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Farinhas que emagrecem e ajudam a controlar colesterol e

diabetes

Algumas farinhas de frutas e legumes desidratados surgem no mercado de


produtos naturais com a finalidade de baixar a taxa de açúcar no sangue. Aos
poucos, se mostraram boas aliadas na perda de peso. Isso porque saciam e
atrasam o esvaziamento gástrico (a fome demora a voltar a dar sinal). Outras
ainda ajudam a equilibrar o metabolismo. E, para isso, basta polvilhar no
alimento pronto.

São várias as opções: farinha de maracujá, banana verde, berinjela, uva,


laranja, açaí, maçã e linhaça.

Algumas oferecem ômega 3, outras fitoquímicos, como o resveratrol (de uva)


– substâncias que desinflamam as células, deixando o organismo menos
propenso a acumular gordura.

As fibras, presentes nas farinhas em doses surpreendentes, são as que mais


contribuem para o emagrecimento. São substâncias que amansam a fome,
reduzem a absorção de açúcar, regulam o apetite e ajudam a eliminar as
toxinas, que emperram a dieta.

Consumo diário

As farinhas aumentam a absorção das vitaminas e dos minerais, melhorando


o funcionamento do organismo como um todo, o que também favorece a
perda de peso. Seu uso deve ser diário, no iogurte, na salada, na sopa e em
vitaminas de frutas.

Acerte na escolha
Ou melhor: faça um rodízio entre dois ou três tipos para garantir nutrientes
diferentes ao organismo.

Dose ideal: duas colheres de sopa por dia, orienta Julia Vasconcellos,
nutricionista da NutriCorp Consultoria Nutricional, no Rio de Janeiro. Caso seu
organismo responda melhor a três colheres (medida sugerida pelos
fabricantes), tudo bem. Mas não vá além. Em excesso, as fibras dificultam o
funcionamento do intestino.

Cuidado na compra: evite comprar o produto a granel ou em saquinhos sem


identificação. Armazenadas de maneira inadequada, as farinhas, em especial
aquelas que têm ômega-3, oxidam e se tornam inadequadas para o consumo.

Uso variado: algumas farinhas têm sabor neutro e outras levemente amargo.
Nesse caso, use-as em farofa, panqueca, pão, bolo.

Conheça um pouco de cada farinha

Farinha de maracujá: Impede a absorção de parte da gordura e do açúcar


presentes nos alimentos. A responsável por essa ação é a pectina, presença
muito rica na parte branca da casca da fruta. Esta fibra solúvel, além de ajudar
no controle do colesterol e do nível de açúcar no sangue, reduz a absorção da
gordura dos alimentos. No estômago, a pectina se transforma num gel e
diminui a fome.

Farinha de banana verde: A farinha de banana verde é o auge hoje das


farinhas porque já está comprovado que a fibra dela é conhecida como amido
resistente. Ela vai alimentar as boas bactérias que nós temos no intestino, o
que provoca uma menor absorção de glicose, menor absorção de gordura e
um funcionamento intestinal melhor. Reduz a carga glicêmica da refeição,
evitando picos de açúcar no sangue e o aumento de insulina – hormônio que,
em excesso, faz o organismo estocar gordura.

Farinha de linhaça: Na forma de farinha, a linhaça se mostrou ainda mais


eficiente para reduzir o peso. Isso porque o ômega-3, guardado dentro da
semente, fica mais acessível e deixa as células menos inflamadas. Esta
gordura boa ainda interfere na leptina – hormônio que controla o apetite. O
ideal é a sua apresentação como farinha estabilizada, que preserva o ômega-
3.

Farinha de berinjela: Com até dez vezes mais fibras que a berinjela in natura,
a farinha ajuda a tirar a fome. Pesquisadores da UFRJ acompanharam dois
grupos de mulheres que se submeteram a uma dieta hipocalórica. Um deles,
no entanto, aderiu à farinha de berinjela no dia a dia e teve mais facilidade de
seguir a dieta, perdendo mais peso que o outro grupo.

Farinha de frutas e cereais: Mix de casca de frutas (uva e maçã) e sementes


(linhaça), ela concentra fibras e ômega-3. Quando chegam ao estômago, as
fibras, especialmente as solúveis, aumentam os níveis de CCK (outro
hormônio que controla o apetite). Estudos recentes também mostraram que o
ômega-3 pode equilibrar os níveis de insulina no organismo e, com isso,
regular a leptina.

Farinha de uva: Estudos já comprovaram também que a farinha de uva


diminui o nível do colesterol ruim, o LDL, e o aparecimento de varizes, porque
ativa a circulação e ainda ajuda a retardar o envelhecimento. “Também rica
em resveratrol, ajuda a evitar o câncer”, diz Karin Honorato, nutricionista.

Fibra de laranja: Na farinha feita com o bagaço da laranja o poder de queimar


gorduras é ainda maior. O Citrus aurantium, ou advantra Z, obtido da laranja
amarga, pode agitar o ritmo do organismo. Estudos clínicos mostraram que
componentes da fruta aceleram o metabolismo, promovendo uma maior
queima de calorias e, consequentemente, dos estoques de gordura. Quem faz
exercício pode se beneficiar em dobro: além da queima de gordura gerar mais
energia, o citrus estimula a liberação de adrenalina.

Farinha de açaí: Os atletas podem usar a farinha do açaí, que tem todos os
benefícios revigorastes da fruta, com uma vantagem: tem a metade das
calorias da polpa. O açaí é uma fruta calórica devido aos seus lipídios, e a
farinha não tem lipídios.

Atenção: para conseguir todos esses benefícios, é preciso beber muita água,
pelo menos oito copos por dia. É que as fibras precisam de líquido para ajudar
o intestino a funcionar bem. Sem água, o efeito pode ser contrário.

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