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Racial e Educação
Superior Brasileira
Conselho Editorial
Ahyas Siss, Alvanísio Damasceno, Gláucio Pereira,
Iolanda de Oliveira, Mariluce Bittar,
Paulo Vinicius Baptista da Silva.
LEAFRO
Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros (NEABi/UFRRJ)
lefro@ufrrj.br
Ahyas Siss (Org.)
Diversidade Étnico-
Racial e Educação
Superior Brasileira:
experiências de intervenção
Rio de Janeiro
2008
Copyright © 2008 by Ahyas Siss, Aloisio Jorge de Jesus Monteiro, Cláudia Regina de
Paula, Dalila Fonseca Benevides, Daniela Silva Santo, Darci Secchi, Delcele Mascarenhas
Queiroz, Iolanda de Oliveira, Leila Dupret, Lucília Augusta Lino de Paula, Maria Alice
Rezende Gonçalves, Maria Lúcia Rodrigues Muller e Paulo Vinicius Baptista da Silva.
Todos os direitos desta edição reservados à Quartet Editora & Comunicação Ltda.
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes do mesmo,
sob quaisquer meios, sem a autorização expressa da Editora.
Capa
???
Editoração
Eduardo Cardoso dos Santos
Revisão
Alvanísio Damasceno
Introdução ........................................................................ 7
Ahyas Siss
Ahyas Siss
14
O Leafro, relações étnico-raciais
e a formação de professores:
uma experiência de intervenção
multicultural
Ahyas Siss
Introdução
22
O Leafro, relações étnico-raciais e a formação de professores...
1
Trata-se de Parecer do Conselho Nacional de Educação aprovado no
mês de março de 2004, que “visa a atender os propósitos expressos na
indicação CNE/CP 6/2002, bem como regulamentar a alteração trazida
à Lei 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, pela Lei
10.639/2000, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica”.
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Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
O curso de pós-graduação lato sensu:
diversidade étnica e educação brasileira
Justificativa do curso
28
O Leafro, relações étnico-raciais e a formação de professores...
Considerações finais
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O Leafro, relações étnico-raciais e a formação de professores...
Referências bibliográficas
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Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
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Políticas curriculares nacionais:
o caso da Lei n. 10.639 na
abordagem do ciclo de políticas
Resumo
41
Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
Introdução
1
A mistura racial brasileira foi incentivada como princípio de sociabili-
dade e inexistência de racismo. Embora a Gilberto Freyre, a expressão
“democracia racial”, segundo Guimarães (2002), é de autoria de Roger
Bastide.
2
A valorização da mestiçagem deu uma carteira de identidade para a
parcela imensa da população que tinha “sangue negro”. Essa carteira
de identidade veio embalada na teoria da “democracia racial”: no Bra-
sil, o confronto entre as raças dera lugar à harmonia. Nascia o país do
samba, do carnaval e do futebol. (MAGNOLI e ARAÚJO, 2001, apud
VAZZOLER, 2006, p. 126).
43
Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
3
Bhabha, H. O local da cultura. Belo Horizonte: UFMG, 2003.
4
Derrida, J. Margens da filosofia. Campinas: Papirus, 1991.
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Políticas curriculares nacionais: o caso da Lei n. 10.639...
45
Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
5
BALL, Stephen J. The Policy Processes and the Processes of Policy. In:
Bowe, R.; Ball, S.; Gold, A. Reforming Education & Changing School:
Case Studies in Policy Sociology. London, New Iork: Routlegde, 1992.
46
Políticas curriculares nacionais: o caso da Lei n. 10.639...
6
A antiga noção de ação afirmativa tem, até os dias de hoje, inspirado
decisões de cortes norte-americanas, conservando o sentido de repara-
ção por uma injustiça passada. A noção moderna se refere a um progra-
ma de políticas públicas ordenado pelo executivo ou pelo legislativo,
ou implementado por empresas privadas, para garantir a ascensão de
minorias étnicas, raciais e sexuais (GUIMARÃES, 1999, p. 154).
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Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
O contexto de influência
7
MOURA, C. História do negro brasileiro. São Paulo: Editora Ática.
1988.
