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HISTÓRICO
1910: Relatório Flexner da Fundação Carnegie – proposta de definição dos padrões de entrada para Medicina + ampliação do
curso para 4 anos, introdução do ensino laboratorial + estímulo à docência em tempo integral + criação do ciclo básico e expansão
clínica em hospitais + ênfase na pesquisa biológica e vinculação pesquisa-ensino
1923: Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs) – caixa para assistência de funcionários
Década de 30: Instituto de Aposentadorias e Pensões (IAPs) – participação da União nessas caixas
Década de 60: Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) – militares (centralizadores/ unificação dos Institutos e controle
Nacional)
1973: Falência da previdência no Brasil -> Criação Instituto Nacional da Assistência Médica e Previdência Social (INAMPS):
imposição de limites/teto para cada procedimento (desvio para procedimentos que pagavam mais)
Problemas: acesso restrito (apenas quem pagava/ trabalhava), ênfase na cura (modelo assistencial sanitarista/programas +
modelo privatista), Ministério (MS – prevenção/ Previdência – curativas), Medicina Ditatorial e custo (papel hospital, má aplicação
recursos, ↑ tecnologias e setor privado)
REFORMA SANITÁRIA
1983: Plano CONASP/AIS (Ações Integradas de Saúde)
1986: VIII Conferência Nacional de Saúde – lema da reforma sanitária (artigo 196: “Saúde, direito de todos, dever do Estado”)
1987: Sistema Único e Descentralizado de Saúde (SUDS)
o 1988: Constituição -> SUS
PRINCÍPIOS DO SUS
3 Éticos/ Doutrinários
o Universalização: acesso a todos cidadãos o Equidade: tratamento desigual
o Integralidade: prevenção, cura e reabilitação
7 Organizacionais/ Operativos
o Descentralização: divisão de poderes – imperativa direção única em cada esfera governo
o Regionalização: municipalização
o Hierarquização: organização em níveis de atenção, referência/contrarreferência e atenção básica como porta de entrada
o Participação social: realização de Conselhos e Conferências
o Resolubilidade: resolver problemas em cada nível de assistência e de forma integral
o Complementariedade: contratar serviços privados de forma complementar
EVOLUÇÃO
1978: Conferência de Alma-Ata – surge ideia de Atenção Primária: base para todos sistemas nacionais de saúde por ser a melhora
estratégia para produzir melhorias sustentáveis e maior equidade no estado de saúde da população
1986: Carta de Ottawa – definição de Promoção da Saude – processo de capacitação da comunidade para atuar na melhora da
qualidade de vida e saúde incluindo maior participação no controle deste processo
o 5 campos de ação: Políticas públicas saudáveis + ambientes favoráveis à saúde + reforço da ação comunitária +
desenvolvimento de habilidades pessoais/atitudes favoráveis à saúde em todas etapas da vida + Reorientação dos serviços de
saúde
o Estimulou realização da VIII Conferência Nacional de Saúde
1990: Lei Orgânica da Saúde
o Lei 8080/90: funcionamento do SUS
Organização, direção e gestão do SUS
Competência/ atribuições das 3 esferas de governo
Funcionamento/ participação complementar de serviços privados – 3 condições: Interesse público > privado, seguir
princípios do SUS e Preferência aos sem fins lucrativos
Política recursos humanos – financeiros, planejamento e orçamento
Promover vigilância sanitária/epidemiológica/saúde do trabalhador
Igualdade (não equidade da assistência à saúde)
o Lei 8142/90: complementa 8080 sobre gastos e participação popular
Transferência regular e automática
Conselhos: controle gastos + execução da saúde
o Permanente e deliberativo
o Reunião Mensal
o Composição: 50% usuários + 25% prof. da saúde + 12,5% profissionais de serviço + 12,5% representantes do governo
