Queirós.

LITERATURA COLONIAL
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Fundamentos antropológicos do conceito de cultura. Colonização e
interculturalidade. Etnocentrismo e relativismo.

CONVERSAÇÃO EM INGLÊS INTERMEDIÁRIO


Carga Horária: AT (68) AP (00) APCC (17) APS (05) TA(90)
Pré-requisito: Inglês Básico
Ensino comunicativo de competências linguísticas, gramaticais, sociolinguísticas e
discursivas da língua inglesa em nível intermediário. Enfoque na conversação.

LEITURA E REDAÇÃO EM INGLÊS INTERMEDIÁRIO


Carga Horária: AT (68) AP (00) APCC (17) APS (05) TA(90)
Pré-requisito: Inglês Básico
Ensino comunicativo de competências linguísticas, gramaticais, sociolinguísticas e
discursivas da língua inglesa em nível intermediário. Enfoque em leitura e redação.

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (17) APS (03) TA(54)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Teorias do desenvolvimento da personalidade: Freud e Skinner. Teorias do
desenvolvimento cognitivo: Piaget e Vigotski. Implicações dessas teorias na
educação escolar.

74
4º PERÍODO

INTRODUÇÃO À LINGUÍSTICA TEXTUAL


Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Constituição da Linguística Textual como área do conhecimento. Textualidade
(coesão e coerência). A construção dos sentidos no texto. Texto e contexto.
Mecanismos de textualização.

GRAMÁTICA HISTÓRICA
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (17) APS (03) TA(54)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Estudo diacrônico da Língua Portuguesa. Formação do léxico português. Domínio
geográfico. Evolução fonética, morfológica e sintática.

TEORIA DO TEATRO
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
O que é teatro. O gênero dramático e suas formas. Terminologia e convenções.
Diferentes formas de abordagem do fenômeno dramatúrgico. Teorias teatrais e
correntes teóricas da dramaturgia.

LITERATURA PORTUGUESA DO SÉCULO XX


Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Autores representativos da poesia e da prosa do séc. XX.

LABORATÓRIO DE LEITURA E REDAÇÃO DE TEXTOS LITERÁRIOS


Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (17) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Leitura, produção e análise de diversos gêneros literários.

TEATRO BRASILEIRO
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Teatro do período colonial. Teatro do séc. XIX. Teatro do séc. XX. Teatro pós-
moderno.

INGLÊS AVANÇADO
Carga Horária: AT (68) AP (00) APCC (34) APS (06) TA(108)
Pré-requisitos: Inglês Básico; Inglês Pré-Intermediário; Inglês Intermediário
Ensino comunicativo de competências linguísticas, gramaticais, sociolinguísticas e
discursivas em língua inglesa em nível básico. Enfoque em temas e funções
linguísticas

LITERATURAS DE LÍNGUA INGLESA: CONTOS E ROMANCES DO SÉCULO XX


Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (17) APS (03) TA(54)
Pré-requisitos: sem pré-requisitos.
75
Análise e estudo crítico de textos em prosa da literatura de língua inglesa no século
XX. Enfoque na leitura de contos e romances.

DIDÁTICA GERAL
Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (17) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Pressupostos teóricos, históricos, filosóficos e sociais da Didática. Dimensões
político-sociais, técnicas e humanas da Didática e suas implicações no processo de
ensino e aprendizagem.

5º PERÍODO

ESTUDOS DE LINGUÍSTICA TEXTUAL


Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (17) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: Sem pré-requisito
A perspectiva enunciativa da linguagem. O conceito de gênero do discurso.
Tipologias textuais, gêneros textuais e gêneros do discurso.

SOCIOLINGUÍSTICA
Carga Horária: AT (51) AP (00) APCC (00) APS (03) TA(54)
Pré-requisito: sem pré-requisito
A variação das línguas. Sistema, norma, fala. Os eixos da variação. O preconceito
lingüístico: língua falada X gramática normativa; mudança linguística X escola.

NARRATIVA DO SÉCULO XIX


Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (17) APS (03) TA(54)
Pré-requisito: sem pré-requisito
O romance e o indianismo. O romance e o regionalismo. O romance e a realidade
urbana. Ficção e construção da identidade nacional. As estéticas oitocentistas. As
relações entre literatura e história nacional.

INTRODUÇÃO À LITERATURA INFANTIL E JUVENIL


Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Origens. O estético e o utilitário. Os contos maravilhosos tradicionais. As narrativas
edificantes.

LITERATURAS DE LÍNGUA INGLESA: POESIA E TEATRO DO SÉCULO XX


Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (17) APS (03) TA(54)
Pré-requisito: sem pré-requisitos
Análise e estudo crítico de textos poéticos e teatrais da literatura de língua inglesa do
século XX.

LABORATÓRIO DE LEITURA E REDAÇÃO EM INGLÊS: TEXTOS INFORMATIVOS


Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (17) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Textos acadêmicos e material apropriado para a prática de leitura e redação em
Língua Inglesa com ênfase na elaboração de textos informativos.

76
POLÍTICAS EDUCACIONAIS E GESTÃO ESCOLAR
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (17) APS (03) TA(54)
Pré-requisito: sem pré-requisito
As políticas educacionais, a legislação e suas implicações para a organização da
atividade escolar. Escolarização. O trabalho coletivo como princípio do processo
educativo. Projeto Político Pedagógico.

METODOLOGIA DO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NA EDUCAÇÃO BÁSICA


Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (17) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Principais concepções de linguagens e suas relações com as abordagens, métodos,
técnicas de ensino e avaliação da aprendizagem de língua estrangeira.

METODOLOGIA DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NA EDUCAÇÃO


BÁSICA
Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (17) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Concepções de linguagem e ensino de Português. Planejamento, objetivos,
conteúdos, métodos de ensino e avaliação da aprendizagem do ensino de Português
na Educação Básica.

OPTATIVA I
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)

6º PERÍODO

ANÁLISE DO DISCURSO
Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (17) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
A diversidade das análises do discurso. Contextualização teórica e histórica. O
discurso como prática social.

POESIA DO SÉCULO XIX


Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (17) APS (03) TA(54)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Estudo crítico de poemas e estilos. O individualismo, o social e o estético.

LITERATURA INFANTIL E JUVENIL BRASILEIRA


Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (17) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
A poesia e a fábula. Monteiro Lobato. O resgate do folclore nacional. Autores
contemporâneos.

77
LABORATÓRIO DE LEITURA E REDAÇÃO EM INGLÊS: TEXTOS
ARGUMENTATIVOS
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Textos acadêmicos e material apropriado para a prática de leitura e redação em
Língua Inglesa com ênfase na elaboração de textos argumentativos.

LITERATURAS DE LÍNGUA INGLESA: PROSA E POESIA DO SÉCULO XVI AO XIX


Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (17) APS (03) TA(54)
Pré-requisito: sem pré-requisitos
Análise e estudo crítico de textos em prosa e poéticos da literatura de língua inglesa
do século XVI ao XIX .

PRÁTICAS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO


FUNDAMENTAL
Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (17) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Estudo da transposição didática de conteúdos do Ensino Fundamental; Estudos
teórico-metodológicos para a fundamentação de prática docente; Elaboração de
Projeto de Intervenção Didática para o Ensino Fundamental; Seminário de
Socialização.

PRÁTICAS DE ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NO ENSINO FUNDAMENTAL


Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (17) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Estudo da transposição didática de conteúdos do Ensino Fundamental; Estudos
teórico-metodológicos para a fundamentação de prática docente; Elaboração de
Projeto de Intervenção Didática para o Ensino Fundamental; Seminário de
Socialização.

OPTATIVA II
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)

7º PERÍODO

ESTUDO DOS SIGNOS


Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Estudos comparados de semiótica e semiologia. O signo na vida social.

SEMÂNTICA E PRAGMÁTICA
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Questões semânticas. A relação sujeito-predicado na gramática e na lógica clássica.
Ambigüidade. Dêixis, anáfora e tópico. Pragmática: atos de fala; significação e
contexto; sentido e uso.

78
NARRATIVA DO SÉCULO XX
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (17) APS (03) TA(54)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Relação entre literatura, cultura, identidade nacional e a formação do leitor.
Discursos literários canônicos e não canônicos. Prosa psicológica, fantástica e
regionalista.

LABORATÓRIO DE LEITURA E REDAÇÃO EM INGLÊS: RESUMOS E RESENHAS


Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Textos acadêmicos e material apropriado para a prática de leitura e redação em
Língua Inglesa com ênfase na elaboração de resumos (abstracts) e resenhas.

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE LIBRAS


Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Línguas de sinais e minoria linguística. As diferentes línguas de sinais. Status da
língua de sinais no Brasil. Cultura surda. Organização linguística da Libras para usos
informais e cotidianos: vocabulário, morfologia, sintaxe e semântica. A expressão
corporal como elemento lingüístico.

LITERATURAS DE LÍNGUA INGLESA: TEATRO DO SÉCULO XVI AO XIX


Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (17) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisitos
Análise e estudo crítico de teatrais da literatura de língua inglesa do século XVI ao
XIX.

METODOLOGIA DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO MÉDIO


Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (17) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Elaboração de objetivos, seleção de conteúdos, seleção e elaboração de estratégias
de ensino e de avaliação, análise e produção de material didático para o ensino de
língua portuguesa e de literaturas da língua portuguesa no Ensino Médio.
Observação e simulação de atividades de ensino de língua portuguesa e de
literaturas da língua portuguesa no Ensino Médio.

METODOLOGIA DO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NO ENSINO MÉDIO


Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (17) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Inter-relação entre teoria e prática por meio de estudos, observações e análise do
meio social em que o acadêmico está inserido; elaboração de projetos de planos de
aula; orientação no planejamento de atividades práticas; análise de material didático
e/ou produção de material para fins de prática docente; avaliação de projetos e
atividades desenvolvidas no Ensino Médio.

OPTATIVA III
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)

TCC – TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I


Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (51) APS (04) TA(72)

79
Pré-requisito: sem pré-requisito
Elaboração de proposta de trabalho científico e/ou tecnológico envolvendo temas
abordados pelo curso; desenvolvimento do trabalho proposto, conforme legislação
específica, diretrizes e regulamento próprio da UTFPR.

8º SEMESTRE

PRINCÍPIOS DE ANÁLISE LINGUÍSTICA


Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (17) APS (02) TA(36)
Pré-requisitos: Sem pré-requisito
Introdução aos princípios de análise linguística em diferentes perspectivas: fonética,
fonológica, morfológica, sintática, semântica, pragmática, e em estudos do discurso.

POESIA DO SÉCULO XX
Carga Horária: AT (51) AP (00) APCC (00) APS (03) TA(54)
Pré-requisitos: sem pré-requisito
Permanência e renovação. Vanguardas. Autores canônicos. O espiritualismo. O
social. O estético.

