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REGIMENTO

RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA

REGIMENTO Nº 01, DE 17 DE ABRIL DE 2013

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Capítulo I - DA CARACTERIZAÇÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA
FAMÍLIA.

Art. 1º - A Residência Multiprofissional em Saúde da Família (RMSF) constitui modalidade


de ensino de pós-graduação Lato Sensu, em regime de tempo integral, com carga horária
semanal de 60hs e dedicação exclusiva, em conformidade com a Portaria Interministerial nº
1.077, de 12 de novembro de 2009, e a Resolução nº 2, de 13 de abril de 2012, funcionando em
Instituições de Saúde, universitárias ou não, sob a orientação de profissionais com qualificação
ética e profissional.

Art. 2º - A RMSF de Sobral, implantada através da parceria entre o Ministério da Saúde e


a Prefeitura Municipal de Sobral, tem a Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de
Sabóia (EFSFVS) como responsável pela coordenação técnico-pedagógica, através da
Resolução nº 001, de 15 de fevereiro de 2008, da Secretaria da Saúde de Sobral com a
Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA).
§ 1º - A RMSF de Sobral é aberta a candidatos graduados em Cursos da área de saúde,
em conformidade com a Portaria Interministerial nº 1.077, de 12 de novembro de 2009, visando
promover a construção e aprofundamento de conhecimentos nas dimensões do ser, fazer e
saber na Estratégia Saúde da Família (ESF).
§ 2º - A RMSF caracteriza-se como educação para o trabalho em nível de pós-graduação,
através da aprendizagem em serviço no Sistema Saúde Escola de Sobral, com ênfase na ESF.

Capítulo II - DO OBJETIVO GERAL E DOS OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA RESIDÊNCIA

Art. 3º - A RMSF tem como objetivo geral desenvolver tecnologias para a ESF, a partir da
construção de competências teórico-metodológicas, técnico-operativas, sociais, políticas e
humanas para as diversas categorias profissionais da saúde, de modo orgânico, participativo e
alimentador da prática, na perspectiva da Promoção da Saúde, com vistas à transformação de
práticas para a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS).

Art. 4º - Apresenta como objetivos específicos:


I - Desenvolver, junto às categorias profissionais, uma atuação em equipe de forma
cooperativa, interdisciplinar e ética, interagindo com a cultura da comunidade na qual estão
inseridas e de forma articulada com os outros profissionais que atuam no Sistema de Saúde,
bem como, nas outras políticas públicas locais;
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II - Identificar e aperfeiçoar continuamente os conhecimentos, as atitudes e as habilidades
técnicas específicas de cada categoria, bem como aquelas comuns a todas, para o
desenvolvimento de tecnologias na ESF na perspectiva da Promoção da Saúde;
III - Conhecer e tomar em consideração o contexto de parcerias, alianças e oposições de
interesses locais, nacionais e internacionais;
IV - Facilitar a construção de relações humanas pautadas na amorosidade, na capacidade
de escuta e respeito ao outro, na solidariedade, indignando-se e agindo perante as situações de
injustiças;
V - Garantir que o processo educativo surja das necessidades de saúde do território,
enfrentando os desafios identificados, tendo o compromisso de viabilizar uma prática
competente e transformadora, participativa e produtora de tecnologias;
VI - Criar condições aos (as) participantes do processo para definir e redefinir
permanentemente os objetivos e os meios de sua atuação, respeitando a dimensão individual e
coletiva;
VII - Considerar e apurar na atuação, os ritmos, o sentir, o pensar, o querer e o agir de
todas as pessoas envolvidas no processo (sejam residentes, tutores/as e preceptores/as do
programa, comunidade, profissionais da atenção e da gestão do sistema).

Capítulo III - DA CRIAÇÃO, INSTALAÇÃO E CREDENCIAMENTO DO CURSO

Art. 5º - A RMSF de Sobral é condicionada à existência de:


I - Condições propícias ao desenvolvimento da educação para o trabalho, considerando o
contexto histórico da Atenção Primária à Saúde (APS) e da ESF em Sobral;
II - Condições adequadas de qualificação e de dedicação da tutoria e preceptoria nas
áreas de conhecimento ou linhas de pesquisas envolvidas na Residência;
III - Atividade criadora e transformadora, demonstrada pela inserção nos territórios e pela
produção científica na área de atuação da Residência.

Art. 6º - A Proposta Político Pedagógica da RMSF deverá conter, no mínimo, as


seguintes informações:
I - Justificativa, demonstrando contextualização do Programa, relevância de sua atuação
na área e suas perspectivas futuras;
II – Marco teórico-metodológico;
III – Identificação do corpo pedagógico, funções e perfil de competências;
IV– Perfil das competências de núcleo e campo dos residentes;
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V- Organização da estrutura curricular do Programa, determinando o caráter obrigatório e
optativo de atividades (quando aplicável);
VI – Sistema de Avaliação da Residência;
VII - Estabelecimento da organização administrativa e acadêmica da Residência;
VIII - Descrição sucinta e atualizada das instalações, equipamentos, biblioteca e recursos
bibliográficos a serem utilizados na Residência;
IX - Número inicial de vagas e critérios para seu preenchimento;
X - Perfil do egresso.

Capítulo IV - DO QUE COMPETE À COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIAS


MULTIPROFISSIONAIS EM SAÚDE, À SECRETARIA DA SAÚDE, À ESCOLA DE
FORMAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA VISCONDE DE SABÓIA E À UNIVERSIDADE
ESTADUAL VALE DO ACARAÚ

Art. 7º - São entidades envolvidas para o desenvolvimento da RMSF: a Comissão


Nacional de Residências Multiprofissionais em Saúde (CNRMS), a Secretaria Municipal de
Saúde de Sobral, a EFSFVS e a UVA.

