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uma publicação das empresas do Grupo Wilson, Sons abril | maio 2006 | ano 3 | nº 15

UMA NOVA ERA


Com o Aquarius, a Wilson, Sons disponibiliza a melhor tecnologia
em rebocagem portuária e oceânica
169 anos
Editorial

O batismo da constelação

S eguindo a tradição de batizar nossas embarcações com nomes de cons-


telações, estrelas e planetas, lançamos recentemente ao mar o mais
novo rebocador do Grupo Wilson, Sons, o Aquarius, nome da constelação que
Segurança na operação
Filial opera sem acidentes...................... 3

representa as estações das águas. Ele é considerado o maior e mais moderno Financiamento
Saveiros recebe US$ 42,6 milhões......... 4
rebocador do Brasil, com 70 toneladas de tração estática e propulsão azimutal.
Como líderes em rebocagem no mercado nacional, sabemos da importância
Rebocadores
desse setor para o desenvolvimento do comércio exterior no país e, em junho
Aposta em alta tecnologia...................... 6
próximo, batizaremos a segunda embarcação com as mesmas características desse. Manoel Fernando

Para a ocasião, procuraremos um nome tão digno para madrinha quanto o da


ex-primeira-dama do estado de São Paulo, Maria Lúcia Alckmin,
que batizou o Aquarius.
Sua história de vida, os valores que propaga e seu empenho em
trabalhar por uma sociedade mais justa foram, com certeza, fato-
res determinantes para convidarmos “dona Lu” como madrinha
dessa embarcação, pois estes são também os valores que norteiam
a nossa companhia. A ex-primeira-dama nos brindou também
com uma entrevista exclusiva sobre seus projetos de geração de Batismo do Aquarius: alta performance

renda, que têm transformado a vida de vários moradores dos 645


municípios paulistas, por conta de sua gestão como presidente do Fundo Social Lu Alckmin
Projetos que geram renda...................... 8
de Solidariedade do Estado de São Paulo.
Outra entrevista que destacamos nesta edição é a do diretor-presidente da
Investimento
Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Henrique Germano Zimmer,
Tecon monta equipamentos................ 10
que nos mostra a importância do Porto de Vitória, que completa cem anos de
operação, alterando de forma positiva a capital capixaba. Somente em 2005, Vi- Recrutamento
tória movimentou o segundo maior volume brasileiro de produtos exportados: Valorização de colaboradores............... 12
US$ 11,3 bilhões em vendas para o mercado internacional.
Boa leitura! Hipertensão
Doença atinge milhões de pessoas....... 13

Canal do Porto
Cezar Baião Vitória comemora cem anos............... 14
Diretor-superintendente do Grupo Wilson, Sons
Memória WS
Uma empresa globalizada.................... 15

Av. Rio Branco, 25 - 7º andar | Centro | Rio de Janeiro | RJ | CEP. 20090 003 | T 55 21 2206-4222 | www.wilsonsons.com.br
Performance

Segurança como valor


Saveiros Offshore comemora 1.000 dias sem acidentes desde que
iniciou operações na Bacia de Campos, tendo como principal ação a
conscientização de seus colaboradores

É notória a epopéia tecnológica

Stéferson Faria / PETROBRAS


em que vive a Bacia de Campos.
Mas, paralelamente às inovações e so-
luções para dar suporte às atividades de
exploração e produção de petróleo, o
grande diferencial competitivo hoje é
a mobilização em torno das ações que
legitimam a gestão de SMS (Segurança,
Meio Ambiente e Saúde) nas corpo-
rações. A Saveiros Offshore, filial em
Macaé (RJ) da Saveiros Camuyrano
Serviços Marítimos Ltda. (empresa do
Grupo Wilson, Sons que presta servi-
ços de apoio marítimo à Petrobras),
destaca-se nesse cenário pela marca de Plataforma de petróleo da Petrobras, empresa para a qual a Saveiros Offshore presta serviços
mais de 1.000 dias sem acidentes, com
e sem afastamento.
Isso significa que, desde que a filial deu trato, com duração até 2011. ração e responsabilidade individuais.” A
partida em suas operações na Bacia de “Tanto tempo sem acidentes evidencia equipe que atua na filial é composta por
Campos, por meio da atuação de duas os esforços da Saveiros Offshore em tratar 63 pessoas, das quais 56 trabalhadores em
PSVs (Plataforms Supply Vessel), não a segurança como valor”, realça o gerente regime embarcado.
houve qualquer registro de acidentes. de SMS, “entretanto, aumenta a respon- A empresa se prepara para mais um
“Os resultados da Petrobras, relativos sabilidade da empresa na manutenção desafio: certificar-se na ISO 9001:2000
à SMS, estão diretamente ligados à boa dessa conquista”. O gerente da base de (Qualidade) e iniciar a adequação às
performance de seus fornecedores”, Macaé, Fábio Hartog, concorda. E diz normas OSHAS 18001 (Saúde e Se-
destaca o gerente de SMS da Unidade que a conscientização do trabalhador é gurança Operacional) e ISO 14001
de Serviços de Transporte e Armazena- o caminho mais eficiente para um efeito (Meio Ambiente), para certificação em
mento da Petrobras, Almir Henriques duradouro. Hartog conta que uma das 2007. Além disso, passará por audito-
Fernandes, referindo-se à importância práticas é relatar ocorrências de outras rias semestrais de acompanhamento
de resultados positivos como os da empresas para servirem de exemplos do plano de ação determinado pelo
Saveiro Offshore. Os PSVs Saveiros cotidianos para o colaborador offshore. PeoTran (Programa de Excelência
Albatroz e Saveiros Gaivotas que abas- “Discutimos sobre riscos e acidentes bem Operacional de Transporte Aéreo e