LABORATÓRIO DE LEITURA E REDAÇÃO EM INGLÊS: ARTIGOS E ENSAIOS


Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Textos acadêmicos e material apropriado para a prática de leitura e redação em
Língua Inglesa com ênfase na elaboração de artigos e ensaios.

LIBRAS
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: Introdução ao Estudo de Libras
A educação de surdos no Brasil. Cultura surda e a produção literária. Emprego da
Libras em situações discursivas formais: vocabulário, morfologia, sintaxe e
semântica. Prática do uso da Libras em situações discursivas mais formais.

ESTUDOS AFRICANOS
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
História e cultura afro-brasileira. Literaturas de língua portuguesa no continente
africano.

PRÁTICAS DE ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NO ENSINO MÉDIO


Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (17) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Estudo da transposição didática de conteúdos do Ensino Médio; Estudos teórico-
metodológicos para a fundamentação de prática docente; Elaboração de Projeto de
Intervenção Didática para o Ensino Médio; Seminário de Socialização.

PRÁTICAS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO MÉDIO


Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (17) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
80
Elaboração de objetivos, seleção de conteúdos, seleção e elaboração de estratégias
de ensino e de avaliação, análise e produção de material didático para o ensino de
língua portuguesa e de literaturas da língua portuguesa no Ensino Médio.
Observação e simulação de atividades de ensino de língua portuguesa e de
literaturas da língua portuguesa no Ensino Médio. Seminário de Socialização.

OPTATIVA IV
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)

TCC – TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II


Carga Horária: AT (17) AP (00) APCC (51) APS (04) TA(72)
Pré-requisito: aprovação em TCC I
Desenvolvimento e finalização do trabalho iniciado na disciplina: Trabalho de
Conclusão de Curso I; redação de monografia e apresentação do trabalho
desenvolvido conforme legislação específica, diretrizes e regulamento próprio da
UTFPR.

5.5. Tabela e ementário das disciplinas optativas

Disciplinas AT AP APCC APS TA


(aulas) (aulas) (aulas) (aulas) (aulas)

Pesquisa em Educação 24 00 10 02 36
Crítica Literária 34 00 00 02 36
Arte e Educação 34 00 00 02 36
Leitura de textos veiculados nas mídias 24 00 10 02 36
Inglês Instrumental 34 00 00 02 36
Educação de Jovens e Adultos 34 00 00 02 36
Saúde, Qualidade de Vida e Trabalho 34 00 00 02 36
Literatura Ocidental 34 00 00 02 36
Alfabetização e Letramento 24 00 10 02 36
Cinema e Literatura 34 00 00 02 36
O Gênero Feminino na Literatura 34 00 00 02 36
A Mitologia na Literatura Infantil e Juvenil 34 00 00 02 36
Jogos Educacionais 34 00 00 02 36
Fonética e Fonologia da Língua Inglesa 34 00 00 02 36
Literatura Paranaense 34 00 00 02 36
Transposição Didática para o Trabalho
com Gêneros Textuais: foco na escrita 34 00 00 02 36
Formação de Professor de Inglês e
Reflexão sobre a Prática Pedagógica 34 00 00 02 36
Linguagem, Trabalho e Educação 34 00 00 02 36
Currículo e Ensino em Língua Materna 28 00 06 02 36
Línguagem e Estudos Culturais 28 00 06 02 36
Pesquisa em Ciências Humanas e 28 00 06 02 36
Linguagem
Literatura Latino-americana 34 00 00 02 36

PESQUISA EM EDUCAÇÃO
Carga Horária: AT (24) AP (00) APCC (10) APS (02) TA(36)
81
Pré-requisito: Metodologia da Pesquisa
Planejamento, elaboração e execução de projetos de pesquisa em Educação.
Divulgação de resultados.

CRÍTICA LITERÁRIA
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: Fundamentos da Literatura
Leitura de obras ficcionais e teóricas. Ensaio crítico de obras lidas.

ARTE E EDUCAÇÃO
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
A arte como instrumento para a educação e humanização do indivíduo.

LEITURA DE TEXTOS VEICULADOS NA MÍDIA


Carga Horária: AT (24) AP (00) APCC (10) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Tipologia e estrutura do texto televisado. Tipologia e estrutura do texto cinegrafado e
impresso. Níveis e funções da linguagem. Posto, pressuposto e subentendido. Rela-
ção de intertextualidade. Recursos persuasivos.

INGLÊS INSTRUMENTAL
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Desenvolvimento da habilidade da leitura em três níveis: compreensão geral, pontos
principais e leitura detalhada; conceituação de leitura, aprendizagem e língua; uso de
estratégias de leitura e de vocabulário; domínio de estruturas básicas da língua
inglesa.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS


Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
A educação Profissional e a Educação de Jovens e Adultos na sociedade atual.

SAÚDE, QUALIDADE DE VIDA E TRABALHO


Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Conceitos de saúde mental e trabalho. Esporte e atividades físicas no contexto
histórico. Qualidade de vida e trabalho. Socialização e promoção da saúde.
Avaliação física e postural. Lesão por esforço repetitivo (LER). Disfunção
osteomuscular relacionada ao trabalho (DORT). Exercícios de relaxamento e
compensatórios. Atividades físicas e recreativas. O esporte como atividade física.

LITERATURA OCIDENTAL
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
O cânone ocidental. Influências da narrativa ocidental na literatura e na sociedade
brasileira. Leitura e análise de obras fundamentais da Literatura Ocidental.

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Carga Horária: AT (24) AP (00) APCC (10) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito

82
Especificidades da alfabetização e do letramento. Métodos de alfabetização e
letramento.

CINEMA E LITERATURA
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Filmes adaptados de obras literárias. Propostas estéticas do pensamento
contemporâneo. O discurso cinematográfico. Características do texto dramático.

O GÊNERO FEMININO NA LITERATURA


Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Estudo de obras voltadas ao estudo do feminino. Ênfase na área de identidade
feminina e sociedade. Discussões nas áreas de psicologia, antropologia, mitologia,
literatura e história.

A MITOLOGIA NA LITERATURA INFANTIL E JUVENIL


Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Principais autores e temas da literatura infantil e juvenil. Ênfase nos estudos
contemporâneos sobre o gênero.

JOGOS EDUCACIONAIS
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
O Jogo e sua importância na Educação. Jogos de Empresas e Técnicas Vivenciais.
O Jogo através dos tempos. Tipos de Jogos. Como estruturar e aplicar um jogo.

FONÉTICA E FONOLOGIA DA LÍNGUA INGLESA


Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Introdução a conceitos básicos da produção de sons da fala incluindo a articulação
de consoantes e vogais e as características da fala contínua. O “IPA” 2 e estudos
sobre as características fonológicas da fala autêntica, análise supra-segmental
usando o sistema da entonação do discurso e suas relações entre fonética e
fonema. Estudo contrastivo Inglês e Português.

LITERATURA PARANAENSE
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Estudo de autores e obras fundamentais da literatura paranaense.

TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA PARA O TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS: FOCO


NA ESCRITA
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Conceitos de linguagem e ensino e aprendizagem de língua no Interacionismo
Sociodiscursivo (ISD). O gênero textual como instrumento de desenvolvimento da
linguagem. Análise do contexto de produção de textos pertencentes a diferentes
gêneros. Construção de modelo didático de gênero textual (análise nos níveis
organizacional, enunciativo e semântico). Construção de sequência didática de
2
IPA – International Phonetic Alphabet

83
gêneros textuais (análise nos planos de ação, discursivo e lingüístico discursivo).
Proposta para o ensino de escrita.

FORMAÇÃO DE PROFESSOR DE INGLÊS E REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA


PEDAGÓGICA
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Conceitos de desenvolvimento, de desenvolvimento do professor e de reflexão.
Dimensões do conhecimento básico do professor. Dimensões do conhecimento
básico do professor de Inglês como língua estrangeira. Dimensões reflexivas sobre a
prática pedagógica de ensino de Inglês. Professor reflexivo e pesquisador.
Mecanismos de reflexão sobre a prática pedagógica.

LINGUAGEM, TRABALHO E EDUCAÇÃO


Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Fundamentos do estudo do trabalho; fundamentos do estudo da educação; a
educação como trabalho; o papel da linguagem na educação entendida como
trabalho.

LINGUAGEM E ESTUDOS CULTURAIS


Carga Horária: AT (28) AP (00) APCC (06) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Estudo sobre teoria cultural contemporânea, cultura letrada e manifestações culturais
em sua interface com a educação linguística abordando temas como: raça, gênero,
classe social, entre outros.

PESQUISA EM CIÊNCIAS HUMANAS E LINGUAGEM


Carga Horária: AT (28) AP (00) APCC (06) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
A cientificidade em Ciências Humanas e o estudo científico da linguagem;
abordagens métodos e o campo nos estudos da língua/discurso.

CURRÍCULO E ENSINO EM LÍNGUA MATERNA


Carga Horária: AT (28) AP (00) APCC (06) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
Teorias, conceitos e diferentes dimensões do currículo; Currículo Hegemônico;
Avaliação Curricular; Contexto Societário atual e Currículo: Modernidade e Pós-
Modernidade e suas relações com o ensino de línguas.

LITERATURA LATINO-AMERICANA
Carga Horária: AT (34) AP (00) APCC (00) APS (02) TA(36)
Pré-requisito: sem pré-requisito
História comparativa das literaturas brasileira e hispano-americana. Estudo crítico-
analítico de autores e obras representativos.Alteridade, identidade e as relações
entre discurso ficcional e histórico na cultura latino-americana.

84
5.6. Estágio Curricular Supervisionado

O Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Licenciatura em Letras


Português-Inglês da UTFPR, Campus Pato Branco segue o Regulamento dos Estágios
dos Cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio e do Ensino Superior da
UTFPR (Resolução nº 22/08 – COEPP, de 14 de março de 2008, Modificado pela
Resolução nº 13/10 – COEPP, de 11 de março de 2010, Modificado pela Resolução
nº 80/10 – COEPP, de 08 de junho de 2010), bem como Regulamento Próprio.

Em conformidade com o Projeto Pedagógico do Curso e o Regulamento de Estágio


Curricular Supervisionado do Curso de Licenciatura em Letras Português-Inglês da
UTFPR, Campus Pato Branco, o Estágio Curricular Supervisionado tem por finalidade o
aprendizado de competências próprias da atividade profissional e a contextualização
curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o
mundo do trabalho. Os principais objetivos específicos do estágio curricular são
apresentados a seguir:

Proporcionar, ao graduando, condições para a transposição didática dos conteúdos


da área de Letras Português-Inglês, na Educação Básica (Ensino Fundamental e Ensino
Médio);
I. Proporcionar, ao graduando, condições para o desenvolvimento das atividades de
observação, análise e síntese crítica do trabalho pedagógico e da realidade em que
atua, enquanto agente do processo ensino-aprendizagem para a formação de
cidadãos;

II. Integrar o Curso de Licenciatura em Letras Português-Inglês da UTFPR, Campus


Pato Branco, às demais Instituições de Educação Básica das redes pública e
privada de ensino.

