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10DISCIPLINA: Contabilidade Geral II

SEMESTRE: 1 CURSO: Economia ANO: 2º SEMANA : 1

CONFERENCIA Nº: 3

CAPITULO I: ESTUDO DAS CONTAS: CLASSE 1: MEIOS FIXO E


INVESTIMENTOS.

SUMÁRIO:

1.1 Imobilizações em curso: Bases de valorimetria específica


1.2 Obras em curso adquiridas no exterior e produção de
imobilizados pela própria empresa
1.3 Adiantamento por conta de imobilizados
1.4 Amortizações acumuladas. Classificação
1.5 Noção e cálculo da quota de amortização. Outras
considerações de natureza contabilística.
1.6 Métodos de cálculo das reintegrações e amortizações.
1.7 Contabilização das amortizações.
1.8 Representação das amortizações no Balanço
1.9 Alineação de imobilizado com ganho ou perda
1.10 Abate do imobilizado por sinistro e por desactivação
1.11 Trocas de activos
1.12 Locação financeira
1.13 Considerações fiscais.

OBJECTIVOS:

 Analisar o conceito de Imobilizações em curso e identificar os


critérios de valorimetria para este tipo de imobilizações.
 Analisar o conceito de amortizações acumuladas
 Identificar mediante exemplos os métodos para o cálculo
das reintegrações e amortizações.
 Descrever os critérios de valorimetrias e critérios fiscais
estabelecidos segundo o PGC referente as amortizações dos
imobilizados corpóreos e incorpóreos

DESENVOLVIMENTO:

14- Imobilizações em curso:

 Esta rubrica inclui as imobilizações ou investimentos financeiros


que estejam a ser aumentados, melhorados ou substituídos,
enquanto não estiverem concluídos.

 Esta conta também inclui os adiantamentos feitos por conta de


imobilizado, cujo preço esteja previamente fixado.
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 Os adiantamentos feitos por conta de imobilizado cujo preço não
esteja previamente fixado podem ser deitados na conta 37.1-
Compra de imobilizado, numa subconta criada para o efeito.

Valorimetria (Políticas contabilísticas. Bases de valorimetria especificas)

a) Custos a reconhecer no activo: Durante o período em que o


imobilizado se encontrar em curso, poderão ser acrescidos ao
custo de aquisição os seguintes custos:

 As diferenças de câmbio provenientes de custos relacionados


com aquisição do bem.

 Os encargos financeiros provenientes de financiamentos


relacionados com a aquisição do bem, se tal for considerado
adequado e se mostrar consistente.

 Custo de produção, para bens de produção própria. O custo


de produção engloba:

 Os custos de materiais e serviços utilizados


 Os custos com o pessoal envolvido na produção do
bem
 A depreciação dos activos fixos tangíveis que foram
usados na produção do bem
 Os gastos gerais de produção relacionados com a
produção do bem, que não sejam custos
administrativos.

Durante o período em que o imobilizado se encontrar em curso,


poderão ainda ser acrescidos ao custo de produção os seguintes
custos:

 As diferenças de câmbio provenientes dos custos relacionados


com a produção do bem.
 Os encargos financeiros provenientes de financiamentos
relacionados com a produção do bem, se tal for considerado
adequado e se mostrar consistente.
 Custo corrente, para bens recebidos através de doação

Adicionalmente, o PGC estabelece, no ponto 5.3- Critério para


reconhecimento de custos de empréstimos obtidos, respeito a Políticas
Contabilísticas, que “os custos com empréstimos obtidos podem ser
reconhecidos como activos” (através de acrecimo ao custo do activo
qualificável relacionado) desde que, cumulativamente, se verifiquem as
seguintes condições:

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 Estejam a ser incorridos
 Satisfaçam os critérios para o reconhecimento de activos
 Possam ser directamente atribuíveis à aquisição, construção, ou
produção de um activo.
 Se encontrem em curso as actividades necessárias para preparar
o activo para o seu uso pretendido ou venda.
 Estejam a ser incorridos dispêndios com tal activo
 Se, em resultado de tal acréscimo, o custo ajustado do activo não
exceder o mais baixo de: custo de reposição, quantia
recuperável pela venda (valor realizável) ou valor de uso do
activo.

Nota:

È de salientar que os encargos financeiros associados ao financiamento


de aquisição/produção de um imobilizado ou investimento financeiro
apenas podem ser capitalizados (acrescido ao custo de aquisição)
durante o período em que o imobilizado ou o investimento financeiro
esteja em curso. Após a sua conclusão e aquando da sua transferência
para a respectiva conta de imobilizações ou de investimentos
financeiros, os custos de financiamento passam a ser registados como
os restantes custos de financiamento, na conta 76.1- Custos e perdas
financeiras gerais, juros.

b) Amortizações: As imobilizações em curso não podem ser


amortizadas. As amortizações só podem ter inicio após a conclusão
do imobilizado ou investimento financeiro (investimentos financeiros
em imóveis) e da sua transferência para a respectiva conta.

RESUMINDO:

De acordo com o PGC, a conta de imobilizações em curso abrange as


imobilizações de adição, melhoramento ou substituição enquanto não
estiverem concluídas. Inclui também os adiantamentos feitos por conta
de imobilizados, cujo preço esteja previamente fixado.

Assim , registam-se como imobilizações em curso:

 A aquisição no exterior de obras, cujo fornecimento se processa


por fases, nomeadamente imobilizações corpóreas, estudos e
projectos.

 As obras em curso, para o imobilizado, feitas pela própria empresa


e que à data da elaboração do balanço não se encontram
concluídas.

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 Os adiantamentos efectuados por conta de fornecimento de
imobilizado, cujo preço esteja previamente fixado.

OBRAS EM CURSO ADQUIRIDAS NO EXTERIOR

Exemplo:

Em iº de Outubro de 2014, a empresa Construtora Portuguesa METUNAZ,


S.A. enviou à empresa construtora Luanda, Lda., a factura-recibo nº 538
no valor de 2 000 000,00 kz pelo serviço prestado, acrescidos de
emolumentos e taxas (Lic. de construção e a retenção na fonte de 6,5%
pelo serviço prestado) para um valor total da factura de 2 380 000,00 kz,
referente à 1º fase da construção da nova Loja. Este documento foi
liquidado no dia 5 de Novembro através do cheque nº 324657899 sobre
o Banco BAI.

Questões:

 Registe na razão da empresa construtora Luanda, Lda., o facto


antes exposto.

Lançamento contabilístico:

OBRAS EN CURSO ADQUIRIDAS NO ESTERIOR


14.1 43.1.1

1) 2 380 000 1) 2 380 000

1) Pelo registo do pagamento referente a entrega de uma parte da


obra em curso.

PRODUÇÃO DE IMOBILIZADO PELA PRÓPRIA EMPRESA

Exemplo:

Em 2 de Outubro de 2016, a empresa ANGOSTON, S.A, de Luanda,


iniciou a produção de uma máquina para uso próprio. Os custos
suportados no final do ano ascendiam a 1 000 000,00 kz.