.
tecem as plataformas da Petrobras em próximos da realidade de cada um. E Marítimo), criado pela Petrobras para
alto-mar foram fabricados no estaleiro também trabalhamos o espírito de equipe manter padrão de excelência na pres-
da própria WS para atender a esse con- porque a segurança depende de coope- tação de serviços.

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Made in Brazil

Saveiros Camuyrano
recebe financiamento
de US$ 42,6 milhões
Crédito do fundo de Marinha Mercante, aprovado pelo BNDES, será
destinado à construção de três embarcações de apoio marítimo

A diretoria do Banco Nacional de


André Mello

Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES) acaba de aprovar
um financiamento para a Saveiros
Camuyrano Serviços Marítimos Ltda.,
empresa do Grupo Wilson, Sons,
no valor de US$ 42,6 milhões. Os
recursos provenientes do Fundo de
Marinha Mercante correspondem a
89% do total do projeto de aquisição
de três embarcações de apoio maríti-
mo, que serão usadas para suprimento
e prestação de serviços a empresas de
exploração e produção de petróleo.
Os navios, do tipo PSV 3000, serão
construídos no estaleiro da Wilson
Sons, no Guarujá (SP), com propul-
são diesel-elétrica, e serão dotados de
tecnologia de última geração.
Durante a fase de construção, o es-
taleiro empregará 150 pessoas e outras
84 na operação das embarcações.
Este investimento é mais um passo em
Arnaldo Calbucci: aposta no crescimento desse mercado nos próximos anos pelo aumento da
produção de petróleo e pela substituição de barcos de apoio com bandeira estrangeira direção à estratégia de consolidar

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a posição do Grupo Wilson, Sons res e estaleiro do Grupo Wilson, Sons. ção de empresas com embarcações de
como importante prestador de servi- Atualmente, cerca de 80% das reservas bandeira brasileira no setor de apoio
ços no mercado de embarcações de de petróleo e gás natural brasileiras estão marítimo. Além disso, reforçará o
apoio à indústria de petróleo. concentradas no mar, fazendo com que atendimento à crescente demanda
No final de 2003, foi anunciado o a indústria de petróleo seja uma cliente por embarcações de apoio marítimo
segundo plano de renovação da Frota de peso do setor naval. offshore com tecnologia que permita
de Embarcações de Apoio da Petro- alto desempenho operacional.
bras, revisado em 2006, que consiste Até hoje, o BNDES já contra-
na contratação de 30 novos navios e “Os navios serão construídos tou financiamentos no valor de
21 modernizações e jumborizações. US$ 641,4 milhões para o setor naval,
no estaleiro da Wilson, Sons, no
Até o momento, foram licitadas 19 que propiciaram investimentos totais
modernizações e seis construções. Guarujá” de US$ 740,9 milhões. O Banco tem
“Nossa operação nesse mercado em carteira US$ 360 milhões em
começou há cerca de três anos. Apos- projetos aprovados e em análise de na-
tamos em um forte crescimento nos O financiamento do BNDES, vegação de apoio. Atualmente, a frota
próximos anos, não apenas pelo au- com recursos do Fundo de Marinha de navios de apoio marítimo do tipo
mento da produção de petróleo como Mercante (FMM), tem por objetivo PSV em operação no Brasil é com-

.
também pela substituição de barcos de contribuir para a revitalização do posta de 34 embarcações, sendo 25 de
apoio com bandeira estrangeira”, diz setor doméstico de construção naval, bandeira brasileira e nove de bandeira
Arnaldo Calbucci, diretor de rebocado- estimulando o aumento de participa- estrangeira.

Eventos

Grupo Wilson, Sons na Intermodal


Empresa participa da maior feira de comércio exterior, logística e
transporte de cargas da América do Sul

O Grupo Wilson, Sons leva novi-


dades para a Intermodal South
America 2006, como o E-BL (conhe-
rítima presta serviços terceirizados de
controle e logística de contêineres,
elaboração do custeio das escalas de
Navalshore
Outro evento importante é a Na-
valshore 2006 – III Feira e Confe-
cimento de transporte eletrônico), navios e documentação de transporte. rência da Indústria Naval e Offshore,
programa que permite aos exportado- A CSC dispõe de avançada tecnologia que será realizada de 31 de maio a
res o envio remoto das informações de sistemas e uma rede de dados que 2 de junho nos Armazéns 5 e 6 do
referentes aos embarques programados. integra on line todas as filiais. Líder Porto do Rio de Janeiro, promovida
Desenvolvido em tecnologia Java, ele em agenciamento marítimo, a Wil- pela revista Portos e Navios.
agiliza a transmissão de informações, son, Sons atendeu a 5.900 escalas de Mais de 10 mil pessoas devem visitar
agora executada com um simples navios em 2005, um crescimento de a exposição, que reúne fornecedores
clique do mouse, eliminando-se a 20% sobre 2004. de bens e serviços para a indústria
necessidade de anexar ao e-mail o A Wilson, Sons estará presente na naval e de offshore. Entre os exposi-
arquivo gerado. Intermodal com um estande na Rua tores está a Transpetro, que negocia a
Sempre com foco no atendimen- C, números 97, 98, 117 e 118, no encomenda de 26 navios, a maior já