Por ser um curso de dupla licenciatura, contemplando as habilitações Português e


Inglês, o Estágio Curricular Supervisionado do Curso tem carga horária de 700 horas,
distribuídas em 400 horas para o Estágio Curricular Supervisionado em Língua
Portuguesa e 300 horas para o Estágio Curricular Supervisionado em Língua Inglesa. O
Estágio deve ser realizado a partir do 5º Período/Semestre, em momentos distintos, que
envolvam a observação da prática docente e a regência de classe nos ensinos
Fundamental e Médio, bem como, preferencialmente, em instituições escolares de

85
Educação da rede pública de ensino, desde que apresentem condições de proporcionar
experiência prática na área de formação do estudante.

A UTFPR possui, em cada um de seus Campi, um setor especializado para a


administração dos estágios e ofertas de empregos denominado Departamento de
Estágios e Cursos de Qualificação Profissional (DEPEC), com a responsabilidade de
desenvolver parcerias com empresas e instituições para a oferta de estágio. O processo
de cadastramento das empresas e instituições é efetuado pelo Departamento de Estágio,
localizado na Diretoria de Relações Empresariais e Comunitárias (DIREC) e validado
pelas coordenações de curso, para assegurar a consonância com a área de formação. No
caso do Curso de Letras, nesse Departamento é efetivado o cadastramento de
estudantes e o convênio com a escola/instituição de ensino onde ocorrerá o estágio.

Para a implementação das atividades de Estágio, ouvida a Coordenação do Curso,


a Diretoria de Graduação e Educação Profissional (DIRGRAD) designa professor(es)
responsável(eis) por organizar e gerir os procedimentos pertinentes para essas
atividades.

O Plano de Estágio deve ser elaborado pelo acadêmico e entregue ao(s)


professor(es) responsável(eis), bem como ser aprovado pela comissão de Estágio
competente antes de seu início. A referida comissão é assim composta: coordenador do
curso de Letras, professor(es) responsável(eis) pelo Estágio, professores das disciplinas
de Metodologias de Ensino e Práticas de Ensino de Língua Portuguesa e de Língua
Inglesa e professores orientadores das áreas de Língua Portuguesa e Inglesa.

Durante a realização das atividades de Regência de Classe o aluno tem o


acompanhamento de um professor orientador que deverá orientar e acompanhar o
estagiário em todas as fases do Estágio, ou seja, na confecção do plano/projeto de
Estágio, na implementação das aulas, na produção de relatórios parciais e final, na
avaliação e na apresentação dos relatórios nos Seminários de Socialização de Estágio.

5.6.1. O papel do estágio na formação de professores da educação básica

O Estágio Curricular é uma atividade obrigatória na formação do futuro professor


de educação básica, uma vez que tem por objetivo a articulação entre a teoria e a prática
social, conforme destaca o Parecer número 21, de 2001, do Conselho Nacional de
Educação. Nesse documento o Estágio Curricular é definido como:

86
tempo de aprendizagem que, através de um período de permanência, alguém se
demora em algum lugar ou ofício para aprender a prática do mesmo e depois
poder exercer uma profissão ou ofício. Assim o estágio supõe uma relação
pedagógica entre alguém que já é um profissional reconhecido em um ambiente
institucional de trabalho e um aluno estagiário [...] é o momento de efetivar um
processo de ensino/aprendizagem que, tornar-se-á concreto e autônomo quando
da profissionalização deste estagiário (p.10).

Como visto, pressupõe-se que a atividade de estágio se estabelece através da


interação entre o professor regente de classe e o estagiário, porém é preciso lembrar que
tal atividade num curso de licenciatura deve ser também mediada por outros sujeitos
envolvidos no processo de ensinar e aprender – o professor-educador, o estagiário, o
professor regente de classe, os próprios alunos de educação básica, entre outros. Dessa
forma, os conceitos teórico-metodológicos construídos durante sua formação estarão
informando sua prática, ao mesmo tempo em que a prática social docente desenvolvida
pelo aluno-estagiário estará sendo teorizada, num processo dialético de formação.

Na concepção dialética da formação, compreende-se a teoria e a prática como


elementos indissociáveis da educação como práxis social (PIMENTA, 1995, p. 94), em
que a prática, sendo reflexiva, possibilita a busca teórica para sua melhor compreensão e
consequentemente uma “prática em transformação” (id.: 94).

Neste sentido, o “estágio e disciplinas compõem o currículo do curso sendo


obrigatório o cumprimento de ambos para obter-se o certificado de conclusão” (PIMENTA,
1995, p. 21) de um curso de licenciatura. Contudo, é o estágio o espaço/tempo no
currículo de formação que permite que as atividades sejam realizadas pelos alunos-
professores nos futuros campos de atuação profissional. Nesse espaço/tempo os alunos
são orientados a “saber observar, descrever, registrar, interpretar e problematizar a
realidade” (PIMENTA, 2001, p. 76). Conseqüentemente, os alunos devem propor
alternativas de intervenção (id.: 76) pedagógica durante o período de estágio, bem como
posteriormente na posição de profissionais de educação básica.

Em consonância com os pressupostos acima, o estágio tem como atribuição a


realização de dois exercícios elementares para a aprendizagem da profissão docente: a
observação da realidade concreta de atuação profissional docente; e a experienciação
dessa prática, como ilustrado a seguir:

a) Exercício e análise da realidade educacional brasileira com ênfase:


- nas relações existentes entre Estado, Sociedade e Educação;

87
- no processo de constituição histórico-cultural dos sujeitos da prática
pedagógica realizada nas escolas de Educação Básica;
- nos elementos constitutivos da cultura produzida no interior das referidas
instituições;
- nas bases epistemológicas do conhecimento escolar;
- nos princípios teórico-metodológicos das atividades de ensino e de
aprendizagem.

b) Exercício da prática docente na educação básica, envolvendo:


- realização das primeiras aproximações com a escola para observação e
levantamento de informações e dados;
- discussão e análise do material de campo;
- definição do problema e elaboração de um projeto de ensino;
- planejamento das atividades docentes;
- desenvolvimento do projeto de ensino na forma de regência de classe;
- estudos sobre os procedimentos de avaliação;
- comunicação e divulgação dos resultados obtidos.

Os exercícios da prática docente devem culminar na elaboração e produção de


documentos acerca do processo realizado, ou seja, na elaboração dos Relatórios de
Estágios Supervisionados em Língua Portuguesa e Língua Inglesa na Educação Básica
cujo objetivo é o de comunicar e divulgar a análise dos resultados obtidos. Mediante a
realização de tais exercícios, é possível redimensionar o sentido convencionalmente
atribuído às ações inerentes ao estágio docente.

Assim sendo, o Estágio na formação universitária de professores da Educação


Básica torna-se campo privilegiado de ensino, pesquisa e extensão na medida em que
mobiliza os sujeitos envolvidos no processo a definirem projetos de pesquisa e programas
de formação continuada na escola, exigindo a articulação político-pedagógica entre a
instância governamental, a universitária e a escolar.

5.6.2. Relatórios de Estágio

Conforme o Regulamento de Estágio Supervisionado do Curso de Licenciatura em


Letras Português-Inglês, o acadêmico deve produzir oito relatórios de Estágio, a saber: no
quinto período os Relatórios de Observação de Língua Portuguesa no Ensino
Fundamental e de Observação de Língua Inglesa no Ensino Fundamental; no sexto

88
período os Relatórios de Regência de Classe de Língua Portuguesa no Ensino
Fundamental e de Regência de Classe de Língua Inglesa no Ensino Fundamental; no
sétimo período os Relatórios de Observação de Língua Portuguesa no Ensino Médio e de
Observação de Língua Inglesa no Ensino Médio; no oitavo período os Relatórios de
Regência de Classe de Língua Portuguesa no Ensino Médio e de Regência de Classe de
Língua Inglesa no Ensino Médio.

Conforme o Regulamento dos Estágios dos Cursos de Educação Profissional


Técnica de Nível Médio e dos Cursos de Graduação da UTFPR Resolução nº. 22/08 –
COEPP, de 14 de março de 2008, modificado pela Resolução nº 13/10 – COEPP, de 11
de março de 2010, referente ao Regulamento dos Estágios de Curso para os Cursos de
Graduação da UTFPR, a versão final dos relatórios ficarão disponibilizadas na biblioteca
digital do curso de Letras UTFPR-BR, para download na página www.pb.utfpr.edu.br/
bibliotecadigital, em formato pdf.

Os acadêmicos, para tanto, deverão assinar um termo de autorização para


publicação, na qual quaisquer restrições podem ser expressas e justificadas.

5.7. Trabalho de Conclusão de Curso - TCC

O TCC do Curso de Licenciatura em Letras Português-Inglês da UTFPR, Campus


Pato Branco segue o Regulamento do Trabalho de Conclusão de Curso – TCC para os
Cursos de Graduação da UTFPR, conforme Resolução Nº 120/06 – COEPP, de 07 de
dezembro de 2006, bem como Regulamento Próprio, aprovado pelo Colegiado do Curso.

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é uma atividade obrigatória, constituída


por disciplinas/unidades curriculares dos currículos dos cursos de Graduação da UTFPR e
tem como objetivos:

• Desenvolver nos alunos a capacidade de aplicação dos conceitos e das teorias


adquiridas durante o curso de forma integrada, através da execução de um projeto
de pesquisa;
• Desenvolver nos alunos a capacidade de planejamento e a disciplina para resolver
problemas dentro das áreas de formação;
• Despertar o interesse pela pesquisa como meio para resolução de problemas;

89
• Estimular o espírito empreendedor, por meio da execução de projetos que levem
ao desenvolvimento de produtos, os quais possam ser patenteados e/ou
comercializados;
• Intensificar a extensão universitária, por intermédio da resolução de problemas
existentes nos diversos setores da sociedade;
• Estimular a construção do conhecimento coletivo;
• Estimular a interdisciplinaridade;
• Estimular a inovação tecnológica;
• Estimular o espírito crítico e reflexivo no meio social onde está inserido;
• Estimular a formação continuada.

O TCC será caracterizado por uma pesquisa científica e/ou tecnológica aplicada e
não é permitida a convalidação de TCC realizado em outro curso de graduação.

O TCC constitui-se de uma atividade desenvolvida em duas etapas, denominadas


TCC I e TCC II.