Em 16 de Agosto de 2017, a máquina ficou pronta a ser utilizada, tendo-


se suportado custos adicionais de 500 000,00 kz.

Questões:

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 Registe em contas do Razão as operações relativas a esta
produção.

Lançamento contabilístico:

PRODUÇÃO DE IMOBILIZADO PELA PRÓPRIA EMPRESA


14.1 65.1.1 11.3.2

1) 1 000 000 2) 1 000 000 1) 1 000 000 2) 1 500 000


2) 500 000

1) Pelo registo em 31/12/2016 das despesas incorridas na


produção do imobilizado.
2) Pelo registo em 16/8/2017 da transferência do valor final da
conclusão do imobilizado para a sua respectiva conta

ADIANTAMENTOS POR CONTA DE IMOBILIZADOS

A aquisição de certos bens para o imobilizado implica, por vezes, a


realização de adiantamentos por contas dos respectivos fornecimentos.

Existem duas possibilidades para a contabilização do adiantamento,


depende de ser ou não conhecido o preço total a pagar pelo
imobilizado. Assim:

 Se o preço de transacção foi previamente fixado, o


adiantamento será registado na subconta imobilizações em
curso, designada por Adiantamento por conta de imobilizado
corpóreo.

 Caso o preço da transacção não seja previamente fixado, o


adiantamento será registado na subconta Outros valores a
receber e a pagar, designada por compras de
imobilizado/Adiantamentos a fornecedores de imobilizado.

Em qualquer dos casos, para além do registo do adiantamento ao


fornecedor de imobilizado, posteriormente, quando na posse do bem (e
da respectiva factura), ter-se-á de anular o adiantamento, por forma,
simultaneamente, se pode registar a factura da compra pelo total,
ficando o saldo da conta do fornecedor a traduzir a situação actual,
isto é, o valor da factura deduzido do(s) adiantamento(s) já realizado(s).

Assim:

Exemplo:

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Em 1º de Janeiro de 2017, foi adiantado à Toyota um cheque nº
786943234 sobre o Banco BAI, no valor de 1 000 000,00 kz, dado como
sinal para a aquisição de uma viatura ligeira de passageiros, no valor de
3 000 000,00 kz. O dia 15 de Janeiro foi entregue a viatura e o dia 30 de
Janeiro foi pago o restante valor da dívida mediante transferência
bancaria sobre o Banco BAI.

Questões:

 Registe em contas do Razão as operações relativas ao facto


antes exposto.

Lançamento contabilístico:

ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES POR CONTA DE IMOBILIZADO


CORPÓREO DESDE QUE O PREÇO ESTEJA FIXADO
14.7.1 43.1.1 11.4.1

1) 1 000 000 3) 1 000 000 1) 1 000 000 2) 3 000 000


S,N 4) 2 000 000

37.1.1
3) 1 000 000 2) 3 000 000
4) 2 000 000
3 000 000 3 000 000
S.N

1) Pelo registo em 1/1/2017 do adiantamento.


2) Pelo registo em 15/1/2017 do fornecimento pelo valor da factura
3) Pelo registo em 30/1/2017 da regularização do adiantamento
4) Pelo registo em 30/1/2017 do pagamento do restante valor

Exemplo:

Em 1º de Janeiro de 2017, foi adiantado à Toyota um cheque nº


786943234 sobre o Banco BAI, no valor de 1 000 000,00 kz, dado como
sinal para a aquisição de uma viatura ligeira de passageiros. O dia 15
de Janeiro foi entregue a viatura com a correspondente factura.

Questões:

 Registe em contas do Razão as operações relativas ao facto


antes exposto.

Lançamento contabilístico:
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ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES POR CONTA DE IMOBILIZADO
CORPÓREO DESDE QUE O PREÇO NÃO FOI PREVIAMENTE FIXADO

43.1.1 37.1.1 11.4.1

1) 1 000 000 1) 1 000 000 2) 1 000 000 2) 1 000 000

1) Pelo registo em 1/1/2017 do adiantamento.


2) Pelo registo em 15/1/2017 da recepção do bem e na posse
da respectiva factura de compra.

AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS:

Esta conta regista a acumulação das amortizações do imobilizado


corpóreo e incorpóreo e dos investimentos financeiros em imóveis,
desde o exercício de inicio da sua utilização até o exercício corrente. A
amortização é um conceito contabilístico que pretende reflectir o
consumo dos benefícios económicos dos bens resultante da sua
participação no processo produtivo da empresa, do seu desgaste físico,
da perda de valor por obsolescência, etc.

Esta perda de valor pode ser motivada por vários factores:

a) De ordem física: desgaste provocado pela utilização, pelo


decurso do tempo(corrosão, por sinistros (colisões, inundações,
curtos-circuitos, etc.) de natureza espontânea ou devido a
negligência.

b) De ordem económica: o progresso e as inovações tecnológicas,


bem como as alterações nas necessidades e gostos de
consumidores, levam à obsolescência dos bens e à respectiva
depreciação (acelerada)

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:

18.1- Imobilizações corpóreas


18.2- Imobilizações incorpóreas
18.3- Investimentos financeiros em imóveis

Na literatura contabilística aparece umas vezes referido o termo


reintegração e outras vezes o termo amortização com a mesma
finalidade.
Sendo:

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a) Reintegração: reconstituição do valor do imobilizado depreciado,
ou seja, substituir o bem totalmente depreciado por outro nas
mesmas condições e com as mesmas funções do bem substituído.

b) Amortização: decréscimo de valor que o bem perteneente ao


imobilizado vai perdendo em todos os exercícios devido a várias
situações.

Utilizar-se-á o termo amortização por ser o preconizado pelo PGC.

A Lei nº 19/2014, de 22 de Outubro, aprova o Código do Imposto


Industrial que visa simplificar os mecanismos de apuramento da matéria
colectável e clarifica o tratamento fiscal derivado das operações das
empresas.

Actualmente, são tidos como custos ou perdas do exercício, até o limite


das taxas anuais que foram fixadas pelo Decreto Presidencial nº 207/15
de 5 de Novembro, o qual reboca a Portaria nº 755/72 do ministro das
Finanças.

Segundo o Código do Imposto Industrial, as amortizações e


reintegrações podem praticar-se:

1) Relativamente aos elementos do activo imobilizado corpóreo, a


partir da sua entrada em funcionamento.
2) Relativamente aos elementos do activo imobilizado incorpóreo, a
partir da sua adquisição ou do inicio da actividade.

NOÇÃO E CÁLCULO DA QUOTA DE AMORTIZAÇÃO:

Quota de Amortização: è á redução de valor sofrida pela imobilização


em determinado exercício.

Para o cálculo do valor da quota de amortização devem ser


reconhecidos previamente dois elementos:

1. O valor a amortizar (Va)

O montante a amortizar resulta da diferença entre o valor inicial ou de


origem do bem e do seu valor residual

Valor inicial ou de origem: è o custo da imobilização no momento da


sua aquisição.