.
to diferenciado aos seus clientes, a pavilhão do Transamérica Expocenter, feita a estaleiros nacionais. Em paralelo
Central de Serviços Compartilhados em São Paulo. O evento será nos dias à feira, será realizada uma rodada de
(CSC) da Wilson, Sons Agência Ma- 26, 27 e 28 de abril. negócios.

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Serviços

Alta performance no mar


Setor de rebocagem brasileiro é essencial para o Comércio Exterior,
pois 90% das cargas transportadas ocorrem através dos navios que são
assistidos pelos rebocadores portuários

Aquarius, o novo rebocador da Wilson, Sons: embarcação com maior força de tração e melhor sistema de combate a incêndio do mercado nacional

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A s empresas de rebocagem por-
tuária atenderam à maioria das
mais de 25.000 escalas realizadas no
de tecnologia azimutal. Até o meio
do ano, outro rebocador do Grupo,
com as mesmas características, estará
– em especial “escort” de petroleiros
(acompanhamento do navio para fins
de segurança), reboque oceânico de
ano passado pelos navios comerciais disponível para o mercado. navios de grande porte e de socorro
no Brasil, responsáveis pelo transporte O Aquarius, cuja madrinha é a ex- em alto-mar. “Dessa forma, a nossa
internacional de produtos. Confor- primeira-dama do estado de São Paulo, frota pode atender os maiores navios
me levantamento do Ministério do Maria Lúcia Alckmin, acaba de ser existentes no mercado, em quaisquer
Desenvolvimento, o modal marítimo lançado ao mar e possui tecnologia condições”, afirma Arnaldo Calbucci,
do país responde por mais de 90% do de propulsão azimutal, o que permite diretor de rebocadores e estaleiros do
movimento total de cargas destinadas maior performance em manobras e Grupo Wilson, Sons.
ao comércio exterior. Esses dados, agilidade nas operações de atracação, Segundo o executivo, a entrega
portanto, mostram que os rebocadores desatracação e “escort” de navios. do Aquarius faz parte de um projeto
são essenciais para os negócios interna- Além disso, conta com sistema de de renovação da frota que engloba
cionais no Brasil. combate a incêndios com capacidade investimentos superiores a US$ 25
A utilização de rebocadores para de vazão de 2.400 metros cúbicos por milhões. Desse total, cerca de 70%
atracação e desatracação dos navios hora. Ou seja, quatro vezes maior que são oriundos do Fundo de Marinha
nos portos brasileiros é obrigatória, as demais embarcações do mercado. Mercante (FMM), que são financia-
conforme definição do Departamento Agora, os terminais portuários e navios dos por meio do Banco Nacional de
de Portos e Costas da Marinha. Apesar que transportam produtos inflamáveis Desenvolvimento Econômico e Social
de alguns navios serem equipados com (BNDES).
bow/stern thrusters (propulsores laterais A Saveiros Camuyrano e a coligada
de proa/popa), que permitem maior “Cabe às empresas de reboque Sobrare Servemar, empresas do Grupo
capacidade de manobras, é o rebocador portuário investir cada vez mais em Wilson, Sons, operam nos principais
que confere segurança e precisão para portos brasileiros, entre os quais San-
Carlos Nogueira

a operação. “Assim, os investimentos novas tecnologias” tos, Vitória, Rio Grande, Paranaguá,
dos armadores tendem a concentrar-se Rio de Janeiro, Salvador e Suape. No
mais na eficiência do navio como veí- total, são mais de 20 portos atendidos
culo transportador de cargas, pois isso ou considerados perigosos passam a ter e, para cobrir esta demanda, a empresa
significa mais velocidade, mais capaci- um rebocador muito bem equipado mantém uma frota de 60 rebocadores.
dade por tonelada de aço construído, para atender a eventuais situações de A gestão de uma frota de grande porte
mais eficiência da máquina principal emergência. e abrangência nacional da Saveiros ga-
e menos tripulação”, explica David A nova embarcação atingiu nas rante à empresa a liderança no mercado
Lorimer, da empresa de consultoria provas de mar mais de 72 toneladas de de rebocagem de navios nos portos
Datamar. bollard pull, medida que afere a força de brasileiros.
Dessa forma, cabe às empresas de tração para movimentação de navios.
reboque portuário investir cada vez Em média, os rebocadores mais mo- Balsa
mais em novas tecnologias, maior dernos do Brasil costumam ter entre 40 A Wilson, Sons Estaleiros entregou
potência e equipamentos de última e 50 toneladas de bollard pull. A nova também em março um novo ferry-boat
geração para que suas embarcações embarcação conta com sistema de co- com capacidade para transportar 60
realizem as manobras dos navios nos municação e navegação que atendem veículos para a Dersa, empresa do go-
portos brasileiros. Sempre à frente do a operações sem restrição, bem como verno do estado de São Paulo.
mercado, o Grupo Wilson, Sons acaba sistema de geração de água potável e de A nova balsa substituirá um modelo
de investir US$ 6,5 milhões em uma transferência de óleo diesel. que tinha capacidade para 36 veículos
nova embarcação, única no Brasil, com Com o Aquarius, a Wilson, Sons e fará a travessia São Sebastião/Ilhabela,