8
ANDREWS, G. R. Blacks and whites in São Paulo, Brasil. 1888–1988.
The University of Wisconsin Press. 1991
49
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9
ALVES, J. Jornal Quilombo, ano I, n. 1, p. 3, dez. de 1948.
10
Um conceito de ação afirmativa pode ser encontrado em Gomes
(2001, p. 41): “Um conjunto de políticas públicas e privadas de caráter
compulsório, facultativo ou voluntário, concebidas com vistas ao com-
bate à discriminação racial, de gênero e de origem nacional, tendo por
objetivo a concretização do ideal de efetiva igualdade de acesso a bens
fundamentais como a educação e o emprego.”
11
Conferência Mundial contra o Racismo e a Discriminação Racial: duas
primeiras em Genebra (1978 e 1983) e a terceira em Durban (2001). O
ano de 2001 foi proclamado Ano Internacional de Mobilização contra
o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e a Intolerância Cor-
relatas.
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Políticas curriculares nacionais: o caso da Lei n. 10.639...
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Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
O contexto da prática
12
No processo de recontextualização, Bernstein (1996, 1998) interpreta
que os textos, assinados ou não pela esfera oficial, são fragmentados
ao circularem no corpo social da educação, alguns fragmentos são mais
valorizados em detrimento de outros e são associados a outros frag-
mentos de textos capazes de ressignificá-los e refocalizá-los.[...] Em
suas análises, Bernstein diferencia o campo recontextualizador oficial e
o campo recontextualizador pedagógico. O primeiro é criado e domi-
nado pelo Estado; o segundo, é composto por educadores nas escolas
e universidades, bem como por produtores de literatura especializada
e fundações privadas de pesquisa. No complexo quadro da recontextu-
alização, Bernstein ainda situa o campo internacional, as relações deste
com o Estado, os campos de produção material e controle simbólico e
o campo recontextualizador nas escolas (LOPES, 2005, p. 54).
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Políticas curriculares nacionais: o caso da Lei n. 10.639...
Bowe, R.; Ball, S.; Gold, A. Reforming Education & Changing Schools:
13
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14
Creio ser oportuna a reflexão de Candau (2007), sobre a educação
em direitos humanos: “[...] Entendemos os Direitos Humanos como
mediações para a construção de um projeto alternativo de sociedade:
inclusiva, sustentável e plural. A educação que se articula com estas
perspectivas enfatiza a formação para uma cidadania que favorece a or-
ganização da sociedade civil e promove o empoderamento dos grupos
sociais e culturais marginalizados, inferiorizados e subalternizados. Co-
loca no centro de suas preocupações a inter-relação entre as diferentes
gerações de direitos e trabalha a articulação entre direitos relativos à
igualdade e aqueles relacionados às questões das diferentes identida-
des culturais presentes na nossa sociedade.”
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Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
Considerações finais
15
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana (Brasil. MEC, 2004), esse ensino se fará por dife-
rentes meios, em atividades curriculares ou não. As Diretrizes destacam
a inclusão da discussão da questão racial como parte integrante curri-
cular, tanto dos cursos de licenciatura para Educação Infantil, os anos
iniciais e finais da Educação Fundamental, Educação Média, Educação
de Jovens e Adultos, como dos processos de formação continuada de
professores, inclusive de docentes no ensino superior.
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Políticas curriculares nacionais: o caso da Lei n. 10.639...
Referências bibliográficas
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Jovem da Baixada Fluminense,
religião de matriz afro-brasileira
e subjetividade: um entrelaçamento
à luz da complexidade
Leila Dupret
Introdução
Em 2006, ao me engajar no corpo docente da Uni-
versidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), em
seu campus de expansão no município de Nova Iguaçu,
percebi que a região da Baixada Fluminense havia sido
muito pouco explorada em sua riqueza de contribuições
às Ciências Humanas Sociais. Poucos pesquisadores ha-
viam se debruçado com afinco acadêmico e investimento
científico em investigações sobre fenômenos locais, prin-
cipalmente os do campo das relações interpessoais.
