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Profa.

: Fátima Alfredo - Curso de Engenharia Civil

Rio de Janeiro, abril de 2018.


ÍNDICE

1. CONCEITOS DE ELETRICIDADE
2. SEGURANÇA E PROTEÇÃO
3. ALGUMAS FERRAMENTAS DE USO DO ELETRICISTA
4. TOMADAS, INTERRUPTORES
5. CIRCUITOS DE ILUMINAÇÃO
6. CIRCUITOS DE TOMADAS
7. TIPOS DE CIRCUITO

1. CONCEITOS DE ELETRICIDADE
Na eletricidade básica existem três grandezas fundamentais que são a tensão elétrica, a corrente elétrica, a
resistência elétrica.

CARGA ELÉTRICA

Sabemos que a matéria é constituída por átomos e estes por sua vez são constituídos por elétrons, prótons,
nêutrons e outros. Qualquer corpo em seu estado normal possui um número igual de elétrons e prótons (corpo
neutro). Os elétrons e os prótons são cargas elétricas e pelo principio das cargas sabe-se que cargas iguais se
repelem e cargas diferentes se atraem.

Podemos através de determinados processos (indução ou atrito, por exemplo) retirar ou adicionar elétrons de um
corpo fazendo com que este corpo fique com um número diferente de elétrons e prótons. Observe o esquema:

Dizemos que o corpo A está carregado eletricamente com carga positiva, ou seja, ele possui potencial positivo, que o
corpo B está eletricamente com carga negativa ou seja ele possui potencial negativo e o corpo C está neutro ou seja
ele não possui potencial.

Obs.: Em termos práticos uma pequena quantidade de elétrons é insignificante por isso adotaremos a unidade
Coulomb que representa 625000000000000000 (6,25.1018) elétrons.

TENSÃO ELÉTRICA (E)

Quando entre dois corpos ou entre dois pontos existe uma diferença de quantidade de cargas dizemos que temos
uma diferença de potencial ou uma tensão elétrica representada pela letra E. A tensão elétrica é a relação da
quantidade de energia que as cargas adquirem (por se afastar um elétron de um próton) por cada Coulomb, e é
medida em Volts (V) que é igual a quantidade de energia que cada coulomb possui (J/C), devido a separação de
prótons e elétrons. Lembramos que a unidade de energia é
Na figura anterior se interligarmos A com B por meio de um elemento condutor iremos perceber que os elétrons irão
se mover de B para A devido ao principio das cargas até que os corpos A e B tenham o mesmo potencial. A esse
movimento ordenado dos eletros de B para A chamamos de corrente elétrica (I).

A corrente elétrica pode ser medida através da unidade conhecida como ampère (A) que corresponde à quantidade
de Coulomb que passa por um ponto em um segundo, temos dessa forma a intensidade da corrente elétrica naquele
ponto em Coulomb por segundo que é igual a unidade ampère (1C/seg = 1A).

RESISTÊNCIA ELÉTRICA (R)

Ainda analisando a figura anterior, sabemos que podemos usar condutores diferentes para interligar A com B.
Observa-se que determinados materiais usados como condutores oferecem mais ou menos dificuldade para a
passagem dos elétrons. A essa dificuldade que os materiais oferecem à passagem da corrente elétrica chamamos
resistência elétrica (R) e utilizamos a unidade Ohm (Ω).

RESUMO

TENSÃO ELÉTRICA (E): Ë a diferença de potencial entre dois pontos. Unidade: Volt (V).

CORRENTE ELÉTRICA (I): É o movimento ordenado dos elétrons. Unidade: Ampere (A).

RESISTÊNCIA ELÉTRICA (R): Ë a oposição (dificuldade) que os materiais oferecem à passagem da corrente elétrica.
Unidade: Ohm (Ω).

2. SEGURANÇA E PROTEÇÃO
 Não faça gambiarras. Instalações elétricas inadequadas podem provocar choques elétricos e
incêndios;
 Evite o uso de “benjamins” ou “TS”. Prefira sempre instalar mais tomadas;
 Instale o fio terra e dispositivo DR. Evite choques elétricos
 Fios e disjuntores devem estar adequados à carga elétrica de sua instalação;
 Use circuitos separados para iluminação e tomadas;
 O quadro de luz deve estar sempre limpo, ventilado e desimpedido;
 Desligue a energia do circuito ao trocar lâmpada;
 Não desligue um equipamento elétrico da tomada pelo fio, mas sim pelo plugue;
 Cozinha, lavanderia e banheiro merecem uma atenção especial. A combinação água e eletricidade
pode ser muito perigosa;
 Em períodos de tempestade com relâmpagos e trovões aconselha-se desligar os equipamentos da
rede elétrica.
Algumas ferramentas de uso do eletricista

Alicate de corte – Outra ferramenta fundamental, visto que é com ela que o eletricista vai cortar os fios. É
importante que o eletricista tenha um bom alicate com o cabo isolado.

Alicate de ponta fina – Esta ferramenta é importante para dobrar ou puxar pontas de fios, além de servir para
segurar partes de algum componente em uma determinada posição. Também deve ter cabo isolado.

Arame ou fita de passagem (passa-fios) - Esta é uma ferramenta indispensável ao instalador. Trata-se de uma fita ou
arame de aço que entra facilmente nos condutos elétricos e é usada para puxar os fios através deles quando se faz
uma instalação.