.
72 toneladas de força de tração, sistema passa a ter um “mix” de embarca- no litoral Norte. A madrinha escolhida
de combate a incêndio com grande ções ainda mais versátil, que permite para a cerimônia de batismo foi a ex-pri-
capacidade de vazão de água, além atender a qualquer tipo de demanda meira-dama do estado, Lila Covas.

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Entrevista exclusiva

Com a mão na
massa
A ex-primeira-dama do estado de São Paulo, Maria
Lúcia Alckmin, exporta para outros países seu projeto
Caio Esteves/Folha Imagem

de geração de renda que já resultou em 8,5 mil


padarias artesanais comunitárias nos 645 municípios
paulistas

O S PROJETOS DE GERAÇÃO DE RENDA TOCADOS DESDE

PELO
2001
FUNDO SOCIAL DE SOLIDARIEDADE DO ESTADO DE SÃO
PAULO JÁ RESULTARAM EM 8,5 MIL PADARIAS ARTESANAIS COMU-
e até alunos. E, durante a semana, servem para ajudar na
produção da merenda escolar.

NITÁRIAS E, AGORA, ESTÃO SENDO “EXPORTADOS” PARA PARAGUAI Quais os critérios escolhidos para implantação dessas
E ISRAEL. A EMPREENDEDORA DA IDÉIA É A EX-PRIMEIRA-DAMA DO unidades?
ESTADO, MARIA LÚCIA ALCKMIN, QUE, AOS 54 ANOS, ACABA DE Os kits doados para a implantação das padarias comu-
SE LANÇAR EM UM NOVO DESAFIO: PARTICIPAR DA CAMPANHA DO nitárias vão para escolas estaduais, entidades assistenciais
MARIDO, O EX-GOVERNADOR GERALDO ALCKMIN, À PRESIDÊNCIA e associações de bairro. Para poderem receber, as enti-
DA REPÚBLICA. dades assistenciais e associações de bairro têm que estar
CONFIRA ABAIXO A ENTREVISTA QUE “DONA LU” CONCEDEU À cadastradas no Fundo Social. E há ainda a parceria com as
NEW,S UM POUCO ANTES DE DEIXAR O POSTO, POR OCASIÃO DO BA- primeiras-damas dos municípios paulistas, que presidem
TISMO DO REBOCADOR AQUARIUS, DO QUAL FOI ESCOLHIDA MADRINHA os fundos municipais. Elas escolhem para onde vão os kits
JUSTAMENTE POR SUA FORTE ATUAÇÃO EM TRABALHOS SOCIAIS. doados pela iniciativa privada para o interior paulista.

NEW,S | Como presidente do Fundo Social de Solida- Esses projetos de geração de renda estão sendo im-
riedade do Estado de São Paulo, a senhora percorreu o plantados em outros países?
estado para implantar padarias artesanais comunitárias, A Maria da Glória, esposa do presidente do Paraguai
além de outros projetos de geração de renda que criou Nicanor Soares, ficou sabendo do nosso projeto pela con-
para a população carente. Quantas padarias somam? sulesa do Paraguai, que na época morava em São Paulo.
Maria Lúcia Alckmin | Temos 8,5 mil padarias artesa- Aí, ela veio ao Brasil conhecer o projeto e se encantou.
nais comunitárias em funcionamento nos 645 municípios A consulesa se capacitou no Fundo Social em maio re-
paulistas. Somente na capital, funcionam em 2,5 mil en- trasado, em julho foi para o Paraguai implantá-lo e, em
tidades assistenciais, associações de bairro e favelas. Fora novembro, eu estive lá para inaugurar a padaria, que já
isso, estamos quase terminando de implantá-las em todas estava em pleno funcionamento. Procuro ir ver a padaria
as 5,3 mil escolas estaduais, dentro do programa Escola da quando ela realmente está funcionando. Não vou para
Família, onde já contemplamos 4,7 mil delas. As padarias inaugurar fita e fogão.
funcionam aos finais de semana para capacitar pais, mães No final do ano passado, também fomos para Israel