Art. 8º - Compete à CNRMS, conforme a Portaria Interministerial nº 1.320, de 11 de


novembro de 2010:
I - Elaborar diretrizes e estabelecer competências para a organização e avaliação dos
Programas de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde;
II - Estabelecer normas pertinentes ao seu âmbito de atuação;
III - Autorizar e reconhecer os Programas de Residência Multiprofissional em Saúde e
Residência em Área Profissional da Saúde, bem como credenciar as instituições habilitadas para
oferecê-los;
IV - Avaliar os Programas de Residência Multiprofissional em Saúde e Residência em
Área Profissional da Saúde, zelando para que funcionem de acordo com os princípios e
diretrizes do SUS e que atendam às necessidades sócio-epidemiológicas da população
brasileira;
V - Sugerir modificações ou suspender a autorização dos Programas de Residência
Multiprofissional em Saúde e Residência em Área Profissional da Saúde que não estiverem de
acordo com a legislação e regulamentação aplicáveis;
VI – Registrar certificados de conclusão em Programas de Residência Multiprofissional
em Saúde e Residência em Área Profissional da Saúde, de validade nacional, com
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especificação de área profissional, com respectivo número de registro profissional, e área de
concentração do Programa;
VII - Fixar a duração e a carga horária mínima e máxima para a Residência
Multiprofissional em Saúde e a Residência em Área Profissional da Saúde;
VIII - Propor e adotar medidas visando à qualificação e à consolidação de Programas de
Residência Multiprofissional em Saúde e Residência em Área Profissional da Saúde;
IX - Propor e adotar medidas para a melhoria das condições educacionais e profissionais
dos residentes;
X - Promover e divulgar estudos sobre a Residência Multiprofissional em Saúde e
Residência em Área Profissional da Saúde;
XI - Propor e adotar medidas objetivando a articulação da Residência Multiprofissional em
Saúde com a graduação e com outras formas de pós-graduação;
XII - Propor políticas educacionais para a Residência Multiprofissional em Saúde e
Residência em Área Profissional da Saúde, em consonância com as necessidades regionais e
nacionais;
XIII - Propor formas de integração da CNRMS com Instituições de Ensino e/ou Saúde,
governamentais ou não, visando ao aprimoramento da educação nos programas de Residência;
XIV - Criar subcomissões, por meio de ato normativo próprio, sempre que matérias e
demandas assim o exigirem, estabelecendo o prazo de funcionamento, os temas e questões
específicas sobre as quais deverão apresentar estudos e ou emitir pareceres;
XV - Criar Câmaras Técnicas para assessoramento permanente da Comissão nas
questões relacionadas à autorização e reconhecimento dos programas de Residência.

Art. 9º - Compete à Secretaria Municipal de Saúde de Sobral:


I – Envidar esforços na busca de parcerias para o financiamento e desenvolvimento da
Residência;
II – Disponibilizar a infraestrutura e o componente humano do Sistema Saúde Escola para
que sejam viabilizadas as vivências de aprendizagem (vivências teórico-práticas, vivências de
território, vivências de produção científica e vivências de extensão);
III – Financiar a contratação dos coordenadores, preceptores/as, tutores/as e pessoal de
apoio técnico e administrativo.

Art. 10 - Compete à Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia:


I - A Coordenação técnica e pedagógica da RMSF;
II - A elaboração e desenvolvimento da Proposta Pedagógico da Residência;
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III – A realização do processo de seleção dos bolsistas previstos no projeto da
Residência;
IV – A elaboração do Regimento da Residência;
V – A elaboração do relatório técnico pedagógico da Residência;
VI – A administração, em parceria com a Secretaria da Saúde, dos trâmites relacionados
à gerência de pessoal no que concerne a frequências, férias, licença, trancamento,
transferência, afastamento e desligamento.

Art. 11 - Compete à Universidade Vale do Acaraú:


I - Avaliar Proposta Pedagógica mediante apreciação do Conselho de Ensino, Pesquisa e
Extensão em conformidade com a legislação vigente do Conselho Nacional de Educação para
cursos na modalidade Lato Sensu;
II - Disponibilizar, quando necessário, equipamentos e espaços físicos para o bom
andamento da Residência;
III - Garantir a certificação de conclusão da Especialização com caráter de Residência em
Saúde da Família para os residentes que atingirem aprovação, segundo critérios estabelecidos
pelo Programa de Residência;
IV – Instituir e assegurar a Comissão da Residência Multiprofissional em Saúde
(COREMU).

Capítulo V - DO CORPO DOCENTE

Art. 12 - O corpo docente da RMSF é formado pelo (a) coordenador (a), tutores (as) e
pelos (as) preceptores.
§ 1º - Conforme a Resolução CNRMS nº 2, de 13 de abril de 2012, a função de tutor
caracteriza-se por atividade de orientação acadêmica de preceptores e residentes, estruturada
preferencialmente nas modalidades de tutoria de núcleo e tutoria de campo, exercida por
profissional com formação mínima de mestre e experiência profissional de, no mínimo, 03 (três)
anos.
I - A tutoria de núcleo corresponde à atividade de orientação acadêmica voltada à
discussão das atividades teóricas, teórico práticas e práticas do núcleo específico profissional,
desenvolvidas pelos preceptores e residentes;
II - Tutoria de campo corresponde à atividade de orientação acadêmica voltada à
discussão das atividades teóricas, teórico práticas e práticas desenvolvidas pelos preceptores e

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residentes, no âmbito do campo de conhecimento, integrando os núcleos de saberes e práticas
das diferentes profissões que compõem a área de concentração do programa.
A RMSF de Sobral traz a tutoria como função de apoio pedagógico-assistencial no campo de
aprendizagens e de gestão dos profissionais da ESF. Estes devem pertencer ao Sistema de
Saúde Escola e estar diariamente presente nos territórios onde se desenvolvem as
aprendizagens em serviço. Esse papel da tutoria busca adequar-se no quesito formação e
experiência profissional a Resolução da CNRMS nº 2, de 13 de abril de 2012.

