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Quinta-feira • 13 de dezembro de 2018 • •1

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13 dezembro 2018
Ano 18
quinta-feira
 0.70 iva incluído
Diretor: Luís Baptista-Martins
semanário

Covilhã
Câmara contrai
empréstimo de Câmara da Guarda
não baixa impostos
1,5 milhões
Vítor Pereira justifica que em-
préstimo de curto prazo per-
mitirá fazer face a problemas de
tesouraria, oposição considera
que gestão da maioria é «impru-
dente» ____________________ 7 «Não mexemos em nada porque o dinheiro é preciso para investimentos», afirmou
Álvaro Amaro no final da reunião do executivo de segunda-feira, onde foi aprovada a
Património manutenção em 0,40 por cento da taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) Pág.5
Vale do Côa
celebra 20 anos
de Património da
Humanidade com Comerciante mais antigo da região
está em Vila Franca das Naves
novas gravuras
Há novas descobertas e novos
projetos no maior museu ao ar
livre do Paleolítico de todo o
mundo, que parece recomendar-
se cada vez mais ____________ 4

Vinhos
Rodolfo Queirós
quer concretizar
rota da Beira
Interior
Novo presidente da Comissão
Vitivinícola Regional da Beira
Interior quer promover os néc-
tares da região nos mercados
nacional, internacional e local.
«É preciso que a restauração
e hotelaria comprem na Beira
Interior», afirma ____________ 8

Guarda
ULS implementa
projeto de
cuidados Aos 85 anos, António Lopes continua a abrir a sua
paliativos loja todos os dias, em Vila Franca das Naves, onde
da Fundação não falta nada e o que não há «chega amanhã» Pág.7
“La Caixa”__________ 9

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 2• • Quinta-feira • 13 de dezembro de 2018
no  fio  da  navalha
Sabugal
O Presépio do Sabugal é uma marca
única no panorama regional. A recriação
bíblica preparada pelos trabalhadores do
município sabugalense afirmou-se e é já
uma referência nacional. Este ano, com mais
área e “vida natural”, o Presépio tem mais
argumentos e animação e recebe visitantes
de todo o lado, naquele que é um excelente
pretexto para visitar um concelho com muito
para conhecer. De parabéns, mais uma vez,
está o município e os seus colaboradores
por mais esta imensa realização.
Guarda
Ainda não é o momento para o balanço,
mas o passado fim de semana, em especial
o santo dia da Imaculada Conceição de
Nossa Senhora, foi de enchente na “Cidade
Natal”. Num tempo em que os eventos são
mobilizadores de turistas e visitantes, a
Guarda atraiu milhares de pessoas de toda
a região e mesmo visitantes espanhóis, e
em especial famílias, para disfrutarem na
intensa animação natalícia. O clima ameno
também deu uma ajuda, comprovando-se
que com Álvaro Amaro os eventos estão
sempre protegidos por S. Pedro.
Câmara da Guarda
Aproxima-se uma mudança de ano
civil, mas no que toca à carga fiscal dos
munícipes da Guarda nada se altera. O
Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI)
mantém-se nos 0,4 por cento e a conta
da água também vai continuar cara. A
ausência de uma redução tão desejada
pelos guardenses deve-se, segundo Álvaro
Amaro, aos investimentos que a autar-
quia pretende fazer no próximo ano e à
«incerteza» quanto ao seu financiamento.
Sporting da Covilhã
Está instalada a crise na equipa dos
leões da serra. Sem capacidade para
arranjar soluções e de se reinventar o
Sporting da Covilhã ganhou apenas um
nos últimos dez jogos e permanece nos
lugares de despromoção da II Liga. Há
muitos anos que o emblema covilhanense
não se via nesta posição e é urgente que os
serranos regressem às vitórias se querem
permanecer na competição na próxima
época.
Cara
Entrevista
a P
cara
«A rota
dos vinhos
da Beira
Interior vai
surgir neste
mandato»
P- Estava nos seus planos ser
presidente da Comissão Vitivinícola
Regional da Beira Interior (CVRBI)?
Como aconteceu?
R - A curto prazo não. Aconteceu por
que houve uma vontade de mudança por
parte dos associados, que me desafiaram
e incentivaram a presidir a CVR da Beira
Interior. Como havia outra candidatura que
não era consensual e depois de refletir mui-
to sobre o superior interesse da CVRBI e da
região, decidi avançar. Apesar de não estar
nos meus planos ser presidente da CVRBI
agora, sinto que estou preparado para
exercer o cargo. Conheço os nossos
associados, diria, como ninguém, a
realidade da Comissão Vitivinícola
e o sector do vinho em Portugal,
uma vez que sempre acompanhei
de muito perto as três direções
com que trabalhei.
P - Que cunho preten-
de dar a uma entidade que
ganhou notoriedade nos
mandatos de João Carvalho?
R - Nos últimos sete anos
trabalhámos em equipa es-
tando sempre envolvido nesse
caminho, juntamente com a Di-
reção e a equipa que me acom-
panha na CVRBI. Vamos tentar
UNIR mais os associados em torno de
projetos de promoção da CVR. Não quero
entrar em grandes detalhes neste mo-
mento, até porque esses projetos deverão
ser discutidos e ponderados previamente
com os meus colegas da direção.
P - Que projetos tenciona imple-
mentar?
R - A rota dos vinhos, de que falei na
tomada de posse, será seguramente um
deles e creio que trará mais valias para toda
a Beira Interior, uma vez que será uma rota
de território que aglutinará associados,
autarquias, restauração hotelaria, aldeias
históricas, etc…. Temos uma grande região,
que abrange 20 municípios, e apesar de
nem todos terem produção própria de
vinhos, creio que todos ganharão ao entra-
rem neste projeto que será uma verdadeira
rota turística com o vinho como locomotiva.
Iremos também fazer um trabalho de recu-
peração e incentivo ao plantio das castas
tradicionais da região, que nos servirão
para marcar ainda mais a nossa identidade.
P - Será no seu mandato que vai
surgir a rota dos vinhos da Beira In-
terior? O que falta fazer?
R - Seguramente que sim. Falta falar
com os parceiros e apresentar o projeto
(que está já em estado muito avançado),
arranjar financiamento para o mesmo e
implementá-lo no terreno.
P - Quais são as principais carên-
cias da CVRBI?
R - A CVR é uma casa com contas
e r f i l
Rodolfo Queirós
Presidente da Comissão Vitivinícola Regio-
nal da Beira Interior
Naturalidade: Marco de Canaveses
Idade: 44 anos
Profissão: Eng. Agrícola
Currículo (resumido): Licenciado em Enge-
nharia Agrícola pela Escola Superior Agrária
de Viseu, com uma pós-graduação em Marke-
ting de Vinhos pela Escola Superior Agrária
de Ponte de Lima; Detentor do Nível 3 pela
da Escola Britânica Wine & Spirit Education
Trust (WSET); Formador na área do Curso de
Escanção (Atlas do mundo dos vinhos) no
Turismo de Portugal e provador de vinhos em
vários concursos nacionais e internacionais.
Livro preferido: “Equador”, de Miguel Sousa
Tavares
Filme preferido: “O Resgate do Soldado
Ryan”, de Steven Spielberg
Hobbies: Jogar futebol, estar com a família e
amigos, viajar, ler.
sãs, mas com parcos recursos e quere-
mos naturalmente ter mais meios para a
promoção. A CVRBI não recebe qualquer
contribuição estatal, vive das receitas das
taxas de certificação que cobra aos sócios
(os selos de garantia que vão apostos nas
garrafas) e com essas receitas tem de
pagar as suas contas e libertar verbas,
nomeadamente para a promoção.
P - Como está o vinho da Beira
Interior no contexto nacional e inter-
nacional?
R - Está a ganhar notoriedade. E
está a começar a despertar a atenção
e a curiosidade de cada vez mais
gente. Teremos de aproveitar
ao máximo a tendência que
há no mercado global pe-
los vinhos de altitude. O
mundo, hoje, corre atrás
dos vinhos de altitude,
como são os nossos,
que são vinhos com
uma frescura mar-
cante que lhe advém
das vinhas em altitu-
de, da sua finura em
termos aromáticos,
reflexo das grandes
amplitudes térmicas
que temos e de matu-
ração mais lenta, das
suas castas e do seu clima.
Numa palavra o nosso terroir!
Mas também temos outra singularidade.
Somos uma região de excelência para
fazer vinhos biológicos – somos a segun-
da região de Portugal com mais área de
vinhas em modo de produção biológico,
são cerca de 750 hectares. Estes vinhos
(e temos já cerca de 12 produtores a fazer
vinhos biológicos) são direcionados a um
nicho de mercado importante e muito
valorizado, nomeadamente nos países
nórdicos, EUA, Japão, etc….
P – Qual é a sua meta em termos
de quota de mercado?
R - Em 10 anos queremos duplicar o
número de garrafas DO Beira Interior e
IG Terras da Beira.