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porque uma associação de mulheres judias nos procurou Na home do Fundo Social, há a frase: “cada vez mais
para conhecer o projeto. Elas querem implantar o projeto cresce a importância de ensinar fazer e não simplesmente
em Israel porque ficaram encantadas pelos nossos pães, que dar.” Na sua avaliação, os governantes do Brasil são mais
são nutritivos e saborosos. “paternalistas”?
Não sei. Prefiro não julgar. Mas gostaria de dizer que
E como a senhora se sente ao “exportar” idéias como realmente sou contra assistencialismo. Não adianta dar uma
essa? cesta básica hoje, pois no mês que vem as pessoas estão
Sinto-me super-feliz. Essa padaria, na verdade, não foi de novo com fome. A gente tem que capacitar as pessoas.
idéia minha. Em 2000, quando o Geraldo (Alckmin) foi Todo mundo fala em desemprego, mas uma pessoa capa-
candidato a prefeito, ouvindo as populações carentes, elas citada, que tem noções de higiene e cidadania, essa pessoa
falaram que tinham vontade de comer pão. Então, quando com certeza estará empregada.
eu assumi em 2001 o Fundo Social, a primeira coisa que fiz
foi desenvolver esse projeto, que é muito simples. É apenas A Wilson, Sons estimula seus colaboradores a contribuí-
um kit, composto por forno, botijão de gás, liquidificador, rem com instituições de menores carentes. Como a senhora
batedeira, balança e quatro formas, que vai para as entidades vê a participação das empresas em ações como essa?
e escolas para capacitar as pessoas, gerar emprego e renda Acho maravilhoso porque, em primeiro lugar, vem a
e ainda melhorar a alimentação delas. responsabilidade social. E a Wilson, Sons demonstra que
tem essa responsabilidade, ajudando. Assim, terá o apoio
E a iniciativa privada pode colaborar de que forma? dos próprios funcionários.
Ela é o nosso maior parceiro. Nenhum desses 8,5 mil
kits de padarias comunitárias foi comprado com di- A senhora aceitou o convite para ser madrinha do re-
nheiro do governo. Todos foram doações da iniciativa bocador Aquarius, da Wilson, Sons. Que critério utiliza
privada. para participar de eventos empresariais como esse?
Senti-me muito honrada porque a companhia tem esse
As doações são recursos financeiros ou espécies? trabalho de responsabilidade social. Acho que o critério
Não aceitamos dinheiro. Recebo o kit. Porque, se o é esse. Além disso, como vamos conseguir nossos parcei-
empresário deu um kit, deu dez ou mil, é mais fácil prestar ros sociais, senão prestigiando-os também? E eu sei que
contas porque sei quantos cada um doou. Se ele me desse o batismo é um evento muito importante e esse é um
dinheiro, até fazer a licitação para a compra, subiria o preço rebocador inovador.
do forno. Aí, como é que eu vou fazer para justificar e
provar a ele onde foi empregada a verba? No livro Seis Lições de Solidariedade, são descritas
as visitas da senhora à periferia de São Paulo e aos mu-
Além dessas iniciativas de projetos de geração de renda, nicípios carentes. Se sua biografia tivesse continuação,
o Fundo Social terá outras novidades? que história ainda gostaria de vivenciar para ser passada
Acabamos de fazer uma reforma no depósito do Fundo ao público?
Social porque a gente usava uma parte do depósito num No final do livro, faço uma homenagem aos nossos par-
espaço do governo e a outra num galpão da Ceagesp, ceiros dos projetos sociais, mais de 900 empresas parceiras,
mas eles pediram a área de volta. Então, consegui que a e também às grandes amigas que fiz, como as presidentes
outra parte do depósito do governo, que é muito grande, dos fundos municipais e de entidades sociais. Acho que a
pertencesse ao Fundo Social. grande riqueza que um ser humano pode ter é a amizade.
Fora isso, tem um restaurante para funcionários que Se as pessoas não acreditarem na gente, não caminharem
estava muito ruim, então fizemos uma parceria para re- conosco na busca dos ideais, não temos nada.
formá-lo. Semana que vem (a entrevista foi concedida em Se o meu livro tivesse uma continuidade, quem sabe
2 de março) inauguro o restaurante. seria sobre esse projeto no Brasil? Poder estar nos lugares
Então, estou concluindo o meu trabalho porque só serei mais longínquos, onde tantas pessoas precisam de apoio,

.
presidente do Fundo até o dia 31 de março, já que no dia de apenas um empurrãozinho. Tenho ido a lugares tão
1º de abril saio para fazer a campanha do Geraldo. Ele se carentes e descoberto grandes talentos. As pessoas só pre-
afasta e eu me afasto também. cisam de oportunidades.

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Investimento

Montagem dos
equipamentos:
tecnologia de
fabricantes nacionais
A todo vapor
Pelo menos 180 funcionários trabalham em três turnos, por 15 meses, para
montar novos portêineres e RTGs que serão usados no Tecon Rio Grande