§ 2º - Conforme a Resolução CNRMS nº 2, de 13 de abril de 2012, a função de preceptor


caracteriza-se por supervisão direta das atividades práticas realizadas pelos residentes nos
serviços de saúde onde se desenvolve o programa, exercida por profissional vinculado à
instituição formadora ou executora, com formação mínima de especialista.
I - O preceptor deverá, necessariamente, ser da mesma área profissional do residente sob
sua supervisão, estando presente no cenário de prática;
II - A supervisão de preceptor de mesma área profissional, mencionada no § 1º, não se
aplica a programas, áreas de concentração ou estágios voltados.

§ 3º - São competências do Coordenador (a) da Residência:


I - Fazer cumprir as deliberações da COREMU;
II - Garantir a implementação do programa;
III - Coordenar o processo de auto-avaliação do programa;
IV - Coordenar o processo de análise, atualização e aprovação das alterações da
Proposta Pedagógica junto à COREMU;
V- Constituir e promover a qualificação dos/as tutores/as e preceptores/as, submetendo-
os à aprovação pela COREMU;
VI - Mediar as negociações interinstitucionais para viabilização de ações conjuntas de
gestão, ensino, educação, pesquisa e extensão;
VII - Promover a articulação do programa com outros programas de residência em saúde
da instituição, incluindo a médica, e com os cursos de graduação e pós-graduação;
VIII - Fomentar a participação dos residentes, tutores e preceptores no desenvolvimento
de ações e de projetos interinstitucionais em toda a extensão da rede de atenção e gestão do
SUS;
IX - Promover a articulação com as Políticas Nacionais de Educação e da Saúde e com a
Política de Educação Permanente em Saúde do seu estado por meio da Comissão de
Integração Ensino - Serviço (CIES);
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X - Responsabilizar-se pela documentação do programa e atualização de dados junto às
instâncias institucionais locais de desenvolvimento do programa e à CNRMS;
XI - Gerenciar a Proposta Pedagógica da Residência considerando as diretrizes
estabelecidas pelo Sistema Municipal de Saúde e pela CNRMS.

§ 4º - São competências da Preceptoria e Tutoria:


I - Reconhecer as bases conceituais da ESF e do SUS, bem como a realidade sócio-
cultural-epidemiológica dos territórios;
II - Colaborar com os residentes na organização dos serviços dos Centros de Saúde da
Família;
III - Contribuir para o aprofundamento técnico-científico dos residentes e dos profissionais
da equipe do Centro de Saúde da Família;
IV - Garantir que os residentes participem de processo formativo para que intervenham
junto com a equipe nas situações problema encontradas no território;
V - Garantir que os residentes participem de processo formativo para que contribuam na
organização e funcionamento de grupos;
VI - Avaliar o processo formativo de cada residente.

§ 5º - São competências específicas da Tutoria:


I - Implementar estratégias pedagógicas que integrem saberes e práticas, promovendo a
articulação ensino-serviço, de modo a proporcionar a aquisição das competências previstas na
Proposta Pedagógica do programa, realizando encontros periódicos como os residentes com
freqüência mínima semanal, contemplando todas as áreas envolvidas no programa;
II - Organizar, em conjunto com os preceptores, reuniões periódicas para implementação
e avaliação da Proposta Pedagógica;
III - Participar do planejamento e implementação das atividades de educação permanente
em saúde;
IV - Planejar e implementar, junto aos preceptores, equipe de saúde, docentes
convidados e residentes, ações voltadas à qualificação dos serviços e desenvolvimento de
novas tecnologias para atenção e gestão em saúde;
V - Articular a integração dos preceptores e residentes com os respectivos pares de
outros programas, incluindo da residência médica, bem como com estudantes dos diferentes
níveis de formação profissional na saúde;
VI - Participar do processo de avaliação dos residentes;

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VII - Participar da avaliação da Proposta Pedagógica do programa, contribuindo para o
seu aprimoramento;
VIII - Promover a integração dos residentes com os outros profissionais e a comunidade;
IX - Promover a integração do residente com as redes sociais do território;
XI - Colaborar na organização do processo de trabalho dos residentes, na perspectiva da
interdisciplinaridade.

§ 6º - São competências específicas da Preceptoria:


I - Exercer a função de orientador de referência para o(s) residente( s) no desempenho
das atividades práticas vivenciadas no cotidiano da atenção e gestão em saúde;
II - Orientar e acompanhar, com suporte dos(as) tutores(as) o desenvolvimento do plano
de atividades teórico-práticas e práticas do residente, devendo observar as diretrizes da
Proposta Pedagógica;
III - Facilitar a integração dos(as) residente(s) com a equipe de saúde, usuários
(indivíduos, família e grupos), residentes de outros programas, bem como com estudantes dos
diferentes níveis de formação profissional na saúde que atuam no campo de prática;
IV - Participar, junto com os(as) residente(s) e demais profissionais envolvidos no
programa, das atividades de pesquisa e dos projetos de intervenção voltados à produção de
conhecimento e de tecnologias que integrem ensino e serviço para qualificação do SUS;
V - Identificar dificuldades e problemas de qualificação dos(as) residente(s) relacionadas
ao desenvolvimento de atividades práticas de modo a proporcionar a aquisição das
competências previstas na Proposta Pedagógica do programa, encaminhando-as ao(às)
tutores(as) quando se fizer necessário;
VI - Proceder, em conjunto com os(as) tutores, a formalização do processo avaliativo do
residente;
VII - Participar da avaliação da implementação da Proposta Pedagógica do programa,
contribuindo para o seu aprimoramento;
VIII - Orientar o residente quanto às práticas específicas da categoria na ESF;
VIII - Sistematizar juntamente com os residentes o fazer da categoria;
IX - Colaborar na organização do processo de trabalho dos residentes, quanto às práticas
específicas da categoria na ESF.
§ 7º As disposições legais quanto ao caráter e função de tutoria, preceptoria e
coordenação encontram-se amparadas na Resolução nº 2 de, 13 de abril de 2012 da CNRMS.

