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0 Fundamentação Teórica

Os experimentos discutidos no presente relatório foi realizado utilizando o


Gerador de Van de Graaff, que foi projetado e desenvolvido por Robert Jemison van de
Graaff, um engenheiro americano que dedicou-se ao estudo e pesquisa da Física Atômica.
As máquinas de Van de Graaff usadas nessas pesquisas tinham esferas com alguns metros
de diâmetro e produziam tensões na casa dos milhões de volts. Por isso, em meados de
1930, o gerador era usado para fornecer a tensão necessária em aceleradores de partículas,
visando o estudo da constituição do átomo. Esses dispositivos atuavam acelerando
partículas subatômicas a grandes velocidades, que eram “esmagadas” contra os átomos
do alvo. O emprego desse gerador como acelerador de partículas foi a base da Física
Nuclear. [1]

A máquina consiste essencialmente de uma esfera metálica oca suportada


convenientemente no alto de uma coluna isolante, como mostrado na Figura 01. Uma
correia em movimento, de material também isolante, transporta cargas, de maneira
contínua, entre a terra e o terminal de alta tensão.

Figura 01- Estrutura do gerador de Van der Graaff

O objetivo do Gerador de Van de Graaff é criar eletricidade estática, e usar essa


eletricidade para experimentos, através da eletrização por atrito. Esses geradores são
dispositivos que possuem corrente constante, neles é a tensão que varia, diferente de uma
[1]
bateria que possui uma tensão constante e a corrente varia de acordo com a carga.
Quanto mais se aproxima um objeto aterrado da esfera do gerador, menor fica a tensão
nele.

O modelo mais comum de gerador de Van de Graaff é o que gera carga a partir do
atrito entre uma correia e os rolamentos, e assim carrega sua esfera, como mostrado na
figura 01. O princípio de funcionamento desse gerador é listado abaixo:

Funcionamento detalhado:

1. No momento em que o motor começa a girar, no contato entre o rolete e a correia,


o rolete fica com cargas negativas, e a correia com cargas positivas.
2. O campo elétrico entre o rolete e a correia aumenta, e o ar em torno da escova se
ioniza.
3. Cargas positivas das moléculas de ar são transferidas para a superfície da correia.
4. Essas cargas são transportadas para a esfera metálica, sendo coletadas pela escova
superior. Assim é acumulada uma grande quantidade de carga na esfera metálica.

A coleção das cargas é feita utilizando-se um pente de aço, colocado no interior


da esfera metálica oca onde o campo é nulo, de maneira que a deposição e coleção das
cargas independe da voltagem no terminal de alta tensão. [2]

A deposição de cargas é feita estabelecendo-se uma diferença de potencial de


alguns quilovolts entre o pente de carga e a correia de transporte. A voltagem máxima
que se pode obter é limitada, unicamente, pela qualidade dos isolantes e pelo efeito
corona. [2]

O gerador de Van de Graaff depende desse efeito para funcionar, que ocorre
quando partículas de ar, são submetidas a um campo elétrico muito elevado e intenso,
tornando essas partículas ionizadas. Isso faz com que as escovas funcionem e consigam
captar as cargas. Deve-se salientar ainda que, o gerador opera numa voltagem de
equilíbrio em que a corrente transferida pela correia é igual à corrente de carga, essa
voltagem de equilíbrio pode ser variada controlando-se ou a corrente transferida pela
correia ou a de carga externa. [2]
Por fim, como um corpo carregado produz um campo elétrico proporcional à sua
carga, para verificar experimentalmente a existência do mesmo, utiliza-se uma carga de
prova em certo ponto próximo ao corpo carregado. Sendo o campo elétrico uma grandeza
vetorial, sua intensidade, direção e sentido são especificadas para defini-lo. A intensidade
do campo é calculada pela equação E = kQ/ d², já a direção e o sentido irão se diferenciar
de acordo com a natureza da carga. Em cargas pontuais positivas, a direção do campo é
radial e o sentido é saindo da carga. Em cargas negativas pontuais, a direção também é
radial e o sentido é entrando na carga. [3]

Referências:

[1] https://athoselectronics.com/gerador-de-van-de-graaff/ , data de consulta 10-12-2018.

[2]http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-
67252010000500003 ,data de consulta 10-12-2018.

[3] R. Carla ; S. Fabricio, Silva; L. Juliana Hartamann; S, Lucas Rodrigues. Relatório


Física 3, semestre 2017.2 IFBA, grupo de Engenharia Química.

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