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RELATÓRIO No RL-0309-800-942-MPB-002

EMPREENDEDOR PREFEITURA MUNICIPAL DE Página


1
FLORIANÓPOLIS – PMF/SC
CONTRATANTE E
GERENCIADORA SECRETARIA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO E
DO CONTRATO
SANEAMENTO AMBIENTAL – SMHSA
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE
SANEAMENTO BÁSICO – PMISB
PRODUTO 2: DIAGNÓSTICO DA CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DAS UNIDADES
TERRITORIAIS DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO
REVISÃO DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS

C Complementações efetuadas em atendimento às solicitações


do GTE – Grupo Técnico Executivo da PMF

PARTE I
1 DIAGNÓSTICO DO MEIO FÍSICO

PARTE II
2.2 OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO
2.3 ZONEAMENTO

ITEM ORIGINAL REVISÃO A REVISÃO B REVISÃO C REVISÃO D REVISÃO E


DATA DE ELABORAÇÃO Abril de 2009 Agosto de 2009 Setembro de Outubro de
2009 2009
EXECUTADO POR
DATA APROVAÇÃO GTE

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB1


Elaboração: MPB ENGENHARIA

Coordenação Geral
PAULO JOSÉ ARAGÃO
Engenheiro Sanitarista - CREA/SC 017445-1

Coordenação Técnica
MÁRIO F.F. MEYER
Engenheiro Civil e Sanitarista - CREA/SC3861-0

ADÃO DOS SANTOS

Geógrafo - CREA/SC 007628-9

ORLANDO FERRETTI
Geógrafo - CREA/SC – 56328-0

ROSANE FÁTIMA BUZATTO


Arquiteta - CREA/SC 022827-4

EMANOEL F. DA CUNHA
Geógrafo - CREA/SC 085817-5

RODRIGO MATOS
Geógrafo - CREA/SC 079263-5

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 2


SUMÁRIO

PARTE I - DIAGNÓSTICO DO MEIO FÍSICO...........................................................7


1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................8
1.1 LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS ..................................10
1.2 CLIMA ...............................................................................................................12
1.2.1 CLIMA REGIONAL .........................................................................................12
1.2.2 CLIMA LOCAL ................................................................................................15
1.2.3 O DEBATE SOBRE O AQUECIMENTO GLOBAL .........................................22
1.3 GEOLOGIA E PEDOLOGIA..............................................................................25
1.3.1 GEOLOGIA.....................................................................................................25
1.3.1.1 DEPÓSITOS DO QUATERNÁRIO ..............................................................28
1.3.1.1.1 Depósitos Marinhos (QHm) ......................................................................29
1.3.1.1.2 Depósitos Eólicos (QHd)...........................................................................31
1.3.1.1.3 Depósitos Lagunares (QHl) ......................................................................34
1.3.1.1.4 Depósitos Colúvio-aluvionares (QHca) .....................................................36
1.3.1.1.5 Depósito de Mangues (QHmg) .................................................................37
1.3.1.2 Complexo GraníticoGnáissico .....................................................................38
1.3.1.2.1 Suíte Intrusiva Pedras Grandes (NPγ pg).................................................38
1.3.1.2.2 Complexo Canguçu (NPc) ........................................................................40
1.3.1.2.3 Formação Cambirela (εαca)......................................................................40
1.3.1.2.4 Formação Serra Geral (JKβsg).................................................................41
1.3.2 PEDOLOGIA...................................................................................................44
1.3.2.1 Argissolos (PV) ............................................................................................44
1.3.2.2 Cambissolos (CY) ........................................................................................45
1.3.2.3 Afloramento de Rochas ...............................................................................46
1.3.2.4 Espodossolos (ES) ......................................................................................47
1.3.2.5 Gleissolos (GX)............................................................................................48
1.3.2.6 Neossolos (RQ) ...........................................................................................49
1.3.2.7 Dunas ..........................................................................................................50

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 3


1.4 GEOMORFOLOGIA E RELEVO .......................................................................52
1.4.1 GEOMORFOLOGIA E RELEVO.....................................................................52
1.4.1.1 Modelado de Dissecação.............................................................................55
1.4.1.1.1 Modelado de Dissecação em Montanha (Dm) ..........................................58
1.4.1.1.2 Modelado de Dissecação em Morraria (ou outeiro) (Do) ..........................58
1.4.1.2 Modelado de Acumulação ...........................................................................58
1.4.1.2.1 Compartimento Praiais .............................................................................59
1.4.1.2.2 Compartimentos Eólicos ...........................................................................61
1.4.1.2.3 Compartimentos colúvio-aluvionar............................................................62
1.4.1.2.4 Compartimento Fluvial ..............................................................................63
1.4.2 CONDIÇÕES DE SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS EROSIVOS.............65
1.5 HIDROLOGIA E HIDROGEOLOGIA.................................................................69
1.5.1 HIDROLOGIA .................................................................................................69
1.5.2 HIDROGEOLOGIA .........................................................................................76
1.5.2.1 Aqüíferos Sedimentares Inconsolidados......................................................77
1.5.2.1.1 Aqüífero Joaquina.....................................................................................78
1.5.2.1.2 Aqüífero Rio Vermelho..............................................................................79
1.5.2.1.3 Aqüífero Ingleses......................................................................................79
1.5.2.1.4 Aqüífero Canasvieiras...............................................................................83
1.5.2.1.5 Aqüífero Conceição ..................................................................................83
1.5.2.2 Sistema Aqüífero Cristalino – Fraturado ......................................................84
1.5.2.2.1 Aqüífero Ilha .............................................................................................84
1.5.2.2.2 Aqüífero Cambirela ...................................................................................85
1.6 VEGETAÇÃO ....................................................................................................88
1.6.1 VEGETAÇÃO DA ILHA DE SANTA CATARINA.............................................88
1.6.1.1 Vegetação Litorânea....................................................................................88
1.6.1.1.1 Restinga....................................................................................................88
1.6.1.1.2 Vegetação de Ante-Dunas........................................................................89
1.6.1.1.3 Vegetação das Dunas Móveis e Semi-Fixas ............................................89
1.6.1.1.4 Vegetação de Dunas Fixas.......................................................................90
1.6.1.1.5 Manguezais ..............................................................................................91
1.6.1.2 Floresta Ombrófila Densa ............................................................................92
1.6.1.3 Vegetação Secundária.................................................................................94
1.6.1.3.1 Capoeirinha ..............................................................................................95

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 4


1.6.1.3.2 Capoeira ...................................................................................................95
1.6.1.3.3 Capoeirão .................................................................................................95

PARTE II - OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO E ZONEAMENTO ..............................97


2. OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO ..........................................................................98
2.2 ORDENAMENTO TERRITORIAL .....................................................................98
2.2.1 EVOLUÇÃO URBANA ...................................................................................98
2.2.2 MODELO DE OCUPAÇÃO ..........................................................................110
2.2.3 ÁREAS URBANAS ATUAIS .........................................................................112
2.2.4 DENSIDADES ..............................................................................................117
2.2.5 OS DISTRITOS ADMINISTRATIVOS E AS UEPS ......................................127
2.2.5.1 A Ocupação Urbana no Distrito Sede .......................................................131
2.2.5.1.1 Sub-distrito Sede ...................................................................................131
2.2.5.1.1 Ocupação Urbana e a Relação com o Saneamento no Sub-distrito
Sede ......................................................................................................................142
2.2.5.1.2 A Ocupação Urbana e a Relação com o Saneamento no Sub-Trindade
(UTP4) ...................................................................................................................146
2.2.5.1.3 A Ocupação Urbana e a Relação com o Saneamento no Sub-Distrito
Saco dos Limões ...................................................................................................154
2.2.5.1.4 A Ocupação Urbana e a Relação com o Saneamento no Sub-Distrito
Estreito (UTP2 - Estreito e UTP3 – Coqueiros) ....................................................157
2.2.5.2 Os Demais Distritos: A Ocupação Urbana e a Relação com o
Saneamento ..........................................................................................................165
2.2.5.2.1 Distrito do Pântano do Sul ......................................................................165
2.2.5.2.2 Distrito de Ratones (UTP9 - Rio Ratones) ..............................................180
2.2.5.2.3 Distrito de Ribeirão da Ilha (UTP24 - Ribeirão da Ilha, UTP23 - Tapera e
UTP 21 - Rio Tavares)...........................................................................................183
2.2.5.2.4 Distrito do Campeche (UTP22 – Morro das Pedras e parte da UTP21 – Rio
Tavares).................................................................................................................188
2.2.5.2.5 Os Distritos de São João do Rio Vermelho, da Lagoa da Conceição e da
Barra da Lagoa (UTP5 - Lagoa da Conceição.).....................................................192
2.2.5.2.6 Distrito de Santo Antônio de Lisboa (UTP7- Cacupé, UTP8- Santo Antônio
de Lisboa, UTP11 - Barra do Sambaqui e UTP10- Manguezal de Ratones).........198
2.2.5.2.7 Distrito da Cachoeira do Bom Jesus.......................................................206
2.2.5.2.8 Distrito de Canasvieiras ..........................................................................212
2.2.5.2.9 Distrito de Distrito de Ingleses do Rio Vermelho.....................................220
2.2.6 PARCELAMENTO DO SOLO.......................................................................227

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 5


2.2.6.1 Marcos regulatórios e legais .....................................................................227
2.2.6.1 Os Parcelamentos do solo em Florianópolis..............................................239
2.3 ZONEAMENTO ..............................................................................................248
2.3.1 OS ASSENTAMENTOS DE POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA NO
ZONEAMENTO .....................................................................................................265
2.3.2 A OCUPAÇÃO DO SOLO.............................................................................272
2.3.3 O SOLO CRIADO .........................................................................................274
2.3.4 A ALTURA MÁXIMA DAS EDIFICAÇÕES....................................................275
2.4 CONSIDERAÇÕES SOBRE A RELAÇÃO DA OCUPAÇÃO URBANA E OS
SERVIÇOS DE SANEAMENTO............................................................................281
2.5 O PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO
DE FLORIANÓPOLIS ...........................................................................................286

REFERENCIAS .....................................................................................................290

APÊNDICE A - DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE


TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP)....................................301
APÊNDICE B – MAPA GEOMORFOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE
FLORIANÓPOLIS. ................................................................................................322
APÊNDICE C - MAPA DE VEGETAÇÃO DO MUNICÍPIO DE
FLORIANÓPOLIS. ................................................................................................324
APÊNDICE D – MATRIZES: OCUPAÇÃO URBANA X SERVIÇOS DE
SANEAMENTO .....................................................................................................326
ANEXO A – MAPA DAS ÁREAS DE RISCO E AS UNIDADES TERRITORIAIS DE
PLANEJAMENTO .................................................................................................328

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 6


PARTE I - DIAGNÓSTICO DO MEIO FÍSICO

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 7


1 INTRODUÇÃO

Para o Diagnóstico do Meio-Físico do município de Florianópolis e por conseguinte,


das Unidades Territoriais de Análise e Planejamento (UTPs), foram tomados como
referências trabalhos já realizados no município. A área estudada tem os limites das
Bacias hidrográficas elementares, transformadas em UTPs a fim de se facilitar e de
propor elementos para o planejamento.

Durante os meses de março e maio foram realizadas atividades relacionadas ao


levantamento do meio físico, caracterizando os seguintes elementos: clima,
geologia, pedologia, relevo, geomorfologia, hidrologia, hidrogeologia e vegetação.

Para a Elaboração do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico do


Município de Florianópolis, o Produto 1 delimitou as Unidades Territoriais de
Análise e Planejamento (UTP), essas foram essencialmente demarcadas sobre as
bacias hidrográficas elementares. Ainda conforme o Produto 1 ficou delimitada uma
sub-divisão na Bacia Hidrográfica de Ratones em três sub-bacias transformadas
para o planejamento em três UTPs.

O mesmo processo foi realizado com a Bacia Hidrográfica da Lagoa do Peri ao qual
foi realizada uma divisão da bacia que leva em conta as necessidades do
abastecimento público pela CASAN. Na Bacia da Lagoa do Peri foi estabelecido um
limite entre a sub-bacia que drena a área do Pântano do Sul (UTP Pântano do Sul)
e a sub-bacia que drena a Lagoa do Peri (UTP Lagoa do Peri).

No mesmo sentido a fim de facilitar o planejamento à pequena bacia do Matadeiro e


da Ponta do Falcão no sul da Ilha foram integradas a UTP Lagoinha do Leste,
sobretudo, por essa ser uma área protegida como Unidade de Conservação e
entendendo-se as suas peculiaridades físicas.

No continente, dividiu-se em duas UTPs Coqueiros e Estreito. Buscou-se


novamente pensar no planejamento de cada UTP no sentido de articular as
condições físicas e de ocupação. Abaixo as UTPs (conforme apresentada no
Produto 1) com as respectivas áreas e os perímetros:

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 8


2
UTP NOMENCLATURA ÁREA m PERÍMETRO m
1 FLORIANÓPOLIS 9.361.486 18.196
2 ESTREITO 6.002.156 12.074
3 COQUEIROS 5.782.626 14.881
4 ITACORUBI 28.504,022 26.983
5 LAGOA DA CONCEIÇÃO 85.752.011 60.988
6 SACO GRANDE 17.194.056 22.317
7 CACUPÉ 1.813.874 7.867
8 SANTO ANTONIO DE LISBOA 5.213.534 18.427
9 RIO RATONES 32.386.231 24.570
10 MANGUEZAL DE RATONES 13.717.325 19.112
11 BARRA DO SAMBAQUI 782.785 5.773
12 PAPAQUARA 44.146.773 48.599
13 INGLESES 19.177.681 29.413
14 SANTINHO 5.170.214 20.925
15 JURERÊ 7.564.679 17.653
16 PONTA GROSSA 724.498 4.863
17 PONTA DAS CANAS 2.716.958 9.507
18 PRAIA BRAVA 2.397.759 9.591
19 LAGOINHA DO NORTE 1.800.778 8.544
20 COSTEIRA 3.907.535 11.469
21 RIO TAVARES 49.238.504 36.997
22 MORRO DAS PEDRAS 10.798.994 23.747
23 TAPERA 7.607.564 11.715
24 RIBEIRÃO DA ILHA 21.271.510 40.555
25 LAGOA DO PERI 19.866.974 20.866
26 PÂNTANO DO SUL 16.267.876 23.132
27 LAGOINHA DO LESTE 6.045.293 17.102
28 SAQUINHO 6.203.162 18.628
1
ATERRO DA BAÍA SUL 1.603.547 10.467
Quadro 1: Unidades Territoriais de Análise e Planejamento (UTP) e respectivas áreas e perímetros.
Fonte: Elaboração MPB.

1
O aterro da Baía Sul, na Ilha de Santa Catarina, não se trata de uma UTP específica, mas sim de
uma diferenciação na tabela apenas para observação dos dados. O Aterro está na análise física
dentro da área de duas UTPs: Florianópolis e Costeira.
OBS: O aterro na parte continental (iniciado em 2008) não consta nesse trabalho de diagnóstico. Por
ser recente e ainda estar em fase de finalização não se dispõe, ainda, de dados concretos.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 9


1.1 LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS

O Município de Florianópolis está localizado no Estado de Santa Catarina na


Região Sul do Brasil. A Capital do Estado de Santa Catarina ocupa uma área de
438,5 km2 (incluindo os últimos aterros), entre as coordenadas geográficas 27°10’ e
27°50’ latitude sul, e entre 48°25’ e 48°35’ de longitude oeste (FLORIANÓPOLIS,
2008) (FIG.1).

Florianópolis possui limites geográficos configurados na parte insular e continental.


A Ilha de Santa Catarina apresenta 426,6 km2 de área, possui uma forma alongada
no sentido norte/sul com 54 km; e com largura máxima de 18 km no sentido
leste/oeste. A parte do município que é continental apresenta forma levemente
retangular com 11,9 km2 de área (FLORIANÓPOLIS, 2008).

A ilha é individualizada do continente pela Baía de Florianópolis, denominadas


baías Sul e Norte, sendo que ocorre um estreitamento de canal com largura
aproximada de 500m de largura e uma profundidade máxima de 28 m, sobre o qual
foram construídas três pontes que ligam a ilha ao continente (FLORIANÓPOLIS,
2008).

Ao longo do tempo geológico a linha de costa da ilha de Santa Catarina foi


modificando-se, principalmente conforme as flutuações do nível do mar, sendo que
há 11.000 anos AP2 a Ilha encontrava-se ligada ao continente; e há 5.000 anos AP
o nível do mar estava a 2 metros acima do atual, inundando extensas áreas da
planície costeira; após a transgressão marinha a ilha configurou-se no que é
atualmente, com uma linha de costa bem recortada (OLIVEIRA; HERRMANN,
2001).

2
Antes do presente.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 10


Figura 1: Mapa de Localização do Município de Florianópolis
Fonte: Organização e elaboração Orlando Ferretti.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 11


1.2 CLIMA

1.2.1 CLIMA REGIONAL

O litoral catarinense, incluindo Florianópolis, é de clima subquente, com a


temperatura média anual superior a 20°C e com um inverno ameno. A temperatura
média inferior oscila no mês mais frio entre 15°C e 18°C, e a temperatura média de
janeiro entre 24°C e 26°C (NIMER, 1979). Este clima é uma transição entre o clima
tropical quente das latitudes baixas do Brasil, e temperado mesotérmico das
latitudes médias da região Sul, acaba sendo um prolongamento climático da região
Sudeste. Portanto o clima deve ser classificado como subtropical mesotérmico
úmido (conforme proposto por Strahler) equivalente ao Cfa de Köppen.

Tanto a uniformidade quanto a unidade das condições climáticas são dadas pelos
fatores climáticos dinâmicos. O sul do país é uma região sujeita a passagem da
frente polar em frontogênese, tornando a região apta a brusca mudança de tempo.
A posição marítima determina uma forte e constante concentração de núcleos de
condensação nas camadas inferiores de sua atmosfera que, certamente,
contribuem para o acréscimo de chuvas em seu território. A predominância da
formação florestal no litoral está em perfeita concordância com o caráter úmido do
clima regional (NIMER, 1979).

Durante todo ano qualquer parte da Região Sul é constantemente submetida a


mudanças de tempo que são divididas em 4 grupos principais, segundo Nimer
(1979):

ƒ Estável com temperatura mediana a elevada, sob o domínio do Anticiclone


Subtropical do Atlântico Sul;

ƒ Tempo instável de chuvas mais ou menos pesadas que acompanham a


passagem da Frente Fria;

ƒ Retorno do tempo estável sob o domínio do Anticiclone Polar que traz tempo
ensolarado, umidade relativa baixa e calmaria e;

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 12


ƒ Com o desaparecimento do Anticiclone Polar este último tempo é submetido
pelo primeiro, recomeçando novamente o ciclo.

Quanto às anomalias climáticas, o “El Niño”, com aquecimento anormal das águas
do Oceano Pacífico associadas com as do Atlântico Sul originam intensa
pluviosidade na Região Sul do país e em países vizinhos - o índice pluviométrico
médio sobe. BORGES (1996) compara que entre 1968 e 1994 a média era de
1.389,89 milímetros de chuva (na Grande Florianópolis), mas quando levado em
conta o efeito El Niño o valor subiu para 1.561,1 milímetros.

Portanto, fenômenos como ENOS, o El Nino (Oscilação Sul) e La Ninã, também


influenciam o clima na região. O La Niña representa um fenômeno oceânico-
atmosférico com características opostas ao El Niño, e que se caracteriza por um
esfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical. Alguns
dos impactos de La Niña tendem a ser opostos aos de El Niño, mas nem sempre
uma região afetada pelo El Niño apresenta impactos significativos no tempo e clima
devido à La Nina.3 Na região sul do Brasil os dois fenômenos são representativos
em casos de chuva intensa ou seca prolongada, sobretudo no oeste do Rio Grande
do Sul e no oeste catarinense.

Há poucos trabalhos com aprofundamento sobre o efeito local na região do litoral


central quanto aos fenômenos ENOS, apesar de serem bem caracterizados. No
entanto, em trabalho apresentado por MENDONÇA e MONTEIRO (1997) os
autores demonstram que as precipitações que ocorreram na região costeira e
centro sul do Estado de Santa Catarina em novembro de 1991, fevereiro de 1994 e
dezembro de 1995 são episódios de precipitações excepcionais concentradas em
curto período, causados por sistemas frontais de rápido deslocamento, não estando
associados ao fenômeno El Niño, caracterizando-as por chuvas locais de grande
intensidade. Portanto, incorretamente muitas vezes fenômenos considerados
normais dentro da classificação climática onde estão localizado os municípios do
litoral centro são confundidos com efeitos dos fenômenos ENOS. As chuvas de
novembro de 2008 que causaram desastres ambientais no estado de Santa
Catarina, sobretudo no Vale do Itajaí, mas também na Grande Florianópolis,

3
Disponível em <http://www.cptec.inpe.br/enos/Oque_el-nino.shtml>. Acesso em: 12/10/2008

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 13


portanto trata-se de mais um caso de excepcionalidade climática concentrada,
aliada a precipitação continua durante mais de três meses.

Sobre os atuais debates sobre a mudança de temperatura global e aumento do


nível dos oceanos, CRUZ (1998:58) citando KJERFVE e LACERTA (1992), aponta
que o aumento das temperaturas é sim um fator para o aumento do nível do mar,
que podem estar associadas a mudanças na composição química da atmosfera. No
entanto, a mesma autora, aponta ainda que normalmente há múltiplas causas que
dependem das variações regionais sobre a elevação do nível do mar como a
extração de águas subterrâneas das regiões costeiras, às oscilações climáticas,
mudanças geoidais da superfície dos mares e de suas temperaturas, fenômenos
tectônicos entre outros fatores. Citando PASKOFF (1985), CRUZ (1998) descreve
como a mudança no nível do mar pode estar relacionada ao aquecimento na ordem
de 0,6º C ao ano. CRUZ (1998), citando JEGERMA et al. (1993), reitera que os
efeitos do aquecimento global nos países tropicais trarão mudanças na planície
costeira que serão diferentes de uma área para outra, dependendo das variáveis e
seus agrupamentos.

Trabalhos de pesquisa sobre as alterações climáticas regionais ou locais


decorrentes do aquecimento global também estão em fase inicial na região. Não
foram encontradas pesquisas com caráter analítico para apontar nesse diagnóstico,
apenas apontamentos quanto ao Ciclone Extratropical batizado de Catarina (Figura
2) que atingiu o litoral do estado em abril de 2004. Entretanto é importante
considerar que a criação de áreas protegidas, e, sobretudo, uma rede de áreas
protegidas, como a Reserva da Biosfera Urbana4, deve auxiliar a minimizar
impactos, no que diz respeito ao conforto climático urbano, a médio e longo prazo.

4
Categoria do Programa MaB (homem e biosfera) da UNESCO. O projeto para a cidade de
Florianópolis apresenta como principal objetivo: Desenvolver um projeto piloto de MaB em ambiente
urbano, que ensaie e aplique métodos de uso adequado e desenvolvimento sustentável, nas zonas
e amortecimento e transição e de consolidação da zona núcleo da Reserva de Biosfera da Mata
Atlântica no território da ilha de Santa Catarina.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 14


Figura 2: Ciclone Extratropical Catarina atingindo o litoral do estado em 2004.
Fonte: NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration)

Os projetos de criação de unidades de conservação, de corredores ecológicos e de


áreas verdes em centros urbanos fazem parte da estratégia apontada por
organismos internacionais, como a União Internacional para a Conservação da
Natureza (IUCN) e o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas Globais
(IPCC), para reduzir e atenuar impactos climáticos locais e regionais.

1.2.2 CLIMA LOCAL

O clima do município de Florianópolis é condicionado pelo domínio da massa de ar


quente e úmida, a Massa Tropical Atlântica (MTA) e pela influência das Massas de
Ar Intertropical (quente) e a Massa Polar Atlântica (MPA, fria), que dão caráter
mesotérmico à região. Destaca-se a Frente Polar Atlântica, responsável pelo ritmo
de chuvas da Ilha (em geral frontais, pré-frontais e pós-frontais), e que resulta do

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 15


encontro das massas MPA, responsável pelos ventos Sul e Sudeste, e MTA,
responsável pelos ventos Norte e Nordeste (FREYESLEBEN, 1979).

O clima é classificado em subtropical mesotérmico úmido, com verões quentes e


invernos amenos. Florianópolis apresenta temperatura média anual de 20,4ºC, com
o mês mais quente em janeiro 24.5°C em média, e a média mensal mais baixa
registrada no mês de julho em torno de 16,5°C (CARUSO, 1983; M. MONTEIRO,
1991; MENDONÇA, 2002).

Apresenta chuvas bem distribuídas ao longo do ano sem uma estação seca bem
definida, a passagem das frentes frias polares ocasiona bruscas mudanças de
tempo atmosférico em qualquer estação. Em função da maritimidade, a umidade
relativa do ar é em média de 80%. Os ventos predominantes sopram do quadrante
norte, com velocidade média de 3.5 m/s, no entanto os mais velozes e também
mais freqüentes sopram do sul com velocidade média de 10 m/s, associados a
Tropical Marítima e Polar Marítima do Atlântico. Os ventos sul antecedem a entrada
de frentes frias e da Polar Marítima do Atlântico com rajadas chegando até 80 km/h
(M. MONTEIRO, 1991; MENDONÇA, 2002).

Em dados do Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos de Santa


Catarina – CLIMERH, nos últimos 70 anos tem-se a predominância dos ventos
Norte (36.92%); seguido pelos ventos de Sudeste (16.92%); Sul (15.77%); Nordeste
(10.05%); Noroeste (2.85%) e Sudoeste (1.14%).

Estações sinóticas e/ou meteorológicas na Ilha de Santa Catarina:

ƒ Estação Convencional e de Altitude em Florianópolis junto ao Departamento


de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) (junto ao Aeroporto);

ƒ Estação Meteorológica de Observação de Superfície Automática do Itacorubi


em Florianópolis (Instituto Nacional de Meteorologia - INMET);

ƒ Estação Meteorológica da UFSC, Departamento de Engenharia Sanitária e


Ambiental, localizado no Campus Universitário da Trindade próximo a
Biblioteca Central;

ƒ Estação Hidrológica da Bacia da Lagoa do Peri (que incluem dados


pluviométricos) – Estação de Tratamento de Água da CASAN;

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ƒ Estação Meteorológica do Laboratório de Hidráulica Marinha (LAHIMAR) na
Barra da Lagoa.

Segue quadro com dados somados das estações de Florianópolis da década de 90


e nos anos de 2005 a 2006.

PRECIPITAÇÃO VELOCIDADE MÉDIA


ANUAL (MM) DE VENTO (M/S)
ANO OU PERÍODO

1991 1766,3 3,31

1993 1627,2 3,21

1994 1869,4 3,17

1995 2011,7 3,31

1996 1794,5 3,42

Set/2005 Ago/2006 1108,5 2,41

Quadro 2: Dados de precipitação e velocidade média do vento levantados em pesquisa de Giongo


(2007).
Fonte: Giongo, 2007. Modificado por Ferretti, 2008.

Importante destacar que em sete meses no ano Florianópolis apresenta valores


médios mensais de temperatura de bulbo seco acima de 20°C, com umidade
relativa do ar média nestes meses entre 80 a 85%. O horário de ocorrência das
temperaturas máximas diárias é entre 13:00 e 14:00 horas com temperaturas
mínimas diárias está entre 5:00 h. e 7:00 h. Em Florianópolis a média anual de
amplitudes térmicas diárias é maior que 7°C (CARUSO, 1983; MENDONÇA, 2002).

No verão ocorrem chuvas convectivas associadas ao aquecimento do continente.


De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), em 71 anos (1925 a
1995) a média anual de precipitações foi de 1493,12 mm com média de chuvas de
35% no verão (janeiro a março), 25% na primavera (setembro a dezembro), 20% no
outono (abril a junho), e 19% no inverno (de julho a setembro) (MENDONÇA, 2002).

Os dados da Estação Florianópolis (EPAGRI/CIRAM 2009), (coordenadas


27º38’50'' S e 48º30’ W; altitude: 2 metros), conforme Tabela 2, apresenta

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temperatura máxima em janeiro de 34,6º C e mínima em julho de 4,1º C. A média
das temperaturas mais elevadas demonstram a relação com a elevação da
pluviosidade nos meses correspondentes ao verão (TAB. 1).

TABELA 1 – Médias térmicas ajustadas e pluviométrica da estação Florianópolis - SC


(Itacorubi).
PERÍODO T. MÁX T. MÍN T. MÉDIA PLUV
(1998-2008) * ºC ºC ºC mm
Janeiro 34,6 17,1 26,1 167, 722
Fevereiro 34,0 17,4 25,2 250, 033
Março 34,1 16,6 24,5 170,6
Abril 31,9 13,4 22,0 134, 133
Maio 29,2 8,0 18,8 112, 578
Junho 29,1 5,9 17,0 61,1
Julho 28,1 4,1 16,0 68, 066
Agosto 29,7 6,5 17,1 67, 722
Setembro 29,2 7,9 18,5 142, 422
Outubro 30,9 12,0 20,2 164, 078
Novembro 32,7 13,7 21,5 201, 856
Dezembro 33,7 14,8 24,2 150,22
Fonte: EPAGRI/CIRAM, 2009 - Tabulações realizadas pelos autores.
* Conforme dados fornecidos. Com Temperaturas Médias ajustadas devido ausência de
dados entre 2002 e 2008.

Esses dados deram origem ao climograma da estação, onde se evidencia as curvas


que representam a diminuição das médias das temperaturas médias máximas,
médias e médias mínimas, juntamente com o declínio da pluviosidade. (FIG. 3)

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Os ventos registrados nesta estação meteorológica apontam também para uma
maior velocidade correspondendo aos meses mais quentes (FIG.4).

40,0 300

35,0
250
30,0

Pluviosidade (mm)
200
Temperatura (°C)

25,0

20,0 150

15,0
100
10,0
50
5,0

0,0 0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Pluviosidade Temp. Médias Máx. Temp. Médias Mím. Temp. Médias

Figura 3: Médias pluviométricas e térmicas da Estação: Florianópolis - SC (Itacorubi), entre os


anos de 1998 e 2008.
Fonte: EPAGRI/CIRAM/ INMET. Org. FERRETI, 2009.

JAN
3,0
DEZ FEV
2,5
2,0
NOV 1,5 MAR
1,0
0,5
OUT 0,0 ABR

SET MAI

AGO JUN

JUL

Velocidade do Vento (m/s)

Figura 4: Médias das velocidades dos ventos, registradas na Estação: Florianópolis - SC (Itacorubi),
entre os anos de 1998 e 2008.
Fonte: EPAGRI/CIRAM/ INMET.

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Analisando dados de 25 anos, de chuvas e de ocorrências de cheias e
deslizamentos HERRMANN (1998) concluiu que não é necessário índice
pluviométrico excepcional para ocorrer enchentes e escorregamento nas regiões
urbanizadas das áreas conurbadas de Florianópolis. A autora verificou que em
totais diários inferiores a 40 mm antecedidos por dias chuvosos, ou em torno de 40
mm concentrados em poucas horas, antecedidos por dias secos, foram suficientes
para a ocorrência de enchentes moderadas e escorregamentos localizados
(HERRMANN, 1998; HERRMANN apud MENDONÇA, 2002).

Os trabalhos de DIAS (2000), CRISTO (2002) e SAITO (2004) apontam que não
são por si só os grandes eventos climáticos que vem gerando acidentes como
enchentes e, sobretudo escorregamentos, mas a má apropriação e construção
sobre o espaço urbano.

Há algum tempo à atmosfera das grandes cidades passou a ser objeto de trabalhos
científicos, principalmente por estudos do clima e do conforto urbano. O clima
urbano destaca-se pelas diferenças que apresenta em relação ao clima das áreas
rurais vizinhas. Acrescentam-se aos fatores geográficos do tempo e clima e a
geomorfologia, os fatores urbanos modificando os atributos ambientais.

A altura, densidade e forma das construções mudam a morfologia do solo urbano,


influenciando no ângulo de incidência da radiação solar, de modo que podem
diminuir ou aumentar a recepção de energia em determinadas áreas da cidade. Nas
cidades, os ventos fortes são desacelerados e os fracos acelerados à medida que
se movimentam no interior das mesmas.

Mendonça (2002) aponta que nos meses de maio e junho ano de 1987, SEZERINO
e MONTEIRO (apud MENDONÇA, 2002), realizaram trabalho de pesquisa com
temperaturas do centro de Florianópolis onde destacavam “sintomas” na área
urbana do fenômeno conhecido como “ilha de calor” (FIG.3 e 4). Os pesquisadores
apontaram ao aumento de temperatura em mais de 1ºC, em alguns pontos da
cidade onde há ocupação vertical, ao adensamento e a impermeabilização do solo.

MONTEIRO em pesquisa exploratória sobre o comportamento das variáveis


climáticas na região Sudeste do Morro da Cruz, conseguiu também dados com 1º C
de diferença com relação à Estação Meteorológica de Proteção ao Vôo de

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Florianópolis, da rede Meteorológica do Ministério da Aeronáutica no Aeroporto
Hercílio Luz. A pesquisa também detectou o acúmulo de poluição por material
particulado e óxido de enxofre situação atribuída a pouca vegetação e constante
fluxo de veículos automotores nesses locais (MENDONÇA, 2002).

O padrão característico de ocupação do solo urbano com construções


verticais de concreto e vidro e cobertura de asfalto e calçados é
armazenador e refletor de calor, elevando as temperaturas no interior das
cidades. Nas áreas com maior percentual de vegetação, o calor é
absorvido e se desprende lentamente durante o dia, por causa da
evaporação nas folhas. Já o calor absorvido pelos materiais dentro da
cidade se perde somente ao entardecer até a noite causando mal estar
nos habitantes. A noite o calor entre os edifícios também dificulta o
resfriamento do ar da cidade. (MENDONÇA, 2002, p. 14 e 15).

MENDONÇA em seu trabalho de tese (2002) desenvolveu a medição de


temperaturas na área urbana em pontos do município e do continente, analisando
diferenças importantes entre os pontos mais urbanizados e áreas em que a
vegetação predomina. A autora cartografou como “arquipélagos” de calor e não
como o termo tradicional “ilhas de calor”, isso dada à descontinuidade e frações dos
espaços mapeados, destacou o caráter multinucleado da urbanização e, sobretudo
a compartimentação morfológica como causa. De forma geral, a autora aponta
diferenças que podem chegar a mais de 6º C. gerando espaços de calor intenso na
cidade. O trabalho da autora aponta temperaturas mais amenas com rápida
dissipação do calor ao longo do dia nas áreas verdes próximas ao Maciço Central.

MONTEIRO (1976) aponta para a necessidade de cidades mais sustentáveis com


importante papel da vegetação na conjuntura ambiental, ressaltando que não é só
uma questão de valor sentimental ou estético desempenhado pela mata, mas,
sobretudo de qualidade ambiental também no entorno desta

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1.2.3 O DEBATE SOBRE O AQUECIMENTO GLOBAL

O debate sobre o aquecimento global vem refletindo uma preocupação que é,


sobretudo, local. Apesar dos dados mundiais apontarem um aquecimento de 0,7º C
nos últimos 100 anos, no município de Florianópolis ainda não há mudanças
significativas na temperatura ou mesmo no índice pluviométrico. As anomalias
climáticas podem estar associadas aos registros do El Ninõ ou La Ninã.

O modelo proposto pelo IPCC para o Aquecimento Global tem dificuldades em


previsões locais e por isso contestado por alguns autores, sobretudo Molion (2008).
Os assim chamados “modelos climáticos” são modelos matemáticos que possuem
cálculos baseados nos levantamentos de estações climatológicas e em pesquisas
cientificas. Contudo, pesquisadores vêm questionando se tais modelos podem dar
conta da variedade e diversidade de dados, bem como se as pesquisas já
realizadas são conclusivas. Uma coisa é certa, o clima do planeta é um sistema
complexo e dinâmico (também chamado de sistema caótico).

São necessárias mais pesquisas locais, com monitoramento constante de


temperatura, precipitação, nível do mar, alterações nas linhas de costa entre outros
a fim de um acumulo de dados. Isso se justifica pelo clima ser um sistema que se
caracteriza pela disposição de dados para análise e, sobretudo, comparação, a fim
de se caracterizar alterações reais. Não é possível fazer apontamentos alarmistas e
inconseqüentes como os realizados pela mídia, sobre mudanças climáticas e
cataclismas. É preciso sim alterar nossa concepção de ocupação e ordenamento do
espaço, e isso é fundamental para um município costeiro como Florianópolis.

As inundações, os movimentos de massa (com escorregamentos e quedas de


blocos) e as ressacas no município, vêm ocorrendo pela ocupação das áreas ao
longo dos canais de drenagem, a mudança do curso de rios e ocupação de baixios
e meandros, o desmatamento e ocupação de encostas, a modificação em campos
de dunas e restingas com alteração do suprimento natural de areia para as praias e
outros problemas na ocupação e transformação do espaço. Portanto, antes de se
pensar em mudanças globais é preciso verificar que as mudanças ambientais são
causadas no município com o adensamento urbano, e para isso já há pesquisas
que o comprovam. Como exemplos práticos podemos apontar:

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ƒ As ondas que chegam até as casas na praia da Armação no sul da Ilha são
fruto de uma ocupação sobre áreas de dunas e restinga, como também no
caso da Daniela, Ingleses e Canasvieiras (processos de ocupação nas
dunas semi-fixas e fixas no Campeche devem causar problemas
semelhantes em poucos anos nessa praia);

ƒ As marés que ocupam áreas do litoral, em função das alterações nos


manguezais por processos de drenagem artificial e supressão da vegetação
de mangue, seja pelos aterros, ou excesso de matéria orgânica pelo esgoto
de residências e de águas pluviais urbanas;

ƒ As inundações na planície do Campeche, onde antes havia baixios e áreas


naturalmente inundáveis hoje há casas, ruas e toda a urbanização, o mesmo
acontece com na planície entre mares no Rio Tavares;

ƒ Destruição de residências por dunas, onde na verdade as ocupações foram


sobre áreas do movimento natural do campo de Dunas, tanto na Lagoa da
Conceição quanto nos Ingleses/Santinho;

ƒ Os movimentos de massa, sobretudo escorregamento e queda de blocos no


Maciço do Morro da Cruz, onde há ocupação irregular de encostas e de
topos de morros em áreas de riscos geológico/geomorfológico;

ƒ Os movimentos de massa com rupturas e deslizamento de casas no Saco


dos Limões, onde a ocupação avançou sobre pequenos canais de
drenagem, em sua maioria intermitentes, mas que em períodos de chuva
tem grande vazão de água (drenagem dos morros na região);

ƒ As inundações no Distrito Sede e no continente, onde a urbanização


produziu a retilinização e recobrimento de córregos e canais de drenagem,
impossibilitando processos naturais de áreas de inundação;

ƒ As inundações em praticamente todas as áreas urbanas da cidade, onde o


recobrimento do solo por concreto e asfalto altera a velocidade da absorção
do solo, normalmente direcionando a canais artificiais ou tubulação que não
são dimensionados para períodos de grande intensidade pluviométrica;

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ƒ As ondas de calor do centro urbano, tanto na Ilha quanto no continente, onde
o grande número de edifícios e o recobrimento quase total do solo, causam
aquecimento demasiado e produzem fenômenos chamados “Ilhas de Calor”;

ƒ A poluição das águas das baías norte e sul, por não haver tratamento total
dos esgotos na cidade e nas cidades vizinhas, causando também a alteração
no ritmo natural das baías, como assoreamento e por conseqüência
modificação nas correntes.

Estes, e muitos outros, são problemas reais do dia a dia do município que nem
sempre tem uma solução de engenharia ou de obras para resolvê-los.

Qualquer plano de ordenamento urbano precisa levar em conta essas alterações


nos ambientes naturais do município, e verificar que problemas estão surgindo em
função das alterações humanas locais.

Um planejamento adequado que leve em consideração o meio físico e que procure


adequar às obras e a ordenação (ou que busque tecnologias e propostas
alternativas), pode garantir o habitat humano.

O risco das mudanças globais causadas pela excessiva exploração humana, e uso
dos recursos energéticos, se for comprovados, serão inevitáveis.

Portanto, em nosso entendimento, a qualidade de vida no município vem


diminuindo com as alterações ambientais locais, e essas são possíveis de serem
reduzidas ou evitadas. Somente obras de engenharia não vão resolver os
problemas do ambiente, mas sim o respeito a legislação ambiental e retomada do
planejamento a longo prazo do desenvolvimento sustentável do município. As obras
devem ser no sentido de corrigir e amenizar problemas já ocasionados.

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1.3 GEOLOGIA E PEDOLOGIA

1.3.1 GEOLOGIA

A evolução geológica estrutural do município de Florianópolis está relacionada ao


rifteamento5 do supercontinente Gondwana, que ocasionou sua separação e
formação do Oceano Atlântico durante o período Cretáceo. A história geológica
evidencia o fato que a sua formação encontra-se ainda em andamento, o que
implica também em permanente transformação, em importantes modificações
geológicas, geomorfológicas e ambientais (CARUSO JÚNIOR 1993; SCHEIBE
2002).

Florianópolis está geologicamente constituída por duas formações básicas: os


terrenos rochosos chamados cristalinos e os terrenos sedimentares de formação
em depósitos recente. As rochas cristalinas estão no chamado Embasamento
Cristalino ou Escudo Catarinense que ocorre em toda a borda leste do estado, são
as rochas mais antigas, datadas desde o Eon Arqueano – ou Proterozóico Superior
(mais de 2,5 bilhões de anos) até a Era Paleozóica (aproximadamente 280 milhões
de anos) – período do processo de formação das rochas mais antigas as mais
recentes. Já os terrenos sedimentares estão em áreas de baixas altitudes e planas
com a chamada cobertura Sedimentar Quaternária (da Era Cenozóica), onde são
denominadas “Planícies Costeiras” (FLORIANÓPOLIS, 2004).

Os terrenos cristalinos formam as partes mais elevadas na Ilha de Santa Catarina,


destacando-se uma cadeia central de direção N-S e os pontos rochosos que se
sobressaem no entorno. Os terrenos sedimentares nas partes baixas formam a
planície costeira com depósitos marinhos, aluviais, dunas, restingas e manguezais
(FLORIANÓPOLIS, 2008) (FOTO 1).

5
O ciclo completo pelo qual passa uma bacia oceânica é: rifteamento (rompimento das
rochas), subsidência, abertura do oceano, início da subducção, fechamento da bacia
oceânica e, eventualmente, colisão continente-continente.

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Foto 1: Planície costeira e morro cristalino densamente ocupados no centro da cidade de
Florianópolis (vista do Heliponto no Maciço Central do Morro da Cruz).
Fonte: Orlando Ferretti (maio de 2008).

Os recentes aterros na Ilha de Santa Catarina e no continente também são


elementos importantes na atual análise sobre a geologia do litoral catarinense.
HORN FILHO (2003 apud LISBÔA, 2004) propõe a caracterização e
compartimentação geológica, geomorfológica e geográfica da província costeira do
Estado de Santa Catarina, com ênfase à planície costeira identificando depósitos
tecnogênicos como marcos estratigráficos formados principalmente por aterro e
rejeitos industriais, propondo dessa maneira o Quinário como idade e o Tecnógeno
como forma de depósito, na estratigrafia geral da Província Costeira Catarinense (F
FOTOS 2 e 3).

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Foto 2: Aterro da Baía Sul, sobre o qual está parte do Centro Administrativo do Estado de Santa
Catarina (vista do Heliponto no Maciço Central do Morro da Cruz).
Fonte: Orlando Ferretti (maio de 2008).

Foto 3: Continuação do aterro da Baía Sul no bairro Saco dos Limões e Costeira do Pirajubaé. (vista
do Heliponto no Maciço Central do Morro da Cruz).
Fonte: Orlando Ferretti (maio de 2008).

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No Quadro 3 abaixo está representada a coluna estratigráfica para o município de
Florianópolis:

QUATERNÁRIO

HOLOCENO E/OU PLEISTOCENO

Sedimentos argilo-arenosos típicos de áreas de manguezal

Sedimentos eólicos

Sedimentos de baías e lagunas

Sedimentos marinhos atuais

Sedimentos colúvio-aluvionares

Sedimentos marinhos litorâneos e eólicos retrabalhados

JURO-CRETÁCEO (Paleozóico Cambro-Ordoviciana)

Formação Serra Geral (JKsg) (Diques de Diabásio)

PROTEROZÓICO SUPERIOR ao EO-PALEOZÓICO

Magmatismo pós-tectônico

Suíte Vulcano-Plutônica Cambirela (Riolito Cambirela, Granito Itacorubi)

Suíte Intrusiva Pedras Grandes (Granito Ilha)

Complexo Canguçu
Quadro 3: Coluna Estratigráfica da Ilha de Santa Catarina.
Fonte: Modificada de CARUSO Jr.,1993.

1.3.1.1 DEPÓSITOS DO QUATERNÁRIO

Sob esta denominação encontram-se reunidos os Depósitos de origem Marinha e


Eólicos Retrabalhados, Depósitos Colúvio-aluvionares Pleistocênicos, Depósitos
Colúvio-aluvionares, Depósitos Síltico-Argilosos de Baías e Lagunas, Depósitos
Arenosos de Origem Marinha, Depósitos Arenosos de Origem Eólica, Depósitos
Aluvionares e Depósitos Argilo-Síltico-Arenoso.

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Os depósitos do quaternário são essencialmente constituídos por planícies que se
alongam na direção N-S e por superfícies em forma de rampas que se interiorizam.
A maioria dos depósitos sedimentares se formou durante o período geológico
chamado de quaternário, com depósitos no pleistoceno e do holoceno (recente),
com deposição de sedimentos marinho praial, eólico, lagunar e paludial. Estes
sedimentos estão associados a movimentos de mudança no nível do mar,
transgressão e regressão. A Cobertura Sedimentar Quaternária é constituída por
depósitos inconsolidados ou fracamente consolidados de areias, siltes, argilas ou
conglomerados, distribuídos ao longo da planície costeira, nos vales dos principais
cursos d'água, ao longo de antigas lagunas ou próximos às encostas.

Apesar de ausência de tectonismo, os sedimentos quaternários possuem


susceptibilidade erosiva em face de sua composição areno-síltico-argilosa
inconsolidada.

1.3.1.1.1 Depósitos Marinhos (QHm)

Os sedimentos marinhos atuais são compostos por cordões de areias quartzosas,


quase sempre bem selecionadas, distribuídas ao longo das praias, apresentando
esporadicamente ilmenita e magnetita decorrentes das decomposições de diques
de rochas básicas. Os depósitos marinhos sub-atuais constituem na maioria das
vezes extensos e elevados terraços, podendo atingir altitudes superiores aos 20m.
Depósitos marinhos praiais apresentam-se geralmente em forma de cordões
litorâneos, denominados por CARUSO JR. (1993) como cordão interno e cordão
externo, constituídos de areias quartzosas. O cordão externo é representado pelos
cordões litorâneos holocênicos, situando-se em cotas altimétricas inferiores às do
cordão interno, figurados normalmente pelos depósitos marinhos pleistocênicos
(QPm).

Florianópolis apresenta sedimentos marinhos nas praias do continente e na porção


insular. No continente destaque para a Praia do Balneário e do Matadouro,
completamente transformados pela ocupação e atualmente sofrendo nova
transformação com aterro antropogênico da chamada Beira Mar Continental
(FIG.8).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 29


Nas praias do leste da Ilha de Santa Catarina, a praia do Matadeiro está em contato
com rochas da Formação Cambirela, com a praia da Armação em contato a oeste
com depósitos lagunares e ao norte com o granito Ilha do Morro das Pedras. Tanto
a praia do Morro das Pedras, quanto à praia do Campeche e Joaquina fazem
contato com depósitos eólicos a oeste. A praia Mole apresenta contato com
depósito marinhos pleistocênicos a oeste, e ao sul o embasamento cristalino, assim
como a praia da Galheta que ao norte apresenta contato com depósitos
pleistocênicos e a oeste o embasamento cristalino. A praia da Barra da Lagoa e do
Moçambique apresentam a oeste contato com depósitos eólicos formando
restingas, e ao norte da praia do Moçambique contato com rochas do Complexo
Canguçu. A Praia do Santinho está entre a Formação Cambirela ao sul, e o
embasamento do Complexo Canguçu ao norte no Morro dos Ingleses, a oeste
contato com sedimentos de origem eólica (FIG. 8).

No Norte da Ilha de Santa Catarina a praia dos Ingleses tem contato a leste com o
Morro dos Ingleses de rochas do Complexo Canguçu, e ao sul com depósitos
eólicos e com depósitos pleistocênicos, ao noroeste da praia dos Ingleses grande
depósito lagunar com embasamento cristalino no Morro das Feiticeiras (FIG 8).

Continuando ao Norte da Ilha de Santa Catarina, a Praia Brava apresenta contato a


oeste com depósitos pleistocênicos, e no sul e norte com o embasamento cristalino.
A praia da Lagoinha, a leste e oeste, está em contato com o granito e ao sul com
depósito lagunar. A praia da Ponta das Canas apresenta a leste sedimentos
lagunares e ao sul manguezal. A praia de Cachoeira e de Canasvieiras ao sul e a
leste apresentam depósitos lagunares. Canasvieiras ao sul tem contato com
sedimentos colúvio-alúvio-eluviais (material este da formação granítica do Morro do
Jurerê.). A praia do Jurerê é cercada ao sul e leste pela sedimentação lagunar, em
contato a oeste com o granito do Morro do Forte (FIG. 8).

Na porção oeste da Ilha de Santa Catarina a praia do Forte está incrustada na


formação rochosa granítica, com a praia da Daniela formando uma península para
a Baía Sul, limitada ao sul pelo manguezal da Daniela. As praias de Sambaqui e de
Santo Antônio de Lisboa estão delimitas pelo granito Ilha. As praias do Cacupé
(Cacupé Pequeno e Cacupé Grande) possuem contato com sedimentos colúvio-
alúvio-eluviais. A Praia de Fora (Beira Mar Norte) foi modificada por aterros

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 30


antropogênicos, o mesmo acontece com o Saco dos Limões (no aterro da Beira
Mar Sul). Na região do Aeroporto há grande depósito marinho condicionado por
depósitos lagunares ao norte e a leste e com dois morros de Granito ao sudoeste
(morro da Base Aérea e o morro da Tapera), e ao sul o manguezal da Tapera.
Nessa planície, sul/sudoeste da Ilha de Santa Catarina, ao final da planície do
Campeche, há depósitos marinhos na margem direita do rio Ribeirão, em contato
com a planície lagunar ao norte e depósitos colúvio-alúvio-eluviais. As praias da
Costeira do Ribeirão da Ilha e na Praia da Caieira estão em contato com o granito
Ilha (FIG. 8).

No extremo sul da Ilha de Santa Catarina a praia dos Naufragados tem contato com
depósito lagunar ao norte, e com o granito a leste e oeste. A praia do Saquinho
está condicionada por contato com o maciço rochoso, enquanto a praia da Solidão
tem no rio das Pacas pequeno depósito lagunar. A praia do Pântano do Sul tem
contato mais complexo, primeiro com faixa limite de depósitos eólicos formando
restingas, e na ponta leste da praia, rochas da Formação Cambirela. A Lagoinha do
Leste apresenta formação geológica em depósitos complexos com a seguinte
sequência deposicional após o depósito marinho: depósito eólico complementado
por depósitos lagunares, com contato ao sul e ao noroeste da praia com rochas da
Formação Cambirela. (FIG. 8).

1.3.1.1.2 Depósitos Eólicos (QHd)

Os sedimentos eólicos são representados por dunas fixas e móveis, atuais e sub-
atuais compostas por areias quartzosas finas e médias, bem arredondadas e
selecionadas. Apresentam coloração branca ou amarelada. São dunas ativas que
podem estar parcial ou totalmente fixas pela vegetação nativa, como no campo de
dunas da Joaquina na Ilha de Santa Catarina, com aproximadamente 3,5 km de
extensão e 1,5 km de largura. O vento que predomina na região é o de direção
nordeste, porém o de maior intensidade maior é do quadrante sul, principalmente
nos meses de inverno (FOTO 4). Este agente ocasiona um cavalgamento das
dunas por sobre o Morro da Joaquina e um avanço dos sedimentos nas partes
marginais da Lagoa da Conceição (FIG. 5) (FOTO 5).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 31


Na Ilha de Santa Catarina há ainda os depósitos que compõe o campo de dunas
das Aranhas no Norte/Nordeste da Ilha de Santa Catarina, junto às Praias do
Santinho e Ingleses, apresenta-se alongado na direção Norte, cuja principal fonte
de sedimentos provém da região da Praia do Moçambique, visto que o sentido do
transporte de sedimento se dá de Sul para Norte, carregado pelo vento Sul.
CARUSO JR. (1993) aponta que a fonte sedimentar para estes depósitos eólicos é
a plataforma continental interna, cujos sedimentos, transportados por correntes que
atuam próximo à costa se depositam na zona praial e ficam expostos a processos
subaéreos, dando início então a um ciclo de transporte por atividade eólica. O nível
freático é superficial, sendo que por vezes aflora em depressões. Estes depósitos
recobrem depósitos também eólicos, mais antigos como depósito paleolagunar e
depósito marinho-praial (GUEDES JR.,1999).

Ainda em Florianópolis, mas no Sul da Ilha, depósitos eólicos estão nas Praias do
Pântano do Sul entre depósitos marinhos e lagunares e depósitos pleistocênicos
marinhos; assim como também na Praia da Lagoinha do Leste entre depósitos
marinhos e lagunares, com a ponta Sul e Norte em contato com rochas da
Formação Cambirela.

Foto 4: Movimento dos sedimentos eólicos sob ação do vento sul em duna móvel na Praia da
Joaquina (campo de dunas do Parque Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição.
Fonte: Orlando Ferretti ( julho de 2009).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 32


Figura 5: Depósitos eólicos do Campo de Dunas do Parque Municipal das Dunas da Lagoa da
Conceição.
Fonte: Google Earth, setembro de 2009.

Foto 5: Depósitos eólicos em duna móvel (primeira imagem) e nas baixadas em duna fixa no campo
de dunas do Parque Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição.
Fonte: Orlando Ferretti (julho de 2009).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 33


1.3.1.1.3 Depósitos Lagunares (QHl)

Apresenta sedimentos lagunares com laminação plano-paralela como resultado do


assoreamento de paleolagunas por sedimentos predominantemente areno-
argilosos de natureza aluvial e/ou coluvial.

Na Ilha de Santa Catarina os depósitos lagunares aparecem a Oeste da Ilha, de


frente a Baía Sul na Ponta da Caiacanga em contato com o Complexo Canguçu e
na Praia da Tapera com sedimentos marinhos pleistocênicos. Na Praia do Pântano
do Sul a planície lagunar segue em direção norte até a Praia da Armação, mesmo
sentido das águas da bacia, e contornam a Lagoa do Peri, na sua face Leste (a
Oeste a Lagoa do Peri tem contornos do corpo granítico que domina a Ilha).

Na chamada planície do Campeche, depósitos lagunares ocupam a parte central da


planície entre depósitos marinhos pleistocênicos a oeste, após estes depósitos há
novo depósito lagunar que está condicionado entre as dunas a leste. São
exatamente nessas planícies lagunares que há ocupação humana com presença de
cheias em períodos de atividades pluviométricas mais intensas. No entorno do
manguezal do rio Tavares também aparecem depósitos lagunares.

Esse depósito está presente a margem da Lagoa da Conceição, exceto em grande


parte da faixa Oeste da Lagoa, que é formada pelo granito Ilha. Os maiores
depósitos estão na parte Leste da Lagoa junto à Praia da Barra da Lagoa e do São
João do Rio Vermelho, com direção N-S, entremeado na planície com depósito
marinho pleistocênico. Na ponta Norte da Lagoa, ao longo do Rio Vermelho, o
depósito lagunar está entre o depósito pleistocênico a Leste e o depósitos colúvio-
alúvio-eluviais indiferenciados a Oeste.

No Norte da Ilha, nos Ingleses o depósito tem a leste as dunas dos Ingleses, ao
Norte o depósito marinho ao Sul o depósito pleistocênico e a oeste o maciço
granítico com o Morro das Feiticeiras, como ponto culminante. Ainda ao Norte da
Ilha, a Praia da Lagoinha, com a presença da lamina d’água do corpo lagunar
Lagoinha, há depósito lagunar entre os sedimentos marinhos ao norte, e a rochas
graníticas ao Leste e Oeste, ao Sul um depósito pleistocênico que separa outro
depósito lagunar da Praia de Ponta das Canas.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 34


Ao Sul da Praia de Cachoeira, Canasvieiras e do Jurerê há um grande depósito
lagunar entrecortado pela bacia do rio Ratones, alterado por retilinizações desde a
década de 1950. Esta extensa planície de depósito lagunar ao longo do canal
principal do Rio Ratones apresenta limite ao sul e a sudoeste com o Morro de Santo
Antônio de Lisboa, em contato com patamares de depósitos colúvio-alúvio-eluviais
indiferenciados A leste do depósito lagunar, junto aos Rios Vargem Pequena o
contato da planície lagunar é direto com a formação rochosa dominante na Ilha de
Santa Catarina. Ao noroeste do depósito dois sambaquis são marcados no Mapa
de CARUSO JR. e AWDZIEJ (1993) já próximos a comunidade de Vargem Grande.
Ao sul do Rio Papaquara, que está completamente retilinizado, há depósitos de
sedimentos pleistocênicos formando restingas sobre o depósito lagunar, entre o
Morro da Vargem Pequena e o Morro do Caçador.

De frente para a Baía Norte, a Oeste da Ilha de Santa Catarina, na chamada Baía
de Saco Grande, há o manguezal de Saco Grande onde deságuam o rio do Mel e o
rio Valdik. Este manguezal é contornado por depósito lagunar.

No entorno do manguezal do Itacorubi, o mapa do IBGE/IPUF de 1991


(FLORIANÓPOLIS, 1991) apresenta depósito lagunar. Entretanto esta área hoje
está transformada pela ocupação humana.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 35


Figura 6 Depósito lagunar na face leste da Lagoa da Conceição, em parte ocupado pela
comunidade da Barra da Lagoa. Observar sedimentação (manchas claras no corpo lagunar,
depósitos de areia e outros sedimentos) constante da Lagoa da Conceição.
Fonte: Google Earth agosto de 2009.

1.3.1.1.4 Depósitos Colúvio-aluvionares (QHca)

Os sedimentos colúvio-aluvionares, de idade provavelmente pleistocênica,


aparecem comumente na forma de rampas constituindo os depósitos dos sopés de
vertente e aluviões sub-atuais. Formados também por material fragmentário, sub-
anguloso, mal classificado, com variações desde cascalhos até blocos com 2 a 3
metros (ou maiores), geralmente envolvidos em material alterado, argiloso a
arenoso, com cores tendendo ao vermelho (FLORIANÓPOLIS, 1991).

Em Florianópolis esses depósitos aparecem em contato com a formação rochosa


dominante, o Granito Ilha (Suíte Intrusiva Pedras Grandes), tanto na parte
continental quanto na insular, com destaque para o distrito sede no entorno do
Maciço do Morro da Cruz, com depósitos no Centro da Cidade e na bacia da

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 36


Trindade e do Itacorubi, depósitos estão presentes também na baixa vertente do
Morro da Lagoa, próximo ao Centrinho da Lagoa.

No sul da Ilha, na margem esquerda do rio Alto Ribeirão o depósito está na baixa
vertente em contato com o granito Ilha e com depósitos pleistocênicos e marinhos
atuais. Na encosta do Morro das Pedras, depósito em contado com formação
granítica a oeste e a leste depósito lagunar.

A Leste na margem direita do Rio Vermelho, em São João do Rio Vermelho,


depósito em contato com depósito lagunar e com maciço rochoso.

Ao Norte da Ilha, depósitos junto a Vargem Grande, nas vertentes do morro de


Cachoeira do Bom Jesus e depósito na margem direita, próximo as nascentes do
rio da Palha (afluente do rio Papaquara) junto ao Morro dos Marques. Dois
depósitos maiores ocupam a parte sul da Bacia do Rio Ratones, junto às nascentes
do Ratones, do Rio Veríssimo e do Córrego Silvino .

A Oeste da Ilha, de frente a Baía Norte, na Praia do Cacupé Grande e Pequeno,


após o depósito marinho praial, depósito colúvio-aluvionares em contato com
rochas graníticas. Na Baía de Saco Grande depósitos nas vertentes dos morros do
Ribeirão das Pedras e da Pedra de Listas, junto aos rios do Mel e rio Pau do Barco.

1.3.1.1.5 Depósito de Mangues (QHmg)

Formado de sedimentos argilo-síltico-arenosos de ambiente de mangue, ricos em


matéria orgânica, o que caracteriza a influência das marés nestes ambientes.
Formaram-se no Holoceno. Na Ilha de Santa Catarina os manguezais estão
localizados a oeste: Rio Tavares (no Rio Tavares), Carijós e Saco Grande,
(Ratones, Daniela e Canasvieiras), e o manguezal do Itacorubi, que está inserido
no Distrito Sede e parte do manguezal da Reserva de Carijós, que está localizado
entre os bairros de João Paulo e Sambaqui (FIG. 15)

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 37


1.3.1.2 Complexo GraníticoGnáissico

1.3.1.2.1 Suíte Intrusiva Pedras Grandes (NPγ pg)

Esta Suíte possui vários tipos de Granitos. A Ilha de Santa Catarina, assim como
muitas ilhas oceânicas próximas são quase totalmente constituídas por esse
granito, chamado localmente de Granito Ilha por CARUSO JR. (1993) e por Granito
Florianópolis em mapeamento de COLTINHO e FREIRE (FLORIANÓPOLIS, 1991).
No município de Florianópolis ocupa toda a parte continental, margeado por
depósitos sedimentares marinhos e de encostas. Já na Ilha de Santa Catarina,
formam os maciços que dominam a paisagem. O granito Ilha apresenta coloração
rosada ou cinza claro, corresponde ao apresentado por ZANINI et al (1997) com
idade neoproterozóica (TOMAZZOLI; PELLERIN, 2004). Caracteriza-se pela textura
geralmente eqüigranular e algumas vezes porfíriticas com granulação de média a
grossa. Os principais minerais que compõem o granito Ilha são o quartzo, cuja
coloração varia de translúcido a cinza escuro com cristais de hábito arredondado e
brilho vítreo ou translúcido; o feldspato potássico com cristais de formas tabulares e
brilho vítreo e a biotita, com cristais em forma de escamas de cor preta e brilho
vítreo, tamanho inferior a 1mm (ZANINI et al. 1997; TOMAZZOLI; PELLERIN 2004).
É cortado por diques de diabásio (FOTOS 6 e 7) e de riolito, representado pelos
chamados enxames de diques.
Na parte central da Ilha de Santa Catarina, da Costeira a Oeste e Lagoa da
Conceição a Leste, até o Norte da Ilha, e depois na ponta Sul, do Ribeirão da Ilha
às Naufragados o domínio é total desse tipo de formação rochosa. Em contato com
planícies sedimentares.

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Foto 6: Granito Ilha em contato com derrame de diabásio, na praia da Joaquina.
Fonte: Orlando Ferretti (julho de 2009).

Foto 7: Destaque do contato do Granito Ilha com dique de diabásio, na praia da Joaquina.
Fonte: Orlando Ferretti (julho de 2009).

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1.3.1.2.2 Complexo Canguçu (NPc)

Engloba parcialmente as rochas do Complexo Metamórfico-Migmático, com as


rochas mais antigas conhecidas do escudo catarinense do Pré-Cambriano

São rochas metamórficas de fácies anfibolito, granulitos e migmatitos com


estruturas agmatíticas, estromatíticas e dobradas, e granitóides cogenéticos.
Granitóides em geral, com estruturas metamorfizadas com xistosidade bem
definidas. O Complexo Canguçu sofreu de modo intenso os efeitos do Evento
Geodinâmico Brasileiro. Por serem mais susceptíveis à erosão do que as intrusivas
graníticas, que existem em seu meio e que pertencem ao Domínio das Rochas
Graníticas, as rochas que compõem este domínio formam um relevo onde
predominam formas convexizadas.

São granitóides em geral, com estruturas metamorfizadas com xistosidade bem


definidas. Ocorrem em Florianópolis no Costão dos Ingleses, entre a Praia do
Santinho e Moçambique e na Ponta do Caicanguçu no Sul da Ilha (vertente Oeste).
A foliação é sempre bem visível, de origem cataclástica. Apresenta feições
tipicamente migmatiticas. Ocorrem ainda no Costão dos Ingleses, entre a Praia do
Santinho e Moçambique e na Ponta do Caicanguçu no Sul da Ilha (vertente Oeste).
A foliação é sempre bem visível, de origem cataclástica.

1.3.1.2.3 Formação Cambirela (εαca)

Esta denominação é utilizada para identificar rochas vulcânicas e subvulcânicas de


composição ácida que ocorrem na Ilha de Santa Catarina na forma de derrames ou
diques. Os derrames (riolito) encontram-se representados nos maciços rochosos
que ocorrem na região das praias do Matadeiro, da Armação e do Pântano do Sul.
Ocorrências menores sob a forma de diques, estão dispersas em diversos locais,
como,por exemplo, no Morro da Cruz e no Morro do Campeche. Os riolitos
extrusivos exibem cores escuras, caracterizadas por uma matriz vítrea, englobando
fenocristais de quartzo e feldspato potássico. Quando na forma de
diques,apresentam cores avermelhadas e cremes. Os granitos subvulcânicos são
pórfiros, geralmente avermelhados ou castanho-acinzentados, caracterizando-se

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 40


por apresentar fenocristais de feldspato potássico e quartzo, imersos em matriz
microcristalina. Composta por rochas vulcânicas extrusivas6 que ocorrem na forma
de derrames, diques e pequenos “stocks”7 de riolitos8 e granitos pórfiros
(FLORIANÓPOLIS, 2008).

1.3.1.2.4 Formação Serra Geral (JKβsg)

No domínio da Bacia do Paraná, que ocorrem em áreas restritas, pertencem à


Formação Serra Geral do Grupo São Bento, com muitos diques de diabásio,
preenchendo falhas e fraturas em todo o município de Florianólis. As Rochas
Efusivas, da Formação Serra Geral, são descritas como rochas vulcânicas efusivas
(ou extrusivas) da Bacia do Paraná. Na Ilha de Santa Catarina, a Formação Serra
Geral encontra-se representada por diques de diabásio com espessuras que variam
de centímetros a vários metros, freqüentemente intrusivos nas rochas graníticas,
com direção preferencial NE-W, ao qual estão associados. Desenvolveu-se no
intervalo de 119 a 147 M.a, intimamente relacionado com a deriva dos continentes,
neste caso,com a separação entre América do Sul e África.

A Figura 7 mostra o contato do dique de Diabásio (em azul) encaixado entre as


cristas de Riolito/Cataclasito9 (cor bege) em rosa o granito na ponta Norte do
Maciço Central do Morro da Cruz.

6
Rocha que chega a superfície ainda em estado de fusão, e na superfície se consolida rapidamente.
7
Intrusão de material magmático que aparecem em fendas da crosta.
8
Rocha extrusiva correspondente ao magma granítico, porém com textura mais porfirítica.
9
Riolito: Rocha vulcânica ácida equivalente extrusiva a granitos, com mais de 72% SiO2.
Cataclasito: Rocha metamórfica cataclástica, normalmente de grão fino com tendência
equidimensional como, por exemplo, rochas quartzo feldspáticas com uma estrutura maciça, pouco
foliácea, no que se distingue do milonito que mostra minerais filitosos e comportamento mais
plástico durante as tensões metamórficas (Glosário Geológico Ilustrado
www.unb.br/ig/glossario/index.html. Acessado em 15/12/2008).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 41


Figura 7: Montagem sobre o Software Google Earth a partir do MDT e Mapa Geológico do Maciço
apresentando vista tridimensional do setor Norte do Maciço do Morro da Cruz.
Fonte: Organização Orlando Ferretti e Harideva M. Hégas.

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Figura 8: Mapa Geológico do Município de Florianópolis.
Fonte: FLORIANÓPOLIS, 1991 e FLORIANÓPOLIS, 2004, adaptado e organizado por Orlando
Ferretti.

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1.3.2 PEDOLOGIA.

O trabalho de Sommer e Rosatelli no Mapeamento Temático do Município de


Florianópolis (FLORIANÓPOLIS, 1991) procurou apresentar um levantamento de
solos de nível de reconhecimento, em escala 1:50.000, com o objetivo de fornecer
informações qualitativas para o planejamento geral de programas de conservação,
manejo e uso do solo.

Em 1999 a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA promoveu


uma nova classificação dos solos no Brasil. Portanto este trabalho apresenta o
material levantado por Sommer e Rosatelli (FLORIANÓPOLIS, 1991), apresentado
no Atlas de Florianópolis (FLORIANÓPOLIS, 2004) adaptando a nova classificação
(EMBRAPA, 2006) (FIG.9).

Segue os tipos de solo presente no município de Florianópolis conforme nova


classificação. A descrição dos solos por UTP no APENDICE A.

1.3.2.1 Argissolos (PV)

Compreende solos constituídos por material mineral, que têm como características
diferenciais a presença de horizonte B textural de argila de atividade baixa, ou alta
conjugada com saturação por bases baixa ou caráter alítico. O horizonte B textural
(Bt) encontra-se imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte superficial,
exceto o hístico, sem apresentar, contudo, os requisitos estabelecidos para serem
enquadrados nas classes dos Luvissolos, Planossolos, Plintossolos ou Gleissolos
(EMBRAPA, 2006).

São de profundidade variável, desde forte a imperfeitamente drenados, de cores


avermelhadas ou amareladas, e mais raramente, brunadas ou acinzentadas. A
textura varia de arenosa a argilosa no horizonte A e de média a muito argilosa no
horizonte Bt, sempre havendo aumento de argila daquele para este. São forte a
moderadamente ácidos, com saturação por bases alta ou baixa,
predominantemente cauliníticos e com relação molecular Ki, em geral, variando de
1,0 a 3,3 (EMBRAPA, 2006).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 44


Em Florianópolis esse tipo de solo aparece predominantemente em áreas com
relevo acidentado e ondulados das encostas de morros e colinas. A profundidade,
textura e fertilidade são variáveis. Ocorrem em grandes e contínuas áreas, com
presença freqüente na Ilha. Possui alta fragilidade à erosão quando não possuem
cobertura vegetal. Os argissolos vermelho-amarelos geralmente derivam do
intemperismo dos granitos e apresentam textura areno-argilosa, não possuindo boa
fertilidade. Os argissolos vermelhos originam-se da alteração das rochas de
diabásio e apresentam textura argilosa, sendo geralmente mais férteis. Na área
onde o Granito Ilha predomina, os solos apresentam espessura em torno de 1m
(horizontes A + B) (HERRMANN, 1989), tipo Argissolo Vermelho-Amarelo, com o
horizonte A em cor clara e o horizonte B apresentando acúmulo de argila e
coloração vermelho-amarelada.

No município de Florianópolis este tipo de solo aprece tanto da porção insular,


quanto na porção continental. Na Ilha o Argissolo vermelho-amarelo álico Tb do tipo
PVAd21 esta distribuído por toda extensão, intercalado com as demais ocorrências
e relacionada com o maciço cristalino formado pela suíte Pedras Grandes. Os
Argissolos do tipo PVAd20 estão predominantemente distribuídos próximos às
praias. No norte, na região de Ponta das Canas e Ponta das Lajes; No noroeste, na
região da Praia do Forte e em toda a extensão do Morro do da Barra do Sambaqui;
No nordeste, na região da Ponta dos Ingleses e na Ponta das Aranhas entre as
Pedras do Calhau Miúdo e do Lajeado; No leste, na extensão do Morro da Galheta,
da Ponta do Gravata e do Retiro; No sudoeste, na região da Ponta das Laranjeiras.
Em Florianópolis, na parte continental o Argilossolo (PVAd20) situa-se em toda a
extensão central, na área mais densamente urbanizada (FIG.9)

1.3.2.2 Cambissolos (CY)

Compreendem solos constituídos por material mineral, com horizonte B incipiente


subjacente a qualquer tipo de horizonte superficial. Devido à heterogeneidade do
material de origem, das formas de relevo e das condições climáticas, as
características destes solos variam muito de um local para outro. Assim, a classe
comporta desde solos fortemente até imperfeitamente drenados, de rasos a

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 45


profundos, de cor bruna ou bruno-amarelada até vermelho escuro, e de alta a baixa
saturação por bases e atividade química da fração argila (EMBRAPA, 2006).

São solos com profundidade média entre 0,5 a 1,5 m, possuem geralmente
horizonte B ainda em formação, com pouca espessura (cerca de 10 cm). Sua
textura pode ser cascalhenta, pois pedaços do material de origem ainda pouco
alterados podem estar ao longo do perfil. Encontrado nas encostas íngremes dos
morros ou na base das encostas, sendo formado a partir dos depósitos de
sedimentos. A sua fertilidade vai depender do material de origem de onde ele se
desenvolve. O Cambissolo apresenta um horizonte subsuperficial B em início de
desenvolvimento, sem um acentuado grau de intemperismo com impossibilidade de
formação de solos profundos. CRISTO (2002) argumenta que por sua baixa
intemperização, apresentam processos pedogenéticos pouco expressivos, por isso
tem pequeno incremento de argila, com cerosidade praticamente ausente,
apresentando minerais parcialmente alterados, com fracos agrupamentos
estruturais desenvolvidos no horizonte B. Em Florianópolis, na porção insular do
município, o Cambissolo do tipo CYbd é encontrado próximo ao bairro dos Ratones
(FIG.9).

1.3.2.3 Afloramento de Rochas

Os Afloramentos de rochas aparecem na forma de uma capa (laje) de rocha que


recobre o terreno ou na forma de acúmulo de blocos e matacões ao longo das
encostas e/ou na sua base. Os afloramentos de rocha na forma de laje são comuns
nos trechos mais íngremes das encostas e nos costões junto às praias.10 Os
afloramentos rochosos aparecem quase todas as áreas de crista e nos topos do
Maciço Central (FOTO 8). Estas atualizações da cobertura superficial estão
presentes em um mapa de cobertura superficial da parte central (Maciço do Morro
da Cruz) de Florianópolis realizado por SAITO (2004) (APÊNDICE A).

10
Infelizmente o mapeamento dos Afloramentos de Rochas é recente e ainda precisa ser mais bem
caracterizado em campo. Neste trabalho procuramos apontar os principais afloramentos.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 46


Foto 8: Blocos de Granito Ilha sobre o Morro da Cruz.
Fonte: Orlando Ferretti (maio de 2008).

1.3.2.4 Espodossolos (ES)

Compreende solos constituídos por material mineral com horizonte B espódico


subjacente a horizonte eluvial E (álbico ou não), ou subjacente a horizonte A, que
pode ser de qualquer tipo, ou ainda, subjacente a horizonte hístico com espessura
insuficiente para definir a classe dos Organossolos. Apresentam, usualmente,
seqüência de horizontes A, E, B espódico, C, com nítida diferenciação de
horizontes (EMBRAPA, 2006). A cor do horizonte A varia de cinzenta até preta. A
cor do horizonte espódico varia desde cinzenta, de tonalidade escura ou preta, até
avermelhada ou amarelada. Esses solos eram chamados solos de podzol, são
solos arenosos e geralmente profundos (1 a 3 m) com migração de matéria
orgânica, alumínio e ferro da superfície para uma região mais profunda no perfil,
formando um horizonte chamado espódico, cuja cor é castanha. O termo

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 47


hidromórfico é devido ao fato de apresentar-se saturado de água até próximo à
superfície do terreno. Não possui boa fertilidade natural e, por conter muito alumínio
é inadequado para agricultura convencional.

No município de Florianópolis, na Ilha de Santa Catarina tem ocorrência mais


significativa ao norte, em região próxima à foz do rio Ratones, no entorno do
manguezal; Em menor área também ocorre próximos das áreas urbanizadas de
Canasvieiras e Praia Brava; No leste da Ilha, o Espodossolo aparecem na região da
Barra da Lagoa, fazendo divisa com a Lagoa da Conceição (FIG.9).

1.3.2.5 Gleissolos (GX)

Compreende solos hidromórficos, constituídos por material mineral, que


apresentam horizonte glei dentro de 150 cm da superfície do solo, imediatamente
abaixo de horizontes A ou E (com ou sem gleização), ou de horizonte hístico com
espessura insuficiente para definir a classe dos Organossolos; não apresentam
textura exclusivamente areia ou areia franca em todos os horizontes dentro dos
primeiros 1 50cm da superfície do solo ou até um contato lítico, tampouco horizonte
vértico, ou horizonte B textural com mudança textural abrupta acima ou coincidente
com horizonte glei ou qualquer outro tipo de horizonte B diagnóstico acima do
horizonte glei. Horizonte plíntico, se presente, deve estar à profundidade superior a
200 cm da superfície do solo (EMBRAPA, 2006).

Os solos desta classe encontram-se permanente ou periodicamente saturados por


água, salvo se artificialmente drenados. A água permanece estagnada
internamente, ou a saturação é por fluxo lateral no solo. Em qualquer circunstância,
a água do solo pode se elevar por ascensão capilar, atingindo a superfície.
Caracterizam-se pela forte gleização, em decorrência do ambiente redutor,
virtualmente livre de oxigênio dissolvido, em razão da saturação por água durante
todo o ano, ou pelo menos por um longo período, associado à demanda de
oxigênio pela atividade biológica. Os Gleissolos são divididos em háplicos e
tiomórficos. (EMBRAPA, 2006). O Gleissolo Háplico é um solo encharcado, com
horizonte A com matéria orgânica, seguido em profundidade por um horizonte
chamado Glei cujas cores são acinzentadas, esverdeadas ou azuladas por causa

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 48


do excesso de água. A textura é geralmente argilosa. Apresentam boa fertilidade,
mas precisam ser drenadas para o uso agrícola. Esse solo é comum nas áreas de
planícies. Já o Gleissolo Tiomórficos, com horizonte A húmico, é um solo que
ocorre nos manguezais. Apresenta textura argilosa e a presença de enxofre e sais
(pois é alagado pela água do mar quando a maré enche). Por ser um solo
encharcado, a matéria orgânica não se decompõe totalmente, o que explica a
presença de enxofre e a sua cor escura e, por vezes, o mal cheiro. Na cartografia
produzida para esse trabalho os Gleissolo Tiomórficos são identificados do Solos
Indiscriminados de Manguezais (SM) (FLORIANÓPOLIS, 1991) (FIG.9).

1.3.2.6 Neossolos (RQ)

São solos constituídos por material mineral, ou por material orgânico pouco
espesso, que não apresentam alterações expressivas em relação ao material
originário devido à baixa intensidade de atuação dos processos pedogenéticos,
seja em razão de características inerentes ao próprio material de origem, como
maior resistência ao intemperismo ou composição químico-mineralógica, ou por
influência dos demais fatores de formação (clima, relevo ou tempo), que podem
impedir ou limitar a evolução dos solos. Sua textura varia de arenosa a cascalhenta
e até pedregosa. Pode apresentar o horizonte A húmico, ou seja, rico em matéria
orgânica (EMBRAPA, 2006).

Estes solos ocorrem nas planícies e nos depósitos de dunas antigas. Na porção
insular do município de Florianópolis, esse solo ocorre no norte, na região drenada
do Rio Papaquara; No nordeste, próximo a Praia Brava e em uma grande área
longitudinal na região do Rio Vermelho, com prolongamento estreito até o limite
leste da Lagoa da Conceição; A leste, os Neossolos aparecem em faixas estreitas e
por vezes descontinuadas, em toda extensão das praias, que vai desde a praia
Mole até a praia da Armação; No oeste da Ilha essas manchas são menores e
pontuais, sendo identificadas nas áreas das praias de Naufragados, da Ponta da
Tapera e na Ponta da Caiacanga-Açu (FIG.9).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 49


1.3.2.7 Dunas

As dunas são os depósitos arenosos de dunas móveis, onde o vento age


significativamente, não permitindo a formação do solo. (FIG.9).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 50


Figura 9: Mapa de Solos do Município de Florianópolis.
Fonte: FLORIANÓPOLIS, 1991 e FLORIANÓPOLIS, 2004, adaptado e organizado por Orlando Ferretti.

_______ 51
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB
1.4 GEOMORFOLOGIA E RELEVO

1.4.1 GEOMORFOLOGIA E RELEVO

Florianópolis possui uma paisagem que é resultado do contraste entre as planícies


litorâneas e as elevações montanhosas, gerando paisagens naturais bastante
diversificadas. O litoral é muito recortado, com pequenas ilhas (30), praias (42),
enseadas, promontórios, costões, lagunas, restingas, manguezais (4) e campos de
dunas (2). As planícies costeiras emolduram morros isolados e cristas montanhosas
descontínuas no sentido NE-SW, que chegam a uma altitude máxima de 522 m
(GUEDES JÚNIOR, 2005).

A atual Ilha de Santa Catarina resulta da interligação de um grande número de


morros que correspondem aos topos de blocos mais elevados, separados do
continente e entre si por fossas tectônicas hoje preenchidas, parcial ou totalmente,
por sedimentação quaternária11. Antes desta sedimentação, e em épocas de nível
mais elevado do mar, sua configuração não era de uma ilha, mas sim de muitas
ilhas. Característica esta que vem sendo salientadas nos principais trabalhos que
tratam dos seus aspectos geológicos e geomorfológicos, como os de SCHEIBE e
TEIXEIRA (1970); CARUSO JR. (1993); ZANNINI et al (1997); CRUZ (1998);
TOMAZZOLI e PELLERIN (2001); HERRMANN (1989).

As duas unidades geomorfológicas da Ilha de Santa Catarina são a Serra Litorânea


e a Planície Costeira. Na Ilha é encontrado um relevo dominado por morros
cristalinos com altitudes de até 522 m, como o morro do Ribeirão da Ilha (CARUSO
JR., 1993; CRUZ, 1998) (FIG. 11). O embasamento rochoso está representado por
granitos, riolitos e por intrusões em forma de diques de diabásio; onde o granito se
apresenta cataclasado ocorrendo em vales em forma de calha. Nas áreas onde
ocorrem diques, o relevo apresenta-se deprimido em relação às rochas encaixantes
mais resistentes, pois os diques mostram-se com menor resistência ao
intemperismo. O relevo onde aflora o riolito encontra-se em forma de cristas

11
O Quaternário é o período mais recente da era Cenozóica e congregando as épocas Pleistoceno
e Holoceno.

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acentuadas, destacando-se na paisagem (CARUSO JR., 1993). Desta forma, a
geomorfologia da ilha apresenta relação com o substrato geológico. O
embasamento serve de apoio às áreas sedimentares que delineiam o atual
contorno da ilha (HERRMANN, 1989).

As planícies costeiras constituem uma extensão de terrenos planos ou muito pouco


dissecados, onde a geração do relevo está intrinsecamente relacionada à
sedimentação devido às variações do nível do mar ocorrido durante o Quaternário,
e que formam ambientes marinhos, lacustres, eólicos, fluviais e de leques aluviais.
(GUEDES JÚNIOR, 2005).

Entre as duas unidades geomorfológicas descritas, há um processo de acumulação


chamado de rampas, que podem ser de dois tipos: colúvio-eluviais e de dissipação.
As rampas colúvio-eluviais são constituídas basicamente por materiais originários
da decomposição de rochas graníticas, deslocadas vertente abaixo, que avançam
sobre as planícies e os relevos modelados em rochas cristalinas, sendo mais
comuns na face oeste da Ilha. As rampas de dissipação são formadas a partir de
dunas de captação juntamente com materiais oriundos da vertente deslocados por
solifluxão, fluxos de areia e lama, rolamento etc. e que ocorrem freqüentemente na
face leste da Ilha (GUEDES JÚNIOR, 2005) (FIG. 11).

A Ilha de Santa Catarina possui ainda um sistema de lagoas, Lagoa da Conceição e


do Peri, e corpos lagunares menores como as lagoas do Jacaré, da Chica,
Lagoinha Pequena, Lagoinha do Leste e Lagoinha de Ponta das Canas. Os
principais rios que drenam a ilha são: Vermelho, Ingleses, Tavares, Itacorubi, Saco
Grande e Ratones. O entorno da ilha em estudo sofre a atuação dos agentes
oceanográficos, destacando-se a ação das ondas, marés e correntes litorâneas
(HORN FILHO, 2006).

As áreas sedimentares têm sua formação associada aos períodos trans-regressivos


dos últimos períodos geológicos (Terciário e Quaternário).

Os Maciços Graníticos constituem, em geral, áreas com moraria bastante


movimentada. Cruz (1998) chama a atenção para o fato de que, nos topos mais
rebaixados, as formações são normalmente mamelonadas, caracterizando-se por
um alto grau de intemperismo-pedogênese nas vertentes, e recebendo também os

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produtos de movimentos de massa e da drenagem que corta as vertentes de
elevada declividade, escarpas de falha e vales profundos, com topos em cristas,
dos maciços graníticos. Apresentam uma dissecação em montanha ou morraria
apresentando vales encaixados, interflúvios e vertentes com diversas declividades
(com altitudes superiores a 200 metros). Esse domínio morfoestrutural é também
chamado de Domínio dos Embasamentos em Estilos Complexos (HERRMANN;
ROSA, 1991).

Para este trabalho caracterizou-se as formas de relevo conforme trabalho de


HERRMANN e ROSA (FLORIANÓPOLIS, 1991) para o município de Florianópolis.
Conforme esses autores na área do município estão presentes dois tipos de
modelados: de dissecação e de acumulação (FIG. 11). A descrição dos modelados
por UTP estão presentes no APENDICE A com Mapa original no APENDICE B.

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Domínios Morfoestruturais Unidades Geomorfológicas

Planícies Marinhas
Am
Atm1
Atm2
Apr
Amg
Atl
Al
Aea
Aee
I - Depósitos Sedimentares
Quaternários Planícies Aluviais
Af
Atf
Atfl
Afm
Atfm

Planos e Rampas Colúvio-Aluviais


Ac
Acc
Ard
IV - Rochas Granitóides Serra do Leste Catarinense
Modelado de Dissecação em Morraria
Modelado de Dissecação em Montanha

Quadro 4: Domínios Morfoestruturais e respectivas Unidades Geomorfológicas.


Fonte: Adaptado de IBGE 2004.

1.4.1.1 Modelado de Dissecação

Nos modelados de dissecação as formas de relevo estão associadas a os corpos


rochosos (granito, riolito, cataclasito e diabásio) que tem forma em colinas, morro e
montanhas. Essas são esculpidas por processos erosivos. Quando essas
elevações alcançam a faixa litorânea, podem delimitar as enseadas e os sacos
(enseadas completamente circundadas por morros, como a do Saco Grande, a dos
Limões e a da Lama). Os costões e os pontais rochosos fazem parte dessas
elevações e delimitam as praias. As Ilhas, como a do Campeche, a das Aranhas, a

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do Xavier, entre outras, são a continuação dessas elevações além mar (CARUSO
JR., 1993; CRUZ, 1998; FLORIANÓPOLIS, 2004;).

O embasamento cristalino na ilha de Santa Catarina possui morfologia típica dos


maciços rochosos, apresenta aspecto de cristas e acentuado declive das encostas.
As altitudes variam entre 300 e 500m, e as encostas dissecadas por uma drenagem
incipiente, apresentam vales em forma de “V” e pouco profundos.

As rochas cristalinas (ígneas) constituem os morros, formando um conjunto de


elevações alinhadas na direção NE, ao longo de toda e extensão da Ilha. Estes
morros servem como anteparos para o acúmulo de material sedimentar,
comumente retrabalhado, muitas vezes derivado dos próprios morros. Os
granitóides afloram principalmente nos topos dos morros sob a forma de matacões
de médio e grande porte, onde a alteração superficial é bastante pronunciada e,
nos costões como lajeados, quase não apresentando solos.

Os diques de diabásio possuem extensão limitada, com direção predominante N-S


e NE-SW (direção predominante das falhas e fraturas da Ilha) apresentando-se
geralmente alterados devido ao intemperismo. Estes diques ocorrem cortando os
granitos, ao longo de toda a Ilha, alcançando em geral, alguns metros a dezenas de
metros de largura e centenas de metros de extensão.

A Ilha de Santa Catarina apresenta na sua parte Sul, nos Distritos de Ribeirão da
Ilha e Pântano do Sul uma dorsal central com topos entre 250 a 500 metros de
altitude destacando-se o Morro do Ribeirão (519m), ao norte dessa área os morros
da Base Aérea (71m), Tapera da Base (108m) estão na região do Aeroporto e
Tapera. No sudoeste da Ilha aparecem os morros da Lagoinha do Leste (330m),
Morro das Pedras (77m), Armação (311) e Matadeiro (289m) (CRUZ, 1998).

Na parte central da Ilha de Santa Catarina o Morro do Campeche (210m), e a Oeste


– dessa parte central o Morro do Pirajubaé (436m) já na dorsal central de direção
SSW-NNE. Os morros presentes na Costeira do Pirajubaé tem continuidade no
Bairro Córrego Grande (morro Córrego Grande 390m), Assopra (328m). Nessa
parte central separando em duas metades está o Morro da Lagoa (493m), Canelas
(445m), Pedra de Listra (393m), Minas (415m) e Ratones mais ao norte com 464

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metros de altitude. A sudoeste está a Ilha do Campeche com 89 metros no seu
ponto culminante, e do Xavier (com 42m) (CRUZ, 1998).

Na porção leste da Ilha recebe destaque a os morros da Galheta (189m) e Gravatá


(154m).

No maciço central da Ilha de Santa Catarina, margeando o centro urbano da capital,


o Morro da Cruz (285m) com colinas baixas de menos de 20 metros. No
prolongamento ao norte dessa dorsal central, a Barra do Sambaqui de frente a Baía
Norte com morros de 183, 142, 162 e 130 metros, Morro do Cacupé (173m), Saco
Grande (126m) (CRUZ, 1998).

O modelado de dissecação é susceptível à atuação de fenômenos erosivos como


enxurradas, deslizamentos, queda de blocos e matacões, entre outros,
principalmente nas encostas mais íngremes e naqueles cujos solos rasos dos
morros e montanhas não apresentam cobertura vegetal (FLORIANÓPOLIS, 2004).

Na Figura 10 pode-se observar em bege a dissecação em montanha, e em rosa e


verde o modelado de acumulação no Maciço do Morro da Cruz. Em lilás as Bacias
Suspensas.

Figura 10: Montagem a partir do MDT e Mapa Geomorfológico do Maciço no Software Google Earth
com vista tridimensional do setor Sul do Maciço do Morro da Cruz.
Fonte: Organização Orlando Ferretti e Harideva M. Hégas.

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1.4.1.1.1 Modelado de Dissecação em Montanha (Dm)

No modelado de dissecação em montanha, considera-se as elevações mais altas e


com encostas mais íngremes, as quais estão localizadas principalmente no interior
e na porção sul da Ilha de Santa Catarina. Dissecação com vales encaixados,
ocasionalmente com terraços12 alveolares13, interflúvios14 angulosos e vertentes
com diferentes graus de declividade. Amplitude altimétrica superior a 200 metros.
Apesar de serem chamadas popularmente de morros, as elevações conhecidas
como Morro das Aranhas, do Rio Vermelho, da Lagoa, da Cruz, da Pedra da Listra,
do Ribeirão, entre outras, fazem parte desse modelado;

1.4.1.1.2 Modelado de Dissecação em Morraria (ou outeiro) (Do)

Dissecação com vales pouco encaixados conformando morros com vertentes


convexa-côncavas. Amplitudes altimétricas inferiores a 200 metros.

Na Ilha de Santa Catarina erosão em morros de altitudes menores, de modelados


de morraria, ocorre de forma localizada mais próximo da zona litorânea, sendo mais
expressivo na porção Norte da Ilha de Santa Catarina, como o Morro dos Ingleses,
das Feiticeiras e do Cacupé e a Leste da Galheta. No Sul da Ilha pode-se citar o
Morro do Campeche sobre a planície costeira.

1.4.1.2 Modelado de Acumulação

O modelado de acumulação é constituído por formas de relevo geradas em


ambientes de deposição marinhos, eólicos, lacustres, torrenciais e fluviais. Os
modelados de acumulação são classificados de acordo com a característica
dominante do relevo e com a natureza dos sedimentos que os constituem.

12 São superfícies horizontal ou levemente inclinada, constituída por depósitos sedimentares ou


modeladas pela erosão e limitada por dois declives do mesmo sentido. Sendo então um patamar
interrompendo um declive contínuo.
13 Seções alargadas de um vale entulhadas de sedimentos.
14 Pequenas ondulações que separam os vales, cujas vertentes são na sua maioria convexas
formando pequenas colinas.

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1.4.1.2.1 Compartimento Praiais

São agrupados em formas de relevo criadas a partir de sedimentos transportados e


depositados pelo regime de ondas e correntes litorâneas. São as formas de relevo
encontradas nesse compartimento: praias atuais, terraços marinhos, planícies de
restinga, planícies lacustres e as planícies de maré. Muitas dessas feições são o
resultado de processos que ocorreram no passado geológico recente do litoral,
como o aumento e rebaixamento do nível do mar nos últimos milhares de anos.

1.4.1.2.1.1 Praias atuais

São diferenciadas de acordo com a sua posição: as voltadas diretamente para o


Oceano Atlântico possuem areias mais fina e um regime de ondas e correntes com
mais energia, ao passo que aquelas voltadas para as águas das baías sul e norte
são ambientes de menor energia e possuem areias mais grossas. CRUZ (1998)
afirma que este ambiente é extremamente instável e muda de acordo com a época
do ano, com situações de erosão no final do inverno e da primavera e de deposição
no final do verão. As praias voltadas para o Atlântico são as mais afetadas por
esses fenômenos, CRUZ (1998) constatou que as Praias de Ingleses, Moçambique,
Campeche, Armação, Daniela, Ponta das Canas, Canasvieiras, Cachoeira do Bom
Jesus, Lagoinha, Forte e Pântano do Sul apresentam sinais visíveis de erosão,
demonstrando uma instabilidade ambiental que por vezes é ampliada pelas
construções humanas.

1.4.1.2.1.2 Terraços marinhos

São formas de degraus modelados em sedimentos arenosos depositados pelo mar.


Na Ilha de Santa Catarina, os terraços apresentam-se em dois níveis: um, mais
elevado, representa o nível do mar mais alto de outros tempos (Pleistoceno) e
geralmente, se encontram encostados na base das elevações; e os terraços
marinhos atuais que se encontram mais próximos das linhas de praias
contemporâneas.

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1.4.1.2.1.3 Planícies de Restinga

Foram criadas através da deposição sucessiva de cordões arenosos pelas


correntes litorâneas, enquanto o mar baixava seu nível e regredia em direção ao
litoral atual. A morfologia típica dessas planícies é a de cristas e cavados arenosos
sucessivos, com cada crista representando um cordão e cada cavado
representando o limite entre dois cordões. Entretanto, pode ocorrer a deposição de
dunas sobre essa morfologia, o que torna difícil identificar as cristas e os cavados.
Como os cavados são áreas mais baixas, aí se acumula umidade e se formam
brejos e pântanos. Muitas vezes, os cordões de restinga aprisionavam corpos
d'água formando lagoas, como a do Peri, a da Conceição e corpos lagunares
menores, como a da Chica, a Lagoinha, etc. A planície lacustre é formada pelo
entulhamento que as lagoas sofrem com o tempo. Esse entulhamento, também
chamado de colmatação, se deve à chegada de sedimentos trazidos pelos rios,
pela chuva e pelo vento. Esse processo faz com que se forme uma área rebaixada
e pantanosa, com solo escuro. A Lagoa da Conceição apresenta alguns trechos
colmatados ao norte, em direção ao Rio Vermelho.

1.4.1.2.1.4 Planície de Maré

Ocorre nas áreas de mar calmo das baías Norte e Sul, desenvolvendo-se nas
reentrâncias do litoral e na foz dos rios, onde o fundo marinho é raso. Nesses locais
acumulam-se sedimentos finos (do tamanho dos de silte e de argila) que formam
um solo lamoso freqüentemente encharcado pelo lençol freático próximo da
superfície e pela invasão das águas do mar nos períodos de maré cheia. A cor
escura desse solo é resultante da decomposição lenta e incompleta da matéria
orgânica em ambiente saturado de água. Nesse ambiente, desenvolve-as espécies
vegetais típicas de manguezal e, por ser um lugar de águas calmas, com presença
de nutrientes, algumas espécies de peixes, crustáceos e moluscos aí se
reproduzem e completam seus estágios de crescimento (FLORIANÓPOLIS,
2004:26, 28).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 60


1.4.1.2.2 Compartimentos Eólicos

São constituídos por formas de relevo criadas a partir da ação do vento em


ambiente litorâneo. Em Florianópolis, fazem parte desse compartimento os campos
de dunas móveis e estabilizadas (com vegetação), onde podem ser encontrados
diferentes tipos de dunas - longitudinais, transversais, parabólicas e cômoros. Nos
campos de dunas também aparecem bacias de deflação, pequenas lagoas
temporárias e pântanos. As dunas longitudinais, transversais e parabólicas
diferenciam-se por sua forma graças à direção do vento, à disponibilidade de areia
e à presença de obstáculos para o vento começar a depositá-las. As longitudinais
apresentam-se como cordões de areia alinhados à direção do vento mais
constante, as transversais têm essa denominação porque se desenvolvendo
sentido perpendicular à direção do vento mais constante; e as parabólicas têm a
forma de uma ferradura com as pontas bem fechadas, que se desenvolvem no
sentido contrário ao vento mais freqüente. Os ventos do quadrante nordeste são os
mais freqüentes em nosso litoral, enquanto os do quadrante sul são menos
constantes, mas mais intensos, e ambos influenciam na formação das dunas. As
bacias de deflação são áreas rebaixadas e embaciadas que surgiram pela retirada
de areia pelo vento. Em alguns pontos, o vento retira tanta areia que rebaixa a
superfície até fazer aflorar o lençol freático, formando pântanos nessas depressões.
Os cômoros, ou “combros”, como dizem nativos descendentes de açorianos, é uma
espécie de muro de areia, formado por dunas altas e contínuas, que limita a área
litorânea. As dunas fixas são estabilizadas pela instalação de espécies vegetais de
formação pioneira ou de restinga e ocorrem nos lugares mais protegidos do vento.
Os campos de dunas e os cômoros são mais expressivos na parte Leste da Ilha de
Santa Catarina (FOTO 8), junto ao Oceano Atlântico, se dividindo em dois campos
principais: o de Ingleses até a Barra da Lagoa, passando pelo Rio Vermelho, e o da
Joaquina até o Campeche, passando pelo Rio Tavares, orientados na direção Sul -
Sudoeste e Norte - Nordeste. Há dunas também em outros pontos da Ilha, como
Daniela, Ponta das Canas, Canasvieiras, Pântano do Sul, entre outras praias. A
altura média das dunas é de cerca de 10 metros; contudo, no campo de dunas da
Joaquina está a duna mais elevada com cerca de 40 metros. Esse compartimento é
extremamente dinâmico, mudando suas formas literalmente ao sabor do vento. É

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 61


uma região na qual não deve haver intervenção ou ocupação humana, pois as
estruturas criadas pelo homem tendem a ser permanentes e a paisagem do
compartimento eólico não é permanente (FLORIANÓPOLIS, 2004:28).

Foto 8: Campo de Dunas no Leste da Ilha de Santa Catarina; É possível identificar na paisagem os
cômoros entre pequenas lagoas.
Fonte: Orlando Ferretti (julho de 2009).

1.4.1.2.3 Compartimentos colúvio-aluvionar

Representa a transição entre as unidades da planície costeira e a das serras do


leste catarinense. Apresenta formas de rampas constituídas por depósitos de
sedimentos acavalados nas elevações cristalinas e que se estendem sobre a
planície costeira. Esses sedimentos são mal selecionados e compostos por
diferentes tamanhos de grãos, como matacões, seixos, areias e argilas.
HERRMANN e ROSA (1991) classificam-nas em dois tipos: rampas colúvio-
eluvionais e rampas de dissipação. As rampas colúvio-eluvionais são formadas por
alterações de rochas in situ e por depósitos de sedimentos que se deslocam das
partes mais altas a partir de enxurradas, deslizamentos e quedas de blocos. Os
sedimentos maiores, como matacões e blocos, são encontrados com maior
freqüência nas declividades mais acentuadas, enquanto os mais finos (areias e

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 62


argilas) formam o meio e a extremidade mais baixa das rampas, já avançando
sobre a planície. As cores dos materiais dessas rampas são avermelhadas ou
amareladas, podendo passar a acinzentadas nas partes baixas junto à planície por
influência da presença do lençol freático. Onde o nível do lençol oscila ao longo do
tempo são encontradas cores mosqueadas entre manchas avermelhadas e
acinzentadas/esbranquiçadas. As rampas de dissipação são formadas por dunas
acavaladas nas elevações, que recebem contribuição de sedimentos das alterações
e/ou solos dessas elevações quando ocorrem enxurradas ou deslizamentos. São
areias eólicas com contribuição de argilas, seixos e grânulos derivados da alteração
dos granitos e do diabásio que compõem as elevações que funcionaram como um
obstáculo para o vento, e que acabam formando depósitos avermelhados em
virtude da contribuição de argilas e óxidos. Pela maneira como se origina, esse tipo
de rampa aparece com mais freqüência na parte leste da Ilha de Santa Catarina
(FLORIANÓPOLIS, 2004:28,29).

1.4.1.2.4 Compartimento Fluvial

Trata-se da Planície Fluvial (Af), como área plana, sujeita a inundações periódicas,
corresponde às várzeas atuais. Nas proximidades da foz dos rios se alargam os
cursos dos mesmos e suas faixas de deposição aluvial, formando meandros e
divagando pela planície fluvial que freqüentemente se entremeia com as planícies
marinhas. As planícies de base de larguras consideráveis foram formadas em
virtude dos perfis longitudinais com declives acentuados, associados aos elevados
índices pluviométricos ocorrentes no litoral catarinense.A Planície Flúvio-lacustre
(Afl) é resultante da combinação de processos de acumulação fluviais associados à
dinâmica lagunar.

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Figura 20: Mapa dos domínios geomorfológicos do Município de Florianópolis.
15
Fonte: FLORIANÓPOLIS, 1991 e FLORIANÓPOLIS, 2004, adaptado e organizado por Orlando Ferretti.

15
A figura apresentada trata-se apenas de um desenho dos domínios de dissecação e acumulação sem representar os elementos geomorfológicos de
encostas, vertentes, interflúvios etc.

_______ 64
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB
1.4.2 CONDIÇÕES DE SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS EROSIVOS

Analisado os elementos presentes na legislação municipal, 0 – 30%, 30- 46,6%; e


acima de 46,6% e conforme mapa de declividades do município de Florianópolis,
observa-se áreas susceptíveis a riscos naturais, principalmente os relacionados a
deslizamentos e enchentes.

Através das diferenças de inclinações do terreno (declividades) estabeleceu-se


considerações legais e de ordenação sobre locais sujeitos às enchentes e propícios
a estabilizações de encostas, mas que infelizmente nem sempre são cumpridas em
Florianópolis.

Nas áreas de encostas do Maciço do Morro da Cruz, no Morro da Lagoa e em


outros maciços ao longo da Ilha observa-se ocupação em áreas de declividades
acentuadas, com a retirada da vegetação. Há uma massa edificada que é mais
densa até a cota 50m, e fica mais rarefeita até a cota dos 100m, chegando mesmo
a cota de 200 metros em alguns pontos do Morro da Cruz (PAMPLONA, 1999).

Do ponto de vista geoambiental, as áreas de maiores declividade dos maciços


graníticos são impróprias à ocupação e também a diversos usos de
agricultura/criação de animais, porque uma vez desmatada ou terraplanada para
construções, podem tornar-se susceptíveis à erosão, deslizamentos e rolamentos
de matacões, conforme aponta SAITO (2004), DIAS (2000) e CRISTO (2002).

HERRMANN e ROSA (1991) apontam que a declividade acentuada é determinante


na ocorrência de movimentos de massa, do tipo solifluxão em que os deslizamentos
resultam em cicatrizes com deslocamento de material e processos erosivos.

O escorregamento (ou deslizamento) é um movimento de massa e/ou material


sólido encosta abaixo, como solos, rochas e vegetação, sob a influência direta da
gravidade. As chuvas vão fornecer condição para ocasionar os escorregamentos,
no entanto a má utilização e ocupação do solo é, diretamente responsável pelos
desastres que atingem as comunidades humanas (KOBIYAMA et al, 2006).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 65


AUGUSTO FILHO (1994 apud KOBIYAMA et al 2006) destaca quatro tipos de
movimentos básicos: os rastejos (creep), os escorregamentos (slides), as corridas
(flows) e as quedas de blocos (falls). Rapidamente podem ser descritos como;

ƒ Rastejo é um fenômeno lento (centímetros ao ano) com baixo poder de


destruição e facilmente identificado pela posição de muros, árvores etc;

ƒ Escorregamentos, propriamente ditos, podem ser rotacionais e


translacionais, são movimentos rápidos e com velocidades médias a altas
(em metros por hora ou metros por segundo), de rápida duração com grande
poder de destruição;

ƒ As Flows ou corridas são movimentos extremamente rápidos (em metros por


segundo), normalmente com material viscoso. Apesar de serem mais raras
de ocorrer, produzem estragos maiores que os escorregamentos;

ƒ Quedas de blocos acontecem quando rochas rolam de encostas, em


movimento de queda livre com velocidade alta.