Capítulo VI - COMISSÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE


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Art. 13 - A RMSF será vinculada à COREMU da UVA.
Parágrafo único. Conforme a Resolução nº 2, de 04 de maio de 2010, da CNRMS, a
COREMU constitui-se enquanto instância de colegiado, com Regimento Interno próprio e deverá
funcionar de forma articulada com as instâncias de decisão formal existentes na hierarquia da
instituição.

Art. 14 – São atribuições da COREMU:


I – Coordenação, organização, articulação, supervisão, avaliação e acompanhamento de
todos os Programas de Residência Multiprofissional ou em Área Profissional da Saúde de uma
instituição formadora;
II - Acompanhamento e avaliação de desempenho dos discentes;
III - Definição de diretrizes, elaboração de editais e acompanhamento do processo
seletivo de candidatos;
IV - Aprovação do calendário da Residência;
V - Acompanhamento das atividades da Residência e sugestão de quaisquer medidas
julgadas úteis ao desenvolvimento do Projeto Pedagógico do Programa.
VI - Deliberação sobre questões de natureza disciplinar referentes ao programa de
Residência.
Parágrafo único. A COREMU será responsável por toda a comunicação e tramitação de
processos junto à CNRMS.

Capítulo VII – DOS DIREITOS E DEVERES DO (A) COORDENADOR (A), TUTORES (AS),
PRECEPTORES (AS) E RESIDENTES

Art. 15 - São direitos do (a) coordenador (a), tutores (as) e dos (as) preceptores (as):
§1º – Receber remuneração mensal no valor fixado pela Secretaria da Saúde e
considerando a carga tributária pertinente no município;
§2º – Gozar de 30 dias de férias anuais, mediante calendário a ser definido pela direção
da EFSFVS em consonância com a Secretaria de Saúde de Sobral;
§3º – Usufruir de folgas em relação ao trabalho que exceda às 40hs semanais. Sendo as
atividades noturnas iguais aos turnos trabalhados e as atividades nos finais de semana
correspondentes ao dobro do turno trabalhado.
I - O(A) tutor(a) e preceptor(a) devem comunicar a coordenação, com antecedência de
uma semana o interesse em usufruir das folgas. Estas devem ser gozadas em até 90 (noventa)
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dias e não ultrapassar dois dias consecutivos, sendo pactuadas com a coordenação, de forma a
não comprometer as atividades do território.
§4º – Aperfeiçoar-se de acordo com o programa da RMSF;
§5º - Utilizar o Centro de Documentação David Capistrano, o Laboratório de Informática
da EFSFVS e o acervo bibliográfico da UVA;
§6º - Participar de Cursos, Congressos e outros eventos científicos, desde que solicite à
Coordenação da Residência, com antecedência mínima de 20 dias, encaminhando, se for o
caso, projeto/trabalho à Comissão Científica da Secretaria de Saúde, que julgará relevância ou
não. Em caso de parecer favorável da Comissão Científica, o solicitante aguardará liberação da
Coordenação da Residência;
I - O número de eventos científicos ficará limitado a no máximo 03 eventos por ano de
residência, salvo cursos, congressos e outros eventos científicos que a participação for por
representação. As exceções neste parágrafo serão deliberadas pela COREMU.
§7º - À coordenadora, tutora e à preceptora será assegurada o auxílio maternidade
durante o período de 120 (cento e vinte) dias, quando se tratar de licença maternidade ou
adoção, conforme legislação da Previdência Social, devendo a mesma informar com
antecedência de 30 dias o seu afastamento à Coordenação da RMSF.
§8º – Ao coordenador, tutor e preceptor será assegurada licença paternidade de 5 (cinco)
dias.
§9º – Em casos de matrimônio, será assegurada licença de 5 (cinco) dias.
§10º - Em caso de óbito de parentes de 1º grau, ascendentes ou descendentes, será
concedida licença nojo de 8 (oito) dias.

Art. 16 - São deveres do (a) coordenador (a):


I - Firmar Contrato de Bolsa de Trabalho com a Secretaria Municipal de Saúde de Sobral;
II - Coordenar o processo de análise, atualização e aprovação das alterações da Proposta
Pedagógica junto à COREMU;
III – Elaborar e encaminhar à direção da EFSFVS, anualmente, relatório das atividades da
Residência de acordo com as instruções desse órgão;
IV – Coordenar as reuniões do corpo docente e da residência;
V – Promover a discussão da Proposta Pedagógica e do Regimento da Residência entre
tutores(as), preceptores(as) e residentes;
VI – Elaborar, com o corpo docente e os residentes R2, o calendário das atividades da
Residência.