opinião
Fidélia Pissarra Do vermelho ao amarelo
Antes do muro cair, os contestatários, nesta Europa,
costumavam ser vermelhos. Às vezes, ser contestatário
significava apenas que não se tinha o juízo todo. Numa
Europa de paz, livre, farta e segura contestava-se o quê? Só
se fosse a autoridade paterna! Imagino quantos, deitados
nos seus quartos revestidos de pósteres do longínquo Che
Guevara, não planearam balear o pai e envenenar a mãe,
em nome da “revolução”.
Caíram a União Soviética, o muro, os vermelhos e só
os malucos é que não dão mostras de querer cair. Claro
que agora, em vez de delirarem em frente de uma fotografia
colada na parede, deliram mais para cima de um teclado,
agarrados a um rato.
A Europa? Essa continua pacifica, segura e farta.
Só que estas mentes atormentadas também não podem,
do pé para a mão, desatar a discutir com o pai e a mãe.
Muito menos a matá-los, porque alguns deles até já terão
morrido. Por várias razões, sair para a rua, com uma capa
decorada a foice e martelo, disfarçado de super-herói,
também está fora de questão. Desde logo, por nem sequer
reconhecerem martelo, ou foice, e o vermelho ser chão
que já deu uvas.
Agora é verde fluorescente. Só que, como não soaria
bem “gilets verts fluorescents”, dizem que é amarelo.
Assim, como um “tanto dá”. Pormenor importante, não
são “rouges”. O que me leva a pensar que, se não nos
empurram de Leste, nos empurram de Oeste!
Conseguiu-se acabar com a fome, o analfabetismo, a
morte por falta de assistência médica, o autoritarismo...
Só não se consegue é acabar com quem desespera por
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alguém que o “compreenda”, que lhe alimente os desvarios
e, principalmente, a maldade. Num país com vastos apoios
sociais, há quem pense que não tem que chegue e a culpa
é dos imigrantes. Numa imensa comunidade imigrante há
quem pense que não tem que chegue e a culpa é dos outros
imigrantes. Se isto não é maldade, é o quê? Falta de senso?
Compreender-se-ia uma “revolta” de coletes, de uma
qualquer cor, num país africano, latino americano, asiáti-
co. Num país, onde o trabalho infantil costura os nossos
trapos, alimenta os nossos bifes e colhe a nossa fruta.
Mas, num país europeu? É mais do que incompreensível.
E não, não me venham cá com desigualdades, decorrentes
do capitalismo, corrupção e afins, para legitimar estas
“guerras”. A guerra, qualquer guerra, requer sempre
dinheiro para se fazer. Por isso, será só mais uma contra-
dição assumirem que declaram “guerra” ao capitalismo.
Se me dissessem que o iam combater mudando hábitos
de consumo, valores e princípios, o enredo poderia até
ter alguma verosimilhança. Assim, tem pouca ponta por
onde se lhe pegue.
Ninguém pode dizer que luta por uma causa, por um
planeta melhor e mais democrático, envergando coletes
fabricados à custa da escola, das brincadeiras e das
vacinas de crianças de meio globo. Porque, se o disser,
revela claramente uma de duas coisas: ou é néscio; ou é
trafulha! Seja lá o que for, cabe-nos dissecar, até ao fim,
estes “movimentos” ad hoc, porque o que urge, mesmo,
é combater populismos. Venham de onde vierem! De
preferência, combate-los sem guerras. Porque, já se sabe,
saem sempre muito caras.
Quinta-feira • 13 de dezembro de 2018 • •3
editorial Luís Baptista-Martins
baptista-martins@ointerior.pt
Quebrar o silêncio
A França é terra de revoluções, mas não é país de re-
formas. Por isso, mais uma vez, os gauleses lideram uma
revolução popular que deverá marcar o tempo, o desatino e
o protesto em outros países.
O movimento “gilets jaunes” «é a fórmula francesa do
mal-estar de todo o ocidente», como sintetizou muito bem
Jorge Almeida Fernandes, e é o resultado do acumular de
angústias e desilusões, de cólera contra o sistema e protesto
pelo aumento de impostos (inicialmente sobre os combus-
tíveis), o aumento dos custos de vida ou a estagnação do
nível de vida. E mais do que tudo, este é um movimento que
nasce contra a desigualdade e contra a incapacidade de as
democracias-liberais promoverem políticas igualitárias. Não
é um movimento populista ou extremista, como tantos que
têm irrompido por todo o lado, é a saída à rua das pessoas
num movimento dinâmico, com apoio da maioria dos cida-
dãos, que são a antítese da ideologia e nada tem a ver com
política, mas apenas com o descontentamento generalizado
dos cidadãos e com a insurreição popular contra uma fisca-
lidade abusadora que tolhe a economia e vitimiza a classe
média e os trabalhadores. Não é um movimento pelo futuro,
é uma revolução pelo presente (que descambou para a vio-
lência, nomeadamente porque pelo meio, como sempre, os
extremistas aproveitam o descontentamento e a desordem
para destruir e romper).
O mal-estar francês é um problema comum a toda a
Europa. É um mal-estar das pessoas, dos jovens, dos refor-
mados, dos que trabalham e pagam impostos e se sentem
“cansados”. É um falhanço das elites europeias que não
anteciparam as crises com que temos convivido e não sou-
beram definir novos caminhos para uma sociedade habituada
a um bem-estar que os países não conseguem suportar. E
não conseguem suportar porque o nível de despesa pública
é escandalosamente alto – o Estado habituou-se a lançar
novas taxas cada vez que precisa de dinheiro e o cidadão já
não admite pagar mais.
A fiscalidade elevada, a falta de expetativas, a estagnação
dos rendimentos… são denominadores comuns em França
como em outros países europeus.
Em Portugal, está agendado para o próximo dia 21
uma ação de protesto focada na contestação aos aumen-
tos dos combustíveis e ao pagamento das portagens. Os
promotores têm como lema “vamos parar Portugal” e
interrogam-se sobre os rendimentos baixos e impostos
altos no país. A convocatória pode emergir de movimentos
extremistas, mas, como em França, a eventual adesão
popular terá mais a ver com o descontentamento e os cus-
tos de vida do que com opções ideológicas. Os políticos
em Portugal, como em França, vivem encerrados no seu
casulo, nas suas mordomias e no seu “modus operandi”
abstraídos da realidade e muito longe dos problemas das
pessoas. O cidadão está descontente e não é ouvido, por
isso tantas greves (cada uma com a sua idiossincrasia)
e vontade de agitar um país demasiadamente dobrado
perante a política de Bruxelas e o domínio dos partidos.
Sair à rua é a opção para quem se sente espoliado e
emudecido: contra os aumentos dos combustíveis, contra
as portagens, contra o empobrecimento coletivo. Mesmo
num país de brandos costumes.
4• • Quinta-feira • 13 de dezembro de 2018
Há movimento nas
gravuras do Vale do Côa
Luis Martins
Há novas descobertas
e novos projetos no
maior museu ao ar livre
do Paleolítico de todo
o mundo. O Vale do Côa
está a comemorar os 20
anos como Património
da Humanidade e
parece recomendar-se
cada vez mais.
Figuras que representam
bovinos selvagens e cavalos em
movimento são algumas das
novas gravuras rupestres desco-
bertas no Vale do Côa. Os achados
foram revelados no “Côa Sym-
posium”, que juntou especialis-
tas mundiais na arte rupestre a
propósito do 20º aniversário do
Vale do Côa como Património da
Humanidade e terminou na quin-
ta-feira em Vila Nova de Foz Côa.
«Estas novas descobertas
vão mudar a visão do sítio arque-
ológico da Penascosa, já que há
um certo movimento nas figuras.
Esta nova rocha gravada no xisto
vai mostrar que este local é bem
mais complexo do ponto de vista
arqueológico do que aquilo que
se pensava», disse o arqueólogo
Thierry Aubry, um dos envolvidos
na investigação. Os arqueólogos
da Fundação Côa Parque identifi-
caram uma longa sequência cro-
nológica na Penascosa que vai dos
30.000 até aos 15.000 anos. Os
especialistas destacam uma rocha
onde é possível ver dois auroques
com cabeça virada que parecem
manter um diálogo. «Esta rocha é
quase uma banda desenhada com
movimento, porque parece que as
figuras [auroques e cavalos] nos
contam uma história, já que há
a representação de várias cenas.
Isto, para a arte do paleolítico, é
muito importante», sublinhou
Thierry Aubry, que acredita que
novas sondagens arqueológicas
irão revelar «mais surpresas».
Estas gravuras foram desco-
bertas a poucos metros de “rocha
Exposição assinala 20 anos como
Património Mundial
O Museu do Côa acolhe, a partir de sábado, a exposição “20
anos - Vale do Côa Património Mundial”, que encerra as comemo-
rações da efeméride.
Coordenada pelo arqueólogo António Martinho Baptista, a
mostra apresenta a história da descoberta, luta pela preservação
e a classificação pela UNESCO da Arte do Côa. A inauguração
conta com a presença da ministra da Cultura, Graça Fonseca. Duas
horas antes terá lugar o cine-concerto em 3D “Lovecraftland”,
com música de Randolph Carter (alter ego de Paulo Furtado, mais
conhecido por The Legendary Tigerman) e filmes, manipulação
e filmagens ao vivo de Edgar Pêra.
Uma longa sequência cronológica, que vai dos 30.000 aos 15.000 anos,
foi identificada na Penascosa
37”, que tem gravada uma cabra e
mobilizou um novo interesse dos
arqueólogos sobre o sítio da Pe-
nascosa, a escassos metros do rio
Côa. «Estas descobertas revelam
não só a riqueza da arte rupestre
de um dos sítios mais visitados
do Vale Côa, como confirma a
importância da continuação de
trabalhos arqueológicos, mesmo
em locais que se julgam muito
bem estudados ou conhecidos»,
sustentou o especialista. Já o
presidente da Associação dos Ar-
queólogos Portugueses (AAP)
defendeu que, depois de uma
certa «paralisia» na investigação
da Arte do Côa, num passado
recente, se está agora no bom
caminho, com a «refundação» da
Côa Parque.
«Há um retomar da investi-
DR
gação multidisciplinar no Parque
Arqueológico e as descobertas
feitas nestes últimos dois anos
estão a revelar que a Arte do
Côa é muito mais ampla e antiga
do que aquilo que se pensava
inicialmente», declarou José Ar-
naut, para quem o que falta de
momento é aumentar a área de
prestação no PAVC para a desco-
berta de mais gravuras. O Parque
Arqueológico tem uma extensão
de 20 mil hectares e mais de meio
milhar de rochas identificadas
no período do Paleolítico, dos
25 mil aos 30 mil anos. Segundo
os especialistas, ali está o maior
museu ao ar livre do Paleolítico
de todo o mundo, que, em 1998,
recebeu a classificação de Pat-
rimónio Cultural da Humanidade
pela UNESCO.
“O Côa na Escola” vence prémio internacional
O programa pedagógico “O Côa na Escola”, dos Serviços Educa-
tivos da Fundação Côa Parque, venceu a categoria I do 9º Prémio
Ibermuseus de Educação, a que corresponde um valor monetário
de 15 mil dólares.
Para o júri do galardão, ao qual concorreram 192 projetos do
espaço Ibero-Americano, “O Côa na escola” promove «a aproxima-
ção da comunidade escolar de Vila Nova de Foz Côa ao património
cultural e natural da região, numa vila com menos de oito mil
habitantes». Graças a este prémio, o programa, desenvolvido com
o Agrupamento de Escolas Tenente Coronel Adão Carrapatoso,
será incluído no Banco de Boas Práticas em Ação Educativa da
Rede Ibermuseus e passará a ser uma referência internacional
de excelência.
Museu do Côa
integra rede
de Ciência
Viva
O Museu do Côa vai fazer
parte da rede de Centros
de Ciência Viva, anunciou o
presidente da Fundação Côa
Parque.
«Vamos ter de fazer al-
gumas adaptações ao nosso
programa museológico para
criar um conjunto de ativ-
idades mais interativas e
assim proporcionar verda-
deiras experiências à comu-
nidade escolar com intuito
pedagógico», adiantou Bruno
Navarro na semana passada,
durante o “Côa Symposium”.
O responsável revelou tam-
bém que o museu e o Parque
Arqueológico estão a trab-
alhar projetos comuns com
os vizinhos espanhóis e que,
no âmbito dessa parceria,
será montada uma exposição
itinerante conjunta dedicada
à arte rupestre peninsular,
nomeadamente do Vale do
Côa e de Siega Verde (Es-
panha), ambos Património da
Humanidade. «Contamos que
este trabalho científico passe
pelo Museu Arqueológico
de Madrid e pelo Museu de
Arqueologia de Lisboa, entre
outros espaços culturais»,
adiantou Bruno Navarro.
Para 2019 está ainda pre-
visto implementar, através
da Fundação e da Junta de
Castela e Leão, um Serviço de
Informação Geográfica (SIG)
para mapear toda a área de
Siega Verde e do Vale do Côa.
Já do “Côa Symposium” saiu a
sugestão de criar uma grande
rota da arte pré-histórica
portuguesa.
Guarda
Cidade adere a
protesto nacional
contra portagens
e aumentos dos
combustíveis
Está agendado para o pró-
ximo dia 21, em vários pontos
do país, o protesto “Vamos parar
Portugal como forma de protesto”
com o objetivo de protestar con-
tra os sucessivos aumentos dos
combustíveis e o pagamento de
portagens.
A manifestação irá decorrer
também na Guarda, a partir das
7 horas do mesmo dia, entre a
rotunda da Ti’Jaquina, a A25, A23
e a Câmara Municipal. O protesto
está a ser organizado a partir
das redes sociais e, segundo os
promotores da iniciativa, trata-se
de «uma revolta nacional» que
quer «dizer basta ao aumento dos
combustíveis, portagens e tudo o
resto que está mal». O movimento
apela ainda aos participantes que
tenham uma atuação «civilizada».
A ideia será fazer um bloqueio
ao estilo dos ‘coletes amarelos’
franceses. Em termos nacionais,
mais de 11 mil pessoas já dis-
seram que tencionam aderir ao
protesto nacional e mais de 40
mil já demonstraram interesse
em participar.
Na descrição da página de
Facebook, os organizadores di-
zem que este movimento nasceu
da constatação de que Portugal
é «um dos países que recebe
menos, paga mais impostos e fi-
camos caladinhos como sempre».
«Temos países a receber o dobro
de nós, e assim que existe algo que
não agrade, reclamam, exigem,
protestam até serem ouvidos, e
Nós Portugueses??? Chega, vamos
dizer basta ao aumento dos com-
bustíveis, portagens e tudo o resto
que está mal!», desafiam.
ULS Guarda
Ortopedia
conquista prémios
em Congresso
Internacional
O Projeto “Habilitar”, que
consiste numa visita domici-
liária de enfermagem de rea-
bilitação em contexto de pré-
internamento, do Serviço de
Ortopedia da Unidade Local de
Saúde da Guarda foi distinguido
com o segundo prémio nas Co-
municações Livres do Congresso
Internacional de Enfermagem
de Reabilitação que decorreu
na semana passada, em Évora.
O Serviço de Ortopedia con-
quistou ainda o segundo prémio
de melhor vídeo com a apre-
sentação do projeto Global Care
deste congresso organizado pela
APER-Associação Portuguesa de
Enfermeiros de Reabilitação.
 Quinta-feira • 13 de dezembro de 2018 • •5

Câmara da Guarda mantém

taxas e tarifas em 2019
Ana Eugénia Inácio
«Não mexemos
em nada porque o
dinheiro é preciso
para investimentos»,
afirmou Álvaro
Amaro no final da
reunião do executivo
de segunda-feira,
onde foi aprovada a
manutenção em 0,40
por cento da taxa de
Imposto Municipal
sobre Imóveis (IMI).
Também aprovadas por
maioria e sem alterações no pró-
ximo foram as propostas de Der-
rama, de participação no IRS (5
por cento) e as tarifas da água,
saneamento e resíduos. O único
voto contra veio do socialista
Pedro Fonseca, o único presente
na sessão – Eduardo Brito esteve
ausente devido a compromissos
de última hora –, que criticou o
facto de se manterem «valores
exatamente iguais».
O vereador da oposição ainda
admitiu acalentar alguma «espe-
rança» na redução do IMI, uma
forma do município ser «pró-
ativo na fixação de empresas,
pessoas e na melhoria na quali-
dade de vida», mas acabou por
constatar que se «desperdiçou a
oportunidade mais uma vez». Por
sua vez, o presidente da Câmara
afirmou que quer «baixar a tarifa
da água e do IMI», no entanto,
acrescentou que existe um «mas»
que se prende com o «grau de
incerteza» relativamente às obras
que quer colocar no terreno no
próximo ano e para as quais ainda
não se sabe se haverá financia-
mento. Trata-se dos Passadiços
do Mondego e da requalificação
ambiental dos Rio Diz e Noéme,
que no total vão custar cerca de
5 milhões de euros. Álvaro Ama-
ro tenciona também avançar, no
primeiro semestre de 2020, com
AR
Assim, no próximo ano os
munícipes vão continuar a pagar
uma taxa de IMI de 0,40 por cen-
to, mantendo-se uma redução de
20 euros para as famílias com
um dependente a cargo, de 40
euros para dois e de 70 euros
para agregados com três ou mais
dependentes a cargo. Ainda sobre
o IMI, Álvaro Amaro adiantou que
a receita baixou 800 mil euros no
último ano comparativamente a
2017 e que vai procurar «saber
as razões». Quanto à Derrama,
em 2019 mantêm-se as taxas em
vigor e ficam isentas pelo período
de três anos as empresas que se
instalem no concelho (em 2018,
2019 e 2020) e criem, no míni-
mo, três postos de trabalho. Um
ponto que levou Pedro Fonseca
a questionar o que acontece «às
que já cá estão».
Álvaro Amaro respondeu
que para estimular o emprego a
Taxas de IMI, IRS Derrama e tarifas da água mantêm-se inalteráveis para o próximo ano.
Câmara está a trabalhar num pro-
a construção do futuro pavilhão incerteza muito grande» re- Pedro Fonseca, que lembrou que grama específico. Já em relação às
multiusos ou nave de exposições forçada pela dívida ainda não o litígio com a Águas de Portugal águas, Pedro Fonseca disse que
da cidade. resolvida à Águas de Portugal. «já existia quando a maioria bai- «se o financiamento dos tarifários
São projetos que o autarca «A menos que queiramos espa- xou o IMI» anteriormente. «Se sociais não é assegurado pelo
gostaria de ver incluídas na tifar as contas todas, a opção foi não estamos dispostos a correr município é mais um motivo pelo
reprogramação financeira do não mexer em nada», sublinhou riscos, não temos legitimidade qual as tarifas da água deveriam
programa Portugal 2020, mas o edil guardense. Mas estes para exigir isso», contrapôs o descer para a generalidade da
por agora o que existe «é uma argumentos não convenceram vereador da oposição. população e para as empresas».
Nova requalificação da Rua do Comércio Novas unidades hoteleiras
levanta dúvidas Na segunda-feira foi aprovada a proposta de redução das
obrigações fiscais do projeto de requalificação do Hotel Turis-
mo e reconhecido como de interesse municipal a construção
No período de antes da ordem do dia Pedro Fonseca questionou
de uma unidade hoteleira de cinco estrelas em Cavadoude, na
a maioria social-democrata sobre os ajustes diretos para aquisição
zona do Vale do Mondego, e de uma unidade de turismo rural,
de mobiliário urbano para a Rua do Comércio, no valor de 74,5 mil
em Aldeia Viçosa, pertencente ao vice-presidente da Câmara,
euros. Números que surpreenderam o próprio Álvaro Amaro, que
Carlos Chaves Monteiro, que não participou na votação deste
admitiu ser «um bocadinho dinheiro mais», embora tenha reforçado
assunto. Considerando que «a Guarda bem precisa de turis-
ainda assim que a Câmara «só paga 15 por cento». Serão cerca de 10
tas», o vereador do PS aproveitou para recordar os números
mil euros «e é para pormos uma rua mais bonita», desvalorizou o
de dormidas por concelho em 2017, recentemente revelados
edil, que quer uma Rua do Comércio «mais atrativa», tendo assumi-
por O INTERIOR, para concluir que a «Guarda continua muito
do que não gostava dos bancos ali colocadas após a intervenção de
aquém da Covilhã», bem como do Fundão e Seia. Álvaro Amaro
2017. Irónico, Pedro Fonseca lembrou que «no ano passado fomos
justificou os dados com o facto da cidade mais alta ter «menos
confrontados com o paradoxo de termos uma Rua do Comércio cuja
camas», mas Pedro Fonseca respondeu que «o mercado não
inauguração custou mais do que a obra» e que agora, «provavelmen-
vê a necessidade de se criarem unidades de alojamento na
te, estamos perante a rua requalificada do país mais cara por metro
Guarda». Na sua opinião, a política da maioria relativamente
quadrado. 75 mil euros para mobiliário parece-nos má gestão e os
ao turismo «tem sido um desastre».
recursos do município são de todos», defendeu o socialista.