Essa percepção me fez escolher tal recorte geofísico
para iniciar uma pesquisa que pudesse revelar algo que
pertencesse, de fato, à região eleita. A partir do local esta-
belecido, passei a escolha de quem seriam os sujeitos da
investigação e optei pelos jovens habitantes da Baixada.
Primeiro, por entender que eles são pessoas que, a médio
prazo, poderão fazer opções diferentes, escolhas novas;
segundo, por acreditar em suas potencialidades para pôr
em prática transformações advindas de seu desenvolvi-
mento, seu modo prospectivo de propor e sua coragem
em executar o que sugere a partir de questionamentos.
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Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
Jovem e subjetividade
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Jovem da Baixada Fluminense, religião de matriz afro-brasileira...
1
En esta edad se abre un nuevo mundo de vivencias interiores, im-
pulsos y atracciones: la vida interior se va haciendo infinitamente más
compleja en comparación con la edad infantil más temprana; las rela-
ciones com el médio y lo que le rodea se hacen mucho más complejas;
las impresiones provenientes del mundo extrior se sometem a una ela-
boración más profunda (VYGOTSKY, 1999, p. 46).
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Imagem e mídia
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Jovem da Baixada Fluminense, religião de matriz afro-brasileira...
Referências bibliográficas
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A incorporação da dimensão
racial do fenômeno educativo
às funções da universidade: origem
e atuação do Programa de Educação
sobre o Negro na Sociedade
Brasileira (Penesb)
Iolanda de Oliveira
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A incorporação da dimensão racial do fenômeno educativo...
PESQUISAS
EIXO TEMÁTICO PESQUISADORES
INCORPORADAS
A questão racial
A questão racial
e a formação de
nos cursos de Iolanda de Oliveira
profissionais da
licenciatura da UFF
educação
O impacto do
Moema de Poli
vestibular da UFF
Negros na Teixeira
nos candidatos
universidade Iolanda de Oliveira
negros nos anos
José Marcos da Silva
2004, 2005 e 2006
Imagens de
Negros e educação: professoras e alunos Maria Lúcia
história e memória negros na Primeira Rodrigues Muller.
República
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Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
A disseminação de saberes
por meio de publicações
A mídia escrita é também uma das formas privilegia-
das pelo Penesb para a disseminação de conhecimentos
pertinentes à sua área de atuação. Recorreu-se primeira-
mente à publicação por meio de um dos periódicos da
UFF, Estudos e Pesquisas e, posteriormente, de modo pa-
ralelo à publicação de livros sobre suas diferentes produ-
ções, criou-se um periódico próprio, o Cadernos Penesb,
publicado anualmente, estando com seu nono número em
fase de preparação.
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A incorporação da dimensão racial do fenômeno educativo...
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A incorporação da dimensão racial do fenômeno educativo...
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A incorporação da dimensão racial do fenômeno educativo...
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A incorporação da dimensão racial do fenômeno educativo...
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A incorporação da dimensão racial do fenômeno educativo...
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A incorporação da dimensão racial do fenômeno educativo...
Bibliografia
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Educação e relações raciais
em Mato Grosso
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Educação e relações raciais em Mato Grosso
135
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Educação e relações raciais em Mato Grosso
142
Educação e relações raciais em Mato Grosso
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Educação e relações raciais em Mato Grosso
Referências
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Educação das Relações
Étnico-raciais na terra
das araucárias
149
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Educação das relações étnico-raciais na terra das araucárias
1
Será utilizado, a partir deste ponto, o genérico masculino, como forma
de aliviar o texto.
155
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2
Termo que emprestamos de Edna Roland, então coordenadora da
Área de Combate ao Racismo e Discriminação da Unesco no Brasil.
156
Educação das relações étnico-raciais na terra das araucárias
3
Também os americanos e estudar História Pré-colombiana das Améri-
cas é outro imperativo para uma visão mais elaborada da diversidade.
157
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Educação das relações étnico-raciais na terra das araucárias
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Educação das relações étnico-raciais na terra das araucárias
Desigualdades educacionais
no plano estrutural
4
Os projetos de pesquisa e de extensão do Neab-UFPR são realizados
com apoio do Programa de Apoio a Ações Afirmativas para Inclusão
Social em Atividades de Pesquisa e Extensão na UFPR, financiado pela
Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecno-
lógico do Paraná.
