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O termo imagem corporal é similar a esquema corporal, que tem por base o
estudo da adaptação humana que liga o homem ao seu meio, através da criação infinita
de projetos de comportamentos. Não podemos construir uma fisiologia completa das
sensações sem conhecer as percepções sensíveis, assim como não podemos conhecer
uma fisiologia completa sem conhecer a intenção do movimento. Assim é a intenção
que dá conteúdo a consciência.
Movimento função
Comportamento
Contribuição de Wallon
Wallon concorda com Politzer ao constatar que o sujeito não se desenvolve apenas
pelos seus processos psicológicos, mas a medida em que seu comportamento se
expressa e interage com o meio social e neste consolida seus significados.
Surge então a atividade circular, isso porque o efeito proveniente de um movimento leva
a reprodução do mesmo, é com estes instintos que a criança desenvolve a orientação
própria e exploração do meio. A conduta de exploração espacial e determinada por
objetivos ocasionais. O espaço começa pela boca, para se tornar próximo aos braços e o
restante do corpo, neste período o conhecimento do corpo é fragmentado, cada uma das
partes é descobertas de forma progressiva, estas relações não são naturais, mas nascem
da cultura.
As coordenações intersetoriais são de importância capital no desenvolvimento da
criança, o movimento é denominador comum das polisensações. Para Gesel o
movimento é o elemento essencial da percepção sensorial.
Na primeira fase puramente subjetiva, a mão chega ao campo visual, retém o olhar e
este ssegue todo seu deslocamento. A visão começa progressivamente a guiar a mão e
esta elabora os primeiros contantos com os objetos do seu meio ambiente. Mesclando
processos visuais e táteis.
A criança exprime-se por gestões e por palavras, onde ela parece organizar o mimetismo
do pensamento e distribuir pelo movimento as suas imagens no meio ambiente atual.
Isso é tido como um simulacro para Wallon, onde a atividade motriz que regula o
aparecimento e o desenvolvimento das formações mentais, o ato, o movimento,
mistura-se com a própria realidade. A atividade neste momento é eminentemente
subjetiva, é o sistema no qual se opera o contato com as coisas que prevalece sobre o
das associações entre imagens e símbolos, nesta fase a forma de comunicação da criança
é o gesto, gera-se uma grande necessidade de manifestação e inquietação.
Surge então a imitação, que é a repetição de um gesto executada pela própria crianças.
As ligações psicomotoras anteriormente constituídas condicionam a atividade circular.
A imitação é uma forma de atividade que parece implicar, de uma maneira
incontestável, relações entre o movimento e a representação. A criança esboça um
movimento em relação a algo exterior a si. Os movimentos deixam de responder
imediatamente a uma necessidade pulsional, para se ajustarem as situações exteriores.
A similitude gestual é muito comum nos animais mas ela é fundamental na evolução
psicológica da criança. O modelo do outro indicia a sua importância. A imitação
começa de forma passiva e termina de forma ativa.
A imitação depois de ser um simples gesto de repetição percepto motora, passa a ser
uma reação convergente. Toda essa dimensão é possível por meio da marcha e da
palavra.