Desenvolvimento

Programa de Captação de Investimento para o Interior em vigor

O Programa de Captação de
Investimento para o Interior já
está em vigor e pretende ajudar
a captar «novos investidores
para os territórios do interior
e o reforço de investimentos
já existentes», agregando «um
conjunto de apoios e incentivos»
dirigidos para esta zona do país
que estavam dispersos e simpli-
ficando os procedimentos, refere
o decreto-lei publicado em “Diário
da República” na terça-feira.
Segundo o documento, o
programa vai promover uma
campanha de captação de investi-
mento privado, ao mesmo tempo
que se compromete a acompan-
har projetos de investimento para
o interior superiores a 10 milhões
de euros e que criem pelo menos
25 postos de trabalho, através de
uma comissão permanente de
apoio ao investimento. Com esse
acompanhamento, o Governo
quer tornar o processo mais
célere e eficaz para quem quer
investir no interior. A Comissão
de Captação de Investimento
para o Interior será presidida
por um membro do Governo e
contará com representantes de
várias entidades e serviços pú-
blicos. Caber-lhe-á definir uma
campanha de captação de investi-
mento, monitorizar a execução do
programa, propor linhas de apoio
específicas e identificar entraves
e custos de contexto.
Este programa surgiu na
sequência de decisões toma-
das no Conselho de Ministros
Extraordinário, realizado na
Pampilhosa da Serra a 14 de ju-
lho, após o qual o Governo anun-
ciou a criação de um programa
de concursos de 1.700 milhões
de euros para apoiar o investi-
mento empresarial no interior,
no âmbito da reprogramação do
Portugal 2020.
O respetivo decreto-lei foi
aprovado no Conselho de Minis-
tros de 18 de outubro e na altura
o ministro Adjunto e da Econo-
mia, Pedro Siza Vieira, explicou
que o objetivo é «assegurar que
os esforços externos de atração
de investimento para Portugal
possam também ter uma visi-
bilidade maior relativamente
aos territórios do interior». O
diploma tinha sido promulgado
no passado dia 4 pelo Presidente
da República.
6• • Quinta-feira • 13 de dezembro de 2018
S
Sociedade
PS
Fábio Pinto na
Assembleia da
República
AR
Fábio Pinto é desde 22 de
outubro assessor estagiário do
grupo parlamentar do Partido
Socialista na Assembleia da
República.
Fisioterapeuta de pro-
fissão, o atual presidente da
Federação da Guarda da Juven-
tude Socialista e secretário na-
cional da JS foi o candidato do
partido à Junta de Freguesia da
Guarda nas últimas autárqui-
cas. Com 29 anos, Fábio Pinto
tem tido uma participação
muito ativa dentro do partido
nos últimos anos.
Guarda
Outro olhar
sobre o mundo
na exposição
“Transversalidades”
A exposição de fotografia
“Transversalidades – Fotogra-
fia Sem Fronteiras” está pat-
ente na galeria de arte do TMG
até 26 de janeiro.
Trata-se do resultado da
sétima edição do concurso
“Transversalidades”, organi-
zado pelo Centro de Estudos
Ibéricos (CEI) com o objetivo
de promover a inclusão dos
territórios menos visíveis e
valorizar paisagens, culturas
e patrimónios locais através da
imagem. A mostra é composta
pelos portefólios vencedores e
por uma seleção de fotografias
submetidas por cerca de 800
concorrentes, oriundos de
mais de 60 países, organizada
em quatro temas: Património
natural, paisagens e biodiver-
sidade; Espaços rurais, agri-
cultura e povoamento; Cidade
e processos de urbanização;
Cultura e sociedade: diversi-
dade cultural e inclusão social.
A entrada é livre.
Bombeiros em protesto
“boicotam” ANPC
Desde domingo que a grande maioria das corporações da Guarda e Castelo Branco
não estão a reportar as ocorrências operacionais aos Comandos Distritais de
Operações de Socorro desde domingo
DR
O socorro está garantido «a
100 por cento» nos distritos da
Guarda e Castelo Branco, onde
a grande maioria das corpora-
ções de bombeiros não estão a
reportar as ocorrências aos Co-
mandos Distritais de Operações
de Socorro (CDOS).
Este é o resultado do braço-
de-ferro iniciado no fim de sema-
na entre a Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP) e o Ministério
da Administração Interna e que
implica a suspensão de toda a in-
formação operacional aos CDOS,
bem como o «abandono imedia-
to» dos bombeiros da estrutura
da Autoridade Nacional de Pro-
teção Civil (ANPC). Os voluntários
protestam contra os diplomas
sobre as estruturas de comando
aprovados pelo Governo. A LBP Os voluntários protestam contra os diplomas sobre as estruturas de comando aprovados pelo Governo
reivindica uma direção de bom- território». Segundo Paulo Ama- consideram mais importante», adiantou que «não está a haver
beiros autónoma independente ral, os 23 corpos de bombeiros disse António Fonseca qualquer transtorno. Só se notará
e com orçamento próprio, que do distrito «não estão a reportar Em Castelo Branco o cená- se houver uma situação de um
diminua os custos e aumente a os serviços e as ocorrências qua- rio é idêntico. A Federação dos problema maior em que haja a
eficácia, um comando autónomo e se a 100 por cento». Um cenário Bombeiros do Distrito garante necessidade de reforço de meios
o cartão social do bombeiro. confirmado pelo Comandante que o protesto não está a por em de nível local para o nível distrital
Na Guarda, o presidente Operacional Distrital (CODIS) da causa o socorro às populações. e nacional». O responsável con-
da Federação de Bombeiros do Guarda: «Alguns corpos de bom- «Esse socorro continua a ser firmou que, das 12 corporações
Distrito da Guarda (FBDG) disse beiros estão a dar a informação assegurado pelos bombeiros existentes no distrito, «apenas
que «não há problema nenhum, operacional toda e alguns não como até agora», declarou José Castelo Branco, Sertã e Proença-
ao que não está a haver é a infor- estão a dar nenhuma informa- Neves. Por sua vez, o comandan- a-Nova não estão a reportar as
mação do que está a decorrer no ção. Outros estão a relatar o que te do CDOS, Francisco Peraboa, ocorrências».
Guarda e Castelo Branco são
distritos mais dependentes
das IPSS
Estudo conclui que por cada euro captado pelas IPSS
são gerados quatro euros no respetivo concelho
Guarda e Castelo Branco encontram-se nesta situação e freguesias se vive um cenário ições.  Contas feitas, por cada
são os distritos que mais de- é na região onde se torna mais em que as IPSS são as únicas euro que as IPSS captam num
pendem das Instituições Par- evidente, uma vez que mais a dedicar-se à prestação de concelho são gerados quatro
ticulares de Solidariedade de metade dos equipamentos cuidados a crianças e idosos. euros (por exemplo, por causa
Social (IPSS) na prestação de sociais direcionados a estas Segundo os investigadores, os do emprego que criam).
cuidados a crianças e idosos. populações, como creches ou números demonstram a «im- O documento concluiu
Segundo o estudo “A Im- lares de idosos, pertencem portância económica e social que quase metade das IPSS
portância Económica e Social às IPSS. A presença em ter- das IPSS na sua faceta de oferta a operar no país dá prejuízo,
das IPSS em Portugal”, da Uni- ritórios «carentes de oferta de de proximidade, facilitando mostrando que a taxa de endi-
versidade Católica Portuguesa, serviços coletivos e onde mais o acesso aos bens e serviços vidamento, referente a 2016,
promovido pela Confederação nenhuma entidade está» revela que produzem ao reduzirem os das 553 instituições analisa-
Nacional das Instituições de o «contributo [das IPSS] para a custos de deslocação em que os das, corresponde a 139,36
Solidariedade (CNIS), se estas coesão territorial», referem os seus utentes incorrem para os por cento. Já a percentagem
instituições não existissem nos autores do estudo, concluindo consumirem». O estudo sub- relativa ao pagamento dos
concelhos destes dois distritos que se nestes casos se as in- linha ainda a importância que utentes corresponde a cerca
não haveria nenhuma enti- stituições «desaparecerem ou as IPSS têm nos concelhos em de 30 por cento, o que in-
dade a fazê-lo. O documento fecharem, a população não tem que estão estabelecidas, carac- dica que «a cada euro que um
apresentado em Lisboa na alternativa». terizado como o multiplicador utente lhe consegue pagar.
semana passada mostra que Do outro lado estão os dis- do rendimento local – quanto U m a IPSS tem de arranjar
em todo o país 27 por cento tritos de Lisboa e Setúbal, onde é que um território ganha pela mais dois euros», por exemplo
das freguesias de Portugal só em cinco por cento das suas quantia aplicada pelas institu- através do Estado.