o Proibido: Legislativo/Judiciário/Ministério Público e usuário/trabalhador saúde comissionado ou cargos chefia)
Conferências: avaliam e criar diretrizes da Política de Saúde
o Convocadas pelo Executivo ou pelos Conselhos
o Reunião de 4 em 4 anos
Normas Operacionais Básicas (NOBs): via Portasia MS + Representantes CONASS/ Conasens (3 Básicas + 2 Assistência à Saúde)
o NOB 91
Centralizam gestão a nível federal (INAMPS – Municípios se comportam como prestadores)
Prestadores públicos/privados recebem dinheiro do MS de acordo com produção
o NOB 93
Municípios passam a ser gestores (Municipalização se: criar Conselhos, Fundo, Plano e Orçamentação Municipal)
Transferência regular e automática pelo nº de cabeças da cidade
Comissão Intergestores: pelo Conselho de Secretários de Saúde
o Bipartite (Estadual): entre Estado e Município (COSEMS)
o Tripartite (Nacional): MS, Estados (CONASS) e Municípios (CONASEMS)
o NOB 96
Poder pleno ao Município: gestão plena da atenção básica, média e alta complexidade
Piso da atenção básica (PAB)
o PAB Fixo (mínimo): controle TB/Hanseníase/HAS/DM + saúde da criança/mulher/bucal
o PAB Variável (saúde na escola, adolescente, bucal, NASF/PMAQ, consultórios de rua, atenção domiciliar)
o NOAS 2001: Equidade nos recursos e acesso à saúde em todos os níveis
Regionalização Organizada (Plano Diretor de Regionalização/PDR): definição de município polo e município referência/
microrregiões de saúde – acesso a saúde + próximo da residência
Ampliação da Atenção Ambulatorial
o NOAS 2002: Amplia responsabilidades do Municípios + Criação do PAB Ampliado
PAB Ampliado (futuramente revogado): PAB + observação na urgência (afecções agudas), atendimento domiciliar (médico/
enfermeira), cirurgias ambulatoriais e ECG/exames -> + recursos
NÍVEIS DE PREVENÇÃO
Primária: período pré-patogênico -> Promoção da Saúde + Proteção Específica
o Ex: vacinação, tto de água para consumo, medidas desinfecção/ desinfestação, distribuição gratuita de preservativos/ seringas
descartadas
Secundária: período patogênico – prevenir + agravos
o Ex: rastreio de neoplasias/ TB
Terciária: período patogênico/reabilitação e reintegração do indivíduo
o Ex: Reintegração de trabalhador na empresa
Quartenária: prevenção de Iatrogenia e prevenção da prevenção inapropriada
NÍVEIS DE ATENÇÃO
Primária (porta de entrada): UBS, UPA e CAPS Terciário: Hospital Geral
Secundária: ambulatório de especialidades
PACTO PELA SAÚDE 2006: consolidação do SUS (3 Esferas governamentais)
Pacto em Defesa do SUS: projeto permanente de mobilização social + elaborar/ divulgar carta dos direitos dos usuários do SUS
Pacto de Gestão (Esferas): radicalizar Descentralização + reforçar Territorialização + definição de responsabilidade sanitária de
cada instância gestora do SUS + Diretrizes do financiamento público Tripartite
Pacto pela Vida: criação de saúde do idoso, programas prevenção ca de mama/colo, contra mortalidade infantil/materna,
doenças emergentes/endemias (dengue, hanseníase, BK, málaria e Influenza), Promoção à Saude e Reforço PSF
Pacto pela Vida 2008: adição de saúde do trabalhador/mental, atenção pessoas c. deficiência/risco de violência e saúde homem
FINANCIAMENTO DO SUS
Transferência de verba de acordo com perfil demográfico, epidemiológico, desempenho prévio e plano quinquenal
Via Seguridade Social (Desconto da folha de salários não entra na Saúde), COFINS (faturamento) e CSLL (lucro líquido)
Recursos Mínimos (Lei 141/2012 e EC 86/2015): Município 15%, Estado 12% receita e União 15% (progressivo até 2019)
6 Blocos de Financiamento: Atenção básica (PAB fixo e variável), Atenção média/alta (SAMU, UPA, Diálise), Vigilância da saúde
(epidemiologia ambienta/sanitária), Ações farmacêuticas, Gestão do SUS e Investimentos em Saúde