Conforme o regulamento complementar à Resolução nº 120/06 – COEPP e a


Instrução Normativa Conjunta 01/2011 – PROGRAD/PROPPG que estabelece normas e
procedimentos operacionais para o depósito de trabalhos de conclusão de curso de
graduação e de especialização, dissertações e teses nas Bibliotecas da UTFPR a versão
final do TCC ficará disponibilizada na biblioteca digital de Letras da UTFPR-BR, a qual
ficará disponível para download na página www.pb.utfpr.edu.br/ bibliotecadigital/, em formato
pdf.

Os acadêmicos, para tanto, assinarão um termo de autorização para publicação, na


qual quaisquer restrições podem ser expressas e justificadas.

O Trabalho de Conclusão de Curso segue o Regulamento do TCC para os Cursos


de Graduação da UTFPR.

5.8. Atividades Complementares

As Atividades Complementares do Curso têm caráter obrigatório conforme


Regulamento das Atividades Complementares dos Cursos de Graduação da UTFPR,
instituído através da Resolução nº 56/07 – COEPP, de 22 de junho de 2007 e conforme
Regulamento Próprio do Curso. Sua finalidade é estimular a participação do estudante em
atividades de ensino, pesquisa e extensão que contribuam para a formação humana, nos

90
âmbitos social, científico e profissional. Assim, as Atividades Complementares se
constituem em três grupos:

- Grupo I: Atividades de complementação da formação social, humana e cultural, estando


inclusas:

i - frequência e aprovação em cursos de línguas estrangeiras, oferecidos pela UTFPR ou


por outras instituições;

ii - frequência e aprovação em cursos de extensão relacionados às áreas de Letras,


Educação ou afins, oferecidos pela UTFPR ou por outras instituições;

iii - frequência e aprovação em minicursos e/ou oficinas relacionados às áreas de Letras,


Educação ou afins, oferecidos pela UTFPR ou por outras instituições;

iv – frequência e aprovação em disciplinas das áreas de Letras, Educação, ou afins, que


não façam parte da matriz curricular do Curso de Licenciatura em Letras Português-Inglês
da UTFPR, Campus Pato Branco;

v – participação como expositor autor, ator, ou concertista em atividades artísticas e


culturais promovidas pela UTFPR ou por outras instituições;

vi – audiência a peças de teatro, concertos e demais espetáculos e/ou manifestações


culturais;

vii – participação em concursos de monografias;

viii – participação em concursos literários;

iv – participação em concursos relacionados às áreas de Letras, Educação ou áreas afins,


promovidos pela UTFPR ou por outras instituições.

- Grupo II: Atividades de cunho comunitário e de interesse coletivo:

i– participação em projetos de extensão promovidos pela UTFPR ou por outras


instituições em parceira com a UTFPR;

ii – participação em órgãos deliberativos e/ou consultivos da UTFPR ou de representação


estudantil;

iii – participação efetiva em trabalho voluntário, atividades comunitárias, associações e


demais ONGs de interesse social;

iv – participação em órgãos de Classe;

91
v – participação como docente voluntário em cursos de reforço escolar e/ou
assemelhados, preferencialmente das áreas de Letras e Educação;

vi – participação em comissões organizadoras de eventos de interesse comunitário;

- Grupo III: Atividades de iniciação científica, tecnológica e de formação profissional:

i – participação em projetos de pesquisa e de ensino da UTFPR, preferencialmente


desenvolvido por professor do Curso de Licenciatura em Letras Português-Inglês da
UTFPR;

ii – participação como ouvinte em eventos científicos, relacionados às áreas de Letras,


Educação ou afins, promovidos pela UTFPR ou por outras instituições;

iii – participação como palestrante e/ou apresentador de trabalhos em eventos científicos,


relacionados às áreas de Letras, Educação ou afins, promovidos pela UTFPR ou por
outras instituições;

iv – publicação de trabalho em anais de eventos científicos;

v – publicação de artigo científico, em co-autoria com professor da UTFPR,


preferencialmente do Curso de Licenciatura em Letras Português-Inglês da UTFPR, em
periódico das áreas de Letras, Educação ou áreas afins;

vi – participação como ouvinte em bancas de defesa de mestrado ou doutorado;

vii – participação efetiva em comissões organizadoras de eventos científicos e/ou culturais


promovidos pela UTFPR ou por outras instituições;

viii – participação em programa de monitoria do Curso de Licenciatura em Letras


Português-Inglês da UTFPR;

ix – realização de estágios não remunerados, exceto os curriculares, relacionados às


áreas de Letras, Educação ou áreas afins;

x – participação em visitas técnicas relacionadas às áreas de Letras, Educação ou áreas


afins.

5.9. Planos de Ensino e Bibliografia

Os Planos de Ensino e as bibliografias das disciplinas são, constantemente,

92
revisados e atualizados durante a Semana de Planejamento de Ensino no início de cada
semestre. Portanto, devido à dinâmica de atualização destes documentos, os mesmos
não foram incluídos no Projeto Pedagógico do Curso. Os Planos de Ensino oficiais para o
curso estão disponíveis na Coordenação de Letras.

A biblioteca do Campus Pato Branco mantém um acervo bibliográfico em constante


atualização, em áreas gerais relacionadas à Linguística, à Literatura e ao Inglês, bem
como à Formação de Professores, e ainda diversas áreas do conhecimento.

93
94
6. RELAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

O princípio que sustenta a construção das universidades consiste na


indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Os docentes do Curso entendem
esse princípio como primordial no saber-fazer acadêmico. Nesse sentido, todos os
espaços da universidade, inclusive a sala de aula, constituem-se como lócus apropriados
para o desenvolvimento deste tripé.

Essa afirmação remete ao modelo de universidade e objetivos do ensino superior


que é aqui defendida, e com base nisso, apóia-se em Severino (2002, p. 11), ao afirmar
que:

(...) numa sociedade organizada, espera-se que a educação, como prática


institucionalizada, contribua para a integração dos homens no tríplice universo
das práticas que tecem sua existência histórica concreta: no universo do trabalho,
âmbito da produção material e das relações econômicas; no universo da
sociabilidade, âmbito das relações políticas, e no universo da cultura simbólica,
âmbito da consciência pessoal, da subjetividade e das relações intencionais.

Assim, as atividades de pesquisa desenvolvidas no curso objetivam integrar as


atividades curriculares ao inter-relacionar projetos de professores/pesquisadores com a
participação de discentes, isto é, as atividades de ensino e pesquisa são entendidas como
espaço privilegiado para a construção do conhecimento, a partir das quais se realiza a
extensão mediante o diálogo permanente com a sociedade.

A pesquisa e produção científica no Curso de Licenciatura em Letras Português-


Inglês vem se desenvolvendo numa perspectiva crítica da produção de conhecimento.
Encontram-se em execução sete projetos de Iniciação Científica e dois projetos de
Iniciação à Docência - PIBID. Entre esses: - A docência como trabalho na área de
Letras-Português em uma escola estadual de educação básica da cidade de Pato
Branco – (Iniciação à Docência) que orienta dez alunos de iniciação à Docência no
desenvolvimento de pesquisas e intervenções educacionais na instituição de ensino em
que desenvolvem suas atividades, tendo como objetivo propor melhorias e inovações nas
práticas pedagógicas de que participam.

A docência na área de Letras-Inglês é outro projeto que orienta dez alunos de


Iniciação à Docência no desenvolvimento de pesquisas e intervenções educacionais na

95
instituição de ensino em que desenvolvem suas atividades, tendo como objetivo propor
melhorias e inovações nas práticas pedagógicas de que participam.

Sob o título Relações existentes entre linguagem e atividade humana em


contextos educacionais e de trabalho (Iniciação Científica) busca-se focalizar práticas
de linguagem em atividades que se desenvolvem em contextos educacionais e de
trabalho, considerando-se que a educação pode ser abordada como trabalho e que o
trabalho, por sua vez, pode ser abordado como educação. Este projeto envolve 5 alunos
em atividades de iniciação científica.

Outro projeto em execução denomina-se: Ensino de Escrita na Perspectiva de


Gêneros Textuais e Reflexão sobre a Prática Pedagógica de Professores de Inglês
(Iniciação Científica) o qual tem como objetivo construir conhecimento a respeito da inter-
relação entre o ensino de escrita na perspectiva de gêneros textuais e a formação inicial e
continuada de professores de Inglês como língua estrangeira. Este projeto conta com três
acadêmicos do Curso de Letras.

O projeto Desenvolvimento Regional Representações Sociais de Meio


Ambiente e Práticas Pedagógicas (Iniciação Científica) aprovado pelo CNPq Edital
MCT/CNPQ 06/2009 é focado na temática das representações sociais de meio ambiente
e educação ambiental, a pesquisa visa contribuir com o estudo sobre as relações entre
representações sociais de meio ambiente e práticas pedagógicas escolares em diferentes
instituições de ensino básico, participam do projeto acadêmicos do Curso de Letras e do
Mestrado em Desenvolvimento Regional da UTFPR.

Outro projeto denominado Referenciais Teóricos e Metodológicos para a


Educação do Campo: A Pedagogia da Alternância (Iniciação Científica) envolve 4
professores pesquisadores da UTFPR e dez alunos, cinco da graduação em Letras,
quatro do PPGDR e um de Doutorado do PPGTE Campus Curitiba. O objetivo é contribuir
para a construção de referenciais teóricos e metodológicos para a Educação do Campo,
em geral e, para a Pedagogia da Alternância, em particular.

Recentemente foi aprovado o projeto Desafios teórico-metodológicos da


interdisciplinaridade: uma análise de experiências metodológicas multi e
interdisciplinares em Grupos de Pesquisa cadastrados no Diretório do CNPq
(Iniciação Científica) o qual se insere no campo de investigação da produção do
conhecimento científico da Educação Superior, no movimento de crítica da ciência
moderna. O locus de estudo são Grupos de Pesquisa (GP) Cadastrados no Diretório do

96
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) de três
universidades Públicas do Sul do Brasil. O objetivo geral é analisar e compreender
experiências metodológicas multi e interdisciplinares utilizadas pelos Grupos.

Rastreando o pós-modernismo na década de 1980: análise comparativista de


quatro romances (Iniciação Científica). Trata-se de um projeto de pesquisa inseredo na
atual corrente de estudos literários que se debruça sobre a problemática da pós-
modernidade. Além da bibliografia teórica, o presente projeto tem como corpus quatro
obras ficcionais que propiciarão a análise de material literário no contexto da pós-
modernidade. Tratam-se de quatro romances, a saber, Respiração artificial (1980), de
Ricardo Piglia, Em liberdade (1981), de Silviano Santiago, Vida e época de Michael K.
(1983), de John Maxwell Coetzee e também O ano da morte de Ricardo Reis (1984), de
José Saramago.