«Não tenho, mas
amanhã já há»
Aos 85 anos, António Lopes, o comerciante mais antigo da região,
continua a abrir a sua loja todos os dias, em Vila Franca das Naves
António Tibúrcio Lopes é comerciante há 70 anos
Luis Baptista-Martins
Aos 85 anos de idade, An-
tónio Tibúrcio Lopes levanta-se
todos os dias às seis da manhã e
às nove em ponto abre a sua loja
em Vila Franca das Naves (Tran-
coso). Apesar da idade provecta,
o comerciante «não se atrasa
nem deixa a clientela à espera»,
como diz Celeste Madeira, uma
vizinha e cliente que o conhece
«de sempre».
Nasceu em Sebadelhe da
Serra, em 1933, e começou a
trabalhar aos 11 anos ao balcão
da mercearia do padrinho – «fiz
exame da quarta classe numa
quinta-feira e no sábado estava
ao balcão», recorda. Aos 16 anos,
o padrinho mandou-o para Vila
Franca das Naves onde abriu
uma nova mercearia. Foi nesta
vila que António Tibúrcio Lopes
se fez homem e comerciante
reconhecido. Com o “patrocínio”
do padrinho e a «vontade férrea
de vencer na vida», o “senhor
Lopes”, como é conhecido entre
os fregueses, leva 70 anos atrás
do balcão, todos os dias, na mais
atípica, anacrónica e polivalente
loja de comércio tradicional da
localidade. Na mercearia do se-
nhor Lopes podemos encontrar
batatas e legumes produzidos
«na terra», o queijo da vila, miu-
dezas, garrafas de lixivia amon-
toadas ao lado dos tapetes e das
malhas para «as senhoras».
No meio da desordem, o
comerciante encontra tudo o
que os seus habituais clientes
procuram, das tripas para os
enchidos em época de matança à
pedra para afiar a gadanha, por-
que «ainda há quem precise de
comprar estas coisas», garante o
senhor Lopes. «Ali tenho feijão
papo-de-rola, feijão catarino,
feijão frade, grão-de-bico, tre-
moço seco e alhos, que compro
aos agricultores», aponta. Estes
produtos estão lado a lado com
os detergentes, os pijamas ou as
garrafas de refrigerantes e dos
sumos. Na loja do senhor Lopes
«há de tudo, como na farmácia»,
sublinha a freguesa Maria dos
Remédios. «Como na farmácia
não, que aqui há de tudo e na far-
mácia não», corrige outro cliente,
ao fundo da loja, enquanto pede
uma caixa de Omo e uma vassou-
ra. E quando falta alguma coisa,
António Lopes informa que «não
há, mas amanhã já tenho» por-
que aqui não se pode perder um
cliente mesmo quando o pedido
não faz parte da habitual e vasta
oferta de produtos da casa.
Empreendedor, António
Lopes teve também uma agên-
cia de viagens na localidade,
«nos anos setenta e oitenta», e
vendeu «muitos bilhetes para o
Brasil e para a França, nos tem-
pos da pobreza e da emigração».
Este negócio fechou «há alguns
anos porque agora compram-se
os bilhetes na Internet», justifi-
ca. Multifacetado, o comerciante
foi também autarca: «Fui o pri-
meiro presidente da Junta eleito
depois do 25 de abril e vereador
da Câmara de Trancoso nesse
tempo», recorda o octogenário.
Deixou a política ao fim de dois
mandatos desiludido e angus-
LBM
tiado, pois «uma pessoa não
pode andar a prometer e depois
não cumprir», considera António
Lopes, que exemplifica com «uma
rua que que prometemos e nunca
foi feita». Além disso, acrescenta,
«o presidente da Câmara dizia-me
uma coisa e fazia outra».
Hoje, quase a fazer 86 anos
– em abril –, o lojista continua
«de manhã à noite» no seu co-
mércio e ainda tem tempo para
o Rancho Folclórico, de que é um
dos mais entusiastas – e quando
se lhe pergunta se ainda dança, a
resposta é imediata: «Não havia
de dançar?». Sempre em grande
agitação entre a desordem da
mercearia, António Lopes ex-
plica que o filho «é cardiologista
em Coimbra» e a filha tem «uma
galeria de arte no Porto». Apesar
da idade, não «dá confiança»
aos médicos: «Tenho uns 11
médicos na família, mas não me
tratam da saúde, não preciso. Há
tempos fui operado à anca, foi o
meu neto que me arranjou um
colega, porque não é a especia-
lidade dele, mais nada!», revela.
Com a família longe de Vila
Franca das Naves, o comerciante
fecha a porta quando precisa
«mas é raro», porque aquele
que é porventura o mais antigo
comerciante do país no ativo,
sozinho, continua a abrir a loja
todos os dias entre as nove da
manhã e as sete da tarde.
*Também pode ver a reporta-
gem no “Portugal em Direto”,
esta quinta-feira, na RTP1 e
RTP Internacional, das 17h30
às 19 horas
Quinta-feira • 13 de dezembro de 2018 •
Covilhã
Autarquia aprova empréstimo
de 1,5 milhões de euros
A Câmara da Covilhã vai
contrair um empréstimo, de
curto prazo, no valor de 1,5 mil-
hões de euros para fazer face a
problemas de tesouraria.
A decisão foi aprovada por
maioria na reunião do executivo
da passada sexta-feira com o voto
contra do vereador eleito pelo
CDS-PP e a abstenção do vereador
do movimento “De Novo Covilhã”.
Segundo o centrista Adolfo
Mesquita Nunes, tendo em
conta «a folga» de cerca de 2,5
milhões de euros do Orçamento
municipal para o próximo ano
«deveria dispensar a contração
de empréstimos de curto prazo,
o que demonstra que a gestão
orçamental da Câmara con-
tinua a não ser a mais prudente
Guarda
A nova vida do Belo Horizonte
O histórico restaurante
Belo Horizonte reabriu quin-
ta-feira, na Guarda, com um
«jantar de gratidão» para com
os bombeiros que dominaram
as chamas do incêndio que, a
12 de setembro, destruiu par-
cialmente o estabelecimento
situado no centro histórico.
«Não me sentia bem com
a minha consciência se não o
fizesse. Quando as pessoas nos
fazem bem também gostamos
de agradecer, é um lema que
está sempre presente na nossa
família, e os bombeiros fiz-
eram um excelente trabalho»,
justificou José Castanheira. Na
primeira noite o gerente do
Fornos de Algodres
Exposição sobre Sérgio Godinho
na biblioteca
A Biblioteca Municipal
Maria Teresa Maia González,
em Fornos de Algodres, acolhe
até ao final do mês a exposição
itinerante “Sérgio Godinho,
Escritor de Canções”.
A mostra tem como obje-
tivo «dar a conhecer a riqueza
e diversidade criativa do per-
curso artístico de Sérgio God-
inho como escritor de canções,
•7
para evitar o endividamento
do município». Vítor Pereira
justificou que o empréstimo
será pago durante um ano e
recordou como o empréstimo
foi gasto em 2018: «Logo em
janeiro tivemos que pagar 700
mil euros daquela candidatura
dos caminhos que foi abortada
em vésperas das eleições de
2013», declarou. Também a sen-
tença judicial da expropriação
de terrenos nas imediações do
hotel H2O, em Unhais da Serra,
foi invocada pelo presidente da
Câmara, segundo o qual «foi mais
meio milhão de euros», o que fez
com que esse empréstimo fosse
«consumido logo no início do ano
e daí as dificuldades e agruras
que tivemos ao longo de 2018».
LM
restaurante estava «feliz e muito
satisfeito» com a reabertura
do Belo Horizonte, «uma casa
familiar e conhecida pelos seus
pratos tradicionais, que vai con-
tinuar a ser». O espaço esteve
fechado durante dois meses e
foi alvo de obras de recuperação,
que custaram cerca de 120 mil
euros, e José Castanheira ainda
está a adaptar-se ao resultado
final. «Tem uma imagem dif-
erente, perdeu o pitoresco da
madeira envelhecida e parece
uma casa mais moderna, não
tem nada a ver com o que era
antes. Mas gosto e esperemos
que seja do agrado do cliente»,
disse o responsável.
compositor, cantor, escritor de
livros, dramaturgo, realizador
e ator». O talento do cantautor
reserva-lhe «um lugar especial
na história da música popular
portuguesa, estando todo o
percurso associado a essa
história disponível para ser
consultado nesta exposição»,
refere a Câmara local em nota
a imprensa.
8• • Quinta-feira • 13 de dezembro de 2018
Rota dos vinhos
da Beira Interior
é prioritária para
Rodolfo Queirós
«O setor vitivinícola tem todas as condições ser um motor da economia da Beira Interior», considera Rodolfo Queirós
Luis Martins
Novo presidente da
Comissão Vitivinícola
Regional da Beira
Interior quer
concretizar rota dos
vinhos e promover os
néctares da região nos
mercados nacional,
internacional e local.
«É preciso que a
restauração e hotelaria
comprem na Beira
Interior», afirma
Rodolfo Queirós.
O novo presidente da Co-
missão Vitivinícola Regional da
Beira Interior (CVRBI) promete
um mandato de continuidade e
a concretização de projetos que
já estavam a ser trabalhados.
Rodolfo Queirós foi empossado
na sexta-feira no Solar do Vinho
da Beira Interior, na Guarda, e as-
sumiu como prioridade a criação
da rota dos vinhos, que seguirá o
modelo da Bairrada.
«Acredito que será um con-
tributo muito importante para
o aproveitamento enoturístico
desta fantástica região porque
é um projeto para o território»,
afirmou a O INTERIOR o até agora
diretor executivo à margem da
cerimónia. Segundo Rodolfo Quei-
rós, os municípios, os associados,
a hotelaria, a restauração e as
Aldeias Históricas já foram desa-
fiados a participar porque «são
parceiros fundamentais» para o
sucesso da rota. «O vinho será a
“locomotiva” deste projeto», su-
blinhou o responsável, para quem
continuar a apostar na promoção
dos vinhos da Beira Interior no
mercado nacional e internacional
é outro pilar «fundamental» do
seu mandato. Localmente, Rodol-
fo Queirós também promete fazer
um «trabalho de sensibilização»
junto da restauração e hotelaria
da região, pois «não faz sentido
as pessoas virem ao território,
comerem os produtos locais e não
beberem o nosso vinho. É preciso
que esses agentes comprem na
Beira Interior», anunciou.
Rodolfo Queirós disse acredi-
tar que é possível «crescer mais»
em termos de associados porque
a Beira Interior está «a entrar na
moda» e há mais procura. «Te-
mos alguns contactos de grandes
produtores de referência que
querem vir para cá, é isso que
vamos tentar fazer, é crescer de
forma sustentada e sempre pela
qualidade porque é aí que temos
que nos diferenciar», acrescentou
o também coordenador da Câma-
ra de Provadores. Internamente, o
presidente, de 44 anos, considera
que é preciso «ouvir mais» os
associados, alguns dos quais «an-
davam “divorciados”» da CVRBI.
Na sua opinião, o setor vitivinícola
tem «todas as condições para ser
uma referência» e ser um motor
da economia real da região, pois
LM
«as uvas são quase o ouro da Beira
Interior, a par talvez do azeite».
Rodolfo Queirós revelou que a
CVRBI já faz parte da Associação
Portuguesa dos Lagares Rupes-
tres, sediada em Valpaços, porque
existem na região centenas de
lagares rupestres que é preciso
catalogar, o que será concretizado
através de uma candidatura ibé-
rica. «Esse património também
nos vai ajudar a vender o vinho»,
declarou o responsável.
O seu antecessor, João Car-
valho, com quem trabalhou nos
últimos sete anos, lembrou alguns
momentos marcantes dos seus
mandatos, como a construção da
nova sede e a eleição da CVRBI
como organização vitivinícola
do ano, em 2017. «É algo que me
enche o ego», assumiu o produ-
tor da Quinta dos Termos, que
considerou também que a Beira
Interior está hoje no mapa da pro-
dução de vinho de qualidade. Na
hora da despedida, o presidente
cessante sublinhou também que o
seu trabalho foi «exclusivamente
por amizade aos produtores, à
região e à CVRBI, sem qualquer
interesse económico». Presente
na cerimónia, Álvaro Amaro,
presidente da Câmara da Guarda,
desafiou a CVRBI a organizar um
concurso internacional de vinhos
de altitude, tendo acrescentado
que o município está «totalmente
disponível» para apoiar esse pro-
jeto, tal como a rota dos vinhos da
Beira Interior.
UBI
Faculdade de Ciências da Saúde
comemora 20 anos
A ministra da Saúde, Marta
Temido, participa, esta sexta-
feira, na sessão comemorativa
dos 20 anos da Faculdade de
Ciências da Saúde da Univer-
sidade da Beira Interior, na
Covilhã.
A iniciativa tem início
pelas 14h30 e vai juntar alu-
nos, docentes e investigadores.
A efeméride será também
assinalada com a assinatura do
protocolo para a constituição
do Centro de Coordenação de
Investigação Clínica das Beiras.
Foi a 4 de dezembro de 1998
que o Conselho de Ministros
do Governo então liderado
por António Guterres aceitou
a proposta da UBI de criar no
Serra da Estrela
Bombeiros, GNR e INEM todos
os dias na Torre até final de abril
O Plano Nacional Opera-
cional para a Serra da Estrela
foi apresentado na segunda-
feira pela Autoridade Nacional
de Proteção Civil (ANPC) e está
ativo até 30 de abril para ga-
rantir a segurança dos turistas.
Um efetivo de 26 opera-
cionais estará na Torre durante
os dias úteis, aos quais se juntam
meios da Infraestruturas de Por-
tugal (IP), com oito elementos.
Nos feriados e fins de semana,
o dispositivo total, sem os meios
da IP, conta com 49 operacion-
ais que podem ser reforçados
consoante as necessidades. O
plano mobiliza seis corporações
de bombeiros (Covilhã, Gouveia,
Loriga, Manteigas, São Romão e
Seia), que se revezam no terreno
com cinco elementos e duas
ambulâncias nos dias úteis,
número que é reforçado aos
fins de semana e feriados, para
IPG
Comunicação e Relações Públicas
são tema de conferência
O Instituto Politécnico da
Guarda (IPG) organiza terça e
quarta-feira a Iª Conferência de
Comunicação e Relações Públicas.
A iniciativa surge no âmbito
da unidade curricular de Gestão
de Eventos, apoiada também
pela unidade curricular de Pro-
tocolo nas Relações Públicas do
terceiro ano da licenciatura de
Comunicação e Relações Públi-
cas do IPG. O público alvo são os
alunos, profissionais, empresas
e outras entidades ligadas à
comunicação e relações públi-
cas, «bem como, estudantes de
outros cursos, tanto do Instituto
Politécnico da Guarda, como
de fora do mesmo, tendo em
interior do país uma faculdade
ligada à saúde, «baseada em
modelos inovadores de for-
mação e de articulação com
as unidades de prestação de
cuidados de saúde», recorda a
universidade. A licenciatura em
Medicina e os primeiros cursos
de pós-graduação arrancaram
no ano letivo de 2001/2002. At-
ualmente, a Faculdade de Ciên-
cias da Saúde ministra as licen-
ciaturas em Ciências Biomédicas
e Optometria - Ciências da Visão,
os mestrados integrados em
Medicina e Ciências Farma-
cêuticas, bem como mestrados
e doutoramentos, formações
contínuas, pós-graduações e
pós-doutoramentos.
13 elementos, quatro ambulân-
cias, um veículo de comando e
uma viatura com especificações
técnicas para intervir.
A Fo rç a E s p e c i a l d e
Bombeiros também está pre-
sente diariamente com 10
elementos e duas viaturas
e a GNR com 11 elementos
nos dias úteis, de um total
de 25 elementos, sendo que
cinco são especialistas em
resgate em montanha e seis
na área de policiamento. Aos
fins de semana, o número de
efetivos da GNR sobe para
24 (10 especialistas em res-
gate em montanha e 14 em
função policial), com quatro
viaturas. Este ano estreia-se
na Torre o Instituto Nacional
de Emergência Médica (INEM),
com uma viatura e dois el-
ementos para dar apoio no
âmbito da emergência médica.
conta que a comunicação é um
tema bastante abrangente e
pode-se relacionar com quase
todas as áreas», refere a organi-
zação. A conferência contará
com a participação de vários
oradores de referência nestas
áreas, distribuídos por dois
painéis, estando ainda previs-
tos dois workshops com uma
vertente mais prática durante o
evento. O encontro decorre no
auditório dos Serviços Centrais
do IPG e será complementado
com momentos musicais e uma
experiência vínica da Adega
Mayor. As inscrições podem ser
feitas online através do email
conferenciacrp.ipg@gmail.com .