Este custo de aquisição varia de acordo com as circunstâncias em que


a empresa o adquiriu. Assim:

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a) Se o bem foi adquirido a terceiros, o custo de aquisição é igual ao
valor de compra acrescido de todas as despesas adicionais
necessárias para o colocar operacional.

b) Se o bem foi construído ou fabricado na própria empresa, o custo


de aquisição é igual ao custo de fabricação ou construção
desses mesmos elementos.

Valor residual: è o valor que se espera vender o bem, uma vez


terminada a sua utilização pela empresa. Trata-se de um valor
subjectivo e, portanto, sujeito a errores.

Pelo qual o valor a amortizar do bem resulta de:

Valor amortizar = valor inicial (Vo) – Valor residual (Vr)

2. O período de duração do bem

O encargo que representa a depreciação deve ser repartido pelo


período de duração do bem. Algumas vezes, tal período é conhecido
no momento de aquisição do bem, no entanto, em geral, só uma
duração provável pode ser estimada. Tal estimativa, porém, é variável
de empresa para empresa, de acordo, por exemplo, com o uso dado
ao bem, com a sua qualidade ou com os cuidados postos na sua
conservação.
Uma vez conhecidos estes dois conceitos-base, vida útil e duração
provável, é possível calcular a quota de amortização.

Vários critérios de base teórica têm sido adoptados para tal fim. Estes
critérios podem ser divididos em dois grandes grupos:

 Critérios rígidos: Quando, desde que se adquire o bem, se fixam


as quotas de amortização, exercício a exercício:

 Critérios elásticos: Quando as quotas de amortização são fixadas


no final de cada exercício.

Dos vários critérios possíveis faremos referência a dois critérios rígidos por
serem os mais utilizados, e que são:

 Método das quotas constantes ou linear


 Método das quotas degressivas

No Artigo 34º do Código de Imposto Industrial estabelece o método das


quotas constantes, como método de cálculo das reintegrações e

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amortizações, no entanto sinala que a empresa poderá utilizar outros
métodos, quando a natureza do deperecimento ou a tradição
contabilística da empresa o justifiquem, e se a Direcção Nacional de
Impostos não se opuser ao critério utilizado pelo contribuinte.

a) Método das quotas constantes ou linear:

Características do método:

 A quantia depreciável é repartida de modo igual pelos exercícios


da vida útil do bem.

 A quota calculada apenas atende ao factor tempo

Vantagens do método:

 Permite o cálculo bastante simples da quota de amortização

Desvantagem do método:

 Não tem em conta as despesas de conservação e manutenção


que são maiores na segunda fase de utilização do bem, em que,
portanto, a perda de valor do bem é mais elevado.

A quota de amortização (Qi) obtém-se:

Qi=Vo – Vr
N

Qi = Quota de amortização anual


Vo = Valor de aquisição
Vr = Valor residual
N = Vida útil do bem

a) Método de quotas degressivas

Características do método:

 A quota de amortização é maior nos primeiros anos de vida útil do


bem

 Este método é aplicado quando os custos de manutenção do


bem são muito elevados nos últimos anos de vida útil. Assim, a
empresa tem uma quota de amortização maior no inicio da sua
vida útil, altura em que tem menor custos de manutenção, tendo
uma quota de amortização menor à medida que se aproxima o

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fim da sua vida útil, altura em que tem maiores custos de
manutenção. Com este método de amortização, neste tipo de
activos, os custos totais que a empresa tem com o bem tendem a
ficar mais equilibrados ao longo da sua vida útil.

Vantagens do método:

 Permite uma economia de impostos, já que, como as


amortizações são maiores nos primeiros anos, os lucros são mais
baixos, implicando que os impostos a pagar também o sejam.

 Incita ao investimento em equipamento novo, uma vez que as


amortizações são mais elevadas nos primeiros anos, permitindo à
empresa a criação dos fundos necessários para a respectiva
substituição mais rapidamente que no método das quotas
constantes ou linear

Desvantagem do método:

 É pouco utilizado e é mais difícil a sua utilização prática.

A quota anual de reintegração Qi é obtida pela seguinte fórmula:

Qi = Vo – Vr x (n-i + 1)

∑р
Р=1

Qi = Quota de amortização anual


Vo = Valor de aquisição
Vr = Valor residual
N = Anos de vida útil
i = nº. da quota

Na utilização de qualquer dos métodos apresentados para cada bem


susceptível de amortização, pode-se construir um quadro de
amortização, que apresenta o valor da depreciação sofrida pelo bem,
exercício a exercício.

Exemplo dos métodos de amortização:

A empresa industrial Lobito Lda., adquiriu, a 2 de Janeiro 2016, uma


máquina para o processo produtivo no valor de 1 600 000, 00 kz,
prevendo-se uma vida útil de 5 anos para este bem. O valor residual
que estima obter na venda é de 100 000, 00 kz

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Pretende-se:

a) Calcule o valor da quota de amortização anual


b) Elabore o quadro das amortizações

Método das quotas constantes:

Etapas a seguir no cálculo das amortizações:

1. Calcular a quantia depreciável

Quantia depreciável (Qi) = 1 600 000,00 – 100 000,00 = 1 500 000,00

2. Calcular a quota de depreciação (amortização ou reintegração)


anual.

Qi = Vo - Vr
N

Qi = 1 600 000,00 – 100 000,00 = 300 000,00 Kz


5 anos

ou

300 000,00 ÷ 1 500 000,00 = 0,20 x 100 = 20%

1 500 000,00 x 20 % = 300 000,00 kz

3. Quadro das amortizações

Saldo da Valor
Data Saldo da conta 73-Amortizações conta 18.1.3 contabilístico
11.3 – Equipamento do Exercício Amortizações ou valor
Básico (quota anual) acumuladas líquido
02-01-2016 1 600 000,00 1 600 000,00
31.12.2016 1 600 000,00 300 000,00 300 000,00 1 300 000,00
31.12.2017 1 600 000,00 300 000,00 600 000,00 1 000 000,00
31.12.2018 1 600 000,00 300 000,00 900 000,00 700 000,00
31.12.2019 1 600 000,00 300 000,00 1 200 000,00 400 000,00
31.12.2020 1 600 000,00 300 000,00 1 500 000,00 100 000,00

Método das quotas degressivas:

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Etapas a seguir no cálculo das amortizações:

1. Calcular a quantia depreciável

Quantia depreciável (Qi) = 1 600 000,00 – 100 000,00 = 1 500 000,00

2. Calcular a quota de depreciação (amortização ou reintegração)


anual.

 Soma dos algarismos que vão até ao número de anos de


vida útil do bem: 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 15

 A amortização de cada ano resulta da divisão do número


de anos de vida útil remanescente pela soma calculada na
etapa anterior.