A Ilha de Santa Catarina é palco de constantes episódios de escorregamentos,


notadamente associados a uma instabilidade temporal ou, o que é pior, apenas a
um evento de chuva mais prolongada.

OLIVEIRA e HERRMANN (2004, p. 157) analisando a área de dissecação de


montanha, em que está parte do Maciço Central apontam que

A declividade acentuada determina a ocorrência ocasional e localizada de


movimentos de massa do tipo solifluxão e deslizamentos que resultam em
cicatrizes de arranque de material e nichos erosivos. O escoamento
superficial difuso promove a lavagem do material de menos granulometria
e concentra blocos e matacões graníticos ao longo das vertentes. Muitos
desses blocos rochosos encontram-se em condições precárias de
equilíbrio e constituem, durante os períodos de chuva intensas, fator de
alto risco para a população que ocupa as áreas adjacentes.

Na maioria das vezes, os escorregamentos estão relacionados com a própria


dinâmica das encostas e as grandes declividades, com movimentos gravitacionais
de massa (SAITO, 2004; CRISTO, 2002). Associado a esta dinâmica podem

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 66


manifestar-se outros tipos de movimentos de massa, como corridas de lama,
rastejo, quedas de blocos, tombamentos de blocos e/ou matacões.

Os escorregamentos acontecem com os deslocamentos de solo sobre um


embasamento saturado de água, processo que depende de vários fatores, entre os
quais estão: a inclinação das vertentes, a quantidade e freqüência das
precipitações, da presença ou não da vegetação e da consolidação do material.

Em Florianópolis, na área do Maciço Central, muitos dos deslizamentos estão


associados com a utilização de forma inapropriada de áreas com declividade acima
de 46,6%; mas áreas com inclinação menores podem sofrer a atuação dos
processos de movimento de massa, sobretudo devido a construções inadequadas
como a movimentação de material sujeito a escorregamento.

A pressão urbana sobre locais susceptíveis a deslizamentos, com vulnerabilidade


ambiental, inclui a morfologia do relevo (sobretudo a declividade), a litologia
(estrutura geológica) e o tipo de cobertura e uso do solo.

Fica evidenciado, pelos trabalhos de pesquisa do Núcleo de História, Cultura e


Desenho da Cidade (CIDADHIS), do Departamento de Arquitetura junto ao Centro
Tecnológico da UFSC, que o material utilizado, muitas vezes restos de outras
construções ou placas e a própria mata adjacente (como árvores para mourão de
cerca), e ainda a carência técnica dos moradores para seguir parâmetros de
segurança, contribuem para a maior vulnerabilidade da população e
consequentemente da área. São comuns cortes em terrenos nas encostas e a
retirada da vegetação (seja por corte ou queimada) que protege o solo, bem como
os aterros para aumentar a área útil de construção, normalmente as mesmas são
realizadas sem respeitar as condições mínimas de segurança, como a geometria do
talude, bem como qualidade e compactação do material empregado para a
construção dos aterros, condicionam a ocorrência de escorregamentos. Além disso,
a inexistência de sistemas de drenagem eficientes impede o correto escoamento da
água, podendo provocar seu acúmulo e a conseqüente desestabilização da encosta
(SCHEIBE et al. 2007).

SAITO (2004) apresenta um mapa dos Assentamentos Precários do Maciço Central


de Florianópolis destacando as comunidades que estão em conflito com o Plano

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 67


Diretor, sobretudo como no caso do Alto da Caieira onde apesar de estar em uma
área definida como APL há atualmente um processo de urbanização com
asfaltamento da principal via de acesso, ligação de água e esgoto.

Com as chuvas acumuladas no ano de 2008, de agosto a novembro, e com uma


série de escorregamentos por todo o Estado, Florianópolis não ficou imune. O
excesso da concentração de chuva no mês de novembro, com o conseqüente,
acúmulo e a saturação do solo ocasionaram diversos incidentes, como constantes
escorregamentos com casas em área de risco nos maciços graníticos da Ilha.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 68


1.5 HIDROLOGIA E HIDROGEOLOGIA

1.5.1 HIDROLOGIA

A rede hidrográfica do Município de Florianópolis caracteriza-se por bacias, lagoas,


rios e córregos normalmente de pequenas extensões que deságuam diretamente
nas baías Norte e Sul, e no Oceano Atlântico. Destacam-se em as bacias do rio
Ratones (UTP’s Papaquara, Rio Tavares e Manguezal do Rio Ratones), Saco
Grande (UTP Saco Grande), Lagoa da Conceição (UTP Lagoa da Conceição),
Itacorubi (UTP Itacortubi), Rio Tavares (UTP Rio Tavares) e Lagoa do Peri (UTP
Lagoa do Peri e UTP Pântano do Sul).

O relevo do município possui inclinação acentuada entre as planícies e as encostas


o que forma uma grande quantidade de vertentes com córregos e quedas d’água,
que geram pequenos cursos d’água dependentes do regime pluviométrico. A
hidrologia caracteriza-se pela fraca capacidade de vazão das redes de drenagem e
a ausência de mananciais vigorosos. As principais são as bacias dos rios Ratones,
Tavares, Itacorubi, Saco Grande e Capivari (GUEDES JÚNIOR, 2005).

Os maciços graníticos presente na parte central Ilha de Santa Catarina propiciaram


a formação de pequenas bacias hidrográficas, estando essas subdivididas em
quatro vertentes distintas que correspondem aos setores Leste, Oeste, Norte e Sul.
Na vertente Leste, os rios e córregos nascem no embasamento cristalino, não
atingindo diretamente o mar, são captados pelas águas da Lagoa da Conceição no
setor Centro-Norte e Lagoa do Peri no setor Sul. Os rios da vertente oeste
desembocam nas Baías Norte e Sul, enquanto que aqueles das vertentes norte e
sul direcionam-se diretamente para o oceano Atlântico.

No continente a Bacia do Estreito tem suas águas correndo para a Baía Norte,
enquanto na Bacia de Coqueiros tem parte das águas drenada para a Baía Sul, em
Coqueiros.

Grande parte dos rios e córregos nas áreas urbanizadas do município se encontram
canalizados, sendo que destes a maioria absoluta está contaminado por dejetos

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 69


domésticos. A retirada da vegetação nativa, a ocupação irregular, o entulho de
materiais e lixo, além dos desvios para abastecimento e o lançamento de águas
servidas transformaram os pequenos córregos perenes e os intermitentes. Há
pequenas nascentes preservadas nos maciços da Ilha de Santa Catarina,
sobretudo no maciço central que corta a Ilha. Muitas dessas nascentes correm
diretamente ao mar.

Essas alterações no regime natural das águas das bacias hidrográficas têm gerado,
sobretudo no verão, a ocorrência de alagamentos com as cheias de rios e córregos.
O formato do relevo e o processo de ocupação intensa sobre a planície costeira
também contribuí para os processos de alagamento.

A bacia hidrográfica mais representativa é a de Ratones, por ser a de maior


extensão. Nela encontram-se representados todos os diferentes ecossistemas
presentes em Florianópolis do manguezal à floresta ombrófila densa.

Para a demarcação das bacias (conforme Produto 1) foi utilizado a base do IBGE
1:50.000 sobre o qual procurou-se corrigir pequenas distorções nos divisores de
água dessas bacias com base cartográfica do IPUF na escala 1:2.000.

Os principais rios que drenam a Ilha de Santa Catarina são: Rio Vermelho; Rio dos
Ingleses, Rio Tavares, Rio Itacorubi, Rio do Saco Grande e Rio Ratones. A ilha
possui um sistema lagunar que incorpora dois ambientes principais: Lagoa da
Conceição (trata-se de uma laguna) e a Lagoa do Peri.

Há também corpos lacustres menores: Lagoa do Jacaré; Lagoa Pequena do Rio


Tavares; Lagoa da Chica; Lagoa de Ponta das Canas (também uma laguna) e a
Lagoinha do Leste.

Por sua dimensão, por suas características físicas e, sobretudo por sua paisagem
(FOTO 9), a Bacia da Lagoa da Conceição detém maior interesse ecológico, alem
de possuir muitos usos. Deságua no oceano pelo Canal da Barra da Lagoa, com
aproximadamente 2 km de extensão (FIG. 12).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 70


Foto 9: Paisagem da Lagoa da Conceição
Fonte: Orlando Ferretti (fotografia de julho de 2009).

Figura 12: Imagem do canal da Barra da Lagoa.


Fonte: Google Earth agosto de 2009.

A Lagoa do Peri possui um espelho d’água com 5,10 km2, como principal aporte
d’água possui dois rios principais Cachoeira Grande e Ribeirão Grande. No entanto
o índice pluviométrico é o principal elemento (FIG.13). A saída da água dessa

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 71


laguna (na geomorfologia trata-se de uma laguna) é pelo Rio Sangradouro na Praia
da Armação (FOTO 9).

Figura 13: Imagem da Bacia da Lagoa do Peri.


Fonte: Google Earth agosto de 2009.

Foto 9: Rio Sangradouro na Praia da Armação.


Fonte: Orlando Ferretti (junho de 2009).

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A Lagoinha do Leste localiza-se na praia de mesmo nome, sendo isolada por
depósitos eólicos de idade pleistocênica e holocênica (FIG. 14). Os canais que
abastecem a lagoinha apresentam pouco volume de água e estão encaixados nas
falhas estruturais do embasamento cristalino. O canal de escoamento deste corpo
lagunar geralmente isolado do oceano devido à presença da barra arenosa no
cordão praial (FOTO 10). Eventualmente, seja em períodos de alta pluviosidade ou
durante eventos de tempestades “ressacas”, rompe-se a barra arenosa junto a
praia e o canal da Lagoinha deságua no Oceano Atlântico (SILVEIRA, 1999 apud
OLIVEIRA,2002)

Figura 14: Imagem da praia da Lagoinha do Leste


Fonte: Google Earth agosto de 2009.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 73


Foto 10: Lagoinha do Leste.
Fonte: Orlando Ferretti (março de 2003).

No Norte da Ilha a Lagoinha do Norte está na retaguarda da Praia da Lagoinha,


entre as Pontas do Rapa e da Laje, ao Norte da Ilha de Santa Catarina. Trata-se de
um ambiente paleolagunar onde porções remanescentes do corpo aquoso ainda se
fazem presentes; porém, é evidente o estágio adiantado de colmatação. Estas
porções não alcançam profundidades superiores a 1 metro e a expansão imobiliária
e a abertura da barra de seu rio Sangradouro são as prováveis causas do rápido
assoreamento da laguna (OLIVEIRA, 2002).

Também no Norte da Ilha a Lagoa de Ponta das Canas é caracterizada por estar
isolada do oceano por uma flecha arenosa formada pelo transporte de sedimentos
costeiros e pela atuação de correntes de deriva litorânea. É um ambiente de
deposição recente em função da dinâmica oceanográfica local, com elevado grau
de comprometimento ambiental, em razão da presença da urbanização e
desassoreamento regulares para a manutenção das hidrovias para barco de pesca
e de lazer (NUNES, 2002 apud OLIVEIRA 2002).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 74


A expansão das áreas urbanas e o conseqüente aumento dos arruamentos e da
impermeabilização do solo, tanto nas encostas, como nas planícies, favorecem o
aumento da velocidade e do volume d’água proporcionando seu acúmulo nas
drenagens, e transbordamento causando enchentes a jusante.

Manancial Localização Área da Bacia Vazão Vazão Vazão Data


Contribuição Média média média Implantaç
2
(KM ) (l/s) estiagem Captação ão
(Q7,19)(l/s) (l/s)
Cachoeira do Lagoa da 0,97 21,20 5,90 10,00 1910
Assopra Conceição
Ana D’Avila Itacorubi 1,16 25,93 7,05 4,0 1910
(Quilombo)
Rio Tavares Rio Tavares 2,36 51,57 14,34 20,00 1922

Monte Verde Monte Verde 3,00 56,59 15,06 7,00 1984


(Rio Pau do Barco)
Cidade das Saco Grande 1,35 29,50 8,21 4,00 1984
Abelhas (Rio do
Mel)
Cacupé (Córrego Saco Grande 1,23 26,88 7,48 4,00 1984
do Meiembipe)
Córrego Grande Córrego 1,94 42,39 11,79 14,00 1977
(Poção) Grande
Lagoa do Peri Lagoa do Peri 20,1 433,78 121,63 200,00 2000

Quadro 5: Mananciais de Florianópolis advindos das bacias hidrográficas.


Fonte: FLORIANÓPOLIS, 2004.

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1.5.2 HIDROGEOLOGIA

A caracterização da Hidrogeologia da Ilha de Santa Catarina é representada neste


trabalho pelas pesquisas e pelo Mapa Hidrogeológico da Ilha de Santa Catarina,
escala 1:50.000 de GUEDES JR (1999 e 2005). A descrição detalhada por UTP
estão presentes no APENDICE A.

Do ponto de vista hidrogeológico, os depósitos sedimentares em Florianópolis são


exemplos típicos de formações geológicas permeáveis e com porosidade capazes
de acumular e armazenar grande quantidade de água de boa qualidade. No
Município de Florianópolis há basicamente dois tipos de aquíferos, o Sistema
Aquífero Cristalino, Fraturado e o Sistema Aquífero Sedimentos Inconsolidados.

Conforme o trabalho de Guedes Jr. (1999), as diferentes cores presentes no Mapa


Hidrogeológico (FIG.16) representam os aqüíferos e a vazão média possível de ser
obtida para poços perfurados na unidade referente.

Das cores originais do Mapa Hidrogeológico da Ilha de Santa Catarina de GUEDES


JR (1999) foram realizadas pequenas alterações na Figura 16 para que fosse
possível exemplificar as explicações deste sub-capítulo, sem, no entanto alterar a
localização dos elementos principais.

As tonalidades de azul (e cinza) representam os aqüíferos sedimentares e as cores


em tons de verde as rochas, onde a ocorrência de água subterrânea concentra-se
nas fraturas (GUEDES JR.,1999).

As tonalidades de azul mais escuro representam aqüíferos sedimentares com maior


possibilidade de produtividade e em tons mais claro produtividade menor (assim
como no cinza do Aqüífero dos Ingleses). Na mesma forma, os aqüíferos fissurais
mais produtivos receberam as cores verdes em tons mais escuros, enquanto os
menos produtivos em tons claros. A cor amarela mais escura foi reservada para
Depósitos de Praia e aterros artificiais, enquanto as cores marrom/laranja
reservadas para os depósitos sedimentares com muita argila (camadas
impermeáveis). Os depósitos heterogêneos, onde há muita variação entre camadas

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 76


de areia, silte e argila, a cor representativa é o amarelo. As fraturas das rochas
aparecem como traços contínuos e descontínuos.

Segundo GUEDES JR. (2005) o Sistema Aqüífero Costeiro Brasileiro ocorre na ilha
como depósitos sedimentares capazes de armazenar e transmitir água, sobretudo
na porção norte e leste da ilha. Os depósitos possuem idade quaternária, estão no
domínio geomorfológico de acumulação, trata-se de sedimentos, sobretudo dos
maciços cristalinos que por processos de erosão e deposição vão formar os
depósitos sedimentares. Estes depósitos formam os melhores aqüíferos para
captação de água na Ilha.

GUEDES JR. (1999) retrata que os aqüíferos sedimentares são compostos por
elementos que variam de areia grossa a fina, podendo apresentar quantidades
pequenas de silte e argila.

No ano de 1996 técnicos da CPRM – Companhia de Pesquisa de Recursos


Minerais realizaram um trabalho sobre as águas subterrâneas na porção nordeste
da Ilha de Santa Catarina. A partir de levantamento geofísico indicaram os
seguintes parâmetros médios para o aqüífero: porosidade dominante entre 35% e
45%; capacidade específica de retenção de 15%. Com estes dados a porosidade
eficaz do aqüífero foi estabelecida entre 20 e 30%. Para caracterizar a velocidade
de circulação do aqüífero de Ingleses do Rio Vermelho os autores estabeleceram
os seguintes valores médios para determinados parâmetros: gradiente hidráulico
médio de 0,015 m/m, permeabilidade de 0,001m/s; velocidade do fluxo superficial
das águas subterrâneas de 15.10-6 m/s correspondendo a 1,3 m/dia; velocidade
nos poros de 3 a 4,5.10-6 m/s, cerca de 30 cm/dia (WESTARB, 2004).

Segue a classificação de GUEDES JÚNIOR (1999, 2005) para os aquíferos no


município de Florianópolis.

1.5.2.1 Aqüíferos Sedimentares Inconsolidados

Os aqüíferos sedimentares estão em relevo plano ou suave ondulado, sendo


característica marcante deste sistema a alta permeabilidade dos materiais
constituintes. Os solos são pouco espessos ou mesmo inexistentes, enquanto as

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 77


áreas de recarga relacionam-se a completa extensão do aquífero, recebendo águas
diretamente de precipitação e da superfície dos morros (GUEDES JR.,1999).

Evidentemente que a água dos aquíferos fraturados também contribui para os


aquíferos sedimentares através de camadas mais profundas confinadas.

Dentre esses aqüíferos estão classificados:

1.5.2.1.1 Aqüífero Joaquina

Composto por depósitos eólicos holocênicos, de dunas ativas, localizado


essencialmente no leste da Ilha. São depósitos sedimentares compostos quase que
exclusivamente por grãos de quartzo, tamanho areia fina, que formam acumulações
espessas, podendo atingir até 50 metros de altura e grandes profundidades.
Estendem-se desde a Praia do Campeche ao sul (UTP Morro das Pedras),
passando pelas dunas da Joaquina (UTP Lagoa da Conceição) até a Praia dos
Ingleses ao norte (UTP Ingleses). (GUEDES JR.,1999) (FIG.16).

Guedes Jr. (1999) aponta que os depósitos eólicos demonstram estratificação


cruzada por causa da constante mudança da direção dos ventos, mas isso não
impede que a água subterrânea distribua-se de maneira homogênea no meio.
Como no Aqüífero Joaquina em que as propriedades hidrogeológicas praticamente
são uniformes em toda sua extensão. O nível freático é superficial, sendo que por
vezes aflora em depressões. Estes depósitos recobrem depósitos também eólicos,
mais antigos, depósitos paleolagunares e depósitos marinho-praiais.

Para GUEDES JR. (1999 e 2005), as dunas da Ilha de Santa Catarina são ideais
para o desenvolvimento de água subterrânea, pois possuem intensa recarga,
quando de índices pluviométricos normais. Alem disso há boa condutividade
hidráulica permeabilidade, e evidentemente há qualidade das águas para consumo.

Trata-se o aqüífero nas áreas sedimentares como aqüífero livre (freático), isótropo
e homogêneo. Não existem camadas de solo sobre estes depósitos e pode-se dizer
que toda a área de ocorrência das dunas funciona como área de recarga (GUEDES
JR., 2005).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 78


Trata-se de um manancial ainda pouco explorado, mas essencial para o
abastecimento de água no futuro, contudo sua preservação está muito associada a
utilização da superfície já que esse aquífero está em áreas de dunas sujeitas a uma
ocupação e transformação maior do ambiente.

1.5.2.1.2 Aqüífero Rio Vermelho

Proveniente de depósitos de origem eólica antigos (paleodunas) são de idade


Holocênica (+ ou - 2.600 anos) (ZANNINI, et al. 1997), ocorrem principalmente na
porção leste e nordeste da Ilha, junto aos morros. A maior ocorrência é na região do
Sítio Capivari na UTP Ingleses, mas também ocorrem na UTP Lagoa da Conceição,
a leste da UTP Papaquara e em alguns cordões de restinga nas praias do sul da
Ilha (FIG. 16).

Para CARUSO JR. (1993) aponta que desses depósitos eólicos de paleodunas
podem ser de idade Pleistocênica.

Com relevo suave, nesse aqüífero são comuns partículas de quartzo tamanho areia
fina, com pequenas contribuições de silte e argila, provenientes dos processos
erosivos de dissecação em morros da região (GUEDES JR. 2005).

Esse aquífero é muito utilizado pela população local através do sistema de


ponteiras. A CASAN também possui poços nesse aquífero com canos de 6
polegadas de diâmetro atingindo profundidade de até 70 metros com vazões
médias de 35.000 l/h.

1.5.2.1.3 Aqüífero Ingleses

Segundo GUEDES JR. (1999) o aqüífero Ingleses está relacionado aos depósitos
arenosos de origem marinho - praial ocorre nas UTPs dos Ingleses, Santinho, e
norte da UTP Lagoa da Conceição. Aparecendo também na UTP Rio Tavares e
Tapera.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 79


É uma camada aqüífera sedimentar livre, sendo de areia grossa limpa, areia fina ou
areia fina argilosa com contato direto com a superfície, possui uma camada
confinada a profundidades maiores do que quinze metros (GUEDES JR., 1999).

GUEDES JR. (1999) aponta que a origem principal da camada sedimentar é


marinho-praial, sendo areia média a grossa predominante, podendo em alguns
locais a contribuição eólica ser grande, favorecendo a ocorrência de areia fina.

Junto à Praia dos Ingleses, na região do Rio Vermelho e próximo à Praia do


Moçambique, aparece como aqüífero livre, freático, homogêneo e isótropo. Em sub-
superfície a camada aqüífera geralmente varia em ocorrência em profundidades
maiores do que 18 metros, apresentando espessuras de aproximadamente 20
metros, dependendo do local de perfuração, sendo confinada por uma camada de
rgila que pode atingir até 10 metros de espessura, sendo um manancial estratégico
e utilizado em raríssimas vezes ao longo da Ilha (GUEDES JR., 2005).

Este aquífero é muito utilizado para o abastecimento público. Cálculos das vazões
deste aqüífero, segundo GUEDES JR. (1999:93), podem chegar a 24.000 l/h, ainda
que em pontos de menor extensão de ocorrência, as vazões médias ficam entre
2.000 a 6.000 l/h, como na Praia Brava.

O trabalho de WESTARB (2004) retrata o Aquífero dos Ingleses, aponta a


nomenclatura SASFI, Sistema Aquífero Sediementar Freático dos Ingleses. Na
Figura 15 segue mapa com poços profundos da empresa CASAN até 2004.

No Aqüífero Ingleses os depósitos arenosos têm como única fonte de recarga a


precipitação atmosférica. No entanto, nem toda a água da chuva que se infiltra
atinge o nível freático, parte dela sobre o processo de evapotranspiração.

Para se estimar o volume da recarga para o aqüífero, WESTARB (2004) cita a


parcela da precipitação que sustenta a reserva de água subterrânea denominada
de Infiltração eficaz (Ie) por que corresponde a parte que efetivamente pode
percolar até o nível freático e reabastecer o aqüífero (CASTANY,1975 apud
WESTARB 2004).

Ainda conforme WESTARB a “recarga potencial” que envolve toda água disponível
para a recarga subterrânea no Distrito de Ingleses, seria de apenas 1.595 mm/ano
representada pela quantidade de chuva que caiu em média por ano na área em

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 80


estudo para o período de 1980/2002. Com base no balanço hídrico para o Distrito
de Ingleses obteve-se o equivalente à Infiltração eficaz (Ie) de 499 mm de chuva
anualmente, correspondendo à “recarga real” (RUSHTON,1988 apud WESTARB
2004).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 81


Figura 15: Mapa de localização de poços profundos da CASAN
Fonte: WESTARB, 2004.

Os canais de drenagem representam para o Aquífero Ingleses o extravasamento de


suas águas em períodos de elevação do freático. Por outro lado, mostra o quanto o
sistema aqüífero em estudo, também já foi modificado pela ação humana de tal

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 82


maneira que ele fica seco por longos períodos. Salienta-se que é ao longo do rio
dos Ingleses que muitos dos poços da CASAN estão localizados (WESTARB 2004).

A autora WESTARB (2004) aponta que as dunas representam uma importante área
de recarga subterrânea para o aquífero, dada à excelente condição de
permeabilidade e porosidade das areias. No campo de dunas ativas de Ingleses do
Rio Vermelho o afloramento da superfície freática forma lagoas. Desta forma, a
formação de lagoas nas dunas, evidencia a abundância das águas subterrâneas,
ou seja, é o aqüífero extravasando o excesso de suas águas. Assim, o
comportamento das lagoas, representa via de regra, as condições das reservas do
manancial subterrâneo.

1.5.2.1.4 Aqüífero Canasvieiras

Compreende depósitos sedimentares em superfície que aparecem em diversos


pontos da Ilha de Santa Catarina, em áreas planas e próximas a manguezais.
Destacam-se na UTP Papaquara e Rio Tavares no norte, a oeste UTP Saco
Grande e Itacorubi, no sul UTP Rio Tavares e UTP Pântano do Sul. Os depósitos
desse aquífero são compostos por sedimentos finos tamanho silte ou argila,
podendo ocorrer areia grosa (+ ou – 40%), assim como areia fina (em 70%). Esses
sedimentos são remanescentes de eventos marinhos regressivos que formaram
pequenos lagos, assim como de processos de deposição em dissecação dos
maciços graníticos. Evidentemente que também processos recentes de maré
contribuem. (GUEDES JR., 1999). (FIG.16)..

GUEDES JR. Considera que esse aquífero seja impróprio para a utilização
humana, pois o município ainda dispõe de outros aquíferos de melhor qualidade
para o abastecimento humano.

1.5.2.1.5 Aqüífero Conceição

Corresponde a depósitos sedimentares de origem continental, de leques aluviais.


Com sedimentos mal classificados de cascalhos e areia fina, com silte e argila, e
depósitos de aluviões atuais compostos principalmente por areia grossa, com

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 83


seixos, site e argila em menor quantidade. Não são expressivos na Ilha, aparecem
no norte da Lagoa da Conceição, na UTP de mesmo nome e na UTP Tapera.
Quanto em sub-superfície, estes podem cobrir mananciais de outros tipos de
depósitos, como depósitos marinho-praiais ou fraturas de embasamento cristalino.
(GUEDES JR.,1999) (FIG.16).

Tanto os depósitos argilosos ou orgânicos (como os presentes em áreas de


manguezal) com os depósitos de praia não são considerados aquíferos pela
quantidade de sal no material.

1.5.2.2 Sistema Aqüífero Cristalino – Fraturado

Nesse tipo de aqüífero estão as rochas ígneas intrusivas e metamórficas (granitos,


diabásios e gnaisses), como as rochas vulcânicas (riolitos) no município de
Florianópolis. A água da chuva infiltra-se no solo e acumula-se nas interconexões
entre as rochas. Quanto maior a quantidade de fraturas na rocha maior a
possibilidade de ocorrência de água subterrânea. É um tipo de aquífero que
depende de caminhos específicos da rocha, sendo heterogêneo e anisótropo16
(GUEDES JR, 1999).

Nos morros e nos maciços que cortam a Ilha de Santa Catarina e o continente,
existem camadas de solo17 de várias espessuras sobre as elevações, sendo mais
espessos nas encostas, com topos com maior possibilidade de recarga desse tipo
de aqüífero, pois possui menor camada de solo e menor declividade. (FIG.16).

Os solos são em geral na Ilha bem drenados o que impede apenas parcialmente a
passagem das águas, por isso são considerados livres, freáticos. Existem no
município dois tipos desses aqüíferos:

1.5.2.2.1 Aqüífero Ilha

16
A isotropia é a propriedade que caracteriza as substâncias que possuem as mesmas
propriedades físicas independentemente da direcção considerada. Portanto anisótropo são
propriedades variáveis, ou diferentes, segundo a direção em que se mede.
17
Nesses tipos de aquíferos encontram-se os sedimentos coluvionares terciários que são
considerados equitardos dentro do Sistema Aquífero Cristalino Fraturado.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 84


Abrange granito Ilha e Itacorubi, diques de diabásio e os metagranitos ocorrentes
no Costão do Santinho e costão sul da praia dos Ingleses (Granitóide Paulo Lopes)
(GUEDES JR, 1999). A captação de água é feita nas fraturas da rocha, com
extrema dificuldade de colocação de poços tubulares. Apesar dessa dificuldade
técnica, na Ilha de Santa Catarina as rochas estão bem fraturadas o que facilita
encontrar boas vazões. GUEDES JR. (1999) aponta possibilidade de vazões em
torno de 5.000 l/h, com profundidade em torno de 40m.

Quanto aos diques de diabásio, GUEDES JR. (1999) aponta que por vezes essas
rochas aparecem encaixadas nas falhas do granito, podendo apresentar por isso
boa vazão. Nesse sentido o autor aponta o Morro da Cruz como melhor local de
captação nesse tipo de rocha, já que possui um dique de grande expressão.

A qualidade da água deste aquífero é excelente podendo ser consumida sem


nenhum tipo de tratamento especial. Pode ter captação entre 30 e 90 m e pode ter
uma vazão média de 4 a 6 mil l/h (GUEDES JR, 1999).

1.5.2.2.2 Aqüífero Cambirela

Aparece nos riolitos ocorrentes, sobretudo na Ilha de Santa Catarina. Este tipo de
rocha aparece na forma de diques e derrames, sendo a maior expressão na parte
sul da Ilha, próximo a praia da Armação na UTP Lagoinha do Leste. Esse tipo de
rocha, por causa da sua formação (de resfriamento na superfície) há diversas
fraturas ocasionando possibilidade de maior infiltração de água e, portanto maior
vazão. No entanto em Florianópolis, apesar da excelente qualidade do tipo de
aquífero, possuem área pequena, alem do fato de estarem muito próximas ao mar
acarretando a saída da água para o mar. (GUEDES JR, 1999) (FIG.16).

Neste trabalho procurou-se atender a demanda de explicitar a Hidrogeologia do


município de Florianópolis sem, no entanto adentrar a questão da capacidade de
vazão específica (apesar de alguns dados estarem citados) e, sobretudo da
qualidade atual dessas águas, ficando essas questões para produto específico. No
entanto é importante acrescentar que apesar dos excelentes aquíferos
sedimentares, esses correm sério risco com o aumento da ocupação de ambientes
ocasionando problemas, a saber: a diminuição da recarga do aquífero pelo uso

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 85


intenso e por vezes inadequado, o recobrimento do solo, a salinização da água
(sobretudo aquífero Ingleses), e, sobretudo a poluição dos aquíferos por descarga
de dejetos.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 86


Figura 16: Mapa Hidrogeológico do Município de Florianópolis.
Fonte: GUEDES JR. 1999, adaptado e organizado por Orlando Ferretti.

_______ 87
PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB
1.6 VEGETAÇÃO

1.6.1 VEGETAÇÃO DA ILHA DE SANTA CATARINA

Apesar da importância dessa temática ainda há poucos trabalhos sobre o município


como um todo. No momento há trabalhos sendo concluídos no setor público com
levantamentos atuais do desenvolvimento e da recomposição vegetal, ainda não
estando disponíveis para esse relatório. No entanto como o objetivo deste é compor
um quadro dos aspectos físicos, utilizou-se o mapeamento de 1990 realizado por
CORA NETO e KLEIN (FLORIANÓPOLIS, 1991) (APENDICE C), entendendo-se
que, evidentemente houve retrocessos e recomposição da vegetação. No detalhe
das UTPs, conforme APENDICE A pode-se observar a descrição dos elementos
físicos e a vegetação.

A evolução da paisagem vegetal está ligada às diversas flutuações climáticas e


oscilações do nível do mar ao longo do período terciário e quaternário, onde
modificações geomorfológicas alteraram sucessões e migrações vegetais,
sobretudo sobre a planície costeira. A cobertura vegetal do município de
Florianópolis é composta pelas seguintes formações: Vegetação Litorânea, Floresta
Ombrófila Densa e Vegetação Secundária ou Reflorestamento.

1.6.1.1 Vegetação Litorânea

1.6.1.1.1 Restinga

É sobre a faixa de areia depositada pelo trabalho construtivo do mar, a restinga,


que aparece uma cobertura vegetal especializada. São plantas normalmente
halófitas, ou sejam vivem sempre com excesso de sal. As plantas são rasteiras,
suas folhas, estreitas, pequenas e muito duras (coriáceas), têm tamanho reduzido
das folhas para reduzir ao máximo à perda pela transpiração. Além disso, os
arbustos e as árvores formam densos grupamentos, com que se protegem do
vento,da luz e do calor. Duas famílias de plantas colonizam a restinga da Ilha:

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 88


Gramineae mais próximas ao mar, e Myrtaceae nas dunas fixas e semifixas
(BRESOLIN, 1979 apud FLORIANÓPOLIS, 2004).

1.6.1.1.2 Vegetação de Ante-Dunas

As ante-dunas formam uma faixa arenosa entre a zona das marés e as dunas,
umedecida pelo mar, constantemente batida pelo vento e borrifada pelos respingos
das ondas (FLORIANÓPOLIS, 2004). Nelas predominam gramíneas resistentes ao
excesso de sal na areia. As gramíneas são ervas pouco exigentes. Na restinga da
Ilha aparecem a Hydrocotyle bonariensis, Paspalum Vaginatum (grama-de-praia),
Remirea marítima (pinheiro-de-praia), Heleocharis geniculata, Ipomoea pés-caprae
(batata-de-praia ou salsa-de-praia), etc.(BRESOLIN,1979 apud FLORIANÓPOLIS,
2004).

1.6.1.1.3 Vegetação das Dunas Móveis e Semi-Fixas

Pode ser vista no Pântano do Sul, na Lagoinha de Leste, no Rio Vermelho, em


Ingleses, em Jurerê, no Campeche e na faixa arenosa que se estende da praia da
Joaquina até a Lagoa da Conceição. As dunas móveis formam uma faixa de areia
transportada ora pelo vento sul, ora pelo vento nordeste, portanto, desprovida de
vegetação, tendo ao seu lado uma faixa coberta por vegetação pouco densa, que
tenta, sem muito êxito, segurar e fixar a areia, impedindo-a de ser levantada pelo
vento. Afastada do mar, protegida pelos cômoros de areia que as separam da praia,
as dunas móveis e semi-fixas enfrentam temperaturas elevadas, que podem chegar
a 60º C no verão (REITZ, 1961 apud FLORIANÓPOLIS, 2004). A espécie
dominante é a Spartina ciliata, aparecem também Ipormoea pés-caprae, Canavalia
marítima, Remirea marítima e Scaevola plumieri (BREZOLIN apud
FLORIANÓPOLIS, 2004). Essas espécies são importantes fixadores de dunas
(FOTO 11).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 89


Foto 11: Vegetação em dunas móveis na praia da Joaquina.
Fonte: Orlando Ferretti (julho de 2009).

1.6.1.1.4 Vegetação de Dunas Fixas

As dunas estabilizadas aparecem no interior das restingas, em áreas mais


protegidas do vento. São cobertas por uma densa vegetação, cujos espécimes se
juntam em grupos cerrados, formados por arbustos e árvores baixas. A areia é fina
e mais compacta e já mostra um teor de argila, ainda que pequeno, e uma fina
camada de húmus, formada a partir da decomposição das plantas que morrem. O
sombreamento das plantas dos grupamentos mantém maior teor de umidade na
areia. Entre as dunas, nas depressões, acham-se pequenas lagoas de água
salobra, em torno das quais aparece uma formação pioneira de ervas, gramíneas e
arbustos diminutos. No interior das lagoas rasas, plantas aquáticas são comuns,
principalmente Nymphoides indica. As árvores e arvoretas têm os galhos cobertos
por epífitas, como bromélias. Orquídeas eram comuns, mas a depredação

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 90


erradicou-as completamente. Na falta das orquídeas, as bromélias passaram a ser
procuradas e, hoje, o seu número está muito reduzido. (FOTO 12).

Foto 11: Vegetação em dunas fixas na Praia da Joaquina


Fonte: Orlando Ferretti (julho de 2009).

1.6.1.1.5 Manguezais

São áreas de estuários, como pequenos rios, canais, margens de baías, banhados,
brejos, com alta salinidade e muita matéria orgânica. Na zona de contato entre a
água do mar e a dos rios instalam-se plantas aquáticas e seletivas higrófilas
(herbáceas, arbustos e árvores) dotadas de adaptações, que lhes permitem viver
num ambiente frágil e com diversos graus de adversidade, o que reduz a população
das comunidades a espécimes muito especializados e resistentes. A Ilha de Santa
Catarina tem manguezais sempre no lado mais protegido de suas costas o interior
das baías,de águas calmas e rasas. Na Ilha, os manguezais só existem na face

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 91


Oeste voltado para o continente: nas desembocaduras dos Rios Ratones, Tavares
e Itacorubi. O primeiro é ocupado por uma comunidade em que a gramínea
Spartina montevidenses é a espécie dominante. O Ryzophora mangle, ou mangue
vermelho possui população muito reduzida, sobretudo no manguezal de Rio
Tavares. No ambiente seguinte aparece a Avicenia schaueriana a ciriúba ou siriúba,
é a espécie predominante, que se fixa na vasa acumulada em torno da espartina. É
uma árvore de 6 a 12 metros, que ocorre por quase toda a extensão externa dos
manguezais. É a espécie mais comum na Ilha. Na mistura do lodo com a areia dos
ambientes mais secos, aparece a Laguncularia racemos, ou mangue branco. Em
terreno que somente marés muito altas atingem aparece o Hibiscus tiliceus
(guaximba), as samambaias e as corticeiras, alem da capororoca do Brejo.

1.6.1.2 Floresta Ombrófila Densa

No Município de Florianópolis a Floresta Ombrófila Densa estende-se em dois


ambientes: planície quaternária litorânea e as encostas dos morros pré-cambrianos.
A floresta de planície quaternária possui solo de baixa fertilidade com matas de no
máximo 15 metros. CARUSO (1983) aponta a floresta na Ilha com a seguinte
estrutura: no estrato superior aparece Calophtllum brasiliense (olandi), Tapira
guianensis (cupiúva), Fícus organensis (figueira-da-folha-miúda), Coussapoa schotti
(figueira-do-brejo) e Tabebuia umbellata (ipê-da várzea). No extrato médio a Myrcia
dichrophylla (guamirim-de-facho) e M. multiflora (cambuí). Entre os arbustos
destaque para as palmeiras Geonoma schottiana (guaricana) e Bactris lindmaniana
(tucum). No extrato das ervas diversos tipos de bromeliáceas compõem a
paisagem. Trata-se de uma floresta quase extinta na Ilha devido a crescente
ocupação das áreas de planície. Restando poucas áreas com aparecimento de
pequenas porções isoladas ou com profundas modificações humanas.

A floresta das encostas do morros pré-cambrianos é a legitima floresta atlântica,


que dá nome ao bioma, com árvores atingindo mais de 30 metros de altura e muitas
epífetas das famílias das Bromeliáceas, Orquidáceas, Aráceas, Piperáceas,
(samambaias) e lianas (cipós) das famílias das Bignoniáceas e Sapindáceas
(KLEIN; 1978, apud FLORIANÓPOLIS, 2004). Também essas áreas de morros e

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 92


encostas apesar de se recuperarem nos últimos 40 anos do processo de agricultura
e plantio que havia na Ilha, hoje sofrem com ocupações (FOTOS 13 e 14).

Foto 13: Vegetação do morro da Cruz alterada por ocupações.


Fonte: Orlando Ferretti (maio de 2008).

Foto 14: Vegetação do morro da Cruz alterada por ocupações.


Fonte: Orlando Ferretti (maio de 2008).

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CARUSO (1983) descreve a estrutura da Floresta, com estrato superior onde
existem 10 espécies que atingem mais de 30 metros de altura e 65 espécies que
atingem entre 21 e 30 metros de altura. Conforme o professor KLEIN citado por
CARUSO (apud FLORIANÓPOLIS, 2004) as mais importantes são Ocotea
catharinensis (canela preta), Aspidosperma pyricollum (peroba), Ginnamomum
glaziovii (garuva), Schizolobium parahybum (garapuvu), Chrysophyllum viride
(caxeta amarela), Talauma ovata (baguaçu). No extrato médio KLEIN identificou
164 espécies de árvore com 11 e 20 metros, sendo a Euterpe edulis (palmiteiro ou
íçara) (extinto hoje na ilha) a mais importante. Tanto o extrato arbustivo com o
herbáceo possui poucas espécies já que a sombra das árvores não permite o
crescimento de muitas espécies.

Dessa descrição da Floresta primária pouco restou na Ilha, estando restritas as


unidades de conservação e/ou áreas de difícil acesso.

1.6.1.3 Vegetação Secundária

Quanto a vegetação secundária na Ilha de Santa Catarina é importante apontar que


houve crescimento das áreas de vegetação do inicio do século XX até hoje, no
entanto CARUSO (1983) aponta que, comparando fotografias aéreas de 1938 e de
1978, houve crescimento da vegetação secundária na Ilha, isso aconteceu devido
ao abandono de práticas agrícolas e o desenvolvimento econômico em outras
práticas. A autora aponta ainda que, no entanto, o crescimento deveria ser melhor,
em virtude da zona climática em que se encontra a Ilha, e analisa que as
queimadas que dificultam o estabelecimento de árvores de grande porte pode ser
um dos motivos, alem do domínio de espécie exóticas, nesse caso a autora cita o
capim melado. Mas pode-se apontar também o crescimento desordenado do pinus
por toda a Ilha (sobretudo na área da UTP Lagoa da Conceição).

Florestas Secundárias ou em regeneração são classificadas de acordo com


conceito e as características de cada um dos estágios de sucessão da Mata
Atlântica, conforme definição nas Resoluções do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA), observando as peculiaridades dos ecossistemas de cada
Estado. Para a Ilha de Santa Catarina podemos considerar:

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 94


1.6.1.3.1 Capoeirinha

A Capoeirinha, ou estágio inicial de regeneração, que surge após o abandono de


uma área agrícola ou de uma pastagem. Este estágio geralmente vai até 6 anos,
podendo em alguns casos durar até 10 anos em função do grau de degradação do
solo ou da escassez de sementes. Nas capoeirinhas geralmente existem grandes
quantidades de capins e samambaias de chão. Predominam também grandes
quantidades de exemplares de árvores pioneiras de poucas espécies. A altura
média das árvores em geral não passa dos 4 metros e o diâmetro de 8 centímetros.

Algumas das espécies que ocorrem no estágio inicial são: capororoca (Rapanea
ferrugínea), vassouras (Baccharias spp), aroeira (Schinus terebinthifolius),
embaúbas (Cecropia spp), cambará (Lantana câmara), araçá (Myrcia sp), cambui
(Myrciaria sp), e outras.

1.6.1.3.2 Capoeira

A Capoeira, ou estágio médio de regeneração, surge depois dos 6 anos de idade,


durando até os 15 anos. Neste estágio as árvores atingem altura média de 12
metros e diâmetro de 15 centímetros. Nas capoeiras a diversidade biológica
aumenta, mas ainda há predominância de espécies de árvores pioneiras como as
capororocas, ingás e aroeiras. A presença de capins e samambaias diminui, mas
em muitos casos resta grande presença de cipós e taquaras. Palmiteiros começam
a aparecer. Algumas das espécies que ocorrem no estágio médio são: capororoca
(Rapanea ferruginea), vassouras (Baccharis dracunculifolia, B. articulata e B.
discolor), ingá-feijão (Inga marginata), pata-de-vaca (Bauhinia candicans),
maminha-de-porca (Zanthoxylon rhoifolium), jacatirão (Miconia fairchildiana), ipê-
amarelo (Tabebuia chrysotricha), cinco-folhas (Sparattosperma leucanthum),
caroba (Cybistax antisyphilitica), guapuruvu (Schizolobium parahiba) e outras.

1.6.1.3.3 Capoeirão

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 95


No Estágio avançado de regeneração, o Capoeirão, se inicia geralmente depois dos
15 anos de regeneração natural da vegetação, podendo levar de 60 a 200 anos
para alcançar novamente o estágio semelhante à floresta primária. A diversidade
biológica aumenta gradualmente à medida que o tempo passa e que existam
remanescentes primários para fornecer sementes. A altura média das árvores é
superior a 12 metros e o diâmetro médio é superior a 14 centímetros.

Neste estágio os capins e samambaias de chão não são mais característicos.


Começam a emergir espécies de árvores nobres como as canelas, cedros,
sapucaias e imbuias. Os cipós e taquaras passam a crescer em equilíbrio com as
árvores assim como as palmeiras. Algumas das espécies que ocorrem no estágio
avançado são: canela-branca (Nectandra leucothyrsus), aroeira vermelha (Schinus
terebinthifolius), camboatá-vermelho (Cupania vernalis), angico-vermelho
(Parapiptadenia rigida), guajuvira (Patagonula americana), camboatá-branco
(Matayba ealeagnoides), cedro (Cedrela fissilis), figueira (Ficus spp.), jequitibá-
branco (Cariniana legalis), jequitibá-rosa (Cariniana estrellensis), perobas
(Aspidosperma spp.), e o famoso palmito (Euterpe edulis) entre outras.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 96


PARTE II - OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO E ZONEAMENTO

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 97


2. OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO

2.2 ORDENAMENTO TERRITORIAL

2.2.1 EVOLUÇÃO URBANA

O início da ocupação do litoral catarinense está diretamente vinculada à navegação


no Atlântico Sul e ao plano de expansão territorial português no Brasil meridional.
As disputas quanto à localização da linha divisória entre o mundo português e o
espanhol, definida no Tratado de Tordesilhas, em 1494, conferem importância
estratégica à Ilha de Santa Catarina para portugueses e espanhóis.

A partir do século XVI, com o incremento da navegação no Atlântico Sul com


destino à Bacia do Rio da Prata, ao Estreito de Magalhães e ao Pacífico, a Ilha de
Santa Catarina era procurada por possuir excelente porto natural, que favorecia o
abastecimento das expedições européias, predominantemente espanholas. A Ilha,
ainda chamada de Meiembipe pelos indígenas, era conhecida pelos europeus como
Ilha dos Patos. A denominação atual, Ilha de Santa Catarina, foi dada em 1526, por
Sebastião Caboto, navegador italiano a serviço dos espanhóis.

Diante do avanço da movimentação espanhola, D. João III, Rei de Portugal,


decidiu-se pelo início efetivo da colonização, por meio da doação de capitanias
hereditárias. A Ilha de Santa Catarina fazia parte das Terras de Santana,
concedidas em 1534 a Pero Lopes de Sousa (irmão de Martim Afonso de Sousa). A
capitania compreendia a extensão da Barra de Paranaguá, Ilha do Mel, até Laguna,
representando a porção mais ao Sul do território português.

Com o intuito de desbravar e tomar posse do limite Sul do território português,


foram fundadas as povoações de Nossa Senhora do Desterro (1673)18, atual

18
Dia 17 de fevereiro de 1673, segundo parecer técnico e histórico do Instituto Histórico e
Geográfico de Santa Catarina.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 98


Florianópolis, juntamente com São Francisco do Sul (1656), ao Norte, e Laguna
1684), ao Sul. (FIG.17).

A ELEVAÇÃO A
VILA
OCORREU EM
23 DE MARÇO
DE 1726,
QUANDO FOI
EMANCIPADA
DA CÂMARA
DA VILA DA
FIGURA 17: PERÍODO COLONIAL BRASILEIRO: POVOAMENTO
LAGUNA.
VICENTISTA (SÉC. XVII).
DESTERRO FOI
SEDE DA FONTE: SEPHAN/IPUF, 2006.
CAPITANIA A
PARTIR DO
ANO DE 1738.

O Brigadeiro José da Silva Paes, seu primeiro governador, iniciou a fortificação da


Ilha de Santa Catarina, intensificando o povoamento com contingentes vindos das
Ilhas dos Açores e da Madeira.

Foram erguidas as primeiras edificações oficiais, como a Igreja Matriz, a antiga


Casa de Câmara e Cadeia e o Palácio do Governo. Neste século a Ilha de Santa
Catarina assumiu um papel estratégico no contexto da defesa dos limites
meridionais do território português na América, tendo Portugal implantado na Ilha o
maior conjunto defensivo do litoral Sul do Brasil. Também promoveu a efetiva

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 99


ocupação do território, por meio de um grandioso projeto oficial de colonização
maciça com imigrantes açorianos.

Entre os anos de 1748 e 1756, vieram aproximadamente 6 mil pessoas para Santa
Catarina, das quais aproximadamente 2 mil se estabeleceram na Ilha, agrupando-
se em pequenos núcleos urbanos e ao longo das estradas. Sobreviviam da pesca e
da agricultura de subsistência. (FIG.18).

Figura 18: Período colonial brasileiro: defesa e ocupação do território (séc. XVIII).
Fonte: SEPHAN/IPUF, 2006.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 100


Os núcleos urbanos obedeciam à Provisão Régia Portuguesa de 1747, que
objetivava um sistema racional de distribuição de terras e de implantação de vilas.
A praça existente, atual Praça XV de Novembro, então situada à beira da água, foi
consolidada, e no entorno foram construídos os equipamentos fundamentais para o
desenvolvimento da pequena povoação. Na cabeceira norte da praça, no lugar da
primeira igreja do fundador, foi erguida em 1753 a Igreja Matriz (atual Catedral
Metropolitana), e em suas faces laterais situavam-se o Palácio do Governo (1770-
80), a Oeste – atual Palácio Cruz e Sousa, e a Leste, a Antiga Casa de Câmara e
Cadeia (1771), que até recentemente manteve a função legislativa.

Desterro foi elevada à categoria de cidade em 1823, após a independência do


Brasil (1822). No ano de 1833, foram desmembrados os municípios de São José e
Biguaçu. A visita do imperador D. Pedro II à cidade, em 1845, refletiu-se em
melhorias urbanas. Iniciava-se neste período a construção de várias obras
importantes ao desenvolvimento da cidade, com recursos federais:

ƒ Novo traçado rodoviário ligando Florianópolis a Nossa Senhora das Lages


(Lages) em 1945;

ƒ Construção do prédio do mercado público municipal (1851) e do Teatro


Santa Isabel, atual Teatro Álvaro de Carvalho (1857);

ƒ Instalação do telégrafo elétrico (1867) e do cabo submarino entre a Ilha e o


Rio Grande do Sul (1871);

ƒ A remodelação dos fortes e a melhoria do porto, com a construção do aterro


e do cais na Praia da Figueira.

A proibição do tráfico negreiro para o Brasil (1850) teve como decorrência imediata
um grande incremento da imigração européia, cujo apogeu, no Sul do Brasil,
correspondeu ao período entre 1870 e 1890. Houve nesses anos um grande
desenvolvimento da navegação e do comércio, e o Porto da Cidade do Desterro
apresentava importância significativa, sendo o principal centro portuário para
importação e distribuição de mercadorias no estado. Iniciou-se a expansão urbana
para além dos limites do núcleo de fundação. O interesse comercial, representado
pelas transformações com os navios que ancoravam na baía, fez da linha de praia

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 101


a área de concentração da população, e permitiu, através da navegação costeira,
que inúmeros barcos chegassem ao trapiche trazendo mercadorias vindas das
regiões continentais próximas, como Palhoça, São José da Terra Firme e Biguaçu.
(PELUSO, 1991).

Durante o século XIX, o pequeno centro foi circundado por chácaras, situadas ao
longo dos antigos caminhos de ligação às fontes de água, às fortificações interiores
e aos demais núcleos urbanos da Ilha. Com a gradativa expansão urbana, essas
áreas foram desmembradas e loteadas, originando bairros com uso
predominantemente residencial.

Após a Proclamação da República (1889), em 1894 eclodiu a Revolução


Federalista, da qual os rebeldes saem derrotados. Desterro, que serviu de sede do
movimento, presenciou um grande número de fuzilamentos na Fortaleza de
Anhatomirim e, ao final do evento, passa a se chamar Florianópolis19 (1894) em
homenagem ao seu algoz Marechal Floriano Peixoto.

Com o início do século XX, Florianópolis inseriu-se no processo de modernização


do país, quebrando o isolacionismo dos séculos anteriores. A cidade se fortalecia
na condição de capital do estado e recebeu uma série de melhorias urbanas, entre
outras:

ƒ Rede de energia elétrica (1906);

ƒ Sistema de abastecimento de água (1909) com captação de esgoto (iniciada


em 1913 e concluída em 1916). A cidade foi dividida em 3 distritos sanitários:
Praça XV de Novembro, Praça São Sebastião e Praça Celso Ramos e na
década de 50 foi construída a estação da Agronômica, cada qual com uma
estação elevatória mecânica (os chamados castelinhos ainda presentes na
paisagem urbana da cidade);

ƒ Forno incinerador do lixo coletado na área urbana da cidade, com uma


chaminé de 40m de altura localizado próximo ao Forte de Santana (1914).

19
Em 1o de outubro de 1894, o Governador Hercílio Luz, em homenagem ao desagravo ao
o
Presidente Floriano Peixoto, sanciona a Lei n . 111, mudando o nome da capital do estado que
passa a chama-se Florianópolis.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 102


A construção da Ponte Hercílio Luz20 (1926) permitiu o acesso rodoviário à Ilha de
Santa Catarina, com a conseqüente expansão urbana para o continente – em 1944,
o Distrito de João Pessoa (atual Bairro do Estreito) foi anexado ao município. A
área de influência de Florianópolis tornou-se mais visível a partir da construção
desta ponte, pois a integração foi facilitada pela melhoria das estradas, que se
tornaram eixo de expansão urbana e pela criação de linhas de ônibus, que
interligavam as sedes municipais e localidades dos municípios da região da Grande
Florianópolis.

A construção da Ponte Hercílio Luz e a abertura da Avenida Hercílio Luz, foram


investimentos públicos de grande relevância na estruturação da área urbana de
Florianópolis. Valorizou-se as áreas centrais com fácil acessibilidade à ponte, e
concentrou a área comercial na Baía Sul (MARCON, 2000).

O novo acesso marcou a inserção de Florianópolis em um processo de


modernização, com a implantação de diversos equipamentos públicos por parte do
governo do estado. No entanto, ainda prevalecia uma forte característica rural, com
uma ocupação esparsa ao longo das antigas estradas coloniais e a concentração
urbana limitada à área oeste da Ilha e no continente à frente.

Figura 19: Moradia nos anos


de 1920 nas encostas do
morro da região central.
Fonte: BOPPRÉ, 2003

20
A Ponte Hercílio Luz foi produzida nos estados Unidos, de forma metálica, com 821,14m de
comprimento e 7,80m de largura e 339,00m de vão central.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 103


Florianópolis foi uma das primeiras cidades brasileiras servidas pelo transporte
aéreo regular, efetuado, na época, por hidroaviões da Pan Air do Brasil e do
Sindicato Condor. O Campo de Pouso do Campeche, construído na década de
1920, não só foi o primeiro aeroporto do Estado, como teve destaque na aviação
brasileira face aos poucos recursos tecnológicos de então. Foi desativado
completamente 1956.

Figura 20: Crianças pobres


do morro da região central nos
anos de 1920
Fonte: BOPPRÉ, 2003.

Na década de 1930, Florianópolis ainda era o principal centro portuário para


importação e distribuição de mercadorias no estado, mas nas duas décadas
seguintes sua economia portuária entrou em declínio devido às melhores condições
do porto de Itajaí, ao norte, e ao melhor desempenho econômico das outras regiões
do estado (porto de Florianópolis é fechado (1962).

A paisagem urbana, a partir da década de 1940, foi marcada pela crescente


urbanização. Nesta década a capital mantinha em sua área de influência direta as
cidades de Tijucas, São José, Biguaçu, palhoça e Nova Trento, embora sua
centralidade alcançasse toda área litorânea. Apresentava uma população urbana
da ordem de 25.014 habitantes, sendo que na parte continental viviam 25% desta
população.

Na década de 1950, manifestava-se no cenário administrativo municipal a


preocupação com o ordenamento das edificações nas áreas centrais, buscando-se

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 104


uma imagem mais moderna da cidade. Em 1951 foi aprovada a Lei no.73, que
tratava da verticalização das edificações no centro da cidade, fixando em seis, o
número máximo de pavimentos nos edifícios que fossem construídos ou reerguidos
nas Ruas Arcipreste Paiva, Padre Miguelino, Felipe Schmidt, nas Praças Pereira
Oliveira e XV de Novembro. E, nas Ruas Trajano, Ilhéus, Conselheiro Mafra e da
Praça XV de Novembro até a esquina com a Deodoro foi fixado um patamar de
cinco pavimentos.

Também na década de 1950, foi construído o Aeroporto Hercílio Luz e a cidade


aprovou o primeiro Plano Diretor (1955). A verticalização, com prédios de até oito
andares, foi induzida pelo Plano Diretor de 1955. Até esta década as praias de
Coqueiros, Itaguaçú, Bom Abrigo e a extinta praia do Muller (aterrada na Ilha) eram
o recanto preferido pela classe média e pela aristocracia local. Os anos 50
representaram o processo de expansão da capital do estado para a parte
continental, com a transformação de terras rurais em terreno urbanos, expandindo-
se em direção aos municípios vizinhos, originando um processo embrionário de
conurbação.

Entre os anos de 1950-1959, dos loteamentos aprovados cerca de 53% estavam


situados no Estreito, consolidando-se o processo de continentalização de
Florianópolis. (SUGAI, 1994).

Nesta década as cidades centralizadas por Florianópolis são as mesmas da década


anterior. Apresentava uma população urbana da ordem de 48.264 habitantes.

A partir de meados da década de 1960, houve o adensamento e a verticalização


das áreas centrais urbanizadas da cidade, com a substituição de residências
unifamiliares por multifamiliares. Iniciou-se a partir daí a ocupação de encostas de
morros e manguezais por populações de baixa renda, expulsos das áreas centrais
e da orla, mais valorizadas, ou por imigrantes oriundos de zonas rurais do estado.

A abertura da Avenida Rubens de Arruda Ramos, nos anos 60, foi a grande obra
realizada na área urbana de Florianópolis e que foi logo utilizada pelas empresas
de construção civil para construção de edifícios de até 12 andares. Essa Avenida
mudou a significação da Baia Norte, que passou a se constituir na área nobre da
cidade. (MARCON, 2000).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 105


Nos anos 60, Florianópolis recebeu nova dinâmica econômica, com a implantação
da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade do Estado de
Santa Catarina (UDESC), em 1965., a instalação de empresas federais (Eletrosul) e
estaduais (Celesc, Telesc, BDE, IPESC, COHAB, Hospital Celso Ramos, Fundação
Catarinense de Saúde, Escola de Polícia Civil, DAES, entre outras) e,
principalmente, com o asfaltamento da BR-101, ligando a cidade ao restante do
país. A implantação da rodovia BR-101, elemento de ligação do litoral brasileiro de
norte a sul, inseriu o litoral catarinense na rede viária nacional e deu início à
expansão do turismo em Florianópolis.

A UFSC, criada em 1960, localizou-se inicialmente na Chácara da Molenda, na Rua


Bocaiúva, em uma área com 2.000m2.

“A decisão do Conselho Universitário aprovando a localização do campus da


UFSC na Fazenda Modelo Assis Brasil na Trindade e a incorporação desta
área a Universidade Federa, representava a possibilidade de mudanças na
economia, na expansão e investimentos para o capital imobiliário
florianopolitano”. (MARCON, 2000:139).

A década de 1970, consolidou a integração de Florianópolis, que ganhou


visibilidade com a execução do Aterro da Baía Sul (1972-74), justificado pela
necessidade de construção da segunda ponte e da construção da Beira Mar Norte
(Via de Contorno Norte 1977-82). Esta via expressa, com 9,5km de extensão, fez a
ligação entre o anel viário da Ponte Colombo Sales, no aterro da baia Sul, até o
entroncamento das Rodovias SC-401 e SC-404, com derivação para a UFSC, na
Trindade.

A instalação das empresas estatais como o Escritório Regional da


Superintendência de Desenvolvimento da Região Sul (Sudesul) e finalmente com a
criação das Centrais Elétricas do Sul do Brasil (Eletrosul), em 1975, como
conseqüência do Programa de Cidades de Porte Médio, materializou-se o objetivo
de descentralização da migração populacional interna brasileira, então fortemente

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 106


direcionada para os grandes centros. Nesse período, firmou-se também a
instalação de empresas estatais estaduais21 na capital.

A Eletrosul trouxe um contingente, entre funcionários e familiares, de quase 6.000


pessoas, com um poder aquisitivo superior a média local, representando cerca de
5% da população da cidade, influenciando o mercado imobiliário e elevando o
preço dos serviços. (BOAMAR, 2002).

Na mesma década, a expansão urbana aconteceu em direção aos balneários, ao


interior da Ilha e ao continente. Esse crescimento provocou a conurbação com os
municípios vizinhos.

“Em meados da década de 1970, técnicos do Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística realizaram estudos sobre as Aglomerações Urbanas
no Brasil e constataram que Florianópolis era um centro regional, e
apresentava naquele período, uma forma de concentração espacial,
caracterizada por uma aglomeração resultante da expansão da cidade
central. Nesse estudo foram identificados os municípios de Biguaçu,
Florianópolis, Palhoça, São José e Santo Amaro da Imperatriz pertencentes
ao que denominaram aglomeração urbana de Florianópolis, cuja população
com totalizava 227.223 habitantes (IBGE, 1970) e apresentava um
crescimento demográfico na área urbana, em relação a década anterior, de
87,72% e um decréscimo de 2,04% em relação a população rural no mesmo
período”. (MARCON, 2000: 149 -150).

A partir de 1980, Florianópolis passou a atrair um crescente número de migrantes e


turistas, nacionais e estrangeiros, transformando-se em importante centro turístico
do Sul do Brasil e do Mercosul e consolidando-se como pólo migratório.

Nesta época a exploração turística e a ocupação urbana da cidade começaram a


ser incentivadas através de diversas leis municipais privilegiando o turismo e a
construção civil. Baseadas nas leis que incentivam o turismo, as empresas de
construção, além da construção de edifícios residenciais e comerciais também

21
A estadual Centrais Elétricas de Santa Catarina (CELESC) foi criada em 1955 e teve seu ciclo de
expansão na década de 1970. A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) foi
criada em 1971, em substituição ao Departamento Autônomo de Engenharia Sanitária (DAES), que
havia sido criado em 1963.O Banco de desenvolvimento do Estado (BDE), foi criado em 21 de julho
de 1962, e em 1969 passou a denominar-se Banco do Estado de Santa Catarina (BESC).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 107


voltaram-se para a construção de empreendimentos de praia e hoteleiros. (SÁ,
2005).

As áreas centrais se adensaram e a expansão urbana dirigiu-se para os balneários,


para o interior da Ilha e para os municípios conurbados com Florianópolis. Foram
edificadas as Pontes Colombo Machado Salles e Pedro Ivo Campos, ligando a Ilha
ao continente. A cidade modernizou-se com a verticalização das áreas centrais e a
construção de resorts balneários, avenidas, vias expressas, viadutos, grandes
parques em aterros marítimos, aeroporto internacional e “shopping centers”.

Por motivos de segurança a Ponte Hercílio Luz foi interditada em 1982. Esta
interdição tornou mais urgente a duplicação da Ponte Colombo Salles22, que
passou a comportar o tráfego/dia de 75.000 veículos.

Com a constituição de 1988, a incumbência de criar regiões metropolitanas passou


da União para os Estados, fato que permitiu maior flexibilidade para a adoção de
soluções mais adaptadas a cada realidade local e regional (SOUZA, 2003).

A metropolização é um marco do crescimento de Florianópolis. Um reconhecimento


de sua importância para a região em que se insere, não só pelo fato de ser a
Capital do Estado, mas que seu desenvolvimento não ocorre de forma isolada e sim
com uma relação de inter-dependência com os municípios vizinhos. (CASTRO DE
SÁ, 2005). Nesse contexto a Região Metropolitana de Florianópolis23 foi instituída
pela Lei Complementar Estadual n°162, de 1998.

No final do século XX, Florianópolis consolidou-se como pólo turístico, desenvolveu


um setor tecnológico, ainda incipiente, e tornou-se o maior centro médico e
universitário do estado, atraindo para a região mais uma universidade (Unisul) e
diversas faculdades isoladas. A atividade de turismo e lazer promoveu uma
expansão urbana cada vez mais desvinculada da área central (Distrito Sede) e
converteu a urbanização de Florianópolis num fenômeno polinucleado e
descentralizado, onde diversos balneários exercem funções de subcentros. Os

22
O projeto original da Ponte Colombo Salles previa a construção de duas pontes independentes e
paralelas. Assim a terceira ponte concluída em 1991, denominada Pedro Ivo Campos, foi construída
com 33,00m de afastamento da Ponte Colombo Salles.
23
. Lei Complementar nº 162, de 06 de janeiro de 1998, institucionaliza as regiões Metropolitanas de
Florianópolis, Norte/Nordeste e Vale do Itajaí.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 108


Distritos da Lagoa da Conceição (196,77%), Ingleses do Rio Vermelho (190,77%) e
Canavieiras (105,01%) dobraram sua população no período de 1970/1991.

Na década de 90 a difusão da cidade na mídia como “Ilha da Magia” e “Capital de


melhor qualidade de vida do país” geraram aumento do fluxo migratório e do
turismo, ocasionando: fragmentação do crescimento urbano, do centro para os
balneários, ampliando a demanda por infra-estrutura; desfiguração da paisagem;
comprometimento da balneabilidade; especulação imobiliária; deslocamento de
populações tradicionais de seus redutos; defasagem dos planos diretores em
relação à realidade e intervenção casuística na legislação urbana (CECCA, 1997b)

A feição metropolitana de Florianópolis trousse consigo os problemas advindos de


uma dinâmica migratória, onde grande parte desta população migrante passou a
ocupar lugares inadequados para a habitabilidade, como o maciço do Morro da
Cruz; as dunas dos Ingleses, no Norte da Ilha, um dos focos mais recentes e de
maior acréscimo de novas ocupações; as areias do Campeche, no Sul da Ilha; o
mangue do Itacorubi, no Oeste da Ilha; as dunas da Lagoa da Conceição e da
Joaquina, no Leste da Ilha, entre outros.

Em 2007, o Governo do Estado através da Lei Complementar Estadual n° 381, de


2007, revoga as leis complementares24 que haviam criado as regiões
metropolitanas catarinenses, entre elas a Região Metropolitana de Florianópolis,
apesar de sua importância, da sua configuração espacial contígua aos municípios
vizinhos e da necessidade de planejamento integrado. Até o momento nenhuma
outra lei foi promulgada instituindo novas Regiões Metropolitanas em Santa
Catarina.

A metropolitanização acabou acontecendo e resultou, principalmente, no


processo de conurbação dos municípios de Florianópolis e São José, daí
decorrendo um conjunto de problemas de caráter microrregional que não
mais comportam soluções que não sejam integradas regionalmente. É o
caso do transporte coletivo, do sistema viário, do abastecimento de água, da

24
Lei Complementar n°. 381, de 7 de maio de 2007, Dispõe sobre o modelo de gestão e a estrutura
organizacional da Administração Pública Estadual. Em seu Art. 209 revoga as Leis Complementares
162/1998 (Institui as Regiões Metropolitanas de Florianópolis, do Vale do Itajaí e do Norte/Nordeste
Catarinense e estabelece outras providências), 221/2002 e 284/2005 que criaram as Regiões
Metropolitanas em Santa Catarina.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 109


coleta e do tratamento dos resíduos sólidos etc. (BOPPRÉ, 2003.p. 52).
(FIG. 21).

Figura 21: A conurbação dos municípios do aglomerado urbano, visão do Morro da Boa Vista de
Biguaçu.
Fonte: BOPPRÉ (2003).

2.2.2 MODELO DE OCUPAÇÃO

O Município de Florianópolis ocupa uma área de 438,5km2, incluindo os últimos


aterros. Os limites geográficos do município estão configurados em duas porções
de terra, uma insular e outra continental. A parte insular correspondente à Ilha de
Santa Catarina, com 426,6 km2, que se caracteriza por uma forma alongada no
sentido Norte-Sul (54 km x 18 km). A porção continental, com 11,9km2, apresenta-
se num formato quase retangular.

Florianópolis, além desta natureza insular, é diferenciada de outras cidades por sua
característica de cidade polinuclear, onde os centros de balneários e as
urbanizações nucleares estão espalhadas por toda a Ilha. (FIG.22).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 110


Figura 22: Modelo de Ocupação.
Fonte: IPUF.

Distâncias consideráveis separam os bairros, mas possibilita a continuidade


urbana, a existência de áreas naturais envolvendo cada um destes núcleos, que
possibilitam um desenho urbano impossível em outros contextos. (CASTRO DE
SÁ/2005).

O Modelo de ocupação polinuclear ocorreu e consolidou-se sob a forma de vários


núcleos, onde se destaca a Área Central e o Estreito como centro regional. Os
demais núcleos exercem diferentes estágios de polaridade territorial, destacando-se
ao Norte, o Distrito de Canasvieiras, a Leste o Distrito da Lagoa da Conceição, e ao
Sul, pela potencialidade de expansão urbana, a Planície Entremares, que inclui o
Distrito do Campeche e parte do Distrito do Ribeirão da Ilha.

Ainda, segundo o IPUF, a região continental, incluindo os municípios conurbados


apresenta-se com área de urbanização extensiva de Florianópolis. Como observa

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 111


FANTIN (2000) é uma cidade dividida geograficamente: Ilha, continente e
balneários, é uma cidade espalhada.

2.2.3 ÁREAS URBANAS ATUAIS

No caso de Florianópolis, cuja urbanização é polinucleada, isto é, formada por


diversos núcleos urbanos isolados, existem perímetros urbanos em todos os
distritos. Os perímetros urbanos, pela legislação vigente, apresentam ainda a
peculiaridade de incluir regiões não urbanizáveis, como as Áreas de Preservação
Permanente (APP) e as Áreas de Preservação com Uso Limitado (APL). A Tabela 1
mostra a evolução do perímetro urbano e da área urbanizável, nos anos de 1976,
1985 e 2000, e uma estimativa da população de saturação à densidade bruta de
100 hab/ha.

TABELA 1- Evolução das áreas dos perímetros urbanos em Florianópolis, 1976-2000.


ANO 1976 1985 2000
2
Perímetro urbano (km ) 47,55 97,55 134,66
2
Área urbanizável do município (km ) 89,25 82,49 147,98
População de saturação do município 892.500 824.900 1.479.800
Fonte: IPUF, 2001.

As legislações que definem as áreas urbanas do município são as seguintes:

a) Plano Diretor Distrito Sede - Lei Complementar nº. 001/1997; Dispõe sobre o
Zoneamento, o Uso e a Ocupação do Solo no Distrito Sede de Florianópolis, e
dá outras providências (FIG. 23):

§1º - A Zona Urbana de que trata esta Lei é um único complexo urbano
constituído por duas áreas distintas:
I - a Área Urbana Continental, delimitada ao Norte, ao Sul e ao Leste pelo
Oceano Atlântico, e a Oeste pela linha demarcatória do limite entre os
Municípios de Florianópolis e São José;
II - a Área Urbana Insular delimita-se por uma linha que parte do Oceano, na
Ponta do Siqueira, em Cacupé, seguindo o divisor de águas até encontrar a
cota altimétrica dos 100 m (cem metros), a qual segue na direção sul, até
alcançar o divisor de águas do Morro da Represa no Rio Tavares, descendo

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 112


por este até a Rodovia SC 405, seguindo em linha reta até o Rio Tavares,
descendo por este até o mar e seguindo pela linha do Oceano até a Ponta
do Siqueira.
§2º - A Zona Rural compreende o espaço situado entre os limites das Zonas
Urbanas e os limites do Município.

L C 00 1 /1 9 9 7

Figura 23: Limite Urbano alterado pela LC 001/1997.


Fonte: http://geo.pmf.sc.gov.br/geo_fpolis/. Adaptado pelo autor.

b) Lei Complementar nº.40, de 02 de julho de 1999, altera os limites das zonas


urbanas dos Distritos de Florianópolis: Cachoeira do Bom Jesus, Canasvieiras,
Ratones, Santo Antônio de Lisboa, Ingleses do Rio Vermelho,São João do Rio
Vermelho, Barra da Lagoa, Lagoa da Conceição, Campeche, Ribeirão da Ilha
Pântano Do Sul;

c) Lei Complementar nº. 227, de 08 de Março de 2006, altera limites da Zona


Urbana Distrito de Ingleses do Rio Vermelho aprovado pela Lei Complementar
nº. 40 de 1999. (FIG. 24).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 113


L C 22 7 /2 0 0 6

Figura 24: Limite Urbano alterado pela LC 227/2006.


Fonte: http://geo.pmf.sc.gov.br/geo_fpolis/. Adaptado pelo autor.

d) Lei Complementar nº.72/2004, revoga e altera dispositivos da Lei Complementar


nº. 40/99: altera os limites da Zona Urbana do Distrito de São João do Rio
Vermelho. (FIG.25).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 114


L C 72 /20 0 4

Figura 25: Limite Urbano alterado pela LC 72/2004.


Fonte: http://geo.pmf.sc.gov.br/geo_fpolis/. Adaptado pelo autor .

Lei Complementar
nº.169/2005, revoga o
art. 3º e altera os
limites da Zona Urbana L C 16 9 /20 0 5
Isolada (Vargem
Pequena) do Distrito de
Ratones, aprovados
pela Lei Complementar
nº. 40/99. (FIG.10).

FIGURA 26: LIMITE URBANO ALTERADO PELA LC 169/2005.


FONTE: HTTP://GEO.PMF.SC.GOV.BR/GEO_FPOLIS/.
ADAPTADO PELO AUTOR.

O Mapa dos Limites Urbanos, a seguir, demonstra os perímetros urbanos atuais


sobrepostos as UTPs. (MAPA 1).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 115


2.2.4 DENSIDADES

A densidade de uma cidade não é um fator isolado da qualidade de vida de


seus habitantes, o que existe são densidades inadequadas aos tipos de
edificações implantadas. Um dos grandes desafios da legislação urbana é
buscar uma harmonia entre densidade de ocupação do solo e infra-estrutura
instalada. As densidades ideais ficam numa faixa intermediária onde a
economia da cidade é atingida e onde os engarrafamentos, tão anti-
econômicos e desagradáveis, ainda não acontecem. (MASCARÓ, 2005).

De acordo com OLIVEIRA (2001), dificilmente pode-se afirmar qual o valor


adequado para o adensamento urbano. Fatores culturais, estrutura familiar, formas
de edificação, aptidão econômica e estrutura etária, descrevem condições onde as
densidades ideais permanecem incógnitas.

A partir de pesquisas específicas, a ONU recomenda 450hab/ha para a densidade


bruta; a Associação Americana de Saúde Pública limita em 680 hab/ha; de acordo
com experiências mais próxmas pode-se arriscar em dizer que que 100 hab/ha é
pouco (não viabilizaria a presença de muitos serviços) e 1.500 a 2.000 hab/ha é
excessiva (RODRIGUES, 1986).

Segundo a Tabela 2, Florianópolis apresenta uma densidade populacional bruta de


78,4hab/ha, considerada baixa em relação as capitais tomadas para comparação.
Para análise Bortoluzzi (2004) considerou como densidade bruta aquela que inclui
todos os espaços públicos, privados, edificados ou não.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 117


TABELA 2 -: Valores de densidades populacionais para algumas capitais brasileiras.

CIDADE DENSIDADE POPULACIONAL BRUTA


(HAB/HA)

SÃO PAULO 691,5

RIO DE JANEIRO (RJ) 464,0

NATAL (RN) 419,6

CURITIBA (PR) 369,0

PORTO ALEGRE (RS) 274,5

FLORIANÓPOLIS (SC) 78,4

BRASÍLIA (DF) 35,2

Fonte: IBGE, 2000. Adaptado de Bortoluzzi, 2004.

Foto 15: Vista panorâmica da verticalização nas áreas insular (Centro) e continental (Estreito) do
Distrito Sede.
Fonte: Arquivo Rosane Buzatto(agosto 2008).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 118


Ainda, nos estudos de Bortoluzzi (2004), estes valores podem ser explicados, em
parte, pelas condições geomorfológicas e ambientais específicas, com quase 50%
de sua área não edificável em decorrência das leis ambientais federais, estaduais e
municipais que proibem a ocupação., pois, apesar de altamente verticalizada,
possui muitas áreas de preservação que proibem a ocupação. (FIG.127).

O Município de Florianópolis, com área de 436 Km² e população,


segundo o censo IBGE de 2000, na ordem 341 mil 781 habitantes,
possui um arcabouço jurídico por meio do qual praticamente 42% de
seu território está definido como área de preservação permanente
(APP) e 20% como área de preservação limitada (APL) . (BOPPRÉ,
2003. p.54)

Na análise efetuada para o Diagnóstico do Plano Diretor Participativo (Volume 1:


LEITURA INTEGRADA DA CIDADE, 2008), atualmente em elaboração pela PMF,
utilizou-se a densidade distrital bruta, ou seja, aquela calculada excluindo-se das
áreas dos Distritos as Áreas de Preservação Permanente (APP) e as Áreas dos
Elementos Hídricos (AEH). Desse modo, avaliou-se as áreas efetivamente
ocupáveis por distrito. O estudo ressalta que nas áreas ocupáveis foram incluídas
áreas públicas, praças, sistema viário e também os 10% de área não urbanizável
das APL.

Infelizmente, ainda não se pode calcular as densidades por UTPs, já que a


contagem da população pelos Censos demográficos do IBGE utiliza como base
física as UEP e Distritos.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 119


Figura 27: Macrozoneamento de Florianópolis.
Fonte: Adaptado de BOPPRÉ (2003).

A Tabela 3 mostra a evolução das densidades por distrito, refletindo tanto o


processo histórico da urbanização como a ocupação de cada um deles. A variação
ocorre em função não apenas da população total de cada distrito e da extensão de
sua área urbanizada, mas também pela forma de ocupação do solo, explicadas em
grande parte pelas funções urbanas desempenhadas em cada área

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 120


TABELA 3- Densidade distrital bruta em Florianópolis, 1980-2000.
ÁREA
OCUPÁVEL DENSIDADE DEMOGRÁFICA BRUTA (HAB/KM2)
DISTRITO 2
(KM )
2000 196025 1970 1980 1990 2000
Sede (Florianópolis) 50,82 1.563,77 2.299,37 3.094,43 3.960,29 4.503,52
Barra da Lagoa 2,86 0,00 370,46 578,21 1.019,20 1.512,22
Ingleses do Rio Vermelho 11,84 252,85 170,26 227,60 495,06 1.394,65
Lagoa da Conceição 8,61 419,40 218,58 494,27 772,40 1.143,28
Campeche 24,44 0,00 94,15 164,56 307,43 759,79
Ribeirão da Ilha 32,63 161,23 129,60 164,63 365,77 624,95
Cachoeira do Bom Jesus 20,60 105,30 102,72 149,04 218,89 621,78
Pântano do Sul 11,29 0,00 186,15 210,68 350,78 515,76
São João do Rio Vermelho 13,28 0,00 73,85 92,07 140,33 511,25
Canasvieiras 23,75 72,54 84,03 102,34 172,27 426,43
Santo Antônio de Lisboa 14,56 119,08 137,55 178,82 256,70 368,56
Ratones 21,80 39,54 36,47 41,38 49,54 131,70
Total de Florianópolis 236,49 413,65 584,94 794,38 1.079,88 1.447,43
Fonte: Dados Populacionais - IBGE / Censos Demográficos de 60, 70, 80, 91 e 2000. Área Ocupável
- ITIS Tecnologia - Cálculos: Equipe IPUF. Diagnóstico do Plano Diretor Participativo, 2008
Adaptada pelo autor.

Pelos dados apresentados acima, na Tabela 3, constata-se que o Distrito Sede


sempre foi o de maior densidade, hoje com 4.503,52 hab/km² (Censo 2000),
resultado da verticalização e ocupação quase total do distrito. Já nos demais
distritos, exceto Ratones, no período de 1960 a 2000 ocorreu um adensamento
considerável, particularmente nos Distritos da Barra da Lagoa, Ingleses e Lagoa da
Conceição, que ultrapassaram o patamar de 1.000 hab/km2 na última década. A
tendência parece ser a equalização das densidades nos diversos distritos para um
valor em torno de 4.000 hab/km², conforme avançar a urbanização, uma vez que
densidades mais elevadas só poderão ocorrer com a verticalização. (IPUF 2008).

25
A comparação com os dados anteriores a 1970 é prejudicada pela inexistência de Unidades
Espaciais de Planejamento (UEP) para ajustar as áreas dos distritos da época aos limites atuais.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 121


Foto 16: Vista panorâmica do Centro.
Fonte: Arquivo Rosane Buzatto (agosto 2008).

Considerando-se as densidades brutas, em habitantes por hectare (hab/ha),


conforme mostra a Tabela 4, a equipe do Plano Diretor Participativo afirma, no
documento denominado de Leitura Integrada da Cidade (2008), que é razoável
dizer que em todo o município, inclusive na área central, as densidades ainda são
bastante baixas, mesmo considerando as projeções populacionais até o ano de
2050. (GRÁFICO 1).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 122


Florianópolis - Densidades brutas (hab/ha) por Distritos
Série 1 (2006) - série 2 (2028) - Série 3 (2050) Distritos Administrativos

120 Sede
Ingleses
100 Barra da Lagoa
Lagoa da Conceição
80 Campeche
Rio Vermelho
60 Canasvieiras
Cachoeira do Bom Jesus
40

Pântano do Sul
20
Ribeirão da Ilha
Sto. Antonio de Lisboa
0
Ratones
1 2 3

Gráfico 1: Densidades brutas (hab/ha) por Distritos.


Fonte: Elaborado a partir dos dados da Tabela 4.

Ressalta-se que, os dados abaixo se referem à quantidade de pessoas que habitam


efetivamente os diferentes distritos, não captando a população flutuante ou aquela
que apenas se desloca para determinada área e lá permanece por longos períodos
do dia, seja para trabalhar ou para usufruir determinados serviços de maior
centralidade.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 123


TABELA 4 -:Florianópolis - Densidades brutas (hab/ha) por distritos.

ÁREA DENSIDADE
Distritos POPULAÇÃO RESIDENTE
OCUPAVEL DEMOGRÁFICA26
Ha 2000 2006 2010 2028 2050 2006 2010 2028 2050
UTP1 Fpolis; UTP2 Estreito;
Sede UTP3 Coqueiros; UTP4 Itacorubi; 5.064,88 228.869 244.985 306.046 430.491 512.254 48,37 60,43 85,00 101,14
UTP6 S.Grande; UTP21 R.Tavares (51,26%)
Ingleses UTP13 Inglesesç UTP14 Santinho 1.124,10 16.514 29.256 39.759 54.862 64.155 26,03 35,37 48,81 57,07
Barra da Lagoa Inserido na UTP5-Lagoa da Conceição 205,33 4.331 5.417 7.360 9.745 11.437 26,38 35,85 47,46 55,70
Lagoa da Conceição Inserido na UTP5-Lagoa da Conceição 1.037,85 9.849 11.556 17.523 24.786 29.602 11,13 16,88 23,88 28,52
UTP21 R.Tavares (48,74%);
Campeche 2.689,15 18.570 30.129 34.738 71.400 11,20 12,92 21,19 26,55
UTP22 M. Pedras; 56.980
Rio Vermelho Inserido na UTP5-Lagoa da Conceição 1.306,51 6.791 14.139 13.958 25.266 33.669 10,82 10,68 19,34 25,77
UTP15 Jurere; UTP16 P.Grossa;
Canasvieiras 2.344,11 10.129 16.987 31.348 47.763 7,25 13,37 17,35 20,38
UTP12 Papacura (47,20%) 40.670
UTP12 Papacura (52,80%); UTP18 P.Brava; 32.071
Cachoeira do Bom Jesus UTP19 Lagoinha do Norte; 2.010,25 74 22.690 26.416 36.115 11,29 13,14 15,95 17,97
UTP17 P.Canas
UTP25 L.do Peri;
UTP26 Pantano do Sul;
Pântano do Sul 1.223,55 5.824 7.238 9.300 13.865 5,92 7,60 9,80 11,33
UTP 27 Lagoinha do Leste; 11.990
UTP28 Saquinho.
UTP23 Tpera; UTP24 Ribeirão da Ilha; 30.366
Ribeirão da Ilha 3.100,32 20.392 25.506 27.064 33.647 8,23 8,73 9,79 10,85
UTP21 R.Tavares (48,74%)
UTP7 Cacupé; UTP8 S.Ant.Lisboa;
Sto. Antonio de Lisboa UTP11 B. Sambaqui; 1.497,17 5.367 6.533 7.378 10.170 12.192 4,36 4,93 6,79 8,14
UTP10 Manguezal de Ratones
Ratones UTP9 Rio Ratones 2.232,56 2.871 3.612 4.829 8.015 10.059 1,62 2,16 3,59 4,51
TOTAL 23.835,77 329.581 418.048 525.719 735.411 876.159 17,54 22,06 30,85 36,76

Fonte: Dados Populacionais - IBGE / Censos Demográficos de 60, 70, 80, 91 e 2000. Área Ocupável - ITIS Tecnologia - Cálculos: Equipe IPUF.
Diagnóstico do Plano Diretor Participativo, 2008. Registro Civil, número de ligações elétricas residenciais e Modelo Evadan. Adaptada pelo autor.

26
A densidade demográfica a partir do ano 2000 foi calculada com a área do Município corrigida, incluídos os acréscimos decorrentes dos aterros. Correção
esta realizada em bases digitalizadas.

_______ PLANO MUNICIPAL124


INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB
O Gráfico 2 apresenta os dados representativos do Distrito Sede e dos quatro
outros distritos com maior densidade em 2006 e projeções para 2028 e 2050.

CINCO DISTRITOS MAIS DENSOS (2006)

Lagoa da Campeche; 11,2


Conceição; 11,13
Sede; 48,37

Barra da Lagoa ;
26,38

Ingleses; 26,03

CINCO DISTRITOS MAIS DENSOS (2028)

Campeche; 21,19
Lagoa da
Conceição; 23,88
Sede; 85

Barra da Lagoa ;
47,46

Ingleses; 48,81

CINCO DISTRITOS MAIS DENSOS (2050)


Campeche; 26,55
Lagoa da
Conceição; 28,52
Sede; 101,14

Barra da Lagoa ;
55,7
Ingleses; 57,07

Gráfico 2: As maiores densidades brutas (hab/ha) por distritos (2006, 2028 e 2050).
Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos Dados Populacionais - IBGE / Censos Demográficos de 60,
70, 80, 91 e 2000. Área Ocupável - ITIS Tecnologia - Cálculos: Equipe IPUF. Diagnóstico do Plano
Diretor Participativo, 2008 r.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 125


Já na Tabela 5 as densidades brutas foram calculadas considerando-se as
populações flutuantes de origem turística27, permitindo-se observar as centralidades
e as atratividades dos diferentes espaços urbanos.

TABELA 5: Densidade demográfica por distritos – População residente e flutuante.


DISTRITOS ÁREA POPULAÇÃO RESID. + DENSIDADE
OCUPAVEL FLUTUANTE DEMOGRÁFICA
Ha 2006 2028 2050 2006 2028 2050
UTP13 Ingleses
Ingleses 1.124,10 90.176 171.337 317.150 80,22 152,42 282,14
UTP14 Santinho
Barra da Inserido na UTP5-
205,33 74,72 124,68 236,30
Lagoa Lagoa da Conceição 15.343 25.601 48.520
UTP1 Fpolis;
UTP2 Estreito;
UTP3 Coqueiros; UTP4
Sede 5.064,88 63,70 94,45 212,40
Itacorubi; 322.616 478.384 1.075.763
UTP6 S.Grande; UTP21
R.Tavares (51,26%)
UTP15 Jurere;
UTP16 P.Grossa;
Canasvieiras 2.344,11 48,54 86,71 154,69
UTP12 Papacura 113.780 203.251 362.604
(47,20%)
Lagoa da Inserido na UTP5-
1.037,85 29,69 54,81 107,63
Conceição Lagoa da Conceição 30.814 56.881 111.699
UTP12 Papacura
(52,80%);
Cachoeira UTP18 P.Brava;
2.010,25 36,68 59,48 104,17
do B. Jesus UTP19 Lagoinha do 73.726 119.572 209.401
Norte;
UTP17 P.Canas
Rio Inserido na UTP5- 1.306,51 16.410 39.297 91.834 12,56 30,08 70,29
Vermelho Lagoa da Conceição
UTP21 R.Tavares
Campeche (48,74%); 2.689,15 39.198 78.281 176.755 14,58 29,11 65,73
UTP22 M. Pedras;
UTP25 L.do Peri;
UTP26 Pantano do Sul;
Pântano do
UTP 27 Lagoinha do 1.223,55 11.211 16.420 34.218 9,16 13,42 27,97
Sul Leste;
UTP28 Saquinho.
UTP23 Tpera;
Ribeirão da UTP24 Ribeirão da Ilha;
3.100,32 11,23 13,43 26,78
Ilha UTP21 R.Tavares 34.813 41.648 83.038
(48,74%)
UTP7 Cacupé;
UTP8 S.Ant.Lisboa;
Sto. Antonio
UTP11 B. Sambaqui;
de Lisboa 1.497,17 5,83 8,87 19,33
UTP10 Manguezal de 8.722 13.280 28.934
Ratones
Ratones UTP9 Rio Ratones 2.232,56 5.215 10.162 23.351 2,34 4,55 10,46
TOTAL 23.835,77 762.025 1.254.135 2.563.268 31,97 52,62 107,54

Fonte: Dados Populacionais - IBGE / Censos Demográficos de 60, 70, 80, 91 e 2000. Área Ocupável
- ITIS Tecnologia - Cálculos: Equipe IPUF. Diagnóstico do Plano Diretor Participativo, 2008
Adaptada pelo autor.

27
Os dados não consideram a população decorrente do movimento pendular (casa/trabalho,
casa/escola, casa/comércio, casa/serviços de saúde e educação, etc).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 126


É importante observar que a densidade demográfica dos Distritos de Ingleses e da
Barra da Lagoa, considerando a relação população residente e população flutuante,
é superior a densidade do Distrito Sede (2006 e projeções 2010 /2050). (GRÁFICO
3).

CINCO DISTRITOS MAIS DENSOS (2028) POPULAÇÃO RESIDENTE +


FLUTUANTE

Campeche; 59,48 Sede; 94,45


Canasvieiras; 86,71

Ingleses; 152,42

Barra da Lagoa ;
236,3

Gráfico 3: Gráfico com a densidade demográfica dos 5 distritos mais densos em 2028 – Pop.
residente e pop. flutuante.
Fonte: Elaborado a partir dos dados da Tabela 5.

2.2.5 OS DISTRITOS ADMINISTRATIVOS E AS UEPS

O Município de Florianópolis esta dividido administrativamente em 12 Distritos


Administrativos: Sede, Barra da Lagoa, Cachoeira do B. Jesus, Campeche,
Canasvieiras, Ingleses, Lagoa da Conceição, Pântano do Sul, Ratones, São João
do Rio Vermelho, Ribeirão da Ilha, Sto. Antônio de Lisboa. (FIG.28)

Conforme a lei municipal, o zoneamento do Distrito Sede é composto pelas


seguintes divisões em Unidades Espaciais de Planejamento (UEPs )(FIG.29):

ILHA:

ƒ Costeira do Pirajubaé (UEPs 13 e 14)

ƒ Córrego Grande (UEP 12)

ƒ Pantanal (UEP 9)

ƒ José Mendes (UEP 4)

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 127


ƒ Centro (UEPs 4 e 3)

ƒ Agronômica (UEP 2)

ƒ João Paulo (UEP 16)

ƒ Monte Verde (UEP 18)

ƒ Saco Grande (UEP 15 e 17)

ƒ Costeira do Pirajubaé (UEPs 13 e 14)

ƒ Córrego Grande (UEP 12)

ƒ Pantanal (UEP 9)

ƒ Itacorubi (UEPS 5, 11 e 19)

ƒ Santa Mônica (UEP 10)

ƒ Trindade (UEPs 6 e 7)

ƒ Saco dos Limões (UEP 8)

CONTINENTE:

ƒ Estreito (UEP 32)

ƒ Coqueiros (UEPs 34, 35 e 36)

ƒ Itaguaçu (UEP 29)

ƒ Bom Abrigo (UEP 37)

ƒ Capoeiras (UEPs 23, 26 27 e 33)

ƒ Monte Cristo (UEP 22)

ƒ Coloninha (UEP 25)

ƒ Jardim Atlântico (UEP 20, 21 e 24)

ƒ Canto (UEP 31)

ƒ Balneário (UEP 30)

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 128


Figura 28: Distritos Administrativos de Florianópolis.
Fonte: Geoprocessamento Corporativo de Florianópolis.

_______ 129 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
Figura 29: UEPs de Florianópolis.
Fonte: Geoprocessamento Corporativo de Florianópolis.

_______ 130 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
2.2.5.1 A Ocupação Urbana no Distrito Sede

Florianópolis, como Distrito Sede, foi regulamentado pela Lei Complementar


nº001/97, de 29/09/1997. Sua área total é 74,54 km2, composta em duas áreas: na
parte continental com 12,1 km2 (área associada as UTP2 – Estreito e UTP3-
Coqueiros) e a parte insular com 62,44 km2 (área associada as UTP1-
Florianópolis, UTP4-Itacorubi, UTP6- Saco Grande, UTP20- Costeira, UTP-21 Rio
Tavares e Aterro da Baia Sul) O Distrito Sede foi subdividido em quatro sub-
distritos: Sub-distrito Sede, Sub-distrito Estreito, Sub-distrito Trindade e Sub-distrito
Saco dos Limões.

Quanto as divisões em bairros, a parte continental é dividida nos seguintes:


Balneário, Canto, Estreito, Jardim Atlântico,Capoeiras, Coqueiros, Abrão, José
Mendes, Itaguaçú e Monte Cristo. A parte insular é composta pelos bairros: Monte
Verde, Saco Grande I (atual Bairro João Paulo), Saco Grande II, Itacorubi,
Trindade, Santa Mônica, Córrego Grande, Pantanal, Saco dos Limões, Costeira do
Pirajubaé, José Mendes, Prainha e Centro.

O zoneamento, o uso e ocupação do solo no Distrito Sede do Município de


Florianópolis constitui objeto da Lei Complementar n°001/1997.

2.2.5.1.1 Sub-distrito Sede

O centro urbano da Cidade de Florianópolis, inserido da UTP-1, denominado de


polígono central pelo IPUF, é limitado pelas Baías Norte e Sul e a Leste pelo eixo
da Avenida Mauro Ramos, localizada na base do Morro da Cruz. A área apresenta
o maior gabarito de edificações e o maior adensamento populacional, do município.
A área central possui duas regiões distintas quanto à ocupação, uma que data da
sua colonização, e outra mais recente:

As características urbanas do Centro hoje são reflexos imediatos de sua


ocupação histórica, determinada por motivos de ocupação e defesa de
território. Não só pelo patrimônio cultural ali instalado, mas também pela
manutenção da antiga malha viária da cidade desenhada pelo traçado das

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 131


ruas do período colonial, o modelo de ocupação polinuclear de seu sítio, não
alterado e intensificado com o passar do tempo.
Podemos distinguir duas regiões distintas no Centro de Florianópolis quanto
à sua ocupação. Uma que se inicia com sua colonização, o centro histórico,
e outra mais recente com o incremento de sua estrutura viária, caracterizada
com arquitetura moderna. Desta forma o Centro apresenta-se não só como
um polarizador de atividades e serviços dentro da malha urbana como
também representa a identidade cultural do município. (CASTRO DE
SÁ/2005). (FIG. 30 e 31).

Figura 30: A convivência entre o novo e o antigo no Centro de Florianópolis.


Fonte: SÁ, 2005. p. 32

Como coloca SÁ (2005), as características urbanas do Centro hoje são reflexos


imediatos de sua ocupação histórica, determinada por motivos de ocupação e
defesa de território. Não só pelo patrimônio cultural ali instalado, mas também pela
manutenção da antiga malha viária da cidade desenhada pelo traçado das ruas do
período colonial, o modelo de ocupação polinuclear de seu sítio, não alterado e
intensificado com o passar do tempo.

Ainda, de acordo com o mesmo pensamento, o grande fracionamento da estrutura


fundiária urbana do Centro é conseqüência de sua ocupação histórica. Formada
com a grande maioria de lotes com até 500 m2, com pequenas frentes e em ruas
estreitas, definidos sem critérios técnicos durante o processo de urbanização, o que
dificulta a formação de áreas maiores propícias à verticalização e com interesse
para a incorporação imobiliária. (FIG. 32)

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 132


Figura 31: A mutação da paisagem urbana - Elaboração – Aldo Nunes
Fonte: Perfis da cidade: edição comemorativa dos 262 anos de Florianópolis

Figura 32: A transformação da paisagem da área central de Florianópolis entre as décadas de 20,
90 e os dias atuais.
Fonte: IPUF (décadas de 20 de 90) e MPB (2009).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 133


Observa-se na Tabela 6, o aumento do gabarito das edificações na área central da
cidade ao longo dos anos. Nas Fotos 17 e 18, observam-se, além do gabarito, o
adensamento da Av. Beira Mar Norte e da Rua Almirante Lamego.

TABELA 6 - A evolução histórica do patrimônio imobiliário do Centro de Florianópolis.


NÚMERO DE PAVIMENTOS

ANO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 TOT
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 AL

ATÉ 1900 4 1 4 65
5 6

1901-1910 1 2 4 2 41
5 0

1911-1920 3 3 8 75
7 0

1921-1930 5 4 1 3 106
2 1 0

1931-1940 5 6 1 1 1 137
7 6 2

1941-1950 1 7 1 1 1 1 202
0 3 9
7

1951- 1 5 1 9 2 1 1 2 1 1 344
1960 6 7 0
4 6

1961- 1 2 4 3 6 2 3 3 1 2 1 3 2 2 3 1 514
1970 9 1 6 1
4 4

1971- 1 1 4 3 1 1 9 6 4 1 1 3 2 2 6 1 578
1980 6 9 9 5 0 0 4 0 8 1
4 0

1981- 6 7 2 2 9 8 8 3 6 1 2 7 8 8 354
1990 6 7 1 9 5 0 6

1991- 2 3 7 1 7 8 1 6 8 1 1 3 3 2 2 249
2000 5 4 4 4 1
5

2001- 6 3 5 1 1 1 4 1 1 2 8 4 7 1 45
2002

TOTAL 9 8 2 1 3 3 3 2 1 2 3 2 4 3 1 4 0 0 1 2710
3 2 9 2 6 0 9 2 1 7 9 3 6 4 8
2 1 1 6 3

Fonte: Adaptado de SÁ (2005).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 134


Fotos 17 e 18: O adensamento da Av. Beira Mar Norte e da Rua Almirante Lamego.
Fonte: Arquivo Rosane Buzatto (2009).

Foto 19: A paisagem da área central de Florianópolis (2008).


Fonte: Arquivo Rosane Buzatto (2008).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 135


Através do diagnóstico do quadro atual do Centro de Florianópolis realizado por
NEUMANN (2003), citado por SÁ (2005), a área total construída até o ano de 2002
é de 4.095.485,94m2 distribuídos num total de 2.710 imóveis que representam
37.322 unidades autônomas. (SÁ, 2005. p.37).

A Figura 33 apresenta a espacialização das 14 tipologias de Usos do Solo


identificadas por BORTULUZZI (2004) através do mapeamento realizado da área
central de Florianópolis. Segundo o autor, esta área concentra uma diversidade de
funções urbanas que alcançam uma complexidade funcional elevada, exercendo
uma ação polarizadora em relação ao corpo total da cidade. Destes usos as
funções residenciais, comerciais e institucionais predominaram, e a função de
reserva e de áreas de mata estão restringidas as áreas livres do Maciço do Morro
da Cruz.

Figura 33: Uso atual do Solo no Bairro Centro.


Fonte: BORTOLUZZI, 2004.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 136


A Tabela 7 sumariza o uso atual do solo no Centro, com as respectivas áreas em
ha, o número de unidades encontradas e as porcentagens em relação à área total.

TABELA 7 - Uso atual do solo no Bairro Centro e suas respectivas áreas e porcentagens
em relação à área total ocupada.

Fonte: BORTOLUZZI, 2004.

Abaixo, de forma resumida, estão descritos os usos atuais do solo no Centro


apresentadas por BORTOLUZZI (2004):

ƒ Áreas unifamiliares: representam 73.51 ha e correspondiam a 16.36%


da área (parte leste, após a Avenida Mauro Ramos, fora do triângulo
central);

ƒ Áreas multifamiliares”: total de 44.36 ha ,(10%), localizadas ao Norte,


englobando a Av. Beira Mar e suas imediações) com um padrão de
construção bastante alto e prédios com grande número de pavimentos;

ƒ Áreas mistas residenciais; 25 ha (5,6%) (Área Central, próximas à Av.


Mauro Ramos) são formadas por prédios e casas destinadas ao uso
residencial;

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 137


ƒ Áreas mistas residenciais/ comerciais e serviços: prédios residenciais
compartilhados com estabelecimentos comerciais. No Centro localiza-se
grande parte dos estabelecimentos comerciais da cidade. Isto faz com
que esta área exerça ainda uma ação polarizadora em relação as demais
localidades, apesar da existência de subcentros comerciais em alguns
dos bairros periféricos;

ƒ Áreas comerciais e de serviços: O Triângulo Central caracteriza-se


como zona comercial, com 65 unidades encontradas, ocupando uma área
com apenas 37.97 ha (8.45%), já que as quadras apresentam pequenas
extensões;

ƒ Áreas institucionais: com 59.47 ha (13.23%). Como região central do


município, abriga a máquina estatal em seus três níveis: executivo,
legislativo e judiciário;

ƒ Áreas de lazer públicas: ocupam uma área de 29.72ha (6,6%) e


compreendem 31 unidades no Centro de Florianópolis. É no Centro que
se encontra a maior quantidade de áreas verdes públicas. Segundo a
PMF (2000) haviam 73 praças, 14 parques públicos e 06 largos com uma
área em torno de 549.872 m², distribuídos entre a Ilha e o Continente. O
Centro abriga aproximadamente 35% destas áreas;

ƒ Áreas verdes do sistema viário: estão distribuídas espacialmente nas


Avenidas Beira-Mar Norte e Hercílio Luz, e no Aterro da Baía Sul,
totalizando uma área de 11,5 ha (2.56%);

ƒ Áreas do sistema de saneamento: são áreas destinadas à manutenção


da salubridade do ambiente urbano. O tratamento de esgotos dá-se em
unidades especialmente construídas para essa finalidade, as Estações de
Tratamento de Esgotos (ETEs). No Centro, está localizada uma ETE, no
aterro da Baía Sul, e na Avenida Beira-Mar Norte, uma estação
elevatória, ambas ocupam uma área de 4.05 ha (0,9%);

ƒ Áreas de mata: contribuem com 19.07% da área do centro (85.52 ha),


presentes exclusivamente no Morro da Cruz, fazendo parte delas áreas
as APPs e as APLs protegidas por leis ambientais e municipais. A Mata

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 138


do Hospital de Caridade corresponde a uma área representativa de
vegetação remanescente da Mata Pluvial Atlântica de Encosta. Dentro
destas áreas de mata, existem algumas áreas desmatadas, mas sem
ocupação, que correspondem a 1.03% (4.63 ha). Atualmente, encontra-
se em elaboração do Plano de Manejo do Parque Urbano do Maciço do
Morro da Cruz28, visando a proteção destas áreas de mata do Maciço.
(FOTO 20)

Foto 20: Áreas de mata remanescentes no Maciço do Morro da Cruz.


Fonte: Arquivo Rosane Buzatto (2008).

ƒ Areas baldias: ou vazios urbanos, são áreas inseridas na malha urbana


atendidas por serviços urbanos e não utilizadas, sendo fruto da
especulação imobiliária. No centro, são poucas as áreas ainda ociosas,
porém foi verificado no mapeamento29, que sua distribuição espacial

28
Lei nº 6893/2005 - Cria o Parque Urbano do Morro da Cruz e dá outras providências.
29
Foram consideradas nesta tipologia, apenas as áreas baldias com vegetação e que puderam ser
visualizadas através da fotointerpretação;

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 139


concentra-se principalmente nas imediações da ponte Hercílio Luz,
ocupando 3.58 ha (0.8%) da área central.

ƒ Instalações para o trânsito: representam 2% do centro (10 ha),


representadas pelo Terminal Rita Maria e pelos terminais urbanos.

ƒ Áreas residenciais populares: encontra-se distribuídas principalmente


no Morro da Cruz. Estas áreas também se caracterizam pelas condições
precárias das habitações, carência de infraestrutura urbana e
equipamentos sociais, além da restrição aos usos dos bens e serviços de
saúde, educação e lazer. (FOTOS 21 e 22).

Fotos 21 e 22: Áreas residenciais populares nas encostas do Maciço do Morro da Cruz.
Fonte: Arquivo Rosane Buzatto (2008).

O Maciço do Morro da Cruz (MMC)é ocupado, principalmente, por população de


baixa renda, que se implantou ilegalmente em impróprias para a ocupação. Parte
das comunidades ali assentadas localiza-se na porção superior do Maciço Central,
sobre áreas de APP e com declividade superior a 45% tornando estes
assentamentos precários e susceptíveis a riscos.

O MMC é a região do município onde se concentra o maior número de


assentamentos de interesse social. Ao todo são 16 comunidades instaladas
irregularmente que enfrentam problemas de degradação sócio-ambiental. O morro
se caracteriza por ser um espaço tradicional de habitação, com ocupação de áreas

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 140


de alta declividade, urbanização não oficializada pela prefeitura, habitações
simples, com carência de vias de circulação, transporte e saneamento.