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Art. 17 - São deveres dos tutores(as) e preceptores(as):
I - Firmar Contrato de Bolsa de Trabalho com a Secretaria Municipal de Saúde de Sobral;
II - Cumprir as determinações orientadoras da Resolução nº. 02, de 13 de abril de 2012
da CNRMS;
III – Cuidar do desenvolvimento das atividades pedagógicas da Residência;
IV - Cumprir rigorosamente os horários que forem pactuados nos Centros de Saúde da
Família e na EFSFVS;
V - Trabalhar em equipe multiprofissional e interprofissional com os demais membros da
equipe de Saúde da Família, do Núcleo de Apoio à Saúde da Família, dos profissionais das
Residências em Saúde e do sistema que venham a contribuir para o processo de aprendizagem;
VI – Apropriar-se da Proposta Pedagógica e do Regimento da Residência;
VII – Participar das rodas do corpo docente e das rodas ampliadas da RMSF;
VIII – Participar das rodas de macro área e ampliadas do colegiado de gerentes da
Secretaria de Saúde;
IX – Participar das convocações dos Comitês Municipais que deliberem assuntos
pertinentes à APS em seus territórios de atuação;
X - Apresentar atestado médico, quando de seu afastamento por motivos de saúde, no
início da vigência do mesmo.

Art.18 - São direitos dos Residentes:


§1º Aperfeiçoar-se de acordo com os princípios do SUS e os objetivos da Proposta
Pedagógica do Programa da RMSF de Sobral;
§2º Receber bolsa de estudo no valor mensal fixado pelo Ministério da Saúde;
§3º Receber certificado quando obtida a aprovação final e mediante o cumprimento da
carga horária total do Programa;
§4º Gozar de 30 dias de férias anuais, mediante calendário a ser deliberado pela
coordenação da RMSF, em consonância com a Secretaria Municipal de Saúde de Sobral;
§5º Usufruir de folgas iguais aos turnos de atividades realizadas nos sábados e dois
turnos de folga para cada turno trabalhado nos domingos e feriados. Não podendo ultrapassar
25% da equipe de residência utilizando folgas simultaneamente.
I - O residente deve comunicar ao tutor, via formulário de requerimento, com antecedência
de uma semana o interesse em usufruir das folgas. Estas devem ser gozadas em até 90
(noventa) dias e não ultrapassar dois dias consecutivos, de forma a não comprometer as
atividades do território.

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§6º Utilizar o Centro de Documentação David Capistrano, o Laboratório de Informática da
EFSFVS e o acervo bibliográfico da UVA;
§7º Participar de Curso, Congressos e outros eventos científicos, desde que solicite à
Coordenação da Residência, com antecedência mínima de 20 dias, encaminhando, se for o
caso, projeto/trabalho à Comissão Científica da Secretaria da Saúde, que julgará relevância ou
não. Em caso de parecer favorável da Comissão Científica, o solicitante aguardará liberação da
Coordenação da Residência;
I - Em caso de apresentação de trabalho referente à atuação na Residência, o residente
deve apresentá-lo ao tutor, ao preceptor e demais profissionais envolvidos, antes de submeter à
apreciação da Comissão Científica.
II – O número de curso é limitado a 01 curso durante o período de residência. O curso
deve ser relacionado à área de Saúde da Família, com carga horária máxima de 60hs de
duração.
III- O número de eventos científicos é limitado a no máximo 02 em cada ano de
residência, salvo exceções a serem deliberadas pela COREMU. O número de eventos não será
cumulativo, e os mesmos devem ser relacionados à área de Saúde da Família.
IV- Em situações que o evento coincidir com ciclo de aprendizagem, o residente deverá
apresentar atividade de reposição do conteúdo orientada pelo facilitador.
§8º – À residente será assegurado o auxílio maternidade durante o período de 120 (cento
e vinte) dias, quando se tratar de licença maternidade ou adoção, conforme legislação da
Previdência Social, devendo a mesma informar com antecedência de 30 dias o seu afastamento
à Coordenação da RMSF.
§9º - Ao residente será assegurada licença paternidade de 5 (cinco) dias, conforme
Resolução nº 3 de 17 de fevereiro de 2011.
§10º – Em casos de matrimônio será assegurada licença de 5 (cinco) dias.
§11º – Em caso de óbito de parentes de 1º grau, ascendentes ou descentes, será
concedida licença nojo de oito dias, conforme Resolução nº 3 de 17 de fevereiro de 2011.
§12º - Em quaisquer casos de ausência justificada das atividades do programa, a falta
não será comunicada ao Ministério da Saúde, porém, o residente deve repor os turnos
pertinentes, para fins de conclusão da carga horária mínima exigida para conclusão da
Residência.

Art. 19 - São deveres dos Residentes


§1º Cumprir as determinações normativas da Portaria Interministerial nº 1.077, de 12 de
novembro de 2009, e da Resolução nº 2, de 13 de abril de 2012, que incluem uma carga
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semanal de 60 (sessenta) horas, com dedicação exclusiva, respeitando as especificidades de
cada território e primando pelo bom desenvolvimento das atividades da Residência;
§2º Participar das atividades pedagógicas da Residência;
§3º Cumprir rigorosamente os horários que forem pactuados nos Centros de Saúde da
Família, nos territórios e na EFSFVS;
§4º Trabalhar em equipe multiprofissional e interprofissional com os demais membros da
equipe de Saúde da Família, do Núcleo de Apoio à Saúde da Família, dos profissionais das
Residências em Saúde e do sistema que venham a contribuir para o processo de aprendizagem;
§5º Apoiar as atividades das equipes de R1 nos aspectos relativos aos ciclos de
aprendizagem e às atividades nos territórios;
§6º Cumprir as atribuições dos residentes que estão dispostas no Art. 15º da Resolução
nº 2 de 13 de abril de 2012;
§ 7º Preencher os formulários do SIREMU e entregar na primeira roda de categoria do
mês;
§8º Repor carga horária prevista, quando do afastamento por motivo devidamente
justificado;
§9º Apresentar atestado médico, quando de seu afastamento por motivos de saúde, no
início da vigência do mesmo.