Também encontra-se em andamento o Projeto - Representações Discentes


sobre a Prática Pedagógica em Contexto Universitário - projeto que busca conhecer
as produções de significados dos discentes sobre as práticas pedagógicas dos seus
docentes e sobre a prática pedagógica do discente em formação vinculado ao Programa
de Monitoria. Ao investigar, de uma perspectiva qualitativa, a construção de sentidos dos
discentes sobre a prática pedagógica do docente e do discente universitário essa
proposta examinará a linguagem em sua conexão com o mundo social, buscando na
expressão discursiva, os significados que atravessam o campo intersticial dos discursos
veiculados em contexto escolar. O resultado da pesquisa poderá sinalizar um projeto de
intervenção/formação na prática docente.

6.1. Atividades acadêmico-científico-culturais e de extensão

O componente curricular formativo do trabalho acadêmico do Curso de


Letras inclui, além do ensino presencial (disciplinas obrigatórias e optativas), na
habilitação Licenciatura, outras atividades de caráter acadêmico, científico e cultural e de
extensão, aprimorando o processo formativo do profissional de Letras. Seminários,
participação em eventos científicos, monitorias, projetos de ensino, relatórios de
pesquisas, atividades de extensão, estágios não obrigatórios, entre outras, são
modalidades desse processo formativo.

Para viabilizar o acesso a algumas dessas atividades, o Curso propõe-se a realizar


uma Semana de Letras por ano, cujos objetivos são:

97
I - promover o intercâmbio entre as diferentes áreas de ensino-pesquisa-extensão
do curso;
II - proporcionar discussões acerca da linguagem, literatura e educação;

III - divulgar resultados dos projetos de pesquisa e de extensão de alunos e de


professores.

O evento contempla uma programação diversificada, que atende diferentes áreas


do curso, destacando as seguintes modalidades:
a) Apresentação de painéis
b) Comunicações individuais
c) Apresentação de pôsteres
d) Comunicações coordenadas
e) Relatos de experiências
f) Mesas redondas
g) Colóquios
e) Simpósios
f) Conferências
g) Míni-cursos (e/ou Oficinas)
h) Apresentação de atividades artístico-culturais, como performances teatrais, musicais,
etc
i) Organização de Varais Literários
j) Sarau literário
l)Relatos

Tais atividades, desenvolvidas no Curso representam o esforço dos docentes no


que tange à vinculação entre o ensino, pesquisa e extensão.

6.2. Participação em Eventos

Diversas ações são implementadas para prover um maior estímulo às atividades


acadêmicas que visem a complementar a formação científica, social e humanista dos
acadêmicos. Na recepção aos calouros são realizadas atividades artístico-culturais que
são apresentadas por professores e acadêmicos do Curso de Letras com o objetivo de
integrar o acadêmico com a Instituição. Os alunos do Curso de Letras também têm a
oportunidade de participar de recitais de poesia e de Festivais de música. O Curso
também realiza o evento chamado “Culture and Arts”, no qual os acadêmicos apresentam
98
atividades relacionadas à Língua Inglesa, valorizando a língua estrangeira, objeto de
estudo. Os acadêmicos do Curso de Letras ainda podem participar de cursos de
extensão, como o Curso de Introdução à Língua Espanhola e o Curso de Literatura e
Cinema.

Dentro do foco social, há o programa de Bolsa Permanência cujo objetivo é apoiar


o discente em sua permanência na Instituição, buscando reduzir os índices de evasão
decorrentes de dificuldades de ordem socioeconômica ( http://www.utfpr .edu.br/estrutura-
universitaria/proreitorias/prograd/legislacao/utfpr-/reg_bolsa_perm.pdf). Alguns
professores do Curso orientam alunos de iniciação científica (IC) em duas modalidades:
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC e Programa Institucional
de Iniciação Científica - Ações Afirmativas, cujo objetivo é a inclusão dos acadêmicos em
atividades de pesquisa e extensão universitária direcionadas a temas de interesse social.
Os resultados das atividades acadêmicas desenvolvidas dentro desses dois programas
são apresentados à comunidade através do Seminário de Iniciação Científica e
Tecnológica - SICITE, no qual os acadêmicos têm a oportunidade de divulgar seus
trabalhos e trocar experiências com acadêmicos de todos os Campi da UTFPR, uma vez
que o SICITE é um seminário institucional onde todos os campi da UTFPR têm
participação. Alguns estudantes possuem bolsas de auxílio financeiro, providas por
agências de fomento como, por exemplo, CNPq, Fundação de Apoio à Pesquisa do
Paraná -Fundação Araucária- e a UTFPR através de sua fundação – FUNTEF -. Outra
forma de incentivo à atividade acadêmica é o Programa de Iniciação à Docência
(http://portal.mec. gov.br/index. php?Itemid=467&id= 233& option =com_content& view=
article ) que tem por finalidade antecipar o vínculo entre os futuros mestres e as salas de
aula da rede pública. Com essa iniciativa, o PIBID faz uma articulação entre a educação
superior (por meio das licenciaturas), a escola e os sistemas estaduais e municipais.
Implementado e financiado pelo Ministério da Educação e Cultura em 2007, todos os
envolvidos - acadêmicos, professor supervisor, professor coordenador e coordenador do
sub-projeto na instituição - recebem bolsa da CAPES como incentivo à participação nesse
programa. Atualmente o Curso possui 20 acadêmicos bolsistas do PIBID.

A coordenação, juntamente com os professores apoiam a realização da Semana


Acadêmica do Curso de Letras. Nesse evento, professores e profissionais da área de
Educação e Letras ministram palestras e minicursos, propiciando aos alunos um maior
contato com a futura área de atuação. Além disso, na semana acadêmica também são
divulgados os trabalhos de pesquisa e extensão desenvolvidos no Campus Pato Branco

99
(PIBIC e PIBID). Assim, os discentes podem vivenciar atividades de trabalho em grupo,
planejamento e logística de eventos. Também estão programadas viagens técnicas para
que os acadêmicos possam observar e/ou participar de exposições, cursos e eventos
literários e artísticos referentes à sua área de formação.

Além destes eventos, podem ser citadas outras atividades que ocorrem
anualmente e tem a participação dos alunos incentivada: ExpoUT – Semana de
Exposição dos cursos da UTFPR à comunidade estudante dos cursos de ensino médio da
região Sudoeste; Feira de Estágios e Profissões; Palestras oferecidas pela coordenação;
Participação de alunos em eventos externos à Instituição como mostra de cinema,
contação de histórias, seminários e outros em parceria com o SESC PR.

6.3. Meios de divulgação de trabalhos e produções dos docentes e discentes

As produções científicas de professores e alunos do Curso têm sido divulgadas na


forma de resumos em Anais das Semanas Acadêmicas de Letras, na forma de artigos em
Seminários de Iniciação Cientifica e Tecnológica da UTFPR, e de outras IES, na Revista
Sinergymus Científica da UTFPR, na Revista CAP, na Revista Língua em Ação (em fase
de implementação), bem como em outros periódicos e canais de divulgação.

100
7. INFRAESTRUTURA DO CURSO

7.1. Estrutura Geral

O Campus Pato Branco dispõe de infraestrutura especificada no quadro a seguir:


Ambientes pedagógicos:

Dependências m2
Auditório – Bloco T – 300 lugares 642,68
Pátio Coberto e passarelas blocos L, M e N 1282,82
Passarelas blocos O e P 864,97
Setor Médico-Odontológico 85,02
Ginásio Coberto 1.462,80
Sala de Treinamentos 61,92
Orientação Pedagógica 18,78
Praça de Alimentação (lanchonete e 177,47
restaurante) 46,00
Mini-Auditório 76,25
Área de Convivência 1.025,00
Setor de Reprografia 78,27
DCE 14,43
Setor de Estágios 10,58
48 Salas de Aula 2.972,01
Pista de Atletismo 16.755,00
PROEM, Incubadora e POLITEC 1.927,00

Fonte: DEMAP

7.2. Laboratórios

O Curso de Letras tem a sua disposição os seguintes laboratórios especializados:

NOME DO LABORATÓRIO CAPACIDADE


Laboratório de microinformática – P202 18 computadores
Laboratório de microinformática – P203 18 computadores
Laboratório de Línguas – J10 24 computadores

101
Os laboratórios vinculados ao curso têm por função atender às diversas disciplinas
previstas no currículo. Uma breve descrição dos laboratórios de informática é apresentada
a seguir:

Os laboratórios do bloco P, das salas P 202 e P 203 são usados pelos acadêmicos
de Letras para a prática de atividades relacionadas ao âmbito dos estudos tecnológicos
da informação e da comunicação (TIC’s), cujas aulas estão a cargo dos professores da
área de Informática.

O laboratório J10 é hoje utilizado pelo Curso de Letras para atividades específicas
relacionadas à prática e estudo de idiomas. Ele oferece equipamentos e condições
necessárias para atender à demanda do curso. O uso do laboratório de línguas do Curso
de Letras segue um Regulamento Próprio aprovado pelo Colegiado do Curso.

O laboratório de línguas e os laboratórios de informática destinam-se às atividades


práticas do curso, as quais envolvem a aplicação de ferramentas tecnológicas
necessárias para a prática docente, seja mais especificamente nas disciplinas
relacionadas ao conhecimento de informática, seja nas disciplinas relacionadas ao estudo
e a prática das línguas portuguesa e inglesa. Todos os laboratórios listados atendem de
forma excelente às necessidades das disciplinas em termos de espaço, equipamentos e
serviços. A política de manutenção e atualização dos equipamentos necessários para os
laboratórios está a cargo da Direção e das áreas acadêmicas envolvidas no curso (além
de Letras, Engenharia da Computação e Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de
Sistemas), as quais têm a função de alimentar o setor de manutenção (DISUT) com as
demandas exigidas.

Além disso, os acadêmicos da instituição podem acessar a internet para pesquisa e


demais consultas acadêmicas por meio dos equipamentos de informática disponíveis na
Biblioteca do Campus. O campus Pato Branco é coberto por rede sem fio de acesso à
intranet e internet.

7.3. Biblioteca

A biblioteca da UTFPR, Campus Pato Branco, possui acervo e estrutura física


para sustentar os diversos cursos desse campus. A política de atualização, informatização
e formas de acesso são descritas abaixo:

• Política de atualização:

102
São realizadas compras a pedido das coordenações sempre que necessário e
que haja disponibilidade orçamentária.

• Informatização:

O acervo está informatizado pelo sistema Pergamum, através do qual é


possível consultar e requisitar material bibliográfico de todos os campi da UTFPR.