A população a partir das partes mais baixas foi se instalando progressivamente ao


longo dos anos por toda a encosta, em sucessivas ocupações, de forma que
residentes advindos de migrações mais recentes, principalmente do interior de
Santa Catarina, predominam nas partes altas. A população residente atual é de
aproximadamente 22.566 habitantes, perfazendo 5.677 famílias.30

A condição precária das habitações, a ausência de propriedade dos terrenos, a


carência ou precariedade da infraestrutura urbana e de equipamentos sociais, a
violência urbana, além da restrição ao uso dos serviços de educação, saúde e
lazer, configura a estes locais territórios de exclusão nas suas dimensões
ambiental, social, econômica, jurídica e educacional.

Do ponto de vista da legislação urbana a maioria das áreas está inserida em ARP-0
(Área Residencial Predominante) para atender demandas habitacionais de
interesse social. Algumas áreas encontram-se em APP (Área de Preservação
Permanente) e em APL (Áreas de Preservação com Uso Limitado). Em relação aos
aspectos ambientais todas as comunidades estão em áreas de encosta,
apresentando situações de risco de deslizamentos, com precariedade ou ausência
de infraestrutura urbana básica.

Em resposta a reivindicações por melhorias no Maciço estão em implantação pela


PMF (FOTO 23), através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do
Governo Federal, os seguintes projetos de infra-estrutura urbana:

ƒ Sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário;

ƒ Sistema de drenagem urbana e pavimentação;

ƒ Sistema de distribuição de energia elétrica;

ƒ Plano de Manejo do Parque do Maciço do Morro da Cruz;

ƒ Projeto técnico social;

30
Dados do Termo de Referência da Concorrência nº498/SADM/DLCC/2008 da PMF.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 141


ƒ Projetos complementares que compreendem: habitação, módulo
hidráulico, transporte vertical, muro de contenção, coleta e disposição de
resíduos sólidos, projeto paisagístico e projetos de regularização
fundiária.

Foto 23: Obras do PAC na Av.


da Felicidade.
Fonte: Arquivo Rosane Buzatto
(2008).

2.2.5.1.1 Ocupação Urbana e a Relação com o Saneamento no Sub-distrito Sede

Os Quadros 6 e 7 a seguir apresentam, os principais atributos do Aterro da Baia


Sul e da UTP1 Florianópolis, inseridos no Sub-distrito Sede, referentes ao meio
físico e aos serviços de saneamento e suas relações com a ocupação do solo,
formas de parcelamento e crescimento urbano. Assim, de forma resumida, estas
relações são assim configuradas:

O processo de urbanização da cidade tem como consequências o aumento do


número de pessoas atingidas em eventos como enchentes e inundações; a falta de
espaço adequado para realização da manutenção dos canais de drenagem e.para
a realização de obras e manutenção de rede de água. A verticalização e o
adensamento populacional provocam ainda, em alguns pontos do sistema a
deficiência no abastecimento pela ocorrência de redes subdimensionadas.
Também, a urbanização acelerado sem a correspondente expansão da coleta
seletiva dos resíduos sólidos, aliados ao descaso da população na separação e
reciclagem do lixo, ocasiona a acréscimo na produção de resíduo e a necessidade
de áreas cada vez maiores para destino final.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 142


Quanto aos serviços de esgotamento sanitário na UTP1, de maneira geral, tem-se
um atendimento de 79% da população, sendo o sistema em funcionamento O SES
de Florianópolis Insular, e o destino as águas da Baia Sul. Apesar da rede coletora
de esgoto assentada abranger praticamente toda a área a presença de esgoto
bruto nas galerias de águas pluviais é significativa, como estão comprovando os
resultados do Programa de Balneabilidade da FATMA.

O crescimento demográfico recente com reflexos sobre a ocupação física


desordenada em algumas áreas da cidade, como o Maciço do Morro da Cruz
(MMC), onde a dificuldade de acesso e o descumprimento às leis, além da falta de
fiscalização, facilitam a desconfiguração e a destruição do meio ambiente natural da
cidade. O processo de ocupação urbana em lugares impróprios, como as encostas
do MMC, além de colocar em risco a vida e as propriedades, compromete a
qualidade dos serviços de água (execução de manutenções de rede, sujeito a
contaminações da água), a qualidade dos serviços de drenagem; dificultam a
execução dos serviços de coleta dos resíduos sólidos, pois não possibilitam o
acesso dos veículos convencionais.

Quanto a carência dos serviços de esgoto nas ZEIS do MMC uma das
consequências é o aparecimento de doenças de veiculação hídrica, que podem,
inclusive, se expandir para outras áreas da cidade. Além disto, o lançamento de
esgoto nas drenagens ali existentes contribui para o aumento da poluição das
águas das Baías Norte e Sul. A implantação da rede coletora de esgoto e a sua
destinação final é prioritária. Por outro lado, o poder público municipal deve inibir a
ocupação de áreas consideradas de risco. Atualmente as ZEIS do Maciço do Morro
da Cruz estão sofrendo intervenções significativas em termos de saneamento e
outras obras de infraestrutura urbana. Estas obras previstas possibilitarão uma
cobertura significativa nos setores de água, esgoto, lixo e drenagem.

Um maior detalhamento desta relação encontra-se no Apêndice D – Matrizes:


Ocupação Urbana x Serviços de Saneamento que traz as Matrizes dos atributos
da ocupação urbana, meio físico, drenagem, esgotamento sanitário, abastecimento
de água e resíduos sólidos.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 143


OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – ATERRO DA
BAIS SUL
MEIO FÍSICO
DRENAGEM

ÁREAS DE RISCO NÃO EXISTEM PROBLEMAS TÉCNICOS DE DRENAGEM, A PREOCUPAÇÃO É COM


GEOLÓGICO/GEOMORFOLÓGICO A MANUTENÇÃO E LIMPEZA DOS CANAIS PARA EVITAR QUE ATINJAM A
ASSOCIADO A CONSTRUÇÕES SITUAÇÃO DO RESTANTE DA CIDADE.
INADEQUADAS EM ÁREAS DE CANAIS DE
DRENAGEM.

A DRENAGEM DA REGIÃO DO ATERRO SE ENCONTRA BEM DIMENSIONADA.


RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA DO
COMO NÃO EXISTEM PLANOS CONCRETOS PARA A DESTINAÇÃO DA ÁREA DO
PIRAJUBAÉ (NO MANGUEZAL RIO TAVARES)
ATERRO, ESPERA-SE O USO FINAL ESTEJA DE ACORDO COM O CONCEITO DE
DEC. FED. 533/92; ÁREA: 1444 HÁ; 740
SUSTENTABILIDADE A MBIENTAL.
HECTARES DE MANGUEZAL, MAIS 700
HECTARES DE BAÍA;
APP: CANAIS DE DRENAGEM NATURAL
ALTERADOS POR OBRAS DE ENGENHARIA.
VEGETAÇÃO DE MANGUEZAL ENTRE O NECESSIDADES FUTURAS: ESPERA-SE QUE O USO DO SOLO ESTEJA DE
ATERRO E OS CANAIS. ACORDO COM O CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE.

Quadro 6: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (Aterro da Baia Sul).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 144


OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP1 FLORIANÓPOLIS

MEIO FÍSICO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS


DRENAGEM ESGOTAMENTO SANITÁRIO
90,43% DA POPULAÇÃO É ATENDIDA PELOS SERVIÇOS.
OCUPAÇÃO URBANA
CONSOLIDADA; QUANTO A QUALIDADE É CONSIDERADA COMO NÍVEL 1 - QUANTO AO SIF, DADOS
HISTÓRICOS DAS ANÁLISES EFETUADAS PARA MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA NA COLETA CONVENCIONAL
PROBLEMAS 79% DA POPULAÇÃO É ATENDIDA PELOS SERVIÇOS, SENDO O SISTEMA EM APROXIMADADAMENTE 98% DA POPULAÇÃO
FUNCIONAMENTO O SES DE FLORIANÓPOLIS INSULAR, E O DESTINO AS ÁGUAS DA DISTRIBUÍDA CONFIRMAM QUE SISTEMATICAMENTE PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DE
RELACIONADOS A ILHAS COR, TURBIDEZ E ALUMÍNIO APRESENTAM VALORES SUPERIORES AOS PADRÕES ATENDIDA, DEVIDO A LOCAIS DE DIFICIL
DE CALOR NAS ÁREAS BAIA SUL ACESSO, E COLETA SELETIVA É DIARIA NO
EXIGIDOS PELA LEGISLAÇÃO VIGENTE (PORTARIA MS 518/2004). RECENTEMENTE,
DENSAMENTE OCUPADAS INCLUSIVE, A PRÓPRIA CASAN NOTIFICOU EM SUAS FATURAS DE ÁGUA A PRESENÇA DE CENTRO DA CIDADE. A DESTINAÇÃO FINAL DOS
POR EDIFÍCIOS OCUPAÇÃO EM LUGARES RESÍDUOS SÓLIDOS DA COLETA
NÃO RECOMENDADOS COMO COLIFORMES NA ÁGUA DISTRIBUÍDA PARA A POPULAÇÃO EM ALGUNS PONTOS DO SIF.
CONVENCIONAL É O MESMO PARA TODO O
PROBLEMAS DE AS ENCOSTAS DO MACIÇO MUNICÍPIO - ATERRO SANITÁRIO LOCALIZADO
MOVIMENTO DE MASSA DO MORRO DA CRUZ. NÃO SÓ NO MUNICÍPIO VIZINHO DE BIGUAÇÚ. JÁ A
NAS ENCOSTAS DE AS ZEIS, MAS TAMBEM AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DO
COLETA SELETIVA REALIZADA NO TRIANGULO
MORROS OCUPADOS DE LOTEAMENTOS SISTEMA DE ESGOTOS SANITARIOS DE FLORIANÓPOLIS INSULAR, ESTE ULTIMO
CONSTRUIDO COM BASE EM UM PROJETO ELABORADO NO ANO DE 1991, PODEM CENTRAL É SELECIONADA PELA ACMR
FORMA IRREGULAR. REGULARIZADOS SITUADOS
EM ÁREAS QUE TER COMPROMETIDO A CAPACIDADE ATUAL DAS INSTALAÇÕES EXISTENTES DESSA AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS O ADENSAMENTO DO CENTRO DA CIDADE
ÁREAS DE RISCO
COMPROMETEM A IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. OUTRO FATO ACONTECIDO FOI A IMPLANTAÇÃO, DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES IMPLICA NO AUMENTO DO VOLUME DE
GEOLÓGICO/GEOMORFOL
QUALIDADE DOS SERVIÇOS JÁ NA PRIMEIRA ETAPA, DO ESGOTAMENTO DAS BACIAS F (TRINDADE, PANTANAL, DESTA IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. RESÍDUOS COLETADOS, E A OCUPAÇÃO EM
ÓGICO ASSOCIADO A
DE DRENAGEM; CÓRREGO GRANDE, JARDIM SANTA MÔNICA, JARDIM ANCHIETA, PARQUE SÃO LUGARES NÃO RECOMENDADOS COMO AS
CONSTRUÇÕES OCUPAÇÕES EM LUGARES NÃO RECOMENDADOS, COMO AS ENCOSTAS DO MMC
JORGE, SERRINHA E CAMPUS UNIVERSITÁRIO) E E1 (COSTEIRA DO PIRAJUBAÉ). ENCOSTAS DO MACIÇO DO MORRO DA CRUZ
INADEQUADAS EM ÁREAS NAS DEMAIS REGIÕES O COMPROMETEM A QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE ÁGUA (EXECUÇÃO DE MANUTENÇÕES DE
TAIS ACONTECIMENTOS LEVERÃO A AMPLIAÇÃO DO COMPLEXO DE TRATAMENTO DIFICULTAM A EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE
DE ENCOSTAS E CANAIS MODELO DE OCUPAÇÃO DO REDE, SUJEITO A CONTAMINAÇÕES DA ÁGUA).
(ETE INSULAR) ANTES DA DATA PREVISTA. COLETA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS, POIS NÃO
DE DRENAGEM. SOLO RESULTOU NA FALTA NAS DEMAIS REGIÕES HÁ FALTA DE ESPAÇO ADEQUADO PARA A REALIZAÇÃO DE OBRAS E
A FALTA DE SERVIÇOS DE ESGOTO NAS ZEIS DO MMC É RESPONSAVEL PELO POSSIBILITAM O ACESSO DOS VEÍCULOS
PARQUE URBANO DO DE ESPAÇO ADEQUADO MANUTENÇÃO DE REDE DE ÁGUA, PRINCIPALMENTE NA REGIÃO CENTRAL. A CONVENCIONAIS.
PARA REALIZAÇÃO DA APARECIMENTO DE DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HIDRICA, Q/ PODEM, INCLUSIVE, SE
MACIÇO DO MORRO DA VERTICALIZAÇÃO E ADENSAMENTO POPULACIONAL EM ALGUNS PONTOS DO SISTEMA
MANUTENÇÃO DOS CANAIS. EXPANDIR PARA OUTRAS ÁREAS DA CIDADE. ALÉM DISTO, O LANÇAMENTO DE O ADENSAMENTO E A VERTICALIZAÇÃO SEM A
CRUZ (LEI MUNICIPAL 6893 PROVOCARAM DEFICIÊNCIA NO ABASTECIMENTO PELA OCORRÊNCIA DE REDES
ESGOTO NAS DRENAGENS ALI EXISTENTES CONTRIBUI PARA O AUMENTO DA CORRESPONDENTE EXPANSÃO DA COLETA
DE 8/12/2005). ATUALMENTE SUBDIMENSIONADAS.
POLUIÇÃO DAS ÁGUAS DAS BAÍAS NORTE E SUL. A IMPLANTAÇÃO DA REDE SELETIVA, ALIADA AO DESCASO DA
RESERVA PARTICULAR COLETORA DE ESGOTO E A SUA DESTINAÇÃEM ÁREAS DE RISCO. ATUALMENTE POPULAÇÀO, NA SEPARAÇÃO E RECICLAGEM
DO PATRIMÔNIO NATURAL ESTÃO OCORRENDO INTERVEÇÕES SIGNIFICATIVAS NAS ZEIS DO MMC EM TERMOS OCASIONA ACRESCIMO NA PRODUÇÃO DE
(RPPN) MENINO DEUS DE SANEAMENTO. AS OBRAS PREVISTAS POSSIBILITARÃO UMA COBERTURA RESÍDUO.
(PROCESSO NO IBAMA Nº SIGNIFICATIVA NOS SETORES DE ÁGUA, ESGOTO, LIXO E DRENAGEM.
02026.001868/96-15).
ENCOSTAS LEIS 2193/85 E
1851/82, PROTEGE TODAS A URBANIZAÇÃO C/AUMENTO A ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NÃO TEM OCORRIDO
ESTA UTP ENCONTRA-SE JÁ TOTALMENTE URBANIZADA. A REDE COLETORA DE PARALELAMENTE AO CRESCIMENTO URBANO DO SIF, O QUE COMPROMETE O SISTEMA
AS ENCOSTAS COM DA DENSIDADE TEM COMO
ESGOTO ASSENTADA ABRANGE PRATICAMENTE TODA A ÁREA. APESAR DA BOA COM RELAÇÃO À CAPACIDADE DE TRATAMENTO DA ETA, MACRODISTRIBUIÇÃO E A POPULAÇÃO FLUTUANTE PROVOCA UM
DECLIVIDADE IGUAL OU CONSEQUENCIA O AUMENTO
COBERTURA EM ESGOTO, A PRESENÇA DE ESGOTO BRUTO NAS GALERIAS DE RESERVAÇÃO, PRINCIPALMENTE. ACRESCIMO DE APROXIMADAMENTE 50% NO
SUPERIOR A 25°, OU DO NÚMERO DE PESSOAS
ÁGUAS PLUVIAIS É SIGNIFICATIVA, COMO ESTÃO COMPROVANDO OS RESULTADOS VOLUME DE RESÍDUO COLETADO.
46,6%, RECOBERTAS OU ATINGIDAS EM ENCHENTES E OS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA SÃO POUCO AFETADOS PELA POPULAÇÃO
DO PROGRAMA DE BALNEABILIDADE DA FATMA.
NÃO POR VEGETAÇÃO, O INUNDAÇÕES FLUTUANTE NO SIF.
SISTEMA HIDROGRÁFICO
QUE FORMA AS NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS DOS
PRINCIPAIS BACIAS DE MANANCIAIS ATUALMENTE UTILIZADOS P/O ABASTECIMENTO DE ÁGUA; CONTROLE DA
CAPTAÇÃO DE ÁGUA OCUPAÇÃO E EXPANSÃO URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS MANANCIAIS UTILIZADOS
POTÁVEL, A PAISAGEM NECESSIDADES ATUAIS: P/ABASTECIMENTO; PROGRAMAS P/USO RACIONAL DE ÁGUA INCENTIVO AO USO DE
NATURAL E A FAUNA. CRIAÇÃO DE UM PROGRAMA FONTES ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA, REUSO DE ÁGUA, ETC.) ; IMPEDIR NECESSIDADES ATUAIS: MELHORIA DE
DE MONITORAMENTO DOS NECESSIDADES ATUAIS: IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA DE IDENTIFICAÇÃO E A OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS TAXAS DE OCUPAÇÃO NAS ÁREAS ACESSIBILIDADE PARA FACILITAÇÃO DE
MANANCIAIS, AQUÍFEROS COLETA CONVENCIONAL E AMPLIAÇÃO DE
E A OCUPAÇÃO URBANA: CANAIS DE DRENAGEM P/ ELIMINAÇÃO DE LIGAÇÕES IRREGULARES DE ESGOTO. APROVAÇÃO DO PLANO BALNEÁRIAS; AMPLIAÇÃO DA ETA PARA VAZÃO DE TRATAMENTO DE 3.000 L/S;
QUE SE POSSA EXECUTAR DIRETOR PARTICIPATIVO. IMPLANTAÇÃO DA MACROADUTORA DN 1200 MM JUNTO A BR 101; IMPLANTAÇÃO DA COLETA SELETIVA;
SEM MANANCIAIS
SIGNIFICATIVOS. UMA MANUTENÇÃO MACROADUÇÃO, DESDE A BR101 ATÉ BAIRRO J. PAULO, PASSANDO POR UMA DAS PONTES;
AQUÍFERO ILHA. ÁREA PREVENTIVA. PLANO DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA PARA O ABASTECIMENTO DA ILHA;
DENSAMENTE OCUPADA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE OPERACIONAL; PROGRAMAS DE CONTROLE E
APRESENTANDO REDUÇÃO DE PERDAS; COMPLEMENTAÇÃO DA RESERVAÇÃO; SUBSTITUIÇÃO DE REDES
DIFICULDADE TÉCNICA E ANTIGAS.
NATURAL EM UTILIZAÇÃO
DO AQUÍFERO. NO NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAR ESTUDOS PARA IDENTIFICAÇÃO DAS
MACIÇO DO MORRO DA DENSIDADES DE OCUPAÇÃO ATUAL E FUTURA (PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO), NECESSIDADES FUTURAS: IMPLEMENTAÇÃO
CRUZ POSSIBILIDADE DE NECESSIDADES FUTURAS: DE FORMA A VERIFICAR A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES EXISTENTES E DA DE FISCALIZAÇÃO PARA IMPEDIR A OCUPAÇÃO
NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE
EXTRAÇÃO JUNTO A RECUPERAÇÃO DOS CANAIS NECESSIDADE OU NÃO DE REDIMENSIONAR OS PROJETOS DE ESGOTO PARA A IRREGULAR, CRIAÇÃO DE ACESSO FORA DE
ÁGUA DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS, INCLUSIVE CONSIDERANDO AS DEMAIS REGIÕES
FRATURAMENTO DAS DA AV. RIO BRANCO E RUA REGIÃO. A AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE DA ETE INSULAR DEVERÁ SER PRECIDIDA PADRÃO, E MODERAÇÃO NO ADENSAMENTO, JÁ
CONURBADAS.
ROCHAS PARA ARNO HOERSHL. DE ESTUDO CONTENDO ALTERNATIVAS DE REDIRECIONAR OS ESGOTOS DE QUE O GRANDE PROBLEMA NÃO É A COLETA,
ABASTECIMENTO LOCAL. ALGUMAS BACIAS DE ESGOTAMENTO PARA A FUTURA ETE DO RIO TAVARES MAS A DESTINAÇÃO FINAL DO RESÍDUO.
(TERRENO DA CASAN). COM ISTO A ETE INSULAR GANHARIA UMA MAIOR VIDA ÚTIL.

Quadro 7: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP1).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 145 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
2.2.5.1.2 A Ocupação Urbana e a Relação com o Saneamento no Sub-Trindade
(UTP4)

Quanto ao Sub-distrito da Trindade, também inserido nos limites político-


administrativos do Distrito Sede e na Bacia Hidrográfica do Itacorubí (UTP4),
localiza-se na região Centro-Oeste da Ilha, constituindo-se num elo de ligação e
passagem obrigatória para os demais bairros da Ilha. (FIG. 34).

Figura 34: Bacia Hidrográfica do Rio Itacorubí.


Fonte: VIEIRA (2007) - Adaptado de SÁNCHES DALOTTO (2003).

O sistema viário implantado na Bacia Hidrográfica delimita a área urbanizada, tendo


como destaque as Rodovias Estaduais (SC-401, Rod. Admar Gonzaga (SC-404),
Avenida das Saudades, Via Expressa (Avenida Beira-Mar)) e as vias municipais
(Rua Dep. Antônio Edu Vieira, Rua João Pio Duarte Silva, Av. Madre Benvenuta,
Rua Lauro Linhares, Rua Desembargador Vitor Lima, Av. César Seara e Rua
Capitão Romualdo de Barros).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 146


A atratividade que os bairros31 e as instituições ali localizadas (UFSC,
ELETROSUL, UDESC, CELESC, TELESC, Secretaria da Agricultura, pólo de
concentração do terceiro setor, etc.) exerceram na bacia, gerou transformações no
uso e na ocupação dos espaços urbanos. Este processo, em geral, não interpretou
as condicionantes naturais, como a topografia das encostas, as margens dos
córregos e o próprio Mangue do Itacorubi (o zoneamento permitiu a ocupação
urbana da planície sujeita a inundação, que circunda o manguezal. (FOTOS 24 e
25)

Foto 24: Ocupação urbana circundando o manguezal (agosto de 2008).


Fonte: Arquivo Rosane Buzatto (2008).

A Figura 35 mostra parcelas imobiliárias que avançaram sob áreas de mangues,


havendo a supressão da vegetação para pastagem, aterros, construção de açudes
e habitações.

31
Abrange os Bairros Jardim Santa Mônica, Córrego Grande, Parque São Jorge, Itacorubí, João
Paulo, Pantanal e Carvoeira.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 147


Foto 25: Vista panorâmica da ocupação urbana dos Bairros Santa Mônica, Trindade e Itacorubí
(2008).
Fonte: Arquivo Rosane Buzatto (2008).

Figura 35: Bacia Hidrográfica do Rio Itacorubí.


Fonte: VIEIRA(2007).

Este processo inadequado de urbanização da planície, que sazonalmente é


atingido por enchentes, causa prejuízos à população dos bairros atingidos: os
bairros localizados na planície flúvio-marinha com declividade próxima de zero,
estão sujeitos periodicamente às inundações. Outro fenômeno natural de
magnitude global que preocupa na bacia é o aumento do nível médio do mar,
combinado com as amplitudes máximas das marés, cujos prognósticos existentes
são catastróficos para a população residente no litoral, nas planícies quaternárias.
As fortes precipitações pluviométricas que ocorrem de dezembro a fevereiro na
bacia, se coincidirem com as amplitudes máximas das marés, terão seu efeito

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 148


potencializado, agravando ainda mais a situação, com o aumento da área
inundada.

Dentre as preocupações da comunidade está a verticalização das edificações sem


a correspondente infraestrutura necessária (FOTO 26): Apesar da UTP 4 Itacorubi
estar dentro da área de influencia do Sistema de Esgotamento Sanitário de
Florianópolis Insular, é a única não atendida ainda por esta infraestrutura. Isso tem
levado ao lançamento de esgotos brutos, sem tratamento adequado, diretamente
nos corpos de água da região ou nas galerias de águas pluviais, cujo destino final
são as águas da Baia Norte. As AIS localizadas nesta UTP compromentem ainda
mais a qualidade ambiental de toda a Bacia do Rio Itacorubi com o lançamento de
esgoto bruto na drenagem. O adensamento destas áreas com ocupações
irregulares, e em áreas de risco, dificultam a implantação dos serviços de esgoto.

Em função da ausência de mecanismos de fiscalização as construções


ilegais geraram crescentes problemas de drenagem, erosão e deslizamentos
das encostas, tornando flagrante a desconsideração das limitações
ambientais existentes no território como um todo.
Quanto ao processo mais recente de urbanização, é digno de nota o
fenômeno da verticalização do Distrito Sede, com destaque para os bairros
Agronômica e Trindade. Um dos aspectos mais preocupante, diz respeito à
falta de estimativa da densidade populacional e da projeção do crescimento
urbano para a região, o que insere novos riscos de agravamento do uso e da
ocupação do solo atualmente em vigor.
Com a implantação do Shopping este processo tende a provocar a
multiplicação dos espaços construídos, a saturação das infra-estruturas e a
degradação sócio-ambiental urbana do Bairro Santa Mônica e, por
conseqüência, os demais bairros inseridos em sua área de influência.
(FERREIRA, 2007).

Com relação à relevância local dos problemas considerados, os mesmos estão


relacionados com o aumento da área destinada a moradias e serviços, em
detrimento da área de preservação ambiental, e aos conflitos entre a ocupação
prevista no zoneamento e a real ocupação do solo, sem considerar as condições
geotécnicas adequadas e os riscos ambientais (enchentes, aumento do nível médio
dos mares, deslizamentos de encostas, etc.) dessa ocupação na Bacia Hidrográfica
do Itacorubí, que levam a degradação ambiental do ecossistema.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 149


Foto 26: Verticalização das edificações no Bairro João Paulo (agosto de 2008).
Fonte: Arquivo Rosane Buzatto (2008).

Destaca-se também, a degradação ambiental da área de preservação, provocados


pela ação antrópica caracterizadas por obras de engenharia (construção de vias
públicas, abertura de canais de drenagem artificiais para minimizar os efeitos das
enchentes, e aterros) e a prestação de serviços essenciais à coletividade (lixão
desativado).(VIEIRA, 2007)

No entanto, com a expansão urbana acentuada, o aumento da densidade


populacional e os pólos de atração urbana instalados e as atividades
desenvolvidas na Bacia, estabeleceu-se inúmeros conflitos ligados ao uso e
ocupação do solo:
a) degradação ambiental provocada pelo desmatamento da floresta
ambrófila (mata atlântica) no passado para produção de energia
(combustível);
b) desmatamento da vegetação ciliar à rede de drenagem natural para
atividades agropecuária no início da colonização;
c) ocupação urbana irregular às margens da rede de drenagem natural;
d) ocupação urbana de áreas sujeitas a inundações na planície com baixa
altitude (1,00 a 1,50 m) e declividade próxima de zero;
e) emissão continuada de chorume devido à disposição inadequada dos
resíduos sólidos sob área de proteção ambiental até o final da década de 70;
e
f) emissão dos efluentes sem tratamento na rede de drenagem.
Em vista a estes conflitos, e a evolução do aparato legal existente para
tutela ambiental, há um descaso da população e das autoridades
constituídas com a sustentabilidade da bacia. (VIEIRA, 2007)

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 150


Por muitos anos, utilizou-se a parte Leste do Manguezal, próximo ao Cemitério
Municipal do Itacorubí, como área para destino final dos resíduos sólidos
produzidos em Florianópolis, denominado lixão do Itacorubí. Hoje, a área funciona
como estação de transferência, mas os efeitos do efluente (chorume) do lixão sob o
manguezal permanecem.

A Foto 27 apresenta aspectos do avanço da ocupação sobre as encostas, nas


quais os riscos de deslizamentos pré-existem, ou mesmo são agravados. Segundo
BARNETCHE e MORETTI (2004), citando BIGARELLA et al. (1994), considera que
a exposição aos riscos de deslizamentos é iniciada pelo estabelecimento
residencial da população, e é amplamente agravada por ocasião da substituição da
cobertura vegetal pelos edificações, e por cortes no manto de alteração, de modo a
originar um aplainamento do terreno facilitando a construção.

Foto 27: O avanço da ocupação das encostas do Bairro Monte Verde.


Fonte: Arquivo Rosane Buzatto (2009).

É importante destacar, ainda, a existência de várias áreas de risco no Sub-distrito


da Trindade, cuja violência tem aumentado, devido às ações combinadas de
narcotraficantes e usuários de drogas, com seqüestros, assaltos à mão armada aos

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 151


estabelecimentos comerciais e residências, furtos, homicídios, entre outras. Estas
áreas estão situadas em partes distintas do Sub-distrito, cujo processo de ocupação
original se deu por invasões de propriedades particulares ou de áreas públicas da
União e do Estado. São quatro seis Áreas de Interesse Social (AIS), a saber: o
Morro do Mangueirão no Pantanal; o Morro do Quilombo no Itacorubí; e as ZEIS
MMC (Serrinha I e II; Morro da penitenciária, Caieira da Vila Oprerária I, II e III.

O Quadro 8, a seguir apresenta, de forma resumida, os principais atributos da


UTP4 Itacorubi referentes ao meio físico e aos serviços de saneamento e suas
problemáticas relações com a urbanização. Os problemas ambientais decorrentes
da urbanização e adensamento acima da capacidade de suporte do meio físico,
aliados a precariedade da infraestrutura de saneamento são tais nesta UTP, que o
executivo municipal encaminhou à Câmara Municipal proposta de dispositivo legal
para declaração de moratória nas construções desta região.

Um maior detalhamento desta relação encontra-se no Apêndice D – Matrizes:


Ocupação Urbana x Serviços de Saneamento.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 152


OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO - UTP4 ITACORUBI

MEIO FÍSICO ESGOTAMENTO


DRENAGEM SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS
90,43% DA POPULAÇÃO É ATENDIDA PELOS SERVIÇOS.
APESAR DA UTP 4 ITACORUBI ESTAR QUANTO A QUALIDADE É CONSIDERADA COMO NÍVEL 1 - QUANTO AO SIF, DADOS
O MANGUEZAL DO ITACORUBI SE TORNOU UM DENTRO DA ÁREA DE INFLUENCIA DO HISTÓRICOS DAS ANÁLISES EFETUADAS PARA MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA
PROBLEMA PARA A REGIÃO DEVIDO A NECESSIDADE SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DISTRIBUÍDA CONFIRMAM QUE SISTEMATICAMENTE PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DE
CONSTANTE DE TRABALHOS DE DE FLORIANÓPOLIS INSULAR, É A ÚNICA COR, TURBIDEZ E ALUMÍNIO APRESENTAM VALORES SUPERIORES AOS PADRÕES EXIGIDOS
DESASSOREAMENTO E O IMPEDIMENTO DEVIDO A NÃO ATENDIDA AINDA POR ESTA PELA LEGISLAÇÃO VIGENTE (PORTARIA MS 518/2004). RECENTEMENTE, INCLUSIVE, A
LEGISLÇÃO VIGENTE. ESTA SITUAÇÃO TORNA TODA INFRAESTRUTURA. ISSO TEM LEVADO PRÓPRIA CASAN NOTIFICOU EM SUAS FATURAS DE ÁGUA A PRESENÇA DE COLIFORMES NA COLETA CONVENCIONAL
A REGIÃO VULNERAVEL A ENCHENTES E AO LANÇAMENTO DE ESGOTOS ÁGUA DISTRIBUÍDA PARA A POPULAÇÃO EM ALGUNS PONTOS DO SIF. C/ATENDIMENTO 98%; COLETA
INUNUNDAÇÕES. ATUALMENTE ENCONTRA-SE EM BRUTOS, SEM TRATAMENTO SELETIVA UMA VEZ POR SEMANA; A
DISCUSSÃO UM EIA/RIMA SOBRE A NECESSIDADE DE ADEQUADO, DIRETAMENTE NOS DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS
CORPOS DE ÁGUA DA REGIÃO OU NAS AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE
SE LIBERAR O DESSOREAMENTO DA BACIA SÓLIDOS DA COLETA CONVENCIONAL É
GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS, CUJO ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES DESTA
HIDROGRAFICA. O MESMO PARA TODO O MUNICÍPIO -
DESTINO FINAL SÃO AS ÁGUAS DA BAIA IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. ATERRO SANITÁRIO LOCALIZADO NO
LOTEAMENTOS COMO SANTA MÔNICA, PARQUE SÃO NORTE. OCUPAÇÕES EM LUGARES NÃO RECOMENDADOS, COMO AS ENCOSTAS DO MMC MUNICÍPIO VIZINHO DE BIGUAÇÚ.
JORGE E JARDIM ANCHIETA ESTÃO SITUADOS EM
AS AIS LOCALIZADAS NESTA UTP COMPROMETEM A QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE ÁGUA (EXECUÇÃO DE MANUTENÇÕES DE COMPLICAÇÕES GERADAS PELO
COTAS MUITO BAIXAS, DESTA FORMA NÃO EXISTE
COMPROMENTEM AINDA MAIS A REDE, SUJEITO A CONTAMINAÇÕES DA ÁGUA).
SOLUÇÕES DE DRENAGEM PARA ESTES CASOS. ADENSAMENTO E OCUPAÇÕES
OCUPAÇÃO URBANA ENCHENTES EM CHUVAS DE MÉDIO E GRANDE QUALIDADE AMBIENTAL DE TODA A NAS DEMAIS REGIÕES HÁ FALTA DE ESPAÇO ADEQUADO PARA A REALIZAÇÃO DE OBRAS E IRREGULARESÇ
CONSOLIDADA; PORTE SERÃO CONSTANTES. BACIA DO RIO ITACORUBI COM O MANUTENÇÃO DE REDE DE ÁGUA, PRINCIPALMENTE NA REGIÃO CENTRAL. A
LANÇAMENTO DE ESGOTO BRUTO NA VERTICALIZAÇÃO E ADENSAMENTO POPULACIONAL EM ALGUNS PONTOS DO SISTEMA
PROBLEMAS A OCUPAÇÃO NESTA UTP DEVERIA TER SIDO MAIS DRENAGEM. O ADENSAMENTO DESTAS
RELACIONADOS A ILHAS PROVOCARAM DEFICIÊNCIA NO ABASTECIMENTO PELA OCORRÊNCIA DE REDES
RESTRITIVA, ENTRETANTO, DEVIDO A FORTE ÁREAS COM OCUPAÇÕES
DE CALOR NAS ÁREAS ATUALMENTE SUBDIMENSIONADAS.
PRESSÃO IMOBILIARIA HOJE É UMA REGIÃO IRREGULARES, E EM ÁREAS DE RISCO,
DENSAMENTE OCUPADAS DENSAMENTE OCUPADA. AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADO APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE
DIFICULTAM A IMPLANTAÇÃO DOS
POR EDIFÍCIOS; ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES DESTA
SERVIÇOS DE ESGOTO.
PROBLEMAS DE IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA.
MOVIMENTO DE MASSA
NAS ENCOSTAS DE A PRECARIEDADE DA INFRA-
MORROS OCUPADOS DE A PREFEITURA ATUALMENTE TENTA IMPEDIR A ESTRUTURA DE ESGOTO É TAL NESTA A ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA NÃO TEM OCORRIDO PARALELAMENTE AO CRESCIMENTO
URBANO DO SIF, O QUE COMPROMETE O SISTEMA COM RELAÇÃO À CAPACIDADE DE NESTA UTP É CRESCENTE A
FORMA IRREGULAR; CONSTRUÇÃO DE NOVAS EDIFICAÇÕES NA UTP. UTP, QUE O EXECUTIVO MUNICIPAL
TRATAMENTO DA ETA, MACRODISTRIBUIÇÃO E RESERVAÇÃO, PRINCIPALMENTE. VERTICALIZAÇÃO, E
ÁREAS DE RISCO ESTA ATITUDE É IMPORTANTE, POIS O AUMENTO DA ENCAMINHOU À CÂMARA MUNICIPAL
CONSEQUENTEMENTE O AUMENTO DA
ÁREA IMPERMEABILIZADA DO SOLO SOBRECARREGA PROPOSTA DE DISPOSITIVO LEGAL OS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA SÃO POUCO AFETADOS PELA POPULAÇÃO
GEOLÓGICO/GEOMORFOL PRODUÇÃO DE RESÍDUOS.
AINDA MAIS UM SISTEMA JÁ SATURADO PARA DECLARAÇÃO DE MORATÓRIA FLUTUANTE NO SIF.
ÓGICO ASSOCIADO A
CONSTRUÇÕES NAS CONSTRUÇÕES DESTA REGIÃO.
INADEQUADAS EM ÁREAS NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS DOS
DE ENCOSTAS E CANAIS MANANCIAIS ATUALMENTE UTILIZADOS P/O ABASTECIMENTO DE ÁGUA; CONTROLE DA
DE DRENAGEM OCUPAÇÃO E EXPANSÃO URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS MANANCIAIS UTILIZADOS P/
ABASTECIMENTO; PROGRAMAS P/USO RACIONAL DE ÁGUA INCENTIVO AO USO DE FONTES
NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR
ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA, REUSO DE ÁGUA, ...) ; IMPEDIR A NECESSIDADES ATUAIS: MELHORIA DE
NECESSIDADES ATUAIS: IMPEDIR QUE NOVAS REDE COLETORA DE ESGOTO NA ÁREA
OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS TAXAS DE OCUPAÇÃO NOS ACESSIBILIDADE PARA COLETA,
OBRAS NA REGIÃO DESCONSIDEREM AS CARENCIAS ABRANGIDA POR ESTA UTP.
BALNEÁRIOS; AMPLIAÇÃO DA ETA P/VAZÃO DE TRATAMENTO DE 3.000 L/S; IMPLANTAÇÃO DA MODERAÇÃO DO ADENSAMENTO E
DE DRENAGEM DESTA UTP APROVAÇÃO DO PLANO DIRETOR
MACROADUTORA DN 1200 MM JUNTO A BR 101; IMPLANTAÇÃO DA MACROADUÇÃO, DESDE A EXPANSÃO DE COLETA SELETIVA
PARTICIPATIVO.
BR101 ATÉ BAIRRO JOÃO PAULO, PASSANDO POR UMA DAS PONTES; PLANO DE
CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA P/O ABASTECIMENTO DA ILHA; IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA
DE CONTROLE OPERACIONAL; PROGRAMAS DE CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS;
COMPLEMENTAÇÃO DA RESERVAÇÃO; SUBSTITUIÇÃO DE REDES ANTIGAS.
NECESSIDADES FUTURAS:
IMPLEMENTAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO
NECESSIDADES FUTURAS: LIMITAR E PARA IMPEDIR A OCUPAÇÃO
NECESSIDADES FUTURAS: PLANEJAMENTO GLOBAL FISCALIZAR O CRESCIMENTO URBANO NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE IRREGULAR, CRIAÇÃO DE ACESSO
PARA O SISTEMA DE DRENAGEM DESTA UTP JUNTO AS ENCOSTAS DOS MORROS E ÁGUA DO MUNICÍPIO INCLUSIVE CONSIDERANDO AS DEMAIS REGIÕES CONURBADAS. FORA DE PADRÃO, E MODERAÇÃO NO
MANGUES EXISTENTES NA REGIÃO. ADENSAMENTO, JÁ QUE O GRANDE
PROBLEMA NÃO É A COLETA, MAS A
DESTINAÇÃO FINAL DO RESÍDUO.

Quadro 8: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP4).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 153 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
2.2.5.1.3 A Ocupação Urbana e a Relação com o Saneamento no Sub-Distrito
Saco dos Limões

O Saco dos Limões é um dos mais tradicionais e antigos Bairros de Florianópolis.


Politicamente, também está classificado como um Sub-Distrito da Sede do
Município, estando inserido nas UTP 1 e 20. O bairro consiste em uma planície
costeira banhada por uma enseada, denominada de Baía Sul. Está cercado pelos
Maciços do Morro da Cruz e da Costeira.

Seu traçado urbano caracteriza-se por basicamente uma rua principal, a partir da
qual saem ruas secundárias, em "espinha de peixe", apresentando o avanço da
ocupação sobre as encostas, como nas demais regiões que contornam o Maciço do
Morro da Cruz. A população a partir das partes mais baixas foi se instalando
progressivamente ao longo dos anos por toda a encosta, em sucessivas
ocupações, de forma que residentes advindos de migrações mais recentes,
principalmente do interior de Santa Catarina, predominam nas partes altas.

Na Costeira, uma população de 1.916 habitantes (2004) localiza-se no Maciço da


Costeira do Pirajubaé em assentamentos de interesse social denominados ZEIS
da Costeira I, Costeira II e Costeira III. (FOTOS 28 e 29 ).

Foto 28: Vista do alto do Heliponto para a Baía Sul, com o Bairro Saco dos Limões.
Fonte: Arquivo Rosane Buzatto (2008).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 154


Foto 29: AIS do Maciço
da Costeira.
Fonte: Arquivo Rosane
Buzatto (2008).

O Quadro 9 a seguir apresenta, de forma resumida, os principais atributos da


UTP20 Costeira e referentes ao meio físico e aos serviços de saneamento e suas
relações com a urbanização, onde o crescimento urbano não é recomendado na
região do Maciço da Costeira pelas dificuldades de implantação da rede coletora de
esgotos (altas declividades e solo rochoso). O processo de ocupação urbana em
lugares impróprios, como as encostas, além de colocar em risco a vida e as
propriedades, compromete a qualidade dos serviços de água (execução de
manutenções de rede, sujeito a contaminações da água), a qualidade dos serviços
de drenagem; dificultam a execução dos serviços de coleta dos resíduos sólidos,
pois não possibilitam o acesso dos veículos convencionais.

Um maior detalhamento desta relação encontra-se no Apêndice D – Matrizes:


Ocupação Urbana x Serviços de Saneamento que traz as Matrizes dos atributos
da ocupação urbana, meio físico, drenagem, esgotamento sanitário, abastecimento
de água e resíduos sólidos.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 155


OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP20

MEIO FÍSICO ESGOTAMENTO


DRENAGEM SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS
90,43% DA POPULAÇÃO É ATENDIDA PELOS SERVIÇOS.
PARQUE MUNICIPAL DO
72% DA POPULAÇÃO ATENDIDA. QUANTO A QUALIDADE É CONSIDERADA COMO NÍVEL 1. QUANTO AO SIF, DADOS
MACIÇO DA COSTEIRA: LEI HISTÓRICOS DAS ANÁLISES EFETUADAS PARA MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA
MUN.4605/95 DEC. 154/95; OS PRINCIPAIS PROBLEMAS SÃO O SISTEMAS: SES FLORIANÓPOLIS INSULAR; DISTRIBUÍDA CONFIRMAM QUE SISTEMATICAMENTE PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DE
ÁREA: 1453,3 HA (DIVIDIDO ROLAMENTO DE PEDRAS AO LONGO E RECENTEMENTE A IMPLANTAÇÃO DO COLETA CONVENCIONAL CERCA DE 98% E
COR, TURBIDEZ E ALUMÍNIO APRESENTAM VALORES SUPERIORES AOS PADRÕES EXIGIDOS COLETA SELETIVA UMA VEZ POR SEMANA.;
COM OUTRAS 3 UTP’S). DOS CANAIS QUE OBRIGA UM CUIDADO SES DA COSTEIRA DO PIRAJUBAÉ QUE
PELA LEGISLAÇÃO VIGENTE (PORTARIA MS 518/2004). RECENTEMENTE, INCLUSIVE, A
MAIOR COM SUA MANUTENÇÃO E ELIMINOU BOA PARTE DOS ESGOTOS PRÓPRIA CASAN NOTIFICOU EM SUAS FATURAS DE ÁGUA A PRESENÇA DE COLIFORMES NA
ENCOSTAS: LEIS 2193/85 E BRUTOS QUE ERAM ANTES LANÇADOS NAS
LIMPEZA. ÁGUA DISTRIBUÍDA PARA A POPULAÇÃO EM ALGUNS PONTOS DO SIF.
1851/82. PROTEGE TODAS ÁGUAS DA BAIA SUL.
AS ENCOSTAS COM O CRESCIMENTO DAS AIS AUMENTAM A SIF + PEQUENOS SISTEMAS COMO REFORÇO , ONDE EM ÉPOCAS DE ESTIAGEM AS VAZÕES
QUANTIDADE DE ESGOTOS E RESIDUOS SÃO INSIGNIFICANTES.
DECLIVIDADE IGUAL OU
SOLIDOS LANÇADOS INDEVIDAMENTE
SUPERIOR A 25°, OU 46,6%, NOS CANAIS DE DRENAGEM
RECOBERTAS OU NÃO POR COMPROMETENDO SUA QUALIDADE
VEGETAÇÃO, O SISTEMA AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE
AMBIENTAL. AS REGIÕES DE ALTO E A DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS
HIDROGRÁFICO QUE ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES DESTA
MUITO ALTO RISCO DO MACIÇO DA SÓLIDOS DA COLETA CONVENCIONAL É O
IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA.
FORMA AS PRINCIPAIS COSTEIRA NÃO DEVEM SER OCUPADAS MESMO PARA TODO O MUNICÍPIO - ATERRO
DEVIDO AO RISCO DE DESABAMENTO OCUPAÇÕES EM LUGARES NÃO RECOMENDADOS, COMO AS ENCOSTAS DO MMC
BACIAS DE CAPTAÇÃO DE SANITÁRIO LOCALIZADO NO MUNICÍPIO
PROVOCADO POR CHUVAS DE MÉDIO E COMPROMETEM A QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE ÁGUA (EXECUÇÃO DE MANUTENÇÕES DE
ÁGUA POTÁVEL, A O CRESCIMENTO URBANO NESTA UTP NA REDE, SUJEITO A CONTAMINAÇÕES DA ÁGUA). VIZINHO DE BIGUAÇÚ.
PAISAGEM NATURAL E A GRANDE PORTE. REGIÃO DO MACIÇO DA COSTEIRA NÃO É O CRESCIMENTO DA OCUPAÇÃO NA
A URBANIZAÇÃO RESULTOU NA FALTA NAS DEMAIS REGIÕES HÁ FALTA DE ESPAÇO ADEQUADO PARA A REALIZAÇÃO DE OBRAS E
FAUNA . RECOMENDADO PELAS DIFICULDADES DE MANUTENÇÃO DE REDE DE ÁGUA, PRINCIPALMENTE NA REGIÃO CENTRAL. A ENCOSTA DO MORRO É O PRINCIPAL
DE ESPAÇO PARA MANUTENÇÃO DOS IMPLANTAÇÃO DA REDE COLETORA (ALTAS PROBLEMA DA COLETA
OCUPAÇÃO URBANA VERTICALIZAÇÃO E ADENSAMENTO POPULACIONAL EM ALGUNS PONTOS DO SISTEMA
CANAIS. DECLIVIDADES E SOLO ROCHOSO. O CRESCIMENTO DAS OCUPAÇÒES
CONSOLIDADA, PROVOCARAM DEFICIÊNCIA NO ABASTECIMENTO PELA OCORRÊNCIA DE REDES
O CRESCIMENTO URBANO NESTA UTP O CRESCIMENTO DAS AIS COMPROMETE A IRREGULARES COMPROMETE TODA A
SOBRETUDO NAS ATUALMENTE SUBDIMENSIONADAS.
NA REGIÃO DO MACIÇO DA COSTEIRA BALNEABILIDADE DA BAÍA NORTE COM O CIDADE, POIS A DIFICULDADE DE COLETA
ENCOSTAS, COM NÃO É RECOMENDADO POIS A AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADO APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE
LANÇAMENTO DE ESGOTO BRUTO EM NESTAS ÁREAS OCASIONA A COLOCAÇÃO
CRESCIMENTO DE IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES DESTA
SUAS ÁGUAS E DIFICULTAM A IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. DE RESÍDUOS EM LOCAIS IMPROPRIOS,
PEQUENOS EDIFÍCIOS NA AUMENTA O ESCOAMENTO IMPLANTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESGOTO PROVOCANDO PROBLEMAS NA
BAIXA ENCOSTA. SUPERFICIAL E POR CONSEQUENCIA DRENAGEM, INSTABILIDADE DE ENCOSTAS
PROBLEMAS DE DISTO A QUANTIDADE DE ÁGUA A SER E PROBLEMAS RELACIONADOS A SAÚDE
MOVIMENTO DE MASSA NAS DRENADA EM SUAS REGIÕES MAIS A ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA NÃO TEM OCORRIDO PARALELAMENTE AO CRESCIMENTO PÚBLICA COMO UM TODO.
ENCOSTAS DE MORROS BAIXAS. URBANO DO SIF, O QUE COMPROMETE O SISTEMA COM RELAÇÃO À CAPACIDADE DE
OCUPADOS DE FORMA TRATAMENTO DA ETA, MACRODISTRIBUIÇÃO E RESERVAÇÃO, PRINCIPALMENTE.
IRREGULAR. ÁREAS DE OS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA SÃO POUCO AFETADOS PELA POPULAÇÃO
RISCO FLUTUANTE NO SIF.
GEOLÓGICO/GEOMORFOLÓ NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS DOS
GICO ASSOCIADO A MANANCIAIS ATUALMENTE UTILIZADOS P/O ABASTECIMENTO DE ÁGUA; CONTROLE DA
CONSTRUÇÕES OCUPAÇÃO E EXPANSÃO URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS MANANCIAIS UTILIZADOS P/
INADEQUADAS EM ÁREAS ABASTECIMENTO; PROGRAMAS P/USO RACIONAL DE ÁGUA INCENTIVO AO USO DE FONTES
NECESSIDADES ATUAIS: IMPEDIR QUE ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA, REUSO DE ÁGUA, ...) ; IMPEDIR A NECESSIDADES ATUAIS: MELHORIA DE
DE ENCOSTAS E AO LONGO NECESSIDADES ATUAIS: CONCLUIR A
NOVAS OBRAS NA REGIÃO OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS TAXAS DE OCUPAÇÃO NOS ACESSIBILIDADE PARA COLETA,
CANAIS DE DRENAGEM. DESCONSIDEREM AS CARENCIAS DE
IMPLANTAÇÃO DA REDE COLETORA NA
BALNEÁRIOS; AMPLIAÇÃO DA ETA P/VAZÃO DE TRATAMENTO DE 3.000 L/S; IMPLANTAÇÃO DA MODERAÇÃO DO ADENSAMENTO E
AQUÍFERO ILHA. ÁREA REGIÃO.
DRENAGEM DESTA UTP MACROADUTORA DN 1200 MM JUNTO A BR 101; IMPLANTAÇÃO DA MACROADUÇÃO, DESDE A EXPANSÃO DE COLETA SELETIVA
DENSAMENTE OCUPADA BR101 ATÉ BAIRRO JOÃO PAULO, PASSANDO POR UMA DAS PONTES; PLANO DE
APRESENTA DIFICULDADE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA P/O ABASTECIMENTO DA ILHA; IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA
TÉCNICA E NATURAL EM DE CONTROLE OPERACIONAL; PROGRAMAS DE CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS;
UTILIZAÇÃO DO AQÜÍFERO. COMPLEMENTAÇÃO DA RESERVAÇÃO; SUBSTITUIÇÃO DE REDES ANTIGAS.
NA BACIA OS MACIÇOS TEM NECESSIDADES FUTURAS:
POSSIBILIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO PARA
EXTRAÇÃO JUNTO A NECESSIDADES FUTURAS: NECESSIDADES FUTURAS: LIMITAR O
NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE
IMPEDIR A OCUPAÇÃO IRREGULAR,
FRATURAMENTO DAS PLANEJAMENTO GLOBAL; PARA O CRESCIMENTO JUNTO AS ENCOSTAS DOS CRIAÇÃO DE ACESSO FORA DE PADRÃO, E
ÁGUA DO MUNICÍPIO INCLUSIVE CONSIDERANDO AS DEMAIS REGIÕES CONURBADAS.
ROCHAS PARA SISTEMA DE DRENAGEM DESTA UTP MORROS EXISTENTES NA REGIÃO. MODERAÇÃO NO ADENSAMENTO, JÁ QUE O
ABASTECIMENTO LOCAL. GRANDE PROBLEMA NÃO É A COLETA, MAS
A DESTINAÇÃO FINAL DO RESÍDUO.

Quadro 8: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP4).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 156 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
2.2.5.1.4 A Ocupação Urbana e a Relação com o Saneamento no Sub-Distrito
Estreito (UTP2 - Estreito e UTP3 – Coqueiros)

O povoamento do Sub-distrito Estreito (UTP2 - Estreito e UTP3 – Coqueiros), na


parte continental do Distrito Sede, se deu de forma paralela à expansão do
povoamento da Ilha, sendo que os colonos se instalaram, a princípio, nas margens
do caminho para a Freguesia de São José. Esta ocupação da parte continental teve
início na porção mais ao Norte, desenvolvendo-se e se expandindo a partir do
Estreito para as áreas adjacentes, entre estas, a região de Coqueiros. Já o Bairro
de Itaguaçu se originou através da expansão do Bairro de Coqueiros, ocupando o
balneário homônimo.

Na década de 40 a maioria da população da parte continental residia no Bairro


Estreito. O cotidiano de balneário de lazer tranqüilo, associado às atividades
pesqueiras artesanais, com a presença de ranchos de pescadores e trapiches à
beira-mar nas praias da região, fator que começou a ser alterado já nas décadas de
1960 e 1970, com a construção do residencial Jardim Itaguaçú, do Condomínio
Argus (em Coqueiros) e com o asfaltamento da Avenida Desembargador Pedro
Silva.

O processo de urbanização se intensificou a partir de década de 1970,


transformando as características originais do lugar. Os Bairros de Coqueiros e
Itaguaçu, entre outros, se tornaram áreas residenciais nobres, sendo a construção
de condomínios unifamiliares e multifamiliares o principal processo de ocupação
implantado e que reflete a paisagem atual destes bairros. (FOTO 30).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 157


Foto 30: Bairro Coqueiros (1975) onde
se observa o início da alteração das
características de ocupação.
Fonte:
http://www.ufsc.br/~esilva/Albuma02.htm.

Segundo estudos de BOPPRÉ (2003), no final dos anos 90 e início do século XXI,
Florianópolis passa a assistir à verticalização de bairros tradicionalmente
residenciais, entre eles Bairro de Fátima, Estreito, Balneário e Canto.

Foto 31: À esquerda, o continente e os Bairros de Bom Abrigo, Coqueiros, Itaguaçu e adjacentes e,
acima à direita, as pontes.
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bom_Abrigo,_Coqueiros,_Estreito,_Itagua%C3%A7u_e_p
ontes.jpg.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 158


A demanda por terrenos gerou um aquecimento no mercado imobiliário, cujas
conseqüências foram o aumento do número de pavimentos e o deslocamento da
verticalização para zonas mais periféricas do centro tradicional, isto é, para Bairros
da Capital e municípios vizinhos, a exemplo do Bairro Kobrasol em São José.

Atualmente, encontra-se em construção a Beira Mar Continental - Via Marginal da


Principal Coletora 1 - PC1, no trecho Ponte Hercílio Luz - Ponta do Leal (via
expressa Beira Mar Continental. A obra teve seu início em 2004 e sua implantação
prevê um primeiro trecho, com a construção de duas pistas asfaltadas de duplo
sentido, numa extensão de 1, 60 km e 11,40m de largura, ligando a Ponte Colombo
Salles à Rua Machado de Assis. Em única direção e com duas pistas, o outro
trecho unirá a Rua Machado de Assis à Ponta do Leal, com 2, 40 km de extensão e
igualmente 11,40 m de largura. As melhorias implicam também na construção de
1.000,00m de acesso às vias perpendiculares na região. Outra projeção prevista é
uma ciclovia de 2.000,00m de extensão e com largura de 2,80m. Além disso,
haverá cerca de 10.200,00m2 de áreas destinadas a estacionamentos públicos em
diversos pontos do Estreito. (FOTO 32).

Foto 32: Aterro da Beira-Mar Continental - Sep 2, 2006.


Fonte: http://www.xtimeline.com/timeline/aterros-florianopolis/aterro-beira-mar-continental

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 159


A Avenida Beira-Mar Continental destina-se a ligar a Capital à BR-101, nos dois
sentidos, e assim desafogar a saída da cidade para esse grande corredor federal,
bem como para a BR-282. Com a construção da avenida contornando a orla,
haverá também a revitalização do Estreito. Este bairro, antes área de notável
dinamismo, perdeu sua importância relativa com o processo de expansão da
ocupação do espaço urbano em direção a outras áreas da região da Grande
Florianópolis. Agora, com a Beira-Mar Continental, estima-se que o Estreito poderá
incrementar as suas atividades comerciais e imobiliárias. (FIG.36).

Figura 36: Vista aérea da Avenida Beira-Mar Continental em implantação.


Fonte: Adaptação do Levantamento
Aerofotogramétrico 2007 PMF

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 160


Pode-se observar nos Quadros 9 e 10 a seguir apresentam, de forma resumida, os
principais atributos da UTP2 Estreito e UTP3 Coqueiros referentes ao meio físico e
aos serviços de saneamento e suas relações com a urbanização. (Maior
detalhamento no APËNDICE D).

Ressalta-se a existência de Áreas de Interesse Social neste Sub-distrito. As AIS na


UTP2: apresentam-se consolidadas, e são as a seguir: CCI; Jardim Ilha Continente;
Monte Cristo; Morro da Caixa II; Nossa Sra. Do Rosário; PC3; Ponta do Leal; Santa
Terezinha.

As AIS localizadas UTP3 Coqueiros, também com ocupação consolidada, são:


Arranha Céu; Chico Mendes; MacLaren; Morro da Caixa I; Morro do Flamengo;
Nossa Sra. Da Glória; Nova Esperança; Nova Jerusalém; Novo Horizonte; Santa
Terezinha II; Vila Aparecida I e Vila Aparecida II.

Estas ocupações de interesse social tem dificultado a implantação da infraestrutura


de saneamento (água, esgoto, resíduos, drenagem), exigindo soluções especiais
para o seu equacionamento. Comprometem diretamente a rede de drenagem
através da contaminação da água por efluentes de esgoto doméstico bruto
lançados indevidamente nas galerias pluviais existentes, e na falta destes, em
canais a céu aberto, que tem como destino final as águas das Baías Norte e Sul.

As demais áreas da UTP2 Estreito, que encontra-se já quase que totalmente


urbanizada, possui uma excelente cobertura em esgoto (99%). A presença de
esgoto bruto nas tubulações e nos canais de drenagem que deságuam na Baía
Norte indicam a forte presença de ligações irregulares de esgoto na região. Já a
cobertura em esgotos na UTP3 Coqueiros é inferior (52%). O déficit de atendimento
está concentrado nos Bairros Abraão e Capoeiras. Também, existem imóveis, que
mesmo pagando tarifa de esgoto, não interligam os seus esgotos à rede coletora
pública. São imóveis cujas soleiras estão situadas em cotas inferiores à da rede
coletora. A solução dos problemas ocasionados pela urbanização sobre os
sistemas de saneamento indicam a necessidade de elaborarem-se estudos para a
determinação das densidades apropriadas para ocupações urbanas futuras (Plano
Diretor Participativo) de forma a verificar a capacidade das instalações existentes e

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 161


a real necessidade de redimensionar os projetos de esgoto para a região. A
ampliação da capacidade da ETE Potecas deverá ser precidida de estudos para
definir a alternativa de coletar os esgotos de todo o Município de São José e o seu
encaminhamento para esta unidade de tratamento.

Quanto aos resíduos sólidos, a coleta convencional abrange cerca de 98% da


população das UTP Estreito e Coqueiros e a coleta seletiva acontece uma vez por
semana. Já na área central do Estreito, por ser comercial, apresenta crescimento
de material potencialmente reciclável. Nas UTP2 e UTP3 é crescente a
verticalização e, consequentemente, o aumento da produção de resíduos,
necessitando uma maior fiscalização para impedir a ocupação irregular, criação de
acessos fora de padrão e moderação no adensamento, já que o grande problema
não é a coleta, mas a destinação final dos resíduos.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 162


OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP2 ESTREITO

MEIO FÍSICO
DRENAGEM ESGOTAMENTO SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS
90,43% DA POPULAÇÃO É ATENDIDA PELOS SERVIÇOS.
QUANTO A QUALIDADE É CONSIDERADA COMO NÍVEL 1 - QUANTO AO SIF, DADOS HISTÓRICOS DAS
ANÁLISES EFETUADAS PARA MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA DISTRIBUÍDA CONFIRMAM
99% E COBERTURA; SISTEMA:SES DE FLORIANÓPOLIS CONTINENTE;
DESTINO: RIO FORQUILHA, AFLUENTE DO RIO IMARUI, QUE DESÁGUA QUE SISTEMATICAMENTE PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DE COR, TURBIDEZ E ALUMÍNIO
APRESENTAM VALORES SUPERIORES AOS PADRÕES EXIGIDOS PELA LEGISLAÇÃO VIGENTE
NAS ÁGUAS DA BAÍA SUL.
(PORTARIA MS 518/2004). RECENTEMENTE, INCLUSIVE, A PRÓPRIA CASAN NOTIFICOU EM SUAS
ESTA UTP FOI BEM ATENDIDA PELO FATURAS DE ÁGUA A PRESENÇA DE COLIFORMES NA ÁGUA DISTRIBUÍDA PARA A POPULAÇÃO EM
PLANO GLOBAL DE DRENAGEM E ALGUNS PONTOS DO SIF. COLETA CONVENCIONAL CERCA DE 98%
NÃO APRESENTA GRANDES E COLETA SELETIVA UMA VEZ POR
PROBLEMAS RELACIONADOS A SEMANAÇ
DRENAGEM. PODE-SE DESTACAR O A DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS
LANÇAMENTO DE ESGOTOS AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO SÓLIDOS DA COLETA CONVENCIONAL É
DOMÉSTICOS NOS CANAIS COMO UM DO SISTEMA DE ESGOTOS SANITARIOS DE FLORIANÓPOLIS AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE
O MESMO PARA TODO O MUNICÍPIO -
PROBLEMA A SER SANADO JÁ QUE A CONTINENTE, ESTE ULTIMO CONSTRUIDO COM BASE EM UM PROJETO ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES DESTA
ESTA UTP FOI BEM ATERRO SANITÁRIO LOCALIZADO NO
ATENDIDA PELO REGIÃO CONTA COM UMA REDE DE ELABORADO NO ANO EM 1979 COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA.
MUNICÍPIO VIZINHO DE BIGUAÇÚ. JÁ A
PLANO GLOBAL DE COLETA DE ESGOTOS.; INSTALAÇÕES EXISTENTES DESSA IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. OCUPAÇÕES EM LUGARES NÃO RECOMENDADOS, COMO AS ENCOSTAS DO MMC COMPROMETEM A COLETA SELETIVA REALIZADA
DRENAGEM E NÃO FALTA DE ESPAÇO DE MANTUENÇÃO ALÉM DISTO, A AGREGAÇÃO DE NOVAS ÁREAS DO MUNICÍPIO DE SÃO QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE ÁGUA (EXECUÇÃO DE MANUTENÇÕES DE REDE, SUJEITO A SELECIONADA PELA ARESP
APRESENTA GRANDES PARA OS CANAIS. NA REGIÃO DA JOSÉ, NÃO PREVISTAS NO PROJETO ORIGINAL, ESTÃO CONTRIBUINDO CONTAMINAÇÕES DA ÁGUA).
NESTA UTP É CRESCENTE A
PROBLEMAS COLONINHA EXISTE UMA ÁREA PARA A ACELERAÇÃO DA SATURAÇÃO DA CAPACIDADE DO COMPLEXO NAS DEMAIS REGIÕES HÁ FALTA DE ESPAÇO ADEQUADO PARA A REALIZAÇÃO DE OBRAS E VERTICALIZAÇÃO, E
RELACIONADOS A TOTALMENTE URBANIZADA QUE NÃO DE TRATAMENTO (ETE POTECAS).; MANUTENÇÃO DE REDE DE ÁGUA, PRINCIPALMENTE NA REGIÃO CENTRAL. A VERTICALIZAÇÃO E CONSEQUENTEMENTE O AUMENTO DA
DRENAGEM. PODE-SE PERMITE ESPAÇO PARA AS AIS EXISTENTES NA UTP SÃO ATENDIDAS COM SERVIÇOS DE ADENSAMENTO POPULACIONAL EM ALGUNS PONTOS DO SISTEMA PROVOCARAM DEFICIÊNCIA NO PRODUÇÃO DE RESÍDUOS.Ç
DESTACAR O CONSTRUÇÃO DO CANAL. ESGOTO, ENTRETANTO SEU CRESCIMENTO DE FORMA DESORDENADA, ABASTECIMENTO PELA OCORRÊNCIA DE REDES ATUALMENTE SUBDIMENSIONADAS.
A ÁREA CENTRAL DO ESTREITO POR
LANÇAMENTO DE COMPROMETE A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO, COM O AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADO APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE SER COMERCIAL APRESENTA
ESGOTOS LANÇAMENTO DE ESGOTOS BRUTOS NAS GALERIAS PLUVIAIS ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES DESTA CRESCIMENTO DE MATERIAL
DOMÉSTICOS NOS EXISTENTES, E NA FALTA DESTES, EM CANAIS A CÉU ABERTO, QUE TEM IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. POTENCIALMENTE RECICLAVEL,
CANAIS COMO UM COMO DESTINO FINAL AS ÁGUAS DAS BAÍAS.
CONTUDO O CRESCIMENTO
PROBLEMA A SER
DESORDENADO EM VARIAS ÁREAS
SANADO JÁ QUE A
COMPROMETE A COLETA
REGIÃO CONTA COM
UMA REDE DE COLETA ESTE UTP JÁ SE ENCONTRA
DE ESGOTOS.; TOTALMENTE URBANIZADA, OS A ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA NÃO TEM OCORRIDO PARALELAMENTE AO CRESCIMENTO URBANO
PROBLEMAS RELACIONADOS AO A PRESENÇA DE ESGOTO BRUTO NAS TUBULAÇÕES E NOS CANAIS DE DO SIF, O QUE COMPROMETE O SISTEMA COM RELAÇÃO À CAPACIDADE DE TRATAMENTO DA ETA,
FALTA DE ESPAÇO DE
CRESCIMENTO URBANO SÃO O DRENAGEM QUE DESÁGUAM NA BAÍAS NORTE INDICAM A FORTE MACRODISTRIBUIÇÃO E RESERVAÇÃO, PRINCIPALMENTE.
MANTUENÇÃO PARA
AUMENTO DO NÚMERO DE PESSOAS PRESENÇA DE LIGAÇÕES IRREGULARES DE ESGOTO NA REGIÃO. OS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA SÃO POUCO AFETADOS PELA POPULAÇÃO FLUTUANTE
OS CANAIS. NA
ATINGIDAS EM EM EVENTOS COMO NO SIF.
REGIÃO DA
COLONINHA EXISTE ENCHENTES E INUNDAÇÕES.
UMA ÁREA NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS DOS MANANCIAIS
TOTALMENTE ATUALMENTE UTILIZADOS P/O ABASTECIMENTO DE ÁGUA; CONTROLE DA OCUPAÇÃO E EXPANSÃO
URBANIZADA QUE NÃO URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS MANANCIAIS UTILIZADOS P/ ABASTECIMENTO; PROGRAMAS
PERMITE ESPAÇO NECESSIDADES ATUAIS: NA REGIÃO NECESSIDADES ATUAIS: IMPLEMENTAR PROGRAMAS DE IDENTIFICAÇÃO P/USO RACIONAL DE ÁGUA INCENTIVO AO USO DE FONTES ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE
NECESSIDADES ATUAIS; MELHORIA DE
PARA CONSTRUÇÃO DA COLONINHA EXISTE A E ELIMINAÇÃO DE LIGAÇÕES IRREGULARES DE ESGOTO. APROVAÇÃO CHUVA, REUSO DE ÁGUA, ...) ; IMPEDIR A OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS
ACESSIBILIDADE PARA COLETA,
DO CANAL; NECESSIDADE DE COSNTRUÇÃO DA DO PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO.ADOTAR SOLUÇÕES INDIVIDUAIS TAXAS DE OCUPAÇÃO NOS BALNEÁRIOS; AMPLIAÇÃO DA ETA P/VAZÃO DE TRATAMENTO DE 3.000 L/S;
MODERAÇÃO DO ADENSAMENTO E
CONTINUAÇÃO DO CANAL DO PARA OS IMÓVEIS NÃO PASSÍVEIS DE ATENDIMENTO PELAS ATUAIS IMPLANTAÇÃO DA MACROADUTORA DN 1200 MM JUNTO A BR 101; IMPLANTAÇÃO DA MACROADUÇÃO,
EXPANSÃO DE COLETA SELETIVA
JARDIM ATLANTICO. INSTALAÇÕES, ATÉ QUE SE ENCONTRE UMA SOLUÇÃO DEFINITIVA. DESDE A BR101 ATÉ BAIRRO JOÃO PAULO, PASSANDO POR UMA DAS PONTES; PLANO DE
CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA P/O ABASTECIMENTO DA ILHA; IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE
CONTROLE OPERACIONAL; PROGRAMAS DE CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS; COMPLEMENTAÇÃO
DA RESERVAÇÃO; SUBSTITUIÇÃO DE REDES ANTIGAS.
NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAR ESTUDOS PARA IDENTIFICAÇÃO
NECESSIDADES FUTURAS:
DAS DENSIDADES DE OCUPAÇÃO ATUAL E FUTURA (PLANO DIRETOR
IMPLEMENTAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO
NECESSIDADES FUTURAS: PARTICIPATIVO), DE FORMA A VERIFICAR A CAPACIDADE DAS
PARA IMPEDIR A OCUPAÇÃO
VERIFICAR INTEGRAÇÃO DOS INSTALAÇÕES EXISTENTES E DA NECESSIDADE OU NÃO DE
NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO IRREGULAR, CRIAÇÃO DE ACESSO FORA
CANAIS DE DRENAGEM COM O REDIMENSIONAR OS PROJETOS DE ESGOTO PARA A REGIÃO. A
MUNICÍPIO INCLUSIVE CONSIDERANDO AS DEMAIS REGIÕES CONURBADAS. DE PADRÃO, E MODERAÇÃO NO
ATERRO CONTINENTAL EM FASE DE AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE DA ETE POTECAS DEVERÁ SER PRECIDIDA
ADENSAMENTO, JÁ QUE O GRANDE
CONCLUSÃO. DE ESTUDOS PARA DEFINIR A ALTERNATIVA DE COLETAR OS ESGOTOS
PROBLEMA NÃO É A COLETA, MAS A
DE TODO O MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ E O SEU ENCAMINHAMENTO PARA
DESTINAÇÃO FINAL DO RESÍDUO.
ESTA UNIDADE DE TRATAMENTO.

Quadro 9: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP2).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 163 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO - UTP3 COQUEIROS

MEIO
FÍSICO
DRENAGEM ESGOTAMENTO SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS
90,43% DA POPULAÇÃO É ATENDIDA PELOS SERVIÇOS.
QUANTO A QUALIDADE É CONSIDERADA COMO NÍVEL 1 - QUANTO AO SIF, DADOS HISTÓRICOS DAS
52% DE COBERTURA; SISTEMA:SES DE FLORIANÓPOLIS ANÁLISES EFETUADAS PARA MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA DISTRIBUÍDA CONFIRMAM
OS PROBLEMAS DE CONTINENTE; DESTINO: RIO FORQUILHA, AFLUENTE DO RIO IMARUI, QUE SISTEMATICAMENTE PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DE COR, TURBIDEZ E ALUMÍNIO
DRENAGEM DESTA UTP SE QUE DESÁGUA NAS ÁGUAS DA BAÍA SUL. APRESENTAM VALORES SUPERIORES AOS PADRÕES EXIGIDOS PELA LEGISLAÇÃO VIGENTE
ENCONTRAM (PORTARIA MS 518/2004). RECENTEMENTE, INCLUSIVE, A PRÓPRIA CASAN NOTIFICOU EM SUAS COLETA CONVENCIONAL CERCA
BASICAMENTO NO BAIRRO FATURAS DE ÁGUA A PRESENÇA DE COLIFORMES NA ÁGUA DISTRIBUÍDA PARA A POPULAÇÃO EM DE 98% E ACOLETA SELETIVA
CAPOEIRAS QUE NÃO É ALGUNS PONTOS DO SIF. UMA VEZ POR SEMANA;
TOTALMENTE ATENDIDO A DESTINAÇÃO FINAL DOS
PELO CANAL DO ABRAÃO. AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR EFETUADAS APÓS A RESÍDUOS SÓLIDOS DA COLETA
IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTOS SANITARIOS DE AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE
A OCUPAÇÃO URBANA ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES DESTA CONVENCIONAL É O MESMO
ENCONTRA-SE FLORIANÓPOLIS CONTINENTE, ESTE ULTIMO CONSTRUIDO C/BASE PARA TODO O MUNICÍPIO -
SEM IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA.
CONSOLIDADA NA REGIÃO, EM UM PROJETO ELABORADO NO ANO EM 1979 COMPROMETERAM A ATERRO SANITÁRIO LOCALIZADO
MANANCIAIS.
É NECESSÁRIO EVITAR CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES EXISTENTES DESSA IMPORTANTE OCUPAÇÕES EM LUGARES NÃO RECOMENDADOS, COMO AS ENCOSTAS DO MMC COMPROMETEM A NO MUNICÍPIO VIZINHO DE
AQUÍFERO ILHA,
QUE O PARCELAMENTO INFRAESTRUTURA. ALÉM DISTO, A AGREGAÇÃO DE NOVAS ÁREAS EM QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE ÁGUA (EXECUÇÃO DE MANUTENÇÕES DE REDE, SUJEITO A BIGUAÇÚ.
DENSAMENTE
DO SOLO PROPORCIONE SÃO JOSÉ, NÃO PREVISTAS NO PROJETO ORIGINAL, ESTÃO CONTAMINAÇÕES DA ÁGUA).
OCUPADO, NESTA UTP É CRESCENTE A
MAIORES ÁREAS DE CONTRIBUINDO P/A ACELERAÇÃO DA SATURAÇÃO DA CAPACIDADE NAS DEMAIS REGIÕES HÁ FALTA DE ESPAÇO ADEQUADO PARA A REALIZAÇÃO DE OBRAS E
DIFICULDADE VERTICALIZAÇÃO, E
IMPERMEABILIZAÇÃO DO DO COMPLEXO DE TRATAMENTO (ETE POTECAS). MANUTENÇÃO DE REDE DE ÁGUA, PRINCIPALMENTE NA REGIÃO CENTRAL. A VERTICALIZAÇÃO E
TÉCNICA E CONSEQUENTEMENTE O
NATURAL EM SOLO QUE AUMENTARIAM AS AIS EXISTENTES SÃO ATENDIDAS C/SERVIÇOS DE ESGOTO, ADENSAMENTO POPULACIONAL EM ALGUNS PONTOS DO SISTEMA PROVOCARAM DEFICIÊNCIA NO AUMENTO DA PRODUÇÃO DE
UTILIZAÇÃO DO A DEMANDA POR ENTRETANTO SEU CRESCIMENTO DE FORMA DESORDENADA, ABASTECIMENTO PELA OCORRÊNCIA DE REDES ATUALMENTE SUBDIMENSIONADAS. RESÍDUOS.
AQUÍFERO; SERVIÇOS DE DRENAGEM. COMPROMETE A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO, COM O AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADO APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE
LANÇAMENTO DE ESGOTOS BRUTOS NAS GALERIAS PLUVIAIS O ADENSAMENTO E
OCUPAÇÃO ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES DESTA VERTICALIZAÇÃO, BEM COMO A
EXISTENTES, E NA FALTA DESTES, EM CANAIS A CÉU ABERTO, QUE IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA.
URBANA TEM COMO DESTINO FINAL AS BAÍAS. OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE
CONSOLIDADA. ENCOSTA, CAUSARAM
PROBLEMAS MUDANÇAS NA COLETA.
RELACIONADOS O DÉFICIT DE ATENDIMENTO ESTÁ CONCENTRADO NOS BAIRROS A ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA NÃO TEM OCORRIDO PARALELAMENTE AO CRESCIMENTO URBANO
A ILHAS DE ABRAÃO E CAPOEIRAS.EXISTEM TAMBÉM IMÓVEIS, QUE MESMO DO SIF, O QUE COMPROMETE O SISTEMA COM RELAÇÃO À CAPACIDADE DE TRATAMENTO DA ETA,
CALOR NAS PAGANDO TARIFA DE ESGOTO, NÃO INTERLIGAM OS SEUS ESGOTOS MACRODISTRIBUIÇÃO E RESERVAÇÃO, PRINCIPALMENTE.
ESTE UTP JÁ SE À REDE COLETORA PÚBLICA. IMÓVEIS CUJAS SOLEIRAS ESTÃO
ÁREAS OS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA SÃO POUCO AFETADOS PELA POPULAÇÃO
ENCONTRA TOTALMENTE SITUADAS EM COTAS INFERIORES À DA REDE COLETORA NÃO ESTÃO
DENSAMENTE FLUTUANTE NO SIF.
URBANIZADA, OS SENDO TAMBÉM ATENDIDOS.
OCUPADAS POR
PROBLEMAS
EDIFÍCIOS. NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS DOS MANANCIAIS
RELACIONADOS AO
ÁREAS DE RISCO ATUALMENTE UTILIZADOS P/O ABASTECIMENTO DE ÁGUA; CONTROLE DA OCUPAÇÃO E EXPANSÃO
CRESCIMENTO URBANO
ASSOCIADO A NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR A REDE COLETORA DE ESGOTO URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS MANANCIAIS UTILIZADOS P/ ABASTECIMENTO; PROGRAMAS
SÃO O AUMENTO DO
CONSTRUÇÕES NOS BAIRROS ABRAÃO E CAPOEIRAS. IMPLEMENTAR PROGRAMAS DE P/USO RACIONAL DE ÁGUA INCENTIVO AO USO DE FONTES ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO DE ÁGUA
NÚMERO DE PESSOAS NECESSIDADES ATUAIS:
INADEQUADAS IDENTIFICAÇÃO E ELIMINAÇÃO DE LIGAÇÕES IRREGULARES DE DE CHUVA, REUSO DE ÁGUA, ...) ; IMPEDIR A OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS MELHORIA DE ACESSIBILIDADE
ATINGIDAS EM EM
EM ÁREAS DE ESGOTO. APROVAÇÃO DO PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO. ADOTAR TAXAS DE OCUPAÇÃO NOS BALNEÁRIOS; AMPLIAÇÃO DA ETA P/VAZÃO DE TRATAMENTO DE 3.000 PARA COLETA, MODERAÇÃO DO
EVENTOS COMO
ENCOSTAS E SOLUÇÕES INDIVIDUAIS PARA OS IMÓVEIS NÃO PASSÍVEIS DE L/S; IMPLANTAÇÃO DA MACROADUTORA DN 1200 MM JUNTO A BR 101; IMPLANTAÇÃO DA ADENSAMENTO E EXPANSÃO DE
ENCHENTES E
CANAIS DE ATENDIMENTO PELAS ATUAIS INSTALAÇÕES, ATÉ QUE SE ENCONTRE MACROADUÇÃO, DESDE A BR101 ATÉ BAIRRO JOÃO PAULO, PASSANDO POR UMA DAS PONTES; COLETA SELETIVA
INUNDAÇÕES.
DRENAGEM. UMA SOLUÇÃO DEFINITIVA. PLANO DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA P/O ABASTECIMENTO DA ILHA; IMPLANTAÇÃO DE
SISTEMA DE CONTROLE OPERACIONAL; PROGRAMAS DE CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS;
COMPLEMENTAÇÃO DA RESERVAÇÃO; SUBSTITUIÇÃO DE REDES ANTIGAS.
NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAR ESTUDOS PARA
IDENTIFICAÇÃO DAS DENSIDADES DE OCUPAÇÃO ATUAL E FUTURA
NECESSIDADES FUTURAS:
(PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO), DE FORMA A VERIFICAR A
MELHORIA DE ACESSIBILIDADE
CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES EXISTENTES E DA NECESSIDADE OU
NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO PARA COLETA; IMPEDIR O
NÃO DE REDIMENSIONAR OS PROJETOS DE ESGOTO PARA A REGIÃO.
MUNICÍPIO INCLUSIVE CONSIDERANDO AS DEMAIS REGIÕES CONURBADAS. ADENSAMENTO URBANO
A AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE DA ETE POTECAS DEVERÁ SER
URBANO E EXPANDIR A COLETA
PRECIDIDA DE ESTUDOS PARA DEFINIR A ALTERNATIVA DE COLETAR
SELETIVA.
OS ESGOTOS DE TODO O MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ E O SEU
ENCAMINHAMENTO PARA ESTA UNIDADE DE TRATAMENTO.

Quadro 10: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP3).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 164 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
2.2.5.2 Os Demais Distritos: A Ocupação Urbana e a Relação com o
Saneamento

2.2.5.2.1 Distrito do Pântano do Sul

O Distrito do Pântano do Sul originou-se a partir da Lei nº 1042/66 de 12/08/1966 e


instalado em 10/12/1967. Sua área é 47,68 Km2, sendo que dele fazem parte as
seguintes localidades: Praia da Armação, Costa de Dentro, Lagoinha do Leste,
Praia do Matadouro, Praia do Pântano do Sul (FOTO 32), Lagoa do Peri, Praia do
Saquinho e Praia da Solidão. O Distrito está associado as UTP25 - Lagoa do Peri,
UTP26 - Pântano do Sul; UTP27 - Lagoinha do Leste e UTP28 - Saquinho. Esta
localidade desenvolveu-se a partir do séc. XVII, numa enseada sobre a faixa
arenosa apertada entre a cadeia de montanhas que vem da Ponta dos
Naufragados e chega a Caiacanguçu e os Morros da Lagoinha .

Os dados de 1996 mostram que o Distrito do Pântano do Sul apresenta uma


densidade demográfica bruta relativamente baixa, 5,92 hab/ha (2006) quando
comparada com as demais localidades ilha ou mesmo com a média de
Florianópolis. (TAB. 8). Trata-se de uma área destinada predominantemente ao uso
residencial e turístico.

TABELA 8 -:Florianópolis - Densidades brutas (hab/ha) por distritos.

DENSIDADE
Distritos ÁREA POPULAÇÃO RESIDENTE
DEMOGRÁFICA32
Ha 2000 2006 2010 2050 2000 2006 2028 2050
Pântano do Sul 1.223,55 5.824 7.238 9.300 13.865 4,76 5,92 9,80 1,33
TOTAL FPOLIS 23.835,77 329.581 418.048 525.719 876.159 13,83 17,54 22,06 36,76
Fonte: Dados Populacionais - IBGE / Censos Demográficos de 60, 70, 80, 91 e 2000. Área
Ocupável - ITIS Tecnologia - Cálculos: Equipe IPUF. Diagnóstico do Plano Diretor Participativo,
2008 Adaptada pelo autor.

32
A densidade demográfica a partir do ano 2000 foi calculada com a área do Município corrigida,
incluídos os acréscimos decorrentes dos aterros. Correção esta realizada em bases digitalizadas.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 165


a) UTP26 - Pântano do Sul

Foto 32: Vista panorâmica da Praia do


Pântano do Sul.
Fonte: Arquivo Osvaldo Nocetti 19/12/2002.

A sede do Distrito do Pântano do Sul está inserida na UTP26 - Pântano do Sul e


teve a origem de sua ocupação pelo homem moderno remonta ao século XVII,
quando inicia o arraial do Pântano ou Pântano do Sul, desenvolvendo em uma
enseada, sobre uma faixa arenosa, apertada entre a cadeia de montanhas que
inicia na Ponta dos Naufragados até Caiacangaçu e os morros escarpados da
Lagoinha do Leste.

A sua topografia é pouco acidentada, favorecendo a ocupação ao longo da praia e


junto à estrada. O Pântano do Sul apresenta características típicas das antigas
colônias de pescadores. Apesar da ocupação crescente de veranistas, a localidade
ainda representa um dos principais núcleos de pescadores da Ilha de Santa
Catarina, conservando características nativas, no linguajar e nos hábitos mais
cotidianos.

Atualmente, segundo ROCHA (2003), pode-se observar a ocupação das encostas


com loteamentos e edificações em várias comunidades como a Armação, Pântano
do Sul e Costa de Dentro. Destaca-se negativamente a invasão de áreas de dunas
por construções clandestinas e ocupação de margens dos Rio do Quincas, e Rio
Sangradouro. (FIG.37).

Áreas urbanas: ocorrem ao longo do Rio do Quincas e outras nas encostas


dos morros, sob formas estreitas e alongadas; estas são típicas de
parcelamento recente de terrenos.
A infraestrutura urbana que abastece a região, representada pelos setores:
redes de água, de esgoto, de energia elétrica e de telefone, bem como
serviços públicos, como coleta de lixo e limpeza urbana apresentam

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 166


deficiências de atendimento, apesar da baixa densidade populacional.
(ROCHA 2003).

Figura 37: Mapa de uso do solo daBacia Hidrográfica do Pântano do Sul.


Fonte: ROCHA (2003).

O desrespeito ou desconhecimento da legislação vigente trás como


conseqüências a poluição das praias, remoção de dunas, poluição e
assoreamento dos rios, redução da absorção hídrica dos solos causado pela
impermeabilização, alagamento, inundação, cheias das marés invadindo
casas, além da destruição da paisagem natural, que é o maior atrativo do
local.
[...]
Com esta ocupação desenfreada, a região vai perdendo sua identidade, sua
população nativa, seu patrimônio cultural. A população mais carente,
originária do local vai se distanciando cada vez mais, procurando locais mais
baratos para moradia, deixando o local a mercê da especulação imobiliária.
(ROCHA 2003).

Em reportagem publicada no jornal ANCAPITAL, no ano de 2003, a população do


Distrito do Pântano do Sul reivindicava, além da além da revisão no Plano Diretor, a
suspensão por 120 dias de todas as alterações de zoneamento e licenças "para
obras de vulto que possam causar impacto ambiental e de vizinhança" - uma

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 167


espécie de moratória, semelhante ao que foi feito nos distritos da Lagoa da
Conceição e Santo Antônio de Lisboa:

O atual Plano Diretor dos Balneários, criado em 1985, é insuficiente para


conter o crescimento desordenado e a ocupação de áreas de preservação
permanente no distrito do Pântano do Sul, sendo necessária uma revisão da
legislação.[...]
Isso inclui a "suspensão imediata de licenciamentos para quaisquer obras de
aterro, remoção, edificação, retificação de cursos de água, loteamentos e
demais empreendimentos, bem como a proibição de qualquer alteração da
lei nº 2.193/85". A proibição só poderá ser revogada, segundo propõem as
entidades, "mediante a atualização do plano diretor em vigência e a
elaboração de um plano geral de drenagem, salvo as áreas de relevante
interesse ecológico e de potencial hídrico", com a participação "efetiva da
população local" e de pesquisadores, entidades e organizações não-
governamentais (ONGs).
O pedido encaminhado esta semana tem por objetivo "evitar que projetos
em tramitação na Câmara de Vereadores de Florianópolis sejam aprovados
desrespeitando o artigo 130 da lei municipal nº 2.193/85 (Plano Diretor dos
Balneários), que condiciona a ocupação das áreas inundáveis à existência
de um plano de drenagem da bacia hidrográfica". [...]
Na região existem diversas bacias hidrográficas com potencial de
abastecimento de água potável, como as da Lagoa do Peri, Pântano,
planície quaternária da Lagoa das Capivaras, Lagoinha do Leste, rios das
Pacas e do Saquinho. (ANCAPITAL, 2003)

A Arquiteta ROCHA (2003), constata em sua dissertação de Mestrado que a maior


parte da área urbanizada da Bacia Hidrográfica do Pântano do Sul, no Sul da Ilha
de Santa Catarina, está localizada em terrenos impróprios para construção e
ocupação:

Através de técnicas de geoprocessamento, Claudia pôde demonstrar que


apenas uma parte mínima do terreno ocupado situa-se em áreas
consideradas de ocupação ótima, com declividade de 2 a 8%, representadas
pelo início das encostas. O restante situa-se, em menor parte, nas encostas
da bacia, em regiões classificadas como regular a ruim (declividade de 8 a
30%), e em maior parte, em terrenos com declividade entre 30 e 46%, como
a planície do Pântano do Sul e da Armação e as encostas mais acentuadas,
não aconselhados para ocupação pelos perigos de erosão, deslizamentos e
inundações.
Cláudia documentou também a invasão com construções clandestinas de
áreas de dunas e costas dos rios Quincas e Sangradouro, além do
desmatamento das áreas de Mata Atlântica existentes no local. Não há
coleta nem tratamento do esgoto na região. Assim, os resíduos das casas
que não possuem fossas sépticas são liberados através de ligações
clandestinas na rede pluvial, que desemboca no mar.
Todas essas irregularidades causam poluição nas praias, redução das
dunas, diminuição da absorção hídrica do solo, alagamentos, inundações,

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 168


poluição e assoreamento dos rios, invasão das casas pela cheia das marés
e destruição da paisagem natural do local. 'Ainda há mata nativa, mas, se
não houver um planejamento urbano eficiente, e se não forem tomadas
providências com urgência, o futuro do Pântano do Sul será o da praia dos
Ingleses, onde praticamente já não existe vegetação nativa', alerta Cláudia.
Além disso, a especulação imobiliária está fazendo com que a população
carente nativa se afaste do local, em busca de moradias mais baratas.
A partir da década de 50 iniciou-se a regulamentação de alguns terrenos,
mas a ocupação acelerada desenvolveu-se nos anos 70. A pesquisadora
aponta os problemas na legislação ambiental como fator fundamental para a
urbanização desenfreada sem cuidado com a preservação. 'As leis não são
suficientemente específicas, o que acaba permitindo a regulamentação de
construções em terrenos inadequados. As dunas da Armação, por exemplo,
fazem parte de um parque, porém os limites não estão demarcados'.
(INFORUN, 2003)

Merece destaque a comunidade da Armação do Pântano do Sul, também,


associada a UTP26 - Pântano do Sul, que se constitui num dos principais núcleos
de pesca artesanal da Ilha de Santa Catarina, convivendo com o fluxo turístico e
dos praticantes do surf. O Centro da Armação, ou seja, a área mais urbanizada
atualmente era a uma antiga área de dunas.

Quanto ao nome Armação, é muito antigo e significava armadilha para baleias. A


localidade foi fundada em 1772, por uma companhia de pesca de baleias. Do ponto
de vista histórico, a Armação tem especial importância, pois representa um tipo de
exploração econômica que existiu no litoral catarinense, desde 1746, a caça e
baleias. A exploração era um direito exclusivo da Coroa Portuguesa, sendo
arrendada por uma companhia de Lisboa. Chegavam a capturar de quatrocentas a
mil baleias por ano nas armações catarinenses, empregando os colonos e
pescadores da costa, além de soldados e muitos escravos. A caça às baleias
rendia enorme lucro aos contratadores e ao Estado.

Deste período de atividade tradicional na Armação do Pântano do Sul restam, na


atualidade, alguns sinais, sendo que o principal testemunho é a Igreja de
Sant´Anna, fundada em 1772. Ela foi construída pela Companhia de Pesca
Armação e ficava em frente da mesma e também da Fazenda de Sant´Anna.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 169


Foto 33: Vista panorâmica do Centro da Armação: antiga área de dunas.
Fonte: Arquivo Thiago Arlindo Pereira (2004).

A degradação ambiental observada na Armação decorre da ação humana na


ocupação das unidades de relevo, primeiramente observada com os açorianos que,
apesar das técnicas insuficientes do ponto de vista produtivo, ambientalmente
apresentava-se bastante agressiva e posteriormente pelo turismo, que se inseriu na
comunidade modificando relações sociais açorianas ocupando erroneamente áreas
frágeis em recuperação, modificando novamente e agora permanentemente os
elementos naturais assim como a paisagem da localidade, o que não caracteriza
por apenas este critério áreas degradadas, segundo Cunha e Guerra (2003):

O estudo de degradação ambiental não deve ser realizado apenas do ponto


de vista físico. Na realidade, para que o problema possa ser entendido de
forma global, integrada, holística, deve-se levar em conta as relações
existentes entre a degradação ambiental e a sociedade causadora dessa
degradação que, ao mesmo tempo, sofre efeitos e procura resolver,
recupera, reconstituir as áreas degradadas. Cunha e Guerra (2003 p.337):

A ocupação urbana desenfreada faz com que a região perda gradativamente sua
identidade, sua população nativa e seu patrimônio cultural. No Quadro 11- UTP26

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 170


Pântano do Sul, a seguir, observa-se que esta crescente ocupação, principalmente
com novos loteamentos na última década sobre a planície costeira, altera
significativamente os ecossistemas litorâneos, onde áreas de baixios foram
cortadas por canais de drenagem para "secar" os terrenos favorecendo o processo
de ocupação.

Problemas quanto ao esgoto doméstico sem tratamento e a ocupação de dunas e


restingas são constatados na UTP. Observa-se, também, a ocupação de áreas de
encostas que apresentam riscos geológico/geomorfológico de movimentos de
massa.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 171


OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP26 PANTANO DO SUL

MEIO FÍSICO ESGOTAMENTO


DRENAGEM SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS
SISTEMA INDEPENDENTE DA CASAN

98% DA POPULAÇÃO É ATENDIDA PELOS SERVIÇOS. CERCA DE 98% COLETA


CONVENCIONAL E COLETA
QUANTO A QUALIDADE É CONSIDERADA COMO NÍVEL 2 - ABASTECIDOS PELO SCLS, CUJA CAPTAÇÃO PRINCIPAL SELETIVA UMA VEZ POR SEMANA.
DUNAS DO PÂNTANO DO SUL: É FEITA NA LAGOA DO PERI. EM ÉPOCAS DE ALTA TEMPORADA O SISTEMA É REFORÇADO COM POÇOS A DESTINAÇÃO FINAL DOS
DEC.112/85. ÁREA 24,2 HAÇ CAMPO DE PROFUNDOS LOCALIZADOS NA REGIÃO DO CAMPECHE. A CASAN TEM ENCONTRADO ALGUMA DIFICULDADE NO RESÍDUOS SÓLIDOS DA COLETA
DUNAS FIXAS, SEMI-FIXAS E MÓVEIS, TRATAMENTO DAS ÁGUAS CAPTADAS NA LAGOA DO PERI, DEVIDO A PRESENÇA DE CIANOBACTÉRIAS CONVENCIONAL É O MESMO
SITUADA AO LONGO DA PRAIA. ~INDICE DE COBERTURA DENOMINADAS CYLINDROSPERMOPSIS RACIBORSKII. ESTE PROBLEMA, INCLUSIVE, ESTÁ SENDO PESQUISADO PARA TODO O MUNICÍPIO -
0%Ç PELA UFSC EM PARCERIA COM A CASAN PARA BUSCA DE SOLUÇÕES. A ÁGUA SUBTERRÂNEA CAPTADA NOS ATERRO SANITÁRIO LOCALIZADO
DUNAS DA ARMAÇÃO: DEC.112/85 -ÁREA
POÇOS DO AQÜÍFERO DO CAMPECHE EM ALTA TEMPORADA APRESENTAM ESPORADICAMENTE COLONIAS DE NO MUNICÍPIO VIZINHO DE
5,9 HECTARESÇ É UM CAMPO DE DUNAS A FALTA DO SISTEMA DE BACTÉRIAS FERRUGINOSAS, AS QUAIS NÃO SÃO ELIMINADAS PELA INEXISTÊNCIA DE QUALQUER TIPO DE BIGUAÇÚ.
FIXAS, SEMI-FIXAS E MÓVEIS, SITUADO ESGOTO TEM CAUSADO
RIO SANGRADOURO TEM TRATAMENTO NA ÁGUA SUBTERRÂNEA CAPTADA. TAL FATO CONTRIBUI PARA QUE SEJA DISTRIBUIDA UMA
AO LONGO DA PRAIA. ALTOS INDICES DE
CONSTANTES PROBLEMAS DE ÁGUA FORA DOS PADRÕES DE QUALIDADE EXIGIDOS PELA LEGISLAÇÃO VIGENTE.
POLUIÇÃO DAS AGUAS
OS LIMITES DA UTP ESTÃO EM ÁREAS ENCHENTES NA REGIÃO.
MARINHAS NESTAS
DE TOPO DE MORROS, ÁREAS DE REGIÕES. A NECESSIDADE
PRESERVAÇÃO PERMANENTE TAMBÉM AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO
DA CONTINUIDADE DAS
EM FAIXAS DE RESTINGAS, ÁREAS DE OBRAS NA REGIÃO É DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES DESTA IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. O
NASCENTES E CÓRREGOS. PRESENÇA IMPORTANTE. PLANO DOS BALNEÁRIOS DO SCN, ELABORADO PELO IPUF, SERVIU DE BASE PARA O DIMENSIONAMENTO DE
DE VEGETAÇÃO DE MATA ATLÂNTICA ÁGUA EXISTENTE, O QUE DE ALGUMA FORMA CONTRIBUIU OARA QUE NÃO HOUVESSE UM COMPROMETIMENTO
EM ESTÁGIO MÉDIO DE REGENERAÇÃO DA CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES.
(CAPOEIRA) NAS ENCOSTAS DOS
MORROS E VEGETAÇÃO DE ATUALMENTE EXISTE A NECESSIDADE DE ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
CAPOEIRINHA NA PLANÍCIE. PARA A REGIÃO.

MANANCIAIS COM BAIXA VAZÃO, O AQÜÍFERO QUE ABASTECE O SISTEMA JÁ ESTÁ NO SEU LIMITE DE EXPLOTAÇÃO, HAVENDO NECESSIDADE DE DIFICULDADE DE COLETA NAS
SERVINDO PARA ABASTECIMENTO REFORÇO ATRAVÉS DO SIF. OCUPAÇÕES IRREGULARES.
LOCAL. AQUÍFERO ILHA. NA PLANÍCIE
AQUÍFERO RIO VERMELHO COM
POSSIBILIDADE DE ABASTECIMENTO O CRESCIMENTO URBANO
URBANO, SOBRETUDO PARA NESTA UTP IMPLICARÁ NO A EXPLOSÃO IMOBILIÁRIA DOS BALNEÁRIOS DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS EXAURIRAM A CAPACIDADE DOS
COMUNIDADE DA PRAIA DE AÇORES. NECESSIDADES ATUAIS: AUMENTO DA POLUIÇÃO MANANCIAIS DISPONÍVEIS NESTAS REGIÕES (LAGORA DO PERI, AQÜÍFERO DOS INGLESES, RIO VERMELHO E
EXISTE UM GRANDE NUMERO DAS ÁGUAS DA BAÍA SUL, CAMPECHE). ESTA SITUAÇÃO LEVOU A UM REFORÇO NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA PROVINDAS DE OUTRAS
CRESCIMENTO DE LOTEAMENTOS DE LOTEAMENTO ALÉM DE AFETAR A FONTES (ATUALMENTE PELO SIF). NUM FUTURO PRÓXIMO, CERTAMENTE HAVERÁ NECESSIDADE DE SE BUSCAR
NESTA ÚLTIMA DÉCADA SOBRE A PROJETADOS PARA A PRÁTICA DA OUTRAS FONTES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA ATENDER AS POPULAÇÕES DESTAS REGIÕES.
PLANÍCIE ALTERANDO REGIÃO, TODOS EM SEU MARICULTURA NA REGIÃO.
SIGNIFICATIVAMENTE OS INTERIOR COM SOLUÇÕES DE
ECOSSISTEMAS DE PLANÍCIE COSTEIRA. DRENAGEM. ENTRETANDO A
ÁREAS DE BAIXIOS FORAM CORTADAS MACRODRENAGEM DA NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS DOS MANANCIAIS NECESSIDADES ATUAIS:
POR CANAIS DE DRENAGEM PARA REGIÃO DEVE SER ATUALMENTE UTILIZADOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA; CONTROLE DA OCUPAÇÃO E EXPANSÃO URBANA MELHORIA DE ACESSIBILIDADE
"SECAR" OS TERRENOS FAVORECENDO REPENSADA PARA SE
NECESSIDADES ATUAIS:
NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS MANANCIAIS UTILIZADOS PARA ABASTECIMENTO; PROGRAMAS PARA USO PARA COLETA, MODERAÇÃO DO
O PROCESSO DE OCUPAÇÃO. COMPATIBILIZAR COM AS MANTER AS OBRAS DE
RACIONAL DE ÁGUA; INCENTIVO AO USO DE FONTES ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA, REUSO DE ADENSAMENTO E EXPANSÃO DE
PROBLEMAS QUANTO AO ESGOTO IMPLANTAÇÃO DO
NECESSIDADES DA REGIÃO. ÁGUA, ETC.) ; IMPEDIR A OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS TAXAS DE OCUPAÇÃO NAS COLETA SELETIVA
DOMÉSTICO SEM TRATAMENTO E A SISTEMA EM ANDAMENTO
ÁREAS BALNEÁRIAS; IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE OPERACIONAL; PROGRAMAS DE CONTROLE E
OCUPAÇÃO DE DUNAS E RESTINGAS. REDUÇÃO DE PERDAS;
ÁREAS DE ENCOSTAS TAMBÉM VEM
SENDO OCUPADAS COM RISCOS
GEOLÓGICO/GEOMORFOLÓGICO DE NECESSIDADES FUTURAS:
MOVIMENTOS DE MASSA. NECESSIDADES FUTURAS: A
NECESSIDADES FUTURAS: MELHORIA DE ACESSIBILIDADE
OCUPAÇÃO DO SOLO DEVE NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
PROGRAMAR O PARA COLETA; IMPEDIR O
RESPEITAR NORMAS DE CONSIDERANDO A PRESERVAÇÃO DO AQÜÍFERO DO CAMPECHE; IMPLANTAÇÃO DO SES, PRINCIPALMENTE NA
ATENDIMENTO DE TODAS ADENSAMENTO URBANO
ACORDO COM A CAPACIDADE ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO AQÜÍFERO, COM O OBJETIVO DE PRESERVAR A QUALIDADE DE SUAS ÁGUAS.
AS SUBBACIAS DA UTP. URBANO E EXPANDIR A COLETA
DAS BACIAS.
SELETIVA.

Quadro 11: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP26).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 172 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
b) UTP25 - Lagoa do Per

A Lagoa do Peri (UTP25 - Lagoa do Peri) é um dos atrativos paisagísticos do


Distrito do Pântano do Sul. A sua ocupação originou-se a partir da Freguesia de
Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão, núcleo de colonização açoriana, instalado no
século XVIII.

Na restinga da Lagoa encontra-se uma ocupação mais diversificada, originária do


núcleo da Armação, cuja atividade básica era a pesca, mas que atualmente já se
identifica com comportamento típico de balneário. A Lagoa do Peri com seus 5km2
é abastecida por um conjunto de mananciais hídricos formados junto às encostas
que dividem o sul da ilha. Esta importante praia lacustre, o parque e a reserva
natural de água doce estão preservados como Patrimônio Natural pelo Decreto
Municipal no 1828. A estação Lagoa do Peri constitui-se em importante manancial
para abastecimento da Ilha de Santa Catarina. A CASAN tem encontrado alguma
dificuldade no tratamento das águas captadas na Lagoa devido a presença de
cianobactérias denominadas Cylindrospermopsis raciborskii. Este problema,
inclusive, está sendo pesquisado pela UFSC em parceria com a CASAN para busca
de soluções.

O Quadro 12 a seguir apresenta, de forma resumida, os principais atributos da


UTP25 Lagoa do Peri e referentes ao meio físico e aos serviços de saneamento e
suas relações com a ocupação do solo, formas de parcelamento e crescimento
urbano, quais sejam:

O Parque do Peri está zoneado em três áreas distintas, a saber: reserva biológica,
paisagem cultural e área verde de lazer. Aproximadamente 40% da UTP estão em
áreas de topo de morros, áreas de preservação permanente também em faixas de
restingas, áreas de nascentes e córregos que deságuam na lagoa do Peri.
Presença de vegetação de mata atlântica em estágio avançado de regeneração
tanto nas encostas quanto na planície costeira.

O crescimento das ocupações no entorno da Unidade de Conservação pode


acarretar problemas futuros na Lagoa do Peri prejudicando o uso da água que hoje
abastece parte sul e leste da Ilha de Santa Catarina. Problemas também quanto a
ocupação de encostas com abertura de arruamentos para a ocupação. A drenagem

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 173


é pelas vias naturais e nestes casos de ocupações irregulares foram realizadas
soluções individuais subdimensionadas.