3. Quadro das amortizações

Saldo da Valor
73-Amortizações conta 18.1.3 contabilístico
Data Cálculo das do Exercício Amortizações ou valor
amortizações (quota anual) acumuladas líquido
02-01-2016 1 600 000,00
31.12.2016 1 500 000,00 x 5 500 000,00 500 000,00 1 100 000,00
15
31.12.2017 1 500 000,00 x 4 400 000,00 900 000,00 700 000,00
15
31.12.2018 1 500 000,00 x 3 300 000,00 1 200 000,00 400 000,00
15
31.12.2019 1 500 000,00 x 2 200 000,00 1 400 000,00 200 000,00
15
31.12.2020 1 500 000,00 x 1 100 000,00 1 500 000,00 100 000,00
15

Na aplicação dos métodos acima expostos, para o cálculo da


amortização do bem, é preciso ter em conta, a quota anual de
amortização, que pode ser aceite como custo de exercício, sempre
que seja determinada, aplicando-se as taxas referenciadas no Decreto
Presidencial nº 207/15, sobre o valor de aquisição ou sobre outro valor
contabilístico, desde que devidamente justificado é aceite.

Deve ter-se em atenção que o respectivo decreto regulamentar


considera um período mínimo e um período máximo de vida útil de um
bem.

Período mínimo de vida útil do bem: È o que se deduz das taxas


aplicáveis (conforme a tabela). Assim, se a taxa aplicável é de 20%, o
período mínimo de vida útil será de 5 anos. O seja, a taxa máxima é
20%, o que corresponde a uma vida útil de: 1 ÷ 0,20 = 5 anos

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Exemplo: Se um bem for adquirido por 10 000 000,00 kz, e a taxa a
aplicar for de 20 %, a quota de amortização será:

10 000 000,00 x 20% = 2 000 000,00 kz

Período máximo de vida útil do bem: È o que se deduz de uma taxa de


amortização ou reintegração igual a metade das taxas aplicáveis. O
seja a taxa máxima é de 20% ÷ 2 = 10%, o que corresponde a uma vida
útil de: 1÷0,10 = 10 anos

Assim, se a taxa aplicável é de 20%, o período máximo de vida útil será


de 10 anos, pelo que utilizando o exemplo anterior, a quota de
amortização será de:

10 000 000,00 x 10% = 1 000 000,00 kz

Conforme o disposto do Decreto-Lei 207/15, será aceite como custo


fiscal qualquer quota de amortização compreendida entre 10% (taxa
mínima) e 20% (taxa máxima).

A amortização ou reintegração do bem iniciar-se-á no fim do primeiro


ano em que o bem foi utilizado e continuará nos anos subsequentes até
à extinção da sua vida útil.

Poderá, no entanto, a empresa optar pelas reintegrações e


amortizações por duodécimos, sendo, neste caso, utilizada uma quota
de amortização, deduzida dessa quota anual, correspondente ao
número de messes contados desde o mês de entrada em
funcionamento desses elementos. Caso a empresa utilize este príncipio,
no ano em que se verificar a transmissão, inutilização ou termo de vida
útil do bem, só serão aceites reintegrações ou amortizações
correspondentes ao número de meses decorridos até ao m~es anterior
ao da verificação de um daqueles eventos.

Face a estas disposições, as empresas terão de ter em conta que:

 As reintegrações e amortizações são contabilizadas como custos


ou perdas.
 Não poderão considerar-se como custos de exercício os valores
de reintegração ou amortização superiores aos que resultam da
aplicação das taxas constantes do Decreto Presidencial 207/15.
No entanto, as reintegrações ou amortizações que excederem as
importâncias máximas poderão ser tomadas como custos ou
perdas de exercícios seguintes, após regularização contabilística.

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 Não poderão considerar-se os valores das reintegrações ou
amortizações que não tiverem sido contabilizadas como custos
ou perdas do exercício e tenham excedido o período de vida útil.

 O valor das reintegrações de imóveis, na parte excedente à


diferença entre o valor sobre o qual incide a taxa e o que se
obtém multiplicando por 12 o respectivo rendimento colectável
inscrito na matriz de diversos edifícios, não pode ser considerado
como custo ou perda do exercício.

 O valor das reintegrações e amortizações de um determinado


exercício económico não pode ser deduzido dos proveitos ou
ganhos de qualquer outro exercício económico, tendo em
atenção que se consideram como respeitante.

 O valor das reintegrações e amortizações de um determinado


exercício económico não pode ser deduzido dos proveitos ou
ganhos de qualquer outro exercício económico, tendo em
atenção que se consideram como respeitantes a cada exercício
as reintegrações ou amortizações que lhe caberiam se fossem
calculadas com base em taxas iguais a metade das fixadas. Quer
dizer que, se por qualquer motivo, a empresa não considerar, num
exercício económico, a devida amortização ou reintegração de
determinado bem, está impedida de o fazer durante os exercícios
económicos seguintes, isto é, a amortização diz respeito apenas à
depreciação sofrida pelo imobilizado durante esse e só esse
exercício.

Relativamente às grandes reparações e beneficiações efectuadas em


elementos do activo imobilizado, as taxas anuais de amortização
deverão ser calculadas com base no período de utilidade esperada
dessas reparações ou beneficiações.

Amortização calcular-se-á de acordo com:

Tam = 1 x 100
N

Resultando uma Quota de Amortização de:

Qi = Valor a amortizar
N
Onde:

Tam = Taxa anual de amortização


Qi = Quota anual de amortização
N = Número de anos de utilidade eperada

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Quanto aos bens adquiridos em estado de uso, as taxas anuais de
amortização deverão ser as convenientes para reintegrar o seu valor de
aquisição dentro do período de vida útil que lhe reste. Na
determinação do período de vida útil que resta aos elementos
adquiridos em estado de uso, ter-se-á em conta, sempre que for
conhecido, o número de anos de utilização já decorrido, de modo que
este somado àquele não seja inferior ao período mínimo de vida útil dos
elementos em causa quando adquiridos em estado de novo.

MÉTODOS PARA CONTABILIZAR AS AMORTIZAÇÕES:

Existem dois métodos para as empresas contabilizarem a depreciação


sofrida pelo seu imobilizado:
Método directo:

Segundo este método, as quotas de amortização dos elementos


imobilizados são consideradas custo do exercício, registando-se o seu
valor a débito das subcontas Amortizações do exercício, creditando-se
por contrapartidas subcontas de imobilizações onde se integram. O
método denomina-se directo na medida em que a depreciação sofrida
ao longo do tempo pelos activos imobilizados fica evidenciada
directamente na própria conta de imobilizado, onde tais elementos se
encontram relevados.

Desvantagens do método directo:

 O saldo ddas subcontas de imobilizado traduz o valor actual ou


contabilístico dos elementos e não os respectivos custos de
aquisição/produção.

 Em consequência, o balanço só evidencia o valor actual do


imobilizado, não fornecendo informações sobre o valor por
amortizar, pois não estabelece o confronto entre o valor dos
custos de aquisição/produção e o valor das respectivas
amortizações realizadas e acumuladas até ao momento.

 Não efectua o apuramento imediato do número e o valor das


amortizações realizadas e acumuladas ao longo dos anos de vida
útil dos elementos do activo imobilizado.