• Formas de acesso:

A biblioteca está aberta a alunos, servidores e à comunidade em geral.


Atualmente, apenas com o número do comprovante de matrícula ou dos dados do SIAPE,
faz-se o cadastro on-line de alunos e professores.

7.3.1. Estrutura Física da Biblioteca

A estrutura física da biblioteca do Campus Pato Branco encontra-se assim


constituída: Área total: 692 m²; 15 mesas e 60 cadeiras; 3 salas de estudos, cada uma
possui 1 mesa e 6 (seis) cadeiras; salão de estudo coletivo com 8 cabines para estudo
individual; 15 (quinze) mesas e 60 (sessenta) cadeiras. 3 (três) salas para o serviço
administrativo; espaço próprio para leitura dos periódicos com 16 (dezesseis) cadeiras
estofadas; 2 (dois) computadores para consulta ao acervo pelo sistema Pergamum, que é
o sistema de gerenciamento eletrônico do acervo, e 10 (dez) computadores para acesso à
Internet e Acesso Remoto ao Portal Capes.

Estrutura física da biblioteca do Campus Pato Branco:


Área Área de Área de
Horário de atendimento Área total de Acervo Atendimento
estudo
De segunda à sexta-feira:
das 8h10min às 22h45min 692,00m² 364,51 300 m² 54,61 m²
Sábados: das 8h às 11h m²
Sala de

103
Mesas e cadeiras Sala de estudo em Cabines
para usuários multimeios grupos individuais
15 mesas 01 03 08
60 cadeiras 1 mesa e 6
cadeiras
(cada)
Pessoal técnico- Computadores para Terminais de consulta
administrativo acesso à internet ao acervo
2 bibliotecários
3 assistentes em 10 02
administração
Serviços Serviço de referência, empréstimo informatizado, consulta local,
empréstimo entre as bibliotecas da UTFPR, videoteca, acesso à
Oferecidos
Internet, acesso ao Portal de Periódicos da Capes, COMUT,
catalogação na publicação, levantamento bibliográfico, disseminação
seletiva da informação, treinamento de usuários e empréstimo entre
bibliotecas de outras instituições.

7.3.2. Acervo bibliográfico

A relação do acervo bibliográfico da biblioteca do Campus Pato Branco para o


curso de Licenciatura em Letras Português-Inglês é apresentada a seguir.
Acervo por área do Acervo de livros Acervo de periódicos
conhecimento
Títulos Exemplares Nacionais Estrangeiros

Existentes até 2009


Ciências Exatas e da Terra 2120 6420 25 03
Ciências Biológicas 359 787 16 10
Engenharias 1250 3383 52 03
Ciências da Saúde 157 273 05 00
Ciências Agrárias 1755 2940 144 47
Ciências Sociais Aplicadas 4300 8408 135 18
Ciências Humanas 2419 3936 64 08
Linguística/Letras/Artes 3282 5015 28 06
Total 15642 31162 469 95
Adquiridos no 1º semestre de 2010:
Ciências Exatas e da Terra 82 476 09 02
Ciências Biológicas 22 79 02 02
Engenharias 88 733 12 01
Ciências da Saúde 03 05 01 00
Ciências Agrárias 106 188 09 05

104
Ciências Sociais Aplicadas 150 324 36 02
Ciências Humanas 100 220 17 02
Linguística/Letras/Artes 118 203 10 02
Total 669 2228 96 16

Adquiridos no 2º semestre de 2010:


Ciências Exatas e da Terra 30 70 02 00
Ciências Biológicas 07 09 00 00
Engenharias 04 39 10 00
Ciências da Saúde 01 01 00 00
Ciências Agrárias 117 209 06 01
Ciências Sociais Aplicadas 102 199 11 01
Ciências Humanas 28 82 05 00
Linguística/Letras/Artes 57 79 01 03
Total 346 688 35 05
Total biblioteca
16657 34078 600 116
Campus Pato Branco
Fonte: DIBIB Campus Pato Branco. Dados fornecidos em 16/09/2010

O curso de Letras possui acervo bibliográfico condizente com as necessidades dos


docentes e acadêmicos e encontra-se alocado na biblioteca central, a qual possui uma
área total de 691,22 m². A biblioteca desenvolve suas atividades com acesso aos alunos,
funcionários e comunidade geral durante a semana, entre às 08h05 e 22h45, e das 8h às
11h nos sábados. Neste espaço, os estudantes têm acesso a um acervo total de livros de
45.977, podendo consultá-los nos espaços comuns e individuais destinados ao estudo.

Para cada disciplina do curso tem-se 3 títulos diferentes como referência básica.
Para cada título, tem-se um exemplar para cada seis alunos. Os títulos são
periodicamente revisados pelos professores com objetivo de atualização do acervo e
implementação de novas metodologias de ensino. A solicitação de atualização do acervo
é feita ao coordenador do curso que junto ao representante de área encaminha requisição
junto à direção de ensino. O acesso ao acervo pode ocorrer também por meio
informatizado, disponibilizado pelo sistema “Pergamum” da biblioteca. Através do sistema
é possível realizar reserva e renovação de livros. Além disso, o usuário recebe e-mails de
aviso sobre vencimentos de empréstimos e obras recentemente incluídas no acervo,
relacionadas às áreas escolhidas por ele. A rede é ligada a todo sistema UTFPR,
viabilizando a consulta ao acervo de outras bibliotecas dos demais campi, sendo assim

105
possível solicitar empréstimos a outras bibliotecas do sistema UTFPR, que hoje conta
com 12 campi, de forma rápida e gratuita.

A biblioteca presta também serviços entre as bibliotecas de diferentes instituições


possibilitando empréstimos e serviços como o de COMUT. Todo o acervo encontra-se
informatizado, atualizado e tombado junto ao patrimônio da UTFPR.

Importa destacar em específico a recente aquisição de livros mediante recursos


provenientes do REUNI visando ampliar a oferta de títulos para a área de Letras.

A bibliografia complementar encontra-se na biblioteca central e segue os mesmos


padrões de aquisição e disponibilização das referências básicas. É constituída de pelo
menos cinco títulos para cada disciplina do curso. Os mecanismos de consulta e
atualização também são os mesmos aplicados para a bibliografia básica. Esses títulos
são periodicamente revisados, a exemplo da bibliografia básica, com a finalidade de
manter atualizadas as referências utilizadas nas disciplinas. Para isso, os professores são
semestralmente estimulados a rever sua bibliografia complementar e, em caso de
necessidade, requerer a aquisição de novos exemplares.

7.4. Sala de professores

O bloco da Coordenação curso de Letras (J1) é um espaço amplo, o setor de


Letras possui 205m², enquanto que a área total do bloco J1 é de 1167,92m².
Com uma sala de recepção grande de 50m² para a recepção do departamento,
onde permanecem as estagiárias no período da tarde e da noite, assessorando os
docentes e coordenadora no que tange às suas atividades, ali há também um espaço
para reuniões rápidas.

A Coordenação possui um gabinete próprio com 9,18m² onde encontram-se mesa


e armários para guardar a documentação do Curso e a Representação da Área de Letras
também possui gabinete próprio com 9,18m² com mesa e armários. Outro espaço
utilizado é destinado ao Responsável pelo CALEM (Centro de Apoio á Língua Estrangeira
Moderna). Há também uma sala de atendimento aos alunos com materiais de apoio
(livros, computador, revistas), onde os professores orientam seus alunos nas mais
variadas atividades. Em seguida, os oito gabinetes onde estão alocados os professores
da Área de Letras, em duplas.

No bloco há banheiros masculinos e femininos em cada pavimento, além de outros


dois banheiros (masculino e feminino) para uso de pessoas com necessidades especiais.

106
No espaço destinado à Área de Letras, há equipamentos à disposição do grupo,
como notebooks, impressoras, projetores multimídia e aparelhos de rádio portátil. As
salas mencionadas fornecem acesso à internet por meio de rede sem fio, além de
conexão convencional onde encontram-se computadores com acesso à impressora
multifuncional (copiadora e digitalizadora). Possuem armários individuais para uso dos
professores e escaninhos, também individuais para a correspondência.

Por não apresentar proximidade com avenidas de grande fluxo de veículos,


rodovias e aeroportos, este ambiente apresenta uma excelente qualidade acústica,
permitindo aos professores condições adequadas para a realização de suas tarefas.

A limpeza desses ambientes é realizada diariamente por profissionais


especializados de uma empresa terceirizada.

7.5. Outros Ambientes

Além das salas próprias, os professores dispõem de outros ambientes para


desenvolver suas atividades pedagógicas, tais como, o Miniauditório, no bloco S, o
Anfiteatro e as Salas de Teleconferência e de Treinamento, localizadas nos blocos B e V,
respectivamente. Estes ambientes podem ser reservados no Sistema de Reservas on line
do Campus.

7.6. Salas de aula

As salas de aula utilizadas pelo Curso de Letras apresentam as condições de


dimensão, limpeza, iluminação, acústica, ventilação, conservação e comodidade
necessárias às atividades de ensino. Em geral o curso de Letras ocupa as salas do bloco
L e M, onde está localizada a coordenação, permitindo também fácil acesso à secretaria
geral, à direção, à cantina e aos banheiros. Outros ambientes disponíveis para o curso
são o Miniauditório, no bloco S, o Anfiteatro e as Salas de Teleconferência e de
Treinamento, localizadas nos blocos B e V, respectivamente. Estes ambientes podem ser
reservados no Sistema de Reservas on line do Campus. Todas as salas são atendidas
por antenas que permitem acesso à internet (wireless). Os acessos a esses blocos são
cobertos e permitem, também, fácil acesso aos banheiros. As salas utilizadas pelo curso
de Letras possuem projetores multimídia instalados e em algumas delas terminais com
CPU integrados aos projetores. A manutenção em termos de limpeza e iluminação é

107
realizada por empresa terceirizada. As salas de aula comportam até 50 alunos de forma
bem distribuída.

Outro ponto a ser enfatizado é a participação do curso de Letras no projeto de


Reforma Universitária REUNI, conforme dito anteriormente. Este projeto encontra-se em
execução na presente data, está sendo construída uma área para ampliação dos espaços
destinados às salas de aula. Com o fim dessas obras, estarão disponíveis um total de
4164,82 m² adicionais ao campus, disponibilizando mais 16 salas de aula com capacidade
total de 962 alunos.

108
8. CORPO DOCENTE

A tabela abaixo apresenta a listagem dos docentes efetivos envolvidos com o curso
de Letras.