Constata-se a exitencia de população no Sertão do Peri (na divisa entre os Distritos


do Pântano do Sul e do Ribeirão da Ilha), nas cercanias da Lagoa, que vivem
extremamente isolados, desenvolvendo atividades rurais, a nível de subsistência. A
instalação muito tardia da energia elétrica no Sertão do Peri contribuiu para manter
as características tradicionais da comunidade nativa.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 174


OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP25 LAGOA DO PERI

MEIO FÍSICO ESGOTAMENT


DRENAGEM O SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS
98% DA POPULAÇÃO É ATENDIDA PELOS SERVIÇOS.
QUANTO A QUALIDADE É CONSIDERADA COMO NÍVEL 2 - ABASTECIDO PELO SCLS, CUJA
PARQUE MUNICIPAL DA LAGOA DO PERI: CAPTAÇÃO PRINCIPAL É FEITA NA LAGOA DO PERI. EM ÉPOCAS DE ALTA TEMPORADA O
LEI MUN.1828/81 E DEC. 091/82 - ÁREA: SISTEMA É REFORÇADO COM POÇOS PROFUNDOS LOCALIZADOS NA REGIÃO DO CAMPECHE. A
2030 HA. CASAN TEM ENCONTRADO ALGUMA DIFICULDADE NO TRATAMENTO DAS ÁGUAS CAPTADAS NA
ENCOSTAS: LEIS 2193/85 E 1851/82: LAGOA DO PERI, DEVIDO A PRESENÇA DE CIANOBACTÉRIAS DENOMINADAS
OS PROBLEMAS DE DRENAGEM DESTA CYLINDROSPERMOPSIS RACIBORSKII. ESTE PROBLEMA, INCLUSIVE, ESTÁ SENDO PESQUISADO
PROTEGE TODAS AS ENCOSTAS COM UTP ESTÃO RELACIONADOS A UTP
DECLIVIDADE IGUAL OU SUPERIOR A PELA UFSC EM PARCERIA COM A CASAN PARA BUSCA DE SOLUÇÕES. A ÁGUA SUBTERRÂNEA
PÂNTANO DO SUL; CAPTADA NOS POÇOS DO AQÜÍFERO DO CAMPECHE EM ALTA TEMPORADA APRESENTAM COLETA CONVENCIONAL CERCA DE 98% E
25°, OU 46,6%, RECOBERTAS OU NÃO
POR VEGETAÇÃO, O SISTEMA PARCELAMENTOS IRREGULARES ESPORADICAMENTE COLONIAS DE BACTÉRIAS FERRUGINOSAS, AS QUAIS NÃO SÃO COLETA SELETIVA UMA VEZ POR SEMANAÇ
HIDROGRÁFICO QUE FORMA AS AFETADOS EM OCASIÃO DE CHUVAS ELIMINADAS PELA INEXISTÊNCIA DE QUALQUER TIPO DE TRATAMENTO NA ÁGUA SUBTERRÂNEA A DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS
PRINCIPAIS BACIAS DE CAPTAÇÃO DE INTENSAS COM INUNDAÇÕES QUE CAPTADA. TAL FATO CONTRIBUI PARA QUE SEJA DISTRIBUIDA UMA ÁGUA FORA DOS PADRÕES SÓLIDOS DA COLETA CONVENCIONAL É O
ÁGUA POTÁVEL, A PAISAGEM NATURAL COMPROMETEM AS VIAS DE ACESSO A DE QUALIDADE EXIGIDOS PELA LEGISLAÇÃO VIGENTE. MESMO PARA TODO O MUNICÍPIO - ATERRO
E A FAUNA . PRAIAS. 0% DE COBERTURA. SANITÁRIO LOCALIZADO NO MUNICÍPIO
APROXIMADAMENTE 40% DA UTP ESTÃO GRANDE PARTE DESTA UTP SE EXPANSÃO URBANA VIZINHO DE BIGUAÇÚ. JÁ A COLETA
EM ÁREAS DE TOPO DE MORROS, ENCONTRA DENTRO DO PARQUE. A OCASIONARÁ SELETIVA REALIZADA SELECIONADA PELA
DRENAGEM É PELAS VIAS NATURAIS OU AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE ARESP
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO AUMENTO ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES DESTA
PERMANENTE TAMBÉM EM FAIXAS DE NOS CASOS DE OCUPAÇÕES CONSIDERAVEL DOS NESTA UTP É CRESCENTE A
IRREGULARES FORAM REALIZADAS IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. O PLANO DOS BALNEÁRIOS DO SCN, ELABORADO PELO IPUF,
RESTINGAS, ÁREAS DE NASCENTES E ESGOTOS BRUTOS SERVIU DE BASE PARA O DIMENSIONAMENTO DE ÁGUA EXISTENTE, O QUE DE ALGUMA FORMA VERTICALIZAÇÃO, E CONSEQUENTEMENTE
CÓRREGOS QUE DESÁGUAM NA LAGOA SOLUÇÕES INDIVIDUAIS LANÇADOS NOS O AUMENTO DA PRODUÇÃO DE
SUBDIMENSIONADAS. CONTRIBUIU OARA QUE NÃO HOUVESSE UM COMPROMETIMENTO DA CAPACIDADE DAS
DO PERI. PRESENÇA DE VEGETAÇÃO DE CORPOS DE ÁGUA DA INSTALAÇÕES. RESÍDUOS.Ç
MATA ATLÂNTICA EM ESTÁGIO REGIÃO. A ÁREA CENTRAL DO ESTREITO POR SER
AVANÇADO DE REGENERAÇÃO TANTO ATUALMENTE EXISTE A NECESSIDADE DE ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA A REGIÃO. COMERCIAL APRESENTA CRESCIMENTO DE
NAS ENCOSTAS QUANTO NA PLANÍCIE MATERIAL POTENCIALMENTE RECICLAVEL,
COSTEIRA. O AQÜÍFERO QUE ABASTECE O SISTEMA JÁ ESTÁ NO SEU LIMITE DE EXPLORAÇÃO, HAVENDO
CONTUDO O CRESCIMENTO
IMPORTANTES MANANCIAIS PARA NECESSIDADE DE REFORÇO ATRAVÉS DO SIF. DESORDENADO EM VARIAS ÁREAS
ABASTECIMENTO DA ILHA DE SANTA COMPROMETE A COLETA
CATARINA (ESTAÇÃO LAGOA DO PERI).
AQUÍFERO ILHA. ÁREAS SUJEITAS A
O CRESCIMENTO URBANO NESTA UTP
PRESERVAÇÃO PERMANENTE SEM A EXPLOSÃO IMOBILIÁRIA DOS BALNEÁRIOS DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS EXAURIRAM A
SERIA PREJUDICIAL POIS AO
OCUPAÇÃO URBANA. NA PLANÍCIE, UMA CAPACIDADE DOS MANANCIAIS DISPONÍVEIS NESTAS REGIÕES (LAGORA DO PERI, AQÜÍFERO
IMPERMEABILIZAR O SOLO AUMENTA-
FAIXA DO AQÜÍFERO INGLESES E DOS INGLESES, RIO VERMELHO E CAMPECHE). ESTA SITUAÇÃO LEVOU A UM REFORÇO NO
SE O ESCOAMENTO SUPERCIAL
CONCEIÇÃO ESTÃO SUBUTILIZADOS, ABASTECIMENTO DE ÁGUA PROVINDAS DE OUTRAS FONTES (ATUALMENTE PELO SIF). NUM
NECESSITANDO DE OBRAS DE
PODENDO SOFRER COM PROCESSO DE FUTURO PRÓXIMO, CERTAMENTE HAVERÁ NECESSIDADE DE SE BUSCAR OUTRAS FONTES DE
DRENAGEM, SITUAÇÃO NÃO DESEJADA
CONTAMINAÇÃO PELA OCUPAÇÃO ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA ATENDER AS POPULAÇÕES DESTAS REGIÕES.
PARA UM PARQUE.
CRESCENTE NA PRAIA DA ARMAÇÃO.
OCUPAÇÃO RESTRITA AS NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS DOS
NECESSIDADES
COMUNIDADES TRADICIONAIS NA ÁREA MANANCIAIS ATUALMENTE UTILIZADOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA; CONTROLE DA
ATUAIS: ELABORAR O
DO PARQUE. CRESCIMENTO NO OCUPAÇÃO E EXPANSÃO URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS MANANCIAIS UTILIZADOS NECESSIDADES ATUAIS: MELHORIA DE
PROJETO DE ESGOTO
ENTORNO DA UNIDADE DE PARA ABASTECIMENTO; PROGRAMAS PARA USO RACIONAL DE ÁGUA; INCENTIVO AO USO DE ACESSIBILIDADE PARA COLETA,
PARA A REGIÃO,
CONSERVAÇÃO PODENDO ACARRETAR FONTES ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA, REUSO DE ÁGUA, ETC.) ; IMPEDIR A MODERAÇÃO DO ADENSAMENTO E
INTEGRANDO-O AO SES
PROBLEMAS FUTUROS NA LAGOA DO NECESSIDADES FUTURAS: OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS TAXAS DE OCUPAÇÃO NAS ÁREAS EXPANSÃO DE COLETA SELETIVA
DE PANTANO DO
PERI PREJUDICANDO O USO DA ÁGUA FISCALIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO NA BALNEÁRIAS; IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE OPERACIONAL; PROGRAMAS DE
SUL/ARMAÇÃO..
DA LAGOA QUE HOJE ABASTECE PARTE REGIÃO DO PARQUE, CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS;
SUL E LESTE DA ILHA DE SANTA DIMENSIONAMENTO CORRETO DAS
CATARINA. PROBLEMAS TAMBÉM OCUPAÇÕES REGULARES. NECESSIDADES FUTURAS: MELHORIA
NECESSIDADES
QUANTO A OCUPAÇÃO DE ENCOSTAS DE ACESSIBILIDADE PARA COLETA;
FUTURAS:
COM ABERTURA DE ARRUAMENTOS NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE
PROGRAMAR AS
ÁGUA..
IMPEDIR O ADENSAMENTO URBANO
FAVORECENDO A OCUPAÇÃO.
OBRAS DE URBANO E EXPANDIR A COLETA
IMPLANTAÇÃO DO SES. SELETIVA.

Quadro 12: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP25).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 175 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
c) UTP27 - Lagoinha do Leste

A Lagoinha do Leste faz parte da UTP27, localizando-se entre as Praias de


Pântano do Sul e do Matadeiro. É pouco habitada, devido ao difícil acesso. Este
pode ser feito por barco, ou a pé, caminhando em torno de 45 minutos por trilhas
que sobem um morro acidentado. A

Prefeitura Municipal de Florianópolis sancionou a Lei Nº 3.701, de 07/01/1992,


criando o Parque Municipal da Lagoinha do Leste, com o objetivo de salvaguardar a
paisagem, a fauna e o manancial hídrico daquele local.

A Praia do Matadeiro também se localiza na UTP27 - Lagoinha do Leste entre a


Armação e a Lagoinha do Leste. Seu acesso é feito por caminho de pedestre, até
atravessar o Rio Quinca Antônio que vem da Lagoa do Peri. Temporariamente é
possível fazer esta travessia a pé, pois a vazão do rio depende da vazão das
marés.

Os nomes Matadeiro ou Matadouro - vernáculo mais a antigo - podem ser usados


neste caso, pois se trata de denominações já centenárias. Remontam ao tempo em
que era permitido caçar baleias e então os pescadores montavam suas armadilhas
na Armação e as matavam no Matadeiro, daí o nome desta praia. A pesca da baleia
foi atividade importante na economia colonial brasileira e perdurou entre o final do
séculos XVIII e as primeiras décadas do XIX.

Atualmente foi construída uma pequena ponte de concreto para pedestres, servindo
à comunidade local e aos turistas. A praia tem atraído muitos turistas, não apenas
pela beleza quase selvagem, mas também pelo seu acesso pitoresco e agreste.

O Quadro 13, a seguir, apresenta de forma resumida os principais atributos da


UTP27 Lagoinha do Leste referentes ao meio físico e aos serviços de saneamento
e suas relações com a ocupação antropica, já que esta UTP possui área de
preservação permanente em praticamente toda sua extensão, com topos de
morros, áreas de nascentes e córregos, além de lagoa e presença de vegetação de
mata atlântica em estágio médio e avançado de regeneração.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 176


OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP27 LAGOINHA DO LESTE

MEIO FÍSICO ESGOTAMENTO


DRENAGEM SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS

PARQUE MUNICIPAL DA LAGOINHA DO LESTE CERCA DE 98% COLETA CONVENCIONAL E


LEI MUN.4701/92 -ÁREA: 480,5 HA. 0% DE COBERTURA COLETA SELETIVA UMA VEZ POR SEMANA.
ENCOSTAS: LEIS 2193/85 E 1851/82 -PROTEGE A FALTA DO SISTEMA DE ESGOTO A DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS
TODAS AS ENCOSTAS COM DECLIVIDADE TEM CAUSADO ALTOS INDICES DE 0% DE COBERTURA SÓLIDOS DA COLETA CONVENCIONAL É O
IGUAL OU SUPERIOR A 25°, OU 46,6%, POLUIÇÃO DAS AGUAS MARINHAS MESMO PARA TODO O MUNICÍPIO - ATERRO
RECOBERTAS OU NÃO POR VEGETAÇÃO, O NESTAS REGIÕES. SANITÁRIO LOCALIZADO NO MUNICÍPIO
SISTEMA HIDROGRÁFICO QUE FORMA AS VIZINHO DE BIGUAÇÚ.
PRINCIPAIS BACIAS DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA
POTÁVEL, A PAISAGEM NATURAL E A FAUNA .
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE EM
TODA A UTP, COM TOPOS DE MORROS,
ÁREAS DE NASCENTES E CÓRREGOS, ALÉM
DE LAGOA. PRESENÇA DE VEGETAÇÃO DE NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE
MATA ATLÂNTICA EM ESTÁGIO MÉDIO E PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS DOS MANANCIAIS ATUALMENTE
AVANÇADO DE REGENERAÇÃO. DRENAGEM NATURAL UTILIZADOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA; CONTROLE
DIFICULDADE DE COLETA NAS OCUPAÇÕES
DA OCUPAÇÃO E EXPANSÃO URBANA NAS ÁREAS DE
IRREGULARES.
MANANCIAIS COM BAIXA VAZÃO. AQUÍFERO NECESSIDADES ATUAIS: MANTER ENTORNO DOS MANANCIAIS UTILIZADOS PARA
CAMBIRELA DE DIFÍCIL UTILIZAÇÃO TÉCNICA. AS OBRAS EM ANDAMENTO ABASTECIMENTO; PROGRAMAS PARA USO RACIONAL DE
NA PLANÍCIE AQUÍFERO RIO VERMELHO. POR ÁGUA; INCENTIVO AO USO DE FONTES ALTERNATIVAS
TRATAR-SE DE UMA ÁREA PROTEGIDA (CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA, REUSO DE ÁGUA, ETC.) ;
(PARQUE MUNICIPAL) NÃO HÁ NECESSIDADE IMPEDIR A OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO;
DE ABASTECIMENTO. LIMITAR AS TAXAS DE OCUPAÇÃO NAS ÁREAS BALNEÁRIAS;
IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE OPERACIONAL;
UTP EM ÁREAS DE APP E DE UNIDADES DE PROGRAMAS DE CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS.
CONSERVAÇÃO. PROBLEMAS CRESCENTES
EM OCUPAÇÕES IRREGULARES DE
ENCOSTAS NA PRAIA DO MATADEIRO, COM
ALTERAÇÕES SIGNIFICATIVAS NA PAISAGEM NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO NECESSIDADES FUTURAS: MELHORIA DE
(CASAS, CAMINHOS, ALTERAÇÕES EM CANAIS DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA CONSIDERANDO A ACESSIBILIDADE PARA COLETA; IMPEDIR O
DE DRENAGEM, LANÇAMENTO DE ESGOTO NECESSIDADES FUTURAS:
PRESERVAÇÃO DOS AQÜÍFEROS; IMPLANTAÇÃO DO SES, ADENSAMENTO URBANO URBANO E
DIRETO SOBRE ROCHAS E SOLO OU NA PROGRAMAR O ATENDIMENTO DE
PRINCIPALMENTE EM ÁREA DE ABRANGÊNCIA DE AQÜÍFERO, EXPANDIR A COLETA SELETIVA.
PRAIA). TODAS AS BACIAS DA UTP.
COM O OBJETIVO DE PRESERVAR A QUALIDADE DE SUAS
ÁGUAS.

Quadro 13: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP27).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 177 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
d) UTP28 - Saquinho

O Quadro 14 descreve os principais atributos da UTP28 Saquinho e referentes ao


meio físico e aos serviços de saneamento e suas relações com a ocupação
antropica. Esta UTP é parte integrante do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro
(Decreto Estadual n 2335/77), sendo também abrangida pelas Leis 2193/85 e
1851/82 que protegem todas as encostas com declividade igual ou superior a 25°,
ou 46,6%, recobertas ou não por vegetação, o sistema hidrográfico que forma as
principais bacias de captação de água potável, a paisagem natural e a fauna. .
Aproximadamente 50% da UTP é considerada área de preservação permanente,
com topos de morros, áreas de nascentes e córregos, além de lagoa. Observa-se a
presença de vegetação de mata atlântica em estágio médio (capoeira) de
regeneração.

Constatam-se problemas crescentes em ocupações irregulares em encostas e na


praia com alterações significativas na paisagem (casas, caminhos, alterações em
canais de drenagem, lançamento de esgoto direto sobre rochas e solo ou na praia).
A UTP não possui nenhum tipo de serviço de saneamento.

A área de Interesse social ao Norte da UTP – AIS do Rio das Pacas – possuía no
ano de 2007 seis residências e uma população de 23 habitantes.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 178


OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO - UTP28 SAQUINHO

MEIO FÍSICO ESGOTAMENTO


DRENAGEM SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS

0% DE COBERTURA
SEM COLETA
A FALTA DO SISTEMA DE ESGOTO 0% DE COBERTURA
TEM CAUSADO POLUIÇÃO DAS
PARQUE DO TABULEIRINHO (ESTADUAL) – PARTE
AGUAS MARINHAS NESTAS
INTEGRANTE DO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO
REGIÕES.
TABULEIRO. DEC.EST. 2335/77 - ÁREA: 346,5 HA. (PRESENTE
TAMBÉM NA UTP DO RIBEIRÃO DA ILHA).

ENCOSTAS: LEIS 2193/85 E 1851/82: PROTEGE TODAS AS


ENCOSTAS COM DECLIVIDADE IGUAL OU SUPERIOR A 25°, OU
46,6%, RECOBERTAS OU NÃO POR VEGETAÇÃO, O SISTEMA NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE
HIDROGRÁFICO QUE FORMA AS PRINCIPAIS BACIAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS DOS MANANCIAIS ATUALMENTE
CAPTAÇÃO DE ÁGUA POTÁVEL, A PAISAGEM NATURAL E A UTILIZADOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA; CONTROLE DA
FAUNA . OCUPAÇÃO E EXPANSÃO URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO
NECESSIDADES ATUAIS:
DOS MANANCIAIS UTILIZADOS PARA ABASTECIMENTO;
APROXIMADAMENTE 50% DA UTP É ÁREA DE PRESERVAÇÃO ELABORAR O PROJETO DE
PROGRAMAS PARA USO RACIONAL DE ÁGUA; INCENTIVO AO
PERMANENTE, COM TOPOS DE MORROS, ÁREAS DE DRENAGEM NATURAL ESGOTO PARA A REGIÃO,
USO DE FONTES ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE
NASCENTES E CÓRREGOS, ALÉM DE LAGOA. COSTATA-SE A INTEGRANDO-O AO SES DE
CHUVA, REUSO DE ÁGUA, ETC.) ; IMPEDIR A OCUPAÇÃO DE
PRESENÇA DE VEGETAÇÃO DE MATA ATLÂNTICA EM PANTANO DO SUL/ARMAÇÃO..
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS TAXAS DE OCUPAÇÃO
ESTÁGIO MÉDIO (CAPOEIRA) DE REGENERAÇÃO.
NAS ÁREAS BALNEÁRIAS; IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE NECESSIDADES FUTURAS:
UTP EM ÁREAS DE APP. PROBLEMAS CRESCENTES EM CONTROLE OPERACIONAL; PROGRAMAS DE CONTROLE E MELHORIA DE ACESSIBILIDADE
OCUPAÇÕES IRREGULARES NAS ENCOSTAS E NA PRAIA REDUÇÃO DE PERDAS. PARA COLETA; IMPEDIR O
COM ALTERAÇÕES SIGNIFICATIVAS NA PAISAGEM (CASAS, ADENSAMENTO URBANO URBANO
CAMINHOS, ALTERAÇÕES EM CANAIS DE DRENAGEM, E EXPANDIR A COLETA SELETIVA.
LANÇAMENTO DE ESGOTO DIRETO SOBRE ROCHAS E SOLO
OU NA PRAIA).

MANANCIAIS COM BAIXA VAZÃO, SERVINDO PARA


ABASTECIMENTO LOCAL. AQUÍFERO ILHA. NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO
DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA CONSIDERANDO A
NECESSIDADES FUTURAS:
PRESERVAÇÃO DOS AQÜÍFEROS; IMPLANTAÇÃO DO SES,
PROGRAMAR AS OBRAS DE
PRINCIPALMENTE EM ÁREA DE ABRANGÊNCIA DE AQÜÍFERO,
IMPLANTAÇÃO DO SES.
COM O OBJETIVO DE PRESERVAR A QUALIDADE DE SUAS
ÁGUAS.

Quadro 14: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP28).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 179 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
2.2.5.2.2 Distrito de Ratones (UTP9 - Rio Ratones)

O Distrito de Ratones (UTP9 - Rio Ratones) foi criado pela Lei nº 620 de
21/06/1934, desmembrando-se do Distrito de Santo Antônio de Lisboa. Sua área é
33,12 Km2, a sua sede é a própria localidade de Ratones, situada a 25 km do
centro urbano de Florianópolis, entre os Distritos de Santo Antônio de Lisboa e
Jurerê.

A paisagem do lugar possui uma identidade cultural açoriana de ambiente rural,


onde está se desenvolvendo o cultivo de alimentos orgânicos, dentre outras
atividades agropecuárias.

Ao longo estrada geral chamada: Intendente Antônio Damasco, que dá acesso a


todo o Distrito, observa-se uma paisagem de campos e muita vegetação natural,
uma pequena vila de moradores locais, servidões onde se encontram casas de
moradores locais com características rurais.

A via de acesso (estrada geral) é pavimentada em parte do percurso, porém nas


servidões e mesmo parte do interior do Distrito a estrada é de revestimento solto, o
que dá um ar mais rural. Devido a estas características rurais da UTP as soluções
individuais de esgotamento sanitário tem sido uma boa solução para a coleta e
destinação final dos esgotos.

Seguindo pela estrada geral observam-se pequenas capelas que mostram a forte
identidade religiosa da comunidade, casarões antigos fruto de um período da
colonização do interior da Ilha de Santa Catarina baseada no ciclo da cana de
açúcar, onde os engenhos eram presenças fortes nestes vilarejos.

Observam-se na UTP áreas de preservação dos topos de morros a Sul e a Leste


com muitas nascentes e córregos, declividade acentuada, rios de planície.

As características rurais da UTP que vem sofrendo com ocupação ao longo das
margens de córregos e canais de drenagem (diminuindo inclusive a calha dos rios).
A preservação destas áreas não está sendo observada, contribuindo assim para a
erosão e assoreamento. Verificam-se vários problemas ambientais ocasionados
pela proximidade da Rodovia SC-401 (ruído, óleo, atropelamento de animais e lixo

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 180


e entulho ao longo da rodovia), alem das alterações decorrentes dos canais
retilinizados que diminuíram o ritmo natural das águas do manguezal. Os problemas
de drenagem se encontram basicamente nos bueiros da rodovia principal onde a
água encontra dificuldade para escoar. (QUADRO 15)

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 181


OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP9 RIO RATONES

MEIO FÍSICO ESGOTAMENTO


DRENAGEM SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS
100% DE COBERTURA;
ENCOSTAS: LEIS 2193/85 E 1851/82 -
PROTEGE TODAS AS ENCOSTAS QUALIDADE DA ÁGUA: 3 - NO SCN, ONDE O PRINCIPAL MANANCIAL É A ÁGUA
COM DECLIVIDADE IGUAL OU SUBTERRÂNEA CAPTADA DE POÇOS DO AQÜÍFERO INGLESES/RIO VERMELHO, A ÁGUA
CERCA DE 98% COLETA CONVENCIONAL E
DISTRIBUIDA TEM APRESENTADO UMA TURBIDEZ ACIMA DOS PADRÕES PERMITIDOS.
SUPERIOR A 25°, OU 46,6%, ISTO TEM OCORRIDO APÓS O TRATAMENTO APLICADO (DESINFECÇÃO, CORREÇÃO DE
COLETA SELETIVA UMA VEZ POR SEMANA
RECOBERTAS OU NÃO POR PH E FLUORETAÇÃO), O QUE TEM CAUSADO RECLAMAÇÕES CONSTANTES DA
VEGETAÇÃO, O SISTEMA POPULAÇÃO. AS CAUSAS DESTE PROBLEMA DEVERÃO SER INVESTIGADAS PELA CASAN.
HIDROGRÁFICO QUE FORMA AS
PRINCIPAIS BACIAS DE CAPTAÇÃO SISTEMA COSTA NORTE (SCN)
DE ÁGUA POTÁVEL, A PAISAGEM
NATURAL E A FAUNA.
0% DE COBERTURA
TOPOS DE MORROS A SUL E A LESTE AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS
OS PROBLEMAS DE DRENAGEM
DA UTP COM MUITAS NASCENTES E SE ENCONTRAM BASICAMENTE
DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES
CÓRREGOS, DECLIVIDADE DESTA IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. O PLANO DOS BALNEÁRIOS DO SCLS,
NOS BUEIROS DA RODOVIA
ACENTUADA, RIOS DE PLANÍCIE. ELABORADO PELO IPUF, SERVE DE BASE PARA O DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE
PRINCIPAL ONDE A ÁGUA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA EXISTENTE, O QUE DE ALGUMA FORMA CONTRIBUIU PARA
ENCONTRA DIFICULDADE PARA OS PROBLEMAS DE DRENAGEM SE
BONS MANANCIAIS MAS COM BAIXA QUE NÃO HOUVESSE UM COMPROMETIMENTO DA CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES.
ESCOAR. ENCONTRAM BASICAMENTE NOS BUEIROS DA
VAZÃO. AQUÍFERO ILHA. ÁREA RODOVIA PRINCIPAL ONDE A ÁGUA
O SISTEMA FICOU PREJUDICADO ATUALMENTE NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
POUCO OCUPADA. APRESENTA ENCONTRA DIFICULDADE PARA ESCOAR.
(MANANCIAL), O QUE DEVERÁ SER REFORÇADO PELO SIF.
DIFICULDADE TÉCNICA E NATURAL
EM UTILIZAÇÃO DO AQÜÍFERO. NA DIFICULDADE DE COLETA NAS OCUPAÇÕES
BACIA OS MACIÇOS TEM IRREGULARES.
POSSIBILIDADE DE EXTRAÇÃO
JUNTO A FRATURAMENTO DAS A EXPLOSÃO IMOBILIÁRIA DOS BALNEÁRIOS DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS
ROCHAS PARA ABASTECIMENTO EXAURIRAM A CAPACIDADE DOS MANANCIAIS DISPONÍVEIS NESTAS REGIÕES (LAGORA
LOCAL. AS SOLUÇÕES INDIVIDUAIS TEM
DO PERI, AQÜÍFERO DOS INGLESES, RIO VERMELHO E CAMPECHE). ESTA SITUAÇÃO
SIDO UMA BOA SOLUÇÃO PARA A
LEVOU A UM REFORÇO NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA PROVINDAS DE OUTRAS FONTES
COLETA E DESTINAÇÃO FINAL
ÁREA COM CARACTERÍSTICAS (ATUALMENTE PELO SIF). NUM FUTURO PRÓXIMO, CERTAMENTE HAVERÁ NECESSIDADE
DOS ESGOTOS.
RURAIS MAS QUE VEM SOFRENDO DE SE BUSCAR OUTRAS FONTES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA ATENDER AS
COM OCUPAÇÃO AO LONGO DAS POPULAÇÕES DESTAS REGIÕES.
MARGENS DE CÓRREGOS E CANAIS
DE DRENAGEM (DIMINUINDO
NECESSIDADES ATUAIS:
INCLUSIVE A CALHA DOS RIOS). A
PARCELAMENTO DO SOLO DEVE NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS DOS
PRESERVAÇÃO DESTAS ÁREAS NÃO
RESPEITAR AS MANANCIAIS ATUALMENTE UTILIZADOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA; CONTROLE
ESTÁ SENDO OBSERVADA, CARACTERISTICAS DE DA OCUPAÇÃO E EXPANSÃO URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS MANANCIAIS
CONTRIBUINDO ASSIM PARA A NECESSIDADES ATUAIS: NECESSIDADES ATUAIS: MELHORIA DE
DRENAGEM DA REGIÃO PARA UTILIZADOS PARA ABASTECIMENTO; PROGRAMAS PARA USO RACIONAL DE ÁGUA;
EROSÃO E ASSOREAMENTO . ELABORAR PROJETO DO ACESSIBILIDADE PARA COLETA, MODERAÇÃO
EVITAR PROBLEMAS COMO O INCENTIVO AO USO DE FONTES ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA, REUSO
PROBLEMAS AMBIENTAIS SISTEMA DE ESGOTO PARA A DO ADENSAMENTO E EXPANSÃO DE COLETA
ENCONTRADO NAS BACIAS DOS DE ÁGUA, ETC.) ; IMPEDIR A OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS TAXAS
REGIÃO. SELETIVA
OCASIONADOS PELA PROXIMIDADES RIOS ITACORUBI E PAU DO DE OCUPAÇÃO NAS ÁREAS BALNEÁRIAS; IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE
DA RODOVIA SC-401 (RUÍDO, ÓLEO, BARCOÇ OPERACIONAL; PROGRAMAS DE CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS; COMPLEMENTAÇÃO
ATROPELAMENTO DE ANIMAIS E DA RESERVAÇÃO.
LIXO E ENTULHO AO LONGO DA
RODOVIA), ALEM DAS ALTERAÇÃO
DECORRENTES DOS CANAIS
NECESSIDADES FUTURAS:
RETILINIZADOS QUE DIMINUÍRAM O NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO NECESSIDADES FUTURAS: MELHORIA DE
NECESSIDADES FUTURAS: ESTUDAR FUTURA
RITMO NATURAL DAS ÁGUAS DO DE ÁGUA CONSIDERANDO A PRESERVAÇÃO DO AQÜÍFERO DO CAMPECHE; IMPLANTAÇÃO ACESSIBILIDADE PARA COLETA; IMPEDIR O
PRESERVAÇÃO DOS ESPAÇOS INTERLIGAÇÃO COM O
MANGUEZAL. DO SES, PRINCIPALMENTE NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO AQÜÍFERO, COM O OBJETIVO ADENSAMENTO URBANO URBANO E EXPANDIR
DE MANUTENÇÃO DOS CANAIS. EMISSÁRIO SUBMARINO DE
DE PRESERVAR A QUALIDADE DE SUAS ÁGUAS. A COLETA SELETIVA.
INGLESES.

Quadro 15: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP9).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 182 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
2.2.5.2.3 Distrito de Ribeirão da Ilha (UTP24 - Ribeirão da Ilha, UTP23 - Tapera e
UTP 21 - Rio Tavares)

O Distrito do Ribeirão da Ilha, que está associado as UTP24- Ribeirão da Ilha,


UTP23- Tapera e UTP 21- Rio Tavares, foi uma das primeiras comunidades do
Estado e a primeira de Florianópolis a ser habitada, no século XVI, pelos índios
Carijós. O nome dado à praia origina-se de um pequeno rio ou ribeira, situado no
local (ribeiracô em linguagem indígena). O Distrito foi criado a partir de um Alvará
Régio, datado de 11/07/1809.

Sua área é 51,54 km2, fazem parte as localidades: Alto Ribeirão, Barro Vermelho,
Caiacangaçu, Caeira da Barra do Sul, Carianos, Costeira do Ribeirão, Freguesia do
Ribeirão, Praia do Naufragados, Tapera e Sertão do Peri. A localidade do Morro
das Pedras, atualmente faz parte do Distrito do Campeche.

É considerado um dos poucos lugares do litoral Sul do Brasil que conserva bem os
traços da colonização portuguesa. O casario açoriano, a Igreja Nossa Senhora da
Lapa do Ribeirão e o Museu Etnológico do Ribeirão da Ilha, são alguns exemplos
de lugares típicos situados no Ribeirão da Ilha.

Os Quadros 16, 17 e 18 a seguir apresentam, de forma resumida, os principais


atributos das UTP24 Ribeirão da Ilha, UTP23 Tapera e UTP 21 Rio Tavares
referentes ao meio físico e aos serviços de saneamento e suas relações com a
ocupação do solo, formas de parcelamento e crescimento urbano. Outros
características estão descritas no Apêndice D.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 183


Figura 38: Vista da praia com o Morro do Ribeirão da Ilha, o mais alto da cidade, ao fundo.
Fonte: Guia Floripa.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 184


OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP24 RIBEIRÃO DA ILHA

MEIO FÍSICO ESGOTAMENTO RESÍDUOS


DRENAGEM SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA SÓLIDOS
PARQUE DO TABULEIRINHO 98% DA POPULAÇÃO É ATENDIDA PELOS SERVIÇOS.
CERCA DE 98% COLETA
(ESTADUAL) – PARTE SISTEMA COSTA LESTE/SUL CONVENCIONAL
INTEGRANTE DO PARQUE
ESTADUAL DA SERRA DO 0% DE COBERTURA; QUALIDADE 2 - ABASTECIDO PELO SCLS, CUJA CAPTAÇÃO PRINCIPAL É FEITA NA LAGOA DO PERI. EM ÉPOCAS DE A DESTINAÇÃO FINAL DOS
TABULEIRO. DEC.EST. 2335/77 ALTA TEMPORADA O SISTEMA É REFORÇADO COM POÇOS PROFUNDOS LOCALIZADOS NA REGIÃO DO CAMPECHE. RESÍDUOS SÓLIDOS DA
SISTEMA EM OBRAS - FUTURO A CASAN TEM ENCONTRADO ALGUMA DIFICULDADE NO TRATAMENTO DAS ÁGUAS CAPTADAS NA LAGOA DO PERI, COLETA CONVENCIONAL É
ÁREA: 346,5 HA. (PRESENTE EMISSÁRIO SUBMARINO DO DEVIDO A PRESENÇA DE CIANOBACTÉRIAS DENOMINADAS CYLINDROSPERMOPSIS RACIBORSKII. ESTE PROBLEMA, O MESMO PARA TODO O
TAMBÉM NA UTP DO CAMPECHE INCLUSIVE, ESTÁ SENDO PESQUISADO PELA UFSC EM PARCERIA COM A CASAN PARA BUSCA DE SOLUÇÕES. A MUNICÍPIO - ATERRO
SAQUINHO). ÁGUA SUBTERRÂNEA CAPTADA NOS POÇOS DO AQÜÍFERO DO CAMPECHE EM ALTA TEMPORADA APRESENTAM SANITÁRIO LOCALIZADO
ESPORADICAMENTE COLONIAS DE BACTÉRIAS FERRUGINOSAS, AS QUAIS NÃO SÃO ELIMINADAS PELA NO MUNICÍPIO VIZINHO DE
ENCOSTAS: LEIS 2193/85 E INEXISTÊNCIA DE QUALQUER TIPO DE TRATAMENTO NA ÁGUA SUBTERRÂNEA CAPTADA. TAL FATO CONTRIBUI PARA BIGUAÇÚ.
1851/82 - PROTEGE TODAS AS QUE SEJA DISTRIBUIDA UMA ÁGUA FORA DOS PADRÕES DE QUALIDADE EXIGIDOS PELA LEGISLAÇÃO VIGENTE.
ENCOSTAS COM DECLIVIDADE
IGUAL OU SUPERIOR A 25°, OU ALAGAMENTOS PONTUAIS NOS
46,6%, RECOBERTAS OU NÃO TRECHOS POR ONDE OS CANAIS
A ATRAVESSAM A ESTRADA
POR VEGETAÇÃO, O SISTEMA PRINCIPAL.
HIDROGRÁFICO QUE FORMA
AS PRINCIPAIS BACIAS DE AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE
CAPTAÇÃO DE ÁGUA POTÁVEL, ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES DESTA IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. O PLANO DOS
A PAISAGEM NATURAL E A A FALTA DO SISTEMA DE ESGOTO BALNEÁRIOS DO SCLS, ELABORADO PELO IPUF, SERVE DE BASE PARA O DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE
FAUNA. TEM CAUSADO ALTOS INDICES ABASTECIMENTO DE ÁGUA EXISTENTE, O QUE DE ALGUMA FORMA CONTRIBUIU PARA QUE NÃO HOUVESSE UM DIFICULDADE DE COLETA
DE POLUIÇÃO DAS AGUAS COMPROMETIMENTO DA CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES. NAS OCUPAÇÕES
50% DA ÁREA EM TOPO DE MARINHAS NESTAS REGIÕES. IRREGULARES.
MORROS, COM VÁRIAS O SISTEMA FICOU PREJUDICADO ATUALMENTE NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO (MANANCIAL), O QUE DEVERÁ SER
NASCENTES. REFORÇADO PELO SIF. EXPASÃO URBANA
OCASIONARÁ AUMENTO
PEQUENO MANANCIAIS DE CONSIDERAVEL NA
BAIXA VAZÃO PARA PRODUÇÃO DE RESIDUOS.
ABASTECIMENTO LOCAL.
POSSIBILIDADE DE UTILIZAR
AQÜÍFERO ILHA (PROBLEMAS O CRESCIMENTO URBANO PODE O CRESCIMENTO URBANO NESTA A EXPLOSÃO IMOBILIÁRIA DOS BALNEÁRIOS DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS EXAURIRAM A CAPACIDADE DOS
TÉCNICOS). IMPORTANTE AUMENTAR A DEMANDA POR UTP IMPLICARÁ NO AUMENTO DA MANANCIAIS DISPONÍVEIS NESTAS REGIÕES (LAGORA DO PERI, AQÜÍFERO DOS INGLESES, RIO VERMELHO E
AQÜÍFERO INGLESES NA PRAIA SERVIÇOS DE DRENAGEM CASO POLUIÇÃO DAS ÁGUAS DA BAÍA CAMPECHE). ESTA SITUAÇÃO LEVOU A UM REFORÇO NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA PROVINDAS DE OUTRAS
DA TAPERA E DA PONTA. O GRAU DE IMPERMEABILIZAÇÃO SUL, ALÉM DE AFETAR A PRÁTICA FONTES (ATUALMENTE PELO SIF). NUM FUTURO PRÓXIMO, CERTAMENTE HAVERÁ NECESSIDADE DE SE BUSCAR
DO SOLO SEJA AMPLIADO. DA MARICULTURA NA REGIÃO. OUTRAS FONTES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA ATENDER AS POPULAÇÕES DESTAS REGIÕES.
ÁREA COM CARACTERÍSTICAS
RURAIS E ÁREAS NATURAIS NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS DOS MANANCIAIS ATUALMENTE NECESSIDADES ATUAIS:
PROTEGIDAS. OCUPAÇÃO AO UTILIZADOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA; CONTROLE DA OCUPAÇÃO E EXPANSÃO URBANA NAS ÁREAS DE MELHORIA DE
LONGO DAS MARGENS DA NECESSIDADES ATUAIS: NECESSIDADES ATUAIS: MANTER ENTORNO DOS MANANCIAIS UTILIZADOS PARA ABASTECIMENTO; PROGRAMAS PARA USO RACIONAL DE ÁGUA; ACESSIBILIDADE PARA
BAÍA. ÁREAS DE APP AO FISCALIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO EM RITMO CONSTANTE AS INCENTIVO AO USO DE FONTES ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA, REUSO DE ÁGUA, ETC.) ; IMPEDIR COLETA, MODERAÇÃO DO
LONGO DOS CANAIS DE DAS ÁREAS NATURAIS. OBRAS EM ANDAMENTO. A OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS TAXAS DE OCUPAÇÃO NAS ÁREAS BALNEÁRIAS; ADENSAMENTO E
DRENAGEM NÃO ESTÃO IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE OPERACIONAL; PROGRAMAS DE CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS; EXPANSÃO DE COLETA
SENDO OBSERVADAS, COMPLEMENTAÇÃO DA RESERVAÇÃO. SELETIVA
CONTRIBUI PARA A EROSÃO E
ASSOREAMENTO . NECESSIDADES FUTURAS: NECESSIDADES
PROBLEMAS AMBIENTAIS MANTER PROGRAMAS DE FUTURAS: MELHORIA DE
OCASIONADOS PELA NECESSIDADES FUTURAS: IDENTIFICAÇÃO E ELIMINAÇÃO ACESSIBILIDADE PARA
NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA CONSIDERANDO A
REALIZAR UM PARCELAMENTO DE LIGAÇÕES IRREGULARES DE
PROXIMIDADES DA OCUPAÇÃO PRESERVAÇÃO DO AQÜÍFERO DO CAMPECHE; IMPLANTAÇÃO DO SES, PRINCIPALMENTE NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA COLETA; IMPEDIR O
DO SOLO DE ACORDO COM AS ESGOTO. IMPLANTAR A REDE
SOBRE A BAÍA. OCUPAÇÃO NECESSIDADES DA UTP. COLETORA DE ESGOTO DAS
DO AQÜÍFERO, COM O OBJETIVO DE PRESERVAR A QUALIDADE DE SUAS ÁGUAS. ADENSAMENTO URBANO
VEM DESCARACTERIZANDO DEMAIS BACIAS DE URBANO E EXPANDIR A
ENCOSTAS. ESGOTAMENTO DA UTP. COLETA SELETIVA.

Quadro 16: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP24).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 185 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP23 TAPERA

MEIO FÍSICO ESGOTAMENTO


DRENAGEM SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS
98% DA POPULAÇÃO É ATENDIDA PELOS SERVIÇOS.
QUALIDADE 2 - ABASTECIDO PELO SCLS, CUJA CAPTAÇÃO PRINCIPAL É FEITA NA LAGOA DO PERI. EM
ÉPOCAS DE ALTA TEMPORADA O SISTEMA É REFORÇADO COM POÇOS PROFUNDOS LOCALIZADOS NA CERCA DE 98% COLETA CONVENCIONAL
MANGUEZAL DA TAPERA: LEI REGIÃO DO CAMPECHE. A CASAN TEM ENCONTRADO ALGUMA DIFICULDADE NO TRATAMENTO DAS ÁGUAS
0% DE COBERTURA; A DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
2193/85 - ÁREA: 52,2 HÁ - É CAPTADAS NA LAGOA DO PERI, DEVIDO A PRESENÇA DE CIANOBACTÉRIAS DENOMINADAS
PROTEGIDA TODA ÁREA DA COLETA CONVENCIONAL É O MESMO PARA
SISTEMA EM OBRAS - FUTURO CYLINDROSPERMOPSIS RACIBORSKII. ESTE PROBLEMA, INCLUSIVE, ESTÁ SENDO PESQUISADO PELA UFSC
TODO O MUNICÍPIO - ATERRO SANITÁRIO
CONSTITUÍDA PELO MANGUE, EMISSÁRIO SUBMARINO DO CAMPECHE EM PARCERIA COM A CASAN PARA BUSCA DE SOLUÇÕES. A ÁGUA SUBTERRÂNEA CAPTADA NOS POÇOS DO
LOCALIZADO NO MUNICÍPIO VIZINHO DE
NA DATA DE APROVAÇÃO DO AQÜÍFERO DO CAMPECHE EM ALTA TEMPORADA APRESENTAM ESPORADICAMENTE COLONIAS DE
BIGUAÇÚ.
PLANO DIRETOR (1985). BACTÉRIAS FERRUGINOSAS, AS QUAIS NÃO SÃO ELIMINADAS PELA INEXISTÊNCIA DE QUALQUER TIPO DE
TRATAMENTO NA ÁGUA SUBTERRÂNEA CAPTADA. TAL FATO CONTRIBUI PARA QUE SEJA DISTRIBUIDA UMA
APP: TOPOS DE MORROS NO ÁGUA FORA DOS PADRÕES DE QUALIDADE EXIGIDOS PELA LEGISLAÇÃO VIGENTE.
LIMITE SUL DA UTP, COM
NASCENTES E CÓRREGOS
INTERMITENTES. APRESENTA
FAIXAS DE MANGUEZAL.
AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE
COM MANANCIAIS DE BOA
ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES DESTA IMPORTANTE
VAZÃO PARA ABASTECIMENTO INFRA-ESTRUTURA. O PLANO DOS BALNEÁRIOS DO SCN, ELABORADO PELO IPUF, SERVIU DE BASE PARA O
LOCAL. IMPORTANTES A FALTA DO SISTEMA DE ESGOTO TEM DIFICULDADE DE COLETA NAS OCUPAÇÕES
CAUSADO ALTOS INDICES DE POLUIÇÃO DIMENSIONAMENTO DE ÁGUA EXISTENTE, O QUE DE ALGUMA FORMA CONTRIBUIU PARA QUE NÃO IRREGULARES.
AQÜÍFEROS INGLESES E HOUVESSE UM OMPROMETIMENTO DA CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES.
DAS AGUAS MARINHAS NESTAS
CONCEIÇÃO SUBUTILIZADOS. REGIÕES, COMPROVADO PELO EXPASÃO URBANA OCASIONARÁ AUMENTO
PROCESSO CRESCENTE DE ATUALMENTE EXISTE A NECESSIDADE DE ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE CONSIDERAVEL NA PRODUÇÃO DE RESIDUOS.
PROGRAMA DE BALNEABILIDADE DA
OCUPAÇÃO URBANA ATRAVÉS ÁGUA PARA A REGIÃO.
FATMA.
DE LOTEAMENTOS DE BAIXO PROBLEMA NO O CRESCIMENTO DA AIS (TAPERA II)
CRUZAMENTO DA O AQÜÍFERO QUE ABASTECE O SISTEMA JÁ ESTÁ NO SEU LIMITE DE EXPLOTAÇÃO, HAVENDO NECESSIDADE COMPROMETE TODA A CIDADE, POIS A
CUSTO, SEM ESTRUTURA DE REFORÇO ATRAVÉS DO SIF.
RODOVIA DIFICULDADE DE COLETA NESTAS ÁREAS
URBANA ADEQUADA E COM OCASIONA A COLOCAÇÃO DE RESÍDUOS EM
PRINCIAPL,
LANÇAMENTO DE ESGOTO EM LOCAIS IMPROPRIOS, PROVOCANDO
TUBULAÇAO
FOSSA SÉPTICA. IMPORTANTE PROBLEMAS NA DRENAGEM, INSTABILIDADE
SUBDIMENSIONADA.
SALIENTAR A PROTEÇÃO DOS DE ENCOSTAS E PROBLEMAS RELACIONADOS
CAMPOS DE DUNAS E ÁREAS A SAÚDE PÚBLICA COMO UM TODO.
A EXPLOSÃO IMOBILIÁRIA DOS BALNEÁRIOS DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS EXAURIRAM A CAPACIDADE
DE RESTINGA COMO
O PODER PÚBLICO DEVERÁ DAR UMA DOS MANANCIAIS DISPONÍVEIS NESTAS REGIÕES (LAGORA DO PERI, AQÜÍFERO DOS INGLESES, RIO
REPOSITORES NATURAIS DOS RESPOSTA RÁPIDA QUANTO A VERMELHO E CAMPECHE). ESTA SITUAÇÃO LEVOU A UM REFORÇO NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
AQÜÍFEROS IMPLANTAÇÃO DA INFRA-ESTRUTURA PROVINDAS DE OUTRAS FONTES (ATUALMENTE PELO SIF). NUM FUTURO PRÓXIMO, CERTAMENTE HAVERÁ
DE SANEAMENTO. NECESSIDADE DE SE BUSCAR OUTRAS FONTES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA ATENDER AS
OCUPAÇÃO URBANA EM
POPULAÇÕES DESTAS REGIÕES.
CONSOLIDAÇÃO. ÁREAS DE
RISCO ASSOCIADO A
CONSTRUÇÕES INADEQUADAS NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS DOS MANANCIAIS
EM ÁREAS DE INUNDAÇÃO E ATUALMENTE UTILIZADOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA; CONTROLE DA OCUPAÇÃO E EXPANSÃO
CANAIS DE DRENAGEM. NECESSIDADES ATUAIS: MANTER EM URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS MANANCIAIS UTILIZADOS PARA ABASTECIMENTO; PROGRAMAS PARA
NECESSIDADES ATUAIS;: MELHORIA DOS
RITMO CONSTANTE AS OBRAS EM USO RACIONAL DE ÁGUA; INCENTIVO AO USO DE FONTES ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA,
PROBLEMAS COM RELAÇÃO A ACESSOS PARA VEICULO DE COLETA
ANDAMENTO. REUSO DE ÁGUA, ETC.) ; IMPEDIR A OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS TAXAS DE
POLUIÇÃO DE AQÜÍFERO, RIOS OCUPAÇÃO NAS ÁREAS BALNEÁRIAS; IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE OPERACIONAL;
E CANAIS POR ESGOTO PROGRAMAS DE CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS; COMPLEMENTAÇÃO DA RESERVAÇÃO.
DOMÉSTICO. CRESCENTE
URBANIZAÇÃO VEM
ACARRETANDO O NECESSIDADES FUTURAS: MANTER
DESMATAMENTO DA PLANÍCIE PROGRAMAS DE IDENTIFICAÇÃO E
NECESSIDADES FUTURAS: MELHORIA DE
ELIMINAÇÃO DE LIGAÇÕES NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
E DAS ENCOSTAS. ACESSIBILIDADE PARA COLETA; IMPEDIR O
IRREGULARES DE ESGOTO. IMPLANTAR CONSIDERANDO A PRESERVAÇÃO DO AQÜÍFERO DO CAMPECHE; IMPLANTAÇÃO DO SES, PRINCIPALMENTE
ADENSAMENTO URBANO URBANO E EXPANDIR
A REDE COLETORA DE ESGOTO DAS NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO AQÜÍFERO, COM O OBJETIVO DE PRESERVAR A QUALIDADE DE SUAS ÁGUAS.
A COLETA SELETIVA.
DEMAIS BACIAS DE ESGOTAMENTO DA
UTP.

Quadro 17: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP23).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 186 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP21 RIO TAVARES

MEIO FÍSICO ESGOTAMENTO


DRENAGEM SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS
71,3% DA POPULAÇÃO É ATENDIDA PELOS SERVIÇOS.
CERCA DE 98% COLETA
RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA DO QUALIDADE 2 - ABASTECIDO PELO SCLS, CUJA CAPTAÇÃO PRINCIPAL É FEITA NA LAGOA DO PERI. EM
CONVENCIONAL E COLETA SELETIVA
PIRAJUBAÉ (NO MANGUEZAL RIO TAVARES) - ÉPOCAS DE ALTA TEMPORADA O SISTEMA É REFORÇADO COM POÇOS PROFUNDOS LOCALIZADOS NA
UMA VEZ POR SEMANA
REGIÃO DO CAMPECHE. A CASAN TEM ENCONTRADO ALGUMA DIFICULDADE NO TRATAMENTO DAS
DEC. FED. 533/92 -N - ÁREA: 1444 HA. - 740
REGIÃO AFETADA PELO 0% DE COBERTURA; ÁGUAS CAPTADAS NA LAGOA DO PERI, DEVIDO A PRESENÇA DE CIANOBACTÉRIAS DENOMINADAS
HECTARES DE MANGUEZAL, MAIS 700 A DESTINAÇÃO FINAL DOS
MANGUEZAL DO RIO TAVARES. CYLINDROSPERMOPSIS RACIBORSKII. ESTE PROBLEMA, INCLUSIVE, ESTÁ SENDO PESQUISADO PELA
HECTARES DE BAÍA. RESÍDUOS SÓLIDOS DA COLETA
SEU ASSOREAMENTO CAUSA UFSC EM PARCERIA COM A CASAN PARA BUSCA DE SOLUÇÕES. A ÁGUA SUBTERRÂNEA CAPTADA NOS
CONVENCIONAL É O MESMO PARA
DIFICULDADE DE ESCOAMENTO POÇOS DO AQÜÍFERO DO CAMPECHE EM ALTA TEMPORADA APRESENTAM ESPORADICAMENTE
PARQUE MUNICIPAL DO MACIÇO DA TODO O MUNICÍPIO - ATERRO
NOS CANAIS DA REGIÃO. REGIÃO COLONIAS DE BACTÉRIAS FERRUGINOSAS, AS QUAIS NÃO SÃO ELIMINADAS PELA INEXISTÊNCIA DE
COSTEIRA: LEI MUN.4605/95 DEC. 154/95 - SANITÁRIO LOCALIZADO NO
CARACTERIZADA POR SOLUÇÕES QUALQUER TIPO DE TRATAMENTO NA ÁGUA SUBTERRÂNEA CAPTADA. TAL FATO CONTRIBUI PARA
ÁREA: 1453,3 HA (DIVIDIDO COM OUTRAS 3 MUNICÍPIO VIZINHO DE BIGUAÇÚ.
INDIVIDUAIS ONDE O PROBLEMA QUE SEJA DISTRIBUIDA UMA ÁGUA FORA DOS PADRÕES DE QUALIDADE EXIGIDOS PELA LEGISLAÇÃO
UTP’S). FOI TRANSFERIDO DE UM LUGAR VIGENTE.
PARA O OUTRO.
MANGUEZAL DA TAPERA: LEI 2193/85 - ÁREA:
52,2 HA -É PROTEGIDA TODA ÁREA AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE
CONSTITUÍDA PELO MANGUE, NA DATA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES DESTA IMPORTANTE DIFICULDADE DE COLETA NAS
POPULAÇÃO RESIDENTE EM INFRA-ESTRUTURA. O PLANO DOS BALNEÁRIOS DO SCN, ELABORADO PELO IPUF, SERVIU DE BASE
APROVAÇÃO DO PLANO DIRETOR (1985). OCUPAÇÕES IRREGULARES.
PARCELAMENTOS IRREGULARES PARA O DIMENSIONAMENTO DE ÁGUA EXISTENTE, O QUE DE ALGUMA FORMA CONTRIBUIU PARA QUE
AFETADA EM GRANDES CHUVAS NÃO HOUVESSE UM OMPROMETIMENTO DA CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES.
APP: AO NORTE DA UTP PRESENÇA DE TOPO EXPASÃO URBANA OCASIONARÁ
COM INUNDAÇÕES QUE
DE MORROS E NASCENTES, COM CÓRREGOS. AUMENTO CONSIDERAVEL NA
COMPROMETEM AS VIAS DE A FALTA DO SISTEMA DE ATUALMENTE EXISTE A NECESSIDADE DE ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO
PRESENÇA DE ECOSSISTEMA DE PRODUÇÃO DE RESIDUOS.
ACESSO A PRAIAS. ESGOTO TEM CAUSADO DE ÁGUA PARA A REGIÃO.
MANGUEZAL. ALTOS INDICES DE O CRESCIMENTO DAS AIS (RIO
O CRESCIMENTO DAS AIS POLUIÇÃO DAS AGUAS O AQÜÍFERO QUE ABASTECE O SISTEMA JÁ ESTÁ NO SEU LIMITE DE EXPLOTAÇÃO, HAVENDO
AQUIFEROS INGLESES E RIO VERMELHO JÁ TAVARES E RIO TAVARES II, TAPERA
COMPROMETE DIRETAMENTE A MARINHAS NESTAS NECESSIDADE DE REFORÇO ATRAVÉS DO SIF.
UTILIZADOS, MAS COM PROBLEMAS QUANTO I; PANAIAI) COMPROMETE TODA A
REDE DE DRENAGEM ATRAVÉS REGIÕES, COMPROVADO CIDADE, POIS A DIFICULDADE DE
A QUALIDADE DA ÁGUA EM FUNÇÃO DO GRAU DA CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA PELO PROGRAMA DE PARTE DA OCUPAÇÃO URBANA EM CIMA DO AQÜÍFERO CAMPECHE
COLETA NESTAS ÁREAS OCASIONA
DE OCUPAÇÃO DO SOLO E LANÇAMENTO DE POR EFLUENTES DE ESGOTO BALNEABILIDADE DA A COLOCAÇÃO DE RESÍDUOS EM
ESGOTO EM FOSSAS SÉPTICAS. DOMÉSTICO BRUTO LANÇADOS FATMA. LOCAIS IMPROPRIOS, PROVOCANDO
INDEVIDAMENTE NA REDE. A EXPLOSÃO IMOBILIÁRIA DOS BALNEÁRIOS DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS EXAURIRAM A PROBLEMAS NA DRENAGEM,
ÁREA COM CARACTERÍSTICAS RURAIS MAS AUMENTO O AUMENTO DA CAPACIDADE DOS MANANCIAIS DISPONÍVEIS NESTAS REGIÕES (LAGORA DO PERI, AQÜÍFERO DOS
INSTABILIDADE DE ENCOSTAS E
QUE VEM SOFRENDO COM OCUPAÇÃO AO POPULAÇÃO NÃO É INGLESES, RIO VERMELHO E CAMPECHE). ESTA SITUAÇÃO LEVOU A UM REFORÇO NO
PROBLEMAS RELACIONADOS A
LONGO DAS MARGENS DE CÓRREGOS E RECOMENDADO POR SER UMA ABASTECIMENTO DE ÁGUA PROVINDAS DE OUTRAS FONTES (ATUALMENTE PELO SIF). NUM FUTURO SAÚDE PÚBLICA COMO UM TODO.
ZONA DE RISCO DE ENCHENTES. PRÓXIMO, CERTAMENTE HAVERÁ NECESSIDADE DE SE BUSCAR OUTRAS FONTES DE ABASTECIMENTO
CANAIS DE DRENAGEM (DIMINUINDO
DE ÁGUA PARA ATENDER AS POPULAÇÕES DESTAS REGIÕES.
INCLUSIVE A CALHA DOS RIOS). ÁREAS DE AS SOLUÇÕES ENCONTRADAS
APP AO LONGO DOS CANAIS DE DRENAGEM PARA DRENAR OS TERRENOS
NÃO ESTÃO SENDO OBSERVADAS, CONTRIBUI NÃO É EFICIENTE E SE NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS DOS MANANCIAIS
PARA A EROSÃO E ASSOREAMENTO . ENCONTRA SUBDIMENSIONADA. ATUALMENTE UTILIZADOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA; CONTROLE DA OCUPAÇÃO E EXPANSÃO
PROBLEMAS AMBIENTAIS OCASIONADOS NECESSIDADES ATUAIS: URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS MANANCIAIS UTILIZADOS PARA ABASTECIMENTO; NECESSIDADES ATUAIS;: MELHORIA
PELA PROXIMIDADES DA OCUPAÇÃO SOBRE ELABORAR O PROJETO DE PROGRAMAS PARA USO RACIONAL DE ÁGUA; INCENTIVO AO USO DE FONTES ALTERNATIVAS DOS ACESSOS PARA VEICULO DE
ÁREAS DO MANGUEZAL, ALEM DE ALTERAÇÃO ESGOTO PARA A REGIÃO. (CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA, REUSO DE ÁGUA, ETC.) ; IMPEDIR A OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE COLETA
REALIZADA PELOS CANAIS RETILINIZADOS PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS TAXAS DE OCUPAÇÃO NAS ÁREAS BALNEÁRIAS; IMPLANTAÇÃO DE
QUE DIMINUÍRAM O RITMO NATURAL DAS SISTEMA DE CONTROLE OPERACIONAL; PROGRAMAS DE CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS;
ÁGUAS DA PLANÍCIE ENTRE - MARES E DO
MANGUEZAL. OCUPAÇÃO VEM NECESSIDADES FUTURAS:
DESCARACTERIZANDO ENCOSTAS E NECESSIDADES FUTURAS: NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
NECESSIDADES FUTURAS: MELHORIA DE ACESSIBILIDADE
CORDÕES DE DUNAS FIXAS (RESTINGAS). PLANEJAMENTO GLOBAL PARA O CONSIDERANDO A PRESERVAÇÃO DO AQÜÍFERO DO CAMPECHE; IMPLANTAÇÃO DO SES,
PROGRAMAR AS OBRAS PARA COLETA; IMPEDIR O
SISTEMA DE DRENAGEM DESTA PRINCIPALMENTE NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO AQÜÍFERO, COM O OBJETIVO DE PRESERVAR A
DE IMPLANTAÇÃO DO SES. ADENSAMENTO URBANO URBANO E
UTP QUALIDADE DE SUAS ÁGUAS.
EXPANDIR A COLETA SELETIVA.

Quadro 18: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP21).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 187 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
2.2.5.2.4 Distrito do Campeche (UTP22 – Morro das Pedras e parte da UTP21 – Rio
Tavares)

O Distrito foi criado pela Lei nº 4805/95 de 21/12/1995, abrangendo a UTP22 –


Morro das Pedras e parte da UTP21 – Rio Tavares. Sua área é 35,32 Km2,
desmembrou-se do Distrito da Lagoa da Conceição. Fazem parte do Campeche as
localidades de Morro das Pedras, Praia do Campeche, Campeche e Rio Tavares.
(FOTOS 36 e 37).

Foto 36: Tipologia dos condomínios multifamiliares de médio a alto padrão no


Campeche.
Fonte: Arquivo Rosane Buzatto (2008).

A Praia do Campeche possui um conjunto de ecossistemas costeiros que inclui


praia, dunas, vegetação de restinga, riachos, banhados, lagoas e a floresta densa
que recobre os morros que demarcam e limitam as paisagens. Estes vêm sofrendo
constante descaracterização, principalmente pela ocupação decorrente da

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 188


especulação imobiliária. Esta distribuição espacial inadequada das ocupações
acontece em detrimento da paisagem costeira e dos morros, da manutenção de
espaços livres, dos remanescentes dos ambientes litorâneos, de áreas de lazer e
de equipamentos de uso público.

Foto 37: Vista panorâmica da ocupação na Planície entremares.


Fonte: http://www.campeche.org.br/fotos.htm.

O quadro observado no bairro é de pressão por urbanização, porém com carência


de planejamento, cujas conseqüências são a ocupação desordenada dos espaços
naturais, a implantação de espaços construídos com problemas estruturais crônicos
e a desintegração da identidade cultural local. Pode-se observar uma intensificação
recente da urbanização, com destaque para a implantação residências
multifamiliares em forma de loteamentos ou de condomínios.

A proliferação da ocupação de grandes áreas com moradia ou casa de veraneio


(segunda residência), decorrentes, principalmente, da atividade turística, ocorre em
velocidade ascendente no Campeche e representa séria ameaça à integridade dos
ambientes costeiros e marinhos. A excessiva visitação em ambientes frágeis, a

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 189


ocupação inadequada do solo, a desfiguração paisagística e a destruição de
ecossistemas acompanham tal processo, quando não existe um planejamento
urbano ou fiscalização eficiente. Esta franca urbanização, com projeções de
crescimento em virtude da proximidade do Distrito Sede, acarreta sérios problemas
quanto a esgotos domésticos, poluição do lençol freático e dos aqüíferos.
(QUADRO 19)

O padrão urbanístico do bairro é dominado por condomínios (condomínios


multifamiliares: prédios de dois pavimentos + ático e pilotis, e condomínios
horizontais), edificações térreas ou de dois pavimentos, com usos destinados a
residências e comércios de pequeno e médio porte, destinados à manutenção das
necessidades locais. Esta característica impõe feições de bairro
predominantemente residencial, em que parte significativa dos moradores trabalha
no Centro da Cidade.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 190


OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP22 MORRO DAS PEDRAS

MEIO FÍSICO ESGOTAMENT RESÍDUOS


DRENAGEM O SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA SÓLIDOS
71,3% DA POPULAÇÃO É ATENDIDA PELOS SERVIÇOS.
LAGOA DA CHICA: DEC. 135/88 - CERCA DE 98% COLETA
QUALIDADE 2 - ABASTECIDO PELO SCLS, CUJA CAPTAÇÃO PRINCIPAL É FEITA NA LAGOA CONVENCIONAL E COLETA
ÁREA: 4,6 HA - ESTÃO PROTEGIDOS DO PERI. EM ÉPOCAS DE ALTA TEMPORADA O SISTEMA É REFORÇADO COM POÇOS
A LAGOA E UMA FAIXA EM SEU SELETIVA UMA VEZ POR
PROFUNDOS LOCALIZADOS NA REGIÃO DO CAMPECHE. A CASAN TEM ENCONTRADO SEMANA
ENTORNO DE 50 METROS EM ALGUMA DIFICULDADE NO TRATAMENTO DAS ÁGUAS CAPTADAS NA LAGOA DO PERI,
RELAÇÃO AO LEITO. 0% DE COBERTURA A DESTINAÇÃO FINAL DOS
DEVIDO A PRESENÇA DE CIANOBACTÉRIAS DENOMINADAS CYLINDROSPERMOPSIS
LAGOINHA PEQUENA: DEC. 135/88 - EMISSÁRIO RESÍDUOS SÓLIDOS DA
RACIBORSKII. ESTE PROBLEMA, INCLUSIVE, ESTÁ SENDO PESQUISADO PELA UFSC EM
ÁREA: 27,5 HA - A LAGOINHA E UMA SUBMARINO DE COLETA CONVENCIONAL É O
PARCERIA COM A CASAN PARA BUSCA DE SOLUÇÕES. A ÁGUA SUBTERRÂNEA CAPTADA
ÁREA EM SEU ENTORNO, DE CAMPECHE MESMO PARA TODO O
NOS POÇOS DO AQÜÍFERO DO CAMPECHE EM ALTA TEMPORADA APRESENTAM
LARGURA VARIÁVEL, É MUNICÍPIO - ATERRO
ESPORADICAMENTE COLONIAS DE BACTÉRIAS FERRUGINOSAS, AS QUAIS NÃO SÃO
CONSIDERADA ÁREA VERDE DE SANITÁRIO LOCALIZADO NO
ELIMINADAS PELA INEXISTÊNCIA DE QUALQUER TIPO DE TRATAMENTO NA ÁGUA
LAZER (AVL), SENDO ASSIM MUNICÍPIO VIZINHO DE
FALTA DE ESPAÇO DE MANUTENÇÃO DOS CANAIS DE SUBTERRÂNEA CAPTADA. TAL FATO CONTRIBUI PARA QUE SEJA DISTRIBUIDA UMA ÁGUA
DEFINIDA PELO PLANO DIRETOR BIGUAÇÚ.
DRENAGEM, EM ALGUNS CASOS O TUBULAMENTO OCASIONA FORA DOS PADRÕES DE QUALIDADE EXIGIDOS PELA LEGISLAÇÃO VIGENTE.
DOS BALNEÁRIOS. PROBLEMAS GRAVES E DE DIFICIL MANUTENÇÃO.
AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS EXPASÃO URBANA
DUNAS DO CAMPECHE: DEC. 112/85 - POTENCIALMENTE
DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES
ÁREA 121 HA - É UM CAMPO DE ADENSADORA, OCASIONARÁ
DESTA IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. O PLANO DOS BALNEÁRIOS DO SCN,
DUNAS FIXAS, SEMI-FIXAS E MÓVEIS, AUMENTO CONSIDERAVEL NA
ELABORADO PELO IPUF, SERVIU DE BASE PARA O DIMENSIONAMENTO DE ÁGUA
SITUADO AO LONGO DA PRAIA DO PRODUÇÃO DE RESIDUOS.
EXISTENTE, O QUE DE ALGUMA FORMA CONTRIBUIU PARA QUE NÃO HOUVESSE UM
CAMPECHE.
OMPROMETIMENTO DA CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES.
APPS EM ÁREAS DE FAIXAS DE
ATUALMENTE EXISTE A NECESSIDADE DE ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE O CRESCIMENTO DAS AIS
RESTINGA E DUNAS.
ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA A REGIÃO. (RIO TAVARES E RIO
SEM MANANCIAIS. AQUIFEROS TAVARES II, TAPERA I;
A FALTA DE SERVIÇO O AQÜÍFERO QUE ABASTECE O SISTEMA JÁ ESTÁ NO SEU LIMITE DE EXPLOTAÇÃO,
MUITO UTILIZADOS NA REGIÃO PANAIAI) COMPROMETE TODA
DE ESGOTO CAUSA HAVENDO NECESSIDADE DE REFORÇO ATRAVÉS DO SIF.
(SOBRETUDO AQÜÍFERO INGLESES, A CIDADE, POIS A
JOAQUINA E RIO VERMELHO), NO POLUIÇÃO NOS CORPO PARTE DA OCUPAÇÃO URBANA EM CIMA DO AQÜÍFERO CAMPECHE
DE ÁGUA DA REGIÃO. DIFICULDADE DE COLETA
ENTANTO A INTENSA OCUPAÇÃO E O PROJETO DE DRENAGEM REALIZADO PARA A REGIÃO NÃO NESTAS ÁREAS OCASIONA A
O RÁPIDO CRESCIMENTO SEM FOI IMPLANTADO. AS LAGOAS E RESTINGAS SÃO ÁREAS DE A EXPLOSÃO IMOBILIÁRIA DOS BALNEÁRIOS DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS COLOCAÇÃO DE RESÍDUOS
ESTRUTURAÇÃO URBANA PRESERVAÇÃO PERMAMANTES E DESEMPENHAM PAPEL EXAURIRAM A CAPACIDADE DOS MANANCIAIS DISPONÍVEIS NESTAS REGIÕES (LAGORA EM LOCAIS IMPROPRIOS,
ADEQUADA VEM ACARRETANDO A IMPORTANTE NA DRENAGEM DA REGIÃO, ENTRETANDO A DO PERI, AQÜÍFERO DOS INGLESES, RIO VERMELHO E CAMPECHE). ESTA SITUAÇÃO PROVOCANDO PROBLEMAS
CONTAMINAÇÃO DO LENÇOL OCUPAÇÃO CRESCENTE DESTAS ÁREAS TORNA A SITUAÇÃO LEVOU A UM REFORÇO NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA PROVINDAS DE OUTRAS FONTES NA DRENAGEM,
FREÁTICO. CRÍTICA. (ATUALMENTE PELO SIF). NUM FUTURO PRÓXIMO, CERTAMENTE HAVERÁ NECESSIDADE INSTABILIDADE DE
ÁREA EM FRANCA URBANIZAÇÃO, EXISTE UMA TENDÂNCIA GRANDE DE OCUPAÇÃO DESTA UTP E DE SE BUSCAR OUTRAS FONTES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA ATENDER AS ENCOSTAS E PROBLEMAS
COM PROJEÇÕES DE CRESCIMENTO SEM UM PROJETO ADEQUADO A REGIÃO OS PROBLEMAS POPULAÇÕES DESTAS REGIÕES. RELACIONADOS A SAÚDE
EM VIRTUDE DA PROXIMIDADE DO TENDEM A SE AGRAVAR. PÚBLICA COMO UM TODO.
DISTRITO SEDE, E POR SER UMA
ÁREA DE PRAIAS AINDA POUCO NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS DOS
NECESSIDADES
OCUPADAS. ADENSAMENTO MANANCIAIS ATUALMENTE UTILIZADOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA; CONTROLE
ATUAIS: ELABORAR O
POPULACIONAL EM RESIDÊNCIAS DA OCUPAÇÃO E EXPANSÃO URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS MANANCIAIS
POPULAÇÃO RESIDENTE EM PARCELAMENTOS IRREGULARES PROJETO DE ESGOTO NECESSIDADES ATUAIS;:
MULTIFAMILIARES, SOBRETUDO AO UTILIZADOS PARA ABASTECIMENTO; PROGRAMAS PARA USO RACIONAL DE ÁGUA;
AFETADA EM GRANDES CHUVAS COM INUNDAÇÕES QUE PARA A REGIÃO, MELHORIA DOS ACESSOS
LONGO DA AV. CAMPECHE. INCENTIVO AO USO DE FONTES ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA, REUSO
COMPROMETEM AS VIAS DE ACESSO A PRAIAS. INTEGRANDO-O AO SES PARA VEICULO DE COLETA
PROBLEMAS SÉRIOS QUANTO A DE ÁGUA, ETC.) ; IMPEDIR A OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS TAXAS
DE PANTANO DO
ESGOTOS DOMÉSTICOS, POLUIÇÃO DE OCUPAÇÃO NAS ÁREAS BALNEÁRIAS; IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE
SUL/ARMAÇÃO.
DO LENÇOL FREÁTICO E DOS OPERACIONAL; PROGRAMAS DE CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS;
AQÜÍFEROS. OCUPAÇÃO E NECESSIDADES FUTURAS:
DESCARACTERIZAÇÃO DE DUNAS E NECESSIDADES MELHORIA DE
O CRESCIMENTO DAS AIS COMPROMETE DIRETAMENTE A NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE
RESTINGAS. OCUPAÇÃO FUTURAS: ACESSIBILIDADE PARA
REDE DE DRENAGEM ATRAVÉS DA CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA ÁGUA CONSIDERANDO A PRESERVAÇÃO DO AQÜÍFERO DO CAMPECHE; IMPLANTAÇÃO DO
DESORDENADA PODE INVIABILIZAR PROGRAMAR AS COLETA; IMPEDIR O
POR EFLUENTES DE ESGOTO DOMÉSTICO BRUTO LANÇADOS SES, PRINCIPALMENTE NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO AQÜÍFERO, COM O OBJETIVO DE
CORREDORES ECOLÓGICOS COM OBRAS DE ADENSAMENTO URBANO
INDEVIDAMENTE NA REDE. PRESERVAR A QUALIDADE DE SUAS ÁGUAS.
SUL E PARTE CENTRAL DA ILHA. IMPLANTAÇÃO DO SES. URBANO E EXPANDIR A
COLETA SELETIVA.

Quadro 19: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP22).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 191 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
2.2.5.2.5 Os Distritos de São João do Rio Vermelho, da Lagoa da Conceição e da
Barra da Lagoa (UTP5 - Lagoa da Conceição.)

a) Distrito de São João do Rio Vermelho

O Distrito originou-se a partir da Resolução Régia de 11/08/1831. Sua área é 31,68


Km2, fazem parte dele as seguintes localidades: Moçambique, Parque Florestal e a
própria Sede do Distrital São João do Rio Vermelho. Este distrito esta está inserido
na UTP5 - Lagoa da Conceição.

São João do Rio Vermelho abriga o Parque Florestal do Rio Vermelho, atualmente
com uma superfície de 1.465 hectares, representando 0,65% da área total do
Estado. Dentro dos limites do parque, é possível identificar algumas atividades
exercida pelo homem, no que diz respeito à pesquisa, turismo ecológico, lazer,
educação e outras atividades econômicas. No entorno do Parque Florestal do rio
Vermelho encontram-se os Distritos de Ingleses do Rio Vermelho, Lagoa da
Conceição, São João do Rio Vermelho e Barra da Lagoa.

Inicialmente tal como toda ilha, a região do distrito era habitada pelos índios tupis-
guaranis, podendo ser evidenciado pela presença dos sítios arqueológicos
encontrado na região. É bem conhecido o sambaqui da praia do Moçambique,
localizado nas dunas do Rio Vermelho, a poucos metros da praia, onde foram
encontrados e recolhidos ossadas humanas, vasos e outros objetos primitivos.

Sua economia atual está baseada nos resquícios da atividade pesqueira e agrícola,
no turismo e no comércio local.

b) Distrito da Lagoa da Conceição

O Distrito que está associado a UTP5- Lagoa da Conceição teve origem a partir
da Provisão Régia de 07/06/1750. Sua área é 55,28 Km2, sendo que dele fazem
atualmente parte as localidades: Costa da Lagoa, Praia e Parque da Galheta, Praia
da Joaquina, Lagoa da Conceição, Canto da Lagoa, Retiro da Lagoa, Praia Mole e
Porto da Lagoa. (FIG.40)

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 192


Figura 40: Vista Panorâmica -
Fonte: Guia Floripa. Fotos Eduardo Fortkamp.

Lagoa da Conceição

Localizada no Centro-Leste da Ilha, à latitude 27°34’S – 48°34’W, com comprimento


total (eixo Norte–Sul) de 13,5km, a Lagoa da Conceição tem uma superfície de
19,2km2, sendo rodeada pelas comunidades do Rio Vermelho, Barra da Lagoa,
Porto da Lagoa, Retiro da Lagoa, Canto da Lagoa, Centrinho, Canto dos Araçás e
Costa da Lagoa, e Praias da Joaquina, Mole, Galheta, Barra e Moçambique
(Barbosa, 2003).

A maior lagoa da Ilha, por sua beleza cênica, seus valores arqueológicos e
econômico, cada vez mais vem constituindo-se num dos principais pontos de
atração turística de Florianópolis, sendo conseqüente alvo de modificações de
origem antrópica.

A Bacia Hidrográfica da Lagoa da Conceição é o exemplo de um ambiente que


sofreu e ainda sofre intenso processo de ocupação antrópica e degradação de seus
recursos naturais, com reflexo no corpo lagunar, onde ocorrem os conflitos de uso
(navegação, pesca, turismo, esportes náuticos, lazer, entre outros), afetando a
qualidade ambiental urbana, de vida da população e da água.

“Nos anos 80 muitos turistas que chegaram atraídos pela ‘Ilha da Magia’,
encantavam-se com a beleza cênica da Lagoa da Conceição. Surgiu então,
uma nova atividade econômica, o turismo, que passa a ser a principal
atividade da região o que vem intensificar a especulação imobiliária.”
(PANITZ . et al, p.6)

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 193


Figura 41: Ocupações irregulares em áreas de encostas, dunas e orla, respectivamente.
Fonte: Arquivo INFOARQ.

c) Distrito da Barra da Lagoa

O Distrito da Barra da Lagoa é abrangido pela UTP5 - Lagoa da Conceição. Foi


criado a partir da Lei nº 4806 de 21/12/1995. Sua área é 4,75 Km2, desmembrado
do Distrito da Lagoa da Conceição, mais precisamente, a localidade da Barra da
Lagoa e Fortaleza;

As margens do canal que faz a ligação da lagoa com o mar, no Distrito da Barra da
Lagoa, como as margens da Lagoa, foi igualmente utilizadas pelas populações
através da história, atualmente abrigam a comunidade da Barra da Lagoa (norte) e
Fortaleza da Barra da Lagoa (sul) onde a cobertura vegetal já perdeu grande parte
de seu espaço original. Antigas atividades de coleta e extração de madeira mais
tarde deram lugar a culturas e pastagens.

Nas últimas décadas o turismo tem provocado flutuações populacionais


consideráveis a ponto de provocar alterações significativas na qualidade das águas
da laguna, e conseqüentemente do canal (Caruso & Frasson, 2000). (FIG.26).

Além disso, atualmente a expansão imobiliária parece ser o principal agente de


transformação da ocupação do solo nos entornos da área de estudo. Entretanto,
foram as dragagens e a construção de um molhe na desembocadura marinha as
principais alterações antrópicas realizadas na geometria e batimetria do canal
(IPUF, 2002).

A urbanização pode ser observada na montagem das fotos de 2000 tanto na


planície da Barra da Lagoa como nos morros e planícies da Fortaleza da Barra da
Lagoa. (FIG.42).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 194


Figura 42: Fotografia aérea de 2000, demonstrando a urbanização nas margens do canal.
Fonte: IPUF.

O Quadro 20 a seguir apresenta, de forma resumida, os principais atributos da


UTP5 - Lagoa da Conceição onde estão inseridos os Distritos de São João do Rio
Vermelho, da Lagoa da Conceição e da Barra da Lagoa. Estes atributos tratam da
ocupação do solo e do crescimento urbano descritos acima e suas relações com o
saneamento.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 195


OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP5 - LAGOA DA CONCEIÇÃO

ESGOTAMENTO SANITÁRIO
MEIO FÍSICO SÃO JOÃO DO RIO
DRENAGEM BARRA DA LAGOA LAGOA DA CONCEIÇÃO VERMELHO
PARQUE FLORESTAL DO RIO VERMELHO (ESTADUAL) DEC. EST. 2006/62 -ÁREA: 78% DE COBERTURA NA BARRA DA
1.100 HA (PRESENTE TAMBÉM NA UTP SANTINHO). 69% DE COBERTURA NA LAGOA DA CONCEIÇÃO - SES
LAGOA - SES BARRA DA LAGOA -
LAGOA DA CONCEIÇÃO - INFILTRAÇÃO NAS DUNAS DA
INFILTRAÇÃO DO SOLO EM TERRENO
PARQUE MUNICIPAL DAS DUNAS DA LAGOA DA CONCEIÇÃO DEC. MUN.231/88 - LAGOA DA CONCEIÇÃO
LOCALIZADO DENTRO DO PARQUE
ÁREA: 453 HA. ESTADUAL DO RIO VERMELHO.
O "CENTRINHO" DA LAGOA ENCONTRA
PARQUE MUNICIPAL DA GALHETA LEI MUN.3455/92 DEC. 698/94- ÁREA: 149,3 HA. PROBLEMAS DE DRENAGEM NAS
REGIÕES PROXIMAS AO LIC E PROXIMO
PARQUE MUNICIPAL DO MACIÇO DA COSTEIRA: LEI MUN.4605/95 DEC. 154/95 - A PONTE QUE DÁ ACESSO A AV. DAS
ÁREA: 1453,3 HA. (DIVIDIDO COM OUTRAS 3 UTP’S). RENDEIRAS.
A AMPLIAÇÃO RECENTE DO SES DA LAGOA DA CONCEIÇÃO
REGIÃO DA COSTA DA LAGOA -DEC. 247/86; ÁREA: 976,8 HA A PRAIA DA JOAQUINA AINDA POSSUI O APENAS RECENTEMENTE FOI TENDE A MELHORAR A BALNEABILIDADE DA REGIÃO. 0% DE COBERTURA EM SÃO
PROBLEMA DE LANÇAMENTO DE IMPLANTADO O SES DA BARRA ENTRETANTO, É URGENTE COMPLETAR O ATENDIMENTO JOÃO DO RIO VERMELHO
TODO O CAMINHO DA COSTA, A VEGETAÇÃO E AS EDIFICAÇÕES DE INTERESSE ESGOTO BRUTO NA REDE DE DALAGOA, O QUAL ATENDE PARTE DA COM SERVIÇOS DE ESGOTO EM TODA A ÁREA DE
HISTÓRICO E ARTÍSTICO EXISTENTE NA REGIÃO SÃO PROTEGIDOS POR ESSE DRENAGEM. ÁREA DO BALNEÁRIO. A POPULAÇÃO INFLUÊNCIA DA BACIA HIDROGRÁFICA. A EXISTÊNCIA DE
DECRETO. FLUTUANTE CRESCE MUITO EM ALGUNS PONTOS COM BALNEABILIDADE IMPRÓPRIA NA
ÉPOCAS DE VERÃO. LAGOA DA CONCEIÇÃO INDICA A PRESENÇA DE LIGAÇÕES
DUNAS DA BARRA DA LAGOA: LEI MUN.3711/92 -ÁREA: 6,6 HA CLANDESTINAS DE ESGOTO NA DRENAGEM LOCAL.
ÁREA CONSTITUÍDA POR DUNA MÓVEIS E FIXAS DE BAIXA ALTITUDE,
FORMANDO UM CORDÃO LITORÂNEO AO LONGO DA PRAIA DA BARRA DA LAGOA
E QUE TEM SUA CONTINUIDADE AO LONGO DA PRAIA DO MOÇAMBIQUE.
NÃO EXISTE ESPAÇO DE MANUTENÇÃO O CRESCIMENTO URBANO NA REGIÃO IMPLICA NO
O CRESCIMENTO URBANO NESTA UTP
ENCOSTAS -LEIS 2193/85 E 1851/82 -PROTEGE TODAS AS ENCOSTAS COM PARA OS CANAIS. SOLUÇÕES AUMENTO DO LANÇAMENTO DE ESGOTO BRUTO NAS
IMPLICARÁ NO AUMENTO DA POLUIÇÃO
DECLIVIDADE IGUAL OU SUPERIOR A 25°, OU 46,6%, RECOBERTAS OU NÃO POR INDIVIDUAIS SUBDIMENSIONADAS ÁGUAS DA LAGOA DA CONCEIÇÃO, ATÉ QUE SEJA
DAS ÁGUAS DO CANAL DA BARRA E DA
VEGETAÇÃO, O SISTEMA HIDROGRÁFICO QUE FORMA AS PRINCIPAIS BACIAS APENAS TRANSFEREM O PROBLEMA DE EXTENDIDA A REDE COLETORA ATÉ ESTAS NOVAS ÁREAS
PRAIA DA BARRA DA LAGOA.
DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA POTÁVEL, A PAISAGEM NATURAL E A FAUNA . LUGAR. OCUPADAS.

APP: ÁREA COM TOPOS DE MORROS, DECLIVIDADE ACENTUADA, NASCENTES E


CÓRREGOS, AMBIENTE LAGUNAR, RESTINGA E DUNAS, COSTÃO. O AUMENTO DO CRESCIMENTO NECESSIDADES ATUAIS:
NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR REDE COLETORA DE
URBANO IMPLICA EM MAIS SOLUÇÕES ESTUDAR O
NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR ESGOTO EM TODAS AS BACIAS DE ESGOTAMENTO
MANANCIAIS LOCAIS COM PEQUENA VAZÃO A OESTE DA UTP DE USO LOCAL. INDIVIDUAIS QUE NÃO RESOLVERÃO OS DIRECIONAMENTO DOS
REDE COLETORA DE ESGOTO EM PREVISTAS EM PROJETO. MANTER O MONITORAMENTO DO
AQUÍFERO ILHA NAS ENCOSTAS, COM PRESENÇA DE AQUIFEROS DE BOA PROBLEMAS, BEM COMO O AUMENTO ESGOTOS TRATADOS NA ETE
TODAS AS BACIAS DE ESGOTAMENTO LENÇOL FREÁTICO NO ENTORNO DA LAGOA DE
QUALIDADE NA PLANÍCIE COSTEIRA, SOBRETUDO AQUÍFERO INGLESES, DA REGIÃO IMPERMEABILIZADA DO DA LAGOA DA CONCEIÇÃO
PREVISTAS EM PROJETO. EVAPOTRANSPIRAÇÃO QUE RECEBE O EFLUENTE TRATADO
JOAQUINA, CONCEIÇÃO E RIO VERMELHO. ÁREA AINDA NÃO ESTÁ TÃO SOLO, LEVANDO MAIS ÁGUA AOS PARA O EMISSÁRIO
DA ETE LAGOA DA CONCEIÇÃO.
DENSAMENTE OCUPADA, NO ENTANTO A QUANTIDADE DE LIGAÇÃO DE CANAIS. SUBMARINO DE CAMPECHE.
ESGOTAMENTO DE EFLUENTES DOMÉSTICO EM FOSSA TIPO SÉPTICA PODE
PREJUDICAR OS AQÜÍFEROS EM FUNÇÃO DA FACILIDADE EM PERCOLAÇÃO DA
ÁGUA EM SOLO ARENOSO DOS AQÜÍFEROS NA PLANÍCIE. JÁ HÁ PESQUISAS
RELATANDO PROBLEMAS NO LENÇOL FREÁTICO DA LAGOA DA CONCEIÇÃO.
IMPORTANTE SALIENTAR A PROTEÇÃO DOS CAMPOS DE DUNAS E ÁREAS DE
RESTINGA COMO REPOSITÓRIA NATURAIS DO AQÜÍFERO.

ÁREA COM VÁRIAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO MUNICIPAIS E ESTADUAL.


SENDO EM GRANDE PARTE ÁREAS DE APP (PELA DISTÂNCIA DE RIOS,
NECESSIDADES FUTURAS: ESTUDAR O
CÓRREGOS E DA LAGOA), TOPOS DE MORROS, DECLIVIDADE ACENTUADA, A POPULAÇÃO É AFETADA POR
DIRECIONAMENTO DOS ESGOTOS NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAR O PROJETO DO NECESSIDADES FUTURAS:
DUNAS E RESTINGAS). OCUPAÇÃO EM FRANCO CRESCIMENTO NO DISTRITO DO INUNDAÇÕES PONTUAIS, SEJA NO
TRATADOS NA ETE BARRA DA LAGOA SISTEMA DE ESGOTO PARA ESTA REGIÃO, INTEGRANDO-O PROGRAMAR A IMPLANTAÇÃO
SÃO JOÃO DO RIO VERMELHO, ACARRETANDO PROBLEMAS PARA A CAMINHO PARA PRAIAS COMO EM
PARA O EMISSÁRIO SUBMARINO DE COM O SES DE JURERÊ/DANIELA. DO SES.
ALIMENTAÇÃO DOS AQÜÍFEROS QUE SÃO MUITO BONS NESSA REGIÃO. LOCAIS DE ESTADIA.
CAMPECHE.
PROBLEMAS QUANTO A POLUIÇÃO DA LAGOA DA CONCEIÇÃO, EM PROCESSO
CONTÍNUO E TECNICAMENTE COMPLICADO DE RESOLVER EM FUNÇÃO DA
ESTRUTURA GEOMORFOLÓGICA E SOLO (QUE POR SER MUITO ARENOSO NÃO
RETÉM A ÁGUA PERCOLANDO FACILMENTE AO LENÇOL E AOS AQÜÍFEROS,
INCLUSIVE ESGOTOS DOMÉSTICOS DE FOSSAS SÉPTICAS). CONSTRUÇÕES
NOVAS E DE ALTO PADRÃO NAS ENCOSTAS DO MORRO DA LAGOA E
ADJACÊNCIAS EM PREJUÍZO A VEGETAÇÃO NATIVA.

_______ 196 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP5 - LAGOA DA CONCEIÇÃO - CONTINUAÇÀO

ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS


96,5% DE COBERTURA NA BARRA DA LAGOA E 75,26% DE COBERTURA NA LAGOA DA CONCEIÇÃO – NIVEL DE QUALIDADE 2: ABASTECIDOS PELO SCLS, CUJA CAPTAÇÃO
PRINCIPAL É FEITA NA LAGOA DO PERI. EM ÉPOCAS DE ALTA TEMPORADA O SISTEMA É REFORÇADO COM POÇOS PROFUNDOS LOCALIZADOS NA REGIÃO DO
CAMPECHE. A CASAN TEM ENCONTRADO ALGUMA DIFICULDADE NO TRATAMENTO DAS ÁGUAS CAPTADAS NA LAGOA DO PERI, DEVIDO A PRESENÇA DE
CIANOBACTÉRIAS DENOMINADAS CYLINDROSPERMOPSIS RACIBORSKII. ESTE PROBLEMA, INCLUSIVE, ESTÁ SENDO PESQUISADO PELA UFSC EM PARCERIA COM A COLETA CONVENCIONAL CERCA DE 98% E COLETA SELETIVA UMA VEZ POR
CASAN PARA BUSCA DE SOLUÇÕES. A ÁGUA SUBTERRÂNEA CAPTADA NOS POÇOS DO AQÜÍFERO DO CAMPECHE EM ALTA TEMPORADA APRESENTAM SEMANA
ESPORADICAMENTE COLONIAS DE BACTÉRIAS FERRUGINOSAS, AS QUAIS NÃO SÃO ELIMINADAS PELA INEXISTÊNCIA DE QUALQUER TIPO DE TRATAMENTO NA ÁGUA
SUBTERRÂNEA CAPTADA. TAL FATO CONTRIBUI PARA QUE SEJA DISTRIBUIDA UMA ÁGUA FORA DOS PADRÕES DE QUALIDADE EXIGIDOS PELA LEGISLAÇÃO VIGENTE. A DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DA COLETA CONVENCIONAL É O
MESMO PARA TODO O MUNICÍPIO - ATERRO SANITÁRIO LOCALIZADO NO MUNICÍPIO
98,85% DE COBERTURA EM SÀO JOÃO DO RIO VERMELHO – NIVEL 3: NO SCN, ONDE O PRINCIPAL MANANCIAL É A ÁGUA SUBTERRÂNEA CAPTADA DE POÇOS DO VIZINHO DE BIGUAÇÚ.
AQÜÍFERO INGLESES/RIO VERMELHO, A ÁGUA DISTRIBUIDA TEM APRESENTADO UMA TURBIDEZ ACIMA DOS PADRÕES PERMITIDOS. ISTO TEM OCORRIDO APÓS O
TRATAMENTO APLICADO (DESINFECÇÃO, CORREÇÃO DE PH E FLUORETAÇÃO), O QUE TEM CAUSADO RECLAMAÇÕES CONSTANTES DA POPULAÇÃO. AS CAUSAS DESTE
PROBLEMA DEVERÃO SER INVESTIGADAS PELA CASAN.

PARTE DE OCUPAÇÃO URBANA DA LAGOA DA CONCEIÇÃO EM CIMA DO AQÜÍFERO CAMPECHE

OCUPAÇÃO URBANA INSERIDA 100% EM CIMA DO AQÜÍFERO INGLESES/RIO VERMELHO

AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS
O AUMENTO DO CRESCIMENTO URBANO TANTO LEGAL E A OCUPAÇÃO IRREGULAR
INSTALAÇÕES DESTA IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. OCUPAÇÕES EM LUGARES NÃO RECOMENDADOS, COMO AS ENCOSTAS DO MACIÇO DO MORRO DA CRUZ,
SÃO FATORES DE AUMENTO DE PRODUÇÃO DE RESÍDUOS, IMPLICANDO EM
COMPROMETEM A QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE ÁGUA (EXECUÇÃO DE MANUTENÇÕES DE REDE, SUJEITO A CONTAMINAÇÕES DA ÁGUA). NAS DEMAIS REGIÕES HÁ
AMPLIAÇÃO DE COLETA
FALTA DE ESPAÇO ADEQUADO PARA A REALIZAÇÃO DE OBRAS E MANUTENÇÃO DE REDE DE ÁGUA, PRINCIPALMENTE NA REGIÃO CENTRAL. A VERTICALIZAÇÃO E
ADENSAMENTO POPULACIONAL EM ALGUNS PONTOS DO SISTEMA PROVOCARAM DEFICIÊNCIA NO ABASTECIMENTO PELA OCORRÊNCIA DE REDES ATUALMENTE
SUBDIMENSIONADAS.
A POPULAÇÃO FLUTUANTE PROVOCA UM ACRESCIMO DE APROXIMADAMENTE 50%
AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADO APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS
NO VOLUME DE RESÍDUO COLETADO.
INSTALAÇÕES DESTA IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA.

A ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NÃO TEM OCORRIDO PARALELAMENTE AO CRESCIMENTO URBANO DO SIF, O QUE COMPROMETE O
SISTEMA COM RELAÇÃO À CAPACIDADE DE TRATAMENTO DA ETA, MACRODISTRIBUIÇÃO E RESERVAÇÃO, PRINCIPALMENTE.

NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS DOS MANANCIAIS ATUALMENTE UTILIZADOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA;
CONTROLE DA OCUPAÇÃO E EXPANSÃO URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS MANANCIAIS UTILIZADOS PARA ABASTECIMENTO; PROGRAMAS PARA USO RACIONAL DE
ÁGUA; INCENTIVO AO USO DE FONTES ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA, REUSO DE ÁGUA, ETC.); IMPEDIR A OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO;
NECESSIDADES ATUAIS; MELHORIA DE ACESSIBILIDADE PARA COLETA,
LIMITAR AS TAXAS DE OCUPAÇÃO NAS ÁREAS BALNEÁRIAS; AMPLIAÇÃO DA ETA PARA VAZÃO DE TRATAMENTO DE 3.000 L/S; IMPLANTAÇÃO DA MACROADUTORA DN 1200
CONTENÇÃO DO ADENSAMENTO E EXPANSÃO DE COLETA SELETIVA
MM JUNTO A BR 101; IMPLANTAÇÃO DA MACROADUÇÃO, DESDE A BR101 ATÉ BAIRRO JOÃO PAULO, PASSANDO POR UMA DAS PONTES; PLANO DE CONTINGÊNCIA E
EMERGÊNCIA PARA O ABASTECIMENTO DA ILHA; IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE OPERACIONAL; PROGRAMAS DE CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS;
COMPLEMENTAÇÃO DA RESERVAÇÃO; SUBSTITUIÇÃO DE REDES ANTIGAS.

NECESSIDADES FUTURAS: IMPLEMENTAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO PARA IMPEDIR A


NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS, INCLUSIVE CONSIDERANDO AS OCUPAÇÃO IRREGULAR, CRIAÇÃO DE ACESSOS FORA DE PADRÃO E MODERAÇÃO
DEMAIS REGIÕES CONURBADAS. NO ADENSAMENTO, JÁ QUE O GRANDE PROBLEMA NÃO É A COLETA, MAS A
DESTINAÇÃO FINAL DO RESÍDUO.

Quadro 20: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP5).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 197 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
2.2.5.2.6 Distrito de Santo Antônio de Lisboa (UTP7- Cacupé, UTP8- Santo Antônio
de Lisboa, UTP11 - Barra do Sambaqui e UTP10- Manguezal de Ratones)

Localizado ao Norte de Florianópolis, está associado as UTP7- Cacupé, UTP8-


Santo Antônio de Lisboa, UTP11- Barra do Sambaqui e UTP10- Manguezal de
Ratones, entre montanhas cobertas de mata e o mar da Baia Norte - que separa
a Ilha de Santa Catarina do continente. Santo Antônio de Lisboa preserva em
suas ruas fortes marcas da história da colonização açoriana.

O hoje Distrito de Santo Antônio de Lisboa, outrora freguesia de Nossa Senhora


das Necessidades, é composto atualmente pelas localidades de Santo Antônio de
Lisboa, Cacupé, Sambaqui e Barra de Sambaqui e está localizado no Noroeste da
Ilha de Santa Catarina. A localidade foi elevada à categoria de freguesia em 1750,
mas a ocupação luso-brasileira aconteceu na virada do século XVII para o século
XVIII.

A freguesia teve sua área consideravelmente diminuída com a criação da


freguesia de São Francisco de Paula de Canasvieiras, em 1835, e que teve sua
área totalmente desmembrada da freguesia de Nossa Senhora das Necessidades.
Com a criação da freguesia de Canasvieiras, deixaram de pertencer a Santo
Antônio as localidades de Lagoinha, Ponta das Canas, Cachoeira do Bom Jesus,
Vargem do Bom Jesus, Vargem Grande, Vargem Pequena, Canasvieiras, Jurerê,
Pontal e Ponta Grossa.

Em 1934 foi emancipada a localidade de Ratones que virou distrito. Outra


localidade que deixou de fazer parte do distrito, na década de 1980, foi Saco
Grande, que hoje compreende os bairros João Paulo, Monte Verde e Saco
Grande. Estes bairros hoje integram o distrito sede de Florianópolis.

Um dos bairros mais antigos da cidade, onde convivem diariamente famílias de


pescadores e nativos junto a intelectuais e artistas que escolheram o estilo calmo
do local para viver. A arquitetura seguiu o traçado de vilas portuguesas, com
construções em torno de duas ruas principais paralelas ao mar e algumas
transversais. Santo Antônio, além de ser um tranqüilo e belo balneário de águas
calmas e quentes, bairro residencial, é um importante reduto da cultura açoriana,

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 198


que possui um dos mais representativos conjuntos arquitetônicos da fase de
colonização litorânea do Estado de Santa Catarina.

Santo Antônio de Lisboa mantém um dos conjuntos arquitetônicos mais


representativos da fase de colonização do nosso litoral. Na via principal e nas
pequenas transversais estão presentes expressivos casarões antigos. Destaca-se a
igreja de Nossa Senhora das Necessidades, tombada pelo Decreto Municipal
1341/75 como patrimônio histórico e arquitetônico. É uma das mais belas
construções religiosas de origem portuguesa no litoral catarinense com peças e
imagens sacras de valor histórico e artístico. Seus altares podem ser considerados
especialmente barrocos e dos mais representativos do sul do país. Seu núcleo
histórico está protegido como Área de Preservação Cultural I, através da Lei
Municipal nº 2.193/85. (FOTO 34).

Santo Antônio é considerado foco de visitação (e não de turismo) devido às


características residenciais, falta de balneabilidade da praia, ao pequeno número de
meios de hospedagem e consequentemente, devido à conceituação de turista - que
é aquela pessoa que permanece no local por mais de 24 horas.

Foto 34: Vista do centro


historio de Santo Antônio de
Lisboa.
Fonte:
http://www.flickr.com/photos/g
raduale/3185190221/

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 199


UTP7 - Cacupé

A Praia de Cacupé, localizada na UTP7, se caracteriza pelo seu sítio acidentado,


com elevações entrecortadas por vales e longeando o mar calmo existente entre a
Ilha e o Continente. Sua praia, dividida em duas partes - uma ao norte, outra ao sul
- por uma elevação rochosa que avança até o mar, possui estreita faixa de areia em
parte acompanhando a Estrada Geral de Cacupé.

Apesar de serem belas, suas praias não são muito atrativas para banho devido à
dificuldade de acesso público em alguns pontos da praia como também a estreita
faixa de areia a beira-mar. Em alguns locais, o acesso à praia é inexistente, em
outros são criados acesso à praia de uso privado.

A ocupação do solo da praia de Cacupé é bastante antiga. Originou-se de


grandes sítios partindo da Estrada Geral até os divisores d'água. Alguns
desses sítios continuam com atividades ligadas a produção agrícola, embora
sem grande expressão. A maioria desses sítios se subdividiu em terrenos
com testadas estreitas e de grande comprimento, que aos poucos vão sendo
transformados em condomínios horizontais. (ORTH, 1994).

O ritmo acelerado de evolução da ocupação no Bairro de Cacupé, ocorrido na


última década, particularmente na década de 1990, demonstrou que o uso do solo
sofreu alterações em função do crescimento populacional em toda a Ilha e
especialmente naquela área. Os fatores determinantes foram: a proximidade com o
centro da cidade; o visual paisagístico; os terrenos liberados pela população nativa
de Cacupé que foram cedendo lugar aos condomínios horizontais e residências de
média a alta classe.

Até recentemente, a ocupação urbana ocorria de forma linear ao longo dos


caminhos de acesso. Nos últimos anos, a urbanização de novas áreas acontece na
forma de condomínios fechados horizontais, que se ligam à principal via pública.