Arco de serra – Esta pode ser usada para serrar condutos de fios de metal e também pode ser importante caso seja
necessário serrar partes de metal.

Busca-polo ou chave teste - Trata-se de uma lâmpada neon em série com um resistor de valor elevado, instalados
dentro de um tubinho com a forma de caneta ou ponta de prova. Encostando-o no pólo vivo, a lâmpada neon
acende, e encostando-o no terra ou neutro, a lâmpada permanece apagada.

Chave de fenda – Vamos começar pela ferramenta mais comum e uma das mais importantes. A chave de fenda é
fundamental para quem quer trabalhar com instalações e manutenções elétricas, sendo indicado contar com pelo
menos duas chaves de fenda, uma pequena para trabalhar com os pequenos parafusos e outra maior para os
parafusos grandes que exigem mais esforço.

Chave Philips – Vários dispositivos elétricos como por exemplo, disjuntores e aparelhos eletrodomésticos tem
componentes presos com parafusos Philips. O uso da chave de fenda neste parafuso pode danificá-lo, impedindo a
sua remoção futura. Sendo assim, tenha pelo menos uma chave deste tipo disponível.

Descascador de fios– Nem todo mundo gosta de usar o alicate de corte para desempacar fios, neste caso, a
ferramenta mais indicada é o descascador de fios. Ele contém duas lâminas que prende a capa do fio, facilitando a
sua remoção quando puxamos.

Estilete – Uma ferramenta que pode servir para diversas finalidades, mas a principal é cortar partes não metálicas de
alguns componentes da instalação. Para quem não tem um descascador de fios, usar o estilete é uma ótima
alternativa.

Ferro de solda – É um dispositivo elétrico que através do calor fornecido usa um material que é chamado de solda
para poder unir duas partes metálicas como por exemplo, placas de circuito, fios condutores, etc.

Fita isolante – O eletricista deve ter sempre a mão um rolo de fita isolante. Existem diversos tipos no mercado, com
várias cores e etc. Indiferente de qual seja, elas tem a mesma função. É importante avaliar as marcas, visto que
algumas possuem a colagem muito ruim e isso pode prejudicar o isolamento.

Furadeira – Esta ferramenta é muito importante, assim como um bom jogo de brocas para metal e cimento.
Atualmente você encontra diversas furadeiras elétricas que dão uma praticidade incrível para a atividade que será
realizada.

Lanterna – Ter uma boa lanterna pode te ajudar em situações adversas. Alguns trabalhos precisam ser realizados em
ambientes com baixa claridade ou até mesmo na escuridão total.
Multímetro – Este é o instrumento mais indicado para avaliar a tensão da rede, mas também é usado para testar
praticamente todos os aparelhos que funcionam com eletricidade. Ele mede várias grandezas elétricas além da
tensão, como a corrente, resistência e outras.

Nível – É um instrumento utilizado para indicar ou medir inclinações naquele plano ou objeto trabalhado. Esta é uma
ferramenta muito comum entre os pedreiros, mas tem uma grande utilidade para os eletricistas que trabalham com
instalações.

3. TOMADAS, INTERRUPTORES
Atenção!

Lembre-se de verificar a amperagem da tomada. Os módulos de 10 Amperes são para aparelhos de baixa potência,
como televisão, e os de 20 Amperes são para aparelhos a partir de 1000 watts, como secador de cabelo e micro-
ondas.

Na hora de escolher as tomadas e interruptores, é preciso prever a quantidade que será utilizada, para não
sobrecarregar a fiação elétrica. Considere as necessidades e também aparelhos usados esporadicamente, como
aspirador de pó e aquecedor.

4. CIRCUITOS DE ILUMINAÇÃO E TOMADAS


Esquema elétrico residência simples

QDC – Quadro de distribuição de cargas

Circuito 1 – circuito só para iluminação

Circuito 2 – circuito para tomadas

Circuito 3 – circuito para chuveiro

Circuito 4 – circuito para eletrodomésticos

Atenção para as cores padrão dos fios usados em instalações elétricas:

Branco – retorno de lâmpadas

Vermelho ou preto – fase


Azul – neutro

Verde – terra

Atenção também à bitola dos fios

A seção mínima (bitola ou espessura, grossura) para as tomadas de uso geral é 2,5mm² e para os circuitos de
iluminação é 1,5mm².

Circuito de iluminação fase-neutro


Como montar um circuito em série:

Como montar um circuito em paralelo:

5. Referências

CREDER, HÉLIO; “Instalações Elétricas”, 14ª edição, Editora LTC, Rio de Janeiro, 2004.

LIMA FILHO, DOMINGOS LEITE; “Projetos de Instalações Elétricas Prediais”, Editora Érica, São Paulo, 1997.

Manual de Fornecimento de Energia Elétrica em Baixa Tensão, CEMIG, www.cemig.com.br, 2005.

Manual de Instalações Elétricas - Pirelli; www.pirelli.com.br

Norma NBR-5410, Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

Notas de aula Prof. Abramo, Faculdade de Engenharia, UFJF, 1999.

Notas de aula Prof. André Marcato, Faculdade de Engenharia, UFJF, 2004.

Notas de aula Prof. Tonelli, Faculdade de Engenharia, UFJF, 2005.

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