Q uem viu chegar ao Tecon Rio Grande carretas especiais com peças pesadas
nem imaginou que elas farão parte de um portêiner de aproximadamente
800 toneladas, 67 metros de altura e capacidade para içar até 50 toneladas de
até o cais e também de fácil acesso para
a chegada das peças”, afirma. No caso
dos portêineres, depois de montados,
carga. Quando esse guindaste já estiver em operação, ninguém pensará em são levados por trilhos provisórios
quanto tempo foi necessário para ele atuar no cais de um terminal de contêi- até o cais onde serão instalados, com
neres. São pelo menos 15 meses de montagem. Para dois portêineres e quatro cerca de 150 metros de extensão. Já
RTGs (Rubber Tyred Gantry) que o Tecon está adquirindo, são necessários cerca os RTGs podem se deslocar sozinhos
de 180 trabalhadores contratados pelo fabricante, divididos em três turnos de até o pátio.
montagem. Após a escolha do local, é desenha-
Como todas as partes do guindaste e dos RTGs foram feitas por empresas da a forma de montagem dos equi-
brasileiras, todas as peças vieram por rodovia. “Recebemos de vários locais, pamentos pela área de engenharia,
como Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, onde ficam os fornece- quando são entregues as etapas do
dores da Impsa do Brasil. São equipamentos top de linha, os mais modernos processo aos funcionários, com todos
disponíveis no mercado”, afirma Paulo Carrasco, gerente de manutenção do os dados necessários, como peso das
Tecon Rio Grande. A previsão é de que os equipamentos entrem em operação peças e a seqüência que deve ser se-
ainda neste primeiro semestre. guida. A distribuição das etapas serve
Para executar a montagem de um equipamento do porte de um guindaste, é para armazenar as peças conforme
necessária uma metodologia específica, com suporte da engenharia de montagem a seqüência desenhada, evitando-se
do fabricante. Nesse processo, são definidos os passos e a seqüência de peças a atropelos e remanejo desnecessários.

.
serem trabalhadas, com ajuda de um software desenvolvido pelo fabricante. Os novos equipamentos represen-
O processo da montagem começa na escolha do local onde ela será feita. “É tam um investimento da ordem de
preciso ser um lugar em que não haverá dificuldade para levar o equipamento US$ 16 milhões.

Fotos: João Paulo

Um dos quatro RTGs que o Tecon Rio Grande está adquirindo: equipamentos devem operar ainda neste semestre

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Motivação

Carreira em ascensão
Wilson, Sons busca práticas modernas em gestão de pessoal e cria
Programa de Recrutamento Interno

U ma ferramenta poderosa de motivação para os colaboradores, o Recru-


tamento Interno, cresce cada vez mais nas grandes empresas no Brasil. A
iniciativa é uma maneira de investir no profissional que já faz parte da casa e uma
e estar no mínimo há 12 meses no
cargo atual.
Segundo Jacqueline Resch, sócia-
boa oportunidade para reter talentos e dar oportunidade para o crescimento e diretora da empresa de consultoria
alavancagem da carreira do profissional. Resch RH, o recrutamento interno
Na busca do que há de mais moderno em gestão de pessoas, o Grupo Wilson, é um tipo de seleção estratégica de
Sons lançou no final de 2005 o seu Programa de Recrutamento Interno. “O gestão de pessoas, pois reconhece a
objetivo é dar a oportunidade de desenvolvimento aos profissionais de dentro da contribuição e o comprometimento
empresa e abrir a possibilidade de eles conhecerem outras atividades do Grupo”, da pessoa em relação ao trabalho.
afirma Carolina Ribeiro, coordenadora da área de Treinamento & Desenvolvi- “No entanto, o Recrutamento Inter-
mento/Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO) da Wilson, Sons. no deve ser muito bem conduzido”,
Além disso, o programa promove uma melhora no clima organizacional e va- alerta. A empresa que adotar esse
loriza o conhecimento que o funcionário detém sobre a empresa, minimizando tipo de seleção deve deixar claras as
o tempo de adaptação na nova função. competências para o cargo. Outro
O gestor decide a forma como será preenchida a vaga – Recrutamento Interno ponto fundamental é o feedback em
ou Externo. Feita a opção pelo Interno, as vagas são divulgadas regionalmente, relação ao processo como um todo.
e podem ser do nível operacional ao nível de gestão. Todos os funcionários e “É muito importante o funcionário
estagiários da companhia poderão se candidatar às vagas abertas e, para fazer parte ter as respostas de todas as etapas de
da seleção, deverão ter a ciência do seu gestor imediato, ter obtido o conceito que ele participar. Dessa forma, saberá
da última avaliação de desempenho igual ou superior a “atende à expectativa” exatamente quais os pontos que de-
vem ser trabalhados e o que ele precisa
fazer para conquistar a vaga em uma
outra oportunidade”, explica.
Dentre as regras do programa de
Recrutamento Interno da Wilson,
Sons está justamente o fato de o cola-
borador receber feedback a cada etapa
do processo de seleção, o que gera cre-
dibilidade no programa e transparência
no processo. Ao final da seleção, o
candidato aprovado recebe um comu-
nicado formal da área de Treinamento
& Desenvolvimento, parabenizando-o

.
pela sua aprovação no processo seletivo
e tem o seu nome e foto divulgados no
mural de sua localidade.

