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Sugestão de Citação
Ordem dos Psicólogos Portugueses (2015). O Papel dos Psicólogos no Envelhecimento. Lisboa.
ÍNDICE
Dados de Enquadramento
Recomendações Internacionais
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REVISÃO DE DADOS
E LITERATURA CIENTÍFICA
A população mundial está a envelhecer. A melhoria da alimentação, das condições sanitárias, dos
avanços médicos e tecnológicos e a diminuição da taxa de natalidade são responsáveis por este
envelhecimento global. Estima-se que a rápida progressão destas alterações demográficas fará com
que os países desenvolvidos passem a ser o lar de 8 em 10 idosos. Actualmente, em Portugal, 26,6%
da população tem mais de 65 anos, mas até 2050 esse valor deverá ultrapassar os 40%, razão pela
qual aparece na 34ª posição no “Índice Global de Envelhecimento 2013”.
O aumento da esperança média de vida e do número de anos que vivemos já está a transformar as
sociedades e as economias, levantando diversas questões que vão desde o financiamento de
cuidados de saúde, a medidas de protecção social ou às dimensões que é necessário promover para
que para que a qualidade de vida e o bem-estar acompanhem o prolongamento da vida.
A dor e as doenças crónicas, que em 2020 serão responsáveis por 75% das mortes em todo o
mundo, e que afectam não só os indivíduos como as suas famílias, constituem problemas para os
quais é necessário encontrar respostas. Estima-se que pelo menos 10%-15% dos idosos com mais de
65 anos têm Depressão – o que representa um factor de risco para a incapacidade funcional e
aumenta a mortalidade prematura. Cada vez mais a velhice traz também sintomas de Demência.
Os Psicólogos podem contribuir para responder adequadamente aos desafios que o envelhecimento
da população coloca. Tendo em conta a sua formação e conhecimento científico teórico-prático
sobre o comportamento ao longo do ciclo vital, os aspectos cognitivos do envelhecimento e o
impacto psicológico e social do processo de envelhecer, os Psicólogos são profissionais preparados
para desempenhar um conjunto diverso de papéis em diferentes contextos de vida dos idosos
(privados, hospitalares e comunitários).
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Por um lado, podem contribuir para um envelhecimento activo, ou seja, para rentabilizar o potencial
desta fase da vida e promover um estilo de vida activo, saudável e em que haja envolvimento social
com a comunidade e que permita manter e melhorar a qualidade de vida:
Por outro lado, podem ajudar a compreender e a intervir nos problemas que a solidão, o
isolamento, a demência e a depressão causam aos idosos. Assim como envolver-se no desenho e
implementação de sistemas de gestão e monitorização da saúde que permitam prevenir e tratar a
dor e a doença:
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Os Psicólogos que intervêm no Envelhecimento possuem competências para realizar:
A saúde mental está subjacente à saúde física. Se, por um lado, a doença mental está associada a
um aumento do risco de doença física (devido a estilos de vida pouco saudáveis e a mais
comportamentos de risco para a saúde), por outro lado, a doença física aumenta o risco da doença
mental.
Em termos gerais, as evidências que existem indicam que as pessoas com doenças crónicas
apresentam uma probabilidade duas a três vezes superior de sofrer de uma doença mental do que
a população geral. De acordo com o Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006), 20% dos portugueses
sofre de Hipertensão, 6,5% de Diabetes, 16,3% de Dor Crónica e 24,4% de outras Doenças Crónicas. A
percentagem estimada de população portuguesa com uma ou mais doenças crónicas é de 52,3%.
Frequentemente as pessoas com doenças crónicas experienciam problemas de saúde mental como a
depressão, a ansiedade ou a demência, no caso dos idosos. A associação também parece ser
particularmente forte no caso das doenças cardiovasculares, diabetes, doença pulmonar obstrutiva
crónica e doenças músculo-esqueléticas. Por exemplo, a depressão é duas a três vezes mais comum
em pessoas com doença cardiovascular.
Para além da associação entre doença física e problemas de saúde mental específicos, existe ainda
uma associação com o sofrimento emocional. Estudos indicam que cerca de 50%-70% das consultas
nos CSP estão relacionadas com factores psicológicos, como a ansiedade, a depressão e o stresse.
A integração e coordenação dos cuidados entre Psicólogos e Médicos nos CSP mostra uma
diminuição da frequência das consultas médicas dos idosos e o seu uso de medicação.
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Campanha OPP
Recomendações Internacionais
Presentemente, será que existe formação suficiente para a intervenção na idade maior e será que o
número de profissionais é também suficiente para fazer face às necessidades? E a longo prazo?
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