Quadro de professores que atuam no Curso de Graduação em Letras:


Regime
Área de
Docente Titulação de
Conhecimento
Trabalho
Adriana Santos Auzani Letras Mestre D.E.
http://lattes.cnpq.br/4962504116447227
Anselmo Lima Letras Doutor D.E.
http://lattes.cnpq.br/4130455629353729
Célia Regina Viganó Letras Mestre 40h
http://lattes.cnpq.br/406965323749078
9
Cleci Irene Trentin Krüger Letras Mestre D.E.
http://lattes.cnpq.br/0986193622800644
Cristiane Tomazini Tártari de Carvalho Informática Graduada 40h
http://lattes.cnpq.br/556738291325529
2
Denise Maria Bueno Letras Mestre D.E.
http://lattes.cnpq.br/3460724611175443
Didiê Ana Ceni Denardi Letras Doutora D.E.
http://lattes.cnpq.br/4117062490609801
Diego de Carvalho Informática Especialista 40h
http://lattes.cnpq.br/175554894305298
Edilson Pontarolo Informática Doutor D.E.
http://lattes.cnpq.br/0637811527251299
Edival Sebastião Teixeira Psicologia Doutor D.E.
http://lattes.cnpq.br/0826917150806263
Eliane Maria de Bortoli Infomática Mestre D.E.
http://lattes.cnpq.br/262378958674672
2
Glademir Alves Trindade Humanas Mestre D.E.
http://lattes.cnpq.br/0919212947799506
Leandro Zago Letras Especialista D.E.
http://lattes.cnpq.br/1612816128120478
Loraci Hofmann Tonus Letras Mestre D.E.
http://lattes.cnpq.br/5315909732578020
Manoel dos Passos da Silva Costa Humanas Mestre D.E.
http://lattes.cnpq.br/731505122870863
4
Márcia Andrea Santos Letras Doutora 40h
http://lattes.cnpq.br/0048288072716856
Márcia Oberderfer Consoli Letras Mestre D.E.
http://lattes.cnpq.br/2643660422051535
Marcos Fasolin Humanas Especialista D.E.
http://lattes.cnpq.br/0322395400604972
Maria de Lourdes Bernartt Letras Doutora D.E.
http://lattes.cnpq.br/1982876455910216

109
Maria Ieda Almeida Muniz Letras Doutora D.E.
http://lattes.cnpq.br/982891766003495
9
Mariza Miola Informática Mestre D.E.
http://lattes.cnpq.br/1982876455910216
Marlize Rubin Oliveira Metodologia Doutora D.E.
http://lattes.cnpq.br/0333386140567227
Mirélia Vogel Letras Mestre D.E.
http://lattes.cnpq.br/441406926098800
5
Nilson de Farias Filosofia Especialista 20h
http://lattes.cnpq.br/5691746093622101
Osney Marcos Cardoso Sociologia Doutor D.E.
http://lattes.cnpq.br/1342314143895325
Rosana Martins Petry Letras Especialista 40h
http://lattes.cnpq.br/110318344262393
8
Roseli Alves Educação Mestre D.E.
http://lattes.cnpq.br/1168967012725522
Thelma Belmonte Letras Mestre D.E.
http://lattes.cnpq.br/7911982351174776
Ulisses Infante Letras Doutor D.E.
http://lattes.cnpq.br/345656167183313
8
Wellingthon Fiorucci Letras Doutor D.E.
http://lattes.cnpq.br/9190152138893605

110
111
9. AUTOAVALIAÇÃO DO CURSO

Tendo em vista a necessidade de formar professores de alto nível na área de


Letras Português-Inglês, a equipe de docentes do Curso preocupa-se fundamentalmente
com a prática de ensino em sala de aula, sendo o Sistema Informatizado de Avaliação
Institucional sua principal ferramenta de autoavaliação nesse sentido. Por meio desse
sistema, os docentes do Curso são avaliados pelos discentes de acordo com os seguintes
critérios: conteúdo, didática, planejamento, avaliação e relacionamento. Para que os
alunos compreendam e tenham clareza com relação a esses critérios, podendo – assim –
avaliar o desempenho de seus professores, o Sistema Informatizado de Avaliação
Institucional apresenta-lhes, antes de efetuarem a avaliação docente, as seguintes
definições, cada uma acompanhada de uma pergunta-síntese:
1) Conteúdo: refere-se ao conhecimento demonstrado pelo Professor sobre os
Conteúdos Programáticos da Disciplina, bem como ao relacionamento que o Professor
estabelece entre esses Conteúdos Programáticos e aspectos profissionais e sociais
(Pergunta-síntese: o professor demonstra conhecimento a respeito do conteúdo?);
2) Didática: refere-se ao comportamento do Professor em sala de aula enquanto
agente promotor do ensinoaprendizagem, sua maneira de agir, os recursos e as técnicas
que utiliza para facilitar o aprendizado, motivar e despertar o interesse sobre os temas
tratados (Pergunta-síntese: o professor apresenta o conteúdo de forma clara e objetiva?);
3) Planejamento: refere-se ao cumprimento e distribuição dos Conteúdos
Programáticos ao longo do desenvolvimento da Disciplina. Deve-se levar em conta se o
Professor apresenta previamente um planejamento do semestre e cumpre o estabelecido
inicialmente (Pergunta-síntese: o professor apresenta as ações a serem realizadas
durante o período letivo?);
4) Avaliação: refere-se ao estabelecimento da forma de avaliação, da quantidade e
critérios de avaliação. Deve-se levar em conta, também, se o Professor cumpre aquilo
que estabeleceu previamente em sala de aula no início do semestre letivo (Pergunta-
síntese: o professor estabelece previamente os parâmetros da avaliação?);

5) Relacionamento: refere-se à forma como o Professor se relaciona com os alunos


dentro e fora da sala de aula. Deve-se, também, avaliar se o Professor manteve o
controle de classe durante o semestre priorizando o bom desenvolvimento da disciplina
(Pergunta-síntese: o professor mantém postura adequada à prática do ensino?).

112
As avaliações são realizadas pelos alunos durante parte do semestre letivo, ficando
disponíveis para os docentes no semestre letivo seguinte. Conforme orientação da
Diretoria de Graduação por meio de seu Departamento de Educação, a Coordenação do
Curso observa cada uma das avaliações recebidas pelos docentes e com eles dialoga a
respeito dos aspectos didático-pedagógicos apreciados pelos discentes, com o objetivo
de motivá-los a continuar melhorando sua prática didático-pedagógica quando as
avaliações recebidas são positivas ou de com eles refletir, buscando identificar e
programar alternativas de superação de dificuldades efetivamente existentes e apontadas
pelos discentes. Feito esse trabalho, o Coordenador do Curso redige e encaminha à
Diretoria de Graduação um relatório dos diálogos mantidos com os professores e das
ações implementadas para melhoria contínua e para superação de dificuldades,
acompanhando a evolução dos docentes no semestre seguinte. Os relatórios emitidos por
todos os Coordenadores de curso do Campus ficam arquivados no Departamento de
Educação para estudos e desenvolvimento de ações gerais de formação continuada para
melhoria da qualidade da prática didático-pedagógica dos professores da instituição.

Além disso, com o apoio do Núcleo de Acompanhamento Psicopedagógico e


Assistência Estudantil (NUAPE) do Departamento de Educação (DEPED), tem sido
desenvolvido experimentalmente um projeto referente à formação discente intitulado
“Protagonismo Acadêmico: Letras em foco”. O referido projeto tem por objetivo contribuir
para o desenvolvimento de uma postura acadêmica adequada ao nível de graduação por
parte dos alunos, e isso de maneira que estes possam contribuir para a gestão e
organização do curso por meio da reflexão 1) sobre que curso têm; 2) sobre de que curso
precisam; e 3) sobre quais compromissos podem assumir para contribuir para a efetiva
construção do curso de que precisam. O objetivo dessa iniciativa é aproveitar sugestões e
proposições discentes que muitas vezes passam despercebidas no cotidiano do curso.

Esse projeto de formação discente segue alguns procedimentos gerais: 1)


apresentação da proposta à Coordenação do Curso; 2) aprovação da proposta pelo
Colegiado de Curso; e 3) apresentação da proposta aos discentes. Para efetivação do
projeto são necessários procedimentos específicos: 1) verificação da existência de alunos
Representantes de Turmas; 2) elaboração de cronograma de visita às turmas para
orientações e esclarecimentos; 3) visita efetiva às turmas para conversa e consolidação
de seus Representantes, quando existirem, ou eleição de Representantes, quando não
existirem; 4) proposta e elaboração de protocolo de realização de Assembleias Discentes;
5) realização de duas Assembleias – a 1ª propositiva no início do semestre e a 2ª

113
avaliativa das ações ao final do semestre ou no início do próximo – com registros em ata;
6) sistematização e repasse das atas ao Representante Discente no Colegiado de Curso;
7) reunião do Colegiado de Curso para tratamento das informações; e 8) execução das
ações propostas em um trabalho conjunto do corpo docente e discente.

114
10. DIPLOMAS E CERTIFICADOS

O aluno receberá o diploma de Licenciado em Letras Português-Inglês após a


conclusão de todas as disciplinas, das Atividades Complementares, do Estágio Curricular
Supervisionado e do Trabalho de Conclusão do Curso.

115
11. LEGISLAÇÃO

11.1. Legislação Nacional

- Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura –


abril de 2010.
- Portaria Ministerial Normativa nº 2 - de 26 de janeiro de 2010, referente ao Sistema
de Seleção Unificada – SISU.
- Pareceres 331/2009 e 365/2009, emitidos pela Câmara de Ensino Superior (CES) -
versam sobre a carga horária para cursos com habilitação dupla.
- REUNI - Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, 2007.
- Portaria n° 1.863 – MEC - incorporação do Centro de Excelência em Educação
Profissional de Francisco Beltrão – TEXCEL à UTFPR, formalizada em 2007.
- Parecer CNE/CES nº83/2007, Parecer CNE/CP nº8/2008, Parecer CNE/CP
nº5/2009 e Parecer CNE/CES nº124/2009 e Resolução CNE/CP nº 1 - rediscutem a
carga horária para cursos com habilitação dupla.
- Lei nº 11.184, de 7 de outubro de 2005 - Documento assinado por Luiz Inácio Lula
da Silva, transformando o Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná, o
Cefet-PR, em Universidade Tecnológica Federal do Paraná, a UTFPR.
- Resolução CNE/CEB Nº 1, de 3 de fevereiro de 2005 - Atualiza as Diretrizes
Curriculares Nacionais definidas pelo Conselho Nacional de Educação para o Ensino
Médio e para a Educação Profissional Técnica de nível médio às disposições do
Decreto nº 5.154/2004, que regulamenta os artigos 36, 39 a 41 da Lei nº 9.394 -
LDB.
- Parecer CNE/CP Nº 29/2002 - Trata das Diretrizes Curriculares Nacionais no Nível
de Tecnolólogo.
- Resolução CNE/CP 2, de 19 de fevereiro de 2002 - estabelece que “a carga horária
dos cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, em
curso de Graduação, de graduação plena, será efetivada mediante a integralização
de, no mínimo, 2800 (duas mil e oitocentas) horas”.
- Resolução CNE/CP 1, de 18 de fevereiro de 2002 - institui as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a formação de professores da Educação Básica, em
nível superior, em cursos de Graduação Plena.
- Parecer CME/CP 28/2001 - implementa a prática como componente curricular.