 No sentido de suprir estes inconvenientes e dotar a informação


contabilística das várias características qualitativas requeridas
pelos seus destinatários, o Plano Geral de Contabilidade declara
a adpção do denominado método indirecto, que passamos a
apresentar.

16
Método indirecto:

De acordo com este método, a depreciação sofrida pelo imobilizado


no exercício é registado a débito de uma subconta de custos
denominada 73- Amortizações do exercício. No entanto, como no
balanço se pretende evidenciar o custo de aquisição ou de produção
do elemento, a depreciação sofrida, exercício a exercício, não é
registada directamente na subconta de imobilizado, más numa
subconta de regularização do activo denominada amortizações
acumuladas.

Como vemos por este método, a conta de custos, não joga


directamente com a conta de imobilizações corpóreas, mas
indirectamente através de uma conta de regularização do activo.

Vantagens do método directo:

 Conhecer através do balanço o valor de aquisição dos bens


 Saber qual o número de amortizações já efectuadas
 Conhecer o valor das amortizações acumuladas no balanço
 Determinar, por diferença entre o valor de aquisição do bem e o
valo das depreciações já efectuadas, o valor actual do bem.

Exemplo:

A empresa comercial SERFAT Lda., adquiriu, em 2014, a prazo, mobiliário


de madeira para o escritório do departamento de contabilidade da
empresa, no valor de 200 000, 00 kz. De acordo com a tabela anexa no
Decreto Presidencial 207/15, este activo é amortizável à taxa máxima
de 16,67%, pelo que a quota de amortização anual será de 33 340,00 kz.

Questões:

 Efectue pelos métodos directo e indirecto o registo contabilístico


pela aquisição do imobilizado em 2014 e amortização do
exercício para o ano 2015 e 2016.

17
Lançamento contabilístico:

MÉTODO DIRECTO MÉTODO INDIRECTO

37.1.1 11.5.1 37.1.1 11.5.1

1) 200 000 1) 200 000 2) 33 340 1) 200 000 1) 200 000


3) 33 340

18.1.5 73.1.5.1
73.1.5.1
2) 33 340 2) 33 340
2) 33 340 3) 33 340 3) 33 340
3) 33 340

1) Aquisição do imobilizado em 1) Aquisição do imobilizado em


2014. 2014.
2) Amortização do exercício de 2) Amortização do exercício de
2015. 2015.
3) Amortização do exercício de 3) Amortização do exercício de
2016. 2016.

REPRESENTAÇÃO DAS AMORTIZAÇÕES NO BALANÇO

As amortizações acumuladas do imobilizado corpóreo e incorpóreo são


inscritas no balanço na coluna amortizações cujo valor irá ser deduzido
ao da coluna Activo Bruto, resultando, assim, o valor do Activo líquido.

Assim, a representação no balanço das amortizações, efectuadas pela


empresa, é feita da seguinte maneira:

Balanço
Activo Activo Bruto Amortizações Activo Líquido
Imobilizado 500 000,00 150 000,00 350 000,00
Imobilizado incorpóreo 300 000,00 100 000,00 200 000,00
Imobilizado corpóreo 200 000,00 50 000,00 150 000,00

ALIENAÇÃO DE IMOBILIZADO

Como já referimos, os investimentos na aquisição de imobilizações


corpóreas prendem-se com as necessidades de dotar a empresa de
certa capacidade estrutural, por forma a dar resposta às solicitações a
que esta sujeita.

18
O imobilizado corpóreo de uma empresa pode ser vendido devido a
duas razões fundamentais:

 A administração pensa que é preferível substituí-lo por um novo


modelo mais actual e melhor.

 O seu custo de manutenção excede os benefícios de utilização.

Como é lógico, tais factos devem ser registados na contabilidade da


empresa, para que não só os órgãos de gestão, mas também os
restantes elementos interessados na sua actividade saibam o que
aconteceu a tais bens.

O princípio básico a ter em conta na venda de um bem imobilizado é


que todos os valores que com ele se relacionam devem ser anulados, já
que a empresa, com a venda, perde os direitos que sobre ele possuía.

Por outro lado, também sabemos que o valor destes bens imobilizados
não é uniforme ao longo do tempo, pois vai diminuindo ao longo da
respectiva vida útil.

Esta perda da valor ou depreciação encontra-se relevada nas


respectivas subcontas da conta Amortizações acumuladas.

Assim, coloca-se a questão de saber qual é, contabilisticamente, o valor


de determinado bem imobilizado num dado momento.

Para responder à questão colocada, devemos apurar o valor actual ou


contabilístico do bem, que não é mais do que a diferença entre o seu
custo de aquisição (ou de produção) e o valor respectivo das
amortizações acumuladas até à data. Isto é:

Valor actual (ou contabilístico do bem)= Custo de aquisição (ou de


produção) – Valor das
amortizações acumuladas.

Quando já não interessa ter o bem ao serviço da empresa é preciso


aliená-lo.

Assim, quer o valor de aquisição do bem, quer a correspondente


reintegração acumulada devem ser anulados nos livros de registo da
empresa.

A contabilização das alienações do imobilizado corpóreo envolve


cumulativamente:

 O registo da venda

19
 O registo da anulação do bem imobilizado
 O registo da anulação das respectivas amortizações acumuladas.

Uma vez decidida a venda ou alienação de um bem, sendo conhecido


o respectivo valor actual e fixado o preço por que vai ser vendido
(alienado), facilmente se depreende se a empresa, com a operação,
vai obter um ganho ou uma perda.

Atendendo à natureza da operação, existirá um:

 Ganho: Se o preço da venda for superior ao valor actual, resultará


um proveito que será relevado em outros proveitos e
ganhos não operacionais/vendas de imobilizações
corpóreas.

 Perda: Se o preço de venda for inferior ao valor actual, resultará


uma perda que será relevada em outros custos e perdas
não operacionais/vendas de imobilizações corpóreas.

Exemplo de Perda em alienação:

A empresa Comercial César & Filhos, alienou uma viatura ligeira que
tinha adquirido por 4 000 000,00 kz há dois anos (2015), a vida útil do
bem tinha sido estimada em 4 anos. Este bem foi vendido este ano 2017,
a prazo por 1 300 000,00 kz.

Questões:

 Efectue o registo na razão, pela alienação do bem.

Lançamento contabilístico:

Etapas a seguir:

1. Calcular o valor contabilístico do bem

Amortizações acumuladas até 2016 = (Valor de aquisição ÷ vida útil) x


anos que amortizo o bem
=( 4 000 000,00 kz ÷ 4 nos) x 2 anos
= 2 000 000,00 kz

Valor Contabilístico = Valor de aquisição – Amortização acumulada


= 4 000 000,00 kz – 2 000 000,00 kz
= 2 000 000,00 kz

20
2. Apurar se há um ganho ou uma perda com alienação

Preço de venda (PV)–Valor Contabilístico(VC)=1 300 000,00 –2 000 000,00


= -700 000,00 kz

Calcular o imposto de Consumo da venda

Preço de venda (PV) x Taxa do 10% = 1 300 000,00 x 10% = 130 000,00 kz

Lançamento contabilístico:

VENDA A PRAZO
37.2.1 78.3.1 34.2

1) 1 430 000 2) 4 000 000 1) 1 300 000 1) 130 000


3) 2 000 000
4 000 000 3 300 000
700 000

18.1.4 11.4.1
3) 2 000 000 SI 2 000 000 Si 4 000 000 2) 4 000 000

1) Pelo valor de venda.