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Saúde

De olho na hipertensão arterial


Problema afeta 600 milhões de pessoas e é a terceira causa de morte no mundo

D ados da Organização Mundial


de Saúde (OMS) alertam para a
existência de 600 milhões de hiperten-
hipertensos sejam diagnosticados. O
diagnóstico é simples, basta ter a pressão
arterial aferida em condições adequadas.
sos no mundo. Só no Brasil, a Socie- A recomendação é que a aferição seja
dade Brasileira de Hipertensão estima realizada em todas as consultas médicas,
que sejam 30 milhões. Apesar de ser de qualquer especialidade, inclusive em
considerada a terceira causa de morte crianças a partir dos três anos. A SBH
mundial, a hipertensão ainda é negli- considera normal a pressão abaixo de 13
genciada pela própria população, que por 8,5 e ótima abaixo de 12 por 8.
desconhece a gravidade da doença. Embora a hipertensão arterial não
Os gastos públicos para tratar as com- seja uma doença cardíaca, elas estão in-
Patrícia Santos/Folha Imagem
plicações da enfermidade são enormes, trinsecamente relacionadas. A pressão
pois demandam internações onerosas alta ocorre porque os vasos nos quais
e cuidados prolongados – cirurgias o sangue circula se contraem, fazendo
cardiovasculares, transplantes, hemo- com que a pressão do sangue se eleve.
diálise, etc. Em 2000, o Sistema Único Essa pressão acaba causando danos à Brandão: paciente deve ter avaliação de
outros fatores de risco, como sobrepeso, alto
de Saúde contabilizou um gasto de R$ camada interna dos vasos, fazendo com nível de colesterol no sangue, estresse, fumo e
460 milhões com internações decor- que se tornem endurecidos e estreitos, sedentarismo
rentes de doenças cardiovasculares. De podendo, com o passar dos anos, en-
julho de 2000 a junho de 2001, 10% tupir ou romper-se. Essa ação implica apesar de muito importante, a hiper-
das internações do SUS foram em razão uma sobrecarga de trabalho ao coração tensão arterial é um dos fatores de risco
de doença cardiovascular. Dessas, 15% e aos rins e pode levar a problemas cardiovascular. “Precisamos avaliar jun-
estão diretamente relacionadas à hiper- sérios, como angina e infarto, derra- to ao paciente outros fatores associados
tensão e 80% por outras ocorrências me cerebral ou AVC, e paralisação da à hipertensão arterial, como sobrepeso
que têm a hipertensão como principal função dos rins. e obesidade, nível alto de colesterol no
fator de risco. “Nem sempre a hipertensão, sozi- sangue, diabetes, estresse, fumo, alcoo-
Se todos os hipertensos conhecessem nha, é quem vai mostrar as chances de lismo e sedentarismo”, ressalta.
a sua condição e estivessem sendo tra- problemas cardiovasculares, doença que Trezentas mil pessoas morrem anual-
tados com dieta, atividade física e me- traz um estrago enorme para o indiví- mente no país de doenças cardiovascu-
dicamentos, os especialistas garantem duo”, observa o cardiologista Ayrton lares, quase 50% delas em decorrência
que o quadro atual da saúde pública Pires Brandão, professor adjunto de da pressão alta. A taxa de incidência é
teria melhor aspecto. Esse tratamento Cardiologia da Universidade do Estado de 20% a 30% na população brasileira
deveria ser seguido por toda a vida, do Rio de Janeiro, secretário geral da adulta, chegando a 50% nas idades mais

.
uma vez que em 90% dos casos não Sociedade Mundial de Cardiologia e avançadas. “É preciso mudar o estilo
há cura para a hipertensão. ex-presidente da Sociedade Brasileira de vida da grande massa de jovens e de
A preocupação primeira é que os de Hipertensão. Segundo o especialista, toda a família”, diz.

NEW,S abril  maio 2006 13


Canal do Porto

O pequeno notável
Porto de Vitória completa 100 anos como precursor do maior complexo
portuário da América Latina

Q
uando as obras de construção do embarcações que circulam pela costa

Leonel Albuquerque / Codesa


Porto de Vitória foram iniciadas, brasileira. Hoje, apenas 20% dessa
em 1906, o Espírito Santo já comer- frota podem atracar em seus terminais.
cializava com outros países sua maior “Nossa baía tem restrições de opera-
riqueza: o café, um negócio que vinha ções marítimas, que dependem da maré
desde a época do império no Brasil. máxima. Com a dragagem, esperamos
A construção do primeiro terminal eliminar essa dependência da maré.”
organizado do estado, o Cais Comer- Hoje, o porto só pode receber navios
cial, abriu as portas da pequena capital com calado de 9,5 metros. A retirada
Vitória para o resto do mundo. de sedimentos do fundo da baía por
Hoje, ao completar seu primeiro meio das dragagens permitirá a atraca-
centenário, o porto tem escrita uma ção de navios com calado de até 11,3
história de sucesso: é o precursor do metros. “Isso abre uma perspectiva para
maior complexo portuário da América o mercado de maiores quantidades de
Latina, ficando atrás apenas do Porto embarcações e melhores cargas.” Mas
de Santos, em São Paulo. Em 2005, ainda não há prazo definido para que as
Vitória movimentou o segundo maior novas dimensões estejam disponíveis.
volume brasileiro de produtos exporta- Vista aérea do porto: em 2005, movimentou Desde 2004, o porto realiza obras
o segundo maior volume brasileiro de produtos
dos: US$ 11,3 bilhões em vendas para exportados de infra-estrutura com investimento
o mercado internacional, mais de 7,5 de R$ 56 milhões do Ministério dos
milhões de toneladas de mercadorias cooperação das empresas privadas que Transportes, que vão de pavimenta-
no período, como celulose, produtos atuam no complexo, como a Wilson, ção, reforma de armazéns, dragagem,
siderúrgicos, ferro e granéis líquidos. Sons, presente no Espírito Santo há recuperação de acessos rodoviário e
“Seria inimaginável o desenvolvimen- 64 anos. “A Wilson, Sons faz parte ferroviário, construção de nova es-
to do estado sem este complexo portuá- dessa história. Hoje, além da atuação trutura administrativa e ampliação do
rio. Vitória, por exemplo, passou de pe- como agência marítima, ‘reboca’ o sistema de segurança à capacitação de
quena cidade, em 1906, para uma capital nosso desenvolvimento através de funcionários.
à altura do crescimento econômico do suas embarcações. É uma empresa que “Esperamos alcançar em 2006 um
Espírito Santo”, orgulha-se Henrique sempre se modernizou para oferecer os crescimento de 7% a 10% em movi-
Germano Zimmer, diretor-presidente melhores serviços ao porto. Sem falar mentação de cargas em relação ao ano
da Companhia Docas do Espírito Santo dos mais de 100 postos de trabalho que passado. Desde 2004, registramos um
(Codesa), empresa que administra a zona gera”, destacou. aumento de 20% em nossas atividades
portuária de Vitória. Segundo Zimmer, após a conclu- de exportação e importação. Não