Capítulo VIII – DO TRANCAMENTO E TRANSFERÊNCIAS.

Art. 20 - Conforme Resolução nº 3, de 17 de fevereiro de 2011, é previsto o trancamento


de matrícula de residentes que poderá ser de caráter parcial, quando se tratar de período inferior
de 24 meses, ou total, quando for referente à duração integral da residência.
§1º- O trancamento poderá ser solicitado pelo residente por problemas de saúde
pessoal ou de parentes em linha reta, ascendentes ou descendentes, mediante comprovação
por atestado médico, analisado e comprovado por peritos do Sistema Saúde Escola, ou
declaração quando se tratar de parentes.
§2º- Para o cumprimento de obrigações militares, o trancamento poderá ser concedido,
excepcionalmente, mediante aprovação da COREMU e homologação da CNRMS.
§3º - Durante o período de trancamento fica suspenso o pagamento da bolsa.
§4º - Para requerer o trancamento, o residente deverá encaminhar a solicitação à
COREMU, acompanhada das devidas comprovações e de parecer do tutor e preceptor do
residente, sobre o impacto do trancamento na equipe na qual está integrado o residente e no

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programa do qual participa, após ciência do (a) coordenador (a) do programa, tendo como
conteúdo o prazo e a justificativa do trancamento solicitado.
§5º - O impacto referido no parágrafo anterior será considerado para o deferimento ou
indeferimento do trancamento.
§6º - O residente poderá se fazer presente na reunião em que será analisado o pedido de
trancamento.
§7º - O residente deverá aguardar, em atividade no período integral da residência, a
decisão da COREMU e da CNRMS.
§8º - O retorno do residente ao programa está condicionado à oferta de nova turma.
§9º - O pedido de trancamento poderá ser feito por procuração ou pelo procurador nato
(mãe), desde que comprovada a procuração e atendidas as exigências desta norma.

Art. 21 - A transferência de profissional da saúde residente deste programa de residência


para outro da mesma área de concentração e em área profissional, somente será possível com
aprovação das Comissões de Residências Multiprofissionais de origem e de destino e da
CNRMS conforme Resolução nº 2, de 02 de fevereiro de 2011 da CNRMS.
§1º - Para requerer transferência para outro programa, o residente deverá encaminhar a
solicitação à COREMU, após ciência do (a) coordenador (a), tendo como conteúdo a justificativa
para transferência e a descrição do programa de destino.
§2º - A solicitação deve ser acompanhada de parecer, do tutor e preceptor do residente,
sobre o impacto da transferência na equipe na qual está integrado o residente e no programa do
qual participa.
§3º - O impacto referido no parágrafo anterior será considerado para o deferimento ou
indeferimento da transferência.
§4º - O residente poderá se fazer presente na reunião em que será analisado o pedido de
transferência.
§5º - O residente deverá aguardar, em atividade no período integral da residência, a
decisão da COREMU e da CNRMS.
§6º - O aceite de transferência para este programa só poderá ser admitido, quando
houver vaga ociosa na residência por categoria – COMPROVADA POR DOCUMENTAÇÃO DO
PROGRAMA DE DESTINO, e quando não houver prejuízo em relação a questões pedagógicas,
de grade curricular e no primeiro ano de residência.

Capítulo IX – DAS PENALIDADES E DO DESLIGAMENTO DO(A) COORDENADOR(A),


TUTORES(AS), PRECEPTORES(AS) E RESIDENTES.
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Art. 22 - Em situações de abandono das atividades por parte do(a) coordenador(a),
tutor(a), preceptor(a) e do(a) residente, sem justificativa, ao território ou a qualquer das
atividades pedagógicas da Residência, será passível de penalidade, considerando o previsto no
Art. 23º deste regimento.
§1º - Considera-se Abandono, falta às atividades da Residência sem causa justificada por
03 (três) dias consecutivos ou 12 (doze) turnos no período de 01 (um) mês.

Art. 23 - Será passível de punição o(a) coordenador(a), tutor(a), preceptor(a) e o(a)


residente cuja conduta esteja em desacordo com o preceituado neste Regimento e no Código de
Ética de sua profissão.
§1º - As penalidades obedecerão à seguinte graduação
I – Advertência verbal
II – Advertência escrita;
III – Desligamento.
§2º - A ordem acima poderá ser alterada de acordo com a gravidade da infração cometida
em relação a este Regimento e ao Código de Ética da Profissão.
§3º - A advertência verbal e escrita serão realizadas pela Coordenação do Programa e as
situações de desligamento e a aplicação desta penalidade serão de responsabilidade da
COREMU.

Art. 24 - Ao receber denúncias de irregularidades no serviço, descumprimento deste


Regimento e/ou do Código de Ética da Profissão, será solicitado por escrito pelo(a)
coordenador(a), tutor(a) ou preceptor(a) da Residência, onde o(a) coordenador(a), se julgar
necessário, as encaminhará para serem avaliadas na COREMU.
§1º- O profissional em questão será chamado para prestar esclarecimentos dentro de
05(cinco) dias úteis ao coordenador(a), que solicitará reunião extraordinária da COREMU, se
necessário, para apreciar o caso.
§2º- Na reunião da COREMU será concedida ao profissional ampla liberdade de defesa,
ficando assegurado o máximo de sigilo.
§3º - A decisão será preferencialmente por consenso, podendo ser decidido por votação
de maioria simples, sem a presença do implicado, e será encaminhado um documento
reservado ao interessado.