ULS da Guarda implementa projeto
de cuidados paliativos da Fundação
“La Caixa”
Apoio da instituição espanhola permitiu reforçar equipa de cuidados paliativos
e vai «aumentar enormemente» a capacidade de resposta em 2019
A Unidade Local de Saúde
(ULS) da Guarda vai implementar
em 2019 um projeto de cuidados
paliativos da Fundação espanhola
“La Caixa”.
Financiado com 140 mil
euros pela Fundação “La Caixa”,
o Programa de Apoio Integral a
Pessoas com Doenças Avançadas
vai mobilizar uma Equipa de
Apoio Psicossocial com o objetivo
de reforçar o apoio a pessoas com
doenças avançadas e seus fami-
liares em todo o distrito. Dirigido
por Susana Abreu, coordenadora
da Equipa de Cuidados Paliativos
da ULS, o programa implicou a
contratação de duas psicólogas
clínicas e de uma assistente so-
cial. Apoiar a qualificação profis-
sional de médicos em cuidados
paliativos, criar equipas domici-
liárias, apoiar associações para
implementação de projetos de
sensibilização pública, apoiar no
processo de doença e de luto são
algumas das metas da iniciativa.
Na Guarda, a missão é «aliviar o
sofrimento psicossocial e espi-
ritual de pessoas vulneráveis e
dos seus familiares, sendo que
Programa permitiu contratar duas psicólogas clínicas e uma assistente social
para a ULS
este projeto permite aumentar
enormemente a resposta», disse
Susana Abreu, cuja meta é tratar
300 doentes em 2019 - «no ano
passado cuidamos de 380 doen-
tes», acrescentou.
A responsável adiantou que
atualmente que as doenças cár-
dio e cérebro-vasculares são as
principais causas de doentes em
cuidados paliativos na área de
influência da ULS. «Há também
crianças referenciadas e pessoas
idosas com muitos problemas e
patologias degenerativas do sis-
tema nervoso. As doenças oncoló-
gicas são em menor número, mas
Quinta-feira • 13 de dezembro de 2018 • •9
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Edifícios e Obras Públicas das Beiras, Lda
Funcionários
admitem-se
LM
• Engenheiros •
• Encarregados •
• Pedreiros •
• Serventes •
A Edibeiras deseja a todos
um Feliz Natal
estão a aumentar», disse Susana
Abreu, que alerta que «quanto e Próspero Ano Novo
mais cedo o doente for referen-
ciado melhor será o tratamento». tel.: 271 084 134 • fax.: 271 084 135
Atualmente, a ULS tem dois polos edibeiras@gmail.com
de cuidados paliativos em Seia e
Plie - Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial
na Guarda – a unidade do Hospital
Lote 58 - Casal de Cinza • 6300-071 Guarda
Sousa Martins tem onze camas
– e equipas por todo o distrito «a
funcionar em pleno». De acordo
com Isabel Coelho, presidente do
Conselho de Administração, a ULS
da Guarda foi uma das entidades
selecionadas em Portugal pela Visite-nos no Facebook
Fundação “La Caixa” para integrar www.facebook.com/ointerior
este programa anual, «que pode ser
renovado consoante os resultados».
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10 • • Quinta-feira • 13 de dezembro de 2018

Manteigas
Autarquia volta a hastear Bandeira Verde
dos “eco municípios”
Manteigas foi novamente distinguido
com o galardão Município ECOXXI, atri-
buídos às autarquias com melhores boas
práticas em termos ambientais.
Para a Câmara serrana, liderada por
Esmeraldo Carvalhinho, o reconhecimen-
to como “eco município” pela Associação
Bandeira Azul da Europa premeia «o
esforço desenvolvido na implementação
de medidas e políticas no sentido da
sustentabilidade, com especial ênfase na
educação, qualidade ambiental, territó-
rio e desenvolvimento social». Este ano
candidatam-se ao Programa ECOXXI 50
Sabugal
Maior presépio natural
municípios (16 por cento das autarquias
portuguesas), uma das maiores participa-
ções nas onze edições já realizadas, tendo
do país já abriu DR
sido atribuídas 47 Bandeiras Verdes.
Ou seja, estas Câmaras, entre as quais o
Fundão, obtiveram um índice igual ou su-
perior a 50 por cento, sendo que apenas
três não atingiram os objetivos mínimos
estabelecidos. No caso de Manteigas o
índice alcançado ultrapassou os 60 por
cento. Apenas sete municípios (Águeda,
Alfândega da Fé, Guimarães, Loulé, Lou-
res, Lousã e Pombal) obtiveram um índice
ECOXXI igual ou superior a 80 por cento.

Vinhos
Jornadas de Enoturismo terminam
em Vila Nova de Tazem
As VIIIªs Jornadas de Enoturismo da
região Centro terminam esta sexta-feira em
Vila Nova de Tazem para debater o tema
“Enoturismo: Fatores críticos de sucesso”.
A iniciativa é promovida pelas Comis-
sões Vitivinícolas da Bairrada, Beira Inte-
rior, Dão, Região de Lisboa, Tejo, o Turismo
Centro de Portugal, a Escola de Hotelaria e
Turismo de Coimbra e a Associação Rota da
Bairrada. As jornadas começaram quarta-
feira na Casa da Ínsua, em Penalva do
Castelo, e prosseguem esta quinta-feira no
Solar do Vinho do Dão, em Viseu. Amanhã,
as conversas decorrem no Centro Cultural
O maior presépio natural do país é o
grande atrativo do Sabugal nesta quadra.
e animação de rua. Foram usados troncos
de castanheiros (mais de 500 toneladas),
de Vila Nova de Tazem, a partir das 9h30,
Com 1.100 metros quadrados, a re- heras e musgos, entre outros elementos
Os oradores deste terceiro painel dedicado
criação desta cena bíblica montada todos recolhidos na natureza. Como sempre, a
ao “Sucesso” são Tânia Cardoso (Quinta
os anos pelos funcionários da Câmara local construção foi efetuada a uma escala em
do Seixo), Miguel Ribeiro Abraço (Hotel
abriu portas na sexta-feira e já foi visitada que os visitantes têm a perceção de fazer
Monverde) e Luísa Amorim (Quinta Nova Nª
por alguns milhares de pessoas. O presépio parte do presépio de Belém.
Sra. Carmo “Best Wine Resorts In The World
está montado no Largo da Fonte, onde fica A estrutura pode ser visitada dia-
2018”). A sessão de encerramento fica a cargo
também um “Mercadinho de Natal”, com riamente das 8h30 às 23 horas até 6 de
de Arlindo Cunha, presidente da Comissão
exposição e venda de produtos e artesa- janeiro. Para António Robalo, presidente
Vitivinícola Regional do Dão, seguindo-se
nato local, uma pista de gelo ecológica, a do município raiano, «este espaço é o
um almoço com “showcooking” pela Escola
exposição “Natal Fantástico, Reutilize o ponto de partida para visitar o concelho,
de Hotelaria e Turismo de Coimbra no Se-
Plástico”, com trabalhos dos alunos das es- o seu património natural e histórico, mas
acampo. Nesta passagem por Vila Nova de
colas e dos utentes das IPSS’s do concelho, também para saborear a sua gastronomia».
Tazem os participantes vão visitar a Casa da
Passarella e o Hotel Rural Madre de Água.
Seia

Cabeça é “Aldeia Natal”

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onde o Pai Natal não entra DR

A aldeia de Cabeça (Seia) volta a do o qual as edições anteriores atraíram

transformar-se, a partir de sábado, em
“Aldeia Natal” pelo sexto ano consecutivo
e oferecer aos visitantes uma festa genuína
onde «não há lugar para o Pai Natal».
O evento decorre até 6 de janeiro,
com a localidade serrana a oferecer aos
visitantes «uma festa genuína e sustentável,
inspirada nos valores e simplicidade do
Natal na montanha», adianta a autarquia
em comunicado.
«Giestas, videiras, pinheiros (resul-
tante de limpezas e desbastes florestais
no Parque Natural da Serra da Estrela) e lã
das ovelhas bordaleiras da Serra da Estrela
são os materiais usados para as estrelas,
candelabros, grinaldas naturais e corações
que cobrem as fachadas do casario típico
em xisto», acrescenta o município, segun-
«milhares de pessoas à aldeia».
«Neste conceito, onde não há lugar
para o Pai Natal, encontramos uma aldeia
autêntica em que os habitantes abrem as
portas das suas casas, transformando a
localidade e as suas ruas numa verdadeira
Aldeia de Natal», refere a Câmara de Seia.
Além do cenário pitoresco, haverá tasqui-
nhas de produtos regionais, artesanato,
animação de rua e experiências inspiradas
na história, saberes e sabores da Serra da
Estrela, entre outras atividades.
“Cabeça, Aldeia Natal” resulta de
uma parceria entre o Conselho Diretivo
dos Baldios da localidade, a Associação
de Desenvolvimento Integrado da Rede
das Aldeias de Montanha (ADIRAM) e o
município de Seia.
 Quinta-feira • 13 de dezembro de 2018 • • 11

Fornos de Algodres

Alunos do ensino básico com aulas de programação e robótica

Os alunos do primeiro ciclo os alunos envolvidos realizem robôs ao Agrupamento de Escolas nidade, para todos conhecerem consta da candidatura da Comu-
do ensino básico de Fornos de «vários mini projetos na área da de Fornos de Algodres. No final do «o trabalho inovador» realizado nidade Intermunicipal das Beiras
Algodres vão ter aulas de intro- programação e/ou robótica», ano letivo decorrerá uma sessão pelas crianças. O projeto está e Serra da Estrela (CIMBSE) ao
dução à programação e robótica refere o município, que adquiriu pública de apresentação dos inserido no programa “Conhecer Plano Inovador de Combate ao
graças a um projeto dinamizado e entregou vários computadores e projetos, que será aberta à comu- o Presente Projetar o Futuro”, que Insucesso Escolar na sua área.
pela autarquia em parceria com
o Centro de Competências TIC da PUB
Universidade de Aveiro.
A iniciativa foi iniciada com
a formação dos docentes nestas
áreas e chegará posteriormente
«às salas de aula do 1º ciclo para
que as crianças tenham o pri-
meiro contacto com o projeto». O
objetivo é que durante o ano letivo

Trancoso
Hoje é dia da Feira
de Santa Luzia
Trancoso revive esta quin-
ta-feira mais uma edição da feira
anual de Santa Luzia, conhecida
localmente como feira dos capo-
tes ou das samarras.
Segundo a autarquia, a de-
signação deste certame com
origens «recuadas no tempo»
está associada à aquisição «do Concessionário Mazda e Kia do Distrito da Guarda
necessário agasalho face ao frio
intenso que se avizinha». Neste Deseja a todos os seus colaboradores, Elpídio & Horácio - Comércio e Reparação Automóvel, Lda
dia realiza-se também uma
mostra de gado dos produtores
clientes e amigos, um Feliz Natal Estrada Nacional 16 • 6300-383 GUARDA
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do concelho, bem como um e um Próspero Ano Novo elpidio.horacio@mail.telepac.pt • www.elpidioehoracio.com
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deseja a todos os seus clientes
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e Próspero Ano Novo

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 de Trancoso felicita Na
12 • • Quinta-feira • 13 de dezembro de 2018
o Jornal “O Interior” At
serra
Apoios PUB PUB
por mais um aniversário. PUB
decor
Europa financia Feliz Próspero
no im
visitan
Wi-Fi gratuita em Natal Muitos parabéns e Ano Novo «pass
sete municípios muitos sucessos.
“Aldei
uma b
da região BOAS nânci
uma d
Continuem o excelente
Almeida, Covilhã, Figueira
de Castelo Rodrigo, Fundão, FESTAS ao Na
Manteigas, Sabugal e Seia são a trad
sete dos 127 municípios portu- trabalho de informação / sem a
gueses que vão receber apoio a orga
da União Europeia (UE) para a Boas divulgação do interior. Se
instalação de pontos de acesso cenár
gratuito à internet em locais Festas «são
públicos. Natal
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O projeto “WiFI4EU”, pro- PUB biodiv
movido pela Comissão Europeia, meio
quer garantir pontos de acesso folhas
Wi-Fi em praças, jardins, biblio-
musg
tecas ou hospitais por toda a
estrel
Europa. No total serão contem-
plados 2.800 municípios, tendo das fl
Avenida São Miguel, nº 46 de N
a escolha sido feita pela  Inno-
6300-864 Guarda natura
vation and Networks Executive
Agency (INEA), responsável por www.farmaciaestacao.com Feliz Natal e Próspero Ano Novo C
trabal
geral@farmaciaestacao.com Vidro
encon
implementar o projeto. Nesta
visita
271 221 171 - 965 241 069
primeira fase, cujas candidatu-
ras decorreram entre 7 e 9 de BOAS T +351 271 224 373 200 h
novembro, concorreram mais
de 13 mil municípios de todos os FESTAS ourivesariamiranda@hotmail.com R. Vasco da Gama, 10-27 • 6300-722 Guarda
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Zona
produ
países da UE. As localidades es- 6420
anima
colhidas vão receber um vale de
PUB 4 Especial NATAL Quarta-feira, 23 deinspir deze
15 mil euros da União Europeia. PUB
e sab
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Nos próximos dois anos vão ser PRÓSPERO O eve
organizadas mais três fases de NATAL ANO NOVO Boas Festas é pro
candidaturas ao “WIFI4EU”, a
Baldio
primeira das quais já no início
com a
de 2019. BOAS FESTAS
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bos, Caixas e Pífaros” do Fundão FESTAS
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foi um dos nove vencedores Vinhos
da terceira edição do “Pro- BOAS FESTAS (+351) 964 916 816
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preservar os saberes associa-
dos à construção de bombos
Guardapeças
e restantes instrumentos mu-
sicais originários da zona do Acessórios Auto, Lda
Fundão através da realização
de oficinas. Os vencedores des- Avenida São Miguel, nº 46
6300-864 Guarda
Boas Festas
te programa promovido pela
EDP vão receber um apoio de www.farmaciaestacao.com
250 mil euros para desenvolve- geral@farmaciaestacao.com
rem os seus projetos. Este ano
concorreram 67 candidaturas
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 Quinta-feira • 13 de dezembro de 2018 • • 13

Covilhã Teatro
Mostra coletiva e instalação no Museu Trigo Limpo apresenta “Água” na Vela
de Arte Sacra DR

Vinte artistas expõem no Jorge Teixeira, Laura Cruz,

Museu de Arte Sacra da Covilhã
numa mostra coletiva intitula-
da “Anjos Caídos”, que pode ser
vista até 10 de janeiro.
Estão patentes obras de
pintura, escultura, fotografia,
azulejo, barro, vime, instala-
ções e outros materiais, de
Alberto Alves, Alice Baptista,
Carlos Pinto, Kuul, Fátima
Pereira Nina, Fernando Nelas
Pereira, Francisco Cruz, He-
lena Mendes, João Carvalho,
João Oliveira, Jorge Marquez,
Luís Agostinho, Mia Costa,
Maria Guia Pimpão, Maria do
Carmo Cunha, Paulo Reis, Rosa
Maria Estrela e Rui Frade. Já
no adro principal do museu
covilhanense está a instalação
“Lux Natalis”, que incorpora
fios de lã e três grandes velas
idealizadas e concebidas, com
materiais reciclados, pelo Cento
Social e Cultural de Santo Aleixo
(Unhais da Serra), Centro de
Nossa Senhora das Dores (Paul)
e pela Misericórdia da Covilhã.