Este processo de ocupação vem ocorrendo de forma mais acelerada,


transformando a localidade de Cacupé, numa extensão dos bairros residenciais da
Capital. À atratividade que essa região exerce soma-se à duplicação da SC-401
vindo facilitar a ligação com as áreas centrais.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 200


Os Quadros 21, 22 e 23 a seguir apresentam, de forma resumida, os principais
atributos da UTP7- Cacupé, UTP8- Santo Antônio de Lisboa, UTP11 - Barra do
Sambaqui e UTP10- Manguezal de Ratones) referentes ao meio físico e aos
serviços de saneamento e suas relações com a ocupação do solo, formas de
parcelamento e crescimento.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 201


OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP7 CACUPÉ

MEIO FÍSICO
DRENAGEM ESGOTAMENTO SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS
98% DA POPULAÇÀO ATENDIDA CERCA DE 98% COLETA
QUALIDADE 1 -QUANTO AO SIF, DADOS HISTÓRICOS DAS ANÁLISES EFETUADAS PARA CONVENCIONAL E COLETA SELETIVA
MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA DISTRIBUÍDA CONFIRMAM QUE SISTEMATICAMENTE UMA VEZ POR SEMANA
0% DE COBERTURA
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DE COR, TURBIDEZ E ALUMÍNIO APRESENTAM VALORES A DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS
SES DOS BALNEARIOS DE SANTO ANTONIO DE
SUPERIORES AOS PADRÕES EXIGIDOS PELA LEGISLAÇÃO VIGENTE (PORTARIA MS 518/2004). SÓLIDOS DA COLETA CONVENCIONAL É
LISBOA, CACUPÉ E SAMBAQUI (EM OBRAS).
RECENTEMENTE, INCLUSIVE, A PRÓPRIA CASAN NOTIFICOU EM SUAS FATURAS DE ÁGUA A O MESMO PARA TODO O MUNICÍPIO -
ENCOSTAS: LEIS 2193/85 PRESENÇA DE COLIFORMES NA ÁGUA DISTRIBUÍDA PARA A POPULAÇÃO EM ALGUNS PONTOS ATERRO SANITÁRIO LOCALIZADO NO
E 1851/82 - PROTEGE DO SIF. MUNICÍPIO VIZINHO DE BIGUAÇÚ
TODAS AS ENCOSTAS
COM DECLIVIDADE OS PROBLEMAS DE
IGUAL OU SUPERIOR A DRENAGEM ESTÃO
25°, OU 46,6%, RELACIONADOS A SOLUÇÕES SISTEMA INDEFINIDO - INDEFINIDO. A POPULAÇÃO AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE
RECOBERTAS OU NÃO INDIVIDUAIS REALIZADAS PROTESTA COM O LANÇAMENTO DO EFLUENTE ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES DESTA
POR VEGETAÇÃO, O PELOS PROPRIETARIOS DOS TRATADO NO RIO VERÍSSIMO, QUE TEM COMO IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. OCUPAÇÕES EM LUGARES NÃO RECOMENDADOS, COMO AS
SISTEMA HIDROGRÁFICO TERRENOS COM DESTINO FINAL AS ÁGUAS DA BAÍA NORTE. ENCOSTAS DO MACIÇO DO MORRO DA CRUZ, COMPROMETEM A QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE
QUE FORMA AS TUBULAÇÕES ÁGUA (EXECUÇÃO DE MANUTENÇÕES DE REDE, SUJEITO A CONTAMINAÇÕES DA ÁGUA). NAS
SUBDIMENSIONADAS. A FALTA DO SISTEMA DE ESGOTO TEM CAUSADO
PRINCIPAIS BACIAS DE ALTOS INDICES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS DA DEMAIS REGIÕES HÁ FALTA DE ESPAÇO ADEQUADO PARA A REALIZAÇÃO DE OBRAS E
CAPTAÇÃO DE ÁGUA BAÍA NORTE, EM UMA REGIÃO DE GRANDE MANUTENÇÃO DE REDE DE ÁGUA, PRINCIPALMENTE NA REGIÃO CENTRAL. A VERTICALIZAÇÃO E
POTÁVEL, A PAISAGEM ATIVIDADE DE MARICULTURA. HÁ NECESSIDADE ADENSAMENTO POPULACIONAL EM ALGUNS PONTOS DO SISTEMA PROVOCARAM DEFICIÊNCIA
O CRESCIMENTO DESORDENADO É
NATURAL E A FAUNA. DA CONTINUIDADE E ACELERAÇÃO DAS OBRAS NO ABASTECIMENTO PELA OCORRÊNCIA DE REDES ATUALMENTE SUBDIMENSIONADAS.
FATOR COMPLICADOR NA COLETA
APP: TOPOS DE DE IMPLANTAÇÃO DO SES, PARALIZADAS DEVIDO AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADO APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE
A INDEFINIÇÃO DO DESTINO DO EFLUENTE DA ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES DESTA
MORROS E PEQUENOS ETE. IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA.
CÓRREGOS.
SEM MANANCIAIS.
AQUÍFERO ILHA,
OCUPAÇÃO EM A ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NÃO TEM OCORRIDO
CONTÍNUO A REGIÃO COMEÇA A TER UM CRESCIMENTO
PARALELAMENTE AO CRESCIMENTO URBANO DO SIF, O QUE COMPROMETE O SISTEMA COM
MAIS ACELERADO, GANHANDO IMPORTÂNCIA AS
ADENSAMENTO, RELAÇÃO À CAPACIDADE DE TRATAMENTO DA ETA, MACRODISTRIBUIÇÃO E RESERVAÇÃO,
OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DO SE
DIFICULDADE TÉCNICA E PRINCIPALMENTE.
NATURAL EM
NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS DOS
UTILIZAÇÃO DO MANANCIAIS ATUALMENTE UTILIZADOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA; CONTROLE DA
O PARCELAMENTO DO SOLO
AQÜÍFERO; NÃO RESPEITOU O ESPAÇO OCUPAÇÃO E EXPANSÃO URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS MANANCIAIS UTILIZADOS
OCUPAÇÃO URBANA EM DESEJADO PARA PARA ABASTECIMENTO;PROGRAMAS PARA USO RACIONAL DE ÁGUA; INCENTIVO AO USO DE
CONSOLIDAÇÃO. RUAS MANUTENÇÃO DOS CANAIS NECESSIDADES ATUAIS: CONCLUIR AS OBRAS FONTES ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA, REUSO DE ÁGUA, ETC.) ; NECESSIDADES ATUAIS: MELHORIA DE
SUBINDO OS MORROS, DE DRENAGEM. DE IMPLANTAÇÃO DO SES. DEFINIR O DESTINO IMPEDIR A OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS TAXAS DE OCUPAÇÃO NAS ACESSIBILIDADE PARA COLETA,
FINAL DO EFLUENTE TRATADO. ÁREAS BALNEÁRIAS; AMPLIAÇÃO DA ETA PARA VAZÃO DE TRATAMENTO DE 3.000 L/S; MODERAÇÃO DO ADENSAMENTO E
SOBRETUDO TOPOS DE
IMPLANTAÇÃO DA MACROADUTORA DN 1200 MM JUNTO A BR 101; IMPLANTAÇÃO DA EXPANSÃO DE COLETA SELETIVA
MORROS, O QUE PODE
MACROADUÇÃO, DESDE A BR101 ATÉ BAIRRO JOÃO PAULO, PASSANDO POR UMA DAS PONTES;
ACARRETAR
PLANO DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA PARA O ABASTECIMENTO DA ILHA; IMPLANTAÇÃO DE
OCUPAÇÕES SISTEMA DE CONTROLE OPERACIONAL; PROGRAMAS DE CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS;
IRREGULARES EM APP E COMPLEMENTAÇÃO DA RESERVAÇÃO; SUBSTITUIÇÃO DE REDES ANTIGAS.
APL, GERANDO
PROBLEMAS NECESSIDADES FUTURAS: IMPLANTAR A REDE
AMBIENTAIS COM COLETORA DE ESGOTO NA LOCALIDADE DA NECESSIDADES FUTURAS:
O CRESCIMENTO URBANO BARRA DO SAMBAQUI. ESTUDAR O
DESMATAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO
IMPLICA EM NOVAS DIRECIONAMENTO DO EFLUENTE LÍQUIDO
EROSÃO DE ENCOSTAS. PARA IMPEDIR A OCUPAÇÃO
SOLUÇÕES INDIVIDUAIS QUE TRATADO PARA O EMISSÁRIO SUBMARINO DE NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE
IRREGULAR, CRIAÇÃO DE ACESSOS
CAUSARÃO MAIS PROBLEMAS INGLESES. ÁGUA DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS, INCLUSIVE CONSIDERANDO AS DEMAIS REGIÕES
FORA DE PADRÃO E MODERAÇÃO NO
PARA REGIÃO, CONURBADAS.
AS INSTALAÇÕES DE ESGOTO PRECISAM ESTAR ADENSAMENTO, JÁ QUE O GRANDE
TRANSFERINDO O PROBLEMA
SUFICIENTEMENTE CAPACITADAS PARA ATENDER PROBLEMA NÃO É A COLETA, MAS A
DE LUGAR.
AS DEMANDAS SUPLEMENTARES DEVIDO A DESTINAÇÃO FINAL DO RESÍDUO.
POPULAÇÃO FLUTUANTE.

Quadro 22: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP7).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 202 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP8 SANTO ANTÔNIO DE LISBOA

MEIO FÍSICO
DRENAGEM ESGOTAMENTO SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS
CERCA DE 98% COLETA
90,43% DE COBERTURA
CONVENCIONAL E COLETA SELETIVA
0% DE COBERTURA UMA VEZ POR SEMANA
QUALIDADE 1 - QUANTO AO SIF, DADOS HISTÓRICOS DAS ANÁLISES EFETUADAS PARA
O CAMINHO DOS AÇORES MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA DISTRIBUÍDA CONFIRMAM QUE SISTEMATICAMENTE
SES DOS BALNEARIOS DE SANTO ANTONIO DE A DESTINAÇÃO FINAL DOS
POSSUI PROBLEMA NA PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DE COR, TURBIDEZ E ALUMÍNIO APRESENTAM VALORES
RESTINGA DA PONTA DO LISBOA, CACUPÉ E SAMBAQUI (EM OBRAS). RESÍDUOS SÓLIDOS DA COLETA
DRENAGEM DEVIDO A SUPERIORES AOS PADRÕES EXIGIDOS PELA LEGISLAÇÃO VIGENTE (PORTARIA MS 518/2004).
SAMBAQUI: DEC. 112/85 - SOLUÇÕES INDIVIDUAIS CONVENCIONAL É O MESMO PARA
SISTEMA INDEFINIDO - INDEFINIDO. A POPULAÇÃO RECENTEMENTE, INCLUSIVE, A PRÓPRIA CASAN NOTIFICOU EM SUAS FATURAS DE ÁGUA A
ÁREA: 1,3 HÁ - A PONTA SUBDIMENSIONADAS QUE TODO O MUNICÍPIO - ATERRO
PROTESTA COM O LANÇAMENTO DO EFLUENTE PRESENÇA DE COLIFORMES NA ÁGUA DISTRIBUÍDA PARA A POPULAÇÃO EM ALGUNS PONTOS
APENAS TRANSFEREM O SANITÁRIO LOCALIZADO NO
DO SAMBAQUI SE TRATADO NO RIO VERÍSSIMO, QUE TEM COMO DO SIF.
PROBLEMA DO LUGAR. NÃO MUNICÍPIO VIZINHO DE BIGUAÇÚ
ORIGINOU ATRAVÉS DE DESTINO FINAL AS ÁGUAS DA BAÍA NORTE.
PROCESSO DE EXISTE ESPAÇO PARA
MANUTENÇÃO DOS CANAIS.
SEDIMENTAÇÃO DE UMA A FALTA DO SISTEMA DE ESGOTO TEM CAUSADO
NA REGIÃO DA PRAIA DE AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE
ANTIGA ILHA, CHAMADA ALTOS INDICES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS DA
SAMBAQUI EXISTEM PONTOS ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES DESTA
DE TÔMBOLO. A BAÍA NORTE, EM UMA REGIÃO DE GRANDE
DE INUNDAÇÕES. ATIVIDADE DE MARICULTURA. HÁ NECESSIDADE IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. O PLANO DOS BALNEÁRIOS DO SCLS, ELABORADO PELO IPUF,
COBERTURA VEGETAL É SERVE DE BASE PARA O DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
CARACTERIZADA POR DA CONTINUIDADE E ACELERAÇÃO DAS OBRAS
A FALTA UM PLANEJAMENTO EXISTENTE, O QUE DE ALGUMA FORMA CONTRIBUIU PARA QUE NÃO HOUVESSE UM
DE IMPLANTAÇÃO DO SES, PARALIZADAS DEVIDO
ÁRVORES FRUTÍFERAS INTEGRADO FAZ COM QUE AS COMPROMETIMENTO DA CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES.
A INDEFINIÇÃO DO DESTINO DO EFLUENTE DA
SOLUÇÕES INDIVIDUAIS SE
ETE.
APP: TOPOS DE TORNEM A OPÇÃO POR O SISTEMA FICOU PREJUDICADO ATUALMENTE NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO (MANANCIAL), O
O CRESCIMENTO DESORDENADO É
MORROS E COSTÃO. PARTE DE SUA POPULAÇÃO, QUE DEVERÁ SER REFORÇADO PELO SIF. FATOR COMPLICADOR NA COLETA
TORNANDO OS PROBLEMAS
SEM MANANCIAIS. PREOCUPANTES,
AQUÍFERO ILHA, PRINCIPALMENTE JUNTO AO A EXPLOSÃO IMOBILIÁRIA DOS BALNEÁRIOS DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS EXAURIRAM A
OCUPAÇÃO EM MAR A REGIÃO DOS CAPACIDADE DOS MANANCIAIS DISPONÍVEIS NESTAS REGIÕES (LAGORA DO PERI, AQÜÍFERO
CAMINHOS DOS AÇORES. A REGIÃO COMEÇA A TER UM CRESCIMENTO
CONTÍNUO DOS INGLESES, RIO VERMELHO E CAMPECHE). ESTA SITUAÇÃO LEVOU A UM REFORÇO NO
MAIS ACELERADO, GANHANDO IMPORTÂNCIA AS
ADENSAMENTO, ABASTECIMENTO DE ÁGUA PROVINDAS DE OUTRAS FONTES (ATUALMENTE PELO SIF). NUM
OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DO SE
DIFICULDADE TÉCNICA E FUTURO PRÓXIMO, CERTAMENTE HAVERÁ NECESSIDADE DE SE BUSCAR OUTRAS FONTES DE
NATURAL EM ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA ATENDER AS POPULAÇÕES DESTAS REGIÕES.
UTILIZAÇÃO DO
AQÜÍFERO
NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS DOS
MANANCIAIS ATUALMENTE UTILIZADOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA; CONTROLE DA
OCUPAÇÃO URBANA EM NECESSIDADES ATUAIS: CONCLUIR AS OBRAS
OCUPAÇÃO E EXPANSÃO URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS MANANCIAIS UTILIZADOS NECESSIDADES ATUAIS: MELHORIA
CONSOLIDAÇÃO. RUAS DE IMPLANTAÇÃO DO SES. DEFINIR O DESTINO
PARA ABASTECIMENTO; PROGRAMAS PARA USO RACIONAL DE ÁGUA; INCENTIVO AO USO DE DE ACESSIBILIDADE PARA COLETA,
SUBINDO OS MORROS, FINAL DO EFLUENTE TRATADO.
FONTES ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA, REUSO DE ÁGUA, ETC.) ; IMPEDIR A MODERAÇÃO DO ADENSAMENTO E
SOBRETUDO TOPOS DE OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS TAXAS DE OCUPAÇÃO NAS ÁREAS EXPANSÃO DE COLETA SELETIVA
MORROS, O QUE PODE BALNEÁRIAS; IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE OPERACIONAL; PROGRAMAS DE
ACARRETAR NECESSIDADES ATUAIS: O CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS; COMPLEMENTAÇÃO DA RESERVAÇÃO.
OCUPAÇÕES CRESCIMENTO URBANO NA
IRREGULARES EM APP E REGIÃO TORNA NECESSÁRIO
APL, GERANDO UM PLANEJAMENTO QUE NECESSIDADES FUTURAS: IMPLANTAR A REDE
ADEQUE OS SERVIÇOS DE COLETORA DE ESGOTO NA LOCALIDADE DA NECESSIDADES FUTURAS:
PROBLEMAS
DRENAGEM AS REAIS BARRA DO SAMBAQUI. ESTUDAR O IMPLEMENTAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO
AMBIENTAIS COM NECESSISDADES DESTA UTP PARA IMPEDIR A OCUPAÇÃO
DIRECIONAMENTO DO EFLUENTE LÍQUIDO
DESMATAMENTO E TRATADO PARA O EMISSÁRIO SUBMARINO DE IRREGULAR, CRIAÇÃO DE ACESSOS
EROSÃO DE ENCOSTAS.. NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
INGLESES. FORA DE PADRÃO E MODERAÇÃO
COM O OBJETIVO DE PRESERVAR A QUALIDADE DE SUAS ÁGUAS.
NO ADENSAMENTO, JÁ QUE O
AS INSTALAÇÕES DE ESGOTO PRECISAM ESTAR GRANDE PROBLEMA NÃO É A
SUFICIENTEMENTE CAPACITADAS PARA ATENDER COLETA, MAS A DESTINAÇÃO FINAL
AS DEMANDAS SUPLEMENTARES DEVIDO A DO RESÍDUO.
POPULAÇÃO FLUTUANTE.

Quadro 23: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP8).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 203 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP10 MANGUEZAL DE RATONES

MEIO FÍSICO
DRENAGEM ESGOTAMENTO SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS

MANGUEZAL DE RATONES (ESTAÇÃO


ECOLÓGICA DE CARIJÓS): DEC. FED.
94656/87 - ÁREA: 625,07 HA -É APP TODA
ÁREA ESTUÁRIO DO RIO RATONES E DO RIO
VERÍSSIMO, RECOBERTA PELA VEGETAÇÃO
DE MANGUE, BEM COMO TODA A EXTENSÃO
AO LONGO DA LINHA DA COSTA DO PONTAL
0% DE COBERTURA
DA DANIELA.

APP: TOPOS DE MORROS A LESTE E SUL DA


UTP, COM MANGUEZAL DOMINANDO A ÁREA
DA UTP, MÚLTIPLOS CANAIS DE DRENAGEM.

MANANCIAIS COM BAIXA VAZÃO, USO


LOCAL. DIFICULDADE NATURAL EM DRENAGEM NATURAL 0% DE COBERTURA 0% DE COBERTURA
UTILIZAÇÃO DO AQÜÍFERO.

ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL EM


VIRTUDE DO ECOSSISTEMA PRESENTE,
MANGUEZAL. AMBIENTE SENSÍVEL A
OCUPAÇÕES AO LONGO DOS CANAIS DE
DRENAGEM. PROBLEMAS AMBIENTAIS
NECESSIDADES ATUAIS: MELHORIA DE
OCASIONADOS PELA PROXIMIDADES DA
ACESSIBILIDADE PARA COLETA, DIMINUIÇÃO
RODOVIA SC 401 (RUÍDO, ÓLEO,
DO ADENSAMENTO E EXPANSÃO DE COLETA
ATROPELAMENTO DE ANIMAIS E LIXO E
SELETIVA
ENTULHO AO LONGO DA RODOVIA), ALEM DE
ALTERAÇÃO REALIZADA PELOS CANAIS
RETILINIZADOS QUE DIMINUÍRAM O RITMO NECESSIDADES FUTURAS: IMPLEMENTAÇÃO
NATURAL DAS ÁGUAS DO MANGUEZAL. DE FISCALIZAÇÃO PARA IMPEDIR A
OCUPAÇÃO IRREGULAR, CRIAÇÃO DE
ACESSOS FORA DE PADRÃO E MODERAÇÃO
NO ADENSAMENTO, JÁ QUE O GRANDE
PROBLEMA NÃO É A COLETA, MAS A
DESTINAÇÃO FINAL DO RESÍDUO.

Quadro 24: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP10).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 204 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP11 BARRA DO SAMBAQUI

MEIO FÍSICO
DRENAGEM ESGOTAMENTO SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS
90,43% DE COBERTURA
CERCA DE 98% COLETA
CONVENCIONAL E COLETA SELETIVA
0% DE COBERTURA QUALIDADE 1 - QUANTO AO SIF, DADOS HISTÓRICOS DAS ANÁLISES EFETUADAS
UMA VEZ POR SEMANA
PARA MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA DISTRIBUÍDA CONFIRMAM QUE
SES DOS BALNEARIOS DE SANTO ANTONIO DE SISTEMATICAMENTE PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DE COR, TURBIDEZ E
A DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS
LISBOA, CACUPÉ E SAMBAQUI (EM OBRAS). ALUMÍNIO APRESENTAM VALORES SUPERIORES AOS PADRÕES EXIGIDOS PELA
SÓLIDOS DA COLETA CONVENCIONAL É
LEGISLAÇÃO VIGENTE (PORTARIA MS 518/2004). RECENTEMENTE, INCLUSIVE, A
O MESMO PARA TODO O MUNICÍPIO -
SISTEMA INDEFINIDO - INDEFINIDO. A POPULAÇÃO PRÓPRIA CASAN NOTIFICOU EM SUAS FATURAS DE ÁGUA A PRESENÇA DE
ATERRO SANITÁRIO LOCALIZADO NO
PROTESTA COM O LANÇAMENTO DO EFLUENTE COLIFORMES NA ÁGUA DISTRIBUÍDA PARA A POPULAÇÃO EM ALGUNS PONTOS DO
MUNICÍPIO VIZINHO DE BIGUAÇÚ
TRATADO NO RIO VERÍSSIMO, QUE TEM COMO SIF.
DESTINO FINAL AS ÁGUAS DA BAÍA NORTE.
DRENAGEM NATURAL
APP: TOPOS DE
A FALTA DO SISTEMA DE ESGOTO TEM CAUSADO AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS
MORROS.
ALTOS INDICES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS DA SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS
BAÍA NORTE, EM UMA REGIÃO DE GRANDE INSTALAÇÕES DESTA IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. O PLANO DOS
SEM MANANCIAIS.
ATIVIDADE DE MARICULTURA. HÁ NECESSIDADE BALNEÁRIOS DO SCLS, ELABORADO PELO IPUF, SERVE DE BASE PARA O
AQUÍFERO ILHA, DA CONTINUIDADE E ACELERAÇÃO DAS OBRAS DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EXISTENTE, O
OCUPAÇÃO EM DE IMPLANTAÇÃO DO SES, PARALIZADAS DEVIDO QUE DE ALGUMA FORMA CONTRIBUIU PARA QUE NÃO HOUVESSE UM
CONTÍNUO A INDEFINIÇÃO DO DESTINO DO EFLUENTE DA COMPROMETIMENTO DA CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES.
ADENSAMENTO, ETE.
DIFICULDADE TÉCNICA E O SISTEMA FICOU PREJUDICADO ATUALMENTE NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO O CRESCIMENTO DESORDENADO É
NATURAL EM (MANANCIAL), O QUE DEVERÁ SER REFORÇADO PELO SIF. FATOR COMPLICADOR NA COLETA
UTILIZAÇÃO DO
AQÜÍFERO
A EXPLOSÃO IMOBILIÁRIA DOS BALNEÁRIOS DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS
SEM OCUPAÇÃO A REGIÃO COMEÇA A TER UM CRESCIMENTO EXAURIRAM A CAPACIDADE DOS MANANCIAIS DISPONÍVEIS NESTAS REGIÕES
URBANA . ÁREA QUE MAIS ACELERADO, GANHANDO IMPORTÂNCIA AS (LAGORA DO PERI, AQÜÍFERO DOS INGLESES, RIO VERMELHO E CAMPECHE). ESTA
PREFERIVELMENTE OBRAS SITUAÇÃO LEVOU A UM REFORÇO NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA PROVINDAS DE
DEVE SER ÁREAS DE OUTRAS FONTES (ATUALMENTE PELO SIF). NUM FUTURO PRÓXIMO, CERTAMENTE
23.310.865 (52,8%)DE IMPLANTAÇÃO DO SE HAVERÁ NECESSIDADE DE SE BUSCAR OUTRAS FONTES DE ABASTECIMENTO DE
PROTEÇÃO AMBIENTAL,
ÁGUA PARA ATENDER AS POPULAÇÕES DESTAS REGIÕES.
OU COM LIMITAÇÃO A
OCUPAÇÃO. SE MANTIDAS AS ATUAIS CONFIGURAÇÕES
FRAGILIDADE DO NÃO SERÃO NECESSÁRIOS SERVIÇOS DE
NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS
AMBIENTE EM VIRTUDE DRENAGEM NA REGIÃO.
DOS MANANCIAIS ATUALMENTE UTILIZADOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA;
DE HAVER MORROS E NECESSIDADES ATUAIS: CONCLUIR AS OBRAS CONTROLE DA OCUPAÇÃO E EXPANSÃO URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS
NECESSIDADES ATUAIS: MELHORIA DE
ENCOSTAS QUE DE IMPLANTAÇÃO DO SES. DEFINIR O DESTINO MANANCIAIS UTILIZADOS PARA ABASTECIMENTO; PROGRAMAS PARA USO
ACESSIBILIDADE PARA COLETA,
DESCEM DIRETAMENTE FINAL DO EFLUENTE TRATADO. RACIONAL DE ÁGUA; INCENTIVO AO USO DE FONTES ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO
MODERAÇÃO DO ADENSAMENTO E
A BAÍA NORTE, A DE ÁGUA DE CHUVA, REUSO DE ÁGUA, ETC.) ; IMPEDIR A OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE
EXPANSÃO DE COLETA SELETIVA
OCUPAÇÃO PODE PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS TAXAS DE OCUPAÇÃO NAS ÁREAS BALNEÁRIAS;
IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE OPERACIONAL; PROGRAMAS DE
GERAR PROBLEMAS DE
CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS; COMPLEMENTAÇÃO DA RESERVAÇÃO.
EROSÃO E MOVIMENTO
DE MASSAS.
NECESSIDADES FUTURAS: IMPLANTAR A REDE
COLETORA DE ESGOTO NA LOCALIDADE DA
NECESSIDADES FUTURAS:
BARRA DO SAMBAQUI. ESTUDAR O
IMPLEMENTAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO
O AUMENTO NO CRESCIMENTO URBANO DIRECIONAMENTO DO EFLUENTE LÍQUIDO
PARA IMPEDIR A OCUPAÇÃO
IMPLICA EM IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO TRATADO PARA O EMISSÁRIO SUBMARINO DE NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE
IRREGULAR, CRIAÇÃO DE ACESSOS
E CONSEQUENTE AUMENTO DO INGLESES. ABASTECIMENTO DE ÁGUA COM O OBJETIVO DE PRESERVAR A QUALIDADE DE
FORA DE PADRÃO E MODERAÇÃO NO
ESCOAMENTO SUPERCIAL, ALGO QUE SUAS ÁGUAS.
ADENSAMENTO, JÁ QUE O GRANDE
DEVE SER EVITADO PARA A REGIÃO. AS INSTALAÇÕES DE ESGOTO PRECISAM ESTAR
PROBLEMA NÃO É A COLETA, MAS A
SUFICIENTEMENTE CAPACITADAS PARA ATENDER
DESTINAÇÃO FINAL DO RESÍDUO.
AS DEMANDAS SUPLEMENTARES DEVIDO A
POPULAÇÃO FLUTUANTE.

Quadro 25: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP11).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 205 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
2.2.5.2.7 Distrito da Cachoeira do Bom Jesus

O Distrito da Cachoeira do Bom Jesus foi criado pela Lei Municipal n º 394 de
19/02/1916, estando associado as UTP12 - Papacuara, UTP17 - Ponta das
Canas, UTP18 - Praia Brava e UTP19 - Lagoinha do Norte. Sua área é 30,37
Km2, fazem parte desse Distrito as seguintes localidades: Cachoeira do Bom Jesus,
Vargem do Bom Jesus, Vargem Grande, Ponta das Canas, Praia Brava e
Lagoinha.

A UTP12 - Papacuara possui 23.310.865m2 (52,8%) inseridos no Distrito de


Cachoeira de Bom Jesus e 20.835.908m2 (47,2%) inseridos no Distrito de
Canasvieiras.

A configuração do sítio diferenciada, em relação à Canasvieiras e Jurerê,


condicionou o diferente processo de crescimento estabelecido na praia de
Cachoeira, totalmente ligado à ocupação nativa e sua estrutura de
parcelamento criada para a atividade agrícola. Os ecossistemas que
compunham seu sítio eram: a restinga, pouco presente na orla; o mangue,
que se encontrava muito pouco ao sul; e a mata-atlântica, que sofreu
enormemente com a agricultura, que arrasou as florestas não só na planície
como também nos morros.(MORITZ).

Ainda segundo MORITZ, a ocupação da área foi inicialmente provocada justamente


pela atividade agrícola que esteve bastante ligada a produção da bacia do rio
Ratones, ao sul. Mas posteriormente pela década de 60 com o advento do turismo,
a procura pela praia de águas calmas e claras trouxe para a região um capital
turístico sobretudo de pessoas físicas, que apesar de relativamente não ser
expressivo, no conjunto, foi capaz de transformar a paisagem e levar os lavradores
e pescadores a desmembrarem suas propriedades e colocarem a venda suas
terras, acelerando o já em andamento processo de declínio de suas atividades
artesanais de pesca e agricultura de subsistência.

O crescimento gradativo gerado pela espontaneidade da ocupação não


trouxe desenvolvimentos bruscos e vigorosos no contexto de Cachoeira. Por
isso mantem-se predominantemente edificações uni-familiares, soltas no lote
sem haver grandes densidades. A existência de lotes de maiores proporções
atraiu a implantação de complexos turísticos, principalmente nos lotes de
orla, que também bloqueiam muito o acesso público da praia. Nos lotes
maiores voltados para o lado do morro vêm se construindo condomínios

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 206


fechados unifamiliares, que apenas configuram uma realidade que já está
presente nas ruas sem saída.
Naturalmente essas ruas já possuem um caráter reservado, com mais
privacidade de uso dos próprios moradores. Porém, o fechamento que se
faz desses espaços, que se trata de uma resposta a crescente violência,
acaba gerando segregação do espaço a partir da redução do espaço
público. (MORITZ).

Praia Brava (UTP18)

É uma enseada de pouco mais de 1,5 km de extensão, onde o azul do mar


contrasta com o verde da Mata Atlântica - vegetação que cobre boa parte das
encostas. O balneário é limitado a oeste pelos morros que a separam das praias
da Lagoinha e Ponta das Canas. Estes morros possuem em média 150 m de
altitude, atingindo 200 m no pico mais alto, formando um relevo fortemente
dissecado, contrastando com a faixa de areia plana. Da base dos morros até o mar,
a maior distância é de 400 m o que ajuda a compor uma paisagem de grande
beleza natural, com forte contraste da mata nativa nos morros, a faixa de areia
branca da praia e o azul do mar.

Atualmente é uma das praias mais elitizadas de Santa Catarina. Sendo um


balneário planejado (O loteamento América do Sol, que deu origem à Praia Brava,
foi aprovado em 1987) com uma boa infraestrutura possuindo hotéis e condomínios
de elevado padrão, assim como bares e restaurantes de ótimo nível.

A beleza da praia tem atraído dezenas de investidores, os quais passaram a


construir os grandes condomínios. As obras, entretanto, não levaram em conta a
disponibilidade limitada dos recursos hídricos subterrâneos e a falta de um
planejamento adequado quanto ao saneamento básico.

Os Quadros 26, 27, 28 e 29 a seguir apresentam, de forma resumida, os principais


atributos da UTP12 - Papacuara, UTP17 - Ponta das Canas, UTP18 - Praia Brava
e UTP19 - Lagoinha do Norte. referentes ao meio físico e aos serviços de
saneamento e suas relações com a ocupação do solo, formas de parcelamento e
crescimento urbano. Um maior detalhamento encontra-se no Apêndice D –
Matrizes: Ocupação Urbana x Serviços de Saneamento que traz as Matrizes dos
atributos da ocupação urbana, meio físico, drenagem, esgotamento sanitário,
abastecimento de água e resíduos sólidos.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 207


OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP12 - PAPACUARA

MEIO FÍSICO ESGOTAMENTO


DRENAGEM SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS
98% DE COBERTURAÇ
CERCA DE 98% COLETA CONVENCIONAL E
MANGUEZAL DE RATONES (ESTAÇÃO QUALIDADE DA ÁGUA: 3 - NO SCN, ONDE O PRINCIPAL MANANCIAL É A ÁGUA COLETA SELETIVA UMA VEZ POR SEMANA
73& DE COBERTURA
ECOLÓGICA DE CARIJÓS) - DEC. FED. 94656/87 SUBTERRÂNEA CAPTADA DE POÇOS DO AQÜÍFERO INGLESES/RIO VERMELHO, A
SES DO BALNEÁRIO DE A DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
- ÁREA: 625,07 HA - É APP TODA ÁREA ÁGUA DISTRIBUIDA TEM APRESENTADO UMA TURBIDEZ ACIMA DOS PADRÕES
CANASVIEIRAS DA COLETA CONVENCIONAL É O MESMO PARA
ESTUÁRIO DO RIO RATONES E DO RIO PERMITIDOS. ISTO TEM OCORRIDO APÓS O TRATAMENTO APLICADO
TODO O MUNICÍPIO - ATERRO SANITÁRIO
VERÍSSIMO, RECOBERTA PELA VEGETAÇÃO DESTINO - RIO PAPAQUARA (DESINFECÇÃO, CORREÇÃO DE PH E FLUORETAÇÃO), O QUE TEM CAUSADO
LOCALIZADO NO MUNICÍPIO VIZINHO DE
RECLAMAÇÕES CONSTANTES DA POPULAÇÃO. AS CAUSAS DESTE PROBLEMA
DE MANGUE, BEM COMO TODA A EXTENSÃO BIGUAÇÚ.
DEVERÃO SER INVESTIGADAS PELA CASAN.
AO LONGO DA LINHA DA COSTA DO PONTAL ESTA UTP POSSUI UMA GRANDE ÁREA
DA DANIELA. SUSCETÍVEL A INUNDAÇÕES. A REGIÃO É
APPÇ TOPOS DE MORROS NO LIMITES LESTE AFETADA PELO ASSOREAMENTO DO
DA UTP, VÁRIAS NASCENTES NA ENCOSTA, MANGUEZAL DE RATONES. AS ÁREAS NÃO ATENDIDAS COM
A OCUPAÇÃO CLANDESTINA AS MARGENS REDE COLETORA DE ESGOTO AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS
CÓRREGOS, RIOS DE PLANÍCIE, A OESTE
DOS RIOS PAPAQUARA E VARGEM GRANDE TEM CAUSADO POLUIÇÃO NO SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS
MANGUEZAL. INSTALAÇÕES DESTA IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. O PLANO DOS
E NAS PROXIMADES DA RODOVIA SC-401 É RIO PAPAQUARA E NAS ÁGUAS
COM MANANCIAIS DE BAIXA VAZÃO NAS PREOCUPANTE, DEVIDO AO RISCO DE DA BAÍA NORTE. BALNEÁRIOS DO SCN, ELABORADO PELO IPUF, SERVIU DE BASE PARA O
ENCOSTAS A LESTE, COM POSSIBILIDADE DE DIMENSIONAMENTO DE ÁGUA EXISTENTE, O QUE DE ALGUMA FORMA CONTRIBUIU DIFICULDADE DE COLETA NAS OCUPAÇÕES
ENCHENTES NA REGIÃO (CANASVIEIRAS; A INFRAESTRUTURA DE ESGOTO
ABASTECIMENTO LOCAL. IMPORTANTES PARA QUE NÃO HOUVESSE UM OMPROMETIMENTO DA CAPACIDADE DAS IRREGULARES.
VILA UNIÃO; RIO PAPAQUARA) NÃO TEM ACOMPANHADO O
AQÜÍFEROS INGLESES E RIO VERMELHO EM INSTALAÇÕES. O CRESCIMENTO DAS AIS (CANASVIEIRAS;
CRESCIMENTO URBANO LOCAL.
FRANCA UTILIZAÇÃO PELA COMUNIDADE. NO ISTO TEM CAUSADO A POLUIÇÃO ATUALMENTE EXISTE A NECESSIDADE DE ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR VILA UNIÃO-CONJUNTO HABITACIONAL;
ENTANTO O PROCESSO CRESCENTE DE DOS CORPOS DE ÁGUA DA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA A REGIÃO. MORRO DO MOSQUITO; RIO PAPAQUARA -
OCUPAÇÃO URBANA VEM ACARRETANDO REGIÃO E COMPROMETENDO A O AQÜÍFERO QUE ABASTECE O SISTEMA JÁ ESTÁ NO SEU LIMITE DE EXPLOTAÇÃO, OCUPAÇÃO NAS MARGENS DO RIO)
PROBLEMAS COM QUEDA DA QUALIDADE DA BALNEABILIDA DA ORLA HAVENDO NECESSIDADE DE REFORÇO ATRAVÉS DO SIF. COMPROMETE TODA A CIDADE, POIS A
MARINHA. DIFICULDADE DE COLETA NESTAS ÁREAS
ÁGUA, EM VIRTUDE DE NÃO HAVER
OCASIONA A COLOCAÇÃO DE RESÍDUOS EM
TRATAMENTO DO ESGOTO SUFICIENTE, LOCAIS IMPROPRIOS, PROVOCANDO
PORTANTO FOSSAS SÉPTICAS PROBLEMAS NA DRENAGEM, INSTABILIDADE
CONTAMINANTES DOS AQÜÍFEROS. AS INSTALAÇÕES DE ESGOTO DE ENCOSTAS E PROBLEMAS RELACIONADOS
IMPORTANTE SALIENTAR A PROTEÇÃO DOS A EXPLOSÃO IMOBILIÁRIA DOS BALNEÁRIOS DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS
AS MARGENS DOS CANAIS DEVEM SER PRECISAM ESTAR A SAÚDE PÚBLICA COMO UM TODO.
EXAURIRAM A CAPACIDADE DOS MANANCIAIS DISPONÍVEIS NESTAS REGIÕES.
CAMPOS DE DUNAS E ÁREAS DE RESTINGA PRESERVADAS PARA QUE OS TRABALHOS SUFICIENTEMENTE ESTA SITUAÇÃO LEVOU A UM REFORÇO NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
COMO REPOSITORES NATURAIS DOS DE MANUTENÇÃO E LIMPEZA POSSAM SER CAPACITADAS PARA ATENDER PROVINDAS DE OUTRAS FONTES (ATUALMENTE PELO SIF). NUM FUTURO
AQÜÍFEROS EXECUTADOS. AS DEMANDAS PRÓXIMO, CERTAMENTE HAVERÁ NECESSIDADE DE SE BUSCAR OUTRAS FONTES
UTP QUE APRESENTA ÁREAS COM A IMPLANTAÇÃO DO SAPIENS PARK SUPLEMENTARES DEVIDO A DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA ATENDER AS POPULAÇÕES DESTAS REGIÕES.
TORNARÁ NECESSÁRIO NOVAS SOLUÇÕES POPULAÇÃO FLUTUANTE QUE
CARACTERÍSTICAS URBANAS (NO EXISTE CRESCIMENTO DE AIS NA REGIÃO, AFETANDO SIGNIFICATIVAMENTE
DE DRENAGEM PARA A ÁREA. TEM NESTA UTP UMA
BALNEÁRIO); RURAIS E DE PROTEÇÃO INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA ÁREAS DE DUNAS E MANGUES, DIFICULTANDO O ABASTECIMENTO NESTAS ÁREAS.
PERMANENTE. VEM SOFRENDO COM
OCUPAÇÃO AO LONGO DAS MARGENS DE O CRESCIMENTO DAS AIS COMPROMETE
NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS
CÓRREGOS E CANAIS DE DRENAGEM DIRETAMENTE A REDE DE DRENAGEM
DOS MANANCIAIS ATUALMENTE UTILIZADOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA;
(DIMINUINDO INCLUSIVE A CALHA DOS RIOS), ATRAVÉS DA CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA NECESSIDADES ATUAIS:
CONTROLE DA OCUPAÇÃO E EXPANSÃO URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS
OCUPAÇÃO DE RESTINGAS E DUNAS. ÁREAS POR EFLUENTES DE ESGOTO DOMÉSTICO INTEGRAR AO PROJETO DO SES
MANANCIAIS UTILIZADOS PARA ABASTECIMENTO;PROGRAMAS PARA USO NECESSIDADES ATUAISÇ ORGANIZAÇÃO DA
DE APP AO LONGO DOS CANAIS DE BRUTO LANÇADOS INDEVIDAMENTE NA DE CANASVIEIRAS AS ÁREAS
RACIONAL DE ÁGUA; INCENTIVO AO USO DE FONTES ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO OCUPAÇÃO E MELHORIA DE ACESSO PARA
REDE. O AUMENTO DA POPULAÇÃO NÃO É AINDA NÃO ATENDIDAS NA
DRENAGEM NÃO ESTÃO SENDO REGIÃO DE INFLUÊNCIA DESTA
DE ÁGUA DE CHUVA, REUSO DE ÁGUA, ETC.) ; IMPEDIR A OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE COLETA
RECOMENDADO POR SER UMA ZONA DE
OBSERVADAS, CONTRIBUI PARA A EROSÃO E PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS TAXAS DE OCUPAÇÃO NAS ÁREAS BALNEÁRIAS;
RISCO DE ENCHENTES, O CRESCIMENTO UTP.
ASSOREAMENTO . PROBLEMAS AMBIENTAIS IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE OPERACIONAL; PROGRAMAS DE
NESTA REGIÃO AUMENTA O NÚMERO DE
OCASIONADOS PELA PROXIMIDADES DA CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS;
AFETADOS PELO PROBLEMA.
RODOVIA SC 401 (RUÍDO, ÓLEO,
ATROPELAMENTO DE ANIMAIS E LIXO E NECESSIDADES FUTURAS: IMPLEMENTAÇÃO
ENTULHO AO LONGO DA RODOVIA), ALEM DE NECESSIDADES FUTURAS: DE FISCALIZAÇÃO PARA IMPEDIR A
NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE
ALTERAÇÃO REALIZADA PELOS CANAIS ESTUDAR O DERICIONAMENTO OCUPAÇÃO IRREGULAR, CRIAÇÃO DE
NECESSIDADES ATUAIS: DESOCUPAÇÃO ABASTECIMENTO DE ÁGUA CONSIDERANDO A PRESERVAÇÃO DOS AQÜÍFEROS;
DO EFLUENTE TRATADO PARA O ACESSOS FORA DE PADRÃO E MODERAÇÃO
RETILINIZADOS QUE DIMINUÍRAM O RITMO DAS MARGENS DOS RIOS DA REGIÃO.
EMISSÁRIO SUBMARINO DE
IMPLANTAÇÃO DO SES, PRINCIPALMENTE EM ÁREA DE ABRANGÊNCIA DE
NO ADENSAMENTO, JÁ QUE O GRANDE
NATURAL DAS ÁGUAS DO MANGUEZAL. AQÜÍFERO, COM O OBJETIVO DE PRESERVAR A QUALIDADE DE SUAS ÁGUAS.
INGLESES. PROBLEMA NÃO É A COLETA, MAS A
DESTINAÇÃO FINAL DO RESÍDUO.

Quadro 26: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP12).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 208 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP17 - PONTA DAS CANAS

MEIO FÍSICO
DRENAGEM ESGOTAMENTO SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS
98% DE COBERTURAÇ
0% DE COBERTURA QUALIDADE DA ÁGUA: 3 - NO SCN, ONDE O PRINCIPAL MANANCIAL É A ÁGUA
SUBTERRÂNEA CAPTADA DE POÇOS DO AQÜÍFERO INGLESES/RIO VERMELHO, A
SISTEMA EM OBRAS ÁGUA DISTRIBUIDA TEM APRESENTADO UMA TURBIDEZ ACIMA DOS PADRÕES
PERMITIDOS. ISTO TEM OCORRIDO APÓS O TRATAMENTO APLICADO
DESTINO: RIO PAPAQUARA. (DESINFECÇÃO, CORREÇÃO DE PH E FLUORETAÇÃO), O QUE TEM CAUSADO
RECLAMAÇÕES CONSTANTES DA POPULAÇÃO. AS CAUSAS DESTE PROBLEMA
DEVERÃO SER INVESTIGADAS PELA CASAN.

RESTINGA DA PONTA DAS CANAS:


DEC. 216/85 - ÁREA: 21,5 HECTARES - A FALTA DO SISTEMA DE ESGOTO TEM CAUSADO AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS
RESTINGA EM PROCESSO DE ALTOS INDICES DE POLUIÇÃO DAS AGUAS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS
FORMAÇÃO JÁ RECOBERTA POR MARINHAS NESTAS REGIÕES, PROBLEMAS QUE INSTALAÇÕES DESTA IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. O PLANO DOS
UMA VEGETAÇÃO CARACTERÍSTICA SERÃO SANADOS EM PARTE COM AS OBRAS EM BALNEÁRIOS DO SCN, ELABORADO PELO IPUF, SERVIU DE BASE PARA O
ANDAMENTO. DIMENSIONAMENTO DE ÁGUA EXISTENTE, O QUE DE ALGUMA FORMA CONTRIBUIU
DESSE SISTEMA, INCLUSIVE COM A
PARA QUE NÃO HOUVESSE UM OMPROMETIMENTO DA CAPACIDADE DAS CERCA DE 98% COLETA CONVENCIONAL E
FORMAÇÃO DE MANGUE SITUADO INSTALAÇÕES.
NA EXTREMIDADE NORTE E NA ESTA UTP ESTÁ TENDO UM CRESCIMENTO COLETA SELETIVA UMA VEZ POR SEMANA
URBANO ACENTUADO, O QUE EXIGE UMA ATUALMENTE EXISTE A NECESSIDADE DE ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR
PORÇÃO SUL, JUNTO À FOZ DO RIO
RESPOSTA RÁPIDA DO PODER PÚBLICO PARA A DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA A REGIÃO. A DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
THOMÉ. IMPLANTAÇÃO DA INFRAESTRUTURA DE DA COLETA CONVENCIONAL É O MESMO PARA
O AQÜÍFERO QUE ABASTECE O SISTEMA JÁ ESTÁ NO SEU LIMITE DE EXPLOTAÇÃO,
SANEAMENTO. HAVENDO NECESSIDADE DE REFORÇO ATRAVÉS DO SIF. TODO O MUNICÍPIO - ATERRO SANITÁRIO
APP EM TOPOS DE MORROS E NAS LOCALIZADO NO MUNICÍPIO VIZINHO DE
MARGENS DA LAGOA. BIGUAÇÚ.
PROBLEMAS PONTUAIS DE
FRACOS MANANCIAIS. AQUÍFERO INUNDAÇÕES.
INGLESES JÁ UTILIZADO PELA A EXPLOSÃO IMOBILIÁRIA DOS BALNEÁRIOS DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS
COMUNIDADE, PROBLEMAS DE EXAURIRAM A CAPACIDADE DOS MANANCIAIS DISPONÍVEIS NESTAS REGIÕES.
CONTAMINAÇÃO DO AQÜÍFERO PELO AS INSTALAÇÕES DE ESGOTO PRECISAM ESTAR ESTA SITUAÇÃO LEVOU A UM REFORÇO NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
CRESCIMENTO DA URBANIZAÇÃO SUFICIENTEMENTE CAPACITADAS PARA ATENDER PROVINDAS DE OUTRAS FONTES (ATUALMENTE PELO SIF). NUM FUTURO
AS DEMANDAS SUPLEMENTARES DEVIDO A PRÓXIMO, CERTAMENTE HAVERÁ NECESSIDADE DE SE BUSCAR OUTRAS FONTES
SEM TRATAMENTO DO ESGOTO.
POPULAÇÃO FLUTUANTE QUE TEM NESTA UTP DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA ATENDER AS POPULAÇÕES DESTAS REGIÕES.
UMA INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA
ESTRUTURAÇÃO DE BALNEÁRIO JÁ EXISTE CRESCIMENTO DE AIS NA REGIÃO, AFETANDO SIGNIFICATIVAMENTE
COM DENSIFICAÇÃO URBANA, ÁREAS DE DUNAS E MANGUES, DIFICULTANDO O ABASTECIMENTO NESTAS ÁREAS.
ARRUAMENTO E CASAS NAS
ENCOSTAS E TOPOS DE MORROS. NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS
DOS MANANCIAIS ATUALMENTE UTILIZADOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA;
PREOCUPAÇÃO QUANTO A
CONTROLE DA OCUPAÇÃO E EXPANSÃO URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS
POLUIÇÃO DO AQÜÍFERO. RISCOS MANANCIAIS UTILIZADOS PARA ABASTECIMENTO;PROGRAMAS PARA USO
AMBIENTAIS NA OCUPAÇÃO DAS NECESSIDADES ATUAIS: MANTER EM RITMO
RACIONAL DE ÁGUA; INCENTIVO AO USO DE FONTES ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO
ENCOSTAS COM DESMATAMENTO E CONSTANTE AS OBRAS EM ANDAMENTO.
DE ÁGUA DE CHUVA, REUSO DE ÁGUA, ETC.) ; IMPEDIR A OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE
PROCESSOS DE EROSÃO. PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS TAXAS DE OCUPAÇÃO NAS ÁREAS BALNEÁRIAS;
IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE OPERACIONAL; PROGRAMAS DE
CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS;

NECESSIDADES FUTURAS: IMPLEMENTAÇÃO


NECESSIDADES FUTURAS: MANTER PROGRAMAS DE FISCALIZAÇÃO PARA IMPEDIR A
NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE
DE IDENTIFICAÇÃO E ELIMINAÇÃO DE LIGAÇÕES OCUPAÇÃO IRREGULAR, CRIAÇÃO DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA CONSIDERANDO A PRESERVAÇÃO DOS AQÜÍFEROS;
IRREGULARES DE ESGOTO. IMPLANTAR A REDE ACESSOS FORA DE PADRÃO E MODERAÇÃO
IMPLANTAÇÃO DO SES, PRINCIPALMENTE EM ÁREA DE ABRANGÊNCIA DE
COLETORA DE ESGOTO DAS DEMAIS BACIAS DE NO ADENSAMENTO, JÁ QUE O GRANDE
AQÜÍFERO, COM O OBJETIVO DE PRESERVAR A QUALIDADE DE SUAS ÁGUAS.
ESGOTAMENTO DA UTP. PROBLEMA NÃO É A COLETA, MAS A
DESTINAÇÃO FINAL DO RESÍDUO.

Quadro 27: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP17).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 209 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP18 - PRAIA BRAVA

MEIO FÍSICO
DRENAGEM ESGOTAMENTO SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS
98% DE COBERTURA;
99% DE COBERTURA SISTEMA INDEPENDENTE + REFORÇO DO SCN EM ALTA TEMPORADA
QUALIDADE DA ÁGUA: 3 - NO SCN, ONDE O PRINCIPAL MANANCIAL É A ÁGUA SUBTERRÂNEA
SES DA PRAIA BRAVA CAPTADA DE POÇOS DO AQÜÍFERO INGLESES/RIO VERMELHO, A ÁGUA DISTRIBUIDA TEM
APRESENTADO UMA TURBIDEZ ACIMA DOS PADRÕES PERMITIDOS. ISTO TEM OCORRIDO APÓS O
DESTINO: CÓRREGO LOCAL QUE
TRATAMENTO APLICADO (DESINFECÇÃO, CORREÇÃO DE PH E FLUORETAÇÃO), O QUE TEM
DESCARREGA NO MAR. CAUSADO RECLAMAÇÕES CONSTANTES DA POPULAÇÃO. AS CAUSAS DESTE PROBLEMA DEVERÃO
APP: TOPOS DE
SER INVESTIGADAS PELA CASAN.
MORROS NOS LIMITES
DA UTP, PRESENÇA DE AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE
CÓRREGOS, NÃO EXISTEM ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES DESTA
VEGETAÇÃO EM PROBLEMAS IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. O PLANO DOS BALNEÁRIOS DO SCN, ELABORADO PELO IPUF,
ESTÁGIO MÉDIO TÉCNICOS DE SERVIU DE BASE PARA O DIMENSIONAMENTO DE ÁGUA EXISTENTE, O QUE DE ALGUMA FORMA
(CAPOEIRA) DE DRENAGEM, A CONTRIBUIU PARA QUE NÃO HOUVESSE UM OMPROMETIMENTO DA CAPACIDADE DAS
REGENERAÇÃO). PREOCUPAÇÃO É CERCA DE 98% COLETA
INSTALAÇÕES. CONVENCIONAL E COLETA SELETIVA
COM A A INFRA-ESTRUTURA DE ESGOTO NÃO
FRACOS MANANCIAIS. ATUALMENTE EXISTE A NECESSIDADE DE ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE UMA VEZ POR SEMANA
MANUTENÇÃO E TEM ACOMPANHADO O CRESCIMENTO
AQUÍFERO INGLESES JÁ ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA A REGIÃO.
LIMPEZA DO URBANO LOCAL. ISTO TEM CAUSADO A
UTILIZADO PELA O AQÜÍFERO QUE ABASTECE O SISTEMA JÁ ESTÁ NO SEU LIMITE DE EXPLOTAÇÃO, HAVENDO A DESTINAÇÃO FINAL DOS
CANAL. SATURAÇÃO DA CAPACIDADE DA ETE, QUE
COMUNIDADE, NECESSIDADE DE REFORÇO ATRAVÉS DO SIF. RESÍDUOS SÓLIDOS DA COLETA
LANÇA NO CORPO RECEPTOR UM CONVENCIONAL É O MESMO PARA
PROBLEMAS DE EFLUENTE COM QUALIDADE FORA DOS OCUPAÇÃO URBANA INSERIDA 100% EM CIMA DO AQÜÍFERO PRAIA BRAVA
CONTAMINAÇÃO DO TODO O MUNICÍPIO - ATERRO
PADRÕES EXIGIDOS PELA LEGISLAÇÃO SANITÁRIO LOCALIZADO NO
AQÜÍFERO PELO AMBIENTE VIGENTE. A EXPLOSÃO IMOBILIÁRIA DOS BALNEÁRIOS DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS EXAURIRAM A
CRESCIMENTO DA CAPACIDADE DOS MANANCIAIS DISPONÍVEIS NESTAS REGIÕES. ESTA SITUAÇÃO LEVOU A UM MUNICÍPIO VIZINHO DE BIGUAÇÚ.
URBANIZAÇÃO SEM REFORÇO NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA PROVINDAS DE OUTRAS FONTES (ATUALMENTE PELO SIF).
TRATAMENTO DO NUM FUTURO PRÓXIMO, CERTAMENTE HAVERÁ NECESSIDADE DE SE BUSCAR OUTRAS FONTES DE
ESGOTO. ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA ATENDER AS POPULAÇÕES DESTAS REGIÕES.
EXISTE CRESCIMENTO DE AIS NA REGIÃO, AFETANDO SIGNIFICATIVAMENTE ÁREAS DE DUNAS E
ESTRUTURAÇÃO DE
MANGUES, DIFICULTANDO O ABASTECIMENTO NESTAS ÁREAS.
BALNEÁRIO AINDA
CONTROLADO, MAS COM NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS DOS MANANCIAIS
ARRUAMENTO JÁ NECESSIDADES
NECESSIDADES ATUAIS: AVALIAR A ATUALMENTE UTILIZADOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA; CONTROLE DA OCUPAÇÃO E
SUBINDO ENCOSTA. ATUAIS: O
CARGA ORGÂNICA ATUAL E FUTURA EXPANSÃO URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS MANANCIAIS UTILIZADOS PARA
PREOCUPAÇÃO QUANTO CRESCIMENTO
PREVISTA PARA A REGIÃO, E ELABORAR O ABASTECIMENTO;PROGRAMAS PARA USO RACIONAL DE ÁGUA; INCENTIVO AO USO DE FONTES
A POLUIÇÃO DO URBANO
PROJETO DE AMPLIAÇÃO DA ETE.MANTER ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA, REUSO DE ÁGUA, ETC.) ; IMPEDIR A OCUPAÇÃO DE
AQÜÍFERO. RISCOS AUMENTARA O
A MORATÓRIA DE CONSTRUÇÃO NA ÁREAS DE PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS TAXAS DE OCUPAÇÃO NAS ÁREAS BALNEÁRIAS;
AMBIENTAIS NA ESCOAMENTO
REGIÃO ATÉ QUE SEJA AMPLIADA A ETE. IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE OPERACIONAL; PROGRAMAS DE CONTROLE E REDUÇÃO
OCUPAÇÃO DAS SUPERFICIAL.
DE PERDAS;
ENCOSTAS COM
DESMATAMENTO E
NECESSIDADES FUTURAS:
PROCESSOS DE
IMPLEMENTAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO
EROSÃO.
NECESSIDADES PARA IMPEDIR A OCUPAÇÃO
NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
FUTURAS: IRREGULAR, CRIAÇÃO DE ACESSOS
NECESSIDADES FUTURAS: PROGRAMAR CONSIDERANDO A PRESERVAÇÃO DOS AQÜÍFEROS; IMPLANTAÇÃO DO SES, PRINCIPALMENTE EM
MANUTENÇÃO E FORA DE PADRÃO E MODERAÇÃO
AS OBRAS DE AMPLIAÇÃO DA ETE. ÁREA DE ABRANGÊNCIA DE AQÜÍFERO, COM O OBJETIVO DE PRESERVAR A QUALIDADE DE SUAS
LIMPEZA DO NO ADENSAMENTO, JÁ QUE O
ÁGUAS.
CANAL. GRANDE PROBLEMA NÃO É A
COLETA, MAS A DESTINAÇÃO FINAL
DO RESÍDUO.

Quadro 28: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP18).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 210 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP19 - LAGOINHA DO NORTE

MEIO FÍSICO
DRENAGEM ESGOTAMENTO SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS
98% DE COBERTURA;
0% DE COBERTURA QUALIDADE DA ÁGUA: 3 - NO SCN, ONDE O PRINCIPAL MANANCIAL É A ÁGUA SUBTERRÂNEA
INTEGRADA AO SES DE CACHOEIRA DE CAPTADA DE POÇOS DO AQÜÍFERO INGLESES/RIO VERMELHO, A ÁGUA DISTRIBUIDA TEM
APP: TOPOS DE APRESENTADO UMA TURBIDEZ ACIMA DOS PADRÕES PERMITIDOS. ISTO TEM OCORRIDO APÓS O
MORROS NAS BOM JESUS/PONTA DAS CANAS.
TRATAMENTO APLICADO (DESINFECÇÃO, CORREÇÃO DE PH E FLUORETAÇÃO), O QUE TEM
DIVISAS DA UTP E DESTINO: RIO PAPAQUARA. CAUSADO RECLAMAÇÕES CONSTANTES DA POPULAÇÃO. AS CAUSAS DESTE PROBLEMA
NO COSTÃO, DEVERÃO SER INVESTIGADAS PELA CASAN.
PRESENÇA DE
PEQUENA LAGOA
COM CÓRREGOS. AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE
FRACOS OS ESGOTOS QUE SERÃO COLETADOS NA ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES DESTA
MANANCIAIS. PRAIA DE LAGOINHA DO NORTE SÃO IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. O PLANO DOS BALNEÁRIOS DO SCN, ELABORADO PELO IPUF, CERCA DE 98% COLETA CONVENCIONAL E
AQUÍFERO ENCAMINHADOS PARA A ETE SERVIU DE BASE PARA O DIMENSIONAMENTO DE ÁGUA EXISTENTE, O QUE DE ALGUMA FORMA COLETA SELETIVA UMA VEZ POR SEMANA
INGLESES JÁ CANASVIEIRAS PARA ALI SEREM CONTRIBUIU PARA QUE NÃO HOUVESSE UM OMPROMETIMENTO DA CAPACIDADE DAS
A DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS
UTILIZADO PELA TRATADOS. ATUALMENTE OS ESGOTOS INSTALAÇÕES.
SOLUÇÕES INDIVIDUAIS SÓLIDOS DA COLETA CONVENCIONAL É O
COMUNIDADE, ALI GERADOS ESTÃO SENDO LANÇADOS ATUALMENTE EXISTE A NECESSIDADE DE ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE MESMO PARA TODO O MUNICÍPIO -
SUBDIMENSIONADAS
PROBLEMAS DE NOS CORPOS DE ÁGUA QUE DESÁGUAM ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA A REGIÃO. ATERRO SANITÁRIO LOCALIZADO NO
REALIZADA PELOS
CONTAMINAÇÃO LOTEAMENTOS. NO MAR. O AQÜÍFERO QUE ABASTECE O SISTEMA JÁ ESTÁ NO SEU LIMITE DE EXPLOTAÇÃO, HAVENDO MUNICÍPIO VIZINHO DE BIGUAÇÚ.
DO AQÜÍFERO ESTA UTP ESTA NECESSIDADE DE REFORÇO ATRAVÉS DO SIF. DIFICULDADE DE COLETA NAS
PELO SOFRENDO UM OCUPAÇÕES IRREGULARES.
CRESCIMENTO DA PROCESSO ACELERADO ESTA UTP ESTÁ TENDO UM CRESCIMENTO
URBANIZAÇÃO DE URBANIZAÇÃO QUE URBANO ACENTUADO, O QUE EXIGE UMA
SEM TRATAMENTO DEVERÁ RESPOSTA RÁPIDA DO PODER PÚBLICO A EXPLOSÃO IMOBILIÁRIA DOS BALNEÁRIOS DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS EXAURIRAM A
DO ESGOTO. COMPROMETER A PARA A IMPLANTAÇÃO DA INFRA- CAPACIDADE DOS MANANCIAIS DISPONÍVEIS NESTAS REGIÕES. ESTA SITUAÇÃO LEVOU A UM
ESTRUTURAÇÃO DRENAGEM DO MESMA. ESTRUTURA DE SANEAMENTO. REFORÇO NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA PROVINDAS DE OUTRAS FONTES (ATUALMENTE PELO
DE BALNEÁRIO JÁ AS INSTALAÇÕES DE ESGOTO PRECISAM SIF). NUM FUTURO PRÓXIMO, CERTAMENTE HAVERÁ NECESSIDADE DE SE BUSCAR OUTRAS
COM ESTAR SUFICIENTEMENTE CAPACITADAS FONTES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA ATENDER AS POPULAÇÕES DESTAS REGIÕES.
DENSIFICAÇÃO PARA ATENDER AS DEMANDAS EXISTE CRESCIMENTO DE AIS NA REGIÃO, AFETANDO SIGNIFICATIVAMENTE ÁREAS DE DUNAS E
URBANA, SUPLEMENTARES DEVIDO A POPULAÇÃO MANGUES, DIFICULTANDO O ABASTECIMENTO NESTAS ÁREAS.
ARRUAMENTO E FLUTUANTE QUE TEM NESTA UTP UMA
CASAS NAS INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA
ENCOSTAS E
NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS DOS
TOPOS DE
MORROS. MANANCIAIS ATUALMENTE UTILIZADOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA; CONTROLE DA
OCUPAÇÃO E EXPANSÃO URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS MANANCIAIS UTILIZADOS PARA NECESSIDADES ATUAIS; MELHORIA DE
PREOCUPAÇÃO NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR A
QUANTO A ABASTECIMENTO;PROGRAMAS PARA USO RACIONAL DE ÁGUA; INCENTIVO AO USO DE FONTES ACESSIBILIDADE PARA COLETA,
REDE COLETORA DE ESGOTO NA ÁREA DE
POLUIÇÃO DO ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA, REUSO DE ÁGUA, ETC.) ; IMPEDIR A OCUPAÇÃO MODERAÇÃO DO ADENSAMENTO E
INFLUÊNCIA DA UTP.
AQÜÍFERO. DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS TAXAS DE OCUPAÇÃO NAS ÁREAS BALNEÁRIAS; EXPANSÃO DE COLETA SELETIVA
RISCOS IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE OPERACIONAL; PROGRAMAS DE CONTROLE E
AMBIENTAIS NA REDUÇÃO DE PERDAS;
OCUPAÇÃO DAS NECESSIDADES FUTURAS:
ENCOSTAS COM NECESSIDADES IMPLEMENTAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO PARA
DESMATAMENTO E FUTURAS: NORMAS DE NECESSIDADES FUTURAS: MANTER NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA IMPEDIR A OCUPAÇÃO IRREGULAR,
PROCESSOS DE PARCELAMENTO DO PROGRAMAS DE IDENTIFICAÇÃO E CONSIDERANDO A PRESERVAÇÃO DOS AQÜÍFEROS; IMPLANTAÇÃO DO SES, PRINCIPALMENTE CRIAÇÃO DE ACESSOS FORA DE PADRÃO
EROSÃO. SOLO DE ACORDO COM ELIMINAÇÃO DE LIGAÇÕES IRREGULARES EM ÁREA DE ABRANGÊNCIA DE AQÜÍFERO, COM O OBJETIVO DE PRESERVAR A QUALIDADE DE E MODERAÇÃO NO ADENSAMENTO, JÁ
AS CAPACIDADES DA DE ESGOTO. SUAS ÁGUAS. QUE O GRANDE PROBLEMA NÃO É A
REGIÃO. COLETA, MAS A DESTINAÇÃO FINAL DO
RESÍDUO.

Quadro 29: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP19).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 211 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
2.2.5.2.8 Distrito de Canasvieiras

Apesar da origem remota, o Distrito de Canasvieiras, que abrange a UTP12-


Papacura (20.835.908 m2 - 47,2%), UTP15 - Jurere e UTP16 - Ponta Grossa,
teve sua oficialização como freguesia a partir da Lei Provincial nº 008 de
15/04/1835. Sua área é 29, 30 Km2, sendo que dele fazem parte a sede de
Canasvieiras e as Praias de Canasvieiras, Daniela, Jurerê e Jurerê Internacional,
Forte/Ponta Grossa e as localidades de Vargem Pequena e Lamim. (FOTO 35).

Foto 35: Vista panorâmica de Canasvieiras (2003).


Fonte: BOPPRÉ (2003).

Canasvieiras, a primeira praia da região norte da ilha a despertar interesse de


ocupação balneária possui uma peculiaridade interessante pela presença dos dois
principais processos de crescimento identificados na Ilha de Santa Catarina: o
plano de loteamento ortogonal turístico sobre a restinga no lado leste da praia
limitado pelo rio do Brás e o crescimento espontâneo a partir da estrutura fundiária
de ocupação nativa, junto às encostas do morro do Jurerê a oeste. Ambas foram
por muitos anos ocupações descontínuas conectadas por não mais que uma
avenida estruturadora, hoje conhecida como Av. Me. Maria Vilac.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 212


A primeira construção que marcaou o início da procura turística pelo
balneário foi o hotel Balneário de Canasvieiras, de 1930, seguido pelo
Country Club Canasvieiras, edificações estas voltadas a atender as elites
sulinas que se refugiavam nessa praia nos meses de verão. Com a melhoria
da viabilidade e barateamento da construção no norte da ilha, principalmente
a partir de 1960, muitas famílias florianopolitanas optaram por construir uma
segunda casa em Canasvieiras, para onde iam predominantemente no
verão. Tratavam-se de casas uni-familiares, soltas no terreno e
predominantemente térreas, que dominaram até os anos de 1970-80. O
passar dos anos e a valorização dos terrenos levou as edificações a se
adensarem, ocupando mais os terrenos horizontal e verticalmente com
habitações multi-familiares e estabelecimentos comerciais e de serviços
mais concentrados, especialmente em centros comerciais. Essas
verticalizações foram limitadas pelo plano diretor dos balneários de 1985, a
dois pavimentos mais ático com térreo em pilotis para garagem, porém
algumas verticalizações anteriores estão fora da norma. Alguns complexos
turísticos como hotéis, condomínios uni e multifamiliares destacam-se por
possuírem maior porte e localizarem-se predominantemente nas imediações
da orla. O estabelecimentos comerciais localizam-se sobretudo nas
avenidas e estrada geral, onde concentram-se os fluxos e o trânsito é mais
intenso. Atualmente muitas das segundas residenciais são utilizadas
principalmente para alugar para os turistas, que também começam a se
interessar por adquirir um imóvel e investir na construção e adensamento da
ocupação balneária. (MORITZ).

É importante salientar que vem sendo implantado em Canasvieiras o


empreendimento SAPIENS PARQUE. O projeto localiza-se em uma área superior a
400ha (4.000.000 m²) pertencente a Companhia de Desenvolvimento do Estado de
Santa Catarina (CODESC) e ao Governo do Estado de Santa Catarina, onde se
situava a extinta Colônia Penal, estendendo-se do entroncamento da rodovia
estadual SC401 com o trevo de Canasvieiras até os limites da Cachoeira de Bom
Jesus, do Morro dos Freitas e terras da Vargem do Bom Jesus, no Distrito de
Canasvieiras, na costa Norte da Ilha de Santa Catarina, a 25km de distância do
centro da capital. (FIG. 39).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 213


Figura 39: Localização do Sapiens Parque
Fonte: Master Plan Sapiens Parque.

O SAPIENS PARQUE é um Parque de Inovação, tangibilizado por um complexo


urbano e ambiental, formado por empreendimentos científico-tecnológicos,
turísticos, empresariais e educacionais. O conceito do SAPIENS PARQUE é o de
um programa de desenvolvimento regional, envolvendo a criação de um novo
centro urbano para Florianópolis, baseado na sustentabilidade social, econômica e
ambiental.

A implantação do PARQUE promoverá um cenário distinto àquele observado


atualmente nas áreas de planície costeira contíguas à bacia de drenagem do Rio
Papaquara, visto que haverá um considerável aumento da infraestrutura urbana
que diferirá do quadro com feições de expansão urbana existentes hoje na área.. A
partir de uma visão sinergética, verifica-se que a alocação de empreendimentos
deste porte no âmbito dos balneários do Norte da ilha de Santa Catarina irá
promover a consolidação urbana na planície do Rio Papaquara, alterando a
paisagem e ampliando os equipamentos urbanos existentes na periferia do
empreendimento.

O planejamento do complexo viário do SAPIENS PARQUE abrange também a


região do entorno, incluindo as áreas ao Sul do Rio Papacuara. Neste contexto, fica
evidente que sua construção, ao propor a criação de 27.628 empregos diretos,
induzirá a novas ocupações também nos bairros vizinhos. Assim, sua implantação

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 214


acarretará em mudanças significativas na paisagem da planície ao norte da SC-
403.

O Quadro 30 a seguir apresenta, de forma resumida, os principais atributos da


UTP16 - Ponta Grossa referentes ao meio físico e aos serviços de saneamento e
suas relações com a ocupação do solo, formas de parcelamento e crescimento
urbano.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 215


OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP16 - PONTA GROSSA

MEIO FÍSICO
DRENAGEM ESGOTAMENTO SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS
98% DE COBERTURA;
CERCA DE 98% COLETA CONVENCIONAL
QUALIDADE DA ÁGUA: 3 - NO SCN, ONDE O PRINCIPAL MANANCIAL É A ÁGUA
SUBTERRÂNEA CAPTADA DE POÇOS DO AQÜÍFERO INGLESES/RIO VERMELHO, A ÁGUA A DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS
0% DE COBERTURA DISTRIBUIDA TEM APRESENTADO UMA TURBIDEZ ACIMA DOS PADRÕES PERMITIDOS. SÓLIDOS DA COLETA CONVENCIONAL É O
ISTO TEM OCORRIDO APÓS O TRATAMENTO APLICADO (DESINFECÇÃO, CORREÇÃO DE MESMO PARA TODO O MUNICÍPIO -
PH E FLUORETAÇÃO), O QUE TEM CAUSADO RECLAMAÇÕES CONSTANTES DA ATERRO SANITÁRIO LOCALIZADO NO
POPULAÇÃO. AS CAUSAS DESTE PROBLEMA DEVERÃO SER INVESTIGADAS PELA MUNICÍPIO VIZINHO DE BIGUAÇÚ.
CASAN.
REGIÃO APENAS COM
MICRODRENAGEM, NÃO AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS
EXISTEM PROBLEMAS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS
RELACIONADOS. INSTALAÇÕES DESTA IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. O PLANO DOS BALNEÁRIOS DO
APP: ÁREA COM TOPO SISTEMA, ELABORADO PELO IPUF, SERVIU DE BASE PARA O DIMENSIONAMENTO DE
OCUPAÇÃO IRREGULAR DIFICULTA A ÁGUA EXISTENTE, O QUE DE ALGUMA FORMA CONTRIBUIU PARA QUE NÃO HOUVESSE
DE MORROS E COSTÃO IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE SOLETA E
EM PRATICAMENTE 80% UM OMPROMETIMENTO DA CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES.
TRANSPORTE DE ESGOTO.
DA ÁREA. ATUALMENTE EXISTE A NECESSIDADE DE ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA A REGIÃO.
SEM MANANCIAIS. COM O AQÜÍFERO QUE ABASTECE O SISTEMA JÁ ESTÁ NO SEU LIMITE DE EXPLOTAÇÃO, COLETA DIFICULTADA PELA OCUPAÇÃO
IMPORTANTE AQÜÍFERO, HAVENDO NECESSIDADE DE REFORÇO ATRAVÉS DO SIF. IRREGULAR
INGLESES, JÁ EM
FRANCA UTILIZAÇÃO
PELA COMUNIDADE. A EXPLOSÃO IMOBILIÁRIA DOS BALNEÁRIOS DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS
EXAURIRAM A CAPACIDADE DOS MANANCIAIS DISPONÍVEIS NESTAS REGIÕES. ESTA
ÁREA POUCO OCUPADA. SITUAÇÃO LEVOU A UM REFORÇO NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA PROVINDAS DE
NO ENTANTO, ESTÁ O CRESCIMENTO MODERADO, NÃO
OUTRAS FONTES (ATUALMENTE PELO SIF). NUM FUTURO PRÓXIMO, CERTAMENTE
SUJEITA A PROBLEMAS NECESSITANDO DE INSTALAÇÕES DE PORTE
HAVERÁ NECESSIDADE DE SE BUSCAR OUTRAS FONTES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
AMBIENTAIS SE SE PARA ATENDER AS DEMANDA PARA ATENDER AS POPULAÇÕES DESTAS REGIÕES.
CARACTERIZAR A EXISTE CRESCIMENTO DE AIS NA REGIÃO, AFETANDO SIGNIFICATIVAMENTE ÁREAS DE
OCUPAÇÃO NAS DUNAS E MANGUES, DIFICULTANDO O ABASTECIMENTO NESTAS ÁREAS.
ENCOSTAS, COSTÃO E
NOS TOPOS DE MORROS NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS DOS
(QUE JÁ VEM MANANCIAIS ATUALMENTE UTILIZADOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA; CONTROLE
ACONTECENDO AO DA OCUPAÇÃO E EXPANSÃO URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS MANANCIAIS
O CRESCIMENTO NECESSIDADES ATUAIS: ELABORAR O PROJETO
NORTE DA UTP). UTILIZADOS PARA ABASTECIMENTO;PROGRAMAS PARA USO RACIONAL DE ÁGUA;
URBANO AUMENTARA O DE ESGOTO DESTA REGIÃO, INTEGRANDO-O AO NECESSIDADES ATUAIS;
INCENTIVO AO USO DE FONTES ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA,
ESCOAMENTO SES DE JURERÊ/DANIELA.
REUSO DE ÁGUA, ETC.) ; IMPEDIR A OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO; LIMITAR
SUPERFICIAL. AS TAXAS DE OCUPAÇÃO NAS ÁREAS BALNEÁRIAS; IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE
CONTROLE OPERACIONAL; PROGRAMAS DE CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS;

NECESSIDADES FUTURAS:
IMPLEMENTAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO PARA
NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO IMPEDIR A OCUPAÇÃO IRREGULAR,
NECESSIDADES FUTURAS: PROGRAMAR A DE ÁGUA CONSIDERANDO A PRESERVAÇÃO DOS AQÜÍFEROS; IMPLANTAÇÃO DO SES, CRIAÇÃO DE ACESSOS FORA DE PADRÃO
IMPLANTAÇÃO DO SES. PRINCIPALMENTE EM ÁREA DE ABRANGÊNCIA DE AQÜÍFERO, COM O OBJETIVO DE E MODERAÇÃO NO ADENSAMENTO, JÁ
PRESERVAR A QUALIDADE DE SUAS ÁGUAS. QUE O GRANDE PROBLEMA NÃO É A
COLETA, MAS A DESTINAÇÃO FINAL DO
RESÍDUO.

Quadro 30: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP16).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 216 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
Jurerê (UTP15)

Segundo os estudos dos processos de crescimento turístico-costeiro realizado por


MORITZ, a implantação da infra-estrutura apresentou por muitos anos uma
distinção de qualidade gritante, entre a instalada pela iniciativa pública no
loteamento e na ocupação nativa, e a instalada pela iniciativa privada no Jurerê
Internacional.

Atualmente há um equilíbrio entre os dois, para que não fosse comprometida a


qualidade da urbanização existente na praia como um todo. Fato exemplificado pelo
tratamento dado ao esgoto, que era lançado ao mar até a década de 80. Nessa
data, os empreendedores do Jurerê Internacional firmaram um acordo de que os
esgotos fossem recolhidos para tratamento no seu próprio sistema de tratamento.
Esse sistema consiste em uma lagoa de tratamento por lodo ativado com aeração
prolongada que diminui a agressividade do esgoto ao meio-ambiente. A drenagem
do empreendimento foi muito bem pensada na concepção do projeto. Há um
sistema de escoamento d’água a partir de calçadas rebaixadas que levam as águas
pluviais para o mar e canais abertos que a escoam para a Bacia do Rio Ratones.
(QUADRO 31)

O fornecimento de eletricidade é feito através de tubulações subterrâneas, uma


tecnologia bastante sofisticada para a época, que diminuem a poluição visual
causada pelos postes e fios. A maioria dos arruamentos possui pavimentação de
lajotas, justamente para não comprometer o já grave problema de drenagem, já as
avenidas receberam pavimentação asfáltica, já que os fluxos são mais rápidos e
intensos.

No empreendimento do Jurerê Internacional as edificações obedecem a uma


rigorosa regulamentação de tipologias e implantações pré-determinadas
pelo projeto. O comércio e serviços ficou estabelecido principalmente no
eixo da Av. dos Salmões, onde foram construídos duas fileiras de prédios
residenciais multi-familiares, com comércio no térreo voltado para um
calçadão interno. Esses prédios não obedecem ao plano diretor, posterior a
sua construção, chegando a possuir até cinco pavimentos. Outro uso
residencial similar é encontrado no final da Av. dos Búzios, no lado oeste,
onde foram construídos prédios já adaptados a norma por serem
contemporâneos ao plano. (MORITZ).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 217


Até o ano de 1994 Jurerê Antigo e o Internacional possuíam apenas a ligação pela
Avenida dos Búzios, que segue paralela a praia desde a estrada geral, atravessa a
planície longitudinalmente até o morro da Ponta Grossa no lado oeste. Atualmente
as malhas urbanas já se ligaram intensamente sem evidenciar a divisão espacial
entre o loteamento e o empreendimento.

Na Praia de Jurerê Antigo, ou nativo, como designa MORITZ, as primeiras


edificações existentes eram os casebres dos açorianos localizados na base do
morro do Jurerê e no morro da Ponta Grossa nas imediações da fortaleza de São
José da Ponta Grossa. Primeiro existiam as casas uni-familiares soltas no lote.
Depois ocorreu o adensamento com a construção de edifícios, que, primeiro
extrapolaram o limite de andares, e posteriormente, adaptaram-se à norma do
plano diretor. Estes se localizam principalmente junto as avenidas de maior fluxo,
onde o comércio e serviços também se estabeleceram. Nos grandes lotes de orla a
ocupação é de complexos turísticos como hotéis, resorts, pousadas, campings e
associações.

O Quadro 31 a seguir apresenta, de forma resumida, os principais atributos da


UTP15 - Jurere referentes ao meio físico e aos serviços de saneamento e suas
relações com a ocupação do solo, formas de parcelamento e crescimento urbano.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 218


OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP15 - JURERE

MEIO FÍSICO
DRENAGEM ESGOTAMENTO SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS
69% DE COBERTURA 98% DE COBERTURAÇ
A REGIÃO PRÓXIMA AO RIO DAS OSTRAS QUALIDADE DA ÁGUA: 3 - NO SCN, ONDE O PRINCIPAL MANANCIAL É A ÁGUA
ENFRENTA PROBLEMAS DE INUNDAÇÕES SES INTEGRADO DE JURERÊ/DANIELA, EM OBRAS. O CERCA DE 98% COLETA CONVENCIONAL E
SUBTERRÂNEA CAPTADA DE POÇOS DO AQÜÍFERO INGLESES/RIO
DEVIDO AO COMPROMETIMENTO DO CANAL PROJETO PREVÊ A INTEGRAÇÃO DOS BALNEÁRIOS COLETA SELETIVA UMA VEZ POR SEMANA
VERMELHO, A ÁGUA DISTRIBUIDA TEM APRESENTADO UMA TURBIDEZ
COM TUBULAÇÕES SUBDIMENSIONADAS DE JURERÊ LESTE (ANTIGO), JURERÊ OESTE
ACIMA DOS PADRÕES PERMITIDOS. ISTO TEM OCORRIDO APÓS O
REALIZADAS POR PARTICULARES. NA PRAIA (INTERNACIONAL) E DANIELA. O BALNEÁRIO DE A DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
TRATAMENTO APLICADO (DESINFECÇÃO, CORREÇÃO DE PH E
APP: TOPOS DE DE CANASVIEIRA NÃO EXISTE ESPAÇO PARA JURERÊ OESTE (INTERNACIONAL) POSSUI JÁ DA COLETA CONVENCIONAL É O MESMO PARA
FLUORETAÇÃO), O QUE TEM CAUSADO RECLAMAÇÕES CONSTANTES DA
MORROS NAS MANUTENÇÃO E MUITAS EDIFICAÇÕES SE SISTEMA DE ESGOTO, OPERADO PELA TODO O MUNICÍPIO - ATERRO SANITÁRIO
POPULAÇÃO. AS CAUSAS DESTE PROBLEMA DEVERÃO SER INVESTIGADAS
EXTREMIDADES LESTE ENCONTRAM SOBRE O CANAL. EMPREENDEDORA HABITASUL. LOCALIZADO NO MUNICÍPIO VIZINHO DE
PELA CASAN.
E OESTE DA UTP, BIGUAÇÚ.
CÓRREGOS NA DESTINO: INFLITRAÇÃO NO SOLO (JURERE OESTE SISTEMA: SCN / JURERÊ INTERNACIONAL: SISTEMA INDEPENDENTE
REGIÃO AMPLAMENTE AFETADA POR
PLANÍCIE INTERNACIONAL) HABITASUL
PROBLEMAS RELATIVOS A DRENAGEM DEVIDO
AO FATO DE ESTAR SITUADO EM UMA REGIÃO
SEM MANANCIAIS. COM DE GRANDE POTENCIAL TURISTICO.
IMPORTANTE AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO
AQÜÍFERO, INGLESES, O BALNEÁRIO DE JURERÊ TEM TIDO UM DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A
NO LOTEAMENTO JURERE INTERNACIONAL A
JÁ EM FRANCA CRESCIMENTO MAIS ACENTUADO QUE O BALNEÁRIO CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES DESTA IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. O
SITUAÇÃO DOS SERVIÇOS DE DRENAGEM É
UTILIZAÇÃO PELA DE DANIELA. AS RAZÕES SÃO A EXISTÊNCIA NO PLANO DOS BALNEÁRIOS DO SCLS, ELABORADO PELO IPUF, SERVE DE
ÓTIMA (CANAIS BEM PROJETADOS E
COMUNIDADE. NO BALNEÁRIO DE JURERÊ INTERNACIONAL DE TODA A BASE PARA O DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE
EXECUTADOS). NAS DEMAIS REGIÕES A FALTA
ENTANTO O PROCESSO INFRAESTRUTURA NECESSÁRIA (DRENAGEM, ÁGUA EXISTENTE, O QUE DE ALGUMA FORMA CONTRIBUIU PARA QUE NÃO
DE ESPAÇO DE MANUTENÇÃO DOS CANAIS OU
CRESCENTE DE PAVIMENTAÇÃO, ÁGUA, ESGOTO, RESÍDUOS HOUVESSE UM COMPROMETIMENTO DA CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES.
DO PRÓPRIO ESPAÇO PARA O CANAL SE
OCUPAÇÃO URBANA SÓLIDOS, ENERGIA ELÉTRICA, TELEFONIA, DENTRE COLETA REGULAR EM JURERÊ
ENCONTRAM COMPROMETIDAS. O SISTEMA FICOU PREJUDICADO ATUALMENTE NA CAPACIDADE DE
VEM ACARRETANDO AS PRINCIPAIS). INTERNACIONAL E DIFICULDADE DE COLETA
PRODUÇÃO (MANANCIAL), O QUE DEVERÁ SER REFORÇADO PELO SIF. NAS OCUPAÇÕES IRREGULARES.
PROBLEMAS COM NO LOTEAMENTO JURERE INTERNACIONAL O
QUEDA DA QUALIDADE SISTEMA SE ENCONTRA ADEQUADO DESDE
DA ÁGUA, EM VIRTUDE A EXPLOSÃO IMOBILIÁRIA DOS BALNEÁRIOS DO MUNICÍPIO DE A POPULAÇÃO FLUTUANTE PROVOCA UM
QUE MANTIDAS AS REGRAS DE
NO BALNEÁRIO DE JURERÊ INTERNACIONAL O FLORIANÓPOLIS EXAURIRAM A CAPACIDADE DOS MANANCIAIS DISPONÍVEIS ACRESCIMO DE APROXIMADAMENTE 50% NO
DE NÃO HAVER PARCELAMENTO DO SOLO PROPOSTAS NO
CRESCIMENTO É PROGRAMADO, MAS NO RESTANTE NESTAS REGIÕES. ESTA SITUAÇÃO LEVOU A UM REFORÇO NO VOLUME DE RESÍDUO COLETADO.
TRATAMENTO DO PROJETO. PARA AS DEMAIS REGIÕES O
ESGOTO SUFICIENTE, AUMENTO DO CRESCIMENTO URBANO DA UTP A OCUPAÇÃO É IRREGULAR. ABASTECIMENTO DE ÁGUA PROVINDAS DE OUTRAS FONTES (ATUALMENTE
PORTANTO FOSSAS IMPLICA EM AUMENTO DA ÁREA PELO SIF). NUM FUTURO PRÓXIMO, CERTAMENTE HAVERÁ NECESSIDADE
SÉPTICAS IMPERMEABILIZADA LEVANDO A NECESSIDADE NESTA UTP A INFLUÊNCIA DA POPULAÇÃO DE SE BUSCAR OUTRAS FONTES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA
CONTAMINANTES DOS DE REVISÃO DOS CANAIS QUE JÁ SE FLUTUANTE É SIGNIFICATIVA. A INFRAESTRUTURA ATENDER AS POPULAÇÕES DESTAS REGIÕES.
AQÜÍFEROS. ENCONTRAM SUBDIMENSIONADOS. DE ESGOTO PRECISA SER DIMENSIONADA PARA EXISTE CRESCIMENTO DE AIS NA REGIÃO, AFETANDO SIGNIFICATIVAMENTE
IMPORTANTE ATENDER ESTA DEMANDA SUPLEMENTAR. ÁREAS DE DUNAS E MANGUES, DIFICULTANDO O ABASTECIMENTO NESTAS
SALIENTAR A ÁREAS.
PROTEÇÃO DOS
CAMPOS DE DUNAS E NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS
ÁREAS DE RESTINGA ÁREAS DOS MANANCIAIS ATUALMENTE UTILIZADOS PARA O
COMO REPOSITORES ABASTECIMENTO DE ÁGUA; CONTROLE DA OCUPAÇÃO E EXPANSÃO
NATURAIS DO NECESSIDADES ATUAIS: ACELERAR A CONCLUSÃO URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS MANANCIAIS UTILIZADOS PARA NECESSIDADES ATUAIS: MELHORIA DE
AQÜÍFERO. DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DO SES DE ABASTECIMENTO;PROGRAMAS PARA USO RACIONAL DE ÁGUA; INCENTIVO ACESSIBILIDADE PARA COLETA, MODERAÇÃO
JURERÊ/DANIELA, INCLUINDO A DESTINAÇÃO FINAL AO USO DE FONTES ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA, DO ADENSAMENTO E EXPANSÃO DE COLETA
ÁREAS URBANIZADAS, DO EFLUENTE TRATADO DA ETE. REUSO DE ÁGUA, ETC.) ; IMPEDIR A OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE SELETIVA
ACARRETANDO NECESSIDADES ATUAIS: REFORMULAÇÃO DO PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS TAXAS DE OCUPAÇÃO NAS ÁREAS
PROBLEMAS PARA A SISTEMA DE DRENAGEM DO RIO DAS OSTRAS BALNEÁRIAS; IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE OPERACIONAL;
ALIMENTAÇÃO DOS E DA PARTE OESTE DA PRAIA DE PROGRAMAS DE CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS;
AQÜÍFEROS. CANASVIEIRAS
NECESSIDADES FUTURAS: IMPLEMENTAÇÃO DE
NECESSIDADES FUTURAS: ESTUDAR O NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE
FISCALIZAÇÃO P/IMPEDIR A OCUPAÇÃO
DIRECIONAMENTO DO EFLUENTE TRATADO DA ETE ABASTECIMENTO DE ÁGUA CONSIDERANDO A PRESERVAÇÃO DOS
IRREGULAR, CRIAÇÃO DE ACESSOS FORA DE
PARA O EMISSÁRIO SUBMARINO DE AQÜÍFEROS; IMPLANTAÇÃO DO SES, PRINCIPALMENTE EM ÁREA DE
PADRÃO E MODERAÇÃO NO ADENSAMENTO, JÁ
INGLESES.DOTAR TODA A ÁREA BALNEÁRIA DA UTP ABRANGÊNCIA DE AQÜÍFERO, COM O OBJETIVO DE PRESERVAR A
QUE O GRANDE PROBLEMA NÃO É A COLETA,
INGLESES COM REDE COLETORA DE ESGOTO. QUALIDADE DE SUAS ÁGUAS.
MAS A DESTINAÇÃO FINAL DO RESÍDUO.

Quadro 31: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP15).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 219 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
2.2.5.2.9 Distrito de Distrito de Ingleses do Rio Vermelho

O Distrito de Ingleses de Rio Vermelho, que tem seu território localizado nas
Unidades Territoriais de Planejamento 13-Ingleses e 14- Santinho, originou-se
a partir de um Decreto de 11/08/1831, recebendo essa denominação devido ao
naufrágio de um navio inglês ocorrido naquela praia. Sua área é 20,47Km2, fazem
parte do distrito: as praias de Ingleses e Santinho e as localidades de Capivari e
Aranhas.

Praia dos Ingleses é uma importante área turística da ilha, por se reduto de raras
belezas naturais, dotada de uma vasta opção gastronômica e de uma marcante
cultura açoriana. Embora descaracterizada e envolvida por novas edificações, a
Capela do Sagrado Coração de Jesus erguida na Praia dos Ingleses em 1881 é
palco de festas tradicionais como a do Divino Espírito Santo e Nossa Senhora dos
Navegantes.

Foto 38: Vista da Praia dos Ingleses (2000).


Fonte: FARACO (2001).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 220


Na Ilha de Santa Catarina, a expansão urbana desenfreada nos últimos anos é
também a maior ameaça à preservação da vegetação costeira e principalmente da
vegetação mais próxima à linha de costa. As Praias dos Ingleses, Brava e
Canasvieiras, no Norte da ilha, exemplificam bem esta situação.

No censo do IBGE de 2000, foi constatado que em 10 anos ocorreu um aumento


populacional na ilha de Santa Catarina de 24% enquanto que, na maioria dos
municípios costeiros do Estado, houve um crescimento anual de 2,1%. Estes dados
são indicativos da crescente pressão antrópica sobre a zona costeira e dos
problemas que esta pressão acarreta ao ambiente.

Em boa parte da Ilha de Santa Catarina ocorre uma enorme especulação


imobiliária, decorrente da atividade turística na região. As dunas costeiras e a
vegetação de restinga merecem uma atenção específica, pois vêm sendo
degradadas de forma indiscriminada pela ação antropogênica.

Na praia do Santinho, segundo FERREIRA (1999), esta situação não é diferente,


pois já ocorre um processo de intensa urbanização sobre as dunas frontais no setor
sul da praia. Neste setor localiza-se um dos maiores hotéis da ilha, o Costão do
Santinho Resort. Em seus estudos, esta autora observou, em junho de 1997, uma
ressaca que teve duração de uma semana, modificando completamente o perfil
praial. A duna frontal perdeu a suavidade, originando uma escarpa bem definida. No
setor sul, as ondas de tempestades destruíram muros, estacionamentos e calçadas.
(PAIXOTO 2005)
A praia do Santinho é acessada pela rodovia estadual pavimentada SC-403,
situando-se aproximadamente a 35km do centro de Florianópolis. A praia é bastante
utilizada por turistas por constituir um ambiente bastante preservado e pela presença
no setor sul do Costão do Santinho Resort. . (WESTARB, 2004).
Como conseqüência do acelerado processo de ocupação da área do Distrito de
Ingleses do Rio Vermelho passam a existir vários problemas de ordem ambiental: o
surgimento de favela instalada sobre o campo de dunas ativas; o avanço da
ocupação sobre áreas de dunas fixas, de vegetação de restingas, de estuário, da
linha da costa e de outras áreas de preservação permanente.
Na Unidade de Conservação – Dunas dos Ingleses e Dunas do Santinho – criada
pelo Decreto Municipal nº112/85, publicado no Diário Oficial do Estado nº 12726, de
11 de junho de 1985, ocorre ocupação por população de média e baixa renda.
Esta área, considerada de preservação permanente, vem sendo afetada pela
incorporação imobiliária desencadeada pelo turismo ou por população que para o
Distrito de Ingleses foram atraídas por esta atividade econômica (WESTARB, 2004)

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 221


WESTARB (2004), destaca ainda, entre as APP que sofrem com a ocupação
humana nos Ingleses, o cordão de dunas33 fixas, as semi-fixas, o campo de dunas
ativas e a área no entorno da captação de água subterrânea através de poços
profundos da CASAN. Verifica-se que as áreas de dunas vegetadas são as mais
atingidas pelo avanço das servidões que se ampliam longitudinalmente e
lateralmente. Esta ocupação deu origem a uma favela conhecida como Favela do
Siri com muitos problemas sociais, estruturais e ambientais. A autora constata
ainda que, de uma ocupação esparsa com moradias espalhadas sobre as dunas
em 1994 passou para uma situação de ocupação absoluta em 2003 em casebres
em becos, sem esgoto, sem luz, sem água. (FOTOS 39 e 40).(QUADRO 32)

Foto 39: Soterramento de residências na Favela do Siri.


Fonte: WESTARB (2003).

Estas famílias, além de sofrerem com a falta de infraestrutura, correm sérios riscos
com o avanço das dunas que têm soterrado várias casas nos últimos anos. Estas

33
A Unidade de Conservação – Dunas dos Ingleses – criada pelo Decreto Municipal nº112/85,
publicado no Diário Oficial do Estado nº 12726, de 11 de junho de 1985 e a Lei 2193/85 que instituiu
o Plano dos Balneários, já haviam delimitado e zoneado esta área como APP – Área de
Preservação Permanente, destinando-a por força de lei como área “non aedificandi”. Pela
Legislação Federal as dunas são consideradas Reservas Ecológicas e elas não podem ser
ocupadas.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 222


casas localizam-se na frente do campo dunar Moçambique-Ingleses que avança
livremente no sentido Norte.

O adensamento de Ingleses do Rio Vermelho caracteriza-se pela horizontalização


da ocupação urbana. Exceção para a área das Gaivotas onde a ocupação urbana é
verticalizada através de condomínios (térreo + 2 pavimentos + atico). Nesta, as
edificações, via de regra, são destinadas ao veraneio. A Praia do Santinho, onde
predominam as residências ou casa de veraneio (segunda residência) pode-se
observar uma intensificação recente da urbanização, com destaque para a
implantação residências multifamiliares em forma de loteamentos ou de
condomínios. (FOTO 41).

Foto 40: O avanço da ocupação sobre as dunas fixas no Santinho.


Fonte: WESTARB (2003).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 223


Foto 41: Vista geral da Planície de Ingleses revelando o adensamento da ocupação urbana .
Fonte: WESTARB (2003).

Sendo o turismo a principal atividade das praias de Ingleses, Brava e Santinho, a


população que a ocupa usa dois tipos de residências: a residência permanente
(moradia) e a residência temporária (casa de veraneio ou segunda residência). Esta
característica das residências é importante, pois se distingue a população que
permanece o ano todo no Distrito daquela que fica somente a temporada de verão,
possibilitando uma estimativa mais confiável sobre o consumo de água, a geração
de esgoto, a carga potencial de nitratos ou outro dado importante.

Esta tipologia de urbanização urbana com expansão horizontal dos balneários


exigem uma correspondente expansão das infraestruturas urbanas como pode ser
observado nos Quadros 32 e 33, a seguir, apresentam, de forma resumida, os
principais atributos das UTP13-Ingleses e UTP14- Santinho e as relações entre o
crescimento urbano e o saneamento.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 224


OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP13-INGLESES

MEIO FÍSICO
DRENAGEM ESGOTAMENTO SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS
91,9% DE COBERTURA;
DUNAS DOS INGLESES: DEC. 112/85 - O RIO CAPIVARI QUE JÁ FOI CERCA DE 98% COLETA CONVENCIONAL E
QUALIDADE DA ÁGUA: 3 - NO SCN, ONDE O PRINCIPAL MANANCIAL É A ÁGUA
ÁREA 953,5 HÁ - É UM CAMPO DE ESPINHA DORSAL DA REGIÃO FOI 0% DE COBERTURA COLETA SELETIVA UMA VEZ POR SEMANA;
SUBTERRÂNEA CAPTADA DE POÇOS DO AQÜÍFERO INGLESES/RIO VERMELHO, A
DUNAS FIXAS, SEMI-FIXAS E MÓVEIS, OCUPADO POR CONSTRUÇÕES, ÁGUA DISTRIBUIDA TEM APRESENTADO UMA TURBIDEZ ACIMA DOS PADRÕES
QUE SE ESTENDEM DA PRAIA DO QUE O TORNOU OBSTRUIDO E DE SES DO BALNEARIO DE INGLESES (EM OBRAS) A DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS
PERMITIDOS. ISTO TEM OCORRIDO APÓS O TRATAMENTO APLICADO
MOÇAMBIQUE PELO PLANÍCIE DO DIFICIL MANUTENÇÃO. EXISTEM SÓLIDOS DA COLETA CONVENCIONAL É O
(DESINFECÇÃO, CORREÇÃO DE PH E FLUORETAÇÃO), O QUE TEM CAUSADO
RIO VERMELHO ATÉ PRÓXIMO DA REGIÇÕES COM PROBLEMAS DE A FALTA DO SISTEMA DE ESGOTO TEM MESMO PARA TODO O MUNICÍPIO - ATERRO
RECLAMAÇÕES CONSTANTES DA POPULAÇÃO. AS CAUSAS DESTE PROBLEMA
ÁREA URBANIZADA DOS INGLESES. INUNDAÇÕES. CAUSADO ALTOS INDICES DE POLUIÇÃO DO SANITÁRIO LOCALIZADO NO MUNICÍPIO
DEVERÃO SER INVESTIGADAS PELA CASAN.
RIO CAPIVARI E DA ORLA MARINHA, VIZINHO DE BIGUAÇÚ.
O CRESCIMENTO DAS AIS (RUA COMPROVADO PELOS RESULTADOS DO SISTEMA: SCN
APP: TOPOS DE MORROS A OESTE,
ADÃO DOS REIS E RUA DO SIRI - PROGRAMA DE BALNEABILIDADE DA FATMA.
FAIXAS DE RESTINGA EM TODA A OCUPAÇÃO EM ÁREA DE DUNAS) HÁ NECESSIDADE DE DAR CONTINUIDADE E
UTP E CAMPO DE DUNAS A LESTE. COMPROMETE DIRETAMENTE A ACELERAR AS OBRAS NA REGIÃO, AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS
VEGETAÇÃO DE CAPOEIRA E REDE DE DRENAGEM ATRAVÉS PARALIZADAS DEVIDO A INDEFINIÇÃO DO SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS
CAPOEIRÃO NAS ENCOSTAS DOS DA CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA DESTINO DO EFLUENTE TRATADO DA ETE. INSTALAÇÕES DESTA IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. O PLANO DOS DIFICULDADE DE COLETA NAS OCUPAÇÕES
MORROS POR EFLUENTES DE ESGOTO BALNEÁRIOS DO SCLS, ELABORADO PELO IPUF, SERVE DE BASE PARA O IRREGULARES, GRANDE AUMENTO DE
DOMÉSTICO BRUTO LANÇADOS A ACELERADA OCUPAÇÃO NA REGIÃO TEM DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EXISTENTE, O VOLUME PELO ADENSAMENTO.
SEM MANANCIAIS. COM INDEVIDAMENTE NA REDE. O CAUSADO GRANDE IMPACTO NA QUALIDADE QUE DE ALGUMA FORMA CONTRIBUIU PARA QUE NÃO HOUVESSE UM
IMPORTANTES AQÜÍFEROS AUMENTO DA POPULAÇÃO NÃO É DAS ÁGUAS DO BALNEÁRIO. A SITUAÇÃO É COMPROMETIMENTO DA CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES. O CRESCIMENTO DAS AIS COMPROMETEM
(AQUÍFERO INGLESES, JOAQUINA E RECOMENDADO POR SER UMA EXTREMAMENTE CRÍTICA, A PONTO DE SE O SISTEMA FICOU PREJUDICADO ATUALMENTE NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO TODA A CIDADE, POIS A DIFICULDADE DE
RIO VERMELHO) JÁ EM FRANCA ZONA DE RISCO DE ENCHENTES, SUGERIR UMA MORATÓRIA PARA A (MANANCIAL), O QUE DEVERÁ SER REFORÇADO PELO SIF. COLETA NESTAS ÁREAS OCASIONA A
UTILIZAÇÃO PELAS COMUNIDADES E O CRESCIMENTO NESTA REGIÃO CONSTRUÇÃO DE IMÓVEIS ATÉ QUE ENTRE O COLOCAÇÃO DE RESÍDUOS EM LOCAIS
FUNCIONAMENTO O SES DE INGLESES. OCUPAÇÃO URBANA INSERIDA 100% EM CIMA DO AQÜÍFERO INGLESES/RIO
PELA CASAN. NO ENTANTO O AUMENTA O NÚMERO DE IMPROPRIOS, PROVOCANDO PROBLEMAS NA
VERMELHO
AFETADOS PELO PROBLEMA. DRENAGEM, INSTABILIDADE DE ENCOSTAS E
PROCESSO CRESCENTE DE
OCUPAÇÃO URBANA VEM PROBLEMAS RELACIONADOS A SAÚDE
PÚBLICA COMO UM TODO.
ACARRETANDO PROBLEMAS COM A EXPLOSÃO IMOBILIÁRIA DOS BALNEÁRIOS DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS
QUEDA DA QUALIDADE DA ÁGUA, EM EXAURIRAM A CAPACIDADE DOS MANANCIAIS DISPONÍVEIS NESTAS REGIÕES.
NESTA REGIÃO A INFLUÊNCIA DA POPULAÇÃO A POPULAÇÃO FLUTUANTE PROVOCA UM
VIRTUDE DE NÃO HAVER ESTA SITUAÇÃO LEVOU A UM REFORÇO NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
FLUTUANTE É SIGNIFICATIVA, PORTANTO A ACRESCIMO DE APROXIMADAMENTE 50% NO
TRATAMENTO DO ESGOTO, PROVINDAS DE OUTRAS FONTES (ATUALMENTE PELO SIF). NUM FUTURO
INFRAESTRUTURA DE ESGOTO PRECISA SER VOLUME DE RESÍDUO COLETADO.
PORTANTO FOSSAS SÉPTICAS PRÓXIMO, CERTAMENTE HAVERÁ NECESSIDADE DE SE BUSCAR OUTRAS FONTES
DIMENSIONADA PARA ATENDER ESTA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA ATENDER AS POPULAÇÕES DESTAS REGIÕES.
CONTAMINANTES DOS AQÜÍFEROS. DEMANDA SUPLEMENTAR.
IMPORTANTE SALIENTAR A EXISTE CRESCIMENTO DE AIS NA REGIÃO EM ÁREAS DE DUNAS DIFICULTANDO O
FALTA DE ESPAÇO PARA ABASTECIMENTO NESTAS ÁREAS.
PROTEÇÃO DOS CAMPOS DE DUNAS MANUTENÇÃO DOS CANAIS.
E ÁREAS DE RESTINGA COMO OCUPAÇÃO DO LEITO DOS NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS
REPOSITORES NATURAIS DO CANAIS POR CONSTRUÇÕES. DOS MANANCIAIS ATUALMENTE UTILIZADOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA;
AQÜÍFERO. NECESSIDADES ATUAIS: ACELERAR A CONTROLE DA OCUPAÇÃO E EXPANSÃO URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS
NECESSIDADES ATUAIS: MELHORIA DE
APROVAÇÃO DO EIA/RIMA JUNTO À FATMA E MANANCIAIS UTILIZADOS PARA ABASTECIMENTO;PROGRAMAS PARA USO
ÁREAS URBANAS EM FRANCO ACESSIBILIDADE PARA COLETA, MODERAÇÃO
EM AUDIÊNCIA PÚBLICA.PROGRAMAR A RACIONAL DE ÁGUA; INCENTIVO AO USO DE FONTES ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO
DO ADENSAMENTO E EXPANSÃO DE COLETA
DESENVOLVIMENTO, ACARRETANDO CONTRATAÇÃO E EXECUÇÃO DO EMISSÁRIO DE ÁGUA DE CHUVA, REUSO DE ÁGUA, ETC.) ; IMPEDIR A OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE
SELETIVA
PROBLEMAS PARA A ALIMENTAÇÃO SUBMARINO DE INGLESES. PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS TAXAS DE OCUPAÇÃO NAS ÁREAS BALNEÁRIAS;
DOS AQÜÍFEROS QUE SÃO MUITO IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE OPERACIONAL; PROGRAMAS DE
BONS NESSA REGIÃO. PROBLEMAS CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS;
ESTES EM PROCESSO CONTÍNUO E
TECNICAMENTE COMPLICADO DE
RESOLVER EM FUNÇÃO DA NECESSIDADES FUTURAS: IMPLEMENTAÇÃO
ESTRUTURA GEOMORFOLÓGICA E NECESSIDADES FUTURAS: DE FISCALIZAÇÃO PARA IMPEDIR A
NECESSIDADES FUTURAS: IMPLANTAR A NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE
DO SOLO (QUE POR SER MUITO PRESERVAÇÃO DOS ESPAÇOS OCUPAÇÃO IRREGULAR, CRIAÇÃO DE
REDE COLETORA NAS BACIAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA CONSIDERANDO A PRESERVAÇÃO DOS AQÜÍFEROS;
ARENOSO NÃO RETÉM A ÁGUA DE MANUTENÇÃO DOS CANAIS.
ESGOTAMENTO NÃO CONTEMPLADAS NAS IMPLANTAÇÃO DO SES, PRINCIPALMENTE EM ÁREA DE ABRANGÊNCIA DE
ACESSOS FORA DE PADRÃO E MODERAÇÃO
PERCOLANDO FACILMENTE AO NO ADENSAMENTO, JÁ QUE O GRANDE
OBRAS DE PRIMEIRA ETAPA. AQÜÍFERO, COM O OBJETIVO DE PRESERVAR A QUALIDADE DE SUAS ÁGUAS.
LENÇOL E AOS AQÜÍFEROS, PROBLEMA NÃO É A COLETA, MAS A
INCLUSIVE ESGOTOS DOMÉSTICOS DESTINAÇÃO FINAL DO RESÍDUO.
DE FOSSAS SÉPTICAS).

