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resultados de construções sociais e que não existe papéis sexuais “primos” ,ou seja,
biologicamente inscritos na natureza humana, antes formas socialmente variáveis de
desempenhar um ou vários papéis sexuais. A teoria queer busca ir além do homem vs. mulher
e também aprofundar os estudos sobre minorias sexuais dando atenção as processos sociais
que sexualizam a sociedade como um todo de forma a heterossexualizar e/ou homossexualizar
instituições, discurso e direitos. A teoria queer propõe analisar esses processos sociais a partir
de uma perspectiva com foco em pessoas socialmente estigmatizadas, portanto dando maior
atenção a identidades sociais “desviantes” dos padrões da sociedade e nos processos de
formação de sujeitos do desejo classificados em legítimos e ilegítimos. Neste sentido, a teoria
queer é bem distinta dos estudos gays e lésbicos, pois considera que estas culturas sexuais
foram normalizadas e não apontam para a mudança social. Daí surge o interesse em estudar o
travestilidade, a transsexualidade e a intersexualidade, mas também culturas sexuais não-
hegemônicas caracterizadas pela subversão ou rompimento com normas socialmente
prescritas de comportamento sexual e/ou amoroso.