2) Pelo valor inicial de aquisição do bem vendido.
3) Pelo valor das Amortizações Acumuladas do bem vendido

Nota: O saldo final da conta 78.3.1-Perdas em imobilizações/Venda


de imobilizações corpóreas, é um saldo devedor de 700 000,00 kz,
equivalente à perda apurada na Etapa 2

21
Lançamento contabilístico:

VENDA A PRONTO POR CHEQUE


43.1.1 78.3.1 34.2

1) 1 430 000 3) 4 000 000 1) 1 300 000 1) 130 000


4) 2 000 000
4 000 000 3 300 000
700 000

34.9.1 75.3.1.1
2)13 000 2)13 000

18.1.4 11.4.1
4) 2 000 000 SI 2 000 000 Si 4 000 000 3) 4 000 000

1) Pelo valor do recebimento da venda.


2) Pelo registo do reconhecimento do custo pelo imposto de
selo
3) Pelo valor inicial de aquisição do bem vendido.
4) Pelo valor das Amortizações Acumuladas do bem vendido

Nota: O saldo final da conta 78.3.1-Perdas em imobilizações/Venda


de imobilizações corpóreas, é um saldo devedor de 700 000,00 kz,
equivalente à perda apurada na Etapa 2

Exemplo de Ganho em alienação:

A empresa Comercial César & Filhos, alienou uma viatura ligeira que
tinha adquirido por 4 000 000,00 kz há dois anos (2015), a vida útil do
bem tinha sido estimada em 4 anos. Este bem foi vendido este ano 2017,
a prazo por 2 400 000,00 kz.

Questões:

 Efectue o registo na razão, pela alienação do bem.

22
Lançamento contabilístico:

Etapas a seguir:

1. Calcular o valor contabilístico do bem

Amortizações acumuladas até 2016 = (Valor de aquisição ÷ vida útil) x


anos que amortizo o bem
=( 4 000 000,00 kz ÷ 4 nos) x 2 anos
= 2 000 000,00 kz

Valor Contabilístico = Valor de aquisição – Amortização acumulada


= 4 000 000,00 kz – 2 000 000,00 kz
= 2 000 000,00 kz

2. Apurar se há um ganho ou uma perda com alienação

Preço de venda (PV)–Valor Contabilístico(VC)=2 400 000,00 –2 000 000,00


= 400 000,00 kz

3. Calcular o imposto de Consumo da venda

Preço de venda (PV) x Taxa do 10% = 2 400 000,00 x 10% = 240 000,00 kz

Lançamento contabilístico:

VENDA A PRAZO
37.2.1 68.3.1 34.2

1) 2 640 000 2) 4 000 000 1) 2 400 000 1) 240 000


3) 2 000 000
4 000 000 4 400 000
400 000

18.1.4 11.4.1
3) 2 000 000 SI 2 000 000 Si 4 000 000 2) 4 000 000

5) Pelo valor de venda.


6) Pelo valor inicial de aquisição do bem vendido.
7) Pelo valor das Amortizações Acumuladas do bem vendido

Nota: O saldo final da conta 68.3.1-Ganhos em imobilizações/Venda


de imobilizações corpóreas, é um saldo credor de 400 000,00 kz,
equivalente à Ganho apurada na Etapa 2.

23
Lançamento contabilístico:

VENDA A PRONTO POR CHEQUE

43.1.1 68.3.1 34.2

1) 2 640 000 3) 4 000 000 1) 2 400 000 1) 240 000


4) 2 000 000
4 000 000 4 400 000
400 000

34.9.1 75.3.1.1
2) 24 000 2) 24 000

18.1.4 11.4.1
4) 2 000 000 SI 2 000 000 Si 4 000 000 3) 4 000 000

1) Pelo valor do recebimento da venda.


2) Pelo registo do reconhecimento do custo pelo imposto de selo
3) Pelo valor inicial de aquisição do bem vendido.
4) Pelo valor das Amortizações Acumuladas do bem vendido

Nota: O saldo final da conta 68.3.1-Ganhos em imobilizações/Venda


de imobilizações corpóreas, é um saldo credor de 400 000,00 kz,
equivalente à Ganho apurada na Etapa 2

ABATE DO IMOBILIZADO

Os bens registados no imobilizado da empresa podem ser abatidos por


sinistros ou por desactivação.

Sinistro de um bem imobilizado:

Nas empresas, ainda que esporadicamente, ocorrem factos alheios ao


seu normal funcionamento, que se reflectem negativamente ao nível
do seu imobilizado.

Referimo-nos a acidentes, incêndios, inundações, roubos, etec.

Os sinistros dos bens do imobilizado podem estar ou não cobertos pelo


seguro, decorrendo deste facto a existência de possíveis direitos a
indemnizações, as quais deverão ser consideradas nos registos a
efectuar.

24
1. Sinistro de um bem imobilizado não coberto pelo seguro

Quando se verifica esta situação, a empresa suporta, desde logo, uma


perda que ascende ao valor actual do bem, que é igual ao custo de
aquisição (ou de produção) menos o valor das amortizações
acumuladas, na medida em que não irá receber qualquer
indemnização que a atenue ou elimine.

A empresa deverá efectuar dois registos na sua contabilidade:

 O primeiro consiste na transferência do valor da amortização


acumulada para a respectiva conta do imobilizado, a fim de se
apurar o valor actual do bem.

 O segundo consiste na contabilização na subconta de custos e


perdas extraordinários/Perdas resultantes de sinistros, pelo prejuízo
verificado do imobilizado.

2. Sinistro de um bem imobilizado coberto pelo seguro

Quando o bem sinistrado está coberto pelo seguro, a empresa tem


direito a receber uma indemnização. Todavia, a indemnização pode
compensar ou não a perda sofrida.

Quando efectuamos a comparação com o valor actual ou


contabilístico do bem, que ficou inutilizado, com a indemnização a que
se tem direito, podemos estar perante uma perda extraordinária, um
ganho extraordinário ou uma situação nula.

Os registos a efectuar serão:

 Transferir o valor das amortizações acumuladas para a respectiva


conta do imobilizado corpóreas ou incorpóreas.

 Transferir o valor actual do bem sinistrado para a subconta de


custos e perdas extraordinários 79.4.1-Perdas resultantes de
sinistros/Imobilizações corpóreas ou incorpóreas.

 Registar o valor da indemnização recebida, ou em dívida a


débito da conta 45-Caixa, 43-Deposito á Ordem, ou da conta 37-
outros valores a receber e a pagar por contrapartida das
subcontas 79.4.1-Perdas em sinistro/imobilizações corpóreas ou
incorpóreas, ou a subconta 69.4.1-Ganhos resultantes de
sinistros/Imobilizações corpóreas ou incorpóreas.