116
- Parecer CNE/CES 1363-2001, de 12/12/2001 - retifica o Parecer anterior 492/2001,
de 03/04/2001 e “institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de
professores da Educação Básica, em nível superior, em curso de Graduação Plena”.
- Parecer número 21, de 2001 - do Conselho Nacional de Educação, versa sobre o
Estágio Curricular.
- Parecer CNE/CES 492/2001, de 03/04/2001 - “institui Diretrizes Curriculares
Nacionais dos cursos de Filosofia, História, Geografia, Serviço Social, Comunicação
Social, Ciências Sociais, Letras, Biblioteconomia, Arquivologia e Museologia”.
- Decreto N.º 2.494, DE 10 de fevereiro de 1998 - Regulamenta o Art. 80 da LDB (Lei
n.º 9.394/96) – por força da lei o CEFET/PR deixou de ofertar os cursos integrados
de nível de 2° grau.
- Parecer nº 776/97, Parecer 436/01 e Parecer n.º 5.154/04 - amparados pela LDB,
dizem que, "o aluno que julgar possuir extraordinário conhecimento em determinada
competência, através de evidência(s) objetiva(s) poderá ter abreviada a duração
desta, mediante execução de Exame de Suficiência, a ser aplicado por Banca
Examinadora especial, indicada pela coordenação do curso”.
- Portaria Ministerial 229/96, de 15/03/1996 - aprovou a “transferência de
mantenedora da Faculdade de Ciências e Humanidades de Pato Branco para o
CEFET.
- Lei nº 9.394 – LDB – 20/12/1996 - Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional.
- Parecer de nº 325/93, do Processo 467/93 do Conselho Estadual de Educação -
suspende o funcionamento do curso de Letras no CEFET, PB.
- Decreto Presidencial nº 90.775, de 28/12/85, Parecer 404/86, do Conselho
Estadual de Educação do Paraná e Portaria Ministerial 80/87, 11/02/87 -autorizam o
funcionamento do curso de Letras na FUNESP – Fundação de Ensino Superior de
Pato Branco.
- Lei nº 5.692/71 - fixava as diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º graus, e dava
outras providências - Revogada pela Lei nº 9.394, de 20.12.1996.

11.2. Legislação da UTFPR

- Instrução Normativa Conjunta 01/2011 – PROGRAD/PROPPG estabelece normas


e procedimentos operacionais para o depósito de trabalhos de conclusão de curso
de graduação e de especialização, dissertações e teses nas Bibliotecas da UTFPR.

117
- Resolução nº. 112/10-COEPP - Aprova o Regulamento da Organização Didático-
Pedagógica dos Cursos de Graduação da UTFPR.
- Regulamento dos Estágios dos Cursos de Educação Profissional Técnica de Nível
Médio e dos Cursos de Graduação da UTFPR, Resolução nº. 22/08 – COEPP, de 14
de março de 2008, Modificado pela Resolução nº 13/10 – COEPP, de 11 de março
de 2010 - regulamenta os estágios de curso para os cursos de graduação da
UTFPR.
- Resolução do COEPP nº 137/10 – aprovação dos ajustes no projeto de Abertura do
Curso de Licenciatura em Letras Português – Inglês da UTFPR, campus Pato
Branco, pelo Conselho de Ensino da UTFPR.
- Regulamento das Atividades Práticas Supervisionadas da UTFPR, 21/8/2009:
Estabelece as Atividades Práticas Supervisionadas da UTFPR.
- Resolução COEPP 15/09 de 13 de Março de 2009 modificada pela resolução
COEPP de 11 de Março de 2010 – estabelece procedimentos para o Programa de
Monitoria.
- Resolução 050/08, de 13 de junho de 2008 - aprovação do projeto de Abertura do
Curso de Licenciatura em Letras Português-Inglês da UTFPR, campus Pato Branco,
pelo Conselho de Ensino da UTFPR.
- Resolução nº 119/06 – COEPP, de 07 de dezembro de 2006 e Deliberação nº
04/07 – COUNI, de 25 de maio de 2007 – estabelece as Diretrizes Curriculares para
os Cursos de Bacharelado e Licenciatura da UTFPR.
- PPI - Projeto Político-Pedagógico Institucional. Curitiba / 2007.
- Regulamento das Atividades Complementares dos Cursos de Graduação da
UTFPR, instituído através da Resolução nº 56/07 – COEPP, de 22 de junho de 2007-
regulamenta as Atividades Complementares.
- Regulamento da Organização Didático-Pedagógica dos Cursos de Bacharelado e
Licenciatura da UTFPR e suas normas e procedimentos complementares, aprovado
pelo Conselho de Ensino em 01 de dezembro pela Resolução nº 132/06 – COEPP e
alterada pela Resolução nº 55/07 – COEPP, de 22 de junho de 2007.
- Resolução nº 120/06 – COEPP, de 07 de dezembro de 2006 - referente ao
regulamento do Trabalho de Conclusão de Curso para os cursos de graduação da
UTFPR.
- Resolução CEB nº 1 de 03 de fevereiro de 2005 - o Campus Pato Branco passou
novamente a ofertar Cursos Técnicos de Nível Médio/Integrado.

118
- Projeto de Lei 4.183/2004 – traz como um dos objetivos do CEFET - “ministrar em
nível superior, cursos de Graduação, bem como programas especiais de formação
pedagógica, com vistas à formação de professores e especialistas para as
disciplinas dos vários níveis e modalidades de ensino no âmbito da educação
tecnológica”.
- Lei 1.235 de 09/08/93 - Lei que efetivou a transferência de todo o patrimônio da
Fundação de Ensino Superior de Pato Branco - FUNESP ao Cefet-PR, em 14 de
dezembro de 1993.
- Portaria 1.534 de 19 de outubro de 1992 - autoriza o funcionamento, pelo Ministério
da Educação, da Unidade Descentralizada de Pato Branco.

119
12. REFERÊNCIAS

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. 10. ed. São Paulo: Hucitec,
2002.

BEREMBLUM, Andréa. A invenção da palavra oficial: identidade, língua nacional e


escola em tempos de globalização. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

BERGER, Peter. Perspectivas sociológicas: ima visão humanística. Rio de Janeiro: Vozes, 1986.

BERGER, Perter; LUKMANN, Thomas. A construção social da realidade: tratado de


sociologia do conhecimento. Tradução Floriano de Souza Fernandes. Petrópolis: Vozes,
1985.

BERNARTT, Maria de Lourdes & SIGNORINI, Noeli. Revista In Pauta > Volume I, nº 02,
Julho/Dezembro 2003

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em curso. In: MOITA LOPES, L. P. (Org.) Por uma lingüística aplicada indisciplinar. São Paulo:
Parábola Editorial, 2006, p. 45- 66.

GIMENEZ, T. Ensino de línguas estrangeiras no ensino fundamental: questões para debate.


Londrina: mimeo. 2004.

GUIMARAES, Eduardo. Mulltilinguismo: divisões da língua e ensino no Brasil.


Brasília: MEC/CEFIEL/ UNICAMP, 2005.

HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO. On line, Web page; http://www.utfpr.edu.br/a-instituicao/historico


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HISTÓRICO CAMPUS PATO BRANCO, on line, web page; http://www.utfpr.edu.br/patobranco/o-


campus/historico acesso em 16-04-2011

HOOK, Sidney. La genesis del pensamiento filosófico de Marx. Barcelona: Barral Editores, 1974.

KOSIK, K. Dialética do concreto. 2. ed. 6. reimp. Trad.de Célia Neves e Alderico


Toríbio) Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.

KOPNIN, P. V. A dialética como lógica e teoria do conhecimento. Rio de Janeiro:


Civilização Brasileira, 1978.

LEFFA, V. J. O ensino de línguas estrangeiras no contexto nacional. Contexturas, 1999, 4, 13-24.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gênero e compreensão. São Paulo:
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais. Bases Legais; Brasília:


MEC/SEMTEC,1999;

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, SEMTEC. Referenciais Curriculares Nacionais;


Lei 9394/96; Pareceres do CNE nº 436/01 e nº 29/02; Resolução CNE/CP nº 3/02. Brasília:

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SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica – 8. ed. rev e ampl. – Campinas, Autores


Associados, 2003.

_________________. Sobre a concepção de politecnia. Rio de Janeiro, Ministério da


Saúde/Fundação Oswaldo Cruz, 1989.

SAVIANI, Nereide. Saber escolar, currículo e didática: problemas da unidade conteúdo/método


no processo pedagógico. 4. ed. rev e ampl. – Campinas, Autores Associados, 2003.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. São Paulo
: Cortez, 2002
SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. 5 ed.São Paulo: Contexto, 2008.

SZUNDY, P. T. C. (2004). Gêneros do discurso no processo de ensino-aprendizagem de LE: a


construção do conhecimento por meio do discurso internamente persuasivo. The Especialist, 25/2,
153-175.

TICKS, L. K. O livro didático sob a ótica de gênero. Linguagem & Ensino. 2005, vol. 8, no. 1,
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VYGOTSKY, L. S. Mind in society: the development of higher psychological processes.


Cambridge: Harvard University Press, 1978.

VYGOTSKY, L. S. Thought and language. Cambridge: MIT Press, 1986.

VYGOTSKY. A Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

121
ANEXOS

PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPEC – Departamento de Estágios e Cursos de Extensão


Acompanhamento de Egressos(Ex-Alunos)
Nome:
Ano de Término:
Curso:________________________________________
Número da matrícula:____________
Endereço:

Cidade:

Cep:
Estado

Telefone fixo: Celular:

E-mail:
E-mail:

Local de Trabalho :

Função:
____________________________________________________________________
Seu trabalho é na área de formação?
( ) Sim ( ) Não
Se não, descreva o motivo de não estar atuando na sua área:

Está Cursando Pós Graduação? ( )Sim ( ) Não

Nome do Curso:

Deixe aqui seu comentário sobre o seu curso, seu trabalho ou algum pedido:

Obs: Seus dados serão acrescentados ao banco de dados dos ex alunos do seu curso e
servirão para contatos futuros oferecendo ofertas de emprego, pós graduação, etc.

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