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Educação das relações étnico-raciais na terra das araucárias
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Educação das relações étnico-raciais na terra das araucárias
Referências
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Educação das relações étnico-raciais na terra das araucárias
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Para além do imaginário congelado
do território e da Identidade
brasileira: entre memórias
e tradições indígenas
De memórias e tradições
Em cada época, é preciso arrancar a tradição
ao conformismo, que quer apoderar-se dela. [...]
O dom de despertar no passado as centelhas da
esperança é privilégio exclusivo do historiador
convencido de que também os mortos não
estarão em segurança se o inimigo vencer.
Walter Benjamin
Walter Benjamin foi um autor que, sem fugir ao
estudo objetivo do passado, permanecia com seus pés
firmes e seguro na realidade presente, lutando para que
o futuro não se encolhesse, ou seja, caísse exterminado
naquele.
Com isso, colocando a questão da memória e da
alegoria como central no seu trabalho, Benjamin levan-
ta, por um lado, o problema do círculo hermenêutico
que se coloca entre a necessidade de entender o pas-
sado para se compreender o presente e a necessidade
de desvelar o presente para se capturar o passado; e
por outro, diz que a escrita alegórica significa o seu
outro. Esta escrita, para ele, realiza o não-ser do que
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Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
1
Anotações pessoais em encontro do Grupo de Pesquisa Aleph, em
setembro de 2005.
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Para além do imaginário congelado do território...
Territórios e identidades:
debate introdutório à questão indígena
186
Para além do imaginário congelado do território...
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2
Dados do Censo 2000 do IBGE.
190
Para além do imaginário congelado do território...
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192
Para além do imaginário congelado do território...
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Bibliografia
194
Para além do imaginário congelado do território...
196
Formação de professores
para a autonomia indígena
Darci Secchi
1 Introdução
1
Em um trabalho anterior (SECCHI, 2002), discuti a noção de protago-
nismo indígena a partir de um duplo enfoque: enquanto uma atitude
de rompimento com as relações de tutela e submissão e, enquanto o
exercício de cargos ou representações de destaque no cenário das re-
lações interculturais.
197
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2
São raríssimos os casos de sociedades que conheceram a escola e
posteriormente tiveram condições de “livrar-se” dela...
199
Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
4 Formação de professores
para o protagonismo indígena
5 Conclusão
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Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
Bibliografia utilizada
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Formação de professores para a autonomia indígena
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Relações raciais e desigualdade:
resistências à política de cotas
na Universidade
1
Estudos, projetos e eventos vinculados a programas de pós-graduação
e linhas de pesquisa em diversas universidades; programas de incentivo
a pesquisas com apoio do governo federal e de fundações internacio-
nais, como a Fundação Ford, e inúmeras publicações são exemplos do
crescimento da produção sobre multiculturalismo e as relações raciais
na educação e na sociedade brasileira, desenvolvidas em sua maioria
no âmbito das universidades que concentram o maior número de pes-
quisadores do país.
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Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
221
Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
2
Hoje o país conta com mais de 20 mil cotistas negros cursando a
graduação, em 69 instituições de ensino superior público que adotam
ações afirmativas.
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Relações raciais e desigualdade: resistências à política de cotas...
3
Programa de reestruturação e expansão das universidades federais,
implantado em 2007.
227
Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
4
Entre os brasileiros que concluem o ensino superior, 83% são brancos,
2% pretos e 12% pardos, apesar de 45% da população brasileira ser
composta de pretos e pardos, segundo a classificação do IBGE (MO-
EHLECKE, 2004, p. 758).
228
Relações raciais e desigualdade: resistências à política de cotas...
5
Carta entregue ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro
Gilmar Mendes, em 30/04/2008.
231
Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
6
Carta entregue ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro
Gilmar Mendes, em 13/05/2008, data em que se comemoraram os du-
zentos anos da Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil.
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Relações raciais e desigualdade: resistências à política de cotas...
