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Reitoria
JORGE SAENZ (AP)
Faculdades e Institutos
A população paraguaia saiu às ruas para protestar
Colégios Técnicos Artigo é de pesquisador da Unesp e bolsista Fapesp
Ouvidoria
[03/04/2017]
Graduação
Em 31 de março de 2017, a população paraguaia protestou contra a decisão de
Boas Práticas de parlamentares em realizar uma emenda constitucional que permita a reeleição
Recepção aos Calouros presidencial. Na noite desse dia, os manifestantes invadiram o Congresso Nacional e
incendiaram o primeiro piso do edifício. Frente aos protestos, policiais reprimiram os
PósGraduação manifestantes com gás lacrimogênio, canhões de água e balas de borracha. Já nas
primeiras horas do acontecimento, o presidente Horácio Cartes lançou um comunicado
Pesquisa pedindo à população para manter a calma e responsabilizando os meios de
Policial em frente ao Congresso atacado comunicação pelo ocorrido, uma vez que pretendiam destruir a estabilidade político
Extensão em Assunção econômica do país em prol de seus interesses. Na madrugada do dia seguinte, a polícia
invadiu a sede do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), assassinou Rodrigo
Planejamento Quintana – dirigente da Juventude Liberal de La Colmena – e deteve momentaneamente dezenas de pessoas.
Administração Após a deposição do regime cívicomilitar de Alfredo Stroessner (19541989), a Constituição de 1967 – que permitia a reeleição
irrestrita do presidente, a partir da emenda de 1976 – foi substituída em 1992. De acordo com o artigo 229 da nova Carta Magna,
Internacional o presidente não pode ser reeleito. Em agosto de 2016, congressistas apresentaram um projeto de emenda constitucional que
permitia a reeleição presidencial. O Parlamento paraguaio recusou essa proposta, estabelecendo um prazo de um ano para que o
Agência de Inovação tema fosse novamente debatido, de acordo com o artigo 290 da Constituição. Ao final de março de 2017, a discussão voltou à
tona entre os parlamentares.
Instituto Confúcio
Em 27 de março, 25 senadores do Partido Colorado, do PLRA e da Frente Guasú – agremiação política do expresidente Fernando
Concursos Lugo, destituído do cargo em junho de 2012 – solicitaram uma sessão extraordinária para debaterem sobre a reeleição
presidencial. No dia seguinte, o presidente do Senado, Roberto Ramón Acevedo Quevedo, denunciou à Procuradoria do Estado a
Educação a Distância atitude desses senadores e marcou para o dia 30 uma assembleia extraordinária para que o tema fosse discutido. Após a retirada
de congressistas contrários à proposta, os senadores favoráveis ao projeto aprovaram, em 31 de março, a emenda constitucional e
Bibliotecas convocaram uma sessão na Câmara para votar o projeto no dia seguinte. Parlamentares e militantes políticos contrários à emenda
convocaram seus correligionários para um protesto em frente ao Congresso. A população, ao ser informada sobre o caso, juntouse
Centro de Memória à manifestação.
Cursinhos Por conta dos protestos populares, o Presidente do Congresso cancelou a sessão de primeiro de abril. Agremiações políticas
emitiram comunicados sobre a situação. Frente Guasú acusou os meios de comunicação e grupos políticos de organizarem uma
Diplomas manifestação violenta. O Partido Comunista Paraguaio pediu ao povo para não participar dos protestos, já que estes beneficiariam
os grupos que estão no poder. Já o Partido dos Trabalhadores afirmou que a reeleição presidencial atende aos interesses dos
Empresas Juniores setores tradicionais da política e lamentou a atitude dos senadores da Frente Guasú.
Hospitais Veterinários Parte das opiniões sobre a atual situação no Paraguai destaca o alinhamento político entre setores do Partido Colorado e membros
da Frente Guasú, com o objetivo de favorecer Cartes e Lugo – este último se encontra em primeiro lugar nas intenções de votos
Legislação para as próximas eleições presidenciais. Ademais, muitas dessas críticas apontam a incongruência política da Frente Guasú, já que
o partido se uniu aos colorados que há cinco anos apoiaram o processo de destituição de Lugo. Tais autores questionam o teor
Licitações “democrático” dos protestos. Alguns deles afirmam que os manifestantes foram influenciados pela imprensa paraguaia e pelo
PLRA, contrários à reeleição presidencial. Outros autores garantem que Cartes incentivou a violência nos protestos com o propósito
Previsão do Tempo de declarar Estado de exceção, ameaçando o funcionamento das instituições.
Terceira idade Tais interpretações caracterizam os manifestantes como “massa de manobra” dos meios de comunicação ou de agremiações
políticas e não levam em consideração que a marginalização dos setores populares da política e que o receio de que um governante
Transferências centralize o poder – abrindo espaço para um regime autoritário – foram alguns dos elementos que fizeram com que o povo saísse
às ruas para protestar contra a emenda constitucional que permita a reeleição presidencial.
Conselho de reitores
Paulo Alves Pereira Júnior é Mestrando em História pela Unesp de Assis e bolsista da FAPESP.
Editora Unesp Contato: paulopereira_pf@hotmail.com
Fundunesp Assessoria de Comunicação e Imprensa
Fundação Vunesp
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