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Art. 25 - O desligamento do(a) coordenador(a), tutor(a), preceptor(a) ou residente
ocorrerá nas seguintes hipóteses:
I - A pedido do mesmo (desistência);
II - Ao término da Residência;
III - Por abandono;
IV – Após aplicação de advertência escrita (quando houver reincidência do
comportamento ou falha observada na respectiva advertência);
V - Quando comprovadas, pela COREMU, dificuldades não superáveis no relacionamento
com os usuários dos serviços, residentes, corpo docente, Equipe de Saúde da Família e/ou
funcionários;
VI - Quando comprovada, pela COREMU, evidente falta de interesse para com as
atividades teóricas, prático-assistenciais e/ou as vivências de aprendizagem da Residência;
VII- Pelo não cumprimento integral da carga horária prática do programa;
VIII – Pelo não cumprimento de no mínimo 85% da carga horária teórica e teórico-prática;
IX – Pela não aprovação obtida por meio de valores ou critérios obtidos pelos resultados
das avaliações realizadas durante o ano, com nota mínima ou conceitos definidos pela UVA.
Parágrafo único. O desligamento ocorrerá quando, em função dos itens acima, for
formulada a partir de registro escrito pelo(a) coordenador(a) à COREMU.

Capítulo X - DO REGIME DIDÁTICO DO CURSO

Art. 26 - Por curso de Pós-Graduação Lato Sensu entende-se um conjunto de atividades


pedagógicas teórico-práticas, tendo em vista o desenvolvimento do ser, do fazer e do saber dos
profissionais envolvidos neste processo.

Art. 27 - O currículo mínimo da Residência Multiprofissional em Saúde da Família


compreenderá as seguintes vivências de aprendizagem
I- Vivências nos Território de Saúde da Família;
II- Vivências teóricas;
III- Vivências de extensão;
IV- Vivências de produção científica.

Art. 28 - A vivência de extensão obrigatória compreende a realização de estágios, de


caráter obrigatório, em 80 horas, em serviços do Sistema Saúde Escola de saúde de Sobral,
considerados importantes pelo(a) preceptor(a) e pelos(as) residentes para o processo formativo.
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Já a vivência de extensão optativa, terá duração máxima de 30 dias (considerando o
deslocamento) para ser realizado junto a programas a nível nacional ou internacional com
pertinência à formação em saúde da família.
§1º- A vivência de extensão de caráter obrigatório deverá:
I – Ser realizada no primeiro ano, após os primeiros 04 (quatro) meses;
II- Priorizar serviços que sejam relevantes para a formação em Saúde da Família;
III- Garantir, no mínimo, 03 (três) turnos de vivência em cada serviço.
§2º- A vivência de extensão de caráter optativo deverá:
I- Ser realizada no segundo ano;
II- Ser solicitada com no mínimo 02 (dois) meses de antecedência da vivência;
III- Ser realizada antes dos 03 (três) últimos meses do término do programa;
IV- Ser apresentada através de um ofício e formulário à coordenação e preceptoria,
bem como aguardar deferimento pela COREMU;
V- Ser relevante para a formação em Saúde da Família;
VI- Ser socializada pelo residente de forma livre na roda ampliada e ter o registro das
atividades orientado através de tópicos para entrega ao acervo da biblioteca da EFSFVS.
§3º- O custeio de despesas referentes à vivência de extensão optativa é de inteira
responsabilidade do residente.

Art. 29 - É obrigatória a participação e a frequência dos residentes, em todas as


atividades pedagógicas da residência.
§1º - Quando coincidir agendas pactuadas no território e atividades pedagógicas da
residência, o residente fará, obrigatoriamente, junto com o(a) tutor(a), a análise da prioridade de
sua participação.
§2º - Todas as atividades programadas para as vivências teóricas deverão ser
acompanhadas por tutores(as), conforme plano de trabalho preestabelecido.
§3º - É obrigatório o cumprimento, por parte dos(as) residentes, das agendas de
atividades pactuadas junto ao território ao qual estão vinculados, salvo no caso das atividades
pedagógicas coincidirem com eventos dos quais os residentes participarão, aplicar-se-á o
previsto no inciso III, §7º do Art.18.

Art. 30 - Cabe à Coordenação da Residência juntamente com os(as) tutores(as) e


preceptores(as), a elaboração de um cronograma padrão que será apreciado pela COREMU e
apresentado aos residentes.

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Capítulo XI - AVALIAÇÃO

Art. 31 - A avaliação não visa a classificação do residente, mas sua formação, e


compreenderá a análise dos seguintes aspectos:
I - Análise das vivências de território considerando sua resolubilidade e responsabilização
(participam do processo de avaliação: tutor(a), preceptor(a), equipe do CSF e o(a) próprio(a)
residente);
II - Cumprimento da agenda pactuada, da assiduidade e da pontualidade;
III - Análise dos produtos (projetos, tecnologias, diários de campo, artigos referentes às
vivências práticas e teórico-conceituais);
IV – Avaliação formativa, considerando o desenvolvimento de competências do ponto de
vista teórico-metodológico, técnico-operacional, social, político, ético e humano e sua
compreensão e compromisso com a Proposta Político Pedagógica da Residência
Multiprofissional em Saúde da Família;
V – Avaliação de Percurso (no final do Ano 1 e no final do Ano 2), que compreenderá os
seguintes aspectos: Avaliação de Desempenho Teórico, Avaliação dos profissionais da ESF,
Avaliação Formativa de Categoria, Avaliação da Tutoria e Avaliação da Preceptoria.
VI - Participação na programação técnico-científica da EFSFVS e do Sistema Saúde
Escola;
VII - Elaboração e apresentação de uma Monografia, enquanto trabalho de conclusão de
curso.