Música
O jazz de Leonard Bernstein revisitado
no Teatro Cine de Gouveia
A Big Band OLG sobe ao
palco do Teatro Cine de Gouveia
no sábado (21h30) com um
concerto tributo ao composi-
tor norte-americano Leonard
Bernstein (1918-1990).
Em “Riffs to Lenny” é re-
visitada a obra “Prelude Fugue
and Riffs”, escrita entre 1945 e
1949, em que o também maes-
tro e pianista fundiu as fórmulas
desenvolvidas no jazz com a mú-
sica erudita. A peça foi dedicada
ao clarinetista Benny Goodman.
Leonard Bernstein é um dos
Pintura
A arte de António Carmo na Tinturaria
mais notáveis compositores
contemporâneos dos Estados
Unidos, tendo-se inspirado
tanto nos ambientes musicais
eruditos ou populares, como
em artistas como Stravinsky, Mi-
lhaud e Gershwin. É sua a obra
prima do “music hall” “West Side
Story”. A Big Band OLG tem-se
dedicado à interpretação de
diversos géneros e estilos mu-
sicais, como jazz, blues, swing,
latino-americana, Brodway e
ainda a adaptações de diferentes
artistas portugueses.
DR
O teatro está de regresso ao
salão da Casa do Povo da Vela
(Guarda) no sábado (21h30) com
a peça “Água”, do Trigo Limpo tea-
tro ACERT. Em palco estarão dois
atores profissionais da Guarda.
Trata-se de uma reflexão, di-
vertida e poética, sobre os efeitos
das alterações provocadas pelo
ser humano no meio ambiente
Cinema
Alunos da UBI nomeados para Prémio
Sophia Estudante
Dois trabalhos de alunos da
licenciatura em Cinema da Uni-
versidade da Beira Interior (UBI)
estão nomeados para a edição
deste ano do Prémio Sophia
Estudante.
“Idiossincrasias”, de vários
alunos, é um dos seis finalistas
na categoria de “Melhor Curta-
Metragem Documentário”, en-
quanto o trabalho de Maria Clara
Norbachs para a produção “Flor
de Lótus” está nomeado para
“Melhor Cartaz”. O documentário
e a sua passividade perante a
destruição desse elemento tão
essencial à nossa existência. «A
falta de água é um problema do
planeta, abrangente e urgente. No
período de seca em que vivemos é
importante refletir sobre o tema.
O ciclo da água é análogo ao
ciclo do ser humano, não pode-
mos deixar findar estes ciclos»,
“Idiossincrasias” foi realizado
por alunos do 1º Ciclo em Cine-
ma. São eles Noé Pereira, Flávio
Miller, Filipe Vieira e Carlos de
Sousa. O ponto de partida é a
obra “Traços Fundamentais da
Cultura Portuguesa”, de Miguel
Real, uma das principais figuras
cultura portuguesa contempo-
rânea. Quanto a Clara Norbach,
também aluna do 1º Ciclo em
Cinema, trata-se de uma produ-
ção feita propositadamente para
acompanhar a candidatura de
escreve a produção a propósito
deste espetáculo. “Água” é das
duas criações – a outra é “Fogo”
– do projeto “Café com Teatro”
implementado pela companhia
de Tondela após os incêndios de
outubro de 2017. A interpreta-
ção, dramaturgia e encenação
são de António Rebelo, Ilda
Teixeira e Pedro Sousa.
“Flor de Lótus” ao Prémio Sophia
Estudante. Este galardão é uma
iniciativa da Academia Portu-
guesa de Cinema – Associação
Portuguesa das Artes e Ciências
Cinematográficas e destina-se a
promover a realização de curtas-
metragens junto de estudantes
do ensino superior universitário
e técnico, com o apoio do Instituto
do Cinema e do Audiovisual (ICA).
Os três primeiros classificados
vão ser divulgados esta quinta-
feira, no Porto.

António Carmo expõe “Me-
mórias” na galeria Tinturaria, na
Covilhã. Trata-se de uma mostra
de pintura e desenho do artista
que a crítica especializada ape-
lida de «grande mestre da cor».
A obra deste pintor, que
celebra 50 anos de carreira,
diferencia-se pela utilização de
cores fortes e brilhantes e por
uma figuração algo exagerada
das formas. António Carmo
(1949) estudou na Escola de
Música
ACERT traz “20 Dizer” ao TMG
Augusto Gil, Eduardo Lou-
renço e Manuel António Pina
são o mote para um momento
de poesia no café-concerto do
TMG esta sexta-feira (22 ho-
Artes Decorativas António Ar-
roio, tendo participado em ex-
posições no estrangeiro. O seu
trabalho está representado em
inúmeros museus e coleções em
Portugal e no estrangeiro, nome-
adamente em museus de Itália,
Cuba, Bulgária, Angola e Polónia.
A exposição foi inaugurada na
terça-feira e fica patente ao pú-
blico até 6 de janeiro de 2019,
com visitas de terça a domingo,
das 10 às 18 horas.
ras). O espetáculo intitula-se
“20 Dizer” e é protagonizado
por José Rui Martins (decla-
mação) e Luísa Vieira (flauta
e m’bira).
Poesia
Leitores de Gouveia Peripécia Teatro põe
debatem livro de poesia solidão em palco
de Daniel Rocha na Covilhã
O livro de poesia “Tenho uma Pedra na Cabeça
– no lado esquerdo anterior frontal ou nada disto”,
de Daniel Rocha, vai ser debatido no sábado pela
Comunidade de Leitores de Gouveia.
A sessão está agendada para as 15h30, na
Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira, e contará
com a participação de Cristina Robalo Cordeiro,
professora catedrática da Faculdade de Letras da
Universidade de Coimbra e responsável pelos pro-
jetos do Plano Nacional de Leitura “Ler+ Ciência”
e “Ler+ no Superior”. Natural da Guarda, o autor é
licenciado em Línguas e Literaturas Modernas, va-
riante de Estudos Portugueses, pela Universidade
de Coimbra, professor de Português no Instituto
de Gouveia – Escola Profissional. Daniel Rocha é
ainda ator e encenador.
Teatro
O Peripécia Teatro atua sábado à noite
(21h30) na Covilhã com a peça “La Tortilla de
mi Madre”, uma tragicomédia sobre avós, mães e
outros familiares que vivem sozinhos.
Em cena no auditório do Teatro das Beiras es-
tará uma avó diferente, que leu todos os clássicos,
os românticos, os modernos e os contemporâneos.
Para além dos livros, delira também com a música,
do flamenco, à bossa nova passando pela movida
madrileña. «Os discos e livros não faltam na casa
da avó, nem um gira-discos. Nem uma salamandra
a arder por dentro. Tem fotografias dos netos. (...)
A solidão e o gato, que nunca aparece, são seus fiéis
companheiros», contextualiza a produção. O espe-
táculo tem criação, dramaturgia e interpretação de
Noelia Domínguez e Sérgio Agostinho.
14 • • Quinta-feira • 13 de dezembro de 2018 Publicidade

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Diretor e Editor: Luís Baptista-Martins • Rua da Corredoura, 80 - R/C Dto - C • 6300-825 Guarda •
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Colunistas e Colaboradores: Acácio Pereira, Albino Bárbara, Ângela Guerra, António Costa, António Ferreira, António Godinho, Cláudia Quelhas, David Santiago, Diogo Cabrita, Eduardo Lourenço, Fernando Pereira, Fidélia Pissarra, Frederico Lucas, Hélder Sequeira, Honorato Robalo, João Canavilhas, Joana C. Pereira,
Joana Dente, João Mendes Rosa, João Morgado, João Santiago Correia, Joaquim Igreja, Jorge Noutel, José Carlos Alexandre, José Carlos Breia Lopes, José Pires Manso, Júlio Sarmento, Melanie Alves, Miguel Castelo Branco, Miguel Moreira, Miguel Sousa Tavares, Norberto Gonçalves, Nuno Jerónimo, Telma Madaleno e
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 Quinta-feira • 13 de dezembro de 2018 • • 15

Sp. Covilhã “cai” para o

Ficha de Jogo
Árbitro: Gustavo Correia (AF Porto)
Árbitros assistentes: André Lopes
Dias e José Mira

último lugar da IIª Liga

Derrota no Estoril confirmou crise de resultados e de soluções dos serranos,
que ganharam apenas um dos últimos dez jogos do campeonato
O Sp. Covilhã bateu no fundo
e ocupa agora o último lugar da
IIª Liga após a derrota por 1-0 na
deslocação ao reduto do Estoril,
no sábado.
Num jogo da 11ª jornada
nem sempre bem jogado, a vitória
da equipa da Linha ficou definida
bem cedo graças ao golo de Diney,
aos 9’. O central cabo-verdiano
respondeu com um cabeceamen-
to certeiro a um livre marcado por
Rafael Furlan, numa altura em
que as duas equipas ainda se ajus-
tavam em campo. Os estorilistas
dominaram a primeira parte sem
grande dificuldade perante um
adversário que não soube reagir
ao golo madrugador. As primei-
ras reações dos covilhanenses
só surgiram perto do intervalo
com Mica a testar, por várias
vezes, a atenção do guardião
Thierry Graça. Sem estratégia e
capacidade para dar a volta ao
resultado, o Covilhã foi para o
descanso a perder.
O cenário mudou no segundo
tempo, com os serranos a regres-
sarem das cabines mais dinâ-
Covilhanenses correram “atrás do prejuízo” no segundo tempo, mas sem eficácia
que foi reforçado com as entradas
de Dji e Onyeka, os comandados
de Filó protagonizaram várias jo-
gadas de algum perigo, mas nunca
conseguiram criar uma ocasião
marcar o segundo num livre de
Rafael Furlan.
Esta derrota atirou o Sp.
DR
Covilhã para o 18º e último lugar
da classificação, com nove pontos,
uma vez que Porto B, anterior
E. António Coimbra
da Mota, Amoreira (Estoril)
Estoril Praia................. 1
Thierry Graça, João Góis, Diakhité,
Diney, Rafael Furlan, Gonçalo Santos
(João Patrão, 88’), Wallyson, Filipe
Soares (Marcos António, 67’), Aylton
Boa Morte, Sandro Lima e Dadashov
(Kléber, 80’)
Treinador: Luís Freire
Sp. Covilhã................. 0
Vítor São Bento, Gilberto, Ra-
fael Vieira, Jaime, Henrique Gomes
(Zarabi, 67’), Bonani (Onyeka, 73’),
Makouta, Quiroga (Dji, 67’), Adriano,
Mica e Deivison
Treinador: Filipe Rocha (Filó)
Golos: Diney (9’)
Ação disciplinar: Cartão amarelo
para Diney (36’), Rafael Furlan (53’),
Makouta (69’) e Gilberto (72’)
“lanterna vermelha”, venceu e
subiu a 15º. Os serranos, que
ganharam apenas um dos últimos
dez encontros do campeonato e
contam um jogo a mais que os
adversários diretos, atravessam
uma crise profunda de resultados
e no domingo recebem o Arouca,
penúltimo classificado com 10
pontos, em igualdade com o Vitória
de Guimarães B. É uma partida
do tudo ou nada para o emblema
covilhanense, que não se via numa
posição destas há muitos anos.
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micos e determinados a marcar, flagrante para marcar o tão am-

tendo causado mais dificuldades bicionado golo da igualdade. Por
os “canarinhos”. Mais subidos no seu lado, o Estoril limitou-se a
terreno e balanceados no ataque, gerir a vantagem e até ameaçou