.
Zimmer reconhece que o avanço são das obras de dragagem, que estão há presente melhor para quem está
conseguido pelo porto nestes 100 sendo realizadas desde 2005, o Porto completando 100 anos do que tanto
anos deve-se também à atuação e de Vitória poderá receber até 80% das dinamismo.”

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Memória

Uma companhia
à frente dos tempos
Já na década de 40, o Grupo Wilson, Sons estava consolidado como a
maior trading company do Brasil

M uito antes de o termo “globali-


zação” fazer parte do dia-a-dia
(Caracas e Maracaibo). Na Europa e
na África, espalhava-se por meio de
do mundo dos negócios, o Grupo subsidiárias na França (Paris), Itália
Wilson, Sons já aplicava esse conceito (Milão), Portugal (Lisboa), Espanha
de forma prática na década de 40. Em (Madri), Bélgica (Antuérpia), Egito
plena era de Getúlio Vargas, o braço (Alexandria) e Senegal.
da companhia dedicado ao carvão já Os depósitos de carvão também
contava com 85 filiais no Brasil. Na estavam na costa oeste da África, nas
América do Sul, tinha unidades na ilhas da Madeira e do Cabo, em Serra
Argentina (Buenos Aires, Rosário Leoa, Tenerife, Las Palmas, Canárias e Moedas cunhadas pela Wilson, Sons para
e Santa Fé), Uruguai e Venezuela Dakar. A subsidiária em Nova York, pagamento de funcionários na Segunda
Guerra Mundial
nos Estados Unidos, era a única que
incluía em sua razão social o nome
Centro de Memória WS

Pellew, referente a um dos fundadores ferro, cimento, arames e implementos


do Grupo. agrícolas.
A essa época, a companhia já estava Ainda durante a guerra, a Wilson,
consolidada como a maior trading com- Sons foi obrigada a cunhar, com fre-
pany do Brasil. Exportava, inclusive, o qüência, o seu dinheiro, em razão da
brim cáqui dos uniformes que vestiam falta de numerário em circulação. A
as tropas britânicas que lutavam contra companhia desenhava e encomendava
o exército de Adolf Hitler. Na pauta moedas quadradas e redondas e as distri-
de exportações, tinha fatia expressiva buía aos funcionários como pagamento.
do mercado, com produtos como Esse dinheiro era aceito em vários

.
mamona, couro e arroz, do qual saíam estabelecimentos comerciais, como
Fachada da filial em Buenos Aires, na
Argentina: uma das várias unidades da pelo Porto de Santos, mensalmente, 60 armazéns, confeitarias, armarinhos e
companhia espalhadas pelo mundo mil sacas. Na importação, era forte em empórios no Rio de Janeiro.

NEW,S é uma publicação do Grupo Wilson, Sons, produzida pela Canal de Comunicação. Os artigos assinados e opiniões são de total responsabilidade
de seus autores. Nenhum material desta publicação pode ser reproduzido sem prévia autorização.

Diretora Responsável: Adriane Abdo Coordenação Editorial: Comunicação - DHO Editora: Ana Heloísa Ferrero Diagramação: Selma Quinália Revisão: Juliana Boa
Redação: Ana Heloísa Ferrero, Angela Gusikuda, Maria Finetto e Marina Franco Colaboraram para esta edição: Gláucio Rodrigues e Flávia Vasconcelos Ilustração:
Roni Capa: Carlos Nogueira Endereço para Correspondência: R. Barão de Paranapanema, 146, 10º andar – CEP 13026-010 – Campinas (SP) Fone: (19) 3295-3525
E-mail: news@canaldecomunicacao.com.br Empresa associada

Esta revista foi impressa com o papel Starmax produzido pela Votorantim Celulose e Papel S.A.
Miolo: 90 gr Capa: 115 gr

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