7
Duas ações diretas de inconstitucionalidade (ADI 3.330 e ADI 3.197)
promovidas pela Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensi-
no (Confenen), a primeira contra o programa Prouni e a segunda con-
tra a lei de cotas nos concursos vestibulares das universidades estaduais
do Rio de Janeiro, a serem apreciadas proximamente pelo STF.
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Relações raciais e desigualdade: resistências à política de cotas...
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Relações raciais e desigualdade: resistências à política de cotas...
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Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
Bibliografia
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Relações raciais e desigualdade: resistências à política de cotas...
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Estudantes de uma universidade
estadual com cotas: a percepção
do racismo e da política de
ações afirmativas
Introdução
1
A Resolução de n. 196/2002, do Conselho Universitário da Uneb,
instituiu o sistema de cotas da instituição.
242
Estudantes de uma universidade estadual com cotas...
2
Instituto de Pesquisas e Estudo Aplicados
246
Estudantes de uma universidade estadual com cotas...
A “cor” do estudante
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Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
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Estudantes de uma universidade estadual com cotas...
3
Queiroz (1997) observou este fenômeno ao examinar as trajetórias
escolares de um grupo de mulheres negras portadoras de instrução
primeira e de segundo grau, ocupadas numa empresa do ramo de co-
mércio, da Região Metropolitana de Salvador.
4
Teixeira (1998), no seu estudo sobre a trajetória de alunos e professo-
res universitários negros no Rio de Janeiro, observou que “para parte
dos entrevistados, a escolha da carreira ou curso não era para a família
uma decisão importante” (p.,241). Para eles, a necessidade de amplia-
ção dos rendimentos da família se sobrepõe, provavelmente, à ambição
de ver um filho na universidade.
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Estudantes de uma universidade estadual com cotas...
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Estudantes de uma universidade estadual com cotas...
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Estudantes de uma universidade estadual com cotas...
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Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
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Estudantes de uma universidade estadual com cotas...
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Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
5
Em 30 de maio de 2006, um grupo de intelectuais subscreveu um
documento posicionando-se com relação às propostas de Estatuto da
Igualdade Racial e da Lei de Cotas, que tramitavam no Congresso Na-
cional, naquele momento. O documento foi publicado na íntegra no
jornal Folha de S. Paulo. Folhaonline <www1.folha.uol.com.br/folha/
educacao/ult305u18773.shtml>. Acesso em 28/03/2008.
258
Estudantes de uma universidade estadual com cotas...
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Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
Dá, acho que dá. Não é só pela cor, mais acho que dá
até por atitude. Quem é cotista, a maioria das pessoas
que eu vejo que são cotistas, elas têm uma atitude
diferente, elas sabem o quanto é difícil chegar ali, elas
têm que ter uma atitude. Não é honrar, mais ele sabe
que tem, que se ele lutou pra chegar ali... ele não vai
ter uma atitude displicente de... “Ah! se eu não con-
seguir alguma coisa agora eu vou conseguir depois.”
Quem é cotista não, ele sabe que a oportunidade é
única, ele é mais responsável.
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Estudantes de uma universidade estadual com cotas...
Percepções da cor
6
Um grupo organizado de “grafiteiros”, que atua no bairro do Cabula,
onde está localizadada a universidade.
261
Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
As impressões da entrevistadora7
7
As entrevistas foram realizadas por Daniela Silva Santo, que se auto-
classifica, racialmente, como negra/preta.
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Estudantes de uma universidade estadual com cotas...
Considerações finais
264
Estudantes de uma universidade estadual com cotas...
Referências
265
Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
ANEXO
267
Sistema de reserva de vagas
na Universidade do Rio de Janeiro
e as ações do Núcleo de Estudos
Afro-brasileiros da Uerj
Introdução
273
Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
278
O sistema de reserva de vagas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro...
280
O sistema de reserva de vagas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro...
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Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
3.4 A avaliação
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Diversidade Étnico-Racial e Educação Superior Brasileira
1
A Lei n. 10.639/2003 altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Brasileira, introduzindo a obrigatoriedade do ensino de história e cul-
tura da África e dos afro-brasileiros.
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O sistema de reserva de vagas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro...
5 Considerações finais
294
O sistema de reserva de vagas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro...
REFERÊNCIAS
296