Campeonato de Portugal
Sp. Mêda perde 5-1 em Lourosa
DR
O calvário do Sp. Mêda no
Campeonato de Portugal conti-
nua. No domingo, os campeões
distritais da Guarda somaram a
14ª derrota consecutiva e são a
única equipa da prova que ainda
não somou qualquer ponto.
O “carrasco” dos medenses
na 14ª jornada foi o Lusitânia
de Lourosa, que aplicou “chapa
5” num jogo fácil e de sentido
único para a formação da casa.
Os locais abriram o ativo aos 6’
e não deram tréguas à defesa vi-
sitante, cujo desnorte ficou bem
patente nos três golos sofridos
em três minutos, dos 31’ aos 34’.
O 4-0 no marcador a nove minu-
tos do final do primeiro tempo
castigava ainda mais o fraco
desempenho do Sp. Mêda, que
surgiu sem soluções ofensivas
para incomodar o adversário.
Aos 38’, foi Leonardo que fez
aquilo que os medenses não
conseguiam, ao marcar um au-
togolo que espevitou a formação
do distrito da Guarda.
Contudo, no segundo tempo
tudo voltou ao normal, com os
locais a dominar e os visitantes a
limitarem os danos. O Lusitânia,
que ocupa o segundo lugar da
série B a sete pontos do líder
Gondomar, voltou a marcar aos
66’ e estabeleceu o resultado
final de mais uma tarde negra do
Sp. Mêda no Nacional. A equipa
orientada por Rogério Afonso
é a menos concretizadora, com
apenas sete golos marcados, e
a segunda mais batida do cam-
peonato, com 40 golos sofridos
– o Redondense, da série D, tem
42 golos. No próximo domingo
os medenses recebem o Pedras
Rubras, atual 16º classificado.
16 • • Quinta-feira • 13 de dezembro de 2018 Publicidade
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Aditamento
Loteamento Quinta do Conde
Processo 2/1999/1001
Amílcar José Nunes Salvador, Presidente da Câmara Municipal do Concelho
de Trancoso:
Faz saber, que em deliberação tomada por esta Câmara Municipal em sua
reunião realizada a 28 de novembro de 2018, e em face do disposto no art.º
27 do Decreto-Lei nº 555/99 de 16 de dezembro, com ulteriores alterações,
é emitido o aditamento ao Loteamento Quinta do Conde, requerido por
Mário Augusto Santos, Unipessoal Lda., contribuinte fiscal nº 506392066,
com sede em Av. das Industrias, lote 30, através do qual é autorizada a
alteração do lote 42 sito em Quinta do Conde, União de Freguesias de
Trancoso (São Pedro e Santa Maria) e Souto Maior, concelho de Trancoso,
descrito na Conservatória do Registo Predial sob o nO 1247/20000623 e
inscrito na matriz nº 555.
As alterações incidem sobre o Lote nº 42, nomeadamente:
Redução da área de implantação de 148,20 m2 para 131,25 m2.
Redução da área de construção de 296,40 m2 para 262,50 m2.
Mantêm-se inalteradas as restantes características inicialmente aprovadas
no loteamento.
Para conhecimento geral se publica o presente aviso que foi afixado nos
lugares públicos do costume.
Trancoso, Setor de Licenciamento de Obras Particulares e Loteamentos,
30 de novembro de 2018.
Presidente da Câmara Municipal,
(Amilcar José Nunes Salvador)
Condições gerais dos classificados
1. Preencha o cupão com texto em maiúsculas,
deixando um espaço entre cada palavra.
2. O preço é acrescido de IVA à taxa legal em vigor.
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3. É obrigatório o envio do número de contribuinte (NIF).
4. A identificação é um campo de preenchimento
obrigatório. A falta de elementos pode implicar a não
publicação do anúncio.
5. A “O Interior” reserva-se o direito de rejeitar a
publicidade que não esteja de acordo com a sua
orientação editorial.
6. A recepção de anúncios para cada edição
termina 72 horas antes da data da publicação.
7. Não se aceitam cópias, faxes ou emails deste cupão.
* Grátis até à 2ª publicação, a partir
da qual acresce um custo de 2 euros.
Automobilismo
Francisco Carvalho lidera
equipa da Guarda no Troféu
C1 Learn & Drive
DR
A Escape Livre Magazine e o site Razão Automóvel vão
participar no Troféu C1 Learn & Drive, uma competição
“low cost” para os mais entusiastas das corridas que inclui
três provas de resistência entre abril e setembro de 2019.
A equipa foi apresentada na semana passada, numa
conferência de imprensa realizada no Intermarché da
Guarda, um dos patrocinadores deste projeto. Francisco
Carvalho, experiente piloto da Guarda, é um dos princi-
pais protagonistas deste desafio, juntamente com André
Nunes, neto do nove vezes campeão nacional de ralis e
velocidade Américo Nunes. A equipa terá seis pilotos,
em representação repartida do Escape Livre e Razão
Automóvel, sendo quatro deles residentes e dois que
poderão ser convidados, leitores ou patrocinadores.
Com 40 carros já confirmados, o troféu organizado pela
empresa Motor Sponsor tem, por isso, uma componente
de aprendizagem, já que tutores de condução (pilotos
com palmarés) vão orientar os menos experientes. A
formação da Guarda vai competir com um Citroën C1
1.0 usado, de 2006 e importado da Alemanha.
O carro será preparado em janeiro com o kit obriga-
tório do troféu e será testado a 19 de fevereiro no circuito
de Braga. É nesta pista que arrancará a prova, a 7 de abril,
seguindo-se o Autódromo Internacional do Algarve a 23
de junho e o circuito do Estoril a 1 de setembro. A equipa
vencedora de cada corrida recebe como prémio o valor
da inscrição da prova que venceu. Já os vencedores do
troféu ganham uma inscrição nas 24 Horas de Spa-Fran-
corchamps, na Bélgica.
Atletismo
Carlos Sanches venceu Grande
Prémio da Conceição
Carlos Sanches (Casa do Benfica de Castelo Branco)
foi o vencedor da corrida principal da 25ª edição do
O Interior, nº 988 de 13/12/2018
Grande Prémio da Conceição “Zé Espanhol”.
Organizada pela União de Freguesias da Covilhã e
Canhoso, a prova correu-se no sábado e contou com a
participação de mais de 200 atletas nos vários escalões,
com percursos que variaram dos 500 aos 9.200 metros.
Ao contrário de outras corridas do género na região, esta
competição de atletismo não atribui prémios monetá-
rios, tendo contado com o apoio técnico da Associação
de Atletismo de Castelo Branco.
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Numerário
 Quinta-feira • 13 de dezembro de 2018 • • 17

Futebol distrital Atletismo

Figueirense e Manteigas têm jogo Inês Monteiro modesta no Europeu
de corta-mato
decisivo no domingo Filipe Pinto - Foto Académica
DR

As equipas portuguesas Rocha (28ª). Coletivamente, a

O Figueirense obteve no
domingo a oitava vitória em dez
jogos no Distrital da Iª Divisão
da AF Guarda e continua na fren-
te do campeonato com mais dois
pontos que o Manteigas.
Esta vantagem poderá au-
mentar caso se concretize a per-
da de dois pontos determinada
pelo Conselho de Disciplina da
associação ao emblema serrano
(na foto) derrotou em casa o
Aguiar da Beira (5º) por 1-0.
Na décima jornada o Vila Cortês
do Mondego (4º) venceu 4-1 na
receção ao Soito (14º e último)
e o Gouveia (3º) saiu vitorioso
da deslocação ao terreno do Sp.
Sabugal (13º) por 2-0.
Nos restantes jogos, o Tran-
coso (7º) recebeu e venceu o
Estrela Almeida (11º) por 3-0,
Almeida-Fornos, São Romão-Vi-
lanovenses e Soito-Celoricense.
Na IIª Divisão, o líder Vila Franca
das Naves soma e segue, tendo
vencido 3-1 na receção ao Guar-
da Desportiva (8º). A equipa do
concelho de Trancoso tem três
pontos de vantagem sobre o
Nespereira, que ganhou em casa
à ADC Castelos (5º) por 2-1. Nos
restantes jogos da quinta jor-
naufragaram no Campeonato
da Europa de Corta-Mato,
corrido no domingo na cidade
holandesa de Tilburg.
A melhor classificação de
um atleta luso foi conseguida
por Mariana Machado, com o
15º lugar na prova feminina
de sub-20, enquanto a estafeta
mista terminou na 10ª posição.
As restantes participações fo-
ram mais que modestas, com a
guardense Inês Monteiro, que
registou a 15ª presença nesta
competição, a cortar a meta
em 41ª, tendo sido a segunda
melhor portuguesa na corrida
de seniores depois de Salomé
Esgrima
Nicolas Matias em bom plano
equipa feminina foi 12ª em ca-
torze seleções. Nesta jornada
destaque para o 53º lugar em
sub-20 da covilhanense Laura
Taborda, que se transferiu
este ano do Penta Clube para o
Sporting. «Espero que esta pre-
sença sirva de experiência para
todos, principalmente para os
mais jovens, que têm muito
valor, que devem empenhar-se
ainda mais para atingir os níveis
de competitividade que aqui tes-
temunharam», declarou no final
António Sousa, responsável pela
seleção portuguesa. Em 2019
o Europeu da modalidade terá
lugar em Lisboa.
DR

– que deverá recorrer da decisão
– pela alegada utilização irregu-
lar do jogador André Barra nos
encontros com o Vilanovenses
e Celoricense. No domingo, as
duas equipas não tinham a ta-
refa fácil, mas não deixaram os
seus créditos por mãos alheias
e ganharam. O Figueirense foi
vencer 2-1 a Fornos de Algodres
(8º classificado) e o Manteigas
enquanto o São Romão (10º) nada, em que folgou o Casal de
ganhou 1-0 no campo do Sp. Cinza (9º e último classificado)
Vilar Formoso (12º) e o Sp. o Foz Côa (3º) foi ganhar 1-0
Celoricense (6º) venceu na a Pala (6º) e o Paços da Serra
visita ao Vilanovenses (9º) por (7º) fez o mesmo em Freixo de
3-2. O campeonato prossegue Numão (4º), mas por 2-1. No
no domingo com um decisi- próximo domingo jogam-se os en-
vo Figueirense-Manteigas e contros Foz Côa-Nespereira, ADC
os jogos Gouveia-Trancoso, Castelos-Casal de Cinza, Guarda
Vila Cortês-Sabugal, Aguiar da Desportiva-Freixo Numão e Paços
Beira-Vilar Formoso, Estrela da Serra-Pala. Folga o Vila Franca.

Karate Atletismo
Centro de Artes Marciais Encontro “Abaixo de Zero” Nicolas Matias, atirador do passando ao Q128 onde venceu
da Guarda faz 30 anos no estádio da Guarda Penta Clube da Covilhã (PCC), Alexandre Saignol por 15/11.
participou no início do mês no No Q64, Nicolas Matias derrotou
O Dojo do Centro de Artes Marciais da Guarda O estádio municipal da Guarda acolhe no sá-
Torneio dos Alpes, prova do cir- Titouan Guillermic por 15/10
celebrar 30 anos esta sexta-feira. bado o 5º Encontro de Atletismo de pista “Abaixo
cuito francês de Esgrima e que mas foi derrotado por Tristan
A efeméride será assinalada pelas 20h15 de Zero”, que estava inicialmente agendado para
contou para o ranking de sabre Laurence (15/8) no Q32. No
no ginásio do estádio municipal da Guarda, sob o estádio do Fontelo, em Viseu. A competição é or-
daquele país. final, o esgrimista do PCC ter-
as das bancadas, com atletas e treinadores. Em ganizada pelas Associações de Atletismo da Guarda,
O luso-descendente com minou a competição no 30º
2018 também o mestre César Olival completa 49 Castelo Branco e Viseu e destina-se aos seus atletas
origens familiares na Covilhã lugar entre 113 participantes.
anos dedicados ao karate e a sensei Sandra Olival nos diferentes escalões etários. As provas terão
obteve quatro vitórias e duas O circuito francês é um dos mais
conta cerca de 27 anos também dedicados a esta início pelas 14h15, sendo que cada atleta só pode
derrotas na fase de poules, competitivos a nível europeu.
arte marcial. participar no máximo em três modalidades de pista.