25
Assim:

a) O valor da indemnização é inferior ao valor actual do bem

 O primeiro passo no registo contabilístico consiste na transferência


do valor das amortizações acumuladas para a conta do
imobilizado corpóreo ou incorpóreo.

 De seguida, procede-se à transferência do valor actual do bem


sinistrado para a subconta de custos e perdas extraordinários
79.4.1-Perdas resultantes de sinistros/Imobilizações corpóreas ou
incorpóreas.

 Por fim, é preciso registar o valor da indemnização da companhia


seguradora, mediante debito a 45-Caixa, 43- Deposito á Ordem
ou 37- Outros valores a receber e a pagar com crédito na
subconta de custos e perdas extraordinários 79.4.1-Perdas
resultantes de sinistros/imobilizações corpóreas ou incorpóreas.

b) O valor da indemnização é superior ao valor actual do bem


sinistrado.

 Os passos a seguir são semelhante ao anterior, sendo a subconta


a movimentar 69.4.1- Ganhos resultantes de sinistros/Imobilizações
corpóreas ou incorpóreas.

Exemplo:

Em 20 de Dezembro de 2016 na empresa de serviços gerais URBANOVA,


Lda., ocorreu um pequeno incêndio no escritório que destruiu
completamente um televisor plasma que havia sido adquirido em 2015
por 250 000,00Kz, sendo amortizado anualmente à taxa de 25%.

Resolução:

Etapas a seguir:

1. Calcular o valor contabilístico actual do bem

Amortizações acumuladas até 2016= 2 anos X 0,25 X 250 000,00


= 125 000,00 kz

Valor Contabilístico actual = 250 000,00 – 125 000,00 = 125 000,00 kz

26
Lançamento contabilístico:

SINISTRO DE UM BEM IMOBILIZADO NÃO COBERTO PELO SEGURO

11.5.1 18.1.5 79.4.1

SI 250 000 1) 125 000 1) 125 000 SI 125 000 2) 125 000
S.N
125 000 2)125 000
S.N

1) Pelo registo da transferência do valor da amortização


acumulada para a respectiva conta do imobilizado corpóreo.
2) Pelo registo do prejuízo verificado no sinistro do imobilizado.

Exemplo:

Em 20 de Dezembro de 2016 na empresa de serviços gerais URBANOVA,


Lda., ocorreu um pequeno incêndio no escritório que destruiu
completamente um televisor plasma que havia sido adquirido em 2015
por 250 000,00Kz, sendo amortizado anualmente à taxa de 25%. No dia
30 do referido mês, a seguradora Mundial Seguro, S.A, comunicou que
irá indemnizar a empresa em 100 000,00 kz.

Resolução:

Etapas a seguir:

1. Calcular o valor contabilístico actual do bem

Amortizações acumuladas até 2016= 2 anos X 0,25 X 250 000,00


= 125 000,00 kz

Valor Contabilístico actual = 250 000,00 – 125 000,00 = 125 000,00 kz

2. Fazer a comparação entre o valor contabilístico actual do bem


e o valor de indemnização.

125 000,00 ˃ 100 000,00

Como o valor contabilístico actual do bem é maior que a indemnização


do sinistro, resultou uma perda, sendo os registos os seguintes.

27
Lançamento contabilístico:

SINISTRO DE UM BEM IMOBILIZADO COBERTO PELO SEGURO COM


INDEMNIZAÇÃO INFERIOR AO VALOR CONTABILÍSTO ACTUAL DO BEM

11.5.1 18.1.5 79.4.1

SI 250 000 1) 125 000 1) 125 000 SI 125 000 2) 125 000 3) 100 000
S.N 25 000
125 000 2)125 000
S.N

37.9.1
3) 100 000

1) Pelo registo da transferência do valor da amortização


acumulada para a respectiva conta do imobilizado corpóreo.
2) Pelo registo do prejuízo verificado no sinistro do imobilizado.
3) Pelo registo da indemnização pendente de receber da
seguradora.

Exemplo:

Em 20 de Dezembro de 2016 na empresa de serviços gerais URBANOVA,


Lda., ocorreu um pequeno incêndio no escritório que destruiu
completamente um televisor plasma que havia sido adquirido em 2015
por 250 000,00Kz, sendo amortizado anualmente à taxa de 25%. No dia
30 do referido mês, a seguradora Mundial Seguro, S.A, comunicou que
irá indemnizar a empresa em 200 000,00 kz.

Resolução:

Etapas a seguir:

1. Calcular o valor contabilístico actual do bem

Amortizações acumuladas até 2016= 2 anos X 0,25 X 250 000,00


= 125 000,00 kz

Valor Contabilístico actual = 250 000,00 – 125 000,00 = 125 000,00 kz

28
2. Fazer a comparação entre o valor contabilístico actual do bem
e o valor de indemnização.

125 000,00 < 200 000,00

Como o valor contabilístico actual do bem é menor que a


indemnização do sinistro, resultou um ganho, sendo os registos os
seguintes.

Lançamento contabilístico:

SINISTRO DE UM BEM IMOBILIZADO COBERTO PELO SEGURO COM


INDEMNIZAÇÃO SUPERIOR AO VALOR CONTABILÍSTO ACTUAL DO BEM
11.5.1 18.1.5 69.4.1

SI 250 000 1) 125 000 1) 125 000 SI 125 000 2) 125 000 3) 200 000
S.N 75 000
125 000 2)125 000
S.N

37.9.1
3) 200 000

1) Pelo registo da transferência do valor da amortização acumulada


para a respectiva conta do imobilizado corpóreo.
2) Pelo registo do prejuízo verificado no sinistro do imobilizado.
3) Pelo registo da indemnização pendente de receber da seguradora.

Por desactivação ou inutilização do imobilizado

O imobilizado, quando chega ao termo da respectiva vida útil


esperada, deixa de ser eficaz para a empresa, pois possui um valor
económico nulo, podendo ser abatido ao activo desta. Quanto tal
acontece, duas situações são possíveis, sendo os respectivos registos os
seguintes:

a) Se o bem está totalmente amortizado:

Neste caso, o único registo a fazer consistirá em transferir o valor das


amortizações acumuladas para a respectiva conta do imobilizado, que
desta forma, fica saldada.

b) Se o bem não esta totalmente amortizado:

Como o valor das amortizações acumuladas é inferior ao custo de


aquisição do bem, a respectiva conta do imobilizado corpóreo ou
incorpóreo apresenta um saldo devedor, após a transferência para esta
conta do valor acumulado das amortizações. Este saldo devedor

29
deverá ser transferido para a subconta de Outros custos e perdas não
operacionais, denominada Perdas em imobilizações/Abates.

Exemplo:

A empresa de construção civil SAQUENAF, Lda., em 24 de Dezembro de


2016, decidiu-se pelo abate de uma máquina fotocopiadora, adquirida
em 2014 por 300 000,00 kz e amortizado anualmente à taxa de 25%,
com uma vida útil estimada de 4 anos.