Quadro 32: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP13).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 225 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
OCUPAÇÃO URBANA (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) X SANEAMENTO – UTP14-SANTINHO

MEIO FÍSICO
DRENAGEM ESGOTAMENTO SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA RESÍDUOS SÓLIDOS
PARQUE FLORESTAL DO RIO VERMELHO CERCA DE 98% COLETA
91,9% DE COBERTURA; CONVENCIONAL E COLETA SELETIVA
(ESTADUAL) DEC. EST. 2006/62 - ÁREA: 1100 0% DE COBERTURA
HA (PRESENTE TAMBÉM NA UTP LAGOA DA QUALIDADE DA ÁGUA: 3 - NO SCN, ONDE O PRINCIPAL MANANCIAL É A ÁGUA SUBTERRÂNEA UMA VEZ POR SEMANA;
OS PROBLEMAS DE CAPTADA DE POÇOS DO AQÜÍFERO INGLESES/RIO VERMELHO, A ÁGUA DISTRIBUIDA TEM
CONCEIÇÃO). SES DO BALNEARIO DE INGLESES (EM OBRAS)
DRENAGEM RELATIVOS APRESENTADO UMA TURBIDEZ ACIMA DOS PADRÕES PERMITIDOS. ISTO TEM OCORRIDO A DESTINAÇÃO FINAL DOS
A ESTA UTP ESTÃO APÓS O TRATAMENTO APLICADO (DESINFECÇÃO, CORREÇÃO DE PH E FLUORETAÇÃO), O RESÍDUOS SÓLIDOS DA COLETA
DUNAS DO SANTINHO: DEC. 112/85 -ÁREA A FALTA DO SISTEMA DE ESGOTO TEM CAUSADO
RELACIONADOS A QUE TEM CAUSADO RECLAMAÇÕES CONSTANTES DA POPULAÇÃO. AS CAUSAS DESTE CONVENCIONAL É O MESMO PARA
ALTOS INDICES DE POLUIÇÃO DO RIO CAPIVARI E
91,5 HECTARES - É UM CAMPO DE DUNAS MICRODRENAGEM QUE TODO O MUNICÍPIO - ATERRO
DA ORLA MARINHA, COMPROVADO PELOS PROBLEMA DEVERÃO SER INVESTIGADAS PELA CASAN.
FIXAS, SEMI-FIXAS E MÓVEIS, SITUADO AO OCASIONA ZONAS SANITÁRIO LOCALIZADO NO
RESULTADOS DO PROGRAMA DE SCN / COSTÃO DO SANTINHO: SISTEMA INDEPENDENTE
LONGO DA PRAIA DOS INGLESES E PONTUAIS DE MUNICÍPIO VIZINHO DE BIGUAÇÚ.
BALNEABILIDADE DA FATMA. HÁ NECESSIDADE DE
PARALELA A ESTRADA GERAL DO INUNDAÇÕES.
DAR CONTINUIDADE E ACELERAR AS OBRAS NA
SANTINHO. REGIÃO, PARALIZADAS DEVIDO A INDEFINIÇÃO DO
É NECESSÁRIO
DESTINO DO EFLUENTE TRATADO DA ETE. AS ALTERAÇÕES DO PLANO DIRETOR, EFETUADAS APÓS A IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE
APP EM TOPOS DE MORROS NAS ADEQUAR O
PARCELAMENTO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA COMPROMETERAM A CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES DESTA
EXTREMIDADES SUL E NORTE DA UTP, A ACELERADA OCUPAÇÃO NA REGIÃO TEM IMPORTANTE INFRA-ESTRUTURA. O PLANO DOS BALNEÁRIOS DO SCLS, ELABORADO PELO
SOLO AS
CAMPO DE DUNAS E RESTINGAS. CAUSADO GRANDE IMPACTO NA QUALIDADE DAS IPUF, SERVE DE BASE PARA O DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE
NECESSIDADES DA
ÁGUAS DO BALNEÁRIO. A SITUAÇÃO É ÁGUA EXISTENTE, O QUE DE ALGUMA FORMA CONTRIBUIU PARA QUE NÃO HOUVESSE UM
UTP, EVITANDO A DIFICULDADE DE COLETA NAS
SEM MANANCIAIS. COM IMPORTANTES EXTREMAMENTE CRÍTICA, A PONTO DE SE COMPROMETIMENTO DA CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES.
IMPERMEABILIZAÇÃO OCUPAÇÕES IRREGULARES,
AQÜÍFEROS (AQÜÍFERO JOAQUINA E RIO SUGERIR UMA MORATÓRIA PARA A CONSTRUÇÃO
EXCESSIVA DA REGIÃO, O SISTEMA FICOU PREJUDICADO ATUALMENTE NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
VERMELHO) JÁ EM FRANCA UTILIZAÇÃO DE IMÓVEIS ATÉ QUE ENTRE O FUNCIONAMENTO
QUE AUMENTARIA A (MANANCIAL), O QUE DEVERÁ SER REFORÇADO PELO SIF. GRANDE AUMENTO DE VOLUME
PELAS COMUNIDADES. NO ENTANTO O O SES DE INGLESES.
DEMANDA POR OCUPAÇÃO URBANA INSERIDA 100% EM CIMA DO AQÜÍFERO INGLESES/RIO VERMELHO PELO ADENSAMENTO;
PROCESSO CRESCENTE DE OCUPAÇÃO SERVIÇOS DE
URBANA VEM ACARRETANDO PROBLEMAS DRENAGEM. O A POPULAÇÃO FLUTUANTE
COM QUEDA DA QUALIDADE DA ÁGUA, EM CRESCIMENTO A EXPLOSÃO IMOBILIÁRIA DOS BALNEÁRIOS DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS EXAURIRAM PROVOCA UM ACRESCIMO DE
VIRTUDE DE NÃO HAVER TRATAMENTO DO URBANOAUMENTO DO A CAPACIDADE DOS MANANCIAIS DISPONÍVEIS NESTAS REGIÕES. ESTA SITUAÇÃO LEVOU A APROXIMADAMENTE 50% NO
GRAU DE NESTA REGIÃO A INFLUÊNCIA DA POPULAÇÃO UM REFORÇO NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA PROVINDAS DE OUTRAS FONTES (ATUALMENTE VOLUME DE RESÍDUO COLETADO.
ESGOTO, PORTANTO FOSSAS SÉPTICAS FLUTUANTE É SIGNIFICATIVA, PORTANTO A
CONTAMINANTES DOS AQÜÍFEROS. IMPERMEABILIZAÇÃO PELO SIF). NUM FUTURO PRÓXIMO, CERTAMENTE HAVERÁ NECESSIDADE DE SE BUSCAR
DO SOLO. INFRAESTRUTURA DE ESGOTO PRECISA SER OUTRAS FONTES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA ATENDER AS POPULAÇÕES DESTAS
IMPORTANTE SALIENTAR A PROTEÇÃO DIMENSIONADA PARA ATENDER ESTA DEMANDA REGIÕES.
DOS CAMPOS DE DUNAS E ÁREAS DE SUPLEMENTAR.
RESTINGA COMO REPOSITORES NATURAIS EXISTE CRESCIMENTO DE AIS NA REGIÃO EM ÁREAS DE DUNAS DIFICULTANDO O
DO AQÜÍFERO. ABASTECIMENTO NESTAS ÁREAS.
NECESSIDADES ATUAIS: IMPLANTAR PROGRAMAS DE PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS DOS
UTP APRESENTA VÁRIAS ÁREAS DE APP MANANCIAIS ATUALMENTE UTILIZADOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA; CONTROLE DA
(SOBRETUDO CAMPO DE DUNAS E ÁREAS NECESSIDADES ATUAIS: ACELERAR A
NECESSIDADES OCUPAÇÃO E EXPANSÃO URBANA NAS ÁREAS DE ENTORNO DOS MANANCIAIS UTILIZADOS NECESSIDADES ATUAIS: MELHORIA
APROVAÇÃO DO EIA/RIMA JUNTO À FATMA E EM
DE CORDÕES DE RESTINGA) ÁREAS ATUAIS: MELHORIA DA PARA ABASTECIMENTO;PROGRAMAS PARA USO RACIONAL DE ÁGUA; INCENTIVO AO USO DE DE ACESSIBILIDADE PARA COLETA,
AUDIÊNCIA PÚBLICA.PROGRAMAR A
URBANAS EM FRANCO MICRODRENAGEM DA FONTES ALTERNATIVAS (CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA, REUSO DE ÁGUA, ETC.) ; IMPEDIR A MODERAÇÃO DO ADENSAMENTO E
CONTRATAÇÃO E EXECUÇÃO DO EMISSÁRIO
DESENVOLVIMENTO, ACARRETANDO REGIÃO. OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO; LIMITAR AS TAXAS DE OCUPAÇÃO NAS ÁREAS EXPANSÃO DE COLETA SELETIVA
SUBMARINO DE INGLESES.
PROBLEMAS PARA A ALIMENTAÇÃO DOS BALNEÁRIAS; IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE OPERACIONAL; PROGRAMAS DE
AQÜÍFEROS QUE SÃO MUITO BONS NESSA CONTROLE E REDUÇÃO DE PERDAS;
REGIÃO. PROBLEMAS ESTES EM
PROCESSO CONTÍNUO E TECNICAMENTE
COMPLICADO DE RESOLVER EM FUNÇÃO NECESSIDADES FUTURAS:
NECESSIDADES
DA ESTRUTURA GEOMORFOLÓGICA E DO IMPLEMENTAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO
FUTURAS:
SOLO (QUE POR SER MUITO ARENOSO PARA IMPEDIR A OCUPAÇÃO
PRESERVAÇÃO DOS NECESSIDADES FUTURAS: IMPLANTAR A REDE NECESSIDADES FUTURAS: ELABORAÇÃO DE UM PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE
IRREGULAR, CRIAÇÃO DE ACESSOS
NÃO RETÉM A ÁGUA PERCOLANDO ESPAÇOS DE COLETORA NAS BACIAS DE ESGOTAMENTO NÃO ÁGUA CONSIDERANDO A PRESERVAÇÃO DOS AQÜÍFEROS; IMPLANTAÇÃO DO SES,
FORA DE PADRÃO E MODERAÇÃO
FACILMENTE AO LENÇOL E AOS MANUTENÇÃO DOS CONTEMPLADAS NAS OBRAS DE PRIMEIRA PRINCIPALMENTE EM ÁREA DE ABRANGÊNCIA DE AQÜÍFERO, COM O OBJETIVO DE
NO ADENSAMENTO, JÁ QUE O
AQÜÍFEROS, INCLUSIVE ESGOTOS CANAIS. ETAPA. PRESERVAR A QUALIDADE DE SUAS ÁGUAS.
GRANDE PROBLEMA NÃO É A
DOMÉSTICOS DE FOSSAS SÉPTICAS). COLETA, MAS A DESTINAÇÃO FINAL
OCUPAÇÃO EM DUNAS E ÁREAS DE DO RESÍDUO.
RESTINGAS.

Quadro 33A: Caracterização da Ocupação Urbana X Saneamento (UTP14).


Fonte: Elaboração MPB.

_______ 226 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
2.2.6 PARCELAMENTO DO SOLO

2.2.6.1 Marcos regulatórios e legais

O fracionamento do solo urbano está regulamentada, inicialmente, pela Lei Federal


de Parcelamento do Solo Urbano n°6.766, de 19 de dezembro de 1979,
conhecida como Lei Lehmann, que dita às normas gerais para o parcelamento do
solo urbano, as quais são secundadas pelas leis estaduais e municipais existentes
sobre o tema. É um dos mais práticos instrumentos legais para distinção das várias
modalidades de uso e ocupação do solo urbano, onde o parcelamento do solo
urbano pode se dar através de loteamento ou desmembramento.

A Lei Federal n° 6.766/79 fornece os requisitos urbanísticos mínimos a serem


atendidos pelos estados e municípios na elaboração de suas leis próprias sobre o
assunto. Tal diploma legal introduz a exigência do cumprimento de vários requisitos
em termos de dimensões mínimas de terrenos, proteção ambiental e instalação de
infraestrutura básica, combinando normas civis, urbanísticas, administrativas e
penais, com vistas a garantir a interação entre as atividades de parcelamento do
solo urbano e o planejamento municipal referente à expansão da mancha urbana e
ao provimento de serviços públicos.

Esta combinação foi importante, à época em que a lei foi editada, por ampliar a
abrangência da legislação disciplinadora dos parcelamentos urbanos anterior, que
tinha um caráter extremamente civilista e preocupava-se apenas com as relações
de transferência da propriedade.

A aprovação da Lei n° 9.785,34 de 29 de janeiro de 1999, concretizou algumas


alterações na Lei Lehamnn, no sentido de simplificar o nível de exigências para

34
Lei 9.785, de 29 de janeiro de 1999, Altera o Decreto – Lei n.º 3.365, de 21 de junho de 1941 (desapropriação
por utilidade pública) e as Leis n.ºs 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (registros públicos), e 6.766, de 19 de
dezembro de 1979 (parcelamento do solo urbano).
O primeiro objetivo da lei é permitir ao Poder Público a realização e a legalização de parcelamentos do solo
urbano, com fins habitacionais, em gleba pendente de procedimento judicial expropriatório, fundado na imissão
provisória na posse de áreas desapropriadas e permitida a emissão e o registro do titulo provisório da cessão
da posse de lotes. A lei veda a retrocessão como meio de assegurar a irreversibilidade do ato administrativo
voltado para a minimização da carência habitacional.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 227


parcelamentos considerados de interesse social. Assim, os §§ 5º e 6º do art. 2º da
Lei n° 6.766/79, acrescentados pela Lei n° 9.785/99, estabelecem:

Art. 2º [...]
§ 5º Consideram-se infraestrutura básica os equipamentos urbanos de
escoamento das águas pluviais, iluminação pública, redes de esgoto
sanitário e abastecimento de água potável, e de energia elétrica pública e
domiciliar e as vias de circulação pavimentadas ou não.
§ 6º A infraestrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas
habitacionais declaradas por lei como de interesse social (ZHIS) consistirá,
no mínimo, de:
I - vias de circulação;
II - escoamento das águas pluviais;
III - rede para o abastecimento de água potável; e
10 Alterações introduzidas respectivamente pelas Leis 9.785/99 e 9.934/99.
IV - soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica
domiciliar.

Ademais, fica dispensada a reserva de 35,00% da área total do parcelamento para


sistemas de circulação, implantação de equipamentos urbano e comunitário, bem
como a espaços livres de uso público. Com a alteração, passa-se a exigir que
essas áreas sejam “proporcionais à densidade de ocupação prevista pelo plano
diretor ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem (art. 4º, inciso
I). Note-se que a própria Lei Lehmann, em sua forma original, já permitia algumas
concessões, como, por exemplo, em relação à área mínima do lote, fixada em 125
metros quadrados, que pode ser menor do que esse padrão quando o loteamento
destinar-se à urbanização específica ou à edificação de conjuntos habitacionais de
interesse social.

Durante o ano de 1999, foram feitas também algumas alterações na Lei n° 6.015,
de 31 de dezembro de 1973, com o objetivo de facilitar a atuação do Poder Publico,
no caso de regularização fundiária, e de reduzir despesas cartorárias com as

O segundo objetivo da lei é dar maior autonomia aos municípios no trato das questões pertinentes
ao parcelamento do solo urbano, tanto sob o ponto de vista da formulação dos requisitos
urbanísticos, quanto sob o ponto de vista da prática dos procedimentos administrativos de
aprovação, de regularização e de registro dos parcelamentos, destacando as ações do poder
público nesse campo como de interesse social.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 228


escrituras públicas e os registros imobiliários para a aquisição de imóvel construído
pelo sistema de mutirão nos programas habitacionais para famílias de baixa renda.

Em seu artigo 3º, a Lei nº.6.766/79 explicita que somente será admitido
parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas definidas por Plano
Diretor ou lei municipal. A mesma lei, proíbe expressamente o parcelamento do
solo em terrenos alagadiços ou sujeitos à inundações, antes de tomadas as
providências para assegurar o escoamento das águas em terrenos que tenham sido
aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam previamente
saneados; quando a declividade for igual ou superior a 30,0%, salvo se atendidas
as exigências específicas das autoridades competentes; quando as condições
geológicas não aconselham a edificação e em áreas de preservação ecológica ou
naquelas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua
correção.

Mais restritiva em alguns aspectos, a Lei Estadual nº. 6.063/82 não traz a ressalva
da Lei Federal de Parcelamento do Solo Urbano em casos de declividade igual ou
superior a 30,0%. Apresenta como um parâmetro impeditivo para o parcelamento, a
poluição que impeça condições sanitárias suportáveis, os limites máximos dos
padrões de qualidade ambiental, além de incluir entre as situações proibitivas, as
áreas de proteção especial definidas na legislação e as áreas onde o parcelamento
possa causar danos relevantes à flora e a outros recursos naturais, apesar de não
trazer definições quanto a estas últimas.

Em âmbito estadual, a legislação referente ao parcelamento do solo está focada na


Lei nº.6.063, de 24 de maio de 1982, que procura adequar a legislação federal,
notadamente a Lei nº.6.766/79, aos interesses e peculiaridades do Estado, ao
mesmo tempo em que orienta a legislação municipal quanto aos aspectos que
necessitam de regulação específica por esta última.

A Lei n°.6063/82, alterada pela Lei n°10.957, de 23 de novembro de 1998, em seu


artigo 8˚ reza que os projetos de loteamento de que trata a presente Lei deverão
atender aos seguintes requisitos:

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 229


I - as áreas destinadas a sistema de circulação, a implantação de
equipamento urbano e comunitário e espaços livres de uso público, não
poderão ser inferiores a 35% (trinta e cinco por cento) da gleba;
2
II - os lotes terão área mínima de 125m (cento e vinte e cinco metros
quadrados) e frente mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando a legislação
municipal determinar maiores exigências, ou quando o loteamento se
destinar à urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais
de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos
competentes;”
III - ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio
público das rodovias, ferroviárias e dutos, é obrigatória a reserva de uma
faixa “non aedificandi” de 15 m (quinze metros) de cada lado, salvo maiores
exigências.
[...]
Art. 13. Os municípios não localizados em áreas de interesse especial ou
com projetos de loteamento que não possuam área superior a 1.000.000m2
(um milhão de metros quadrados), poderão encaminhar projetos de
loteamento ou desmembramento ao exame da Secretaria de Estado do
Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, visando sua adequação às
exigências da legislação federal e estadual pertinente.

No Condomínio Fechado o empreendimento é submetido às exigências da Lei


Federal n° 4.591/64 onde os adquirentes são proprietários de casas térreas ou
assobradadas, que serão unidades autônomas em que estão incluídas as áreas
destinadas ao uso privativo, como por exemplo, o jardim e o quintal. O proprietário
terá também uma fração ideal no que se refere às outras áreas comuns da gleba,
como as vias, as áreas verdes e as de uso comum, como por exemplo, salão
comunitário e quadra de esporte. (GEBARA, 2008. p.20)

No âmbito municipal, o tema em questão está sob a égide do Plano Diretor dos
Balneários e Interior da Ilha de Santa Catarina (Lei nº. 2.193/85), Plano Diretor do
Distrito Sede (Lei Complementar n° 001/97), Lei n° 1.215/7435, Decreto nº.135/77
de 23/09/77, Lei n° 1.455/78 (Condomínios)

Assim, a Lei Complementar n° 001/97, Plano Diretor do Distrito Sede, reserva seu
Capítulo II ao Parcelamento do Solo:

DO PARCELAMENTO DO SOLO

Art. 6o - Nas Zonas de Expansão Urbana, satisfeitas as exigências da


legislação específica, o loteamento e a utilização do solo sob a forma de

35 Lei Nº 1215/74 - Dispõe Sobre os Loteamentos Urbanos, Desmembramentos e Arruamentos e dá


Outras Providências

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 230


condomínios residenciais unifamiliares somente serão licenciados para os
terrenos imediatamente adjacentes às áreas já urbanizadas a fim de evitar a
dispersão da ocupação do solo.
§ 1o - Consideram-se terrenos imediatamente adjacentes às áreas já
urbanizadas aqueles situados num raio de 250 (duzentos e cinqüenta
metros) medidos a partir do local onde cessa a ocorrência de edificações
contíguas ou do limite entre a zona urbanizada e a zona de expansão
urbana.
§ 2o - Em áreas isoladas os loteamentos poderão ser licenciados para
projetos que abrangem área mínima de 5 ha. (cinco hectares) elaborados de
acordo com plano setorial de urbanização, instituído pelo Poder Executivo
municipal, desde que os proprietários da área a ser parcelada realizem
obras de infra-estrutura e equipamentos comunitários que compreendam:

a) pavimentação e arborização das vias;


b) execução da rede de energia elétrica;
c) execução da rede de esgoto pluvial;
d) execução da rede de abastecimento de água;
e) implantação das áreas verdes de lazer;
f) implantação da rede geral de esgoto sanitário e sistema adequado de
tratamento final.
Art. 196 - Os parcelamentos do solo que vierem a ocorrer após a aprovação
desta Lei obedecerão as dimensões mínimas de lote e testada previstas no
Anexo IV.
Art. 197 - Equipara-se ao loteamento, para todos os fins legais, o
prolongamento de vias ou a abertura de vias projetadas.
Art. 198 - A localização dos equipamentos urbanos e comunitários e o
traçado do sistema viário obedecerão ao disposto nos mapas do Anexo I ou,
inexistindo nestes, às diretrizes do Órgão Municipal de Planejamento.
§1o - Todos os projetos de parcelamento do solo (loteamentos e
desmembramentos) deverão ter anuência prévia do Órgão de Planejamento
antes da sua aprovação final pela Prefeitura.
§ 2° - Incluem-se dentre as exigências obrigatórias dos artigos 35 e 37 da
Lei 1215/74 o projeto e a execução da arborização de vias e do paisagismo
de áreas verdes de lazer (AVL).
§ 3o - Em todos os projetos de parcelamento do solo o percentual mínimo de
AVL será de 10 % (dez por cento) e o de ACI 5% (cinco por cento).
Art. 198A Os projetos de parcelamento do solo submetidos à aprovação da
Prefeitura Municipal, cuja gleba apresenta Área de Preservação Permanente
(APP), deverão ser instruídos, obrigatoriamente, com projetos de
recuperação e/ou preservação ambiental desta área, priorizados aqueles que
contemplem a utilização de espécies nativas exclusivamente típicas do
ambiente a ser recuperado e/ou preservado.
[...]
Art. 199 - Nos projetos de parcelamento a exigência de áreas para sistema
viário, e equipamentos urbanos e comunitários será proporcional a
densidade proposta para o empreendimento, obedecido os mínimos
previstos na legislação de parcelamento do solo e nesta Lei.
Parágrafo Único - Quando, em função da densidade proposta, as áreas
necessárias ao sistema viário e equipamentos urbanos e comunitários forem
inferiores ao mínimo exigido pela legislação de parcelamento do solo, o
excedente será entregue ao Município na forma de lotes dominiais a serem
utilizados como reserva para a implantação de equipamentos urbanos e
comunitários.(LEI COMPLEMENTAR N° 001/97).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 231


No âmbito do Plano Diretor dos Balneários e Interior da Ilha de Santa Catarina (Lei
nº. 2.193/85) o parcelamento do solo é tratado em vários artigos:

Art. 7º Nas Zonas de Expansão Urbana, satisfeitas as exigências da


Legislação Específica, o Loteamento e a utilização do solo sob a forma de
condomínios residenciais unifamiliares somente serão licenciados para os
terrenos imediatamente adjacente ás áreas já urbanizadas, a fim de evitar a
dispersão da ocupação do solo.
[...]
§ 2º - Em áreas isoladas os loteamentos poderão ser licenciados para
projetos que abranjam área mínima de 5 ha. (Cinco hectares) elaborados
de acordo com plano setorial de urbanização instituído pelo Poder Executivo
Municipal, obrigando-se os proprietários da área a ser parcelada a realizar
obras de infra-estrutura e equipamentos comunitários que compreendam:
a) pavimentação e arborização das vias;
b) execução da rede de energia elétrica;
c) execução da rede de esgoto pluvial;
d) execução da rede de abastecimento de água;
e) implantação das áreas verde de lazer;
f) implantação da rede geral de esgoto sanitário e sistema adequado de
tratamento final.
Art. 93 As áreas de preservação permanente (APP) são “non aedificandi”,
ressalvados os usos públicos necessários, sendo vedada nelas a supressão
da floresta e das demais formas de vegetação, a exploração e a destruição
de pedras, bem como o depósito de resíduos sólidos.
§ 1º - Nas dunas é vedada a circulação de qualquer tipo de veículos
automotores, a alteração do relevo, a extração de areia, e a construção de
muros e cercas de vedação de qualquer espécie.
§ 2º - Nos mangues é proibido o corte da vegetação, a exploração dos
recursos minerais, os aterros, a abertura de valas de drenagem, e o
lançamento no solo e nas águas de efluentes líquidos poluentes
desconformes com os padrões de emissão estabelecidos pelo art. 19 do
Decreto Estadual nº 14.250 de 5 de junho de 1981.
§ 3º - Nos mananciais, nascente e áreas de captação d’água é proibido
o lançamento de qualquer efluente, e o emprego de pesticidas,
inseticidas e herbicidas.
[...]
§ 5º - São proibidas as obras de defesa dos terrenos litorâneos contra a
erosão provocada pelo mar que possam acarretar diminuição da faixa de
areia com a natureza de praia.
Art. 96 - Nas áreas de Preservação com Uso Limitado (APL) não é permitido
o parcelamento do solo, a abertura ou prolongamento de vias de circulação
de veículos, salvo as obras de melhoras dos acessos públicos oficiais
existentes e a implantação dos acessos privados às edificações.
Art. 130 Nas Áreas Inundáveis não são permitidos os parcelamentos do
solo, as edificações, aterros e quaisquer outras obras antes da execução

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 232


das obras de escoamento das águas pluviais, de acordo com plano
geral de drenagem da bacia hidrográfica.
Parágrafo Único - Executadas as obras de drenagem, a dimensão dos
lotes será fixada de forma a garantir adequadas condições sanitárias. (Lei
nº. 2.193/85).

A Lei nº. 1215/74, que dispõe sobre os Loteamentos Urbanos, Desmembramentos


e Arruamentos. Em seu art. 5º estabelece a possibilidade de regularização
fundiária, cobrando-se do loteador as despesas arcadas pelo Poder Público e que
caberiam a esse honrar. No art. 10 encontramos a previsão de que nos fundos dos
vales e talvegues é obrigatória a reserva de faixas sanitárias para escoamento de
águas pluviais e de rede de esgotos, além de circulação, essas faixas seriam
proporcionais à bacia hidrográfica contribuinte, conforme o Quadro 6:

ÁREA DA BACIA HIDROGRÁFICA LARGURA DA FAIXA NÃO EDIFICÁVEL


(hectares) (metros)
Até 50 4
50 a 100 6
100 a 200 10
200 a 500 15
500 a 1.000 20
1.000 a 2.000 25
2.000 a 5.000 30
5.000 a 10.000 40
10.000 a 20.000 50
20.000 a mais 60
Quadro 6: Faixas sanitárias.
Fonte: Lei Municipal nº 1215/74.

O art. 11 prevê o respeito de uma faixa de proteção de 15m ao longo dos cursos de
água, nos termos do que viria a ser definido pela Lei 6766/79, mas que não
encontra respaldo no Código Florestal, que criou uma faixa marginal mínima de
30,00m, independentemente da dimensão da bacia hidrográfica contribuinte.

O art 13 trata da denominação dos loteamentos e arruamentos que deverão


obedecer às seguintes normas (QUADRO 7):

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 233


Denominação área

VILA INFERIOR A 50.000M²


JARDIM ENTRE 50.000M² A 500.000M²
PARQUE SUPERIOR A 500.000M²
BAIRRO EQUIVALENTE ÀS DOS DEMAIS BAIRROS
DA CIDADE.

Quadro 7: Denominação dos loteamentos e arruamentos.


Fonte: Lei Municipal nº 1215/74.

O artigo 15 fixa o percentual de 35% do loteamento destinados a sistema de


circulação, equipamentos urbanos e comunitários, verdes e recreação, montante
esse modificado para todos os Distritos que formam a região dos Balneários e
Interior da Ilha (Lei nº 2193/85), onde passou a ser de 45%, e ainda:

Art. 15º - [...] 1º - Consideram-se equipamentos urbanos os sistemas de


abastecimento de água, serviço de esgotos, energia elétrica, coleta de
águas pluviais, pavimentação, rede telefônica e outros que venham ser
criados e como tal classificados.
§ 2º - Consideram-se comunitários os equipamentos de saúde, educação,
administração, recreação e equivalentes, bem como outros que venham a
ser criados e como tal considerados.
Art. 16º - Em se tratando de terrenos situados na orla marítima e nas
margens de rios e lagos, qualquer que seja o regime de sua utilização,
nenhuma obra será permitida numa faixa de 33m (trinta e três metros),
medidos horizontalmente para a parte da terra, da posição do preamar
médio legal, ouvido os órgãos competentes.
§ 1º - Excetuam-se da proibição deste artigo as obras previstas ou
determinadas pelos órgãos técnicos de planejamento municipal e regional,
e bem assim, as construções para abrigo de pequenas embarcações,
desde que sem caráter de permanência.
§ 2º - As disposições deste artigo aplicam-se aos terrenos de marinha,
acrescidos de marinha e marginais, de que trata o Decreto Lei nº 9760, de
05 de setembro de 1946.
Art. 17º - A Prefeitura poderá exigir em cada loteamento reserva de faixa,
non aedificandi , em frente ou fundo do lote, bem como lateralmente, para
rede de água, de esgotos ou de outros equipamentos urbanos.
Art. 18º - Qualquer projeto de loteamento, desmembramento ou
remembramento deverá ser elaborado em consonância com:
I - as conveniências do tráfego;
II - o desenvolvimento da região;
III - a preservação de reservas arborizadas ou florestais;
IV - a conservação de pontos panorâmicos;
V - a preservação da paisagem e de monumentos do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 234


O artigo 20 estabelecia que as vias de circulação obedeceriam sempre a caixa
mínima de 10,00m (caixa mínima alterada pela Lei 001/97 para 12,00m), o
comprimento das quadras com máximo de 250,00m (art. 29) e os lotes urbanos
com testada de 12,00m e área mínima de 360m² (art. 30), ressalvada a exceção
prevista no artigo 45, inciso III, quando se tratar de desmembramento decorrente de
sucessão hereditária.

Com a edição da Lei nº. 2.193/85 e, já em consonância com a Lei nº.1.516/77, de


29de junho de 1977, estabeleceu-se uma metragem diferenciada, com lote mínimo
de 450,00m² e testada mínima de 15,00 metros, para todos os Distritos dos
Balneários e Interior da Ilha.

No que tange aos condomínios a legislação municipal estabelece dois padrões


distintos: um regrado pela Lei Complementar nº. 052/99, que altera o Plano Diretor
dos Balneários, introduzindo a figura do Condomínio Residencial Unifamiliar (arts.
75 a 75 da Lei nº.2.193/85), com número máximo de 25 unidades autônomas, sem
necessidade de destinação de áreas públicas; o outro fixado pela Lei nº 211/06,
que alterou o art. 75 da Lei nº.2.193/85 e art. 87 da Lei Complementar nº.001/97
(Plano Diretor do Distrito Sede), acrescentando a possibilidade de condomínios
com 50 lotes, mas passando a exigir que acima de 26 lotes haja a destinação de no
mínimo 7% de área pública. A destinação de no mínimo 7% de área pública deve
ter no mínimo 1.200m² de área e localiza-se junto à via pública .

Em Florianópolis os condomínios são aprovados de acordo com a Lei


Municipal nº2193/85 e determina que os condomínios devam ser
constituídos por unidades autônomas, formadas por residências térreas ou
assobradadas, discriminando a parte do terreno a ser ocupada pela
edificação e pelo uso exclusivo. O número máximo de unidades autônomas
será igual a 25 por condomínio.
Cada unidade autônoma poderá ser constituída de uma residência
unifamiliar e de uma edícula auxiliar. As áreas de uso comum terão
proporção mínima de 35% da área total, nos terrenos situados no Distrito
Sede, área central e arredores, e 45% nos demais Distritos e balneários da
Ilha. É obrigatória a implantação de áreas verdes com equipamentos de
recreação e lazer de uso comum, que deverá ter área não inferior a 10% da
totalidade do terreno parceláveis, e cuja declividade deverá ser inferior a
30%, não podendo estar situada em Área de Preservação Permanente.
Apesar de existir um limitador com relação à ocupação em áreas de
preservação permanente ela torna-se numa fonte de valorização do
empreendimento quando utilizada como uma vantagem na venda do
empreendimento.
Ainda de acordo com a Lei Municipal nº2193/85 nos Condomínios
Residenciais Unifamiliares os serviços de esgotamento de águas pluviais,

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 235


disposição final de esgoto sanitário, abastecimento de água potável e
energia elétrica serão implantados e mantidos pelo Condomínio.
(GEBARA, 2008. p.21-22)

Quanto aos Parcelamentos do Solo para Habitações de Interesse Social, estão


voltados especificamente à população de baixa renda e deverão ser promovidos
exclusivamente pelo Poder Público ou em parceria com a iniciativa privada,
exigindo para tal propósito a existência de uma formulação legal. Tal tipo de
parcelamento se apresenta como uma tipologia própria, distinta, especial, que foge
ao padrão generalizado para implantação do parcelamento do solo da cidade. Essa
previsão especial já consta da Lei Federal nº.6766/79, Lei Lehmann, que em seu
art. 4º, II, estabelece que poderão haver parâmetros diferenciados quando o
loteamento se destinar a urbanização específica ou edificação de conjuntos
habitacionais de interesse social.

Assim, os parcelamentos do solo para fins de Habitações de Interesse Social


deverão ter parâmetros específicos elaborados pelo poder público e a sua
implantação deve ter como destino uma demanda populacional carente de
habitação e que não encontra no mercado atendimento às suas necessidades.

A Lei Complementar nº.001/97, em seu art.97, define as Áreas Residenciais


Predominantes - Zero (ARP-0) destinadas ao assentamento da população de baixa
renda, somente pelo parcelamento do solo de interesse social, promovido pelo
Poder Público e/ou iniciativa privada, onde se permite a constituição de
condomínios residenciais unifamiliares com fração ideal de, no mínimo, 125,00 m2.
Nas ARP-0 poderá haver simplificação da infra-estrutura urbana e comunitária
prevista na Lei de Parcelamento do Solo, a critério do Órgão Municipal de
Planejamento, ouvido o Conselho do Fundo Municipal de Integração Social (FMIS).

Art. 97 - As Áreas Residenciais Predominantes - Zero (ARP-0) são


destinadas a assentamento da população de baixa renda, somente podendo
ser utilizadas através de parcelamento do solo de interesse social,
promovido pelo Poder Público e/ou iniciativa privada.

§ 1o - A demarcação de outras ARP-0, além daquelas já existentes nos


mapas do Anexo I, poderá ser feita pelo Órgão Municipal de Planejamento,

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 236


ouvidas previamente as concessionárias de serviços públicos, e serem
aprovadas por Lei.
§ 2° - Os empreendimentos promovidos em ARP-0 só serão aprovados e
licenciados mediante certidão de interesse social, fornecida pelo Conselho
do Fundo Municipal de Integração Social, segundo critérios a serem
regulamentados.
§ 3o - Nas ARP-0 será permitido o amembramento de lotes desde que a
área máxima seja de 250,00m2 (duzentos e cinqüenta metros quadrados).
§ 4° - Caso se constituam condomínios residenciais unifamiliares nas ARP-
0, a fração ideal do terreno será de no mínimo 125,00m2 (cento e vinte e
cinco metros quadrados).
Art. 98 - Nas Áreas Residenciais Predominantes - zero (ARP-0) poderá
haver simplificação da infra-estrutura urbana e comunitária prevista na Lei
de Parcelamento do Solo,
a critério do Órgão Municipal de Planejamento, ouvido o Conselho do Fundo
Municipal de Integração Social (FMIS), objetivando sua adequação as
características e finalidades da zona.
Parágrafo Único - Nas ARP-0 poderá haver urbanização progressiva nos
termos dos artigos 201 e 202 desta Lei. (L C 001/97, art. 97 e 98)

A Lei Complementar nº 001/97 altera as ARP-0 definidas na Lei nº 2193/85,


estabelecendo o lote mínimo de 250m² ou de 128m², quando executado pelo Poder
Público, com testada de 8m

Ressalta-se ainda a Lei Complementar nº 52/99, que modifica a Lei nº 2.193/85, e


legisla sobre edificações isoladas, geminadas e condomínio residencial até 25
unidades (nos termos da Lei 4591/64).

ƒ A primeira experiência de criação de ZEIS para Florianópolis foi formalizada


pela Lei Complementar nº 207/2005 que estabelece que essas somente
poderão ser demarcadas por lei complementar específica nas áreas de
ocupação consolidada em data anterior ao último levantamento
aerofotogramétrico (art. 1º, § 2º). Dentro dessa diretriz a legislação
estabeleceu o limite específico de sua área de atuação, sendo definida como
tal as localidades do Maciço do Morro da Cruz

A Área de Interesse Social (AIS) do Chico Mendes, foi instituída pela Lei
Complementar n.º 195/05, e sua leitura deve ser feita em consonância com o que
se encontra fixado nos artigos 97 e 98 da Lei Complementar n.º 001/97 (ARP-0). A
LC estabelece ainda:

ƒ • Fixação de parâmetros construtivos e limitações administrativas como

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 237


ƒ Recuos mínimos;

ƒ Sistema viário em aberto, o qual ficará a cargo da Secretaria de


Habitação e Saneamento Ambiental (art. 6º);

ƒ Regularização de áreas carentes, específica para a área denominada


Chico

ƒ Mendes;

ƒ Admite a regularização de lotes inclusive inferiores a 30,00 m2; e que os


critérios de parcelamento do solo ficam a cargo da Secretaria de
Habitação (art. 6º), com a anuência prévia do Conselho do Fundo
Municipal de Integração Social (Lei n.º 001/97, art. 97, § 2º).

O Decreto nº 135/77, de 23 de setembro de 1977, regulamenta a Lei 1.215/74 e


estabelece o procedimento para aprovação de loteamento, passou a exigir a
caução. Em seu artigo 5º estabelece testada mínima do lote de 12m e área de
360m² em zona urbana e, já em consonância com a Lei nº 1516/77, de 29/06/77,
para as zonas de urbanização prioritária 450m².

Procedimentos:

ƒ Consulta de viabilidade – ambiental, rural, uso limitado;

ƒ Pedido de aprovação preliminar;

ƒ IPUF (órgão de planejamento) traça as vias com base na topografia e no PD


e

ƒ indica localização das áreas institucionais;

ƒ Apresenta ante-projeto (em cima do esboço do IPUF) e delimita lotes e


quadras;

ƒ Aprovado parte para o projeto definitivo, geometria fina e projeto completo de


energia elétrica com iluminação, aprovação pela FATMA (estadual);

ƒ A FATMA é responsável, nos casos de loteamentos, pela expedição da LAP


licença ambiental prévia, da LAI (de instalação) e da LAO (de operação).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 238


ƒ Só há necessidade de manifestação da Floram quando estiver presente a
necessidade de preservação ambiental (ex. cursos de água).

2.2.6.1 Os Parcelamentos do solo em Florianópolis

Florianópolis está presente na mídia como um “oásis” de qualidade de vida no


Brasil, impulsionado pelas grandes empresas do mercado imobiliário, fato que se
intensificou a partir do final dos anos 90, e resultou numa explosão do parcelamento
do solo, da urbanização de áreas rurais na ilha e a atração de novos moradores.
Esse processo acelerado de crescimento transformou o município. De uma cidade
pequena e tranqüila se expandiu em um intenso processo de urbanização e com
isso foram realizadas intervenções para atender este crescimento que refletiram na
sua dinâmica sócio-espacial. (GEBARA, 2008).

Segundo o IBGE (2008), estudos sobre as tendências demográficas dos municípios


brasileiros revelam que apenas 654 municípios (11,9%) apresentaram um ritmo de
crescimento anual superior a 3,0% (a media nacional é de 1,6%), nesse conjunto
destacam-se seis capitais: Manaus, Florianópolis, Macapá, Rio Branco, Boa Vista e
Palmas.

Significa que Florianópolis está em contínuo crescimento, e assim concordando


com Santiago (1995), o crescimento demográfico expõe os fluxos migratórios
daqueles que fluem em busca de um bom emprego, melhor infraestrutura urbana,
tranquilidade e segurança. E ainda hoje se observa constante alteração, onde a
paisagem sofre e se atualiza em função das ações da sociedade sobre o meio
físico, e assim, dos usos atribuídos aos lugares urbanos. (GEBARA, 2008).

Este movimento na economia, e o advento do turismo aumentaram a aquisição de


áreas litorâneas para a implantação de loteamentos e condomínios fechados por
toda a ilha como segunda residência. Os loteamentos junto às orlas balneárias da
ilha impulsionaram ocupação voltada ao veraneio, instauraram o turismo balneário
e geraram setores urbanos descontínuos à cidade existente reforçando sua
característica de polinucleada.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 239


Ocupações de segunda residência são conformações residenciais urbanas
destinadas ao turismo, isto é: moradias de fim de semana e/ou verão, responsáveis
pela transformação das características ambientais e das paisagísticas litorâneas.

Segundo Tulik (2001), segunda residência pode ser definida como sendo as
propriedades particulares utilizadas temporariamente, durante o tempo livre, por
pessoas que têm suas residências permanentes em outro lugar, podendo também
ser denominadas de casa de temporada.

A urbanização do município vem sendo realizada por meio de três formas de


parcelamento do solo: loteamentos, condomínios unifamiliares ou
desmembramentos, legais ou clandestinos. (TAB. 9).

TABELA 9 - Parcelamentos do solo em Florianópolis.

Período Loteamento Condomínio Desmembramento


1940 a 1949 37
1950 a 1959 105 5
1960 a 1969 55 14
1970 a 1979 53 187
1980 a 1989 29 83 681
1990 a 1999 20 38 331
2000 a 2006 21 96 313
TOTAL 320 217 1.531
Fonte: TR 15/SMHAS 2007. Tabela produzida através dos dados extraídos do Arquivo da SUSP.
Adaptada pelo autor.

Segundo o relato do Diagnóstico do Plano Diretor Participativo (2008) são


identificados no Município, tanto na ilha quanto no continente, parcelamentos do
solo irregulares de alto, médio e baixo padrões, em encostas, mangues, dunas,
planícies e restingas. O documento indica, ainda, os principais loteamentos legais
implantados ao longo dos anos no município, descritos a seguir:

Até 1957, Florianópolis era um município tipicamente rural, com ocupação esparsa
ao longo das estradas e uma concentração urbana na área histórica (central) da

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 240


Ilha e no continente. A partir da década de 60 a paisagem urbana foi se
modificando, com o início de um processo de densificação das áreas centrais,
verificando-se um crescente aumento no número de prédios multifamiliares em
substituição as residências unifamiliares. As encostas do Morro da Cruz e os
manguezais do Rio Tavares foram sendo ocupados por populações de baixa renda
expulsas das áreas mais valorizadas no centro e na orla, e por imigrantes vindos de
outras regiões de Santa Catarina.

Na década de 1970, a expansão urbana gerada pelo turismo aumentou


consideravelmente, em especial nos balneários do norte da Ilha (Jurerê,
Canasvieiras e Cachoeira do Bom Jesus), onde foram implantados loteamentos
legais e parcelamentos irregulares. Destaca-se ainda nesta década os loteamentos
Daniela (no Pontal), Village I (na Lagoa da Conceição), Santos Dumont (na
Ressacada) e Loteamento Açores (no Pântano do Sul).

Na área central, a urbanização contornou o limite natural do Morro da Cruz, cresceu


ao longo da estrada da Agronômica, e promoveu o surgimento de conjuntos
residenciais e loteamentos na Trindade, Pantanal e Itacorubi, entre estes, estão os
loteamentos: Jardim Santa Mônica, Jardim Anchieta, Parque São Jorge, Frederico
Veras, Flor da Ilha I, Cidade Universitária, Condomínio dos Funcionários da
Eletrosul, Conjunto Habitacional Guarani e Jardim Los Angeles. No continente,
houve uma grande expansão de loteamentos:

ƒ Loteamento Vila Marista, no Jardim Atlântico;

ƒ Loteamento Jardim Continente, na Coloninha e Capoeiras;

ƒ Loteamentos Jardim Costa Azul e Jardim Itaguaçú, em Itaguaçú;

ƒ Loteamento Bulevar D. Hilda, no Bom Abrigo.

Na década de 80, consolidou-se o processo de expansão urbana para os


balneários de:

ƒ Jurerê (Jurerê Internacional – etapas 1 a 4);

ƒ Canasvieiras (Loteamento Cláudio Di Vincenzi);

ƒ Cachoeira e Ponta das Canas (vários condomínios);

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 241


ƒ Praia Brava (Loteamento América do Sol);

ƒ Ingleses (Loteamento Costa Norte);

ƒ Lagoa da Conceição (Loteamento Saulo Ramos);

ƒ Barra da Lagoa (Loteamento Cidade da Barra);

ƒ Santinho (Costão do Santinho Resort);

ƒ Tapera, Campeche e Rio Vermelho começam a sofrer um processo de


ocupação clandestina.

Ainda nos anos 80, no continente surgiram outros loteamentos, como Villa Romana,
Sapé e Morro da Caixa. No Itacorubi, ocorreu a ampliação do loteamento Parque
São Jorge (etapa 3) e a instalação de novas estatais (Epagri, Celesc, Centro de
Informática e Automação de Santa Catarina – Ciasc, Banco do Estado de Santa
Catarina – Besc), o que gerou novas ocupações e um processo de verticalização.

Nesta mesma década, no Saco Grande I, atual Bairro João Paulo, foram
implantados os Loteamentos Jardim Caiobig, Jardim Pôr-do-Sol I e II e Jardim Baía
Norte, e no Saco Grande II, o Loteamento Monte Verde; e, no Córrego Grande,
foram implantados os loteamentos Jardim Germânia (etapa I) e Jardim Albatroz.

Na década de 1990, consolidou-se quinta etapa de Jurerê Internacional. No Saco


Grande I, atual Bairro João Paulo, implantaram-se os loteamentos Maria do Mar e
Pôr-do-Sol III, e no Córrego Grande os loteamentos Jardim Germânia (etapa II) e
Jardim Itália. Já no Rio Tavares surgiu o Loteamento Novo Campeche (FOTO 42),
e no Morro das Pedras o Loteamento Berenhausen.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 242


Foto 42: Vista Panorâmica do Loteamento Novo Campeche, mosaico de estilos de ocupação: casas
unifamiliares e edifícios multifamiliares.
Fonte: http://www.campeche.org.br/fotos.htm

Merece destaque neste contexto dos loteamentos em Florianópolis, o


empreendimento Jurerê Internacional, que se constitui em um expressivo exemplo
de espaço diferenciado criado para atender os anseios da classe A, concebido de
acordo com a expectativa da atividade turística e do mercado Imobiliário. É o
resultado de um planejamento administrativo e estratégico da empresa gaúcha
Habitasul, gerando um processo intenso de valorização.

Esta praia é um dos maiores empreendimentos imobiliários do sul do Brasil,


voltado para um público exigente, de alta renda, um espaço excludente por
natureza, um espaço de segregação social. (LANZIOTTI, 2008).

Ainda segundo LANZIOTTI (2008), não se trata de um condomínio fechado, pois é


um empreendimento privado que não possui barreiras físicas, embora seu espaço
seja totalmente diferenciado do restante da cidade. Não possui muros ou cercas,
mas sua imponência acaba gerando uma excludência natural. Segundo dados do
Grupo Habitasul, citados pelo autor, em 2008, o empreendimento Jurerê
Internacional contava com mais de 2000 unidades residenciais, entre casas e
apartamentos. (FOTOS 43 e 44).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 243


Fotos 43 e 44: Casas de alto padrão localizadas em Jurerê Internacional.
Fonte: Arquivo Rosane Buzatto (2008).

Em relação ao processo de segregação sócio-espacial, vê-se claramente a


sua existência no empreendimento Jurerê Internacional, seja pelo modo de
vida dos moradores, pelas regras impostas ou pela incorporadora que
valorizou o empreendimento. Jurerê Internacional é, sem dúvida, um espaço
de auto-segregação. (LANZIOTTI, 2008).

Dentre os aspectos fundamentais que agregam valor ao empreendimento estão o


tratamento de água e esgoto, tornando-se um importante ponto na criação de um
espaço diferencial no meio urbano. Para o empreendimento, a construção de um
sistema próprio de água e esgoto é imprescindível para a qualidade de vida tão
divulgada nas campanhas de marketing.

Jurerê Internacional possui atualmente um sistema de tratamento de água e esgoto


próprio e independe do sistema implantado pela CASAN. Este sistema é
denominado SAE (Sistema de Água e Esgoto) e fornece tratamento de água e
esgoto para as residências. (HABITASUL,2008)

O empreendimento também possui coleta seletiva de lixo, onde o lixo orgânico é


encaminhado para uma usina de compostagem localizada dentro do próprio
empreendimento, e posteriormente utilizado para adubo nos jardins e áreas verdes.
No que tange à segurança do bairro, há uma parceria entra a Polícia Militar e Civil e
empresas privadas.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 244


Considerado um dos principais responsáveis pelo quadro de expansão urbana das
últimas décadas, o fenômeno “turismo” foi estimulado pela propagação da
afirmação de que Florianópolis seria a cidade com melhor qualidade de vida do
Brasil. Essa propaganda promoveu um crescimento exponencial dos balneários,
reduzindo quase por completo (com exceção do Distrito de Ratones) as áreas
tradicionalmente agrícolas.

Ainda, segundo o Diagnóstico do Plano Diretor Participativo (2008) o parcelamento


da pequena propriedade rural por meio de loteamentos clandestinos tornou-se uma
prática generalizada no município, em especial no Campeche, na Tapera da Base,
Ingleses do Rio Vermelho e São João do Rio Vermelho. Tal prática é responsável
por 60% de lotes clandestinos no município e pela urbanização de baixa qualidade,
com vielas estreitas e ausência de praças ou áreas públicas, que degenera, em
casos extremos, para ocupações subnormais (áreas carentes). Como exemplo
podem ser citadas algumas áreas de encostas dos maciços do Morro da Cruz e do
Morro da Costeira do Pirajubaé, bem como os Bairros Saco Grande e Monte Cristo,
e as áreas contíguas às áreas do Chico Mendes e Nossa Senhora Aparecida.

Observa-se em Florianópolis a redução do número loteamentos implantados dentro


da legalidade em contraposição ao crescimento da ilegalidade36 na ocupação do
solo. Observa-se no período 2002 a 2006 a implantação de 64 loteamentos
irregulares, contrapondo-se a apenas 16 loteamentos aprovados. (TAB. 9).

36
Os dados da Tabela 9 não fazem distinção entre parcelamentos irregulares e clandestinos.
Apesar dessa igualdade de tratamento, razões didáticas, segundo Gasparini (2006), justificam a
divisão dos parcelamentos ilegais em clandestinos (o Poder Público não tem conhecimento oficial) e
irregulares (Execução em desacordo com a legislação vigente ou em desacordo com o ato de
aprovação ou, após aprovação e execução regular, não o registra. Os parcelamentos irregulares
pressupõem, sempre, um projeto aprovado pelo Poder Público competente.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 245


TABELA 9 - Parcelamentos do solo em Florianópolis.
Loteamentos irregulares Parcelamentos regulares

Ano Distrito Nº Total Desmembramentos Condomínios Loteamentos

Centro 17

Campeche 04
Canasvieiras 04

2002 Ingleses 01
33 59 ----- 05
Ribeirão 01
Rio Vermelho 03
Pântano do Sul 02
Sto. Ant Lisboa 01

Centro 02
Campeche 08
2003
19 67 22 03
Ribeirão 08
Rio Vermelho 01

Centro 01
2004 03 64 44 07
Ribeirão 02

Ingleses 01
2005 02 47 10 01
Rio Vermelho 01

Lagoa 01
Campeche 03 07
Ingleses 01
2006
Ribeirão 01
Rio Vermelho 01

TOTAL 64 237 76 16

Fonte: Adaptado do Diagnóstico do Plano Diretor Participativo (2008). Dados SUSP-DAU Arq.
Albertino Ronchi.

Podem-se citar dois fatores relevantes que geram a irregularidade e a ausência de


destinação de áreas públicas: a primeira a ausência de titulação; a segunda uma
cultura que prioriza o espaço público e sim a exploração máxima da propriedade
privada em detrimento do interesse da cidade. (FIG.43).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 246


Figura 43: Condomínio no Bairro Cacupé. Florianópolis. Nenhuma relação com o pedestre.
Fonte: GEBARA, 2008. p.33.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 247


2.3 ZONEAMENTO

A história da legislação urbana de Florianópolis não é recente: o primeiro Plano


Diretor da cidade começou a ser elaborado em 1952, por uma equipe de Porto
Alegre formada por dois arquitetos, Demétrio Ribeiro e Edgar Graeff, e um
urbanista, Edvaldo Pereira Paiva. A Lei Municipal 246/55 (FLORIANÓPOLIS, 1955),
Código Municipal de Florianópolis, foi o primeiro plano da cidade. No art. 36, do
zoneamento, dividia a cidade em cinco zonas: comercial central, comercial
residencial, residencial, industrial e de uso especial.

Em 1976 foi aprovada pela Câmara Municipal a Lei 1.440/76, o segundo plano
diretor de Florianópolis (FLORIANÓPOLIS, 1976). A sua minuta em forma de lei já
estava elaborada desde 1971, ou seja, ficou cinco anos em apreciação na Câmara.

A Lei do Plano Diretor de 1976 vigorou até 1997, tendo sofrido 285 alterações
pontuais ao longo de 21 anos, o que conforme CECCA (1997) pode ser vista como
uma descaracterização deste instrumento de planejamento. Em 1997, com o
esgotamento do Plano de 1976, a Prefeitura Municipal, através do Instituto de
Planejamento Urbano de Florianópolis – IPUF apresentou um novo Plano Diretor
para cidade que corresponde a toda área do Distrito Sede. Este Plano, que foi
regulamentado através da Lei Complementar nº.001, de 14 de abril de 1997,
encontra-se em vigor até os dias de hoje.

No ano de 1985, com o objetivo de direcionar o crescimento para outras localidades


da Ilha se elabora o Plano Diretor dos Balneários (Lei nº.2.193, de 25 de janeiro de
1985).

Hoje, vigoram dois Planos Diretores no município, um que se refere aos balneários
e localidades do interior da Ilha, o chamado Plano Diretor dos Balneários - Lei
nº.2.193/85 - e o outro, o Plano Diretor do Distrito Sede - Lei nº.001/97 (Ressalta-
se a existência de Planos Específicos para as localidades de Jurerê (Lei nº
2.217/93); Praia Brava (Lei nº 421/99); Barra da Lagoa (Lei nº 3.711/92); Praia Mole
(Lei nº 3.742/92); e Retiro (Lei nº 3.709/92) e outras 100 Leis Pontuais que tratam
sobre Zoneamento (IPUF 2002).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 248


Atualmente, atendendo as diretrizes do Estatuto da Cidade, o município está
revisando seu Plano Diretor com a participação da população. Ele é obrigatório
para as cidades com população superior a vinte mil habitantes, ou integrantes de
regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, ou integrantes de áreas de
especial interesse turístico, ou que estejam inseridas em regiões influenciadas por
empreendimentos ou atividades com impacto ambiental significativo. Este
instrumento deve abranger o Município em sua totalidade e deve ser revisto a, no
mínimo, cada dez anos, com a participação popular, sendo divulgado ao público
interessado.

Tanto o Plano Diretor dos Balneários da Ilha de Santa Catarina quanto o Plano
Diretor do Distrito Sede de Florianópolis, regulam o uso e a ocupação do solo, em
especial quanto à localização, acessos, implantação das edificações, exceto a
utilização das terras com fins agrícolas.

O Plano da Sede declara como sendo “Área Especial Interesse Turístico” os


balneários da Ilha de Santa Catarina. Ambos tratam sobre o zoneamento municipal
e o divide em Macrozoneamento e Microzoneamento. (FIG.44).

O Macrozoneamento está subdividido em Zona Urbana e Zona Rural. As Zonas


Urbanas, por sua vez, nestes Planos Diretores, dividem-se em Zonas Urbanizadas
e Zonas de Expansão Urbana:

Art. 4o - As Zonas Urbanas subdividem-se em Zonas Urbanizadas e Zonas


de Expansão Urbana.
§ 1o - Zonas Urbanizadas são as áreas caracterizadas pela contiguidade
das edificações e pela existência de equipamentos públicos, urbanos e
comunitários, destinados às funções de habitação, trabalho, recreação e
circulação.
§ 2o - Zonas de Expansão Urbana são os espaços adjacentes às zonas
urbanizadas constituídAs por áreas livres ou ocupadas com baixa densidade
habitacional, e destinados à expansão dos núcleos urbanos atuais nos
próximos vinte anos.
Art. 5o - A ocupação do solo nas Zonas de Expansão Urbana deverá ocorrer
progressivamente, de forma a caracterizar uma urbanização contínua e a
evitar a subutilização das redes de infra-estrutura e equipamentos
comunitários existentes.
§ 1o - O licenciamento das construções de edificações nessas zonas é
condicionado a sua ligação à rede geral de saneamento, ou, se inexistente
esta, à comprovação de que o sistema de saneamento individual adotado
obedece aos critérios e padrões ambientais vigentes, através de certidão
fornecida pelos órgãos competentes.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 249


§ 2o - Quando o sistema de saneamento individual adotado for fossa
séptica, em nenhum caso poderá ser de padrão inferior ao exigido pela P-
NB-41.
Art. 6o - Nas Zonas de Expansão Urbana, satisfeitas as exigências da
legislação específica, o loteamento e a utilização do solo sob a forma de
condomínios residenciais unifamiliares somente serão licenciados para os
terrenos imediatamente adjacentes às áreas já urbanizadas a fim de evitar a
dispersão da ocupação do solo.
§ 1o - Consideram-se terrenos imediatamente adjacentes às áreas já
urbanizadas aqueles situados num raio de 250 (duzentos e cinqüenta
metros) medidos a partir do local onde cessa a ocorrência de edificações
contíguas ou do limite entre a zona urbanizada e a zona de expansão
urbana.
§ 2o - Em áreas isoladas os loteamentos poderão ser licenciados para
projetos que abrangem área mínima de 5 ha. (cinco hectares) elaborados de
acordo com plano setorial de urbanização, instituído pelo Poder Executivo
municipal, desde que os proprietários da área a ser parcelada realizem
obras de infra-estrutura e equipamentos comunitários que compreendam:
a) pavimentação e arborização das vias;
b) execução da rede de energia elétrica;
c) execução da rede de esgoto pluvial;
d) execução da rede de abastecimento de água;
e) implantação das áreas verdes de lazer;
f) implantação da rede geral de esgoto sanitário e sistema adequado de
tratamento final.

M A C R O -Z O N E A M E N T O
Z O NA UR B A N A ZONA RURA L
Z O NA S UR B A NIZA DA S

ZO N A S EX PA NS Ã O
UR BA N A

Figura 44: Desenho esquemático do Macro-zoneamento de Florianópolis


Fonte: Elaboração MBP a partir da LC 001/97.

A Zona Urbana no Distrito Sede é considerada como um único complexo urbano


constituído por duas áreas distintas:

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 250


I - A Área Urbana Continental, delimitada ao Norte, ao Sul e ao Leste pelo
Oceano Atlântico, e a Oeste pela linha demarcatória do limite entre os
Municípios de Florianópolis e São José;
II - A Área Urbana Insular delimita-se por uma linha que parte do Oceano,
na Ponta do Siqueira, em Cacupé, seguindo o divisor de águas até
encontrar a cota altimétrica dos 100 m (cem metros), a qual segue na
direção sul, até alcançar o divisor de águas do Morro da Represa no Rio
Tavares, descendo por este até a Rodovia SC 405, seguindo em linha reta
até o Rio Tavares, descendo por este até o mar e seguindo pela linha do
Oceano até a Ponta do Siqueira.

A Zona Rural é, segundo estes Planos Diretores:

Art. 7o - Zona Rural é aquela formada pelos espaços não urbanizáveis


destinados à prática da agricultura, pecuária, silvicultura, conservação dos
recursos naturais e à contenção do crescimento da cidade.
Art. 8o - A disciplina do uso e ocupação do solo na Zona Rural visa
estimular as atividades primárias, preservar as características sócio-
econômicas do meio rural e promover a melhoria da qualidade de vida de
seus habitantes, evitando a implantação de atividade que induzam as
formas de ocupação urbana.
Parágrafo Único - A Zona Rural desempenha funções complementares as
funções urbanas, destinando-se a suprir o abastecimento, a satisfazer a
necessidade de espaços verdes peri-urbanos, bem como a salvaguarda a
qualidade da paisagem natural que propicia o desenvolvimento de atividade
de lazer e turismo compatíveis.

A Figura 45 demonstra a evolução do macrozoneamento do município no período


de 1977-2000

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 251


Figura 45: Macrozoneamento de Florianópolis nos anos de 1977, 1985 e 1997.
Fonte: IPUF.

Os estudos do Diagnóstico do Plano Diretor, atualmente em elaboração, destacam


três fatos na evolução do uso do solo em Florianópolis: o primeiro é a expansão de
usos comerciais nas áreas centrais e de usos de serviço nos principais eixos viários
de acesso; o segundo é a localização de grandes usos institucionais na periferia
das áreas centrais; e o último diz respeito à expansão residencial para os bairros
distantes e regiões balneárias. Com relação aos usos turísticos, estes se
localizaram, em geral, junto à costa, acompanhando a expansão turística do centro
para a periferia e para as regiões balneárias.

Quanto ao Microzoneamento é dividido em zoneamento primário, que define define


as zonas de uso e ocupação do solo, tanto para fins urbanos como não urbanos, e
zoneamento secundário que define zonas com regras adicionais de ocupação,
sobrepostas ao zoneamento primário. O Microzoneamento é divisão detalhada da
área urbana em diferentes zonas de uso e ocupação do solo, definidas segundo as
funções que deverão desempenhar na cidade: lazer, habitação, trabalho,

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 252


institucional ou circulação. O Quadro 3 detalha as zonas primárias e secundárias
acima descritas:

ZONEAMENTOS PRIMÁRIOS ZONEAMENTOS SECUNDÁRIOS


SIGLA NOME SIGLA NOME
ARE Áreas Residenciais Exclusivas APC Áreas de Preservação Cultural
ARP Áreas Residenciais Predominantes APM Áreas de Preservação de Mananciais
AMC Áreas Mistas Centrais AM Áreas de Marinha
AMS Áreas Mistas de Serviços AI Áreas Inundáveis
AMR Áreas Mistas Rurais APR Áreas de Parques e Reservas Naturais
ATE Áreas Turísticas Exclusivas APPR Áreas de Proteção de Parques e Reservas
ATR Áreas Turísticas Residenciais AAS Áreas de Alteração do Solo
AVL Áreas Verdes de Lazer APA Áreas de Proteção de Aeroportos
AVV Áreas Verdes do Sistema Viário AUE Áreas de Urbanização Específica
AVP Áreas Verdes Privadas AIH Áreas de Incentivo à Hotelaria
ACI Áreas Comunitárias Institucionais ARG Áreas de Restrição Geotécnica
APT Áreas para Parques Tecnológicos
ASE Áreas do Sistema de Saneamento e Energia
AST Áreas do Sistema de Transportes
APP Áreas de Preservação Permanente
APL Áreas de Preservação com Uso Limitado
AER Áreas de Exploração Rural
AEH Áreas dos Elementos Hídricos

Quadro 3: Zoneamentos primários e secundários


Fonte: IPUF.

As zonas adotadas no Microzoneamento são denominadas de Áreas para


diferenciar da nomenclatura adotada no Macrozoneamento. Assim, as áreas em
que se repartem as zonas são as seguintes:

I - Áreas de Usos Urbanos;


II - Áreas de Execução de Serviços Públicos;
III - Áreas de Usos Não Urbanos;
IV - Áreas Especiais.

Quanto as área de Usos Urbanos são agrupadas nas seguintes categorias:

I - Áreas Residenciais (AR) ;


II - Áreas Mistas (AM) ;
III - Áreas Turísticas (AT) ;
IV - Áreas Verdes (AV) ;

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 253


V - Áreas Comunitárias Institucionais ( ACI);
VI - Áreas para Parques Tecnológicos (APT).

As Áreas Residenciais (AR) são aquelas destinadas à função habitacional,


complementadas ou não por atividades de comércio e serviços vicinais de pequeno
porte, subdividindo-se em:

I - Áreas Residenciais Exclusivas (ARE) ;


II - Áreas Residenciais Predominantes (ARP).

As Áreas Mistas (AM) são aquelas que concentram atividades complementares à


função residencial, subdividindo-se conforme os usos permitidos nas seguintes
áreas:

I - Áreas Mistas Centrais (AMC) onde predominam as atividades comerciais;


II - Áreas Mistas de Serviço (AMS) onde predominam as atividades de
serviço pesado;
III - Áreas de Serviço Exclusivo (AS) destinadas às atividades de serviço
pesado.
IV - Áreas Mistas Rurais (AMR) que concentram as atividades de comércio
e serviço complementares à vida rural.

As Áreas Comunitárias Institucionais (ACI) são destinadas a todos os


equipamentos comunitários ou aos usos institucionais, necessários à garantia do
funcionamento satisfatório dos demais usos urbanos e ao bem estar da população
subdividindo-se em:

I - Áreas de Educação, Cultura e Pesquisa (ACI-1);


II - Áreas de Lazer e Esportes (ACI-2)
III - Áreas de Saúde, Assistência Social e Culto Religioso (ACI-3);
IV - Áreas dos Meios de Comunicação (ACI-4);
V - Áreas de Segurança Pública (ACI-5);
VI - Áreas de Administração Pública (ACI-6);
VII - Áreas do Sistema Produtivo Comunitário (ACI-7) - (NR11)
37
VII - Áreas de atividades informais (ACI-7) ; (Lei Complementar n° 049)
VIII - Áreas de equipamentos turísticos (ACI-8). (Lei Complementar n° 049)

37
Lei Complementar N° 049 que altera a Lei Nº 2193/85 - Dispõe Sobre o Zoneamento o Uso e a
Ocupação do Solo nos Balneários da Ilha de Santa Catarina, Declarando-os Área Especial de
Interesse Turístico e dá Outras Providências.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 254


Áreas Turísticas (AT) destinam-se a concentrar equipamentos, edificações e
empreendimentos que sirvam ao turismo, subdividindo-se, conforme os usos
permitidos em:

I - Áreas Turísticas Exclusivas (ATE);


II - Áreas Turísticas Residenciais (ATR).

Já as Áreas Verdes (AV) são conceituadas pelo Plano como os espaços urbanos
ao ar livre, de uso público ou privado, que se destinam à criação ou à preservação
da cobertura vegetal, à prática de atividades de lazer e recreação, e à proteção ou
ornamentação de obras viárias, subdividindo-se em:

I - Áreas Verdes de Lazer (AVL);


II - Áreas Verdes do Sistema Viário (AVV);
III - Áreas Verdes de Uso Privado (AVP).

Áreas para Parques Tecnológicos (APT) são aquelas destinadas a implantação


de empreendimentos industriais, científicos e de serviços de base tecnológica, e
dos equipamentos que lhe são complementares.

Quanto as Áreas de Execução de Serviços Públicos, compreendem as áreas


descritas no Quadro 4.

Art. 18 - Áreas do Sistema de Saneamento e Energia (ASE) são as áreas


necessárias para assegurar a localização adequada de equipamentos
urbanos subdividindo-se em:
I - Áreas para tratamento e abastecimento de água potável (ASE-1);
II - Áreas para tratamento e disposição final de esgotos sanitários e
águas (ASE-3);
III – Áreas para disposição final de resíduos sólidos (ASE-3);
IV - Áreas para geração e distribuição de energia elétrica (ASE-4).(Lei
Complementar 001/97).
Art. 19 - Áreas do Sistema Viário e de Transporte (AST) são aquelas
necessárias à eficiência dos sistemas de transportes, incluindo as próprias
vias, suas faixas de domínio, os equipamentos que lhe são
complementares, e os terminais de transportes subdividindo-se em:
I - Áreas do Sistema Rodoviário (AST-1);
II - Áreas do Sistema Aeroviário (AST-2);
III - Áreas do Sistema Hidroviário (AST-3);
IV - Áreas do Sistema de Circulação de Pedestres (AST-4);
V - Áreas do Sistema Ferroviário (AST - 5); (Lei Complementar 001/97).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 255


Áreas de Execução de Serviços Públicos

ÁREAS PARA TRATAMENTO E (ASE-


ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL 1)

SÃO AS ÁREAS (ASE-


ÁREAS DO ÁREAS PARA TRATAMENTO E
NECESSÁRIAS 2
SISTEMA DISPOSIÇÃO FINAL DE ESGOTOS
PARA ASSEGURAR
DE SANITÁRIOS E ÁGUAS
A LOCALIZAÇÃO
SANEAME (ASE-
ADEQUADA DE ÁREAS PARA DISPOSIÇÃO FINAL DE
NTO E EQUIPAMENTOS 3)
RESÍDUOS SÓLIDOS
ENERGIA URBANOS:
ÁREAS PARA GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO (ASE-
(ASE)
DE ENERGIA ELÉTRICA 4)

ÁREAS DO SISTEMA RODOVIÁRIO (AST-


SÃO AQUELAS 1)

NECESSÁRIAS À ÁREAS DO SISTEMA AEROVIÁRIO (AST-


ÁREAS DO
EFICIÊNCIA DOS 2)
SISTEMA
SISTEMAS DE
VIÁRIO E ÁREAS DO SISTEMA HIDROVIÁRIO (AST-
TRANSPORTES,
DE 3)
INCLUINDO AS
TRANSPO PRÓPRIAS VIAS, ÁREAS DO SISTEMA DE CIRCULAÇÃO DE (AST-
RTE (AST) SUAS FAIXAS DE PEDESTRES 4)
DOMÍNIO, OS
ÁREAS DO SISTEMA FERROVIÁRIO (AST -
EQUIPAMENTOS
5)
QUE LHE SÃO
COMPLEMENTARE
S, E OS TERMINAIS
DE TRANSPORTES:

Quadro 4: Desenho esquemático das Áreas de Execução de Serviços Públicos.


Fonte: Elaboração MBP a partir da LC 001/97.

Quanto as Áreas de Usos não Urbanos, são assim tratadas pelo Plano Diretor:

Art. 20 - As áreas de Usos Não Urbanos compreendem as seguintes áreas:


I - Áreas de Preservação Permanente (APP);
II - Áreas de Preservação de Uso Limitado (APL);
III - Áreas de Exploração Rural (AER);
IV - Áreas de Elementos Hídricos (AEH).
Art. 21 - Áreas de Preservação Permanente (APP) são aquelas necessárias
à preservação dos recursos e das paisagens naturais, e à salvaguarda do
equilíbrio ecológico, compreendendo:

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 256


I - topos de morros e linhas de cumeada, considerados como a área
delimitada a partir da curva de nível correspondente a dois terços da altura
mínima da elevação em relação à base;
II - encostas com declividade igual ou superior a 46,6% (quarenta e seis e
seis décimos por cento);
III - mangues e suas áreas de estabilização;
IV - dunas móveis, fixas e semi-fixas;
V - mananciais, considerados como a bacia de drenagem contribuinte,
desde as nascentes até as áreas de captação d'água para abastecimento;
VI - faixa marginal de 33,00m (trinta e três metros) ao longo dos cursos
d'água com influência da maré, e de 30,00m (trinta metros) nos demais;
VII - faixa marginal de 30,00 m (trinta metros) ao longo das lagoas e
reservatórios d’água, situados na zona urbana, e de 50,00m (cinqüenta) a
100,00m (cem metros) para os situados na Zona rural, conforme a
Resolução Conama 004/85;
VIII - fundos de vale e suas faixas sanitárias, conforme exigências da
legislação de parcelamento do solo;
IX - praias, costões, promontórios, tômbolos, restingas em formação e ilhas;
X - áreas onde as condições geológicas desaconselham a ocupação;
XI - pousos de aves de arribação protegidos por acordos internacionais
assinados pelo Brasil;
XII - (VETADO).
XIII - áreas dos parques florestais, reservas e estações ecológicas.
Parágrafo Único - São consideradas ainda Áreas de Preservação
Permanente (APP), na forma do art. 9o da Lei Federal nº 4.771/65, as
florestas e bosques de propriedade particular, quando indivisos com
parques e reservas florestais ou com quaisquer áreas de vegetação
consideradas de preservação permanente.
Art. 22 - Áreas de Preservação com Uso Limitado (APL) são aquelas que
pelas características de declividade do solo, do tipo de vegetação ou da
vulnerabilidade aos fenômenos naturais, não apresentam condições
adequadas para suportar determinadas formas de uso do solo sem prejuízo
do equilíbrio ecológico ou da paisagem natural.
Parágrafo Único - São incluídas nas Áreas de Preservação com Uso
Limitado (APL) as áreas onde predominam as declividades entre 30% (trinta
por cento) e 46,6% (quarenta e seis e seis décimos por cento), bem como
as áreas situadas acima da "cota 100" que já não estejam abrangidas pelas
Áreas de Preservação Permanente (APP).
Art. 23 - As Áreas de Exploração Rural (AER) são aquelas destinadas à
produção agrícola, pecuária ou florestal.
Art. 24 - As Áreas dos Elementos Hídricos (AEH) são as áreas naturais
ou artificiais, permanente ou temporariamente recobertas por água, como o
mar, os lagos e lagoas, as represas e açudes, os rios, córregos e canais.

As Áreas Especiais estão superpostas às outras áreas do zoneamento. Nestas


Áreas Especiais a ocupação do solo, os usos e as atividades estão sujeitas a
limitações específicas que acrescem às regras que vigorarem para as áreas em
que tiverem sobrepostas, e compreendem as seguintes áreas:

I - Áreas de Preservação Cultural (APC): são aquelas destinadas à


preservação de sítios de interesse histórico, antropológico ou arqueológico,
subdividindo-se em:

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 257


ƒ Áreas Históricas (APC-1) se destinam à conservação do patrimônio
histórico e etnológico, abrangendo monumentos, edificações, espaços e
povoações;

ƒ Áreas de Paisagem Cultural (APC-2) se destinam à proteção das


paisagens e aspectos culturais resultantes das tradições agrícolas,
pastoris e pesqueiras;

ƒ Áreas Arqueológicas (APC-3) se destinam à conservação dos sítios pré-


históricos, e dos vestígios deixados pela ocupação humana tais como os
fósseis, utensílios, monumentos e inscrições rupestres.

II - Áreas de Preservação de Mananciais (APM): se destinam à proteção dos


mananciais, das nascentes e das áreas de captação d'água para o
abastecimento atual e futuro.

III - Áreas de Marinha (AM);

IV - Áreas Inundáveis (AI): aquelas cuja ocupação para fins urbanos é


condicionada à existência ou à realização de obras de drenagem que
assegurem o livre e completo escoamento das águas.

V - Áreas dos Parques e Reservas Naturais (APR): aquelas instituídas pelo


poder público e destinadas à conservação da natureza, estando o uso e
ocupação do solo nestas áreas sujeitos a plano e regulamentação
específicos, respeitadas as disposições da legislação municipal.

VI - Áreas de Proteção dos Parques e Reservas (APPR): são as faixas


demarcadas, na conformidade com o Decreto Estadual 14.250/81, ao longo
dos limites dos parques, reservas e estações ecológicas instituídos pelo
poder público e que se destinam a protegê-los das atividades nocivas ao
ambiente natural.

VII- Áreas de Alteração do Solo (AAS):aquelas sujeitas a modificações


topográficas em função da prospecção e extração de recursos minerais.

VIII - Áreas de Proteção dos Aeródromos (APA); Áreas de Proteção dos


Aeródromos (APA) são aquelas situadas no entorno dos aeroportos e sob as
rotas de vôo, e que se destinam a garantir a utilização da infra-estrutura

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 258


aeronáutica e condições de segurança às aeronaves, bem como a proteger a
população dos efeitos nocivos da poluição sonora.

IX - Áreas de Urbanização Específica (AUE): áreas cuja ocupação será


regulada por normas próprias de plano setorial de urbanização aprovado
pelo legislativo, visando a solução de problemas sociais, a renovação de
espaços urbanos degradados, o direcionamento ou restrição da urbanização
fundiária à integração regional ou o detalhamento urbanístico de setores
urbanos. Os terrenos situados nas áreas de urbanização específica poderão
ainda ser regidos por planos de massa, aprovados pelo executivo, visando a
harmonia da paisagem urbana e a qualidade estética das habitações em
determinadas quadras, ruas ou praças do setor.

X - Áreas de Incentivo à Hotelaria (AIH):aquelas onde os meios de


hospedagem de alta categoria recebem incentivos especiais, com vistas a
melhoria dos equipamentos turísticos.

XI - Áreas de Restrição Geotécnica (ARG).

Art. 182 - A ocupação do solo nas diferentes zonas deverá obedecer também a
restrições geotécnicas definidas pelo Órgão Municipal de Planejamento em estudos
específicos.
§ 1o - Toda a área do Morro da Cruz fica considerada como área de restrição
geotécnica, sendo que outras poderão ser criadas através de atos do Poder
Executivo.
§ 2° - Em áreas a serem urbanizadas poderá o Órgão Municipal de Planejamento
exigir laudos geológicos. (Lei Complementar 001/97)

Para ilustrar a classificação e divisão do Zoneamento constante nos Planos


Diretores de Florianópolis, Santos (2006) apresentou o Quadro 5.

Na sequencia encontra-se o Mapa de Zoneamento para o Município. (MAPA 2)


Entretanto, tal mapa está ainda em atualização pela PMF.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 259


26 Consta somente no PD dos Balneários. 27 e 28 Constam somente no PD do Distrito Sede.
Quadro 5: Zoneamento do Município de Florianópolis
Fonte: SANTOS (2006).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 260


Mapa de Zoneamento para o Município. (MAPA 2)

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 261


GEOPROCESSAMENTO CORPORATIVO DE FLORIANPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DA RECEITA

IPUF - INSTITUTO DE PLANEJAMENTO URBANO DE FLORIANPOLIS

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as
AMC-1 ARE-5
ARP-3

ia d
AMC-1

e C anasvieir
ARE-5 ATR-3

SC - 21
ARP-3 APP
ATR-3

ARE-5

0
AMC-1
ARP-3 ARE-5

ATR-3
ATR-3
AER
ARP-3

a
ACI-1

ARP-3 ARP-3
ACI-1/2/3/4 ARP-3
ARE-5
ARE-5 ATR-3
AVL ARE-5 ATR-3
ATR-e
ATR-3
APL

I. do Mata Fome
AVL

AVL
ARE-5 ARE-5
AVL AMC-1 ARP-3 ARE-5
APL ARE-5 AEH
AAH
ARE-5 ATR-3
ACI-2
ARE-5
ATR-3 ATR-3
APL
ATR-3
ATR-3 ATR-3

d
ARE-5
AAH ASS-e2 ARE-5
ATR-3 AVL
ATR-3 AEH
AEH
ACI-3 AAH ASS-e1 AST ARP-3 ATR-3

AMC-1 AMC-1 AVL ATR-3


ARP-3 ATR-e
ASS-e2 ASS-e1 ARE-5
ATR-3
ASS-e1
ARP-3 ATR-3
ASS-e1
AMC-1

o
ASS-e2 ARE-5
AMC-1 ARE-5 AAH

Pr
ACI-2 ACI-2
ARP-3 ARP-3 ASS-e2
ACI ARP-3
ATR-3 AAH
ASS-e2
ARE-5
ARP-3 AEH
ARP-3 AAH
ASS-e2 ASS-e2

ai
ATR-3
ATR-3

s
ARP-3 ARE-5
ARP-3
ARP-3 ATE-e
AVL ATE-e
AMC-1 ATE-e
ARP-3

a d
ARP-3
AMC-1 ARP-3
ARP-3
ASS-e2
ATE-e
ASS-e2
ATE-e ARP-3 ARP-3 AMC-1 AMC-1
ARE-5
AMC-e
ARE-5 ATE-e APL ARP-3 ARP-3
ARP-3

e
AMC-e AER ATR-3 ARE-5
ATR-3 APT-e1
ASS-e2 ASE
ATR-3 ARP-3 ARP-3 AMC-e ARE-5 ARE-5

Jure
ATR-3

I
ARE-5 ATE-e
AMC-e APP
AMS ARE-5
ATE-e ARE-5
ATE-e ARE-5
ATR-3
ATE-e

n
ATR-3
ARE-5
AMC-e APT-e1 ARE-5 ARE-5

g
AMS
ARP-3
ARP-3 ARP-3
ATE-e AMC-e
ARE-5 AMC-e
ARE-5
ARE-5 ARP-3 ARP-3
ARP-3 ARP-3 ARP-3
ATR-3
ARE-5
APL
ACI-2 ARE-5 ATR-3
ATE-e AMC-e ARE-5

l
ASS-e2
ARE-5 ARE-5
APL ATR-3
ARP-3
AVL
AVL
ARE-5 ARE-5 ARE-5 ATR-3

APL

ARE-5
ARE-5 ARE-5

ATE-1
APL
AMC-e
ATE-e
APT-e1
APT-e1

APT-e1
ARE-5

ARP-3
ARE-5
ARE-5
ARE-5 ARE-5

AMC-1

e
s
ARE-5 APT-e1 APT-e2 ARE-5 AMC-1
ASE ARE-5
ARP-3 ARE-5
ARE-5 AMC-e APT-e1 ARE-5
ARE-5 ATR-3 ATE-e AMS
ARE-5 AST ARE-5 AMS AMC-1
AVL ATR-3
AMS AMS AMS ATR-3
ARE-5 APT-e1

e
ARE-5 AMC-1
APL AMS
ATR-3
ARE-5 APP APL
ATR-1
ARP-3 ARE-5
ATR-3 AMS APT-e2
AMC-e AMS
AMS ARP-3
ARE-5

s
ARE-5
ATR-3 ARE-5 ARP-3
APP AVL
APL
ARP-3 ARP-3 APT-e1
APT-e1 AVL
ATR-3
ATR-3 ARP-3
ARE-5
ARE-5 ARP-0 ARE-5 AMS
ARP-0 AMS

a
APL
AMC-1 ATR-3 APT-e2
ARE-5 AVL

el
ARE-5 ARE-5
ARP-3 ARE-5 ARP-3 ATR-3
ARE-5 APT-e1
APT-e2
ARE-5 ACI-2

ni
ATE-e
ARE-5
AER
APL

APP ARE-5

D a
ACI-2
ATR-3
ACI-2
ARP-3 APL
AVL ARE-5
ARE-3 ARP-3 ATE-e ARE-5
ARE-5 ARE-5
AVL ACI-e ATR-3

E
ARE-5
APL ASE-2
AMC-1
ARP-3
ARP-3 AVL
ARP-3 ARP-3 ARE-5 ARP-0
AEH APP ARE-5
ARE-3 APP

a
ARP-3 APP
APP
ARP-3 AVL ARE-5
ARP-0
ATR-3

d I. do Badejo
APP ARP-3 ARP-0
AMC-1 ARP-3 ARP-3
AVL ATR-3
ARE-5 ARP-0
ARP-3 ATR-3
ATR-3A ARP-3 AVL ARE-5
ARP-3 ARP-3

400
AVL

BIGUA˙U
ARP-3 APL ARE-5

SC - 403
APP AVL
ARP-3 ATR-3 APP
AER

SC -
APL AVL
ARP-3A ATR-3A ARE-5 APP
ARP-0 AST

ia
ACI-3 ARE-5
ARP-3A ARP-0 ARP-0 AER
ATR-3
ARE-5

ARE-5
ARP-3A
ARE-5 AVL ARE-5 ACI ARE-5
ARE-5
AST-1 AMS
ASE-2 ARE-5 ARE-5
ARE-1
AMS
ACI-2 ARE-5 AMS
ARE-5

CACHOEIRA DO BOM JESUS


ARP-0
ARE-1

CANASVIEIRAS
ARP-3 APP

ARE-5
AVL
ARP-0

ra
ASE-2
ATR-3A
AMS
ARP-0 ARE-5

INGLESES DO RIO VERMELHO


ARE-5
ARP-0
ARE-5 ARE-5
APP
AMS
APP AVL
APL
ARP-3 AMS ARE-5

AER
AMC-1
ACI-5 AMS AER
ARE-5 ARE-5
ACI-3/6 ARE-5
ARE-5
ACI-3
APL

P
ARE-5 AEH APP
ARP-0 AMC-1 AMS
AVL
AER AMS

AER
ARE-4
T

AMS
AVL ARP-3

o
AMS
AER
APL
APL
AER
ARE-5

APP APP

h
APP AVL AMC-1 AMC-1

AMS
ARP-0 AMS

ASE-2

n
AER

ARP-3

ti
ACI-2

AEH ARE-5

AVP

ARE-5

AER

n
SC
AER

AER

Sa
AER
APP

ARP-2A
ARE-5
APP
APP

-4
AER

APL APP
R

ATR-2

ARP-2A
APP

ARE-3

ia d o
02
APP
AER AER
AER
ARP-2A
APL

AVL
AER

APP
ARE-5
APP

AER AER
AMS

AMS
ARE-5

ARP-2A

APL

ARP-0

P ra
AER
O

406
ARE-5 AER

APL

I. do Raton AER
APL

Grande 0 1

SC -
-4
APP

AMS

APL
APL
SC AMS

ARE-5

AER
N

AER

SANTO ANTNIO DE LISBOA APP

ATR-3
ATR-3

APP

ARE-5

ARE-5
APL
ARP-3

ARP-1

I. das Aranhas
AVL

AMS

ATR-3 APL

APP
ATR-3
ATR-3
APP

P ra ATR-1
AMR

Grande e Pequena
ia d ACI ACI
AVL
ACI
AVL

ARE-4
o

e
AMR

I. do Raton
AER

u
AMR
Sa

ATR-3

q
APP

Pequeno
APL

i
B

APP

SˆO JOAO DO RIO VERMELHO


R

b
ARP-3

AMS
m b

ARP-3 APL
-

n
ARE-5
AVL

APL
10

a
ATR-3
1

ARP-3
a

ATR-3

RATONES

o
ARP-3
ARP-3

ARE-3
qu

AVL

ATR-3 AMC-1

M
ARP-2

ARE-5
AMC-1 AMR
AMC-1 APL
ARE-5
AER
ARE-5
AMC-1

AVL

AMS
AMS

ACI-7

o
AVL

d
APL
APL
APP

APP

ia
APP
A

AER

ATR-3

ra
ATR-3

ARP-1

P
APL
SC - 40

AER

ATR-3

AER

APL

ATR-2
ATR-2
ARE-4
˝

ARP-1

APP
1

ARE-2

APL

APL
ARE-3
APP

ATR-3

APP

AMS
ACI-3

ATR-3

AVL

P ARP-0
A

O
ra APL

ATR-2 ARP-3
APL

ARE-6
ARE-6

ia
ARP-3

ARE-3
ARP*-5

APL

ATR-3

d ATR-3
ARP*-5
AVL

ARE-6

a
o
ARE-6 AMS

ACI AVV
ARP*-5
ATR-3
AVV
AVP

AVL AVV
ARE-6

go
ARP-0
ARE-3 APL

ATR-3
C

AMS
APL

APP
a

AMS

La
APP

C
ARP-3
c

APP

I. do Diamante ACI
u
B

I. dos GuarÆs APL


AMS

ARP-5
ARE-6
p

da
APL

Pequeno
ARP-0
Ø

APP

AMS

ACI

APP
AMS APL

ACI
APP

ARP-0

I. dos GuarÆs
ASE

d a B a rra
APL
AVP
APL

I
APP AMS
ARP-1

Grande ARP-4

AVL ARE-4
AVL

ARE-6
AMS
SC - 406

ARE-3
ARE-3
ATR-4A
ARE-3
AVL
ACI
ARP-4
ARE-6 AVL

ARE-3
ARE-6 APP
APL AVL

ARE-6 APL
AMS

APL APP

APL ACI
AMC-1

ARE-3

ARE-3
ARP-4

AMC-1
ARP-4

ARE-6
AVL
ARE-6
APP
APP

ACI

AVL ARE-6

APP APL
APP
ACI
ARE-6
ARE-4
APL

ARE-4

ARE-3

T
ARE-4
ARE-6

ARP-4 ARE-3
ARP-1
APL ARE-4

ARE-4

APP APL
ACI
a ia
APP

ARP-3
AMC-3
ATR-4A APP
ARP-1
APL
APL
ARP-5

AMS
AVL
ACI

ARP-0
ARP-4 AVL
ARE-5 ARP-2

APP
APP
ARE-3 APP
Pr

AMS ARP-4

AMS AVL
ATE-2
ATE-2
ATE-1
APT-3
AMS
AVV

AVL
AVV
ASE-4 ATE-1
APP
AVL AVL
AVV ATR-3
AVL
AVL ATR-3
ARP-4 ARE-3
ATR-5 ARE-5 ATR-3
ATR-3

I. dos Noivos
AVV
AVV APP
AVV AVL
AMC-3 APP
AVV AVV APL
AVV ACI ATR-3
ARP-4 ARE-5
AVL ACI AMS ARE-5
AMS ACI ATR-3
ATR-3
ACI ATR-3
ARE-5

N
AVV AMC*-3 APP
AMS ARE-5
ACI
ARE-5 ATR-3
AMS ARP*-5
ATR-7 ARP-0 ATR-3
ACI ARE-5
ATR-3 ATR-3
ARE-6 ARE-5
AVL
AVL AMC-3 ATR-3
AMC-1
AMS ARE-5
AMS ACI AMC*-4 ATR-5 ARE-5
AMS ACI
ARP*-5 AVV APP ATR-3
AMC*-4 AVL ARP*-5 ATR-3
AMC*-4 AMS AVL AVL AVV ACI ARE-5 ARE-5 AMC-1
ARP*-5
AVL
ARP*-5 ARE-5
AVL AMC*-4 AMC-1
ACI ARE-6 ATR-4
ARE-6 AVV ARE-5
ATR-3
AVVAVV
AVL ARE-5 ARP-3 AMC-1
ARE-5 AMC-1
ARP-5 ARE-5
ACI
AMS
AMC*-3 ARP-3
ARE-5 AMC-1
ARE-6 ARE-6 ATR-4 APP ARE-5
ACI ARE-5 ARP-3
AVL ARE-6 ARP-3 ARP-3
APP
AMC*-4 AMC*-4 AMC-1
ARP-5
AVL ATR-7 ACI ARP-3
AVV ARE-5 ARP-3 ARE-4
ARE-6 AVV ARP-3 ARE-4
ARP*-5 ARP*-5
ARP*-5 AVV
ACI-3 ARE-4
AVL AVV APL ARE-5
ARP-5 AVL ARP-5 AVL ARP-3 ARE-4
ARP-5 ASE-3

BARRA DA LAGOA
ARE-4
APL ARE-5 ARE-4
AVV AVV
ARE-5 ARP-3
AVV ARP*-5
ARE-6 ACI AVV ARE-4
ARP-7 ASE-3
AMC*-4 ARE-6 ARP-3

SˆO JOS
AVV AVV
ARE-6 ACI-6 AVV ARP-3
ARE-6 AMC*-3
ARP-5
AVV AVV AVV
AVV ARE-6 ARP-3
ARP-3
AVL
ARP-0
AVV ARP*-5
AVV ARP-3
AMC-3 ARP*-6
ARP-5
AVL ARE-4 AVV
AVL ARP-0

ARP-5 APP ARP-3


ARP-5 AVVAVV ARP*-5
ARP-5 AMC-3 ACI AVV AVL APP ACI
ARP-3 ARE-4
AMC*-5 ARP-0 AVV ARP-3 ARP-3
AVL

ARP*-5 ACI ARE-4


ARP-3
ARP*-5
AVV ARE-6 AVL ARP-3
APP
AMC-3 AVV ARE-4
AVV
AVV ACI ARE-4
ARE-6 AVV ARP-3
ACI AVL
ARP*-5 AVV ATR-7
ARP-5 AVV AEH
AVV ARE-4
AVL ARE-6 AMC*-5 AMC*-5 ARE-6 APP AAH
ARE-4
AVL ARP-3

ACI AVV AAH


AVL AVV ARE-4
ARP*-6 AVV APP
AVV AVL APP
AVL AMC-5
APL ARE-4
AVV
APP
ATR-7 ARP-3

´
AVV ARP-3 ARP-3
ARP-5 AVL
ARP*-5 AMC*-5 AVV ARE-4
ARE-6 AVV ARE-5
ARP-3
AVV
ARP*-5 ACI

ARP-5 AMC*-5 AVV AVV AVV AMC-5


ARP*-5 ACI AVV AVV
ARP*-5 ARE-5
ATR-7
ARP*-5 AVV
AVV ARP-0 AVV
AMC-3 AVV
AMC*-5 AMC*-6 AVV ATR-7 ARE-5
ARP-0 AVV ARP-3
ARP*-5
AVV ARP-5 ARE-5
ARP-5 AVV
AVV AVV ARE-5
AVL
AVL AVV ATR-7 ARP-0 ARE-6 ARE-5 APL
AVV
AVV ACI ATR-3
ARP*-5 AMC-3
ARP-0 ARE-5
AVV ATR-7 ARP*-5 ATR-3 ATR-3
AMC-2 AVV
AVL ARE-5 ARE-5 ARE-5
ARE-6 ARP-5 AVL ATR-7
AVL AVV ARP-5 ARE-5
AVL AVL
AVV AVV
AVV AVV ATR-7 ACI
ACI AMC*-5 ARP-3A
ARP*-5 AMC*-5 AVV ATR-7 ATR-3
AVV AVL ARE-4 ATR-3
AVL AVV ATR-7 ARP*-5
ARP-0 AMC*-3 ARE-5
ATR-7 ACI
ARP-5 AMC*-5 ACI
AVV AVV ATR-7 ARE-5
AVV ACI ACI
ARP-0 AVV ARP-4A AMC-2
AVV AMC-6 AVV ARP*-5 ATR-3 ARP-3A
ARP*-5 AVV ATR-3
B

AVV AMC-6 ASE-4 AVL


AVL AMC*-5 ATR-5 ARP*-5
ARP-5 AMC-6 ARE-5
AVL
AMC-2
ACI ARP*-6 ARP*-5
AVV ACI
AVV ACI AVL ARE-5
ARP-0 ACI
APL ARE-3 ARE-6 AVL ARE-6
ATR-7 ARP*-6 AMC-6
ARP-5 AVL
ACI ACI APP
ARP*-5 AMC-2 ATR-3
AVL ARP*-6 ATR-3
R

ARP-0 AMC*-5 ARP*-5 AVL


ARP*-5 AVL AMC-2 AVL
AVL
AVL ARP*-6 ACI
ARP-0 ARP*-5 AVL ATR-7 ACI AVL AVL
ACI ARP-5 AMC*-5 AMC-2
ACI
ARE-4 ARE-6
ATR-5
ARP-6 ARP*-5
ARE-5
AMC-2
AVV ARP-5
ARP-5 AVL ARP-6 ACI AMC-2 AMS
AVL ACI
AVL AMC*-5 ATR-5 AMC-2
ARP-0
AMC-6 AMC-6 ARP*-5
ARP*-5 AVL
-

ARP-5 ARE-6 ARP*-5


AMC-3 AVV AMC-6 ARP-4A ACI AMC-2
ACI AVL ARE-6
AMC-6 APL AVV AMC-2
ARP-0
ARP-5 AVV AMC-6
ATR-4
AMC-6 ARP-5

ta
ARP-5 AMC-3 ACI
AMC*-5 ACI ARP-5
ACI AVL
AMC-6
ACI AMC-6 AMC-6 AMC-2
28

ARP-5 AMC-6 AVL


ACI AVL AVL ARE-2
AVL ARP-5 AMC-6
AMC*-5 AMC-6
AVL AMC-3 AMC-3 ACI AMC-6 AMC*-5 AVL AMC-2
APL

he
ARP*-6
ARP*-6
ARE-6 AVL ACI AVL
ARP-4 AVL AVL AMC-6 ARP*-5
AMC-3
ARP*-6 AVL ARE-6
ATR-4 AMC-6 AMC*-4 ARE-6
AMC-6 ACI
ARP-5

CENTRO
al
ARP*-6 ACI ACI ACI
AVV
ARE-6
ARP*-6 ARP*-6 ARP*-7 ARE-6
AVL AMS AMC-6
ARP-5 ARP*-5 ATR-4 AMC-6
ARE-6 ACI

Lagoa
ARP*-5 ARE-6
ARP-5 AVL AMC-6 ARP*-6 AMC-5 ACI
2

AMC-6 ARP-0
AVL AVL
ARP-4

L
AMC-6 ACI
ARP-5 ACI
ARE-6 AVL
AVL ARP*-6 ARE-6
ARP-5 ARP-5 ACI ARP*-6 AVL ARE-6
ACI ARE-3 ARE-6 AVL ARE-3
ARE-6 AVV
ARP-5 AMS AMC-6 AVL
AMC-6
AMC-1

G
AMC-6 AMC-6 AMC-6
ARP-5 ARP-4 ACI ARE-6
AMC-3 ARP*-7 AVL
ARP-5 AVV APP ARE-6
AVL APL

SEDE SEDE
ARP-4 AVL ACI AVL
ACI AVV
AVV
AVV AMC*-4
AMS AVV ARE-4
AVV AVL AST AMC-6
ARE-6 ARE-6
AVL ARP-5
AVL AMC-6
AVV ARP-4 AVV AMC-6 AMC-5
AVV

a
ARP-5 ARP-7 ATR-4 AVV
AST ARP-5 AST
AVV AVV AVV
ACI AVV ARP*-7
AVV

da
AVV AVV ARE-5
AMS ARP-5 AMC*-4
AVV AVV
AVV
AVL ARP-5 AMC-6 ARP-2 AVL
AVV
ARP-5 ARP-5
AVV AST ACI
AVV AVV
AMS ACI AST

d
ARP-5 ACI AMC-6
AMS ACI ARP-5
ACI AVV ARP-5 AVV
AVL
AMC*-3 ARP-5 AVV
AVV AVV
ARP-5 ACI
ARP-0 AVL AVV AVL AMC-6
ARP-5 AVV
AVV AVV AVL ARE-4
ARP-0 ARP-5
ARP*-5 AVV AST APL
ARP-5 ACI ACI ARE-6
AVV ARP-5 ACI AVL
AVV ACI ARP*-5 ARP-5 ARE-6 ARP-2
AVL AVV AVV ARE-6
AVV ARE-6
ARP-5 ARP-0 AVL
AVV AMC-6 AVL
ARP-0
AVV ARE-3
ia

ARP-5 AVL
AVV ARP-5 ACI AVV AVV
AVL AVV AMC-6
AVV AVV APL
AVV APL
ARP-5 ARP-5 ARP-5 AVV

Conceiªo
AST ARE-6 ARP-2
AVV AVV ATR-4 AVV
AVV
AVV
AVV AVV ARP-0 AVV ARE-6 ARP-2

SC 40
ACI ACI
AVV ARP-0 AVV ARP-4
AVV AVV
AVV AVV AVV NI AVL
AVV
ARP*-5 AVV ACI ARP-3
ACI ASE
AVV AVVAVV AVL ARP-2
ARE-3 APL
ra

AVV
AMS AVV ACI ARP-2
AMS AVV ACI AVV
AVV

4
AVV
ACI AVV AVV
AVV AMS ACI ARP-0 ARE-5
ACI ARP-5 AVV AVV ARP-4 ARE-4
AVL ATR-4 AMC*-3 AVV ARP-3
AVL APL
AVV ATR-3
ARP-5 ACI AVV ACI
AMS AMS
ACI ARE-4
AMC-2
AVV AVV ARP-3
AVL ARP-5 ARP-4
ARP-4 ACI APL
ARE-6 AVL
AVV ARE-3 ARP-3
ARE-6 AVL AVV AMC-3
ARP-5 ARE-5
APL
AVV ARP-4
P

AVV ARE-3
APL ARP-5 ARP-5 APL
AVV
AMS AMS
AVL ACI ARE-5 AMC-3
ARE-6 AVL
ARE-5
ARP-5 APP ARP-3
AMC-3 ARE-4
ATR-3 ATR-3
ACI ACI APP

ARP-3
AVV AVV
AMC*-3 APL
ARP-5
ARP-5 AMC-3

SC - 407
ARE-3 ASE
ARE-6 ACI
AVV AVL
ARP-5
le

ARE-6 AMC*-3 APL


ARE-6 AMS
AMC-4 AVL ARP-5
ATR-1
AVL AVL
ACI AVL

T
ARP-4 ARP-3 ATR-1
ARP-0 ARP-5 AMC-4 ARP-2 ARP-3

ARP-4 ARP-5
AMC-4 AVV
ATE-2
AVL ARP-3
ARP-5 ARE-5
ARP-5 ARE-6 ARP-3
ARP-5 APP
ARP-5
o

ARP-5 AVV AVL


ACI AVV AVL AMC-1
ARP-0 ARE-2 ARE-4
AMC-4 AVV ARE-3 ARP-3
AMC-4 AVP ARP-0 ARE-6
AVL ARE-6 ARP*-5
AVL AMC-4 AVL
AVL
APL ARE-6
AVV AVL ARP-3
ARP-5
ARP-5
ARP-0 ARE-6 ARP-5 AVV ARE-5

I. das Conchas
AVV ATR-3
Praia M

ACI
ACI
ARE-6
AVV AVL ATR-3
AVL ARP-4 AVV
AMC-3 ARE-5
ARP*-4 ATR-3
AVL APL ARE-6
ARP*-4 ARE-4 ARE-4
ARP-5 ARE-6 ACI
ARE-6 AMC-3
ACI

AVL APP ARP-0 ARE-5 ATR-3 APL


ARP-4 AVL
ARP-5 ARE-6 ATE-1
APL ARP*-4
AMC-3
AVL ARP*-4
ARE-6 ACI AVL AVL

I. do Xavier
AVL
ARE-6 AVL
ARE-6 ARP-0
ARP-5 ARP-4
APL ARP-0
ATE-1
APL AMC*-3
AVL ARE-5
APL

LAGOA DA CONCEI˙ˆO
ATR-5 ARP*-4 ARP-0 APP
ARE-6 AVL ATR-3
AVL
ARP-5 ARP-5 ARE-3 ARE-4
ARP-5 ARP-5 AVL AVL
ARE-6 APP AVL AVL
AVL AVL APL ARE-5
ATR-4A ATR-4 ATR-4
ATE-1
AVL
ARP-4 AVL ATR-3
ARP-5 ARE-6 ATR-3
ATR-3 ATR-3
AVV ACI AVL ATR-3
ARE-6
ATR-5 ARP-0 ATR-3 ATR-3
ARE-3 ATR-3
ARP-5 APL
AVL ATR-3
ATR-4 ATR-3
AVL

ATR-1 ARE-5 ATR-3


AVL AMC*-3 ATR-3
APL ACI
AVL ARP*-4
ARP-4 AVL ATR-3
ARE-6 ATR-3
ARE-6 AVL ARE-6 ARE-3
ARE-6 ASE
AVL APL
ATR-3 ARP-3

ACI
ARP-3
ARP-5 ATR-1
ACI-3
AVL

ARP-5 ARE-3
ARE-4
ARP-3
A

ARE-6 ATR-4 AVL AST


ARE-4

ARP-5 ARE-4
ARE-4

AVL
ATR-4

ARE-6

ACI
ARE-6

I. da Praia AVL
ARE-4

ARE-4
ARP-2

I. das Vinhas
ATR-3

ARE-6
ARP-0

da Saudade
AVP

ARP-2

ARE-4

APP

APL
ARE-5

APL ARE-5

AVL

APP
ARP-4
1

ARP-0
10

APP

ARP-0
-
R

APP APL
ATR-5 ATR-1
ARP-5

ARP-0
B

AVL
ARE-6 ATR-0

ATR-5

AVL
AVL

ATE-1

ATR-5

AVL ACI-2

ATE-2
ATR-1 APP

AVL
AST-5
ARP-0
ACI-7A

ARP-3

APL AVL

AMC-4

ARP-3

AMC-4

ARE-3
ACI
O

ARP-0
ARE-6
a

AVL
6

in
0

APP
-4

ARP-0 ARE-2
u

ARE-6

ARP-0
AVL
q

APP APL

ARP-5
SC

ARP-0
ATR-5 ARE-6
a

ARE-2

ARP-3
o

ARP-3
L

ARP-3
AER

APP
J

ARE-5

APP

ARE-2

APL AMC-1
N
a

ARP-3
AVV

APP ARP-4 ARP-3


AVV
d

APP

APP AVL

AMC-1

AMC-1
ATR-3
ARP-4
ia

ARP-4
ARE-5

AMS
1

ra
40

AMS
U

APL

ASE-2/3

ARE-5

ATR-3

ARP-0
SC

APL
APP

AVL

ARE-5
A

APP

AVL

AVL

AEH
AVL
AMS

ATR-3

ARP-3 APL
APL AMS
ARE-5

APL
AEH APP
ARE-5
APL

APL AVL
APL
ARP-3
ARE-5
ARE-5

ARP-3 APP
ACI-2

ARE-5 AMS
ARP-3
ARP-3

AEH

ARP-3 ARE-5
ARP-3
AVL
S

ACI-2

APP

AST-2B
AVL ARE-5

AST-5 APP
AMS
AMC-1 ARE-5 ARE-5 ATR-3
ARE-5

ACI-7
ARE-5 AMS AMS

ARP-0 AVL
ACI
ARP-3
ACI-1 ARP-3 ARP-3
AST-5 ARP-3
AVL
APT-3
ACI
ACI-2 ARE-5
AVL AMS
AMC-1

ACI
AMS

ARP-3 ACI-3/6 AMS


AMC-1
AVL

AMS AMS
AST-2B
APT-3
e

ARP-3
E

ARP-3

ATR-3
AMS AMS

ARE-5 AVL

AVV
AVL
APP
APT-3
AMS
ARP-3 AVL
ARE-5 APT-3
ARP-3 AMC-1
APT-3 AMC-1
h

AMS AVV

CAMPECHE
ASE-4 ARP-2
AMC-1

ASS AST-5

AST-2A APL

APT-3

APT-3
AVL
ASE ARP*-5
ASS
c

APT-3
APT-3
APT-3
ACI-7 ARP-3

APT-3

ACI-6 ARP-3
AST-5
APP
ACI-5 ASS APT-3 ATR-3
ACI-1C

AVL
ARP-2

AER
p e

ACI-1F
APT-3
APT-3

APT-3
ACI-1A
AMS

APT-3 ARP-3
AST-5
ACI-5 AVL
ACI-5
ARP-2
APT-3
APT-3

APT-3

APT-3
APT-3
405

AVL

ARE-5

ACI

ATR-3
C

APT-3 ARE-5 AVL

AVV
ARP-2
m

ARP-3
AVL
ASE-2
APT-3 ARP-0
AVV

ARIRI AST
AVL
APT-3

ARP-3
ARP-3

ARE-3
SC -

RIO ACI-5

RIBEIRˆO DA ILHA
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ARP-3

ARE-5 AMS
ARE-5
ACI-5

ARP-3

APP
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ATR-3
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ACI-5
ACI-5

ARP-3
ARP-3 AER
ARE-5

AVL
ATR-3 ARE-5
ARP-3 ARE-5

AMC-1
ARE-5

ACI-1B AVL
AER AMC-1
ARE-5

ARE-5

ACI-5
ARP-5
ARE-5 ARP-3
APL AVL

AMC-3
ARE-5 ACI-5
AMC-1

AST-5
ARE-5 AMC-1
o

ARE-5 AMC-3
ACI-7
AVV
APL
ARE-5 APP ARP-0 ARP-3
ARP-3
AMC-1
ACI-5
ARP-3
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APP AVV ACI-7


ARP-3 ARP-5
ARP-0
A

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APP
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APL APP ARP-0
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ARP-0

I. das Laranjeiras
ARP-3
ATR-3

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APP ARP-3

ARP-0 ACI-1D

ATR-3

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ARP-3
ARP-3
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AST-5 ARE-5
AVL
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APL

APP ACI-7

AVL
a

ARP-3

RIO
APP
ARP-0 AEH

APP
AMS AMS
APP APT-3
ACI-5
i

AVL

I. do Campeche
APP
APP
APP
ARP-3 ARP-3 ARP-3
ARP-3 APP
APP APP
ARE-5
ARE-5
ARP-2

I. D. Francisca
ARP-3

APP APP
ARP-3
a

APP APP
AVL
APP
ARP-3 APP ARP-0
APP APP
ACI
ARP-3 ARP-3
AMS ARP-2

ATR-3 ARE-5 AST-5


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ARP-3
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˝

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ARP-3 ARP-2 ARP-3
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ARP-2
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ARP-3
AST-5 ARP-2 ARP-3
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ARP-3 ARE-5 ACI-7
ARP-3
ARP-2 ARP-3
ARP-0
ARP-0 AST-5 ARP-3
ARP-3 ARE-5 ARE-5
APP
ACI-3 ARP-2 ARE-5 ARP-2 ARP-3 AMS
ATR-3

ARP-3 AMS
ARP-2
ARE-5 AMS
ACI-3 ARP-3
ARP-0
ARP-3
ARP-2
ARP-3

ARP-3 AVL

APT-3 ARP-3

ARP-2
APL
AVL
APT-3
ACI-3
ARE-5 ARP-3
AMC-1

AST-5 ATR-3

I. do Largo ATR-3

ATR-3

ARP-3

APT-3
A

APP

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AMS

ATE-2
APT-3
ARE-5
APP

APL

AMC-1
ATR-3
ATR-3

ACI-3
APL
APP

ARP-3

ATE-1
APP
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N
AVL

APP
AMC-1

ARE-5

AVL APL

AMC-1

Lagoa
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B

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406

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SC -

APP

APL

APL
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ATR-3

ATR-3 ATR-3
APL

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ra

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ARP-3

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P

ARP-3

APP

ARE-5

APL

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ARP-3

AMC-1

AMC-1
APP Praia
APP AVL

ARP-3 AMC-1
AAH

ARP-3 AAH
ARE-5
ATR-3 ATR-3

do
ARE-5

ATR-3

ATR-3

ARE-5

Matadeiro
APL ATE
AEH

APP
ATR-3

ARP-3

ATR-3

ATR-3 ARE-5
APL APL
ATR-3

APP
AAH
APL

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APL

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ARE-5
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ARP-3

APL

AVL

ARE-5

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AMS
ATR-3

ACI-3

I. das Pombas AMS

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ARP-3

ARP-3
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ARP-3

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ARE-5
ARE-5

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APL

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ATR-3 Lagoinha
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AMC-1

ATR-3

AVL
APP

ATR-3

AMC-1
AMC-1

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do Leste
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AMC-1
1

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- 10

APL

APL

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Sul

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ATR-3

P
ATR-3
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o

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ATR-2
ATR-2

ATR-3

APL
P

ATR-3
ATR-3

Praia da Solidªo
AAH AST
APL

ARE-5

(Rios das Pacas)


ATR-3

ATR-3
AEH ASE
ATR-3

I. dos Cardos
APP

APL

APL

ACI APT
APL

ATR-3
ATR-3

APL
ARE ASS

APP

27”50’ ARP-0
I. TrŒs Irmªs

Praia
I. de Araatuba
dos
0 2 4 Km
Naufragados

I. Moleques do Sul
Projeªo Transversa de Mercator
Fonte: IPUF

4835’
Também, os mapas de zoneamento disponibilizados pela PMF na página do
Geoprocessamento Corporativo somente apresentam o zoneamento atualizado
para a região de Canasvieiras, já que a montagem total dos mapas em meio digital
ainda não foram validados pela Prefeitura. As Figuras 46 a 48 mostram em branco
as áreas ainda em processo de validação.