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Numerário denuncie a desistência por meio de comunicação escrita com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.
18 • • Quinta-feira • 13 de dezembro de 2018
crónica
POLÍTICA
Júlio Sarmento *
E depois da
festa, pá?
O Zé anda entusias-
mado! O Natal é mesmo a
época propícia para fazer
aquilo que o Zé mais gosta:
a festa!
Luzinhas, cor, música,
tendas, animação, muita
festa, tudo aquilo que o
Povo adora. O Zé esfrega
as mãos, vai haver mais
publicidade, mais propa-
ganda, artistas e muitas
contratações!
O Zé anda tão entretido
que não lhe sobra tempo
para ver os domínios onde
a sua ação seria mais me-
ritória. Com tanta festa,
apetece-lhe até ralhar com
a realidade! Ele sabe que
a festa tira importância às
coisas, deixa o Povo con-
tente e desatento.
Já aprendeu e diz, re-
petidamente, que o que se
não deixa dizer, nem lhe
dizem, não existe, presu-
mindo ainda que a maneira
de dizer pode sempre alte-
rar os factos como quiser.
Por insuficiência de
análise da realidade, des-
cansa na obsessiva liber-
Jorge Noutel
dade semântica que usa e
abusa e, num olhar atento,
que raras vezes é amigo. O
Zé faz tantas festas que só
espera dos outros o aplau-
so, o pasmo e a reverência.
Suspeita-se até que o
seu pensamento lhe leva
por vezes a supor que a
coisa pública lhe deveria,
já, ser entregue em pro-
priedade. É assim que age,
despreocupado, no uso e
abuso da coisa pública.
Ou pelo menos pensa,
atrevidamente, com uma
corajosa falta de humil-
dade, que já fez história
onde se possa deitar. Ora,
a ilusão e o descanso sem
motivo é mortal para os
Povos. Povos desatentos
e iludidos pela cor da luz
não sabem a condição do
progresso.
A festa foi bonita, pá? E
o que fica, do que se gasta,
depois da festa? O que
deixamos para as gerações
futuras, que não puderam
viver a festa?
* Ex-líder da Distrital do
PSD da Guarda e antigo
presidente da Câmara de
Trancoso
agoradigoEU
opinião
Albino Bárbara
Já muito se disse e escreveu acerca
da durabilidade dessa máquina complexa
com peças várias e de vária proveniência
chamada geringonça. Pois bem, diz o
povo que há sempre uma primeira vez
para tudo.
Quando Cafôfo, na sua aventura arit-
mética, juntou verdes, vermelhos, azuis
e, alguns de cor indefinida, percebeu-se
que a reviravolta, dia menos dia, iria
acontecer. E pela primeira vez, na história
da democracia, o Funchal teve o primeiro
presidente socialista.
E pela primeira vez, no continente,
quem ganhou não governou e quem per-
deu foi primeiro-ministro. Pela primeira
vez a esquerda juntou-se e, para quem
não dava meio ano de durabilidade à
maquineta, o timoneiro meteu o combus-
tível necessário e suficiente para chegar
ao almejado porto, percebendo-se que a
partir da dita experiência, a política, em
Portugal, jamais será a mesma e pela
primeira vez as eleições do próximo ano
serão um mar de tranquilidade cumprin-
do assim o calendário que a Constituição
impõe, salvo se a chama revolucionária
francesa chegar até cá.
Em meados de 2019 teremos as elei-
crónicaPOLÍTICA
Eduardo Jorge é tetraplégico. Can-
sou-se de ser tratado como alguém que
é menos importante para o Estado do
que tudo aquilo que o Estado decida
fazer por ele.
No essencial, cansou-se que seja
considerado normal que para ter alguém
escolhido por si, para tratar de si, o Es-
tado lhe entregue no máximo 93 euros,
mas se estiver ao cuidado de terceiros,
longe da sua casa, por exemplo, numa
instituição, o Estado já pague mil euros
à dita cuja. Não se trata, portanto, de
uma questão de falta de dinheiro, apenas
de uma escolha nossa. Trata-se de uma
forma de ver o mundo.
E quando o Estado, perante tão
evidente aberração, começa a ceder e a
pensar na hipótese de talvez lhe entregar
os tais mil euros e deixá-lo escolher se
prefere estar numa instituição ou em
sua casa, aos cuidados de quem quiser,
o mesmo Estado começa a impor regras
absurdas, como escolaridades mínimas
e outras que tais.
Por isso, Eduardo Jorge resolveu
fazer um protesto que, no limite, pode-
ria colocar a sua vida em risco, à porta
da Assembleia da República, até que os
poderes públicos olhassem com sensatez
para o seu problema. Lá apareceu Mar-
celo, no seu habitual “show” televisivo,
levando consigo uma secretária de Esta-
do. Os resultados práticos foram nulos,
como de costume. António Costa não
Cozinhado eleitoral de 2019
praticamente pronto a servir
ções europeias. Já todos sabemos quem
são os cabeça de lista do CDS, Bloco,
Aliança, adivinhando-se que o laranjal
manterá o “douto” Rangel, o PC, João
Ferreira, e o PS – que nem por sombras
quererá entrar em guerras internas – pro-
porá pacificamente Francisco Assis. Os
da rosa ganharão folgadamente as elei-
ções europeias, faltando apenas saber
se vão ter mais dois ou três deputados,
passando assim para uns confortáveis
dez, ou na aposta na maioria de 11, numa
leitura perfeitamente previsível para o
que vem a seguir. Como diria Sherlock
Holmes, «elementar, meu caro Watson».
Nas legislativas, com Centeno com
a dívida já paga, a não investir, a gerir
o dinheirinho de todas as cativações, a
tapar a cabeça e destapar os pés e vice-
versa, nesse discurso rebuscado do estar
tudo bem, quando todos sabemos que
assim não é, e, se o rebuçadito eleitoral
resultar, com uma oposição em fanicos,
o PS ganhará facilmente as eleições com
maioria ou perto dela, faltando apenas
saber se neste último caso a coisa virará
à direita com a aliança de Santana ou
manter-se-á a dificuldade de se livrar da
esquerda delas.
Um Eduardo Jorge, entre muitos,
neste país
apareceu, tal como sempre faz nestas
circunstâncias. Ferro Rodrigues, na sua
irrelevância, manteve-se assim mesmo,
irrelevante.
O que verdadeiramente nos deveria
preocupar resume-se a uma questão
central: montar e aplicar um sistema de
apoio à deficiência envolve centenas,
quando não milhares de pessoas, desde
técnicos, financeiros, decisores, etc.
Assim sendo, como é possível que
nós todos, como sociedade, não sejamos
capazes de produzir uma solução me-
lhor, uma solução que entenda que mais
importante do que a vontade do Estado
em cuidar à sua maneira das pessoas
diretamente interessadas, é a vontade
própria dessas pessoas que necessitam
de ajuda?
É verdadeiramente deprimente que
seja precisa a imensa coragem de Edu-
ardo Jorge para nos confrontar com
o imenso conforto da nossa pequena
cobardia, a cobardia de não levantar-
mos ondas, de não questionarmos os
pequenos poderes instituídos no dia-a-
dia, a cobardia e o comodismo que nos
levam a aceitarmos coisas que qualquer
pessoa de bem considera evidentemente
inaceitáveis, só porque nos parecem pe-
quenas e de menor importância quando
comparadas com outros problemas mais
generalistas.
Seríamos um país bem mais decente
se fôssemos mais exigentes em casos
É, contudo, nas eleições insulares
que reside alguma incerteza e se o PS
de Vasco Cordeiro, nos Açores, soma
e segue, já na pérola do Atlântico, o
PSD sentirá algumas dificuldades, pois
também aqui a geringonça pode muito
bem funcionar e Cafôfo poderá destronar
finalmente e, pela primeira vez, o laranjal
residual de Jardim e o PSD de Albuquer-
que, sendo que é apenas na Madeira que
haverá alguma “pica” eleitoral.
Neste cozinhado eleitoral ser vido
agora em papelote, onde se registarão
todas as promessas desse escaparate
político, falta ainda ver se o vox populista
do recém-chegado André Ventura não
aparecerá fazendo ligeiro estrago.
2019 será assim um ano eleitoral
marcado por verdadeira tranquilidade
democrática, onde o cozido pré-preparado
é apenas aquecido no micro-ondas, nessa
contenda deveras interessante, à direita,
onde a líder tudo fará para roubar 3 ou 4%
a Rio e, com o apoio dos conservadores
comunistas, onde abundam inúmeros
pontos de vista convergentes, com a toda
a sorte do mundo e aquele brilhozinho nos
olhos, Cristas ainda mantém viva a sua As-
sunção a primeira-ministra. A ver vamos…
como o do Eduardo; em casos como o
de uma criança deficiente que não tem
uma educação adaptada ou os cuidados
de saúde de que precisa; em casos como
os das pessoas idosas que não têm uma
vaga num lar. Uma sociedade evoluída
e madura preocupa-se muito mais com
todas estas pessoas e problemas do que
com os prémios de turismo, a entrada de
animais nos restaurantes, os vencimen-
tos dos jogadores de futebol, os “reality
shows” ou o IVA das touradas.
A civilização consiste, por definição,
numa realidade específica, num modelo
de interpretação da história e da socie-
dade, num processo de transformações
dos padrões sociais de autorregulação.
Caminha rumo a uma direção específica,
a algo que nos caracteriza e nos define
aos olhos dos outros.
Eduardo conseguiu demonstrar como
esse processo é não linear e como de-
pende de impulsos e de contra impulsos
alternados, de como o maior perigo para
qualquer civilização é a inércia das es-
truturas. Conseguiu demonstrar como a
civilização é, antes de mais nada, vontade
de convivência. Mas, mais do que isso,
conseguiu demonstrar como estamos
condenados a ela e como precisamos
de progredir para não desaparecermos.
Em suma, Eduardo conseguiu demons-
trar que as civilizações, quando não se
adaptam, também sofrem de algum tipo
de tetraplegia…

mitocôndrias e quasares
opinião
António Costa
antoniomanuelcosta@gmail.com
No mundo da Física é importante referir outros
nomes, para além do incontornável Albert Einstein,
que deixaram uma marca indelével nesta área do
conhecimento. Um deles é Erwin Schdröndinger.
Na década de 20 do século passado, quando a
física quântica ainda estava no início, o austríaco
Erwin Schdröndinger (1887-1961) surgiu como
um dos nomes nessa nova linha de pensamento e
investigação.
A grande contribuição deste físico prendeu-se
com o desenvolvimento do conceito e da forma
matemática da chamada “função de onda”. Trata-se
de uma expressão que permite descrever o com-
portamento de uma partícula fundamental, por
exemplo, um eletrão. Esta função contém todas
as informações que podem ser conhecidas sobre
essa partícula.
Schdröndinger teve uma formação inicial
excelente, no seio de uma família rica de Viena,
despertando-se no jovem Erwin o interesse pela
ciência. Após terminar os estudos e de combater
na Iª Guerra Mundial, Erwin Schdröndinger iniciou
a sua carreira académica e vida nómada. Os seus
principais trabalhos foram desenvolvidos na Alema-
nha, na altura o centro mundial de ciência. Esta série
de trabalhos tiveram como recompensa o Prémio
Nobel da Física em 1933.
Com a chegada de Hitler ao poder, Schdrön-
dinger vagueia um pouco por toda a Europa co-
lecionado artigos científicos, prestígio, amigos e
mulheres, pois tinha como característica pessoal ser
um notório conquistador, tendo tido várias amantes.
Conta-se que estava numa viagem romântica com
uma das amantes quando formulou a equação de
onda. Mas ninguém descobriu o nome da musa
inspiradora, uma vez que a quantidade de mulheres
foi enorme.
Quinta-feira • 13 de dezembro de 2018 • • 19
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Ondas, mulheres
e gatos
Para além da física quântica, este cientista deu
grandes contribuições ao nível da biologia, uma vez
que acreditava que as leis da física poderiam ser
aplicadas ao funcionamento dos seres vivos.
Em 1944 Schdröndinger especulou sobre a
existência de moléculas que habitariam todas as
células e controlariam o mecanismo de heredi-
tariedade. Alguns anos mais tarde, em 1953, a
descoberta da estrutura do ADN confirmou o seu
postulado. Schdröndinger também ficou conhecido
pelo paradoxo do gato na caixa, uma experiência
em que, além do animal, colocou na dita caixa
uma porção de material radioativo e um detetor
de radiação. A ideia era, quando uma partícula de
radiação era detetada, um mecanismo libertava
um gás venenoso letal. Decorrida a primeira hora,
a probabilidade do material ter emitido uma par-
tícula radioativa – decaimento – é de 50%. Se o
decaimento ocorreu, o detetor foi acionado, o gás
libertado e o gato morreu. Se isso não ocorreu, o
gato sobreviveu à primeira hora. Isto é, após uma
hora, o gato pode estar vivo ou morto.
Desta forma o estado de saúde do gato está
influenciado pelo comportamento das partículas
microscópicas, que é explicado pela teoria da Me-
cânica Quântica. É uma teoria altamente eficiente,
mas possui algumas coisas estranhas. Segundo
ela, um átomo pode estar no estado decaído e não
decaído ao mesmo tempo. Se isso é verdade, o
gato de Schdröndinger poderia estar morto e vivo
ao mesmo tempo.
Schdröndinger propôs este paradoxo para ex-
plicar que havia um problema com a interpretação
da Mecânica Quântica, uma vez que podemos ter
mais de uma resposta correta para um problema
que, logicamente, só poderá ter uma resposta.
Ainda hoje este paradoxo não apresenta resposta!
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20 • • Quinta-feira • 13 de dezembro de 2018
rua da corredoura, 80 - R/C Dto - C 6300-825 Guarda
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Casal de Cinza
Ferida em explosão transferida
para Coimbra
A mulher que ficou ferida na
explosão registada na terça-feira,
em Casal de Cinza (Guarda), foi
helitransportada para o Centro
Hospitalar Universitário de Coim-
bra ao princípio da noite.
Segundo o comandante dos
bombeiros da Guarda, a explo-
são aconteceu pelas 16 horas no
edifício da Associação de Mordo-
mos da localidade, situada junto
à igreja matriz. «Terá ficado a
Covilhã
Detido casal suspeito de 25 furtos
A GNR deteve um casal pela
alegada autoria de vários furtos
em residências, estabelecimen-
tos comerciais e postos de com-
bustível no concelho da Covilhã.
Segundo o Comando Terri-
torial da GNR de Castelo Branco,
um homem e uma mulher, de 40
e 45 anos, foram identificados
pelo Núcleo de Investigação
Criminal da Covilhã na passada
segunda-feira no âmbito de uma
Matos & Prata, S.A.
Rua Vila de Manteigas, 1
6300-617 Guarda
Tel.: 271 208 608
dever-se a uma eventual explosão
de gás acumulado devido a uma
fuga, uma vez que a única botija
que se encontrava no edifício
está intacta», acrescentou Paulo
Sequeira. Não houve incêndio,
mas o responsável adiantou que
o rebentamento terá ocorrido
«quando foi acionado o sistema
elétrico» do edifício e provocou
danos no imóvel, bem como «um
ferido ligeiro» que foi transporta-
investigação pela prática de 25
crimes de furtos.
Os militares deram cumpri-
mento a quatro mandados de
busca, em residência e viaturas,
tendo apreendido uma viatura,
373 maços de tabaco, 17 objetos
de ouro, 17 perfumes, três rádios
portáteis, bens alimentares e de
higiene e 1.325 euros em moedas.
«O casal é suspeito de furtar
combustível de outras viaturas
Zona Industrial, Rua G, Lote 0.1.1
6000-459 Castelo Branco
Tel.: 272 098 217
opinião
do para as Urgências do Hospital
Sousa Martins, na Guarda.
Trata-se de uma mulher com
cerca de 50 anos que apresentava
«queimaduras ligeiras nas mãos»,
disse na altura Paulo Sequeira.
As causas da explosão estão a ser
investigadas pelas autoridades.
No local estiveram oito elementos
dos Voluntários da Guarda, apoia-
dos por três viaturas, e militares
da GNR.
para se deslocarem aos lo-
cais onde pretendiam efetuar
os furtos em residência e em
estabelecimentos, utilizando
para este efeito o método de
arrombamento de portas e/
ou janelas», adianta a GNR em
comunicado.
Os suspeitos foram cons-
tituídos arguidos e sujeitos à
medida de coação de termo de
identidade e residência.
bilhete postal
Novela da Beatriz dcabrita@iol.pt
Diogo Cabrita
Será que ela é moça e por isso não se apercebe do mal que lhe faz?
Será que ela é triste e nessa dor cabe inteira mais uma peça dorida?
Será que é o contrário e vive revoltada e amarga por trás do verniz?
Será que é pintura e ela é uma Gioconda farta da moldura?
O rosto da atriz
Será que é de louça e quebrava sem espanto toda a história?
Será que é de éter e volatiliza a tragédia elevando-a acima dos olhos?
Será que é loucura e desperta desarrumando tudo o que arrumará depois?
Será que é cenário e sofre diariamente pelos dois?
A casa da atriz
Será que é uma estrela escura que gastou sua luz?
Será que é mentira e tudo não passa de contos e literatura?
Será que é comédia e constrói lucubrações a que fazemos jus?
Será que é divina em conseguir manipular todos à loucura?
A vida da atriz
Este processo de ficar tudo dúbio
Construir tudo em ondulados contornos
Era a força que tinha no grupo a Beatriz.
Afinal metade era mentira, partes eram tristes, mas era quase tudo pintura.
Demente perversa que ontem partiu. Ia só.
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Boas
Festas
Snack Bar & Petiscos
Tel: 271 237 876 • Tlm: 926 936 970
Rua da Corredoura, 13 nº 90
(Guarda-Gare)
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