Art. 32 - O Sistema de Avaliação da RMSF precisa guardar coerência com o preconizado no


Projeto Pedagógico do Programa. Está estruturado da seguinte forma:

I - Avaliação dos Ciclos de Aprendizagem: A avaliação dos conteúdos teóricos tem caráter
formativo e somativo, e será feita a partir de avaliação de competências, bem como produções
textuais, seminários, portfólios. Além das competências relacionadas aos conteúdos discutidos
nos ciclos de aprendizagem será considerada ainda a relação do educando com o Sistema de
Informação da Residência Multiprofissional em Saúde da Família (SIREMU). No momento da
avaliação formativa o residente também deve dar um feedback ao tutor e ao preceptor quanto ao
suporte docente no período.

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II - Avaliação Formativa de Categoria: Na Avaliação Formativa de Categoria serão
analisadas as competências esperadas para cada categoria profissional. Esta avaliação é
conduzida pelo preceptor e deve ocorrer duas vezes durante a formação.

III - Avaliação de Percurso: A avaliação de Percurso ocorrerá duas vezes durante a


formação (ao final do Ano 1 e ao final do Ano 2), respeitando-se os critérios estabelecidos no
Projeto Pedagógico do Programa. Ao final do Ano 1 a avaliação será referente ao primeiro ano
na RMSF com vistas a avaliação de seu desempenho e de sua permanência no Programa, que
está condicionada a obtenção de pontuação final igual ou superior a 7,0 (sete) - nota mínima
adotada pela UVA para fins de aprovação. Ao final do Ano 2 a avaliação será referente ao
segundo ano do programa, objetivando a avaliação de seu desempenho e aprovação para que o
mesmo tenha acesso ao certificado de conclusão do programa. Também será exigência, para
aprovação, que o residente obtenha nesta avaliação uma pontuação final igual ou superior a 7,0
(sete).

Art. 33- A promoção do Profissional da Saúde Residente para o ano seguinte e a


obtenção do certificado de conclusão do programa está condicionada, de acordo com CNRMS
em sua Resolução nº 03, de 04 de maio de 2010:
I – Ao cumprimento integral da carga horária prática do programa;
II – Ao cumprimento de um mínimo de 85% da carga horária teórica e teórico-prática;
III – À aprovação obtida nas avaliações realizadas durante o ano, com nota mínima
estabelecida pela Instituição de Ensino Superior (IES) certificadora;
IV - Apresentar, individualmente, uma monografia de conclusão do curso.

Capítulo XII - DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DA RESIDÊNCIA

Art. 34 - O trabalho de conclusão da Residência, que deverá ser no formato de


monografia, deverá desenvolver-se desde seu projeto até a finalização sob a orientação de um
profissional com a titulação mínima de Mestre, pactuado entre o residente e a coordenação.

Art. 35 - O trabalho de conclusão da Residência deverá ser resultante de projeto de


intervenção, realizado durante a Residência, demonstrando a capacidade do residente de utilizar
metodologia científica, e representando uma contribuição relevante para o desenvolvimento da
sua formação e da ESF.

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Art. 36 - O trabalho de conclusão da Residência deverá ser entregue na Secretaria
Acadêmica e estar de acordo com as diretrizes vigentes.
§ 1º - O residente deverá apresentar à secretaria acadêmica 03 (três) exemplares do
trabalho escrito, 15 (quinze) dias antes da sessão pública de apresentação.
§ 2º - A apresentação do trabalho de conclusão da Residência se realizará em sessão
pública, em forma livre, perante comissão examinadora composta de 03(três) membros com
titulação mínima de Mestre, sendo um deles o professor-orientador, que presidirá os trabalhos.

Art. 37 - Considerar-se-á aprovado, o trabalho do residente que obtiver pela comissão


examinadora nota final igual ou superior a 70 (setenta) pontos.
Parágrafo único. A nota final será a média aritmética das notas atribuídas pelos três
examinadores.

Art. 38 - Após aprovação do trabalho final da Residência, o(a) residente tem 30 dias para
entregar 01 (uma) cópias definitiva, encadernada em capa dura e duas cópias gravadas em CD
padronizado (conforme modelo disponibilizado na Secretaria Acadêmica da EFSFVS).

Capítulo XIII - DO GRAU ACADÊMICO E DA CERTIFICAÇÃO

Art. 39 - Para obter a certificação de Especialista com caráter de Residência em Saúde


da Família, o residente deverá ter cumprido exitosamente a carga horária de 5.760 horas
presenciais, distribuídas nas vivências de aprendizagem, além de ser aprovado nas avaliações
desenvolvidas durante o Programa e na apresentação do trabalho de conclusão da Residência.
§ 1º O título de Residente em Saúde da Família, fica sujeito à aprovação, validação e
registro do certificado pela CNRMS.
§ 2º Em caso de desligamento do residente antes do término do processo será entregue
ao mesmo uma declaração referente ao tempo em que atuou como residente em saúde da
família após 02 dias úteis de solicitação.

Art. 40 - Para expedição da Certificação, a secretaria acadêmica deverá remeter à Pró-


Reitoria de Educação Continuada da UVA os seguintes documentos:
I - Cópia do histórico escolar do residente;
II - Cópia autenticada da ata dos trabalhos da comissão examinadora;

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III - Uma cópia digital do trabalho de conclusão da Residência, com a declaração
assinada pelo orientador do Trabalho, reconhecendo que foram feitos os ajustes recomendados
pela banca examinadora.
Parágrafo único. O diploma só será entregue ao concludente depois de efetuado o seu
registro na Pró-Reitoria de Educação Continuada.

Capítulo XIV - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 41 - Os casos não previstos neste regimento serão resolvidos pela COREMU.

Art. 42 - O presente regimento entrará em vigor a partir da data de sua aprovação.

Sobral, 12 de Maio de 2015.

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