A indisponibilidade de um mapa final do zoneamento deve-se ao grande número de


alterações sofridas na legislação:

Por dados levantados por ROSSETTO (1998) entre os anos de 1976 e 1994
junto à Câmara de Vereadores de Florianópolis, foram realizadas 285
alterações no Plano Diretor. A maioria destas alterações diz respeito ao uso
e ocupação do solo, de incentivos ao turismo e à expansão urbana. (SÁ,
2005. p.111).

Figura 46: Zoneamento em processo de validação pela PMF.


Fonte: Geoprocessamento Corporativo de Florianópolis..

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 263


Figura 47: Recorte do Plano Diretor dos Balneários com Zoneamento para o Norte da Ilha
(Canasvieiras, São João do Rio Vermelho e Cachoeira do Bom Jesus) validado pela PMF.
Fonte: Geoprocessamento Corporativo de Florianópolis.

Figura 48: Recorte da área com zoneamento validado pela PMF.


Fonte: Geoprocessamento Corporativo de Florianópolis..

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 264


2.3.1 OS ASSENTAMENTOS DE POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA NO
ZONEAMENTO

No Plano Diretor do Distrito-Sede e dos balneários encontram-se mapeadas as


Áreas Residenciais Predominantes Zero (ARP-0), específicas para habitação de
baixa renda. As ARP-0 foram incluídas no zoneamento do município com o intuito
de alocar assentamentos de população de baixa renda, sendo este padrão utilizado
tanto para áreas de expansão urbana como para áreas já consolidadas com
ocupação.

Analisando-se as áreas previstas como ARP-0 nos balneários, várias permanecem


desocupadas como na situação das áreas previstas junto a Jurerê Internacional, ou
tiveram sua função desvirtuada, uma vez que os loteamentos executados foram
focados a outras faixas de renda - caso do Loteamento Portal do Norte, na Vargem
do Bom Jesus. (QUADRO 7).

No Plano do Distrito Sede, de 1997, o zoneamento de ARP-0 limitou-se a demarcar


as áreas de ocupação consolidada dentro dos limites do distrito, principalmente na
região do Maciço do Morro da Cruz38. Esta delimitação foi feita baseada em fotos
aéreas e visitas em campo, entretanto não houve possibilidade de estudos
ambientais e geológicos avaliando a viabilidade de ocupação das áreas.

A demarcação das ARP -0 no município só poderá ser feita pelo poder público, mas
a execução dos projetos nas áreas pré-determinadas poderá ter a iniciativa também
de investidores privados, se assegurado o parcelamento do solo de interesse social
e com a anuência dos órgãos de planejamento. (FIG.48).

Na época do levantamento de LORENZI (2005) sobre as ARP-0 por Distrito, ainda


não existiam os assentamentos de interesse social nos Ingleses (Favela do Siri e
Angra dos Reis), no Campeche (Areais do Campeche), Vargem do Bom Jesus
(Morro do Mosquito) e outras áreas de invasões, atualmente denominadas de AIS.

As ARP-0 do Maciço constituem-se atualmente a ZEIS do Maciço do Morro da Cruz. As demais


38

ARP-0 do município são atualmente consideradas AIS.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 265


Figura 48: Distribuição das ARP-0.
Fonte: Secretaria de Habitação e Saneamento Ambiental (2006).

As Zonas de Interesse Social no Maciço do Morro da Cruz. (ZEIS) são áreas


ocupadas por assentamentos habitacionais populares onde se aplicam normas
específicas para a regularização fundiária, urbanização e edificação, as quais se
superpõem às normas gerais do Plano Diretor (Lei Complementar n º 207/05 art. 1º,
§ 1º). (FIG.49)

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 266


Quadro 7: ARP-0 por Distrito e por motivação.
Fonte: LORENZI (2005)/ Adaptado das Plantas de Zoneamento dos Planos Diretores do Distrito
Sede e dos Balneários (2005)

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 267


A Lei Complementar n º 207/2005 formalizou a primeira experiência de criação de
ZEIS para a cidade de Florianópolis, estabelecendo que essas somente poderão
ser demarcadas por lei complementar específica nas áreas de ocupação
consolidada em data anterior ao último levantamento aerofotogramétrico (art. 1º, §
2º), quais sejam:

1. Mocotó;
2. Morro da Queimada;
3. Caieira da Vila Operária I;
4. Caieira da Vila Operária II;
5. Caieira da Vila Operária III;
6. Serrinha I;
7. Serrinha II;
8. Morro da Penitenciária;
9. Morro do Horácio;
10. Vila Santa Vitória;
11. Morro do 25 (Chapecó);
12. Morro do Céu;
13. Ângelo Laporta;
14. José Boiteux;
15. Santa Clara;
16. Laudelina Cruz Lemos;
17. Monte Serrat;
18. Tico-tico;
19. Mariquinha.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 268


Figura 49: Mapa das ZEIS no Maciço do Morro da Cruz.
Fonte: Elaboração MPB com base na Lei Complementar n º 207/2005.

_______ PLANO 269


MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB
Estabeleceu-se, ainda, que para ser classificada como ZEIS, no território deverá
predominar as seguintes condições:

ƒ população de baixa renda;

ƒ uso residencial;

ƒ construções de padrão popular,

ƒ adensamento populacional,

ƒ ocupação decorrente de loteamento clandestino ou invasões,

ƒ precariedade de infraestrutura;

ƒ situadas fora de zona costeira;

ƒ não localizadas sobre áreas destinadas a sistema viário ou equipamentos


públicos ou comunitários.

Em 2007, segundo dados da PMF, existiam 65 Área de Interesse Social do


Município (AIS). O Gráfico 4 traz a caracterização das AIS em função do tipo de
ocupação.

A maior Área de Interesse Social do Município é a AIS do Chico Mendes, instituída


pela Lei Complementar nº 195/05. A leitura da referida Lei deve ser feita em
consonância com o que se encontra fixado nos artigos 97 e 98 da Lei
Complementar 001/97, que tratam das ARP-0.

Da leitura do texto legal se extrai que o mesmo se pauta, em sua maior parte, na
fixação de parâmetros construtivos e limitações administrativas como recuos
mínimos. Quanto ao sistema viário deixa em aberto, sem fixar qualquer critério, o
qual ficará a cargo da Secretaria da Habitação e Saneamento Ambiental (art. 6º).

Do art. 5º da Lei Complementar nº 195/05 se depreende que as normas dessa lei


só se prestam para a regularização de áreas carentes, portanto, trata-se
especificamente de regularização e assim esses parâmetros não são aplicáveis
para projetos novos, segundo, como se trata de lei específica para a área
denominada Chico Mendes, só será aplicável para essa área carente em
específico.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 270


Gráfico 4: Morfologia dos terrenos ocupados pelas AIS.
Fonte: PMF, Secretaria Municipal de Habitação e Saneamento (2006).

Ressalta-se ainda, que a PMF elaborou o Plano Municipal de Redução de Riscos


(de escorregamentos) – PMRR - para o município. O projeto foi conduzido em
conformidade com o contrato 0261/SMHSA/2006 celebrado entre a Universidade
Federal de Santa Catarina - UFSC e a Prefeitura Municipal de Florianópolis – PMF.
Coube ao Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres – CEPED
da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC a execução dos trabalhos
técnicos e sociais nos 35 (trinta e cinco) assentamentos precários de interesse do
município. O Plano é constituído pela mapeamento de risco de escorregamentos,
da estimativa de custos, da hierarquização das intervenções e das matrizes de
alternativas de ação. (ANEXO A – MAPA DAS ÁREAS DE RISCO E AS UNIDADES
TERRITORIAIS DE PLANEJAMENTO).

Também foi elaborado outro estudo das áreas de risco pela COBRAPE –
Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos para a Prefeitura Municipal
de Florianópolis - “Produto 2 - Estudo para a Determinação do Grau de Risco dos
Assentamentos Subnormais” - elaborado no âmbito do Contrato nº
0112/SMHSA/2006, que teve como objeto o “Estudo e Elaboração de Metodologia
com Vistas a Hierarquização dos Assentamentos Subnormais de Interesse Social
do Município de Florianópolis”.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 271


2.3.2 A OCUPAÇÃO DO SOLO

Com relação à ocupação do solo, a mesma é determinada pela aplicação


simultânea dos seguintes fatores (TAB. 10):

ƒ -índice de aproveitamento (IA), é o quociente entre o total das áreas


construídas (AC) e a área do terreno (AT);

ƒ -taxa de ocupação (TO), é a relação percentual entre a projeção horizontal


da área construída (PAC) e a área do terreno (AT);

ƒ -altura máxima das edificações, não deverá exceder ao número máximo de


pavimentos permitido para a área em que está localizado o terreno;

ƒ -afastamentos obrigatórios e vedações dos terrenos, dizem respeito aos


afastamentos frontal, lateral e fundos, bem como aos muros de vedações;

ƒ -vagas de estacionamento (garagens).

A Figura 49, abaixo, mostra combinações diferentes de parâmetros, gerando, por


sua vez, espaços urbanos também diferentes.

Figura 49: Padrões urbanísticos.


Fonte: Renato Saboya.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 272


TABELA 10: Limites de ocupação para o Distrito Sede.

Observações:
A - Até 80% nos dois primeiros pavimentos quando destinados a comércio e serviços(100% no polígono central)
B - Índice mais elevado somente p/edificações exclusivamente comerciais, exceto no triângulo central;
C - Densidade calculada a partir do índice de aproveitamento (área c/mais de dois pavimentos) ou do número de pessoas por
lote;
D - Somente utilizável através do parcelamento de interesse social;
E - Inexistente na área do plano;
F - Gabarito máximo diferenciado para áreas de mesmo limite de ocupação, nas áreas marcadas com * no Anexo I; Identifica
nos mapas 01 do Anexo I, dentre áreas de mesmo limite ou ocupação, as que podem ter maior gabarito;
G - As taxas de ocupação máxima variam conforme a fórmula:
TO = (37-NP) %, onde,
TO = Taxa de Ocupação; NP = Números de pavimentos; H - Nas APT as taxas de ocupação variam conforme a tabela acima:

Fonte: Anexo IV da LC 01/97

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 273


2.3.3 O SOLO CRIADO

Várias cidades brasileiras já haviam implementado o instituto do Solo Criado, em


suas legislações municipais, como o caso de Florianópolis, muito antes da sua
inserção em nosso ordenamento jurídico, que veio a ocorrer em 2001, através da
sua positivação e delineamento no Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001). O
instituto da Outorga Onerosa é um instrumento jurídico, e não um instrumento
tributário e financeiro.

De acordo com Hely Lopes Meirelles , podemos definir o instituto do Solo Criado
como:

[...] toda área edificável além do coeficiente único de aproveitamento do lote,


legalmente fixado para o local. O Solo Criado será sempre um acréscimo ao
direito de construir além do coeficiente básico de aproveitamento
estabelecido pela lei; acima desse coeficiente, até o limite que as normas
edilícias admitirem, o proprietário não terá o direito originário de construir,
mas poderá adquiri-lo do Município, nas condições gerais que a lei local
dispuser para a respectiva zona.

A Lei Municipal nº 3.338/89 criou uma contribuição denominada parcela do Solo


Criado. Trata-se de um ônus que incide sobre a área de construção que exceda o
coeficiente determinado pela lei, deixando à escolha de quem constrói manter-se
dentro do coeficiente ou ultrapassá-lo, neste caso se obrigando ao pagamento da
parcela do “solo criado”.

Também o Plano Diretor do Distrito Sede (Lei Complementar nº001/97), em seu


Capítulo II – Do Uso e Ocupação do Solo, trata do Solo Criado e considera no art
82 adequada a infra-estrutura urbana e comunitária existente à data da Lei, ou
prevista pela Lei de Parcelamento do Solo, somente até o índice de aproveitamento
igual ou inferior a 1,0 (um).

Seção II – Dos Limites de ocupação


Subseção IX- Do Solo Criado
art 82 [...]
§ 1o - As edificações, utilizando índice de Aproveitamento superior a 1,0
(um), serão autorizadas mediante remuneração ao Município, incidente

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 274


sobre a área excedente construída, calculada sobre o CUB médio - índice
divulgado mensalmente pelo SINDUSCON - Sindicato da Construção Civil
de Florianópolis, ou índice sucedâneo nas seguintes proporcionalidades:
Índice de Aproveitamento (IA)
Taxa de Remuneração (%) - acima de 1,0 até 2,00 - 1
acima de 2,0 até 3,00 - 2
acima de 3,0 até 4,00 - 3
acima de 4,0 - 4
§ 2o – O Município recusará a edificação com índice de aproveitamento
superior a 1,0 (um), ou obrigará a transferência do índice excedente, em
área onde a infra-estrutura urbana e comunitária estiver sobrecarregada, a
critério do Órgão Municipal de Planejamento, ouvidos os Órgãos Estadual
competentes.
§ 3o - Os recursos da aplicação deste Artigo, formarão Fundo de Obras
Urbanas, com prioridades estabelecidas no orçamento municipal aprovadas
pela Câmara Municipal e administrado pelo Órgão Municipal de
Planejamento, mediante aprovação dos planos de aplicação dos recursos
pelo Conselho do Fundo Municipal de Integração social.
§ 4o - Para fins de aplicação do parágrafo primeiro deste artigo, não serão
computadas as áreas dedutíveis do Índice de Aproveitamento, exceto os
áticos, sobrelojas e sótãos.
§ 5o - Serão dispensadas do pagamento da remuneração prevista neste
artigo as edificações de conjuntos habitacionais populares e as obras de
restauro de edificações tombadas.
§ 6o - Os recursos oriundos do solo criado serão destinados em 50%
(cinqüenta por cento) à obras de urbanização de interesse social, e 50%
(cinqüenta por cento) à obras do sistema viário básico e implantação de
equipamentos urbanos, com prioridade para a via PC-3. (Lei Complementar
nº001/97).

2.3.4 A ALTURA MÁXIMA DAS EDIFICAÇÕES

A Lei nº 2193/85, que dispõe sobre o zoneamento, o uso e ocupação do solo nos
balneários, determina que a altura das edificações não poderá ultrapassar o
número máximo de dois pavimentos. O gabarito máximo de dois pavimentos não se
aplica as edificações destinadas aos meios de hospedagem classificados como
hotel de lazer, quando construídos em áreas de incentivo à hotelaria (AIH) ou as
edificações situadas em áreas mista centrais com planos de urbanização
específica.

Para efeito único de determinação de gabarito, não serão computados, os sub-


solos, os áticos ou andares de cobertura quando a área coberta não ultrapassar a
½ (um meio) da superfície do último pavimento da edificação, chaminés, casas de
máquinas e demais instalações de serviço implantadas na cobertura, e os
pavimentos em pilotis, quando abertos e livres no mínimo em 70% (setenta por

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 275


cento) de sua área. Nas Áreas Residenciais Exclusivas não será admitida a
utilização de Áticos para as edificações residenciais unifamiliares.

Já, para o Distrito Sede a altura máxima das edificações, segundo a Lei
Complementar 001/97, é determinada pela aplicação conjunta do Indice de
Aproveitamento, Taxa de Ocupação, Afastamentos e Número Máximo de
Pavimentos (Gabarito).

§ 1o - A altura das edificações é contada a partir do nível natural do terreno


até o cimo da edificação, e será medido no ponto médio da fachada situada
na menor cota altimétrica, ou na respectiva secção plana.
§ 2o - Os terrenos em aclive ou declive poderão ser divididos em secções
planas de 15,00m (quinze metros) de profundidade, a partir da menor cota
altimétrica, para fins de cálculo da altura das edificações;
§ 3o - Não serão considerados no cálculo da altura, chaminés, casas de
máquinas, antenas e demais equipamentos de serviço implantados na
cobertura;
§ 4o - As edificações vinculadas às vias panorâmicas terão sua altura
definida por estudo específico de localização, a ser realizado pelos Órgãos
Municipais de Planejamento e de Proteção Ambiental, de modo a interferir o
mínimo possível na percepção visual da paisagem, não podendo ter altura
final superior ao nível do passeio do logradouro. (Art. 47-LC 001/97).

Em 1980 foi editada a Lei 1715, de 15 de abril de 1980, estabelecendo afastamento


frontal proporcional à largura de cada logradouro, de forma a garantir um ângulo de
70º de insolação nas fachadas, a partir dos últimos pavimentos, resultando em
corte inclinado no plano da Fachada Frontal. Esta mesma regra continua sendo
adotada na Lei no.2193/85 (Plano Diretor dos Balneários) e na Lei Complementar
no.001/97 (Distrito Sede). (FIG.50).

Art. 51 Todas as edificações em vias que tenham caixas iguais às


programadas nesta Lei (Anexo IV) deverão respeitar um afastamento frontal
de 4,00m (quatro metros) no mínimo.
§ 1º - Caixa da via é a medida em seção transversal, incluindo as pistas de
rolamento, os canteiros centrais e os passeios.
§ 2º - Para garantia adequada insolação e ventilação dos logradouros, a
altura das edificações poderá determinar exigência de maior afastamento
frontal, não podendo as edificações em nenhum caso ultrapassar a linha de
projeção de um ângulo de 70º (setenta graus) medido a parti do eixo da via
até o ponto mais elevado da faxada, segundo o desenho e a fórmula abaixo:
L = Largura média da rua na testada do lote (+ recuos, se hover)
D = eixo da rua, no meio da testada do lote

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 276


h = altura da edificação
A = afastamento frontal
A = Ch - 2.75 L 4.00m
5.5

Figura 50: Afastamento frontal proporcional à largura de cada logradouro.


Fonte: Plano Diretor dos Balneários (Lei nº 2193/85).

A Lei no 3338/89 criou novas regras de afastamento conjugadas com a


transferência de índice e a permissão de 02 pavimentos - garagens ocupando até
80% de taxa de ocupação. O afastamento mínimo para edificações com mais de
dois pavimentos e fachadas com até 40m de comprimento deverão manter
afastamentos laterais e de fundos em medida não inferior a 1/6 da altura máxima da
edificação. (Lei no. 3338/89).

A Lei Complementar no 001/97 manteve as regras de afastamentos frontais da lei


no.3338/89, mas, foi agregado à transferência de índice, incremento de até 03
pavimentos além do gabarito de 12 para edificações residenciais.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 277


PAV. EXTRA 1 ÁTICO=1 SUBSOLO+ 1 ÁTICO=1 SUBSOLO+ 1 ÁTICO=1 SUBSOLO+
2 GARAGENS 1 GARAGENS 2 GARAGENS

NO. PAV 12 12 15

GAB. TOTAL 16 15 18

Figura 51: Altura das edificações na Av. Rubens de Arruda Ramos.


Fonte: Adaptado de QUEIROZ, 2007.

Além disso, foi dado incentivo à hotelaria com a permissão de 18 pavimentos-tipo


para hotéis em todo o triângulo central, que somados aos pavimentos-garagem e
áticos, possibilita um gabarito real de 21 pavimentos. (FOTOS 45 e 46).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 278


Foto 45: Majestic Palace Hotel na Av. Rubens
Foto 46: Hotel Sofitel na Av. Rubens de
de Arruda Ramos.
Arruda Ramos.
Fonte: Fonte: Arquivo MPB
http://www.mapia.com.br/locations/400-
majestic-palace-hotel

A Lei Municipal 3255/89, aprovada em 1989 e implantada em 1997, dá direito às


construtoras de aumentar em 2% o estabelecido como área total pelo Plano Diretor
municipal. Para isso, o empresário deve colocar no prédio, à vista de quem passa,
uma obra de arte. Antes de ser executado, um projeto deve ser aprovado pela
Comissão de Arte Pública (COMAP).( FIG.52).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 279


Figura 52: Obra de Arte em Edifício na Av. Rubens de Arruda Ramos.
Fonte: GRAD (2007).

Art. 1º - Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a fiscalizar a pintura de


arte nas paredes externas das edificações com mais de 02 (dois)
pavimentos, bem como a instalação de obra de arte na área interna e na
área do afastamento frontal mínimo obrigatório, que sejam compatíveis com
o projeto arquitetônico, se harmonizem com as cores do prédio e obedeçam
a comunicação visual, para a quadra onde se situarem, previamente
aprovada pelo IPUF.
Art. 5º - As edificações contempladas com as pinturas e obras de arte
previstas nesta Lei, poderão beneficiar-se com um acréscimo de 2% nos
seus índices de aproveitamento e taxa de ocupação previstos no Plano
Diretor. (LM 3255/89).

Ainda, segundo a artigo. 81 da Lei Complementar nº 001/9739, de 18 de fevereiro de


2007, que Dispõe Sobre o Zoneamento, O Uso e Ocupação do Solo no Distrito
Sede de Florianópolis:

39 Republicação da Lei Complementar 001/97, promulgando: o Parágrafo 3o do Art. 48, o


Parágrafo 6o do Art. 52, o Parágrafo 4o do Art. 63, os Arts. 216, 221 e Parágrafo Único, 231, 235, e
236.(DOE de 18.2.2007).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 280


Toda edificação ou praça pública com área igual ou superior a 1.000,00m2
(hum mil metros quadrados) que vier a ser construída no município de
Florianópolis deverá ser contemplada com obra de arte, podendo beneficiar-
se com um acréscimo de 2% (dois por cento) nos seus índices de
aproveitamento, com acréscimo decorrente nas taxas de ocupação,
respeitados os demais limites de ocupação, desde que as obras de arte
mencionadas sejam: [...]

2.4 CONSIDERAÇÕES SOBRE A RELAÇÃO DA OCUPAÇÃO URBANA E OS


SERVIÇOS DE SANEAMENTO

Convoco-os a uma profunda reflexão sobre a Ilha, que aos poucos perde a
magia, a beleza e da qual até os versos já choram o aviltamento. Em
meados dos anos 70, a estatística acusava 96 mil habitantes, a maioria
ocupando parte do Continente. À época, discutia-se um plano diretor para
preservar este patrimônio natural. E nada avançou em 30 anos. Só na
consciência de uma minoria. (SARDÁ, 2006).

O planejamento territorial de Florianópolis coloca-se como uma tarefa peculiar dada


as suas características de cidade-ilha, Capital do Estado de Santa Catarina e centro
turístico. Devido à especial localização de Florianópolis, a diversidade e fragilidade
do seu meio ambiente, onde a cidade recebe continuamente a vinda das
populações do interior, habitantes de outras regiões em busca de melhor qualidade
de vida e do fluxo turístico, a intervenção do Estado na regulação do uso e
ocupação do solo é imprescindível, pois o mercado quando age sozinho adota
padrões elitistas e segregadores de ocupação e exerce pressão pela intensificação
do uso do solo.

A cidade engendrou em seu processo de expansão urbana um forte dinamismo de


segregação que se manifesta de diversas formas, em especial a espacial e a social.
Ao longo dos tempos observa-se um planejamento urbano quando não, incipiente,
sempre atrasado cronologicamente, sempre “apagando incêndios”.

As ocupações por sub-habitações proliferam a cada dia, sob o olhar complacente e


condescendente do poder público, o olhar para o mar e a relação com o mar

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 281


desapareceu. Observa-se a degradação da paisagem e o alto nível de poluição das
baias, com a conseqüente a gradativa perda do valor recreativo, paisagístico,
cultural e produtivo destes espaços naturais. Florianópolis seguindo uma lógica
perversa cada vez mais se afasta do mar, a não ser para poucos privilegiados.

Os altos índices de construções e loteamentos clandestinos, onde a ocupação das


encostas e das várzeas ocorre durante o dia, sem sofrer uma fiscalização e
repressão eficazes geraram crescentes problemas de drenagem, poluição, erosão e
deslizamentos, tornando flagrante a desconsideração das limitações ambientais
existentes no território como um todo. Observa-se em Florianópolis um quadro de
pressão por urbanização, porém com carência de planejamento, cujas
conseqüências são a implantação de espaços construídos com problemas
estruturais crônicos, a desintegração da identidade cultural local, e a ocupação
desordenada que extrapola além dos limites da sustentabilidade natural os limites
político-adminitrativos.

Florianópolis apresenta a peculiaridade de atrair não só migrantes pobres e não


qualificados, mas também migrantes de classes média e alta oriundas dos grandes
centros urbanos. O processo migratório vem produzindo um incremento
populacional significativo e crescente em todas as classes e em todos os distritos
do município. Chamam a atenção os números para o ano de 2050: segundo o
trabalho encomendado para dar suporte à elaboração do Plano Diretor
Participativo, Florianópolis totalizará 876.159 habitantes, sendo 148.866 no
continente e 727.293 na Ilha. Os distritos mais populosos serão a Sede com
512.254 hab, seguida pelos Distritos do Campeche (71.400hab.) e Ingleses
(64.155hab.).

As dificuldades de sustentação e manutenção da infraestrutura local para a


crescente população flutuante de turistas ficam mais evidentes frente aos números
projetados para o ano de 2050. Florianópolis totalizará 2.563.268 habitantes, sendo
os Distritos Sede (1.075.763 hab - 333,45% crescimento em relação a 2006),
Canasvieiras (362.604 hab - 318,69% em relação a 2006), Ingleses (317.150 hab -
351,70% em relação a 2006), Cachoeira do B. Jesus (209.401hab - 284,03% em
relação a 2006) e Campeche (176.755 hab - 450,93% em relação a 2006) os que
terão uma população flutuante mais elevada. Já os Distritos que terão maior

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 282


incremento de população flutuante em 2050 em relação a 2006 serão Rio Vermelho
(559,62%), Campeche (450,93%), Ratones (447,77%), Lagoa da (362,49%),
Ingleses (351,70%).

TABELA 11: População residente e população flutuante.

POPULAÇÃO RESID. + FLUTUANTE


Distritos
Aumento de pop.
2006 2028 2050 2050-2006
%
Sede 322.616 478.384 1.075.763 333,45
Canasvieiras 113.780 203.251 362.604 318,69
Ingleses 90.176 171.337 317.150 351,70
Cachoeira do B. Jesus 73.726 119.572 209.401 284,03
Campeche 39.198 78.281 176.755 450,93
Lagoa da Conceição 30.814 56.881 111.699 362,49
Barra da Lagoa 15.343 25.601 48.520 316,24
Rio Vermelho 16.410 39.297 91.834 559,62
Pântano do Sul 11.211 16.420 34.218 305,22
Ribeirão da Ilha 34.813 34.813 83.038 238,55
Sto. Antonio de Lisboa 8.722 8.722 28.934 331,74
Ratones 5.215 5.215 23.351 447,77
TOTAL 762.025 1.254.135 2.563.268

Fonte: Dados Populacionais - IBGE / Censos Demográficos de 60, 70, 80, 91 e 2000. Cálculos:
Equipe IPUF. Diagnóstico do Plano Diretor Participativo, 2008. Adaptada e organizada pelo autor.

O grande crescimento populacional (expectativa para o ano de 2050 de 876.159


habitantes residentes), a sazonalidade do turismo (1.687.109 habitantes flutuantes)
e a forte pressão sobre o suporte natural devido a expansão urbana excessiva e
não planejada de Florianópolis, além da falta de planejamento e gestão regional,
exigem reconsiderar o padrão de ocupação atual do território. É necessário
repensar e redirecionar a localização deste acréscimo de população prevista para
as próximas décadas de forma que toda essa gente possa ser abrigada com
qualidade de vida (proteção ambiental, habitação, educação, transporte, saúde,

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 283


água e esgoto, eletricidade, vias públicas, parques, praças e jardins, lazer,
esportes…..).

Nos últimos anos, o processo de urbanização é acompanhado por


profundas alterações no uso e ocupação do solo, que resultam em
impactos ambientais nas bacias hidrográficas. As transformações
sofridas pelas bacias em fase de urbanização podem ocorrer muito
rapidamente, gerando transformações na qualidade da paisagem,
degradação ambiental, ocupação irregular e falta de planejamento
na gestão urbana. (ONO; BARROS; CONRADO; 2005, p.03)

Fatores relacionados ao crescimento urbano como o aumento do grau de


impermeabilização do solo, os desmatamentos para usos urbanos, a erosão das
encostas, a intensa poluição dos recursos hídricos, as precárias condições para a
destinação do lixo, as ocupações indevidas de locais sob a influência das águas
(manguezais, fundos de vales, leitos secundários de rios e encostas de morros),
entre outros, contribuem para o agravamento dos problemas de saneamento.

Todas estas situações existem não somente pela ausência de planejamento, mas
também pela falta de descontinuidade da atuação administrativa na priorização das
ações e pelas deficiências na fiscalização para o cumprimento da legislação
vigente. Em função da ausência de mecanismos de fiscalização as construções
ilegais geraram crescentes problemas de drenagem, erosão e deslizamentos das
encostas, tornando flagrante a desconsideração das limitações ambientais
existentes no território como um todo.

Muitas ocupações se encontram em áreas regulamentadas pelo Plano Diretor,


porém tecnicamente reprováveis por serem sujeitas a inundações,
desmoronamentos ou ainda em área de preservação.

Superar as carências em abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo


de resíduos sólidos e de águas pluviais urbanas é um requisito fundamental para a
saúde e a qualidade de vida das pessoas e, portanto, para a inclusão social e a
dignidade das pessoas e das comunidades. O Plano Diretor, a Lei de Uso e

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 284


Ocupação do Solo e a Lei de Parcelamento do Solo são instrumentos necessários
para o enfrentamento destas carências.

O Plano Diretor deve conter diretrizes referentes ao saneamento e ao meio


ambiente que fixem critérios para delimitação das áreas urbanizáveis e de
expansão urbana; identifiquem áreas de risco; prevejam a expansão e a adequação
do adensamento populacional, dos sistemas de saneamento; orientem a utilização
dos recursos naturais de forma sustentável, compatível com a preservação do meio
ambiente, entre outros.

A Lei de Uso e Ocupação do Solo, que regulamenta a utilização do solo em todo o


território municipal, como instrumento obrigatório de controle do uso da terra, da
densidade populacional, da localização, finalidade, dimensão e volume das
construções, deve considerar a capacidade e as características dos sistemas de
saneamento e as diretrizes de planejamento para evitar a degradação do meio
ambiente e os possíveis conflitos no exercício das atividades urbanas.

De encontro a essa perspectiva esta em elaboração o novo PDP que define como
diretriz básica para o ordenamento urbano os conceitos de Florianópolis como
cidade atrativa e competitiva, cidade da qualidade de vida, cidade da diversidade
cultural, cidade da inclusão social e cidade descentralizada e poli-nucleada. Assim,
espera-se que o PDP seja concluído com urgência, acolha os pleitos comunitários e
avance ágil para sua concretização.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 285


2.5 O PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO
DE FLORIANÓPOLIS

O Plano Diretor atual está muito defasado e em desacordo com o Estatuto das
Cidades. Implementado em duas etapas, em 1985 e 1997, primeiro para os
Balneários e depois para o Distrito Sede, respectivamente, este instrumento vem
sendo comprometido por mais de 350 alterações aprovadas pela Câmara
Municipal. Essas alterações, contudo, não vieram apenas com o intuito de melhorá-
lo ou atualizá-lo, mas, em certos casos, também para permitir ou legalizar
ocupações e usos inadequados ou não previstos.

Atualmente está em elaboração o Plano Diretor Participativo de Florianópolis


(PDP), de acordo com o que estabelece o Estatuto das Cidades. O processo em
andamento de construção coletiva do PDP evidencia um rico processo social de
alta relevância pedagógica e de cidadania na questão urbana de Florianópolis:

O início do processo de elaboração deu-se formalmente em agosto de 2006 com a


audiência publica da formação do núcleo gestor, depois com a constituição dos
membros da comissão técnica do Plano e finalmente com a instalação formal dos
núcleos distritais e do núcleo gestor em março de 2007.

O Núcleo Gestor, criado em 2006, para viabilizar uma participação pública


substantiva na realização do trabalho, tem a competência de emitir orientações e
recomendações sobre a aplicação da Lei 10.257, de 2001 (Estatuto da Cidade), e
dos demais atos normativos relacionados ao desenvolvimento urbano. O Núcleo é
um órgão colegiado que reúne representantes do poder público e da sociedade
civil, de natureza temporária de caráter consultivo e deliberativo no âmbito de suas
competências. A composição do Núcleo Gestor segue o que estabelece o Estatuto:

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 286


40%
PODER PÚBLICO
Governo Federal, Estadual e Municipal
60%
SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA
Movimentos Sociais
Movientos Culturais
Movimentos Ambientalistas
Acessibilidade e Mobilidade Urbana
Entidades de Classe e Sindicatos
Entidades Empresariais
Entidades Acadêmicas
Conselho Municipal de Segurança
Representantes Distritais - 13
SUPORTE

Comissão Técnica - Servidores do IPUF e PMF

Figura 53: Composição do Núcleo Gestor do PDP.


Fonte: Plano Diretor Participativo- PMF.

Os principais momentos de elaboração do PDP, até o momento, são os seguintes:

1º - Processo aberto - ainda em 2006.

2º - Processo de produção da leitura integrada (técnica/comunitária) – a partir de


março de 2007.

Foto: Audiência Pública Distrital - Distrito do Pântano do Sul – NDA (10/04/2008)


Fonte: Plano Diretor Participativo - PMF.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 287


- leitura integrada da cidade, documento contendo informações e
organização de temas técnicos capaz de expressar a situação da cidade que
temos. Este documento foi integralmente sistematizado com o aporte de
consultoria oferecida pelo termo aditivo ao contrato do consórcio, assim como
do coordenador do plano.

3º - Processo de produção de diretrizes demandas - no decorrer de 2007 e meados


de 2008 com a realização de audiências públicas.

- sistematização das diretrizes extraídas das discussões comunitárias, dos


segmentos sociais e do poder público.

- esboço de proposições referentes aos cenários do zoneamento ambiental


natural, zoneamento de usos e padrões de urbanização do território, do litoral,
da gestão do plano futuro.

Figura 54: Formulação de proposições comunitárias - espacialização das diretrizes.


Fonte: Plano Diretor Participativo - PMF.

Nas discussões realizadas para o novo PDP surgiram temas recorrentes e


prioritários como:

• O saneamento básico;

• A preservação ambiental;

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 288


• A segurança;

• A inclusão social;

• A regularização fundiária;

• A acessibilidade;

• A participação comunitária;

• A orla;

• A preservação da cultura e valorização paisagística.

4º - Processo de produção do macrozoneamento – momento atual de trabalho da


equipe técnica, aprofundando o aspecto do zoneamento ambiental, urbano, do
litoral. Esses aspectos são elementos básicos de visualização dos cenários
natural, urbano, da mobilidade, do saneamento para começar a desenhar o
macrozoneamento.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 289


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_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 300


APÊNDICE A - DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE
TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP).

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 301


DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP)
40
UTP ÁREA GEOLOGIA SOLO RELEVO/ HIDROLOGIA/ VEGETAÇÃO U.C, APP e outras
2 legislações41
(KM ) GEOMORFOLOGIA HIDROGEOLOGIA
Suíte Intrusiva Pedras No Maciço do Morro da Cruz Maciço de Granito Hidrografia com rios que nascem Floresta Parque Urbano do
Grandes (Granito domínio dos Argissolos e (Maciço do Morro da Cruz nas encostas do maciço central e essencialmente urbana. Maciço do Morro da
Florianópolis) por todo Cambissolos (normalmente com altitude máxima de morros adjacentes. Restrita ao Maciço do Cruz (lei municipal 6893
o Maciço do Morro da associado ao relevo mais 238m) e planície costeira Morro da Cruz. de 8/12/2005).
Cruz. Dique de Riolito montanhoso). Afloramento de (área do centro da Maioria dos canais intermitentes. Fragmentos de
Formação Cambirela rochas por todo o Maciço cidade). Declividades Grande número de canais de capoeirinha em morros Reserva Particular do
(direção N-S e NE- rochoso. O Cambissolo acentuadas no Maciço, drenagem canalizados e cobertos adjacentes. Patrimônio Natural
SW) e diques de aparece ao Norte da área do acima de 45%. (abaixo de ruas). (RPPN) Menino Deus
Diabásio e de MMC nas áreas de relevo (Processo no IBAMA nº
Declividade média da UTP formada pelas sub-bacias do 02026.001868/96-15).
Aplito/Cataclasito suave ondulado. Já nas áreas Morro do Horácio; Baía Norte; Rio Domínio de
(direção N-S), de idade de patamares da alta encosta UTP
da Bulha; Prainha e Saco dos capoeirinha. Encostas Leis 2193/85 e
entre 119 a 128 cortando a parte central do 0 a 30%. Limões. 1851/82.
milhões de anos, Maciço aparece em associação Presença de Capoeirão Protege todas as
cortando as rochas ao Argissolos Vermelho- Domínio da dissecação na área atrás do encostas com declividade
FLORIANÓPOLIS

bem como as Amarelo de relevo em montanha em todo o Hospital de Caridade igual ou superior a 25°, ou
estruturas (falhas, montanhoso. maciço. Ao norte (próximo Sistema Aqüífero Cristalino, (RPPN). Presença de
Fraturado – Aqüífero Ilha (granito 46,6%, recobertas ou não
zonas de
9,361

a Avenida Beira Mar capoeira nas bordas do por vegetação, o sistema


cisalhamento) super- Norte) dissecação de e diques de diabásio) e Aqüífero Morro da Cruz e Alto da
Cambirela (no grande Dique de hidrográfico que forma as
impostas a eles. Sobre a planície no Saco dos outeiro (morro). Duas Caieira. principais bacias de
bacias suspensas (Morro Diabásio do Morro do Horácio).
Falhas e lineamento limões há areias quartzosas captação de água potável,
marinhas (Neossolos). da Queimada e Alto da a paisagem natural e a
NW-SE Caieira).
(preferencialmente). fauna .
O dique de diabásio no Maciço
Na planície há rampas de possui excelente capacidade de
Na região do centro do colúvio-aluvio e áreas de vazão de água para
Depósitos flúvio- município ocorre as areias acumulação marinha. abastecimento o que poderia ser
marinhos na ponta quartzosas. boa alternativa para o
Grandes áreas de aterro
norte da UTP antes do antropocêntrico. abastecimento dos morros
aterro da Beira Mar centrais em Florianópolis.
Norte. Presente nessa UTP muitas
áreas de Aterro.

40 Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento dos aterros na Ilha e no Continente.
41 Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.

_______ 302 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP)
42
UTP ÁREA GEOLOGIA SOLO RELEVO/ HIDROLOGIA/ VEGETAÇÃO U.C, APP e outras
legislações43
(KM 2) GEOMORFOLOGIA HIDROGEOLOGIA

Suíte Intrusiva Pedras Domínio dos Argissolos Declividades pouco Canais intermitentes. Inexistente Inexistente
Grandes (Granito sobre área próximo e no acentuadas de 0 a 15%. Maioria dos canais de
Florianópolis) no granito. drenagem canalizados e
embasamento e servindo Dissecação em outeiro cobertos (abaixo de ruas).
de divisor de águas para Areias quartzosas e (morro).
a UTP Coqueiros. quartzosas marinhas no Sistema Aqüífero
litoral (Neossolos). Apresenta rampas de Cristalino, Fraturado –
ESTREITO

Nas bordas próximo ao colúvio-eluvionais e áreas Aqüífero Ilha (granito).


6,002

litoral sedimentos colúvio- de acumulação marinha


aluvio-eluvionares (nas praias do Matadouro
indiferenciados no e praia do Balneário).
entorno da Av. Ivo Silveira Áreas de aterro
e sedimentos arenosos antropocêntrico recente
bem selecionados de na praia do Matadouro.
ambiente marinho
litorâneo próximo a Ponta
do Leal.

Suíte Intrusiva Pedras Domínio dos Argissolos. Declividades pouco Canais intermitentes. Inexistente Inexistente
Grandes (Granito acentuadas de 0 a 30%. Maioria dos canais de
Florianópolis) no Afloramento de rochas drenagem canalizados e
embasamento e servindo sobre áreas de planície Dissecação em outeiro cobertos (abaixo de ruas).
de divisor de águas para marinha da Ponta José (morro).
COQUEIROS

a UTP Estreito. Francisco até a Praia das Sistema Aqüífero


Palmeiras. Apresenta rampas de Cristalino, Fraturado –
5,782

Sedimentos colúvio- colúvio-eluvionais e áreas Aqüífero Ilha (granito).


aluvio-eluvionares Areias quartzosas e de acumulação marinha
indiferenciados (em quartzosas marinhas no em toda face da baía Sul.
contato com a Baía de litoral.
São José) e sedimentos
arenosos bem
selecionados de ambiente
marinho no ambiente
voltado para a Baía Sul.

42 Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento dos aterros na Ilha e no Continente.
43 Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.

_______ 303 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP)
44
UTP ÁREA GEOLOGIA SOLO RELEVO/ HIDROLOGIA/ VEGETAÇÃO U.C, APP e outras
2 legislações45
(KM ) GEOMORFOLOGIA HIDROGEOLOGIA
Suíte Intrusiva Pedras No Maciço do Morro da Maciço de Granito (Maciço do Morro da Hidrografia com rios que nascem Floresta essencialmente Parque Manguezal do
Grandes (Granito Cruz domínio dos Cruz com altitude máxima de 238m) e nas encostas do maciço central e urbana. No Maciço do Itacorubi Decreto Municipal
Florianópolis) por todo o Argissolos e planície). Declividades acentuadas no morros adjacentes. Rios Morro da Cruz. 1529/2002
Maciço do Morro da Cruz. Cambissolos Maciço, acima de 45%. intermitentes. Maioria dos canais de Capoeira nas bordas do Área: 150 ha.
Diques de Diabásio e de (normalmente drenagem canalizados e cobertos Morro da Cruz. Parque Urbano do Maciço
Aplito/Cataclasito (direção associado ao relevo Declividade média- 0 a 30%. (abaixo de ruas). Nascentes ainda Fragmentos de do Morro da Cruz. Lei
N-S). mais montanhoso). presentes na sub-bacia da Serrinha capoeirinha em morros municipal 6893 de
Domínio da dissecação em montanha
e do Córrego Grande. adjacentes. 8/12/2005. Área: 144,9 ha.
Falhas e lineamento E-W Litólicos nas áreas de próximo ao divisor.
(preferencialmente) e alta encosta A bacia do Campus da UFSC tem Parque Municipal do
Dissecação de outeiro na Serrinha e 2
grande falha NW-SE. principalmente, nos aproximadamente 4 km , com o Maciço da Costeira
Trindade e Pantanal. Rampas de colúvio-
Formação Cambirela em setores sudeste e canal principal está situado desde as Lei Mun.4605/95 Dec.
aluvio nas áreas da Trindade e Pantanal.
morro isolado no bairro nordeste da sub-bacia nascentes (340,00 m) ate a foz (5m), 154/95
Áreas de acumulação marinha próximas
Pantanal na divisa com a do Itacorubi, com sendo tributário do Rio Três Área: 1453,3 ha. (dividido
ITACORUBI

ao manguezal do Itacorubi.
UTP Costeira. abrangência nas Córregos, que deságua na Baía com outras 3 UTP’s).
28,504

cabeceiras de Grandes áreas de aterro antropocêntrico Norte, dentro dos limites da UFSC,
Depósito flúvio-marinhos na drenagens. este canal é chamado de Rio do Encostas
em toda a Beira Mar Norte.
ponta NW da UTP antes do Meio. Leis 2193/85 e 1851/82.
aterro da Beira Mar Norte e Afloramento de rochas A sub-bacia do Itacorubi as nascentes Protege todas as encostas
no divisor de águas no estão no Maciço da Costeira, pertencentes A leste o rio Córrego Grande, com declividade igual ou
Sedimento colúvio-aluvio- Morro da Cruz abrange uma área total de 16,80 superior a 25°, ou 46,6%,
às elevações rochosas da Unidade
eluvionares indiferenciados 2
Km , compreendendo cerca de recobertas ou não por
Geomorfológica Serras do Leste
em toda área formada pelo Solo indiscriminado de 1.680 ha, com um perímetro de vegetação, o sistema
Catarinense, onde há seqüência de
Campus da UFSC (Bairro manguezal no 21.751 metros. hidrográfico que forma as
elevações dispostas de forma sub-
Trindade). Manguezal do Itacorubi, principais bacias de
paralela, orientadas predominante no
mais precisamente, No baixo curso o Itacorubi, situa-se captação de água potável, a
Sedimento argilo-arenosos sentido NE – SW, as quais apresentam
junto à foz do Rio na Planície Flúvio-Marinha local de paisagem natural e a fauna
no manguezal do Itacorubi. menores elevações em direção ao mar.
Itacorubi. baixa declividade com alto índice de .
Pelas feições topográficas da sub-bacia do
urbanização.
Sedimento areno-silticos Gleissolo pouco húmico Itacorubi há contrastes altimétricos com
argilosos de baía e laguna na Planície Flúvio- amplitudes na ordem de 500 metros, Sistema Aqüífero Cristalino,
(bairro Santa Mônica). Marinha que circunda o destacando-se o morro da Costa da Lagoa Fraturado – Aqüífero Ilha (granito).
Manguezal do Itacorubi. com cerca de 496 metros.

44
Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento
dos aterros na Ilha e no Continente.
45
Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.

_______ 304 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP)
UTP ÁREA GEOLOGIA SOLO RELEVO/ HIDROLOGIA/ VEGETAÇÃO U.C, APP e outras
46
(KM 2) legislações47
GEOMORFOLOGIA HIDROGEOLOGIA
A face oeste da UTP, mais No Morro da Lagoa Relevo montanhoso a oeste da UTP Lagoa da Conceição, com 19 No cume do Morro da Lagoa Parque Florestal do Rio Vermelho
montanhosa, assim como os sob o granito com planícies e costões a leste com km2 de superfície da lagoa. existência ainda da (Estadual) Dec. Est. 2006/62
morros da Galheta e da domínio dos dissecação em montanha. Declividades Canal de vazão (Canal da Área: 1.100 ha (presente também na UTP
Joaquina estão sob domínio Argissolos. bem acentuadas a oeste em área de Barra da Lagoa) com Floresta Ombrófila Densa Santinho).
da Suíte Intrusiva Pedras montanha. Na Barra da Lagoa, no aproximadamente 2km. A Montana, com vegetação
Grandes (Granito Domínio de dunas Morro da Barra, dissecação em Lagoa tem larguras variáveis antropizada no seu entorno, Parque Municipal das Dunas da Lagoa da
Florianópolis). Falhas e próximo a praia da morraria assim como no Morro da Praia entre 2,5 km e 150metros que capoeira e capoeirinha. No Morro Conceição Dec. Mun.231/88
lineamento Joaquina. Mole e Joaquina. Nas franjas da acompanham o desenho da da Costa presença de capoeirão. Área: 453 ha.
preferencialmente N-S e montanha e dos morros modelados de costa. O seu comprimento Nas margens montanhosas da
NE-SW. Domínio das areias acumulação em rampas colúvio- total é de 13,5 km e o seu lagoa presença de capoeirinha e Parque Municipal da Galheta Lei
quartzosas eluvionais. Planície de acumulação volume de aproximadamente capoeira (mais ao norte da lagoa a Mun.3455/92 Dec. 698/94
Presença de grande áreas hidromórficas na lacustre em toda a área costeira da 49.87 x 106 m3. A Lagoa da capoeira é mais freqüente). No Área: 149,3 ha.
com sedimentos sobre a planície a leste da praia do Moçambique e Barra da Lagoa Conceição pode ser definida Morro de Ratones e Morro do
Lagoa. Parque Municipal do Maciço da Costeira
planície, sendo com cordões de restinga separando as como uma lagoa de águas Sertão capoeirão. Nas partes mais
principalmente de sedimento altas do Morro do Badejo presença Lei Mun.4605/95 Dec. 154/95
Ao norte da Lagoa áreas lacustres e o mar. Presença de rasas, com profundidade Área: 1453,3 ha. (dividido com outras 3
LAGOA DA CONCEIÇÃO

silticos-argilo arenosos de rampas de dissipação no entorno da máxima de 8,7 metros e de capoeirão com franjas de
baía e laguna (nos aparecimento do capoeirinha na média encosta. Nas UTP’s).
Gleissolo eutrófico. rodovia nas proximidades do Parque mínimas variando entre 50cm
arredores da Av. das Estadual do Rio Vermelho. Presença a 2 metros. A amplitude de dunas da Lagoa vegetação com Região da Costa da Lagoa
Rendeiras) e nas laterais da de áreas de acumulação lacustre maré dentro da Lagoa varia influência marinha herbácea e Dec. 247/86
rodovia que liga Barra da arbustiva (vegetação de restinga).
85,750

também nas áreas de encontro dos rios cerca de 20 cm, podendo Área: 976,8 ha
Lagoa ao Rio Vermelho. que descem o maciço cristalino com a atingir 40 cm em períodos de No Morro da Joaquina e Praia Mole Todo o caminho da Costa, a vegetação e as
Sedimentos de origem Lagoa da Conceição. chuvas fortes ou prolongadas. vegetação com influencia marinha edificações de interesse histórico e artístico
eólica imediatamente após arbustiva e arbórea. No Morro da existente na região são protegidos por esse
os sedimentos marinho A Lagoa da Conceição forma corpo A entrada de água doce Galheta presença de capoeirinha e Decreto.
litorâneos da praia da Barra d’água salobra (em menor grau de acontece por rios com baixa capoeira. No Morro da Barra
da Lagoa. salinidade ao norte da lagoa) vazão como o rio João presença de capoeirinha. Sobre a Dunas da Barra da Lagoa
Gualberto (na área Norte), o planície costeira ainda domina as Lei Mun.3711/92
E sedimentos colúvio- A parte norte recebe as águas de qual drena uma sub-bacia de plantações de pinus no Rio Área: 6,6 ha
aluvio-eluvionares muitos rios que descem pelo maciço 4 km2 de superfície e alguns Vermelho, mas com capoeirinha Área constituída por duna móveis e fixas de
indiferenciados nas granítico. córregos na borda oeste, os crescendo as margens e entre as baixa altitude, formando um cordão litorâneo
proximidades do centrinho quais nascem no espécies exóticas (sempre que são ao longo da praia da Barra da Lagoa e que
da Lagoa. Na Fortaleza da A sudeste da UTP domínio de áreas de embasamento cristalino cortadas a veg. nativa se
acumulação em planície eólica, com tem sua continuidade ao longo da Praia do
Barra da Lagoa, na margem adjacente; alem de haver regenera). Na costa presença de Moçambique.
do Canal da Barra à direita presença de dunas fixas e móveis. infiltração de água vegetação de influencia marinha
no sentido S-N, aparecem Áreas de planície fluvio-lacustre em subterrânea na porção Sul. herbácea, arbustiva e arbórea. Ao Encostas
também sedimentos vários pontos a leste da UTP. longo da lagoa e nas margens do Leis 2193/85 e 1851/82.
marinhos litorâneos e rio Vermelho vegetação fluvial Protege todas as encostas com declividade
eólicos retrabalhados. herbácea. igual ou superior a 25°, ou 46,6%, recobertas
ou não por vegetação, o sistema hidrográfico
que forma as principais bacias de captação
de água potável, a paisagem natural e a
fauna .

46
Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento
dos aterros na Ilha e no Continente.
47
Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.

_______ 305 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP)
48
UTP ÁREA GEOLOGIA SOLO RELEVO/ HIDROLOGIA/ VEGETAÇÃO U.C, APP e outras
2 legislações49
(KM ) GEOMORFOLOGIA HIDROGEOLOGIA
Nas áreas de maior elevação Suíte Nas cabeceiras de Dissecação em montanha ao longo Sub-bacias dos rios Ao sul e a leste da Manguezal do Saco Grande
Intrusiva Pedras Grandes (Granito drenagem nos morros das áreas do maciço granítico, com Vadik, Pau de arco, UTP, nos Morro do (Estação Ecológica de Carijós)
Florianópolis). Na área da baixa graníticos domínio dos vários interflúvios e com vales em V. Jacatirão e do Mel. Cantagalo, Morro da Dec. Fed. 94656/87
vertente ao longo das áreas de Argissolos (solos Rampas na média e baixa encosta de Destas a sub-bacia do Fortaleza, Morro das Área: 93,5 ha
margem dos rios e riachos acumulação colúvio-eluvionais. rio do Mel ainda é Canelas e no Morro Todo o manguezal situado entre a
vermelho-amarelos) e
SACO GRANDE

presença de dois tipos de Acumulação em planície flúvio- utilizada para o Pedra de Listra Rodovia SC-401 e o mar, formando
sedimentação: sedimentos areno- cambissolos. marinha próximo a SC 401. Planície abastecimento de presença de uma área contínua recoberta por
17,194

silticos argilosos de baía e laguna e de maré na área do Manguezal. algumas famílias. capoeirinha e capoeira densa vegetação.
Solo indiscriminado de
sedimentos colúvio-aluvio em algumas vertentes.
manguezal no Manguezal Domínio do aquífero Ilha, Encostas
eluvionares indiferenciados (na Na área de manguezal
de Saco Grande. com aparecimento do Leis 2193/85 e 1851/82.
margem direita, sentido S-N) da SC vegetação flúvio-
401). aquífero Canasvieiras na marinha arbórea, Protege todas as encostas com
Gleissolo pouco húmico na
planície. arbustiva e herbácea. declividade igual ou superior a 25°,
Planície Flúvio-Marinha que
E grande quantidade de ou 46,6%, recobertas ou não por
circunda o Manguezal.
sedimentos silticos-argilosos- vegetação, o sistema hidrográfico
arenosos com matéria orgânica que forma as principais bacias de
típicas de áreas de manguezal. captação de água potável, a
paisagem natural e a fauna .

Suíte Intrusiva Pedras Grandes Argissolos sob os morros Possui elevações com vales. A praia Pequenos córregos que Vegetação com Encostas
(Granito Florianópolis) nos morros graníticos. está dividida em uma parte ao norte, nascem do paredão capoeirinha e no alto Leis 2193/85 e 1851/82.
com grande lineamento no sentido outra ao sul - por uma elevação rochoso e descem para do morro capoeira. Protege todas as encostas com
N-S. Sedimentos colúvio-aluvio Presença de areias rochosa que avança até o mar, oeste para a Baía Norte. declividade igual ou superior a 25°,
eluvionares indiferenciados na quartzosas marinhas nas possui estreita faixa de areia em ou 46,6%, recobertas ou não por
CACUPÉ

baixa vertente (entre 10 e 50m de praias do Cacupé. parte acompanhando a Estrada Geral Aquífero Ilha. vegetação, o sistema hidrográfico
1,813

altitude). Sedimentos marinhos de Cacupé. que forma as principais bacias de


litorâneos na praia do Cacupé captação de água potável, a
Pequeno e Cacupé Grande. Dissecação em morraria nos corpos paisagem natural e a fauna.
graníticos, com interflúvio
convexizado. Acumulação marinha
na praia de Cacupé Pequeno e Praia
Comprida. Rampas colúvio-eluvionais
ao longo dos pequenos rios.

48
Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento
dos aterros na Ilha e no Continente.
49
Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.

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PLANO MUNICIPAL
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP)
50
UTP ÁREA GEOLOGIA SOLO RELEVO/ HIDROLOGIA/ VEGETAÇÃO U.C, APP e outras
2 legislações51
(KM ) GEOMORFOLOGIA HIDROGEOLOGIA
Suíte Intrusiva Pedras Argissolos sobre o granito, O relevo é constituído por Pequenos Córregos que Morros com a presença de Restinga da Ponta do
Grandes (Granito com profundidades encostas do maciço deságuam a oeste na Baía capoeirão e capoeira nas Sambaqui
Florianópolis) dividindo as variáveis. Presença de cristalino, entremeadas por Norte vertentes. Dec. 112/85
UTP’s ao sul e a leste. areias quartzosas algumas áreas planas Área: 1,3 ha
Lineamento no sentido N- marinhas. próximas a baía, Aquífero Ilha. Com uma A Ponta do Sambaqui se
S. Sedimentos marinhos principalmente em Santo faixa possível de Aquífero originou através de
litorâneos na área costeira Antônio de Lisboa, além de Ingleses que precisa ser processo de sedimentação
SANTO ANTÔNIO DE LISBOA

da Baía Norte. uma extensa planície mais bem avaliada por de uma antiga ilha,
úmida que faz limite com o sondagem. chamada de tômbolo. A
manguezal de Ratones. A cobertura vegetal é
encosta mais íngreme e de caracterizada por árvores
maior altitude é o Morro da frutíferas.
5,213

Praia Comprida, cujo


divisor de águas constitui o
limite leste, sendo o cume
mais elevado alcança
352m de altitude.
Na parte sul há dissecação
em montanha, mais ao
norte no Morro da Barra do
Sambaqui dissecação em
morraria. Presença de
rampas colúvio-eluvionais
ao longo dos breves
riachos. Acumulação
marinha nas praias.

50 Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento dos aterros na Ilha e no Continente.
51 Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.

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DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP)
52
UTP ÁREA GEOLOGIA SOLO RELEVO/ HIDROLOGIA/ VEGETAÇÃO U.C, APP e outras
2 legislações53
(KM ) GEOMORFOLOGIA HIDROGEOLOGIA
Nas cabeceiras de Grande variação de Dissecação em Maior bacia na Ilha. O Rio No alto do Morro de Encostas
drenagem da Bacia solos, que acompanham montanha na parte sul da Ratones possui aproximadamente Ratones e Sertão Leis 2193/85 e 1851/82.
presença do Granito a complexidade do UTP, com vertentes em 10 km de extensão com largura presença de capoeirão. Protege todas as
Florianópolis. Na média e ambiente. rampas de colúvio- média de 3 metros, maior No Morro dos Vitorinos encostas com
baixa vertente (aprox. de eluvionais. Grande área tributário da bacia forma um presença de capoeirinha, declividade igual ou
5 a 50m) sedimentos Argissolos nas em planície lacustre ao pequeno estuário. Os principais capoeira e capoeirão. superior a 25°, ou 46,6%,
colúvio-aluvio cabeceiras de drenagem longo do rio Ratones. rios tributários são os rios o Influencia flúvio-herbácea recobertas ou não por
eluvionares com o aparecimento de Área de Acumulação em Veríssimo, do Costa e Piçarras, ao longo do ribeirão vegetação, o sistema
indiferenciados. cambissolos a média planície de maré próximo além de afluentes menores como Vargem Pequena. Ao hidrográfico que forma as
vertente sobre as rampas a SC 401. os ribeirões Vargem Pequena e longo do arroio dos principais bacias de
Sobre a planície fluvial de colúvio. da Capela e o córrego Silvino. Macacos presença de captação de água
RIO RATONES

(nas margens do Rio capoeirinha. potável, a paisagem


Ratones) sedimento Espodossolos A bacia é influenciada pela ação
32,386

hidromórficos junto ao natural e a fauna.


silticos-argilo arenosos das marés.
de baía e lagunas. Canal do DNOS
juntamente com solos Muitos canais de drenagem
indiscriminados de antrópicos realizados ao longo
manguezal. dos últimos 50 anos modificaram
as áreas mais planas. Os
córregos que descem dos morros
estão mais bem preservados.

Domínio do aquífero Ilha, mas


com planície com aquífero
Canasvieiras.

52
Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento
dos aterros na Ilha e no Continente.
53
Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.

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DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP)
54
UTP ÁREA GEOLOGIA SOLO RELEVO/ HIDROLOGIA/ VEGETAÇÃO U.C, APP e outras
2 legislações55
(KM ) GEOMORFOLOGIA HIDROGEOLOGI
A
Nas áreas de maior elevação Argissolos nas Dissecação de morraria Principal rio o Rio Ao sul presença de Manguezal de Ratones
Suíte Intrusiva Pedras cabeceiras de ao sudoeste no Morro Ratones já na capoeirinha e capoeira em (Estação Ecológica de Carijós)
Grandes (Granito drenagem. Com muitos do Sambaqui com planície com nas vertentes. Na área de Dec. Fed. 94656/87
Florianópolis) – apenas no Espodossolos rampas de colúvio- constante domínio manguezal vegetação flúvio- Área: 625,07 ha
MANGUEZAL DE RATONES

divisor com UTP de Santo hidromórficos eluvionais. Dissecação das marés. marinha arbórea, arbustiva e É APP toda área estuária do
Antônio de Lisboa (ao sul) e a (sobretudo pela baixa de montanha a sudeste herbácea. Rio Ratones e do Rio
sudeste com UTP Ratones. declividade e solos com grandes rampas de Veríssimo, recoberta pela
UTP com bastante material encharcados) solos colúvio-eluvionais. Aquíferos de vegetação de mangue, bem
13,717

sedimentar: sedimentos indiscriminados de Domínio da planície depósitos argilosos como toda a extensão ao longo
colúvio-aluvio eluvionares manguezal. lacustre. impróprios para uso da linha da costa do Pontal da
indiferenciados; sedimentos humano (no Daniela.
areno-síticos argilosos de baía momento).
e laguna e na área do
manguezal sedimentos silticos-
argilosos-arenosos com
matéria orgânica. Aquífero Ilha no
embasamento
cristalino a
montante.

Granito Florianópolis no Morro Argissolos em fina Dissecação de morraria Pequenos Córregos Morros com a presença de
da Barra do Sambaqui. Com camada sobre o granito, junto ao morro do que deságuam a capoeira e capoeirinha nas
SAMBAQUI
BARRA DO

lineamento NE-SW. Pequena com aparecimento de Sambaqui com oeste na Baía Norte vertentes.
0,782

praia na Ponta da Luz com afloramento de rochas. pequenas áreas de


presença de sedimentos Areias quartzosas acumulação marinha. Aquífero Ilha.
marinhos litorâneos. marinhas em pequena
área próxima a Ponta da
Luz.

54
Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento
dos aterros na Ilha e no Continente.
55
Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.

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56
UTP ÁREA GEOLOGIA SOLO RELEVO/ HIDROLOGIA/ VEGETAÇÃO U.C, APP e outras
2 legislações57
(KM ) GEOMORFOLOGIA HIDROGEOLOGI
A
Nos divisores com UTP Ponta Grande diversidade de Dissecação de morraria O Rio Papaquara é Presença de Manguezal de Ratones
das Canas, Ingleses e Lagoa solos com predomínio no Morro da Vargem o rio principal capoeirinha e (Estação Ecológica de Carijós)
da Conceição presença do de Gleissolo eutrófico Pequena com rampas correndo por áreas capoeira nas Dec. Fed. 94656/87
Granito Florianópolis. Assim com presença de solos de dissipação na planas, densamente vertentes a leste. Área: 625,07 ha
como no morro da Vargem orgânicos ao longo de vertente oeste do Morro. ocupadas e muito Na planície É APP toda área estuária do
Pequena que divide com a todo rio Papaquara. Ao longo do arroio dos modificadas por vegetação flúvio- Rio Ratones e do Rio
UTP Ratones e o Morro do Macacos planície fluvio- canais de drenagem marinha arbustiva e Veríssimo, recoberta pela
Jurerê (a oeste da UTP). Na Ao sul da UTP Jurerê lacustre. No Morro do antrópicos. O rio da herbácea. vegetação de mangue, bem
Cachoeira do Bom Jesus de presença de solos Marques e da Capivara Palha e o Rio dos como toda a extensão ao longo
sedimentos colúvio-aluvio Espodossolos dissecação em Macacos apesar de da linha da costa do Pontal da
eluvionares indiferenciados, Hidromórficos com a montanha com rampas estarem bem Daniela.
assim como toda a baixa presença de areias colúvio-eluvionais. A preservados a
quartzosas. Nos
PAPAQUARA

encosta dos morros no entorno Vargem Grande está montante também


da UTP. divisores da UTP e sobre uma rampa de estão
44,146

cabeceiras de dissipação. No Morro da completamente


Ao longo do Papaquara drenagem presença de Cachoeira do Bom modificados e
presença de sedimentos Argissolos. Jesus dissecação em poluídos na
silticos-argilo arenosos de baía morraria com franjas em planície.
e laguna. Nas margens do Rio Presença de
Cambissolo próximo ao rampas de colúvio-
Ratones (até a SC 401) eluvionais. Sobre a
sedimentos silticos-argilosos- Morro do Pinheiro
(sobre área de rampa enorme área de planície Bons aquíferos na
arenosos com matéria a parte mais ocupada
orgânica. colúvio). planície, como o
da paisagem. Nas aquífero Ingleses,
Presença de areias margens do rio Canasvieiras e Rio
quartzosas em próximo Papaquara aparece a Vermelho.
ao rio dos Macacos e planície lacustre. Na
em Vargem Pequena. praia da Cachoeira
cordões de restinga.
Planície de restinga na
praia de Canasvieiras.

56
Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento
dos aterros na Ilha e no Continente.
57
Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.

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DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP)
58
UTP ÁREA GEOLOGIA SOLO RELEVO/ HIDROLOGIA/ VEGETA U.C, APP e
2
ÇÃO outras
(KM ) GEOMORFOLOGIA HIDROGEOLOGIA legislações
59

O Granito Florianópolis está Na UTP há o predomínio de areais No Morro das Feiticeiras A hidrologia resume-se a dois rios: o rio Capivari Presença Dunas dos
presente nos divisores com a quartzosas que apresentam perfis de dissecação em morraria com a e seu afluente o rio dos Ingleses, pequenos de Ingleses
UTP Papaquara (a oeste). solo com espessuras superiores a 2m. praia dos Ingleses formada por canais que descem dos morros, por lagoas que capoeirinh Dec. 112/85
Ao noroeste o morro das acumulação marinha. Planície ocorrem no campo de dunas ativas e por aquelas a no Área 953,5 ha
Feiticeiras também tem Os argissolos de textura média argilosa flúvio-marinha nas margens do que ocorrem no Santinho, a Lagoa do Jacaré e divisor com É um campo de
formação do Granito. À e argilosa, constituem área de solos rio Capivari. Grande rampa de das Lavadeiras na lateral do Morro das Aranhas. UTP dunas fixas,
nordeste a ponta dos medianamente profundos a profundos dissipação próximo ao Morro do Jurerê. Na semi-fixas e
Ingleses formação de situando-se nos Morros dos Ingleses. Muquem (este de dissecação O rio Capivari apresenta no seu baixo curso, planície móveis, que se
granitóides foliados em montanha), assim como em características de estuário, desaguando numa vegetação estendem da
Solos Gleissolos pouco húmico ocorrem boca única
(complexo Canguçu). Na quase toda a planície onde está de Praia do
em parte da margem esquerda do rio do
franja dos maciços graníticos a comunidade do Rio capoeirinh Moçambique
Capivari, possuem horizonte A com As nascentes do rio Capivari encontram-se no
presença de sedimentos Vermelho. Nos campos de a em pelo planície do
espessura menor de 25 cm e menos de morro do Muquém localizado a sudoeste do
colúvio-aluvio eluvionares dunas, formados pelas fragmentos Rio Vermelho
5% de matéria orgânica. Distrito, mas descem outros pequenos canais do
indiferenciados. A UTP planícies eólicas aparecem as . até próximo da
morro da Vargem do Bom Jesus e do morro da
possui vasta área sob Argissolos mais hidromórfico com as dunas parabólicas, com dunas área urbanizada
Ponta das Feiticeiras.
INGLESES

domínio de depósitos areias quartzosas hidromórficas ocorre fixas e dunas semi- dos Ingleses.
19,177

sedimentares: na praia no plano do rio Capivari e do rio dos estabilizadas. O rio dos Ingleses é alimentado pela descarga
sedimentos marinhos Ingleses situado na base do cordão de do Sistema Aqüífero Sedimentar Freático
litorâneos, sendo que os dunas fixas. São solos com Ingleses –através das águas que afloram no
sedimentos marinos predominância de textura arenosa ao campo dunas, o volume do rio depende do nível
litorâneos e eólicos longo do perfil, extremamente ácidos e de água do aqüífero. Inicia seu curso no sopé do
retrabalhados vão formar os apresentam profundidades variáveis. O cordão de dunas fixas, no Rio Vermelho próximo
terrenos mais ocupados e lençol freático encontra-se próximo ou à ao limite com o Distrito de São João do Rio
transformados; sedimentos superfície do solo. Vermelho, a oeste do campo de dunas ativas e
arenosos de origem eólica fixas e flui para o norte até encontrar
vão formar os campos de Os campos de dunas ativas
dunas móveis e fixas (essa Moçambique-Ingleses constituem os o rio Capivari.
próxima a divisa com UTP depósitos eólicos alcançando altitude de
Santinho). As margens do rio 45 m. Ao longo das duas laterais deste Os depósitos predominantemente arenosos que
Capivari presença de campo de dunas ativas estão presentes constituem a bacia sedimentar possibilitaram a
sedimentos silticos-argilo as dunas fixas vegetadas que formação de um sistema aqüífero sedimentar
arenosos de baía e laguna. constituem os depósitos eólicos freático.
pleistocênicos, sendo que a mais alta
encontra-se apoiada no Morro das
Aranhas alcançando 65 m de altitude.

58 Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento dos aterros na Ilha e no Continente.
59 Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.

_______ 311 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP)
60
UTP ÁREA GEOLOGIA SOLO RELEVO/ HIDROLOGIA/ VEGETAÇÃO U.C, APP e outras
2 legislações61
(KM ) GEOMORFOLOGIA HIDROGEOLOGI
A
No Morro dos Ingleses na Frágil camada de Dissecação de morraria Aqüífero Presença de Parque Florestal do Rio
ponta nordeste presença de Argissolos sobre o no Morro dos Ingleses e relacionado aos vegetação de Vermelho (Estadual) Dec. Est.
granitóides foliados (complexo Morro dos Ingleses e no Morro das Aranhas. depósitos arenosos influencia marinha 2006/62
Canguçu), assim como no das Aranhas, com Próximo a Lagoa do de origem marinho - herbácea, arbustiva Área: 1100 ha (presente
Morro das Aranhas ao sul. Na afloramentos rochosos Jacaré rampas de praial ocorre em e arbórea. Com também na UTP Lagoa da
ponta sul do Morro dos significativos. dissipação. Planície superfície. predomínio de Conceição).
Ingleses próximo a praia do eólica ao longo da praia vegetação
Santinho presença do Granito Domínio do Campo de do Santinho. Na herbácea fixando Dunas do Santinho
Florianópolis. No Morro das Dunas e de Areias vertente norte do Morro dunas. Dec. 112/85
Aranhas há um dique da quartzosas marinhas das Aranhas planície Área 91,5 hectares
Formação Serra Geral e uma sobre a planície. flúvio-marinha. Rampas É um campo de dunas fixas,
semi-fixas e móveis, situado ao
SANTINHO

parte do morro é da Formação de dissipação ao sul da


Cambirela. Os sedimentos são vertente do Morro das longo da praia dos Ingleses e
5,170

formados por marinhos Aranhas, assim como paralela a Estrada Geral do


litorâneos na praia, seguidos rampa colúvio- Santinho.
por sedimentos arenosos de eluvionais.
origem eólica (formando
dunas) e sedimentos marinhos
litorâneos e eólicos Os afloramentos do
retrabalhados como Embasamento Cristalino
sedimentos mais antigos. constituem as elevações
conhecidas como: Morro
dos Ingleses, com
195m, e o Morro das
Aranhas com 255 m.

60 Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento dos aterros na Ilha e no Continente.
61 Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.

_______ 312 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


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62
UTP ÁREA GEOLOGIA SOLO RELEVO/ HIDROLOGIA/ VEGETAÇÃO U.C, APP e outras
2 legislações63
(KM ) GEOMORFOLOGIA HIDROGEOLOGI
A
Granito Florianópolis no Morro do Domínio de Espodossolos Dissecação em morraria no Apresenta hidrologia Presença de capoeirinha no
Norte (que separa da UTP Ponta hidromórficos + areias maciço granítico que faz completamente nas encostas dos morros. Na
Grossa) e no Morro do Jurerê que quartzosas na UTP. limite com UTP Papaquara, alterada pela ação planície vegetação de
separa da UTP Papaquara. Na assim como no Morro do antrópica com muitos capoeirinha em fragmentos e
JURERÊ

base do Morro do Jurerê presença Faixa da praia com Forte (mais a oeste). canais de drenagem. presença de vegetação de
7,564

de sedimentos colúvio-aluvio presença de areias Planície de restinga influencia marinha herbácea e


eluvionares indiferenciados. Na quartzosas marinhas. formando o modelado de Ocorrência do aquífero arbustiva. Com predomínio de
área da praia sedimentos marinhos acumulação, com cordões Ingleses. vegetação herbácea fixando
Nos divisores a leste e
litorâneos. Sob a área de maior de restinga. dunas.
oeste fraca cobertura de
ocupação no Jurerê sedimentos
argissolos sobre os
areno-silticos argilosos de baía e
maciços.
laguna.

Granito Florianópolis no Morro do Paredão rochoso com Dissecação de morraria no Pequenos Córregos Vegetação de influencia
GROSSA

Norte. Na Praia do Forte pouco solo sobre a rocha Morro do Forte com a que deságuam a oeste marinha herbácea e arbustiva.
PONTA

0,724

sedimentos marinhos litorâneos. mãe, aparecimento de fina presença de acumulação na Baía Norte
camada de Argissolo. marinha na praia. Capoeirinha nas encostas
Aquífero Ilha.

No morro que separa da UTP Praia Na praia de Ponta das Dissecação em morraria no Lagoa (laguna) de Vegetação de influencia Restinga da Ponta das Canas
PONTA DAS CANAS

Brava presença do Granito Canas domínio de areias corpo granítico, com Ponta das Canas está marinha herbácea e arbustiva. Dec. 216/85
Florianópolis, assim também como quartzosas marinhas, com acumulação fluvial e isolada do oceano por Com predomínio de vegetação Área: 21,5 hectares
no morro que forma a ponta da alteração para areias lacustre nas margens da uma linha arenosa herbácea fixando dunas. Restinga em processo de
Laje e a Ponta das Canas. quartzosas após a laguna. laguna. Cordões de restinga formada pelo por formação já recoberta por uma
2,716

Sedimentos marinhos litorâneos na Aparecimento de próximo a comunidade das sedimentos costeiros e Capoeirinha nas encostas vegetação característica desse
área da praia. Presença de espodossolos + areias Ponta das Canas. pela atuação de sistema, inclusive com a
sedimentos silticos-argilosos- quartzosas. Com correntes litorâneas. formação de mangue situado na
arenosos com matéria orgânica no afloramentos da rocha mãe extremidade norte e na porção
entorno da laguna, assim como no maciço da ponta das É um ambiente de sul, junto à foz do Rio Thomé.
sedimentos areno-silticos argilosos Canas. deposição recente
de baía e laguna.

62
Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento
dos aterros na Ilha e no Continente.
63
Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.

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DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP)
64
UTP ÁREA GEOLOGIA SOLO RELEVO/ HIDROLOGIA/ VEGETAÇÃO U.C, APP e outras
2 legislações65
(KM ) GEOMORFOLOGIA HIDROGEOLOGI
A
Granito Florianópolis no Morro das Argissolos em fina camada Dissecação em morraria Pequenos Córregos Vegetação de
PRAIA BRAVA

Feiticeiras e no Morro da sobre o granito. Presença com vertentes com rampa que deságuam na influencia marinha
Cachoeira, assim como no Morro de areias quartzosas de dissipação, seguida ponta norte da Ilha. herbácea e arbustiva.
2,397

do Rapa (na ponta norte). marinhas sobre a planície. pelos cordões de restinga. Com predomínio de
Presença de sedimentos marinhos Acumulação em planície Presença do aquífero vegetação herbácea
litorâneos e eólicos retrabalhados e fluvial próximo ao Morro das Ingleses. fixando dunas.
na praia sedimentos marinhos Feiticeiras.
litorâneos. Capoeirinha nas
encostas

Granito Florianópolis no Morro do Na praia de Lagoinha Dissecação em morraria no Pequenos Córregos Vegetação de
Rapa e no Morro da Ponta das domínio de areias maciço granítico, com que deságuam na influencia marinha
Canas e no Maciço ao sul que quartzosas marinhas, com rampas de dissipação na ponta norte da Ilha. herbácea e arbustiva.
separa as três UTP’s da ponta alteração para areias vertente e com áreas de
norte. Da praia a montante, quartzosas. Pequenas acumulação fluvial e Há uma pequena Capoeirinha nas
laguna em estágio encostas
LAGOINHA DO NORTE

presença de sedimentos marinhos áreas com. espodossolos + acumulação lacustre.


litorâneos, seguido por sedimentos areias quartzosas. Com adiantado de
areno-silticos argilosos de baía e afloramentos da rocha mãe colmatação. Não
laguna e por sedimentos marinhos no maciço na Ponta da alcança profundidades
litorâneos e eólicos retrabalhados. Laje. superiores a 1 metro e
1,800

a expansão imobiliária
e a abertura da barra
de seu rio
Sangradouro são as
prováveis causas do
rápido assoreamento
da laguna.

Presença do aquífero
Ingleses.

64 Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento dos aterros na Ilha e no Continente.
65 Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.

_______ 314 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP)
66
UTP ÁREA GEOLOGIA SOLO RELEVO/ HIDROLOGIA/ VEGETAÇÃO U.C, APP e outras
2 legislações67
(KM ) GEOMORFOLOGIA HIDROGEOLOGI
A
Domínio do Maciço Central que Predomínio de Argissolos Dissecação em montanha Por causa da Domínio de Parque Municipal do Maciço da
corta a Ilha, de Granito em fina camada (por causa com grandes desníveis declividade há várias capoeirinha com Costeira
Florianópolis com lineamento NE- da declividade acentuada). altimétricos. pequenas sub-bacias presença ainda de Lei Mun.4605/95 Dec. 154/95
SW, com topo dominado pela independentes que campos com espécies Área: 1453,3 ha (dividido com outras
Formação Cambirela (na divisa Aterros recentes sobre a Acumulação flúvio-marinha correm para a Baía exóticas. 3 UTP’s).
com UTP Itacorubi). Grande área Baía Sul. antes do aterro. Grande
COSTEIRA

de aterro na Baía Sul. área de aterro da Baía Sul. Sul. Os córregos são Presença de Encostas
Gleissolo eutrófico próximo
3,907

na sua maioria Capoeirão no alto do Leis 2193/85 e 1851/82.


ao manguezal do rio intermitentes. Maciço. Protege todas as encostas com
Tavares. declividade igual ou superior a 25°,
ou 46,6%, recobertas ou não por
vegetação, o sistema hidrográfico
Domínio do Aquífero
que forma as principais bacias de
Ilha com possibilidade
captação de água potável, a
de abastecimento das
paisagem natural e a fauna .
comunidades dos
Morros.

66 Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento dos aterros na Ilha e no Continente.
67 Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.

_______ 315 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP)
UTP ÁREA68(KM 2) GEOLOGIA SOLO RELEVO/ HIDROLOGIA/ VEGETAÇÃO U.C, APP e outras
GEOMORFOLOGIA HIDROGEOLOGIA legislações69
Morro do Campeche com Pelo tamanho da UTP e Terraço marinho Ao norte, o Rio Presença de Reserva Extrativista Marinha do
domínio do Granito pelo domínio da planície recente na área onde Tavares nasce no vegetação de Pirajubaé (no Manguezal Rio
Florianópolis, mas há diversos tipos de está o aeroporto e Morro do Sertão e do influencia Tavares)
aparecimento de Formação solos. Ao norte domínio próximo a ponta da Badejo, ao sul seu marinha Dec. Fed. 533/92
Cambirela s isolados na de solo de manguezal. Caiacanga-Mirim e principal afluente o herbácea, Área: 1444 ha.
planície. Pequena elevação Areias quartzosas terraço marinho mais Ribeirão da Fazenda, arbustiva e
também na parte norte hidromórficas com antigo onde está a nasce no Morro dos arbórea. 740 hectares de manguezal,
dominada pelo Granito domínio na UTP, na base aérea. Padres. Após união de mais 700
Florianópolis. Ao sul da UTP região do Aeroposto, Dissecação em suas águas dentro do Presença de
capoeirinha nas hectares de baía.
na divisa com a UTP Tapera Carianos e ao longo das morraria próximo a Manguezal do Rio
morros isolados sobre a margens da SC 405. Tapera (comunidade) Tavares, ainda restará encostas dos Parque Municipal do Maciço
planície de Granito com com acumulação percurso de 2.175m morros com da Costeira
diques da Formação Espodossolos aparecem marinha na praia. Ao até atingir a baía sul. áreas de Lei Mun.4605/95 Dec. 154/95
Cambirela. Na ponta da próximos ao trevo do longo da Planície do capoeira ainda Área: 1453,3 ha (dividido com
Caicanga-Mirim presença do Capeche. Presença de Campeche acumulação A intensa modificação na planície entre outras 3 UTP’s).
RIO TAVARES

Granito Florianópolis, assim Gleissolo eutrófico ao marinha mais antiga. dos canais de o Campeche e o
como na ponta das longo do rio Tavares. Próximo ao manguezal drenagem na planície Rio Tavares. Manguezal da Tapera
49,238

Laranjeiras e morros próximo Areias quartzosas ao presença da planície de para diminuir as Lei 2193/85
(no topo Formação redor do Morro do maré com acumulação cheias e a entrada de Área: 52,2 ha
Cambirela). Campeche. Nesse marinha em Carianos. maré. É protegida toda área
morro aparece fina constituída pelo mangue, na
A planície é formada pelos camada de Argissolo Pequena faixa de data de aprovação do Plano
sedimentos marinhos com presença de aquífero Ingleses a Diretor (1985).
litorâneos e eólicos afloramentos rochosos. leste com
retrabalhados (a leste); possibilidade de
sedimentos areno-silticos aquífero Canasvieiras
argilosos de baía e laguna também.
(próximo a rodovia que corta
a planície); sedimentos
marinhos litorâneos próximo
no entorno do Aeroposto e
em Carianos; sedimentos
silticos-argilosos-arenosos
com matéria orgânica nas
áreas de manguezal do Rio
Tavares e Tapera.

68 Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento dos aterros na Ilha e no Continente.
69 Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.

_______ 316 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP)
70
UTP ÁREA GEOLOGIA SOLO RELEVO/ HIDROLOGIA/ VEGETAÇÃO U.C, APP e outras
2 legislações71
(KM ) GEOMORFOLOGIA HIDROGEOLOGI
A
Morro do Campeche de Domínio de dunas, com Rampas de dissipação Pela faixa litorânea Vegetação de Lagoa da Chica
formação Granito areias quartzosas na comunidade do Rio que essa UTP está influencia marinha Dec. 135/88
Florianópolis. Na ponta sul da marinhas na linha de Tavares (ao norte da localizada há herbácea, arbustiva Área: 4,6 ha
UTP no Morro das Pedras praia e de areias Lagoinha Pequena) e na apenas pequenos e arbórea. Com Estão protegidos a lagoa e uma
presença de Granito quartzosas baixa vertente do Morro córregos que predomínio de faixa em seu entorno de 50
Florianópolis com encostas hidromórficas nos do Campeche (este intermitentes. A vegetação metros em relação ao leito.
com sedimentos colúvio-aluvio cordões de restinga. sendo dissecação em Lagoa Pequena herbácea fixando
eluvionares indiferenciados. morraria). Acumulação está próxima a dunas. Lagoinha Pequena
UTP dominada por sedimentos em planície lacustre nas depósitos eólicos e Dec. 135/88
MORRO DAS PEDRAS

marinhos litorâneos, com margens da Lagoinha não possui ligação Área: 27,5 ha
sedimentos arenosos de Pequena e na Lagoa da com o oceano. A A Lagoinha e uma área em seu
origem eólica sobre a restinga Chica. Rampas de Lagoa da Chica entorno, de largura variável, é
10,798

(na praia do Campeche). No dissipação também ao está relacionada à considerada Área Verde de
entorno da área da Lagoa da sul do Morro do alta pluviosidade Lazer (AVL), sendo assim
Chica e Lagoa Pequena Campeche. Cordões de local e secando definida pelo Plano Diretor dos
sedimentos areno-silticos restinga ao longo da quando em Balneários.
argilosos de baía e laguna. praia do Campeche com períodos secos. São Dunas do Campeche
presença de dunas fixas corpos aquosos Dec. 112/85
e semi-fixas. típicos de formação Área 121 ha
lacustre de restinga. É um campo de dunas fixas,
semi-fixas e móveis, situado ao
longo da praia do Campeche.
Presença de bons
aquíferos, Ingleses,
Canasvieiras e
Joaquina.

70 Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento dos aterros na Ilha e no Continente.
71 Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.

_______ 317 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP)
72
UTP ÁREA GEOLOGIA SOLO RELEVO/ HIDROLOGIA/ VEGETAÇÃO U.C, APP e outras
2 legislações73
(KM ) GEOMORFOLOGIA HIDROGEOLOGIA
Na parte sul da UTP domínio do Solo mais espesso em Dissecação de montanha no O rio Alto Ribeirão é o principal Vegetação de influencia Manguezal da Tapera
Granito Florianópolis (Morro do Argissolos próximo ao morro maciço rochoso do Morro do rio dessa Bacia, alem de rios de marinha herbácea e Lei 2193/85
Ribeirão e Morro dos Padres). do Ribeirão e sobre as rampas Ribeirão com rampas planície como o ribeirão do arbustiva. Área: 52,2 ha
Nas encostas do maciço de colúvio. colúvio-eluvionais. Terraço Porto. O Rio Alto Ribeirão nasce É protegida toda área
presença de sedimentos marinho antigo e recente nas no Morro do Ribeirão e pela Capoeira e capoeirinha nas constituída pelo mangue, na
TAPERA

7,607

colúvio-aluvio eluvionares Gleissolo eutrófico nas margens do Rio Alto declividade acentuada possui encostas. data de aprovação do Plano
indiferenciados. Nas margens margens de rios e córregos Ribeirão. Presença de grau considerável de processos Diretor (1985).
do Rio Alto Ribeirão sedimentos com solo indiscriminado de acumulação marinha erosivo nas encostas.
marinhos litorâneos e eólicos manguezal na baía do próximo a baía.
retrabalhados. Ribeirão. Areias Quartzosas Alem do aquífero Ilha nas
hidromórficas + areias encostas, o aquífero Conceição
quartzosas no ao norte da também está presente, sobre a
UTP. planície.

Na UTP domínio do Granito Domínio absoluto dos Dissecação em montanha. Pela declividade e por correr Vegetação de influencia Parque do Tabuleirinho
Florianópolis. Na ponta do Argissolos com diferentes Acumulação flúvio-marinha diretamente das encostas para a marinha herbácea e (estadual) – Parte integrante
Caiacanguçu e em parte do profundidades ao longo da próximo a comunidade do Baía Sul, há poucos rios arbustiva nas áreas do Parque Estadual da Serra
Morro da Tapera presença de UTP, muito argiloso Ribeirão da Ilha e na importantes nessa área, mas próximas ao mar e do Tabuleiro. Dec.Est.
Granitóides Foliados. Formação acompanhando o relevo de Costeira do Ribeirão da Ilha. muitos córregos intermitentes. 2335/77
Cambirela na ponta oeste do grande declividade e Na ponta do Caiacanguçu, Dos rios perenes destaque para Capoeira, capoeirinha e Área: 346,5 ha. (presente
Morro do Ribeirão e ao norte da montanhoso. rampa de dissipação envolta o rio Tapera e o rio Naufragados. capoeirão nas encostas. também na UTP do
praia da Ponta. Na Praia de por acumulação flúvio- Saquinho).
RIBEIRÃO DA ILHA

Naufragados sedimentos Areias quartzosas marinhas + marinha. Na praia do Sinhô


marinhos litorâneos seguido por dunas na praia da Tapera e na acumulação marinha. No rio Encostas
praia da Ponta. Solo Aquífero Ilha domina. Leis 2193/85 e 1851/82.
sedimentos areno-silticos Tapera rampa de dissipação
21,271

argilosos de baía e laguna. Ao indiscriminado de manguezal (a montante) seguida por Protege todas as encostas
longo da planície junto ao Rio também na praia da Tapera. acumulação flúvio-marinha. com declividade igual ou
da Tapera presença de Na praia da Tapera planície superior a 25°, ou 46,6%,
sedimentos marinhos eólicos de maré. Na praia Grande e recobertas ou não por
retrabalhados e sedimentos de na Caieira da Barra do Sul vegetação, o sistema
baía e laguna. Na Praia de Fora planície flúvio-marinha. hidrográfico que forma as
e Praia da Ponta sedimentos de principais bacias de
baía e laguna e entre as duas captação de água potável, a
praias sedimentos marinhos paisagem natural e a fauna.
eólicos retrabalhados. Na
Costeira do Ribeirão da Ilha
sedimentos marinhos
litorâneos.

72
Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento
dos aterros na Ilha e no Continente.
73
Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.

_______ 318 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP)
74
UTP ÁREA GEOLOGIA SOLO RELEVO/ HIDROLOGIA/ VEGETAÇÃO U.C, APP e outras
2 legislações75
(KM ) GEOMORFOLOGIA HIDROGEOLOGIA
2
Na parte sul e oeste da Argissolos no relevo Dissecação em montanha no Com 5,10 km de superfície da Floresta Ombrófila Densa Sub- Parque Municipal da Lagoa
UTP domínio do Granito montanhoso, com material cristalino. Com lagoa, possui dois rios principais: montana e montana no do Peri
Florianópolis com profundidades acumulação lacustre nas Cachoeira Grande e Ribeirão embasamento cristalino com Lei Mun.1828/81 e Dec.
lineamento NE-SW ao sul, variáveis ao longo da margens da lagoa. Grande (rio Sertão), que nascem no elevado índice de preservação 091/82
e a oeste tanto NE-SW UTP, sendo mais alto dos morros e desembocam na (técnicos da FLORAM Área: 2030 ha.
quanto N-S. Na parte norte profundo próximo ao lagoa. O rio Cachoeira Grande consideram essa mata como
da UTP sedimentos rio do Peri e na parte possui uma extensão de 1.7 km, um dos únicos espaços em Encostas
O relevo apresenta domínio das Leis 2193/85 e 1851/82.
colúvio-aluvio eluvionares norte da UTP. A leste nasce a uma altitude de 280 m e Florianópolis com floresta
terras altas, parte integrante das Protege todas as encostas
indiferenciados. Próximo a domínio das areias apresenta uma declividade média de primária). Com áreas de
serras do Leste Catarinense, com declividade igual ou
entrada do Rio do Peri na quartzosas 20 cm/m, drenando uma área de capoeirinha, capoeira e
cujas, características são as 2 superior a 25°, ou 46,6%,
Lagoa, ao sul, presença de hidromórficas e 1.66 km . O rio Ribeirão Grande ou capoeirão no Sertão do Peri.
cristas angulosas intercaladas recobertas ou não por
sedimentos areno-silticos somente quartzosas. Sertão nasce a 285m de altitude,
por depressões e elevações. vegetação, o sistema
argilosos de baía e laguna, possui uma extensão de 4.6 km e
LAGOA DO PERI

esse tipo de sedimento vai Areias quartzosas declividade média de 12 cm/m e hidrográfico que forma as
As maiores altitudes da Lagoa do Vegetação Litorânea na
aparecer em toda a marinhas na praia da 2
drena uma área de 6.98 km . principais bacias de captação
Peri, estão situadas ao longo das planície costeira; além de
Armação. Presença de de água potável, a paisagem
19,866

margem leste da Lagoa. cristas que contornam a bacia


Gleissolo ao longo do A profundidade da Lagoa aumenta pequeno reflorestamento de natural e a fauna .
Próximo a captação de hidrográfica. Entre os picos mais
canal Sangradouro. de Oeste pra Leste. Apresentando espécies exóticas que está
água da CASAN elevados estão o morro da
um canal Sangradouro com uma sendo substituído ao longo dos
sedimentos marinhos Chapada (440m), morro da
extensão de 6,7 m de largura e 0,90 últimos anos por espécies
litorâneos e eólicos Tapera (371m), morro da Boa
m de profundidade utilizado quando nativas.
retrabalhados. Ao longo da Vista (350 m) e morro do Peri
Praia da Armação e na a Lagoa está cheia. O Sistema de
(320m). As encostas encontram-
restinga presença de Abastecimento Costa Leste-Sul de
se dissecadas por vales
sedimentos marinhos concessão da CASAN que capta
encaixados e pouco profundos
litorâneos. água da Lagoa desde 2000 para as
em forma de “V”, sendo em geral
localidades do sul e leste da Ilha,
abruptas com uma declividade
com vazão em torno de 190 L/s, não
que varia de 20 a 45º graus.
alterada nem no inverno ou no
No rio Peri, acumulação fluvio- verão, mudando apenas o tempo em
lacustre. A leste da lagoa rampa que é consumido o volume de água
de dissipação com cordões de armazenado na caixa que fica no
restinga. morro da Lagoa do Peri, com
capacidade de 20 milhões de litros,
segundo dados da CASAN.

74
Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento
dos aterros na Ilha e no Continente.
75
Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.

_______ 319 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP)
76
UTP ÁREA GEOLOGIA SOLO RELEVO/ HIDROLOGIA/ VEGETAÇÃO U.C, APP e outras
2 legislações77
(KM ) GEOMORFOLOGIA HIDROGEOLOGIA
A oeste da UTP domínio Na planície predomínio Dissecação em A planície do Pântano do Vegetação de influencia Dunas do Pântano do
do Granito Florianópolis, das areias Quartzosas montanha a leste e a Sul tem como rio marinha herbácea e Sul
com o aparecimento da hidromórficas. Presença oeste da UTP. principal o rio Armação. arbustiva em dunas, com Dec.112/85. Área 24,2 ha
Formação Cambirela em de Argissolos sobre o Acumulação marinha Há pequenos córregos capoeirinha sobre a Campo de dunas fixas,
duas cristas de morros. A embasamento cristalino. com cordões de restinga drenando o Morro do Boa planície, com capoeira e semi-fixas e móveis,
leste grande maciço da Na faixa litorânea na praia do Pântano Vista e o Morro do capoeirão nas encostas. situada ao longo da
Formação Cambirela (no aparecimento de dunas (com dunas fixas e Pântano , mas na sua praia.
morro do Cucuruto e logo após as areias móveis). Rampa de maioria intermitentes.
Matadeiro). Na praia do quartzosas marinhas. dissipação no loteamento Dunas da Armação
PÂNTANO DO SUL

Pântano do Gleissolo ao longo do rio de Balneário de Açores. Para efetuar drenagem Dec.112/85
Sul sedimentos marinhos da Armação. Grande planície lacustre da planície, há muitos Área 5,9 hectares
canais de drenagem É um campo de dunas
16,267

litorâneos seguidos por junto ao rio da Armação


sedimentos arenosos de e acumulação fluvial antrópicos. fixas, semi-fixas e
origem eólica. No próximo a comunidade móveis, situado ao longo
Há bons aquíferos na da praia.
loteamento Balneário de de Armação. Na praia da UTP, como o aquífero
Açores grande presença Armação cordões de Canasvieiras e Rio
de sedimentos marinhos restinga. Vermelho, alem do
litorâneos e eólicos aqüífero Ilha nas
retrabalhados. Ao longo encostas.
do rio Armação
sedimentos areno-silticos
argilosos de baía e
laguna. Na Praia da
Armação sedimentos
marinho litorâneos.

76 Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento dos aterros na Ilha e no Continente.
77 Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.

_______ 320 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
DESCRIÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS POR UNIDADE TERRITORIAL DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO (UTP)
UTP ÁREA78 GEOLOGIA SOLO RELEVO/ HIDROLOGIA/ VEGETAÇÃO U.C, APP e outras legislações79
(KM 2) GEOMORFOLOGIA HIDROGEOLOGIA
Maciço rochoso da Argissolos em Dissecação em Os canais que abastecem a Vegetação de Parque Municipal da Lagoinha do
Formação Cambirela no predomínio, com montanha. No entorno lagoinha apresentam pouco influencia Leste Lei Mun.4701/92
entorno da UTP. muitas faces com da laguna acumulação volume de água e estão marinha Área: 480,5 ha.
Ao redor da laguna afloramento de de planície lacustre, com encaixados nas falhas herbácea e Encostas
presença de sedimentos rochas. rampa de dissipação estruturais do embasamento arbustiva em Leis 2193/85 e 1851/82.
LAGOINHA DO LESTE

areno-silticos argilosos de Na praia aparece entre o meandro da cristalino. O canal do dunas, com Protege todas as encostas com
baía e laguna. Ao norte da as areias laguna. Na praia cordão escoamento lagunar capoeira e declividade igual ou superior a 25°, ou
praia da Lagoinha do Leste quartzosas de restinga com dunas geralmente isolado do oceano capoeirão nas 46,6%, recobertas ou não por
sedimentos arenosos de marinhas seguida móveis e fixas. Na praia devido à presença da barra encostas. vegetação, o sistema hidrográfico que
6,045

origem eólica. Na praia de um campo de do Matadeiro arenosa no cordão praial. forma as principais bacias de captação
depósito sedimentar dunas. No acumulação flúvio- Eventualmente, seja em de água potável, a paisagem natural e
marinho litorâneo. meandro da marinha junto aos períodos de alta pluviosidade a fauna .
Sedimentos marinhos laguna presença riachos, e acumulação ou durante eventos de
litorâneos e eólicos de areias marinha na praia. tempestades “ressacas”,
retrabalhados nos meandros quartzosas. rompe-se a barra arenosa
do canal que liga a laguna junto a praia e o canal da
ao mar. Lagoinha deságua no mar.
Possui aquífero Rio Vermelho
e Ilha.
Domínio absoluto do Granito Argissolos Dissecação em Córregos intermitentes ao Capoeira e Parque do Tabuleirinho (estadual) –
Florianópolis com depósitos predominam montanha. Acumulação longo da UTP correndo capoeirão. Parte integrante do Parque Estadual
sedimentares marinhos sendo flúvio-marinha na praia diretamente ao mar. Destaque da Serra do Tabuleiro. Dec.Est.
litorâneos nas praias do normalmente de da Solidão (rio das para o rio da Pacas na praia 2335/77
Saquinho e Solidão. Na pouca Poças) e na praia do da Solidão. Área: 346,5 ha. (presente também na
ponta nordeste da UTP profundidade pela Saquinho, na linha de UTP do Ribeirão da Ilha).
SAQUINHO

sedimentos arenosos de declividade do praia em ambas, Aquífero Ilha.


6,203

origem eólica. relevo. Na face do acumulação marinha. Na Encostas


litoral praia de Naufragados, Leis 2193/85 e 1851/82.
aparecimento de cordão de restinga. Protege todas as encostas com
muitos declividade igual ou superior a 25°, ou
afloramentos 46,6%, recobertas ou não por
rochosos. vegetação, o sistema hidrográfico que
forma as principais bacias de captação
de água potável, a paisagem natural e
a fauna .

78 Existe uma pequena diferença no total das UTP’s com relação aos dados oficiais do município. Entendemos que essa diferença está no dimensionamento dos aterros na Ilha e no Continente.
79 Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e outras legislações pertinentes.

_______ 321 INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB


PLANO MUNICIPAL
APÊNDICE B – MAPA GEOMORFOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE
FLORIANÓPOLIS.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 322


_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 323
APÊNDICE C – MAPA DE VEGETAÇÃO DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 324


_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 325
APÊNDICE D – MATRIZES: OCUPAÇÃO URBANA X SERVIÇOS DE
SANEAMENTO

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 326


MATRIZES OCUPAÇÃO URBANA x SERVIÇOS DE SANEAMENTO

As Matrizes a seguir apresentam os principais atributos de todos os Distritos e suas


UTPs associadas, referentes os serviços de saneamento e suas relações com a
ocupação do solo, formas de parcelamento e crescimento urbano. A compreensão
destas diversas relações revela-se um pressuposto fundamental para o
planejamento dos sistemas de saneamento, de modo a privilegiar os impactos
positivos sobre a saúde pública e sobre o meio ambiente.

Ressalta-se além das Matrizes de Drenagem, Esgoto, Abastecimento de Água e


Resíduos Sólidos, a existência de uma Matriz do Meio Físico, já que qualquer tipo
de ocupação da cidade precisa levar em conta o saneamento básico e as
alterações nos ambientes naturais do município, já que a finalidade dos projetos de
saneamento tem saído de sua concepção sanitária clássica, recaindo em uma
abordagem ambiental, que visa não só promover a saúde do homem, mas,
também, a conservação do meio físico e biótipo.

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 327


POP DISTRITAL 2007 (Dados não POP DISTRITAL 2028 (Dados não
ATRIBUTOS DE USOS E OCUPAÇÃO
DISTRITOS existentes por UTPs) existentes por UTPs) UTP ÁREA m2
CARACTERÍSTICA PREDOMINANTE DE OCUPAÇÃO PARCELAMENTO DO SOLO PREDOMINANTE OCUPAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL
TOTAL FLUT. TOTAL FLUT.

OCUPAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL CONSOLIDADA - ZEIS DO MACIÇO DO MORRO DA CRUZ: Morro


ZONA URBANA INSULAR; CENTRO HISTÓRICO; VERTICALIZAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ADENSAMENTO; GRANDE DIVERSIDADE DAS FUNÇÕES URBANAS: PREDOMINIO DAS
da Mariquinha, Morro do Tico-tico, Mont Serrat, Morro do Horácio, Morro do Vinte e Cinco, Morro da
1 FLORIANÓPOLIS 9.361.486,00 FUNÇÕES RESIDENCIAIS MULTIFAMILIARES, COMERCIAIS, SERVIÇOS E INSTITUCIONAIS; MACIÇO DO MORRO DA CRUZ (19 ZEIS): OCUPAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
Penitenciária, Serrinha, Morro da Queimada, Morro do Céu, Ângelo Laporta, José Boiteux, Laudelina Cruz
CONSOLIDADA COM GRANDE PARCELA EM APP, ÁREAS DE RISCO E C/CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA
Lemos, Santa Clara, Vila Santa Vitória, Jagatá e Caeira da Vila Operária

OCUPAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL CONSOLIDADAS: CCI ; Jardim Ilha Continente; Monte Cristo;
2 ESTREITO 6.002.156,00 GRANDE FRACIONAMENTO DA ESTRUTURA FUNDIÁRIA; Morro da Caixa II; Nossa Sra. Do Rosário; PC3; Ponta do Leal; Santa Terezinha I
NAS ZEIS DO MACIÇO DO MORRO DA CRUZ ESTA EM
ZONA URBANA CONTINENTAL;CENTRO REGIONAL; PREDOMINIO DAS FUNÇÕES RESIDENCIAIS COMERCIAIS E SERVIÇOS; TENDENCIA A VERTICALIZAÇÃO E ADENSAMENTO; ANDAMENTO PROJETO DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA E
CONURBAÇÃO COM O MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ URBANÍSTICA
OCUPAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL CONSOLIDADAS: Arranha Céu; Chico Mendes; MacLaren; Morro
3 COQUEIROS 5.782.626,00 da Caixa I; Morro do Flamengo; Nossa Sra. Da Glória; Nova Esperança; Nova Jerusalém; Novo Horizonte;
Santa Terezinha II; Vila Aparecida I e Vila Aparecida II;
SEDE 287.057 23.790 430.491 47.913

OCUPAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL CONSOLIDADAS::Caeira da Vila Operária I e Caeira da Vila


4 ITACORUBI 28.504,02 ZONA URBANA INSULAR;PREDOMINIO DAS FUNÇÕES RESIDENCIAIS COMERCIAIS, SERVIÇOS E INSTITUCIONAIS; TENDENCIA A VERTICALIZAÇÃO E ADENSAMENTO Operária II;
Carvoeira (Boa Vista); Morro da Penitenciária; Morro do Horácio; Morro do Quilombo; Pantanal; Serrinha I e II

ATERRO DA BAÍA SUL 1.603,55 PREDOMINIO DE ÁREAS DO SISTEMA VIÁRIO E INSTITUCIONAIS

Morro do Janga; Sol Nascente; Morro do Balão;


6 SACO GRANDE 17.194,06 ZONA URBANA INSULAR; LOCALIZAÇÃO DO CENTRO ADMINISTRATIVO DO ESTADO E USOS DE COMÉRCIAIS AO LONGO DA SC401 Vila Cachoeira

CRESCIMENTO ESPONTANEO A PARTIR DA ESTRUTURA OCUPAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL CONSOLIDADA: Costeira I; Costeira II; Costeira III; Costeira IV e
20 COSTEIRA 3.907,54 ZONA URBANA INSULAR; FUNDIÁRIA NATIVA Costeira V

21 RIO TAVARES (parte) 49.238.504,00 ZONA URBANA INSULAR;

BARRA DA LAGOA 6.799 8.164 9.745 15.857 BALNEÁRIO E COMUNIDADE TRADICIONAL PESQUEIRA; OCUPAÇÃO PREDOMINANTENTE RESIDENCIAL EM CASAS DE MORADIA E VERANEIO (SEGUNDA RESIDENCIA)

CRESCIMENTO ESPONTANEO A PARTIR DA ESTRUTURA


5 LAGOA DA CONCEIÇÃO 85.752,01 CENTRO DE BALNEÁRIO; OCUPAÇÃO RESIDENCIAL EM CASAS DE MORADIA E VERANEIO (SEGUNDA RESIDENCIA), COMÉRCIO, BARES, RESTAURANTES; NOVAS FORMAS DE
LAGOA DA CONCEIÇÃO 15.556 14.873 24.786 32.095 FUNDIÁRIA NATIVA
OCUPAÇÃO EM CONDOMINIOS RESIDENCIAS MULTIFAMILIARES (TÉRREO+ 2PAV+ÁTICO); CONSTRUÇÕES EM ÁREAS DE DUNAS

SÃO JOÃO DO RIO


11.688 4.789 25.266 14.031 OCUPAÇÃO PREDOMINANTENTE RESIDENCIAL EM CASAS DE MORADIA; ABRIGA O PARQUE FLORESTAL DO RIO VERMELHO
VERMELHO

PARCELAMENTOS TRADICIONAIS AO LONGO DA VIA


OCUPAÇÃO PREDOMINANTENTE RESIDENCIAL EM CASAS DE MORADIA ( PESCADORES E NATIVOS); CONDOMINIOS RESIDENCIAIS HORIZONTAIS; EXTENSÃO DOS BAIRROS
7 CACUPÉ 1.813.874,00 PRINCIPAL; NOVAS FORMAS DE OCUPAÇÃO EM
RESIDENCIAIS DO CENTRO
CONDOMÍNIOS HORINZONTAIS

OCUPAÇÃO PREDOMINANTENTE RESIDENCIAL EM CASAS DE MORADIA ( PESCADORES E NATIVOS); CONDOMINIOS RESIDENCIAIS HORIZONTAIS; EXTENSÃO DOS BAIRROS PARCELAMENTOS TRADICIONAIS AO LONGO DA VIA
SANTO ANTONIO DE 8 SANTO ANTONIO DE LISBOA 5.213.534,00 RESIDENCIAIS DO CENTRO; FOCO DE VISITAÇÃO E NÃO DE TURÍSMO) DEVIDO AS CARACTERÍSTICAS RESIDENCIAIS E A FALTA DE BALNEABILIDADE DA PRAIA; FREGUESIA PRINCIPAL; NOVAS FORMAS DE OCUPAÇÃO EM
6.888 1548 10.170 3.110
LISBOA MAIS ANTIGA DA ILHA, É IMPORTANTE REDUTO DACULTURA AÇORIANA: ÁREA DE PRESERVAÇÃO CULTURAL LEI N. 2193/85 CONDOMÍNIOS HORINZONTAIS

CRESCIMENTO ESPONTANEO A PARTIR DA ESTRUTURA


11 BARRA DO SAMBAQUI 782785 ÁREA DE MANUTENÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS RURAIS (TRECHOS DA BARRA DO SAMBAQUI)
FUNDIÁRIA NATIVA

10 MANGUEZAL DE RATONES 13.717.325,00 ZONA RURAL; PREDOMINANCIA DA ÁREA DE PRESERVAÇÃO ÁREA NÃO PARCELADA

PREDOMINANTEMENTE ZONA RURAL; E NÚCLEOS RURURBANOS - CARACTERÍSTICA DE OCUPAÇÕES RURAIS E MORADORES LOCAIS (SEDE DISTRITAL E ZONA URBANA
RATONES 4.282 846 8.015 2.148 9 RIO RATONES 32.386.231,00 PREDOMINANCIA DE MÓDULOS RURAIS
ISOLADA DA VARGEM PEQUENA);

CENTRO DE BALNEÁRIO; OCUPAÇÃO PREDOMINANTENTE RESIDENCIAL EM CASAS DE MORADIA E VERANEIO (SEGUNDA RESIDENCIA), HOTÉIS, BARES E RESTAURANTES AO
13 INGLESES 19.177.681,00 LONGO DA ORLA; NOVAS FORMAS DE OCUPAÇÃO (AO NORTE) EM CONDOMINIOS RESIDENCIAS MULTIFAMILIARES (TÉRREO+ 2PAV+ÁTICO); CONSTRUÇÕES EM ÁREAS DE GRANDE FRACIONAMENTO DA ESTRUTURA FUNDIÁRIA Rua Adão dos Reis e Rua do Siri (Ocupação em área de dunas)
DUNAS E 33METROS DE MARINHA

INGLESES 34.884 54.668 54.862 116.476


CRESCIMENTO ESPONTANEO A PARTIR DA ESTRUTURA
BALNEÁRIO; OCUPAÇÃO PREDOMINANTENTE RESIDENCIAL EM CASAS DE MORADIA E VERANEIO (SEGUNDA RESIDENCIA; NOVAS FORMAS DE OCUPAÇÃO EM CONDOMINIOS FUNDIÁRIA NATIVA E EM TERRENO DE POSSE; EXISTENCIA
14 SANTINHO 5.170.214,00
RESIDENCIAS MULTIFAMILIARES DE ALTO PADRÃO (TÉRREO+ 2PAV+ÁTICO) E RESORT COSTÃO DO SANTINHO; CONSTRUÇÕES EM ÁREAS DE DUNAS DE ÁREAS MAIORES NÃO PARCELADAS ENTRE A VIA
PRINCIPAL E O MAR

JURERE INTERNACIONAL: BALNEÁRIO DE ALTO PADRÃO COM RIGOROSA REGULAMENTAÇÃO DE TIPOLOGIAS DOS PRÉDIOS RESIDENCIAIS MULTIFAMILIARES AO LONGO DA
AV DOS SALMÕES -ATÉ 5 PAVIMENTO E AV.BUZIOS - TÉRREO+ 2PAV. + ÁTICO), E RESIDENCIAIS UNIFAMILIARES DE ALTO PADRÃO EM LOTES INDIVIDUAIS; JURERE ANTIGO: JURERE INTERNACIONAL: LOTEAMENTO PLANEJADO;
15 JURERÊ 7.564.679,00
OCUPAÇÃO MAIS ANTIGA POR RESIDENCIAS UNIFAMILIARES (MORADIA E SEGUNDA RESIDENCIA); NOVAS FORMAS DE OCUPAÇÃO EM CONDOMINIOS RESIDENCIAS JURERE ANTIGO: CRESCIMENTO ESPONTANEO
MULTIFAMILIARES (TÉRREO+ 2PAV+ÁTICO); GRANDES LOTES NA ORLA C/OCUPAÇÃO POR COMPLEXOS TURÍSTICOS

CANASVIEIRAS 28.368 83.689 40.670 162.581


16 PONTA GROSSA 724.498 RESIDENCIAIS UNIFAMILIARES (MORADIA E SEGUNDA RESIDENCIA) EM LOTES INDIVIDUAIS; CRESCIMENTO ESPONTANEO

EM IMPLANTAÇÃO O SAPIENS PARQUE; CACHOEIRA: CENTRO DE BALNEÁRIO; OCUPAÇÃO RESIDENCIAL EM CASAS DE MORADIA E VERANEIO (SEGUNDA RESIDENCIA) E
23.310.865 (52,8%) ÁREA DO SAPIENS SUPERIOR A 4.000.000M2; LESTE:
EDIFÍCIOS DE 2 PAV, COMÉRCIO, BARES, RESTAURANTES; NOVAS FORMAS DE OCUPAÇÃO EM CONDOMINIOS RESIDENCIAS MULTIFAMILIARES (TÉRREO+ 2PAV+ÁTICO);
PLANO DE LOTEAMENTO ORTOGONAL TURÍSTICO; OESTE: Canasvieiras; Vila União (Conjunto Habitacional); Morro do Mosquito; Rio Papaquara (ocupação nas margens
12 PAPAQUARA
CRESCIMENTO ESPONTANEO A PARTIR DA ESTRUTURA do Rio)
FUNDIÁRIA NATIVA
CANASVIEIRAS: CENTRO DE BALNEÁRIO; OCUPAÇÃO RESIDENCIAL EM CASAS DE MORADIA E VERANEIO (SEGUNDA RESIDENCIA) E EDIFÍCIOS DE 2 PAV, COMÉRCIO, BARES,
20.835.908 (47,2%)
RESTAURANTES; NOVAS FORMAS DE OCUPAÇÃO EM CONDOMINIOS RESIDENCIAS MULTIFAMILIARES (TÉRREO+ 2PAV+ÁTICO);

18 PRAIA BRAVA 2.397.759,00 BALNEÁRIO DE ALTO PADRÃO COM CODOMÍNIOS MULTIFAMILIARES DE ALTO PADRÃO (TÉRREO+ 2PAV + ÁTICO) ORIGINOU-SE DO LOTEAMENTO AMÉRICA DO SOL
CACHOEIRA DO BOM
24.037 48.393 32.071 87.501
JESUS
19 LAGOINHA DO NORTE 1.800.778,00 BALNEÁRIO; OCUPAÇÃO PREDOMINANTENTE RESIDENCIAL EM CASAS DE MORADIA E VERANEIO (SEGUNDA RESIDENCIA)
CRESCIMENTO ESPONTANEO A PARTIR DA ESTRUTURA
FUNDIÁRIA NATIVA
BALNEÁRIO; OCUPAÇÃO PREDOMINANTENTE RESIDENCIAL EM CASAS DE MORADIA E VERANEIO (SEGUNDA RESIDENCIA); NOVAS FORMAS DE OCUPAÇÃOEM CONDOMINIOS
17 PONTA DAS CANAS 2.716.958,00
RESIDENCIAS MULTIFAMILIARES (TÉRREO+ 2PAV+ÁTICO);

PARCELAMENTO DO SOLO:CRESCIMENTO ESPONTANEO A


PARTIR DA ESTRUTURA FUNDIÁRIA NATIVA; NOVOS
23 TAPERA 7.607.564,00 BALNEÁRIO DE RECREIO, SENDO BAIRRO RESIDENCIAL E FAMILIAR, OCUPAÇÃO AO LONGO DA RODOVIA BALDICERO FILOMENO OCUPAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL CONSOLIDADA: Tapera II
PARCELAMENTOS A PARTIR DA RODOVIA BALDICERO
FILOMENO

RIBEIRÃO DA ILHA 26.138 7.169 30.366 11.281


COMUNIDADE COM TRAÇOS DA COLONIZAÇÃO PORTUGUESA - CASARIO AÇORIANO E RESIDENCIAS UNIFAMILIARES; POTENCIALIDADE DE EXPANSÃO URBANA NA PLANÍCIE PARCELAMENTO DO SOLO:RESIDENCIAS UNIFAMILIARES
24 RIBEIRÃO DA ILHA 2.127.151,00
ENTREMARES, QUE INCLUI O DISTRITO DO CAMPECHE E PARTE DO DISTRITO DO RIBEIRÃO DA ILHA ISOLADAS NO LOTE

23.999.350 (48,74%)
OCUPAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL CONSOLIDADA: Rio Tavares e Rio Tavares II
21 RIO TAVARES POTENCIALIDADE DE EXPANSÃO URBANA NA PLANÍCIE ENTREMARES; ABRIGA O AEROPORTO INTERNACIONAL HERCÍLIO LUZ Tapera I; Panaia

25.239.154 (51,26%) CRESCIMENTO ESPONTANEO A PARTIR DA ESTRUTURA


FUNDIÁRIA NATIVA E TENDENCIA AOS CONDOMÍNIOS E
LOTEAMENTOS
CAMPECHE 30.331 8.439 56.980 21.301
BALNEÁRIOS DO MORRO DAS PEDRAS E CAMPECHE; OCUPAÇÃO PREDOMINANTENTE RESIDENCIAL EM CASAS DE MORADIA E VERANEIO (SEGUNDA RESIDENCIA); NOVAS
22 MORRO DAS PEDRAS 10.798.994,00 Areias do Campeche
FORMAS DE OCUPAÇÃO NO CAMPECHE EM LOTEAMENTOS RESIDENCIAIS UNIFAMILIARES HORIZONTAIS E CONDOMÍNIOS MULTIFAMILIARES COM TÉRREO+ 2PAV+ ÁTICO

25 LAGOA DO PERI 19.866.974,00 ZONA RURAL; PARQUE DA LAGOA DO PERI; OCUPAÇÃO NA ÁREA DO PARQUE

26 PÂNTANO DO SUL 16.267.876,00 BALNEÁRIO E COMUNIDADE TRADICIONAL PESQUEIRA


PARCELAMENTO DO SOLO: CRESCIMENTO ESPONTANEO A
PÂNTANO DO SUL 8.557 2.346 11.990 4.430
PARTIR DA ESTRUTURA FUNDIÁRIA NATIVA
27 LAGOINHA DO LESTE 6.045.293,00 ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE COM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO MUNICIPAL, NÃO SUJEITA A OCUPAÇÃO

28 SAQUINHO 6.203.162,00 ZONA RURAL; PEQUENA PORÇÃO AO SUL É ZONA URBANA DO DISTRITO Rio das Pacas
ATRIBUTOS DO MEIO FÍSICO
DISTRITOS UTP

ÁREA DE PARQUES E RESERVAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP) MANANCIAIS, AQUÍFEROS E A OCUPAÇÃO URBANA RELAÇÃO ENTRE A OCUPAÇÃO URBANA ATUAL (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) E O MEIO FÍSICO

Parque Urbano do Maciço do Morro da Cruz (lei municipal 6893 de 8/12/2005).


Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Menino Deus (Processo no IBAMA nº 02026.001868/96-15).
Ocupação urbana consolidada. Problemas relacionados a Ilhas de Calor nas áreas densamente ocupadas por edifícios. Problemas de movimento de
Encostas Leis 2193/85 e 1851/82, Sem mananciais significativos. Aquífero Ilha. Área densamente ocupada apresentando dificuldade técnica e natural em utilização do aquífero. No
1 FLORIANÓPOLIS Topos de morros, declividade acentuada, presença de nascentes e córregos, vegetação em diversos estágios de regeneração. massa nas encostas de morros ocupados de forma irregular. Áreas de risco geológico/geomorfológico associado a construções inadequadas em áreas
protege todas as encostas com declividade igual ou superior a 25°, ou 46,6%, recobertas ou não por vegetação, o sistema hidrográfico que forma as principais bacias de captação de água potável, a Maciço do Morro da Cruz possibilidade de extração junto a fraturamento das rochas para abastecimento local.
de encostas e canais de drenagem.
paisagem natural e a fauna.

2 ESTREITO Inexistente Topo de morro


Ocupação urbana consolidada. Problemas relacionados a Ilhas de Calor nas áreas densamente ocupadas por edifícios. Áreas de risco associado a
Sem mananciais. Aquífero Ilha, densamente ocupado, dificuldade técnica e natural em utilização do aquífero
construções inadequadas em áreas de encostas e canais de drenagem.

3 COQUEIROS Inexistente Topo de morro.

Parque Manguezal do Itacorubi Decreto Municipal 1529/2002 - Área: 150 ha.


Parque Urbano do Maciço do Morro da Cruz. Lei municipal 6893 de 8/12/2005. Área: 144,9 ha.
Parque Municipal do Maciço da Costeira: Lei Mun.4605/95 Dec. 154/95 Ocupação urbana consolidada. Problemas relacionados a Ilhas de Calor nas áreas densamente ocupadas por edifícios. Problemas de movimento de
Áreas de preservação permanente em toda a UTP, com topos de morros, declividade acentuada, áreas de nascentes e córregos, Mananciais locais com pequena vazão. Aquífero Ilha. Área densamente ocupada apresenta dificuldade técnica e natural em utilização do aqüífero. Na
4 ITACORUBI Área: 1453,3 ha. (dividido com outras 3 UTP’s). massa nas encostas de morros ocupados de forma irregular. Áreas de risco geológico/geomorfológico associado a construções inadequadas em áreas
além de manguezal. Presença de vegetação de mata atlântica em estágio médio e avançado de regeneração (nas encostas) bacia os Maciços tem possibilidade de extração junto a fraturamento das rochas para abastecimento local.
Encostas: Leis 2193/85 e 1851/82 -Protege todas as encostas com declividade igual ou superior a 25°, ou 46,6%, recobertas ou não por vegetação, o sistema hidrográfico que forma as principais bacias de encostas e canais de drenagem.
de captação de água potável, a paisagem natural e a fauna .
SEDE

Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé (no Manguezal Rio Tavares)


Dec. Fed. 533/92; Área: 1444 há; 740 hectares de manguezal, mais 700
ATERRO DA BAÍA SUL[1] Canais de drenagem natural alterados por obras de engenharia. Vegetação de manguezal entre o aterro e os canais. Impróprio Áreas de risco geológico/geomorfológico associado a construções inadequadas em áreas de canais de drenagem.
hectares de baía.

Manguezal do Saco Grande (Estação Ecológica de Carijós)


Dec. Fed. 94656/87 : Área: 93,5 ha - Todo o manguezal situado entre a Rodovia SC-401 e o mar, formando uma área contínua recoberta por densa vegetação.
Mananciais locais com pequena vazão. Aquífero Ilha. Área densamente ocupada apresenta dificuldade técnica e natural em utilização do aqüífero. Na Ocupação urbana em consolidação. Problemas de movimento de massa nas encostas de morros ocupados de forma irregular. Áreas de risco
6 SACO GRANDE Encostas: Leis 2193/85 e 1851/82 -Protege todas as encostas com declividade igual ou superior a 25°, ou 46,6%, recobertas ou não por vegetação, o sistema hidrográfico que forma as principais bacias Topos de morros a leste da UTP, declividade acentuada, com nascentes e córregos, rios de planície com manguezal.
bacia os Maciços tem possibilidade de extração junto a fraturamento das rochas para abastecimento local. geológico/geomorfológico associado a construções inadequadas em áreas de encostas e canais de drenagem.
de captação de água potável, a paisagem natural e a fauna .

20 COSTEIRA
Parque Municipal do Maciço da Costeira: Lei Mun.4605/95 Dec. 154/95; Área: 1453,3 ha (dividido com outras 3 UTP’s).
Ocupação urbana consolidada, sobretudo nas encostas, com crescimento de pequenos edifícios na baixa encosta. Problemas de movimento de massa
Encostas: Leis 2193/85 e 1851/82. Aquífero Ilha. Área densamente ocupada apresenta dificuldade técnica e natural em utilização do aqüífero. Na bacia os Maciços tem possibilidade de
40% da área com topo de morros, com nascentes e vegetação em estágio avançado e médio de regeneração. nas encostas de morros ocupados de forma irregular. Áreas de risco geológico/geomorfológico associado a construções inadequadas em áreas de
Protege todas as encostas com declividade igual ou superior a 25°, ou 46,6%, recobertas ou não por vegetação, o sistema hidrográfico que forma as principais bacias de captação de água potável, a extração junto a fraturamento das rochas para abastecimento local.
encostas e ao longo canais de drenagem.
paisagem natural e a fauna .
21 RIO TAVARES (parte)

Parque Florestal do Rio Vermelho (Estadual) Dec. Est. 2006/62 -Área: 1.100 ha (presente também na UTP Santinho).
BARRA DA LAGOA Parque Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição Dec. Mun.231/88 - Área: 453 ha.
Parque Municipal da Galheta Lei Mun.3455/92 Dec. 698/94- Área: 149,3 ha.
Área com várias unidades de conservação municipais e estadual. Sendo em grande parte áreas de APP (pela distância de rios, córregos e da lagoa),
Parque Municipal do Maciço da Costeira: Lei Mun.4605/95 Dec. 154/95 -Área: 1453,3 ha. (dividido com outras 3 UTP’s). Mananciais locais com pequena vazão a oeste da UTP de uso local. Aquífero Ilha nas encostas, com presença de aquiferos de boa qualidade na
topos de morros, declividade acentuada, dunas e restingas). Ocupação em franco crescimento no distrito do São João do Rio Vermelho, acarretando
Região da Costa da Lagoa -Dec. 247/86; Área: 976,8 ha planície costeira, sobretudo Aquífero Ingleses, Joaquina, Conceição e Rio Vermelho. Área ainda não está tão densamente ocupada, no entanto a
problemas para a alimentação dos aqüíferos que são muito bons nessa região. Problemas quanto a poluição da Lagoa da Conceição, em processo
LAGOA DA CONCEIÇÃO 5 LAGOA DA CONCEIÇÃO Todo o caminho da Costa, a vegetação e as edificações de interesse histórico e artístico existente na região são protegidos por esse Decreto. Área com topos de morros, declividade acentuada, nascentes e córregos, ambiente lagunar, restinga e dunas, costão. quantidade de ligação de esgotamento de efluentes doméstico em fossa tipo séptica pode prejudicar os aqüíferos em função da facilidade em
contínuo e tecnicamente complicado de resolver em função da estrutura geomorfológica e solo (que por ser muito arenoso não retém a água percolando
Dunas da Barra da Lagoa: Lei Mun.3711/92 -Área: 6,6 ha percolação da água em solo arenoso dos aqüíferos na planície. Já há pesquisas relatando problemas no lençol freático da Lagoa da Conceição.
facilmente ao lençol e aos aqüíferos, inclusive esgotos domésticos de fossas sépticas). Construções novas e de alto padrão nas encostas do Morro da
Área constituída por duna móveis e fixas de baixa altitude, formando um cordão litorâneo ao longo da praia da Barra da Lagoa e que tem sua continuidade ao longo da Praia do Moçambique. Importante salientar a proteção dos campos de dunas e áreas de restinga como repositória naturais do aqüífero.
Lagoa e adjacências em prejuízo a vegetação nativa.
Encostas -Leis 2193/85 e 1851/82 -Protege todas as encostas com declividade igual ou superior a 25°, ou 46,6%, recobertas ou não por vegetação, o sistema hidrográfico que forma as principais bacias
de captação de água potável, a paisagem natural e a fauna .
SÃO JOÃO DO RIO VERMELHO

Encostas: Leis 2193/85 e 1851/82 - Protege todas as encostas com declividade igual ou superior a 25°, ou 46,6%, recobertas ou não por vegetação, o sistema hidrográfico que forma as principais bacias
Ocupação urbana em consolidação. Ruas subindo os morros, sobretudo topos de morros, o que pode acarretar ocupações irregulares em APP e APL,
7 CACUPÉ de captação de água potável, a paisagem natural e a fauna. Topos de morros e pequenos córregos. Sem mananciais. Aquífero Ilha, ocupação em contínuo adensamento, dificuldade técnica e natural em utilização do aqüífero
gerando problemas ambientais com desmatamento e erosão de encostas.

Restinga da Ponta do Sambaqui: Dec. 112/85 -Área: 1,3 ha


Ocupação urbana em consolidação. Ruas subindo os morros, sobretudo topos de morros, o que pode acarretar ocupações irregulares em APP e APL,
8 SANTO ANTONIO DE LISBOA A Ponta do Sambaqui se originou através de processo de sedimentação de uma antiga ilha, chamada de tômbolo. A cobertura vegetal é caracterizada por árvores frutíferas. Topos de morros e costão. Sem mananciais. Aquífero Ilha, ocupação em contínuo adensamento, dificuldade técnica e natural em utilização do aqüífero
gerando problemas ambientais com desmatamento e erosão de encostas.

SANTO ANTONIO DE LISBOA

Sem ocupação urbana . Área que preferivelmente deve ser áreas de proteção ambiental, ou com limitação a ocupação. Fragilidade do ambiente em
11 BARRA DO SAMBAQUI Inexistente Topos de morros. Sem mananciais. Aquífero Ilha, ocupação em contínuo adensamento, dificuldade técnica e natural em utilização do aqüífero
virtude de haver morros e encostas que descem diretamente a Baía Norte, a ocupação pode gerar problemas de erosão e movimento de massas.

Área de proteção ambiental em virtude do ecossistema presente, manguezal. Ambiente sensível a ocupações ao longo dos canais de drenagem.
Manguezal de Ratones (Estação Ecológica de Carijós): Dec. Fed. 94656/87 - Área: 625,07 ha -É APP toda área estuário do Rio Ratones e do Rio Veríssimo, recoberta pela vegetação de mangue, bem
10 MANGUEZAL DE RATONES Topos de morros a leste e sul da UTP, com manguezal dominando a área da UTP, múltiplos canais de drenagem. Mananciais com baixa vazão, uso local. Dificuldade natural em utilização do aqüífero. Problemas ambientais ocasionados pela proximidades da rodovia SC 401 (ruído, óleo, atropelamento de animais e lixo e entulho ao longo da rodovia),
como toda a extensão ao longo da linha da costa do Pontal da Daniela.
alem de alteração realizada pelos canais retilinizados que diminuíram o ritmo natural das águas do manguezal.

Área com características rurais mas que vem sofrendo com ocupação ao longo das margens de córregos e canais de drenagem (diminuindo inclusive a
Encostas: Leis 2193/85 e 1851/82 - Protege todas as encostas com declividade igual ou superior a 25°, ou 46,6%, recobertas ou não por vegetação, o sistema hidrográfico que forma as principais bacias Bons mananciais mas com baixa vazão. Aquífero Ilha. Área pouco ocupada. Apresenta dificuldade técnica e natural em utilização do aqüífero. Na bacia calha dos rios). A preservação destas áreas não está sendo observada, contribuindo assim para a erosão e assoreamento . Problemas ambientais
RATONES 9 RIO RATONES Topos de morros a sul e a leste da UTP com muitas nascentes e córregos, declividade acentuada e rios de planície.
de captação de água potável, a paisagem natural e a fauna. os Maciços tem possibilidade de extração junto a fraturamento das rochas para abastecimento local. ocasionados pela proximidades da Rodovia SC-401 (ruído, óleo, atropelamento de animais e lixo e entulho ao longo da rodovia), alem das alteração
decorrentes dos canais retilinizados que diminuíram o ritmo natural das águas do manguezal.

Sem mananciais. Com importantes aqüíferos (Aquífero Ingleses, Joaquina e Rio Vermelho) já em franca utilização pelas comunidades e pela Casan.
Dunas dos Ingleses: Dec. 112/85 - Área 953,5 há - É um campo de dunas fixas, semi-fixas e móveis, que se estendem da Praia do Moçambique pelo planície do Rio Vermelho até próximo da área Áreas urbanas em franco desenvolvimento, acarretando problemas para a alimentação dos aqüíferos que são muito bons nessa região. Problemas
Topos de morros a oeste, faixas de restinga em toda a UTP e campo de dunas a leste. Vegetação de capoeira e capoeirão nas No entanto o processo crescente de ocupação urbana vem acarretando problemas com queda da qualidade da água, em virtude de não haver
13 INGLESES urbanizada dos Ingleses. estes em processo contínuo e tecnicamente complicado de resolver em função da estrutura geomorfológica e do solo (que por ser muito arenoso não
encostas dos morros. tratamento do esgoto, portanto fossas sépticas contaminantes dos aqüíferos. Importante salientar a proteção dos campos de dunas e áreas de restinga
retém a água percolando facilmente ao lençol e aos aqüíferos, inclusive esgotos domésticos de fossas sépticas).
como repositores naturais do aqüífero.
INGLESES
Sem mananciais. Com importantes aqüíferos (Aqüífero Joaquina e Rio Vermelho) já em franca utilização pelas comunidades. No entanto o processo UTP apresenta várias áreas de APP (sobretudo campo de dunas e áreas de cordões de restinga) Áreas urbanas em franco desenvolvimento,
Parque Florestal do Rio Vermelho (Estadual) Dec. Est. 2006/62 - Área: 1100 ha (presente também na UTP Lagoa da Conceição). crescente de ocupação urbana vem acarretando problemas com queda da qualidade da água, em virtude de não haver tratamento do esgoto, portanto acarretando problemas para a alimentação dos aqüíferos que são muito bons nessa região. Problemas estes em processo contínuo e tecnicamente
14 SANTINHO APP em topos de morros nas extremidades sul e norte da UTP, campo de dunas e restingas.
Dunas do Santinho: Dec. 112/85 -Área 91,5 hectares - É um campo de dunas fixas, semi-fixas e móveis, situado ao longo da praia dos Ingleses e paralela a Estrada Geral do Santinho. fossas sépticas contaminantes dos aqüíferos. Importante salientar a proteção dos campos de dunas e áreas de restinga como repositores naturais do complicado de resolver em função da estrutura geomorfológica e do solo (que por ser muito arenoso não retém a água percolando facilmente ao lençol
aqüífero. e aos aqüíferos, inclusive esgotos domésticos de fossas sépticas). Ocupação em dunas e áreas de restingas.

Sem mananciais. Com importante aqüífero, Ingleses, já em franca utilização pela comunidade. No entanto o processo crescente de ocupação urbana
15 JURERÊ Inexistente Topos de morros nas extremidades leste e oeste da UTP, córregos na planície vem acarretando problemas com queda da qualidade da água, em virtude de não haver tratamento do esgoto suficiente, portanto fossas sépticas Áreas urbanizadas, acarretando problemas para a alimentação dos aqüíferos.
contaminantes dos aqüíferos. Importante salientar a proteção dos campos de dunas e áreas de restinga como repositores naturais do aqüífero.

CANASVIEIRAS
Área pouco ocupada. No entanto, está sujeita a problemas ambientais se se caracterizar a ocupação nas encostas, costão e nos topos de morros (que
16 PONTA GROSSA Inexistente Área com topo de morros e costão em praticamente 80% da área. Sem mananciais. Com importante aqüífero, Ingleses, já em franca utilização pela comunidade.
já vem acontecendo ao norte da UTP).

UTP que apresenta áreas com características urbanas (no Balneário); rurais e de proteção permanente. Vem sofrendo com ocupação ao longo das
Com mananciais de baixa vazão nas encostas a leste, com possibilidade de abastecimento local. Importantes aqüíferos Ingleses e Rio Vermelho em
margens de córregos e canais de drenagem (diminuindo inclusive a calha dos rios), ocupação de restingas e dunas. Áreas de APP ao longo dos canais
Manguezal de Ratones (Estação Ecológica de Carijós) - Dec. Fed. 94656/87 - Área: 625,07 ha - É APP toda área estuário do Rio Ratones e do Rio Veríssimo, recoberta pela vegetação de mangue, bem franca utilização pela comunidade. No entanto o processo crescente de ocupação urbana vem acarretando problemas com queda da qualidade da
12 PAPAQUARA Topos de morros no limites leste da UTP, várias nascentes na encosta, córregos, rios de planície, a oeste manguezal. de drenagem não estão sendo observadas, contribui para a erosão e assoreamento . Problemas ambientais ocasionados pela proximidades da rodovia
como toda a extensão ao longo da linha da costa do Pontal da Daniela. água, em virtude de não haver tratamento do esgoto suficiente, portanto fossas sépticas contaminantes dos aqüíferos. Importante salientar a proteção
SC 401 (ruído, óleo, atropelamento de animais e lixo e entulho ao longo da rodovia), alem de alteração realizada pelos canais retilinizados que
dos campos de dunas e áreas de restinga como repositores naturais dos aqüíferos
diminuíram o ritmo natural das águas do manguezal.

Fracos mananciais. Aquífero Ingleses já utilizado pela comunidade, problemas de contaminação do aqüífero pelo crescimento da urbanização sem Estruturação de balneário ainda controlado, mas com arruamento já subindo encosta. Preocupação quanto a poluição do aqüífero. Riscos ambientais na
18 PRAIA BRAVA Inexistente Topos de morros nos limites da UTP, presença de córregos, vegetação em estágio médio (capoeira) de regeneração).
tratamento do esgoto. ocupação das encostas com desmatamento e processos de erosão.

CACHOEIRA DO BOM JESUS


Fracos mananciais. Aquífero Ingleses já utilizado pela comunidade, problemas de contaminação do aqüífero pelo crescimento da urbanização sem Estruturação de balneário já com densificação urbana, arruamento e casas nas encostas e topos de morros. Preocupação quanto a poluição do
19 LAGOINHA DO NORTE Inexistente Topos de morros nas divisas da UTP e no costão, presença de pequena lagoa com córregos.
tratamento do esgoto. aqüífero. Riscos ambientais na ocupação das encostas com desmatamento e processos de erosão.

Restinga da Ponta das Canas: Dec. 216/85 - Área: 21,5 hectares - Restinga em processo de formação já recoberta por uma vegetação característica desse sistema, inclusive com a formação de
Fracos mananciais. Aquífero Ingleses já utilizado pela comunidade, problemas de contaminação do aqüífero pelo crescimento da urbanização sem Estruturação de balneário já com densificação urbana, arruamento e casas nas encostas e topos de morros. Preocupação quanto a poluição do
17 PONTA DAS CANAS mangue situado na extremidade norte e na porção sul, junto à foz do Rio Thomé. APP em topos de morros e nas margens da lagoa.
tratamento do esgoto. aqüífero. Riscos ambientais na ocupação das encostas com desmatamento e processos de erosão.

Com mananciais de boa vazão para abastecimento local. Importantes aqüíferos Ingleses e Conceição subutilizados. Processo crescente de ocupação Ocupação urbana em consolidação. Áreas de risco associado a construções inadequadas em áreas de inundação e canais de drenagem. Problemas
Manguezal da Tapera: Lei 2193/85 - Área: 52,2 ha
23 TAPERA Topos de morros no limite sul da UTP, com nascentes e córregos intermitentes. Apresenta faixas de manguezal. urbana através de loteamentos de baixo custo, sem estrutura urbana adequada e com lançamento de esgoto em fossa séptica. Importante salientar a com relação a poluição de aqüífero, rios e canais por esgoto doméstico. Crescente urbanização vem acarretando o desmatamento da planície e das
É protegida toda área constituída pelo mangue, na data de aprovação do Plano Diretor (1985).
proteção dos campos de dunas e áreas de restinga como repositores naturais dos aqüíferos encostas.

RIBEIRÃO DA ILHA Parque do Tabuleirinho (estadual) – Parte integrante do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. Dec.Est. 2335/77
Área: 346,5 ha. (presente também na UTP do Saquinho). Área com características rurais e áreas naturais protegidas. Ocupação ao longo das margens da baía. Áreas de APP ao longo dos canais de drenagem
Pequeno mananciais de baixa vazão para abastecimento local. Possibilidade de utilizar aqüífero Ilha (problemas técnicos). Importante aqüífero Ingleses
24 RIBEIRÃO DA ILHA Encostas: Leis 2193/85 e 1851/82 - Protege todas as encostas com declividade igual ou superior a 25°, ou 46,6%, recobertas ou não por vegetação, o sistema hidrográfico que forma as principais bacias 50% da área em topo de morros, com várias nascentes. não estão sendo observadas, contribui para a erosão e assoreamento . Problemas ambientais ocasionados pela proximidades da ocupação sobre a
na Praia da Tapera e da Ponta.
de captação de água potável, a paisagem natural e a fauna. baía. Ocupação vem descaracterizando encostas.

Área com características rurais mas que vem sofrendo com ocupação ao longo das margens de córregos e canais de drenagem (diminuindo inclusive a
Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé (no Manguezal Rio Tavares) - Dec. Fed. 533/92 -N - Área: 1444 ha. - 740 hectares de manguezal, mais 700 hectares de baía. calha dos rios). Áreas de APP ao longo dos canais de drenagem não estão sendo observadas, contribui para a erosão e assoreamento . Problemas
Sem mananciais. Aquiferos Ingleses e Rio Vermelho já utilizados, mas com problemas quanto a qualidade da água em função do grau de ocupação do
21 RIO TAVARES Parque Municipal do Maciço da Costeira: Lei Mun.4605/95 Dec. 154/95 - Área: 1453,3 ha (dividido com outras 3 UTP’s). Ao Norte da UTP presença de topo de morros e nascentes, com córregos. Presença de ecossistema de manguezal. ambientais ocasionados pela proximidades da ocupação sobre áreas do manguezal, alem de alteração realizada pelos canais retilinizados que
solo e lançamento de esgoto em fossas sépticas.
Manguezal da Tapera: Lei 2193/85 - Área: 52,2 ha -É protegida toda área constituída pelo mangue, na data de aprovação do Plano Diretor (1985). diminuíram o ritmo natural das águas da planície entre - mares e do manguezal. Ocupação vem descaracterizando encostas e cordões de dunas fixas
(restingas).

CAMPECHE Lagoa da Chica: Dec. 135/88 - Área: 4,6 ha - Estão protegidos a lagoa e uma faixa em seu entorno de 50 metros em relação ao leito.
Área em franca urbanização, com projeções de crescimento em virtude da proximidade do distrito sede, e por ser uma área de praias ainda pouco
Lagoinha Pequena: Dec. 135/88 - Área: 27,5 ha - A Lagoinha e uma área em seu entorno, de largura variável, é considerada Área Verde de Lazer (AVL), sendo assim definida pelo Plano Diretor dos
Sem mananciais. Aquiferos muito utilizados na região (sobretudo aqüífero Ingleses, Joaquina e Rio Vermelho), no entanto a intensa ocupação e o ocupadas. Adensamento populacional em residências multifamiliares, sobretudo ao longo da Av. Campeche. Problemas sérios quanto a esgotos
22 MORRO DAS PEDRAS Balneários. APPs em áreas de faixas de restinga e dunas.
rápido crescimento sem estruturação urbana adequada vem acarretando a contaminação do lençol freático. domésticos, poluição do lençol freático e dos aqüíferos. Ocupação e descaracterização de dunas e restingas. Ocupação desordenada pode inviabilizar
Dunas do Campeche: Dec. 112/85 - Área 121 ha - É um campo de dunas fixas, semi-fixas e móveis, situado ao longo da praia do Campeche.
corredores ecológicos com sul e parte central da Ilha.

Parque Municipal da Lagoa do Peri: Lei Mun.1828/81 e Dec. 091/82 - Área: 2030 ha. Aproximadamente 40% da UTP estão em áreas de topo de morros, áreas de preservação permanente também em faixas de Importantes mananciais para abastecimento da Ilha de Santa Catarina (estação Lagoa do Peri). Aquífero Ilha. Áreas sujeitas a preservação permanente Ocupação restrita as comunidades tradicionais na área do parque. Crescimento no entorno da Unidade de Conservação podendo acarretar problemas
25 LAGOA DO PERI Encostas: Leis 2193/85 e 1851/82: Protege todas as encostas com declividade igual ou superior a 25°, ou 46,6%, recobertas ou não por vegetação, o sistema hidrográfico que forma as principais bacias restingas, áreas de nascentes e córregos que deságuam na lagoa do Peri. Presença de vegetação de mata atlântica em estágio sem ocupação urbana. Na planície, uma faixa do aqüífero Ingleses e Conceição estão subutilizados, podendo sofrer com processo de contaminação futuros na Lagoa do Peri prejudicando o uso da água da Lagoa que hoje abastece parte sul e leste da Ilha de Santa Catarina. Problemas também
de captação de água potável, a paisagem natural e a fauna . avançado de regeneração tanto nas encostas quanto na planície costeira. pela ocupação crescente na praia da Armação. quanto a ocupação de encostas com abertura de arruamentos favorecendo a ocupação.

Crescimento de loteamentos nesta última década sobre a planície alterando significativamente os ecossistemas de planície costeira. Áreas de baixios
Limites da UTP estão em áreas de topo de morros, áreas de preservação permanente também em faixas de restingas, áreas de
Dunas do Pântano do Sul: Dec.112/85. Área 24,2 há: Campo de dunas fixas, semi-fixas e móveis, situada ao longo da praia. Mananciais com baixa vazão, servindo para abastecimento local. Aquífero Ilha. Na planície Aquífero Rio Vermelho com possibilidade de abastecimento foram cortadas por canais de drenagem para "secar" os terrenos favorecendo o processo de ocupação. Problemas quanto ao esgoto doméstico sem
26 PÂNTANO DO SUL nascentes e córregos. Presença de vegetação de mata atlântica em estágio médio de regeneração (capoeira) nas encostas dos
Dunas da Armação: Dec.112/85 -Área 5,9 hectares: É um campo de dunas fixas, semi-fixas e móveis, situado ao longo da praia. urbano, sobretudo para comunidade da praia de Açores. tratamento e a ocupação de dunas e restingas. Áreas de encostas também vem sendo ocupadas com riscos geológico/geomorfológico de movimentos
morros e vegetação de capoeirinha na planície.
de massa.

PÂNTANO DO SUL
Parque Municipal da Lagoinha do Leste Lei Mun.4701/92 -Área: 480,5 ha. UTP em áreas de APP e de Unidades de Conservação. Problemas crescentes em ocupações irregulares de encostas na Praia do Matadeiro, com
Áreas de preservação permanente em toda a UTP, com topos de morros, áreas de nascentes e córregos, além de lagoa. Presença Mananciais com baixa vazão. Aquífero Cambirela de difícil utilização técnica. Na planície Aquífero Rio Vermelho. Por tratar-se de uma área protegida
27 LAGOINHA DO LESTE Encostas: Leis 2193/85 e 1851/82 -Protege todas as encostas com declividade igual ou superior a 25°, ou 46,6%, recobertas ou não por vegetação, o sistema hidrográfico que forma as principais bacias alterações significativas na paisagem (casas, caminhos, alterações em canais de drenagem, lançamento de esgoto direto sobre rochas e solo ou na
de vegetação de mata atlântica em estágio médio e avançado de regeneração. (Parque Municipal) não há necessidade de abastecimento.
de captação de água potável, a paisagem natural e a fauna . praia).

Parque do Tabuleirinho (estadual) – Parte integrante do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. Dec.Est. 2335/77
Área: 346,5 ha. (presente também na UTP do Ribeirão da Ilha).
Encostas: Leis 2193/85 e 1851/82. Aproximadamente 50% da UTP é área de preservação permanente, com topos de morros, áreas de nascentes e córregos, além de UTP em áreas de APP. Problemas crescentes em ocupações irregulares de encostas e na praia com alterações significativas na paisagem (casas,
28 SAQUINHO Mananciais com baixa vazão, servindo para abastecimento local. Aquífero Ilha.
Protege todas as encostas com declividade igual ou superior a 25°, ou 46,6%, recobertas ou não por vegetação, o sistema hidrográfico que forma as principais bacias de captação de água potável, a lagoa. Presença de vegetação de mata atlântica em estágio médio (capoeira) de regeneração. caminhos, alterações em canais de drenagem, lançamento de esgoto direto sobre rochas e solo ou na praia).
paisagem natural e a fauna .
ÁGUA

NECESSIDADES RELACIONADAS AO CRESCIMENTO URBANO/


RELACIONAR A OCUPAÇÃO URBANA ATUAL
DISTRITOS UTP POP OCUPAÇÃO/PARCELAMENTO RELAÇÃO POP FLUTUANTE RELAÇÃO ENTER CARACTERIZAÇÃ DAS
QUALIDADE SISTEMAS EM OS AQUÍFEROS E A OCUPAÇÃO (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO)
ATENDIDA RELACIONAR O NOS SERVIÇOS DE CRESCIMENTO DAS AS CARÊNCIAS DO
DA ÁGUA FUNCIONAMENTO URBANA NA UTP COM OS SERVIÇOS DE
% CRESCIMENTO URBANO NA ABASTECIMENTO DE ÁGUA AIS COM SERVIÇOS SERVIÇO NAS AIS
ABASTECIMENTO DE ÁGUA ATUAIS FUTURAS
UTP COM OS SERVIÇOS DE DE ABASTECIMENTO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE ÁGUA
1 FLORIANÓPOLIS 90,43 SIF - SIF: SIF: SIF: SIF: SIF: SIF: SIF:

2 ESTREITO 90,43 SIF -


As alterações do Plano Diretor, efetuadas após a Implantar programas de preservação das áreas
3 COQUEIROS 90,43 SIF -
implantação dos Sistemas de Abastecimento de dos mananciais atualmente utilizados para o
Água comprometeram a capacidade das abastecimento de água; Controle da ocupação e
SIF + Pequenos Sistemas como
instalações desta importante infra-estrutura. expansão urbana nas áreas de entorno dos
reforço , onde em épocas de
SEDE 4 ITACORUBI 90,43 1 - Ocupações em lugares não recomendados, como mananciais utilizados para
estiagem as vazões são
as encostas do Maciço do Morro da Cruz, abastecimento;Programas para uso racional de As AIS do Município de
insignificantes.
comprometem a qualidade dos serviços de água A estruturação do sistema de água; Incentivo ao uso de fontes alternativas Florianópolis tem A ocupação desordenada e
Elaboração de um
ATERRO DA BAÍA SUL[1] 100 - (execução de manutenções de rede, sujeito a abastecimento de água não (captação de água de chuva, reuso de água, recebido, mais a geografia das AIS tem
Plano Diretor de
contaminações da água). Nas demais regiões há tem ocorrido paralelamente ao etc.) ; Impedir a ocupação de recentemente, a devida dificultado a implantação da
6 SACO GRANDE 90,43 SIF + Pequenos Sistemas como - Abastecimento de Água Os serviços de abastecimento
falta de espaço adequado para a realização de crescimento urbano do SIF, o áreas de preservação; Limitar as taxas de atenção quanto aos infra-estrutura de
reforço , onde em épocas de do Município de de água são pouco afetados
obras e manutenção de rede de água, que compromete o sistema ocupação nas áreas balneárias; Ampliação da serviços de água, como saneamento (água, esgoto,
20 COSTEIRA 90,43 estiagem as vazões são - Florianópolis, inclusive pela população flutuante no
principalmente na região central. A verticalização e com relação à capacidade de ETA para vazão de tratamento de 3.000 l/s; exemplo podemos citar o resíduos, drenagem),
21 RIO TAVARES (parte) 90,43 insignificantes. - considerando as SIF.
adensamento populacional em alguns pontos do tratamento da ETA, Implantação da macroadutora DN 1200 mm junto projeto Maciço do Morro exigindo soluções especiais
demais regiões
sistema provocaram deficiência no abastecimento macrodistribuição e a BR 101; Implantação da macroadução, desde da Cruz, contempladas para o seu
BARRA DA LAGOA 96,5 - conurbadas.
pela ocorrência de redes atualmente reservação, principalmente. a BR101 até Bairro João Paulo, passando por pelo PAC, do Governo equacionamento.
2 SCLS subdimensionadas. uma das pontes; Plano de Contingência e Federal.
LAGOA DA Parte de ocupação urbana em cima
75,26 As alterações do Plano Diretor, efetuado após a Emergência para o abastecimento da Ilha;
CONCEIÇÃO 5 LAGOA DA CONCEIÇÃO do Aqüífero Campeche
implantação dos Sistemas de Abastecimento de Implantação de sistema de controle operacional;
Ocupação urbana inserida 100% em Água comprometeram a capacidade das Programas de controle e redução de perdas;
SÃO JOÃO DO RIO
98,85 3 SCN cima do Aqüífero Ingleses/Rio instalações desta importante infra-estrutura. Complementação da reservação; Substituição de
VERMELHO
Vermelho redes antigas.

7 CACUPÉ 98 1 SIF -
SANTO ANTONIO DE
8 90,43 1 SIF -
LISBOA SCLS: SCLS: SCLS: SCLS: SCLS: SCLS: SCLS:
ANTO ANTONIO DE LISBO
11 BARRA DO SAMBAQUI 90,43 1 SIF -
A explosão imobiliária dos
balneários do Município de
10 MANGUEZAL DE RATONES - - - -
As alterações do Plano Diretor, efetuadas após a Florianópolis exauriram a
Implantar programas de preservação das áreas Elaboração de um
implantação dos Sistemas de Abastecimento de capacidade dos mananciais
RATONES 9 RIO RATONES 100 3 SCN - dos mananciais atualmente utilizados para o Plano Diretor de
Água comprometeram a capacidade das disponíveis nestas regiões
abastecimento de água; Controle da ocupação e Abastecimento de Água
Ocupação urbana inserida 100% em instalações desta importante infra-estrutura. O (Lagora do Peri, Aqüífero dos
expansão urbana nas áreas de entorno dos considerando a
13 INGLESES 91,9 3 SCN cima do Aqüífero Ingleses/Rio Plano dos Balneários do SCLS, elaborado pelo Ingleses, Rio Vermelho e Florianópolis, por ser uma
mananciais utilizados para abastecimento; preservação do Com a pouca ocupação
Vermelho IPUF, serve de base para o dimensionamento do Campeche). Esta situação cidade turística, tem uma O crescimento da AIS é
Programas para uso racional de água;Incentivo Aqüífero do Campeche; desordenada na AIS a infra-
INGLESES Sistema de Abastecimento de Água existente, o levou a um reforço no população flutuante nas altas pouco afetado na região
Ocupação urbana inserida 100% em ao uso de fontes alternativas (captação de água Implantação do SES, estrutura de abastecimento
SCN / Costão do Santinho: Sistema que de alguma forma contribuiu para que não abastecimento de água temporadas bastante com relação ao
14 SANTINHO 91,9 3 cima do Aqüífero Ingleses/Rio de chuva, reuso de água, etc.); Impedir a principalmente na área de água fica pouco
Independente houvesse um comprometimento da capacidade provindas de outras fontes significativa, notadamente nas abastecimento de água.
Vermelho ocupação de áreas de preservação; Limitar as de abrangência do comprometida.
das instalações. (atualmente pelo SIF). Num áreas balneárias.
taxas de ocupação nas áreas balneárias; Aqüífero, com o
SCN / Jurerê Internacional: Sistema O sistema ficou prejudicado atualmente na futuro próximo, certamente
15 JURERÊ 98 3 - Implantação de sistema de controle operacional; objetivo de preservar a
Independente HABITASUL capacidade de produção (manancial), o que deverá haverá necessidade de se
Programas de controle e redução de perdas; qualidade de suas
ser reforçado pelo SIF. buscar outras fontes de
Complementação da reservação. águas.
CANASVIEIRAS abastecimento de água para
16 PONTA GROSSA 98 3 SCN -
atender as populações destas
regiões.
- - - -
12 PAPAQUARA
98 3 SCN - SCN: SCN: SCN: SCN: SCN: SCN: SCN:
Sistema Independente + Reforço Ocupação urbana inserida 100% em
18 PRAIA BRAVA 98 3
do SCN em alta temporada cima do Aqüífero Praia Brava
ACHOEIRA DO BOM JESU
A explosão imobiliária dos
19 LAGOINHA DO NORTE 98 3 SCN -
As alterações do Plano Diretor, efetuadas após a balneários do Município de
implantação dos Sistemas de Abastecimento de Florianópolis exauriram a Implantar programas de preservação das áreas
17 PONTA DAS CANAS 98 3 SCN - Elaboração de um
Água comprometeram a capacidade das capacidade dos mananciais dos mananciais atualmente utilizados para o
Plano Diretor de
instalações desta importante infra-estrutura. O disponíveis nestas regiões abastecimento de água; Controle da ocupação e
23 TAPERA 98 2 SCLS - Abastecimento de Água
Plano dos Balneários do SCN, elaborado pelo (Lagora do Peri, Aqüífero dos expansão urbana nas áreas de entorno dos
RIBEIRÃO DA ILHA
considerando a Existe crescimento de
IPUF, serviu de base para o dimensionamento de Ingleses, Rio Vermelho e mananciais utilizados para Florianópolis, por ser uma
24 RIBEIRÃO DA ILHA 98 2 SCLS - preservação dos AIS na região, afetando
água existente, o que de alguma forma contribuiu Campeche). Esta situação abastecimento;Programas para uso racional de cidade turística, tem uma O abastecimento de água
Parte da ocupação urbana em cima Aqüíferos; Implantação significativamente áreas
21 RIO TAVARES 71,3 2 SCLS para que não houvesse um omprometimento da levou a um reforço no água; Incentivo ao uso de fontes alternativas população flutuante nas altas nestas áreas de AIS é
do Aqüífero Campeche do SES, principalmente de dunas e mangues,
capacidade das instalações. abastecimento de água (captação de água de chuva, reuso de água, temporadas bastante dificultado, pois a
em área de dificultando o
Atualmente existe a necessidade de elaboração de provindas de outras fontes etc.) ; Impedir a ocupação de significativa, notadamente nas urbanização é irregular.
CAMPECHE Parte da ocupação urbana em cima um Plano Diretor de Abastecimento de Água para (atualmente pelo SIF). Num abrangência de abastecimento nestas
22 MORRO DAS PEDRAS 71,3 2 SCLS áreas de preservação; Limitar as taxas de áreas balneárias.
do Aqüífero Campeche Aqüífero, com o áreas.
a região. futuro próximo, certamente ocupação nas áreas balneárias; Implantação de
objetivo de preservar a
O aqüífero que abastece o sistema já está no seu haverá necessidade de se sistema de controle operacional; Programas de
qualidade de suas
25 LAGOA DO PERI 98 2 SCLS - limite de explotação, havendo necessidade de buscar outras fontes de controle e redução de perdas; Complementação
águas.
reforço através do SIF. abastecimento de água para da reservação na UTP do Campeche
26 PÂNTANO DO SUL 98 2 Sistema Independente da CASAN - atender as populações destas
PÂNTANO DO SUL
27 LAGOINHA DO LESTE - - - - regiões.

28 SAQUINHO - - - -

Quanto ao SIF, dados históricos das análises efetuadas para monitoramento da qualidade da água distribuída confirmam que sistematicamente parâmetros físico-químicos de cor, turbidez e alumínio apresentam valores superiores aos padrões exigidos pela legislação vigente (Portaria MS 518/2004). Recentemente, inclusive, a própria CASAN notificou em suas faturas de água a
1
presença de coliformes na água distribuída para a população em alguns pontos do SIF.
Abastecidos pelo SCLS, cuja captação principal é feita na Lagoa do Peri. Em épocas de alta temporada o sistema é reforçado com poços profundos localizados na Região do Campeche. A CASAN tem encontrado alguma dificuldade no tratamento das águas captadas na Lagoa do Peri, devido a presença de cianobactérias denominadas Cylindrospermopsis raciborskii. Este problema,
2 inclusive, está sendo pesquisado pela UFSC em parceria com a CASAN para busca de soluções. A água subterrânea captada nos poços do Aqüífero do Campeche em alta temporada apresentam esporadicamente colonias de bactérias ferruginosas, as quais não são eliminadas pela inexistência de qualquer tipo de tratamento na água subterrânea captada. Tal fato contribui para que
seja distribuida uma água fora dos padrões de qualidade exigidos pela legislação vigente.
3 No SCN, onde o principal manancial é a água subterrânea captada de poços do Aqüífero Ingleses/Rio Vermelho, a água distribuida tem apresentado uma turbidez acima dos padrões permitidos. Isto tem ocorrido após o tratamento aplicado (desinfecção, correção de pH e fluoretação), o que tem causado reclamações constantes da população. As causas deste problema deverão ser in
SIF Sistema de Abastecimento Integrado da Grande Florianópilis
SCLS Sistema Costa Leste/Sul
SCN Sistema Costa Norte
DRENAGEM
UTP NECESSIDADES RELACIONADAS AO CRESCIMENTO URBANO/
RELAÇÃO DA OCUPAÇÃO URBANA ATUAL (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) NA RELAÇÃO DO CRESCIMENTO URBANO NA UTP COM OS SERVIÇOS DE OCUPAÇÃO/PARCELAMENTO RELAÇÃO DA POP FLUTUANTE NOS SERVIÇOS RELAÇÃO DOCRESCIMENTO DAS AIS COM SERVIÇOS DE CARACTERIZAÇÃO AS CARÊNCIAS
PROBLEMAS DE DRENAGEM
UTP COM OS SERVIÇOS DE ESGOTO DRENAGEM DE DRENAGEM DRENAGEM DE DRENEGEM NAS AIS
ATUAIS FUTURAS

Ocupação em lugares não recomendados como as encostas do Maciço do Morro da Cruz. Não só as Criação de um programa de Afetadas diretamente por obstrução das vias e
Problamas estruturais nos canais da UTP voltados para a Baía Norte, principalmente nos canais da Av. Rio Este UTP já se encontra totalmente urbanizada, os problemas relacionados ao O crescimento das AIS compromete diretamente a rede de
ZEIS mas tambem loteamentos regularizados situados em áreas que comprometem a qualidade dos monitoramento dos canais de drenagem Recuperação dos canais da Av. Rio compromentimento dos serviços prestados no centro
1 FLORIANÓPOLIS Branco (considerado o mais problemático da cidade) e da Rua Arno Hoershl. Nos demais canais, o principal crescimento urbano são o aumento do número de pessoas atingidas em em eventos drenagem através da contaminação da água por efluentes de recuperação dos canais.
serviços de drenagem. Nas demais regiões a falta de espaço adequado para realização da manutenção para que se possa executar uma Branco e Rua Arno Hoershl. da cidade em eventos chuvosos a partir de médio
problema é a falta de manutenção preventiva que acaba por comprometer a qualidade dos canais a longo prazo. como enchentes e inundações. esgoto doméstico bruto lançados indevidamente na rede.
dos canais. manutenção preventiva. porte.

Esta UTP foi bem atendida pelo Plano Global de Drenagem e não apresenta grandes problemas relacionados a Este UTP já se encontra totalmente urbanizada, os problemas relacionados ao Na região da coloninha existe a Verificar integração dos canais de O crescimento das AIS compromete diretamente a rede de É recomendado que a AIS PC3 seja
Falta de espaço de mantuenção para os canais. Na região da Coloninha existe uma área totalmente
2 ESTREITO drenagem. Pode-se destacar o lançamento de esgotos domésticos nos canais como um problema a ser sanado crescimento urbano são o aumento do número de pessoas atingidas em em eventos necessidade de cosntrução da drenagem com o aterro continental em drenagem através da contaminação da água por efluentes de removida pois a região onde se encontra
urbanizada que não permite espaço para construção do canal.
já que a região conta com uma rede de coleta de esgotos. como enchentes e inundações. continuação do canal do Jardim Atlantico. fase de conclusão. esgoto doméstico bruto lançados indevidamente na rede. é extrremamente vulneravel à enchentes.

A ocupação urbana encontra-se consolidada na região, é necessário evitar que o parcelamento do solo Este UTP já se encontra totalmente urbanizada, os problemas relacionados ao
Os problemas de drenagem desta UTP se encontram basicamento no Bairro Capoeiras que não é totalmente
3 COQUEIROS proporcione maiores áreas de impermeabilização do solo que aumentariam a demanda por serviços de crescimento urbano são o aumento do número de pessoas atingidas em em eventos
atendido pelo canal do Abraão.
drenagem. como enchentes e inundações.

O Manguezal do Itacorubi se tornou um problema para a região devido a necessidade constante de trabalhos de Loteamentos como Santa Mônica, Parque São Jorge e Jardim Anchieta estão situados em cotas muito
A prefeitura atualmente tenta impedir a construção de novas obras na região. Esta atitude Impedir que novas obras na região
desassoreamento e o impedimento devido a legislção vigente. Esta situação torna toda a região vulneravel a baixas, desta forma não existe soluções de drenagem para estes casos. Enchentes em chuvas de médio Planejamento Global para o sistema
4 ITACORUBI é importante pois o aumento da área impermeabilizada do solo sobrecarrega ainda mais desconsiderem as carencias de drenagem
enchentes e inunundações. Atualmente encontra-se em discussão um EIA/Rima sobre a necessidade de se e grande porte serão constantes. A ocupação nestes locais deveria ter sido mais restritiva mas devido a de drenagem desta UTP
um sistema já saturado. desta UTP
liberar o dessoreamento da Bacia Hidrografica do Rio Itacorubi. forte pressão imobiliaria hoje é uma região densamente ocupada.

A drenagem da região do aterro se encontra bem dimensionada. Como não existem planos concretos Espera-se que o uso do solo esteja de
Não existem problemas técnicos de drenagem, a preocupação é com a manutenção e limpeza dos canais para UTP não afetada nos serviçoes de drenagem urbana As AIS localizadas nas UTPs Florianopolis e Costeira contribuem
ATERRO DA BAÍA SUL[1] para a destinação da área do aterro, espera-se o uso final esteja de acordo com o conceito de <---- acordo com o conceito de
evitar que atinjam a situação do restante da cidade. pela população flutuante. com o lançamento de esgoto nos canais do aterro.
sustentabilidade ambiental. sustentabilidade.

O Manguezal do Saco Grande se tornou um problema para a região devido a necessidade constante de A região loteamento Monte Verde e proximidades se encontra em cotas muito baixas. O parcelamento do É recomentado que o crescimento urbano seja contido nas áreasa de vulnerabilidade a
6 SACO GRANDE trabalhos de desassoreamento e o impedimento devido a legislção vigente. Esta situação torna toda a região solo nesta região foi realizado de maneira incorreta, não sendo possivel resolver o problema de enchentes como forma de impedir que uma população maior seja atingida por este
vulneravel a enchentes e inunundações. enchentes na região em eventos chuvosos de grande porte. problema.

As regiões de Alto e Muito Alto risco do


O crescimento urbano nesta UTP na região do Maciço da Costeira não é recomendado O crescimento das AIS aumentam a quantidade de esgotos e Maciço da Costeira não devem ser
Os principais problemas são o rolamento de pedras ao longo dos canais que obriga um cuidado maior com sua
20 COSTEIRA Falta de espaço para manutenção dos canais. pois a impermeabilização do solo aumenta o escoamento superficial e por consequencia residuos solidos lançados indevidamente nos canais de drenagem ocupadas devido ao risco de
manutenção e limpeza.
disto a quantidade de água a ser drenada em suas regiões mais baixas. comprometendo sua qualidade ambiental. desabamento provocado por chuvas de
médio e grande porte.

21 RIO TAVARES (parte)

O aumento do crescimento urbano implica em mais soluções individuais que não A Praia da Joaquina ainda possui o A população flutuante é afetada por inundações
O "Centrinho" da Lagoa encontra problemas de drenagem nas regiões proximas ao LIC e proximo a ponte que Não existe espaço de manutenção para os canais. Soluções individuais subdimensionadas apenas
5 LAGOA DA CONCEIÇÃO resolverão os problemas, bem como o aumento da região impermeabilizada do solo, problema de lançamento de esgoto bruto pontuais, seja no caminho para praias como em locais
dá acesso a Av. das Rendeiras. transferem o problema de lugar.
levando mais água aos canais. na rede de drenagem. de estadia.

Os problemas de drenagem estão relacionados a soluções individuais realizadas pelos proprietarios dos O crescimento urbano implica em novas soluções individuais que causarão mais
7 CACUPÉ O parcelamento do solo não respeitou o espaço desejado para manutenção dos canais de drenagem. Afetada pela onstrução de vias.
terrenos com tubulações subdimensionadas. problemas para região, transferindo o problema de lugar.

O Caminho dos Açores possui problema na drenagem devido a soluções individuais subdimensionadas que A falta um planejamento integrado faz com que as soluções individuais se tornem a opção por parte de
O crescimento urbano na região torna necessário um planejamento que adeque os
8 SANTO ANTONIO DE LISBOA apenas transferem o problema do lugar. Não existe espaço para manutenção dos canais. Na região da Praia de sua população, tornando os problemas preocupantes, principalmente junto ao mar a região dos Afetada pela onstrução de vias.
serviços de drenagem as reais necessisdades desta UTP
Sambaqui existem pontos de inundações. caminhos dos açores.

O aumento no crescimento urbano implica em impermeabilização do solo e consequente


11 BARRA DO SAMBAQUI Drenagem Natural Se mantidas as atuais configurações não serão necessários serviços de drenagem na região.
aumento do escoamento supercial, algo que deve ser evitado para a região.

10 MANGUEZAL DE RATONES Drenagem Natural Não se aplica. Preservação

Os problemas de drenagem se encontram basicamente nos bueiros da rodovia principal onde a água encontra Região pouco ocupada. O parcelamento do solo deve respeitar as caracteristicas de drenagem da região Preservação dos espaços de
9 RIO RATONES
dificuldade para escoar. para evitar problemas como o encontrado nas bacias dos rios Itacorubi e Pau do Barco manutenção dos canais.

O crescimento das AIS compromete diretamente a rede de


drenagem através da contaminação da água por efluentes de
O Rio Capivari que já foi espinha dorsal da região foi ocupado por construções, que o tornou obstruido e de dificil Preservação dos espaços de esgoto doméstico bruto lançados indevidamente na rede. O
13 INGLESES Falta de espaço para manutenção dos canais. Ocupação do leito dos canais por construções.
manutenção. Existem regições com problemas de inundações. manutenção dos canais. aumento da população não é recomendado por ser uma zona de
risco de enchentes, o crescimento nesta região aumenta o número
de afetados pelo problema.

Os problemas de drenagem relativos a esta UTP estão relacionados a microdrenagem que ocasiona zonas É necessário adequar o parcelamento do solo as necessidades da UTP, evitando a impermeabilização
14 SANTINHO Aumento do grau de impermeabilização do solo. Melhoria da microdrenagem da região.
pontuais de inundações. excessiva da região, que aumentaria a demanda por serviços de drenagem.

No loteamento Jurere Internacional o sistema se encontra adequado desde que mantidas


A região próxima ao Rio das Ostras enfrenta problemas de inundações devido ao comprometimento do canal No loteamento Jurere Internacional a situação dos serviços de drenagem é ótima (canais bem Reformulação do sistema de drenagem do Região amplamente afetada por problemas relativos a
as regras de parcelamento do solo propostas no projeto. Para as demais regiões o
15 JURERÊ com tubulações subdimensionadas realizadas por particulares. Na praia de Canasvieira não existe espaço para projetados e executados). Nas demais regiões a falta de espaço de manutenção dos canais ou do Rio das Ostras e da parte Oeste da praia drenagem devido ao fato de estar situado em uma
aumento do crescimento urbano implica em aumento da área impermeabilizada levando a
manutenção e muitas edificações se encontram sobre o canal. próprio espaço para o canal se encontram comprometidas. de Canasvieiras região de grande potencial turistico.
necessidade de revisão dos canais que já se encontram subdimensionados.

16 PONTA GROSSA Região apenas com microdrenagem, não existem problemas relacionados. O crescimento urbano aumentara o escoamento superficial.

O crescimento das AIS compromete diretamente a rede de


drenagem através da contaminação da água por efluentes de Não é recomendado a fixação de
As margens dos canais devem ser preservadas para que os trabalhos de manutenção e População afetada em grandes chuvas com
Esta UTP possui uma grande área suscetível a inundações. A região é afetada pelo assoreamento do A ocupação clandestina as margens dos rios Papaquara e Vargem Grande e nas proximades da rodovia Desocupação das margens dos rios da esgoto doméstico bruto lançados indevidamente na rede. O moradias nas margens dos rios da região
12 PAPAQUARA limpeza possam ser executados. A implantação do Sapiens Park tornará necessário inundações que comprometem as vias de acesso e as
Manguezal de Ratones. SC-401 é preocupante, devido ao risco de enchentes na região. região. aumento da população não é recomendado por ser uma zona de cuja a dinâmica é naturalmente de
novas soluções de drenagem para a área. residências de balnearário.
risco de enchentes, o crescimento nesta região aumenta o número produzir enchentes.
de afetados pelo problema.

Se respeitadas as atuais condições de ocupação da bacia de drenagem não havera problemas graves
18 PRAIA BRAVA Não existem problemas técnicos de drenagem, a preocupação é com a manutenção e limpeza do canal. O crescimento urbano aumentara o escoamento superficial. Manutenção e Limpeza do canal.
de drenagem nesta UTP

População afetada em grandes chuvas com


Esta UTP esta sofrendo um processo acelerado de urbanização que deverá comprometer a drenagem Normas de parcelamento do solo de
19 LAGOINHA DO NORTE Soluções individuais subdimensionadas realizada pelos loteamentos. <---- inundações que comprometem as vias de acesso a
do mesma. acordo com as capacidades da região.
praias.

População afetada em grandes chuvas com


17 PONTA DAS CANAS Problemas pontuais de inundações. inundações que comprometem as vias de acesso a
praias.

23 TAPERA Problema no cruzamento da rodovia princiapl, tubulaçao subdimensionada.

O crescimento urbano pode aumentar a demanda por serviços de drenagem caso o grau Fiscalização e preservação das áreas Realizar um parcelamento do solo de
24 RIBEIRÃO DA ILHA Alagamentos pontuais nos trechos por onde os canais a atravessam a estrada principal.
de impermeabilização do solo seja ampliado. naturais. acordo com as necessidades da UTP.

O crescimento das AIS compromete diretamente a rede de


Região afetada pelo Manguezal do Rio Tavares. Seu assoreamento causa dificuldade de escoamento nos drenagem através da contaminação da água por efluentes de
Planejamento Global para o sistema
21 RIO TAVARES canais da região. Região caracterizada por soluções individuais onde o problema foi transferido de um lugar para As soluções encontradas para drenar os terrenos não é eficiente e se encontra subdimensionada. esgoto doméstico bruto lançados indevidamente na rede. Aumento
de drenagem desta UTP
o outro. O aumento da população não é recomendado por ser uma zona de
risco de enchentes.

O projeto de drenagem realizado para a região não foi implantado. As lagoas e restingas são áreas de O crescimento das AIS compromete diretamente a rede de
Falta de espaço de manutenção dos canais de drenagem, em alguns casos o tubulamento ocasiona problemas Existe uma tendância grande de ocupação desta UTP e sem um projeto adequado a
22 MORRO DAS PEDRAS preservação permamantes e desempenham papel importante na drenagem da região, entretando a drenagem através da contaminação da água por efluentes de
graves e de dificil manutenção. região os problemas tendem a se agravar. População residente em parcelamentos irregulares
ocupação crescente destas áreas torna a situação crítica. esgoto doméstico bruto lançados indevidamente na rede.
afetada em grandes chuvas com inundações que
comprometem as vias de acesso a praias.
O crescimento urbano nesta UTP seria prejudicial pois ao impermeabilizar o solo aumenta- Fiscalização e Preservação na região
Grande parte desta UTP se encontra dentro do parque. A drenagem é pelas vias naturais ou nos casos
25 LAGOA DO PERI Os problemas de drenagem desta UTP estão relacionados a UTP Pântano do Sul se o escoamento supercial necessitando de obras de drenagem, situação não desejada do Parque, dimensionamento correto
de ocupações irregulares foram realizadas soluções individuais subdimensionadas.
para um parque. das ocupações regulares.

Existe um grande numero de loteamento projetados para a região, todos em seu interior
26 PÂNTANO DO SUL Rio Sangradouro tem constantes problemas de enchentes na região. A ocupação do solo deve respeitar normas de acordo com a capacidade das bacias. com soluções de drenagem. Entretando a macrodrenagem da região deve ser repensada
para se compatibilizar com as necessidades da região.

27 LAGOINHA DO LESTE Drenagem Natural Fiscalização e Preservação

28 SAQUINHO Drenagem Natural Fiscalização e Preservação


ESGOTO
DISTRITOS UTP NECESSIDADES RELACIONADAS AO CRESCIMENTO URBANO/ OCUPAÇÃO/PARCELAMENTO
POP RELAÇÃO DA OCUPAÇÃO URBANA ATUAL (USO DE SOLO E PARCELAMENTO DO SOLO) NA RELAÇÃO DO CRESCIMENTO URBANO NA UTP COM OS RELAÇÃO DA POP FLUTUANTE RELAÇÃO DO CRESCIMENTO DAS AIS
SISTEMAS EM FUNCIONAMENTO DESTINO CARACTERIZAÇÃO DAS CARÊNCIAS DO SERVIÇO NAS AIS
ATENDIDA % UTP COM OS SERVIÇOS DE ESGOTO SERVIÇOS DE ESGOTO NOS SERVIÇOS DE ESGOTO COM SERVIÇOS DE ESGOTO
ATUAIS FUTURAS

Elaborar estudos p/identificação das densidades atual e


O crescimento das AIS não é A falta de esgoto é responsavel pelo aparecimento de doenças de
futura (PD Participativo), de forma a verificar a
As alterações do PD efetuadas após implantação do Sistema de Esgotos Sanitarios de Florianópolis acompanhado pela presença das infra- veiculação hidrica, que podem se expandir p/outras áreas. Além disto,
capacidade das instalações existentes e da necessidade
Insular, este ultimo construido c/ base em um projeto elaborado em 1991, podem ter comprometido a Esta UTP encontra-se já totalmente urbanizada. A rede coletora de estruturas essenciais de saneamento, o lançamento de esgoto nas drenagens existentes contribui p/o
ou não de redimensionar os projetos de esgoto p/a
capacidade atual das instalações existentes dessa importante infra-estrutura. Outro fato acontecido foi a esgoto assentada abrange praticamente toda a área. Apesar da boa Implementação do Programa de Identificação e Eliminação de comprometendo a qualidade de vida das aumento da poluição das águas das Baías Norte e Sul. A implantação
região. A ampliação da capacidade da ETE Insular
1 FLORIANÓPOLIS 79 SES de Florianópolis Insular Águas da Baia Sul implantação, já na primeira etapa, do esgotamento das Bacias F (Trindade, Pantanal, Córrego Grande, cobertura em esgoto, a presença de esgoto bruto nas galerias de Ligações Irregulares de Esgoto. Aprovação do Plano Diretor
deverá ser precidida de estudo contendo alternativas de
Pouca influência. populações ali residentes. Soluções da rede coletora /e a sua destinação final é prioritária. Por outro lado, o
Jardim S.Mônica, Jardim Anchieta, Parque S.Jorge, Serrinha e Campus Universitário) e E1 (Costeira do águas pluviais é significativa, como estão comprovando os resultados Participativo. técnicas de engenharia não convencionais poder público /deve inibir a ocupação de áreas consideradas de risco.
redirecionar os esgotos de algumas bacias de
Pirajubaé). Tais acontecimentos leverão a ampliação do Complexo de Tratamento (ETE Insular) antes da do Programa de Balneabilidade da FATMA. precisam ser aplicadas em muitos casos, A ZEIS do MMC está tendo uma intervenção significativa em termos
esgotamento p/a futura ETE do Rio Tavares (terreno da
data prevista. mesmo em detrimento das normas de saneamento. As obras previstas possibilitarão uma cobertura
CASAN). Com isto a ETE Insular ganharia uma maior
técnicas vigentes. significativa nos setores de água, esgoto, lixo e drenagem.
vida útil.

Esta UTP encontra-se já quase que totalmente urbanizada. Possui Implementar Programas de Identificação e Eliminação de Ligações
Rio Forquilha, afluente do Rio uma excelente cobertura em esgoto (99%). A presença de esgoto Irregulares de Esgoto. Aprovação do Plano Diretor
Elaborar estudos para identificação das densidades de
2 ESTREITO 99 SES de Florianópolis Continente Imarui, que deságua nas bruto nas tubulações e nos canais de drenagem que deságuam na Participativo.Adotar soluções individuais para os imóveis não
águas da Baía Sul. Baías Norte indicam a forte presença de ligações irregulares de passíveis de atendimento pelas atuais instalações, até que se ocupação atual e futura (Plano Diretor Participativo), de O crescimento das AIS de forma
As alterações do Plano Diretor efetuadas após a implantação do Sistema de Esgotos Sanitarios de esgoto na região. encontre uma solução definitiva. forma a verificar a capacidade das instalações existentes desordenada, compromete a qualidade de
Florianópolis Continente, este ultimo construido com base em um projeto elaborado no ano em 1979 e da necessidade ou não de redimensionar os projetos vida da população, incentiva o lançamento
As AIS existentes nestas duas UTP já são atendidas com serviços de
comprometeram a capacidade das instalações existentes dessa importante infra-estrutura. Além disto, a Esta UTP encontra-se já quase que totalmente urbanizada. Possui Implantar a rede coletora de esgoto nos Bairros Abraão e de esgoto para a região. A ampliação da capacidade da de esgotos brutos nas galerias pluviais
esgoto.
agregação de novas áreas do Município de São José, não previstas no projeto original, estão uma cobertura em esgoto de 52%. O déficit de atendimento está Capoeiras. Implementar Programas de Identificação e Eliminação ETE Potecas deverá ser precidida de estudos para existentes, e na falta destes, em canais a
Rio Forquilha, afluente do Rio contribuindo para a aceleração da saturação da capacidade do Complexo de Tratamento (ETE Potecas). definir a alternativa de coletar os esgotos de todo o céu aberto, que tem como destino final as
concentrado nos bairros Abraão e Capoeiras.Existem também de Ligações Irregulares de Esgoto. Aprovação do Plano Diretor
3 COQUEIROS 52 SES de Florianópolis Continente Imarui, que deságua nas Município de São José e o seu encaminhamento para águas das Baías Norte e Sul.
imóveis, q/mesmo pagando tarifa de esgoto, não interligam os seus Participativo. Adotar soluções individuais para os imóveis não
SEDE águas da Baía Sul. esta unidade de tratamento.
esgotos à rede coletora pública. Imóveis cujas soleiras estão situadas passíveis de atendimento pelas atuais instalações, até que se
em cotas inferiores à da rede coletora não estão sendo atendidos. encontre uma solução definitiva.

Apesar de não contar com infra-estrutura de esgoto, esta região é


Itacorubi é, dentro da area de influencia do SES de Florianopolis insular, a única não atendida ainda por
Apesar de não ser ainda atendida, A área bastante urbanizada. A precariedade da infra-estrutura de esgoto é tal Compromete toda a Bacia do Rio Itacorubi
esta infra-estrutura. Isso tem levado ao lançamento de esgostos brutos, sem tratamento adequado, Implantar rede coletora de esgoto na área abrangida por esta Limitar e fiscalizar o crescimento urbano junto as O adensamento e ocupações irregulares dificultam a implantação dos
4 ITACORUBI 0 (zero) onde se encontra o Bairro Itacorubi faz Águas da Baia Sul nesta UTP, que o executivo municipal encaminhou à Câmara Municipa com o lançamento de esgoto bruto na
dirtetamente nos corpos de agua da região ou nas galerias de aguas pluviais, cujo destino final são as UTP. Aprovação do Plano Diretor Participativo. encostas dos morros e mangues existentes na região. Pouca influencia. serviços de esgoto.
parte SES de Florianópolis Insular. proposta de dispositivo legal para declaração de moratória nas drenagem.
águas da Baia Norte.
construções desta região.
ATERRO DA BAÍA SUL[1] x x x

Saco Grande é atendido parcialmente pelo SES de Saco Grande, que atende ainda a sede administrativa
Implantar a rede coletora de esgoto nos Bairros João Paulo e Compromete a balneabilidade da Baía
do governo estadual , o shopping center florianópolis e os conjuntos habitacionais de vila cachoeira e Nesta UTP é crescente a verticalização, e consequentemente o O adensamento e ocupações irregulares dificultam a implantação dos
6 SACO GRANDE 14 SES Saco Grande Águas da Baia Norte
parque da figueira. O Bairro João Paulo e as regiões conhecidas como Monte Verde I e I não são aumento da produção de esgotos
Localidades de Monte Verde I e II. Aprovação do Plano Diretor Norte com o lançamento de esgoto bruto
serviços de esgoto.
Participativo. em suas águas.
atendidas com serviços de esgoto. Limitar o crescimento junto as encostas dos morros
existentes na região.
O crescimento urbano nesta UTP na região do Maciço da Costeira não Compromete a balneabilidade da Baía
A recente implantação do SES da Costeira do Pirajubaé eliminou boa parte dos esgotos brutos que eram O adensamento e ocupações irregulares dificultam a implantação dos
20 COSTEIRA 72 SES Florianópolis Insular Águas da Baia Sul
antes lançados nas águas da Baia Sul.
é recomendado pelas dificuldades de implantação da rede coletora Concluir a implantação da rede coletora na região. Norte com o lançamento de esgoto bruto
serviços de esgoto.
(altas declividades e solo rochoso). em suas águas.

O crescimento urbano nesta UTP implicará no aumento da poluição Estudar a possibilidade de tratar os esgotos de Saco dos Compromete a balneabilidade da Baía Sul
A não existência de sistema de esgoto na região implica no lançamento de esgoto bruto nas águas da Elaborar o projeto do sistema de esgoto da região. Construir a
21 RIO TAVARES (parte) 0 (zero) x x
Baia Sul, atingindo a Reserva Extrativa Marinha do Pirajubaé.
das águas do Rio Tavares e da Baía Sul, além de afetar a prática da
ETE no terreno da CASAN ali disponível.
Limões, Costeira, Rio Tavares e Carianos na ETE a ser com o lançamento de esgoto bruto em
maricultura na região. construída no terreno da CASAN. suas águas.

Infiltração do solo em terreno


Apenas recentemente foi implantado o SES da Barra daLagoa, o qual atende parte da área do balneário O crescimento urbano nesta UTP implicará no aumento da poluição Implantar rede coletora de esgoto em todas as bacias de Influência significativa. As
BARRA DA LAGOA 78 SES Barra da Lagoa localizado dentro do Parque
A população flutuante cresce muito em épocas de verão. das águas do canal da barra e da Praia da Barra da Lagoa. esgotamento previstas em projeto.
Estadual do Rio Vermelho. instalações de esgoto precisam
Estudar o direcionamento dos esgotos tratados na ETE
estar suficientemente capacitadas
Barra da Lagoa para o emissário submarino de
A ampliação recente do SES da Lagoa da Conceição tende a melhorar a balneabilidade da região. Implantar rede coletora de esgoto em todas as bacias de para atender as demandas
O crescimento urbano na região implica no aumento do lançamento de Campeche.
Infiltração nas dunas da Entretanto, é urgente completar o atendimento com serviços de esgoto em toda a área de influência da esgotamento previstas em projeto. Manter o monitoramento do suplementares devido a população
LAGOA DA CONCEIÇÃO 5 LAGOA DA CONCEIÇÃO 69 SES Lagoa da Conceição
Lagoa da Conceição bacia hidrográfica. A existência de alguns pontos com balneabilidade imprópria na Lagoa da Conceição
esgoto bruto nas águas da Lagoa da Conceição, até que seja
lençol freático no entorno da lagoa de evapotranspiração que flutuante.
extendida a rede coletora até estas novas áreas ocupadas.
indica a presença de ligações clandestinas de esgoto na drenagem local. recebe o efluente tratado da ETE Lagoa da Conceição.
Sem interferencia significativa.

SÃO JOÃO DO RIO Elaborar o projeto do sistema de esgoto para esta região, Sem interferencia significativa.
0 (zero) x x x x Programar a implantação do SES. Média influência.
VERMELHO integrando-o com o SES de Jurerê/Daniela.

7 CACUPÉ 0 (zero) Indefinido. A pop. protesta c/o


Influência significativa. As
Implantar a rede coletora de esgoto na localidade da instalações de esgoto precisam
lançamento do efluente A falta do sistema de esgoto tem causado altos indices de poluição das águas da Baía Norte, em uma
SANTO ANTONIO DE SES dos Balnearios de Santo Antonio de A região começa a ter um crescimento mais acelerado, ganhando Concluir as obras de implantação do SES. Definir o destino final do Barra do Sambaqui. Estudar o direcionamento do estar suficientemente capacitadas
8 0 (zero) tratado no R. Veríssimo, que região de grande atividade de maricultura. Há necessidade da continuidade e aceleração das obras de
SANTO ANTONIO DE LISBOA Lisboa, Cacupé e Sambaqui (em obras). importância as obras de implantação do SES. efluente tratado. efluente líquido tratado para o emissário submarino de para atender as demandas
tem como destino final as implantação do SES, paralizadas devido a indefinição do destino do efluente da ETE.
LISBOA Ingleses. suplementares devido a população
águas da B.Norte.
11 BARRA DO SAMBAQUI 0 (zero) flutuante.

MANGUEZAL DE
10 x x x x x x x x x x
RATONES
Estudar futura interligação com o emissário submarino
RATONES 9 RIO RATONES 0 (zero) x X Soluções individuais tem sido uma boa solução p/a coleta e destinação final dos esgotos. x Elaborar projeto do sistema de esgoto para a região. quase nenhuma influência não se aplica não se aplica
de Ingleses.
Nesta região a influência da
A falta do sistema de esgoto tem causado altos indices de poluição do Rio Capivari e da orla marinha, A acelerada ocupação na região tem causado grande impacto na população flutuante é significativa,
Acelerar a aprovação do EIA/RIMA junto à FATMA e em audiência
comprovado pelos resultados do programa de balneabilidade da FATMA. Há necessidade de dar qualidade das águas do balneário. A situação é extremamente crítica, Implantar a rede coletora nas bacias de esgotamento portanto a infraestrutura de esgoto
13 INGLESES 0 (zero) SES do Balneario de Ingleses (em obras)
continuidade e acelerar as obras na região, paralizadas devido a indefinição do destino do efluente a ponto de se sugerir uma moratória para a construção de imóveis até
pública.Programar a contratação e execução do emissário
não contempladas nas obras de primeira etapa. precisa ser dimensionada para
Sem interferência significativa.
submarino de Ingleses.
tratado da ETE. que entre o funcionamento o SES de Ingleses. atender esta demanda
INGLESES suplementar.

A população flutuante é significativa


A falta de sistema de esgoto tem causado a poluição das aguas marinhas nesta regão. O A região começa a ter um crescimento mais acelerado, ganhando Elaborar o projeto do SES de Santinho, integrado ao SES de A infraestrutura de esgoto precisa
14 SANTINHO 0 (zero) x x
empreendimento turístico Costão do Santinho possui sistema de esgoto particular. importância as obras de implantação do SES. Ingleses.
Programar a implantação do SES de Santinho.
ser dimensionada p/atender a
demanda suplementar.

SES Integrado de Jurerê/Daniela, em


obras. O projeto prevê a integração dos
Estudar o direcionamento do efluente tratado da ETE A população flutuante é significativa
Balneários de Jurerê Leste (Antigo), O Balneário de Jurerê tem tido um crescimento mais acentuado que o Balneário de Daniela. As razões Acelerar a conclusão das obras de implantação do SES de Sem interferência significativa.
Inflitração no solo (Jurere No Balneário de Jurerê Internacional o crescimento é programado, para o emissário submarino de Ingleses.Dotar toda a A infraestrutura de esgoto precisa
15 JURERÊ 69 Jurerê Oeste (Internacional) e Daniela. são a existência no Balneário de Jurerê Internacional de toda a infra-estrutura necessária (drenagem, Jurerê/Daniela, incluindo a destinação final do efluente tratado da
Oeste internacional) mas no restante da UTP a ocupação é irregular. área balneária da UTP Ingleses com rede coletora de ser dimensionada para atender esta
Jurerê Oeste (Internacional) possui pavimentação, água, esgoto, resíduos sólidos, energia elétrica, telefonia, dentre as principais). ETE.
esgoto. demanda suplementar.
sistema de esgoto, operado pela
CANASVIEIRAS HABITASUL.

Crescimento moderado, não necessitando de instalações de porte Elaborar o projeto de esgoto desta região, integrando-o ao SES de
16 PONTA GROSSA 0 (zero) x x Ocupação irregular dificulta a implantação do sistema de soleta e transporte de esgoto.
para atender as demandas. Jurerê/Daniela.
Programar a implantação do SES. Pequena influência

Influência significativa. As
instalações de esgoto precisam
A infraestrutura de esgoto não tem acompanhado o crescimento
As áreas não atendidas com rede coletora de esgoto tem causado poluição no Rio Papaquara e nas Integrar ao projeto do SES de Canasvieiras as áreas ainda não Estudar o dericionamento do efluente tratado para o estar suficientemente capacitadas
12 PAPAQUARA 73 SES do Balneário de Canasvieiras Rio Papaquara urbano local. Isto tem causado a poluição dos corpos de água da
águas da Baía Norte. atendidas na região de influência desta UTP. emissário submarino de Ingleses. p/atender as demandas
região e comprometendo a balneabilida da orla marinha.
suplementares devido a pop.
flutuante.

A infra-estrutura de esgoto não tem acompanhado o crescimento


Avaliar a carga orgânica atual e futura prevista para a região, e
Córrego local que descarrega O SES existente não atende mais a demanda existente. Há necessidade de ampliar a capacidade da urbano local. Isto tem causado a saturação da capacidade da ETE,
18 PRAIA BRAVA 99 SES da Praia Brava
no mar. ETE. que lança no corpo receptor um efluente com qualidade fora dos
elaborar o projeto de ampliação da ETE.Manter a moratória de Programar as obras de ampliação da ETE. Influência não significativa
ACHOEIRA DO BOM JESU construção na região até que seja ampliada a ETE.
padrões exigidos pela legislação ambiente vigente.
Os esgotos que serão coletados na Praia de Lagoinha do Norte são encaminhados para a ETE Influência significativa. As
Integrada ao SES de Cachoeira de Bom Manter programas de identificação e eliminação de
19 LAGOINHA DO NORTE 0 (zero) Jesus/Ponta das Canas.
Canasvieiras para ali serem tratados. Atualmente os esgotos ali gerados estão sendo lançados nos
Esta UTP está tendo um crescimento urbano acentuado, o que Implantar a rede coletora de esgoto na área de influência da UTP.
ligações irregulares de esgoto.
instalações de esgoto precisam
corpos de água que deságuam no mar. estar suficientemente capacitadas
Rio Papaquara. exige uma resposta rápida do poder público para a implantação
para atender as demandas
A falta do sistema de esgoto tem causado altos indices de poluição das aguas marinhas nestas regiões, da infra-estrutura de saneamento. suplementares devido a população
17 PONTA DAS CANAS 0 (zero) problemas que serão sanados em parte com as obras em andamento.. flutuante.
Manter programas de identificação e eliminação de
Em obras. A falta do sistema de esgoto tem causado altos indices de poluição das aguas marinhas nestas regiões, O poder público deverá dar uma resposta rápida quanto a Manter em ritmo constante as obras em andamento. ligações irregulares de esgoto. Implantar a rede coletora
23 TAPERA 0 (zero)
Futuro Emissário Submarino comprovado pelo Programa de Balneabilidade da FATMA. implantação da infra-estrutura de saneamento. de esgoto das demais bacias de esgotamento da UTP.
de Campeche
RIBEIRÃO DA ILHA
24 RIBEIRÃO DA ILHA 0 (zero) A falta do sistema de esgoto tem causado altos indices de poluição das aguas marinhas na região O crescimento urbano nesta UTP implicará no aumento da
Não aplicável.
poluição das águas da Baía Sul, além de afetar a prática da
21 RIO TAVARES 0 (zero) x x A falta de serviço de esgoto causa poluição do Rio Tavares e das águas da Baia Sul. maricultura na região. Elaborar o projeto de esgoto para a região.

CAMPECHE 22 MORRO DAS PEDRAS 0 (zero) x A falta de serviço de esgoto causa poluição nos corpo de água da região. x Programar as obras de implantação do SES.
Elaborar o projeto de esgoto para a região, integrando-o ao
Influência não significativa
Expansão urbana ocasionará aumento consideravel dos esgotos brutos lançados nos corpos de água da SES de Pantano do Sul/Armação.
25 LAGOA DO PERI 0 (zero) x
região.
x

Emissário Submarino de A falta do sistema de esgoto tem causado altos indices de poluição das aguas marinhas nestas regiões.
26 PÂNTANO DO SUL 0 (zero) Em obras. Campeche x Programar o atendimento de todas as subbacias da
A necessidade da continuidade das obras na região é importante. Manter as obras em andamento
PÂNTANO DO SUL UTP.
27 LAGOINHA DO LESTE 0 (zero) x x

A falta do sistema de esgoto tem causado altos indices de poluição das aguas marinhas nestas regiões. Elaborar o projeto de esgoto para a região, integrando-o ao
28 SAQUINHO 0 (zero) x x Programar as obras de implantação do SES. Não aplicável.
SES de Pantano do Sul/Armação..
RESÍDUOS SÓLIDOS

DISTRITOS UTP NECESSIDADES RELACIONADAS AO CRESCIMENTO URBANO/ OCUPAÇÃO/PARCELAMENTO


POPULAÇÃO E ÁREA ESTIMADA ATENDIDA RELAÇÃO DA OCUPAÇÃO URBANA ATUAL (USO DE SOLO E RELAÇÃO DO CRESCIMENTO URBANO NA UTP COM OS RELAÇÃO DA POPULAÇÃO FLUTUANTE
DESTINAÇÃO RELAÇÃO DO CRESCIMENTO DAS AIS COM SERVIÇO DE COLETA
%POR COLETA CONVENCIONAL E SELETIVA PARCELAMENTO DO SOLO) NA UTP COM OS SERVIÇOS DE COLETA SERVIÇOS DE COLETA COM SERVIÇOS DE COLETA
ATUAIS FUTURAS

O adensamento do centro da cidade implica no aumento do volume de


na coleta convencional aproximadadamente 98% A destinação final dos resíduos sólidos da coleta convencional é Apesar da ocupação consolidada, a verticalização, a falta de
resíduos coletados, e a ocupação em lugares não recomendados como as A população flutuante provoca um
da população atendida, devido a locais de dificil o mesmo para todo o município - Aterro sanitário localizado no expansão da coleta seletiva e o descaso do produtor de resíduos na
1 FLORIANÓPOLIS encostas do Maciço do Morro da Cruz dificultam a execução dos serviços de acrescimo de aproximadamente 50% no
acesso, e coleta seletiva é diaria no centro da município vizinho de Biguaçú. Já a coleta seletiva realizada no separação e reciclagem ocasiona acrescimo na produção de
coleta dos resíduos sólidos, pois não possibilitam o acesso dos veículos volume de resíduo coletado.
cidade. Triangulo Central é selecionada pela ACMR resíduo.
convencionais.

A destinação final dos resíduos sólidos da coleta convencional é


A área central do Estreito por ser comercial apresenta crescimento de
o mesmo para todo o município - Aterro sanitário localizado no Compromete toda a cidade, pois a dificuldade de coleta nestas áreas ocasiona a colocação
2 ESTREITO material potencialmente reciclavel, contudo o crescimento desordenado em Melhoria de acessibilidade para facilitação de coleta convencional e sem interferencia significativa
município vizinho de Biguaçú. Já a coleta seletiva realizada de resíduos em locais improprios, provocando problemas na drenagem, instabilidade de
varias áreas compromete a coleta ampliação de coleta seletiva.
selecionada pela ARESP encostas e problemas relacionados a saúde pública como um todo.

coleta convencional cerca de 98% e coleta Nestas UTP é crescente a verticalização, e consequentemente o
seletiva uma vez por semana aumento da produção de resíduos.
O adensamento e verticalização, bem como a ocupação de áreas de
3 COQUEIROS sem interferencia significativa
encosta, causaram mudanças na coleta.

SEDE

4 ITACORUBI Complicações geradas pelo adensamento e ocupações irregulares sem interferencia significativa

ATERRO DA BAÍA SUL[1]

coleta convencional cerca de 98% e coleta Nesta UTP é crescente a verticalização, e consequentemente o
6 SACO GRANDE Complicações geradas pelo adensamento e ocupações irregulares sem interferencia significativa
seletiva uma vez por semana aumento da produção de resíduos.
Melhoria de acessibilidade para coleta, moderação do adensamento e
expansão de coleta seletiva
coleta convencional cerca de 98% e coleta O crescimento da ocupação na encosta do Morro é o principal Compromete toda a cidade, pois a dificuldade de coleta nestas áreas ocasiona a colocação
20 COSTEIRA Dificuldade de coleta nas encostas. de resíduos em locais improprios, provocando problemas na drenagem, instabilidade de sem interferencia significativa
seletiva uma vez por semana problema da coleta
encostas e problemas relacionados a saúde pública como um todo.

21 RIO TAVARES (parte) sem interferencia significativa

BARRA DA LAGOA

LAGOA DA O aumento do crescimento urbano tanto legal e a ocupação irregular A população flutuante provoca um
CONCEIÇÃO 5 LAGOA DA CONCEIÇÃO são fatores de aumento de produção de resíduos, implicando em * acrescimo de aproximadamente 50% no
ampliação de coleta volume de resíduo coletado.
SÃO JOÃO DO RIO Cerca de 98% coleta convencional e coleta
VERMELHO seletiva uma vez por semana

7 CACUPÉ Dificuldade de coleta nas ocupações irregulares.


Melhoria de acessibilidade para coleta, contenção do adensamento e
expansão de coleta seletiva
8 SANTO ANTONIO DE LISBOA O crescimento desordenado é fator complicador na coleta

NTO ANTONIO DE LISB


11 BARRA DO SAMBAQUI Cerca de 98% coleta convencional sem interferencia significativa

10 MANGUEZAL DE RATONES 0%

RATONES 9 RATONES Ocupação irregular é fator complicador na coleta sem interferencia significativa
Implementação de fiscalização
para impedir a ocupação
irregular, criação de acessos
fora de padrão e moderação no Compromete toda a cidade, pois a dificuldade de coleta nestas áreas ocasiona a colocação
Dificuldade de coleta nas ocupações irregulares, grande aumento de volume Adensamento, e ocupação irregular são fatores complicadores na
13 INGLESES adensamento, já que o grande de resíduos em locais improprios, provocando problemas na drenagem, instabilidade de
pelo adensamento. coleta.
problema não é a coleta, mas a encostas e problemas relacionados a saúde pública como um tod A população flutuante provoca um
INGLESES Cerca de 98% coleta convencional e coleta destinação final do resíduo. acrescimo de aproximadamente 50% no
seletiva uma vez por semana volume de resíduo coletado.

A destinação final dos resíduos sólidos da coleta convencional é Dificuldade de coleta nas ocupações irregulares, grande aumento de volume Adensamento, e ocupação irregular são fatores complicadores na Melhoria de acessibilidade para coleta, moderação do adensamento e
14 SANTINHO
o mesmo para todo o município - Aterro sanitário localizado no pelo adensamento. coleta. expansão de coleta seletiva
município vizinho de Biguaçú.

No loteamento Jurere Internacional o crescimento é programado,


Coleta regular em Jurerê Internacional e dificuldade de coleta nas ocupações Melhoria de acessibilidade para coleta, moderação do adensamento e
15 JURERÊ mas no restante da UTP a ocupação irregular causa problemas para *
irregulares. expansão de coleta seletiva
a coleta A população flutuante provoca um
acrescimo de aproximadamente 50% no
CANASVIEIRAS volume de resíduo coletado.
16 PONTA GROSSA Cerca de 98% coleta convencional Coleta dificultada pela ocupação irregular Coleta dificultada pela ocupação irregular *

Compromete toda a cidade, pois a dificuldade de coleta nestas áreas ocasiona a colocação
12 PAPAQUARA Dificuldade de coleta nas ocupações irregulares. Dificuldade de coleta nas ocupações irregulares. Organização da ocupação e melhoria de acesso para coleta de resíduos em locais improprios, provocando problemas na drenagem, instabilidade de
encostas e problemas relacionados a saúde pública como um todo.

18 PRAIA BRAVA Cerca de 98% coleta convencional e coleta sem problemas Ocupação consolidada. área consolidada
seletiva uma vez por semana A população flutuante provoca um
ACHOEIRA DO BOM JES acrescimo de aproximadamente 50% no
Melhoria de acessibilidade para coleta, moderação do adensamento e volume de resíduo coletado.
19 LAGOINHA DO NORTE
expansão de coleta seletiva

Melhoria de acessibilidade para coleta, moderação do adensamento e


17 PONTA DAS CANAS *
expansão de coleta seletiva
dificuldade de coleta nas ocupações irregulares.

Compromete toda a cidade, pois a dificuldade de coleta nestas áreas ocasiona a colocação
23 TAPERA Melhoria dos acessos para veiculo de coleta de resíduos em locais improprios, provocando problemas na drenagem, instabilidade de sem interferencia significativa
encostas e problemas relacionados a saúde pública como um todo.
Cerca de 98% coleta convencional dificuldade de coleta nas ocupações irregulares.
RIBEIRÃO DA ILHA

expasão urbana potencialmente adensadora, ocasionará aumento Melhoria de acessibilidade para coleta, moderação do adensamento e
24 RIBEIRÃO DA ILHA * Não se aplica.
consideravel na produção de residuos. expansão de coleta seletiva

Melhoria de acessibilidade para coleta, moderação do adensamento e


21 RIO TAVARES dificuldade de coleta nas ocupações irregulares. sem interferencia significativa
expansão de coleta seletiva
Compromete toda a cidade, pois a dificuldade de coleta nestas áreas ocasiona a colocação
de resíduos em locais improprios, provocando problemas na drenagem, instabilidade de
CAMPECHE
expasão urbana potencialmente adensadora, ocasionará aumento Melhoria de acessibilidade para coleta, moderação do adensamento e encostas e problemas relacionados a saúde pública como um todo.
22 MORRO DAS PEDRAS
consideravel na produção de residuos. expansão de coleta seletiva A população flutuante provoca um
acrescimo de aproximadamente 50% no
Cerca de 98% coleta convencional e coleta volume de resíduo coletado.
seletiva uma vez por semana Não considerar aumento de ocupação pela caracteristica ambiental
25 LAGOA DO PERI Coleta na via principal Não se aplica. *
da área

Melhoria de acessibilidade para coleta, moderação do adensamento e


26 PÂNTANO DO SUL *
expansão de coleta seletiva
dificuldade de coleta nas ocupações irregulares. dificuldade de coleta nas ocupações irregulares.
Melhoria de acessibilidade para coleta; impedir adensamento
PÂNTANO DO SUL 27 LAGOINHA DO LESTE *
adensamento; expansão de coleta seletiva

Compromete toda a cidade, pois a dificuldade de coleta nestas áreas ocasiona a colocação
28 SAQUINHO sem coleta Não se aplica. Não se aplica. Não se aplica. de resíduos em locais improprios, provocando problemas na drenagem, instabilidade de sem coleta
encostas e problemas relacionados a saúde pública como um todo.
ANEXO A - MAPA DAS ÁREAS DE RISCO E AS UNIDADES TERRITORIAIS DE
PLANEJAMENTO

_______ PLANO MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO BÁSICO – PMISB 334

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