Resolução:

Etapas a seguir:

1. Calcular o valor contabilístico actual do bem

Amortizações acumuladas até 2016= 3 anos X 0,25 X 300 000,00


= 225 000,00 kz

Valor Contabilístico actual = 300 000,00 – 225 000,00 = 75 000,00 kz

Como a máquina fotocopiadora não se encontra totalmente


amortizada, os registos a efectuar são os seguintes:

Lançamento contabilístico:

ABATE DE UM BEM IMOBILIZADO QUE NÃO ESTÁ TOTALMENTE AMORTIZADO


11.5.1 18.1.5 78.3.3

SI 300 000 1) 300 000 2) 225 000 SI 225 000 1) 300 000 2) 225 000
S.N 75 000
S.N

1) Pelo registo da transferência do valor de aquisição do bem para a


conta de perdas em imobilizações/Abates
2) Pelo registo da transferência do valor da amortização acumulada
para a respectiva conta de perdas em imobilizações/Abates

Exemplo:

A empresa de construção civil SAQUENAF, Lda., em 24 de Dezembro de


2016, decidiu-se pelo abate de uma máquina fotocopiadora, adquirida
em 2013 por 300 000,00 kz e amortizado anualmente à taxa de 25%,
com uma vida útil estimada de 4 anos.

30
Resolução:

Etapas a seguir:

1. Calcular o valor contabilístico actual do bem

Amortizações acumuladas até 2016= 4 anos X 0,25 X 300 000,00


= 300 000,00 kz

Valor Contabilístico actual = 300 000,00 – 300 000,00 = 0 kz

Como a máquina fotocopiadora se encontra totalmente amortizada, os


registos a efectuar são os seguintes:

Lançamento contabilístico:

ABATE DE UM BEM IMOBILIZADO QUE ESTÁ TOTALMENTE AMORTIZADO


11.5.1 18.1.5 78.3.3

SI 300 000 1) 300 000 2) 300 000 SI 300 000 1) 300 000 2) 300 000
S.N S.N S.N

1) Pelo registo da transferência do valor de aquisição do bem para a conta


de perdas em imobilizações/Abates
2) Pelo registo da transferência do valor da amortização acumulada para a
respectiva conta de perdas em imobilizações/Abates

TROCAS DE ACTIVOS

As empresas no âmbito da suas liberdade de gestão podem efectuar


transacções com outras entidades que envolvam imobilizados
corpóreos, imobilizados incorpóreos, investimentos em imóveis e activos
não correntes detidos para alienação, agregados na classee de meios
fixos e investimentos. Esta troca de activos entre as entidades,
consubstancia-se numa forma particular de aquisição, efectuada por
duas entidades que poderão ou não ser complementadas pelo fluxo de
meios monetários.

No contexto da troca de activos, as principais questões que se


levantam são:

A determinação fiável do justo valor do activo cedido, que sevirá de


base para a avaliação do activo recebido ou, na sua falta, ou se mais
claramente evidente, o justo valor do activo recebido, reconhecendo-
se ainda os eventuais ganhos e perdas decorrentes da transacção.

31
A inexistência de ganhos e perdas na transacção quando haja
impossibilidade de determinar fiavelmente o justo valor quer do activo
cedido quer do activo recebido.

Exemplo:

A sociedade Alfa, Lda, possuía, no conjunto dos seus imobilizados


corpóreos, um computador portátil adquirido em 5 de Janeiro de 2014 a
um custo de 1 000 000,00 kz, com a vida útil de cinco anos e um valor
residual nulo. No dia 2 de Janeiro do ano 2016, a sociedade Beta, Lda.,
ligada à área de negocio de compra e venda, sugeriu a troca de
aquele computador por um computador de mesa em estado novo,
cujo valor de venda ao público (em condições normais de crédito) é de
800 000,00 kz. Esta troca não envolve qualquer pagamento em dinheiro.

Questões:

 Com base nas informações acima, pretende-se o tratamento


contabilístico dos factos acima mencionados em 2 de Janeiro de
2016(data da transacção) na óptica da sociedade Alfa, Lda.

Cálculos:

Amortizações reconhecidas até à alienação =(Custo de aquisição ÷


Vida útil do activo em anos) X período decorrido desde a data da aquisição até
à alienação (ano 2016) = (1 000 000,00 Kz ÷ 5 anos) X 2 anos = 400 000,00 kz

Lançamento contabilístico:

TROCA DE BENS SEM DINHEIRO ENVOLVIDO (COM GANHO NA TRANSACÇÃO)


11.5.1 11.5.2 18.1.5

1) 800 000 SI)1 000 000 2) 1 000 000 2) 400 000 SI) 400 000

68.3.1 37.1.1
2) 1 000 000 2) 400 000 3) 800 000 1) 800 000
3) 800 000

SI) Saldo inicial da portátil registada no imobilizado corpóreo


1) Reconhecimento do computador de mesa recebido, pelo justo
valor a data da troca.
2) Desreconhecimento (por troca de activos) da portátil cedida, pela
quantia registada à data da troca.
3) Desreconhecimento da divida do fornecedor, por compensação (troca
sem contrapartidas monetárias)

32
Exemplo:

A empresa Lobito, Lda., aceita trocar, em 2 de Janeiro de 2017, um dos


seus veículos ligeiros de mercadorias por uma máquina de corte
industrial da sociedade Benguela, Lda.. A viatura foi adquirida por
8 000 000,00 kz e encontra-se amortizada em 50%, não se conseguindo
determinar de modo fiável o justo valor da viatura em estado de uso.

O justo valor do equipamento recebido é de 6 000 000,00 kz,


coincidente com o valor de venda ao público praticado pela
sociedade Benguela, Lda., A sociedade Lobito, Lda., entregou ainda a
esta última um cheque nº 345678932 sobre o Banco BAI no montante de
600 000,00 kz.

Questões:

 Com base nos factos acima apresentados, pretende-se o


tratamento contabilístico relativo às operações anteriormente
referidas na optica da sociedade Lobito, Lda., considerando que
a transacção apresenta substância comercial.

Lançamento contabilístico:

TROCA DE BENS COM DINHEIRO ENVOLVIDO NA TRANSACÇÃO


11.4.1 18.1.4 11.3.2

SI) 8 000 000 2) 8 000 000 2)4 000 000 SI)4 000 000 1) 6 000 000

68.3.1 37.1.1 43.1.1


2) 8 000 000 2) 4 000 000 3) 5 400 000 1) 6 000 000 4) 600 000
3) 5 400 000 4) 600 000

SI) Saldo inicial da viatura registada no imobilizado corpóreo


1) Reconhecimento da maquina de corte industrial recebida, pelo
justo valor a data da troca.
2) Desreconhecimento (por troca de activos) da viatura cedida, pela
quantia registada à data da troca.
3) Desreconhecimento (parcial) da divida do fornecedor, previamente à
correspondente contrapartida monetária
4) Pela entrega da contrapartida monetária acordada entre as partes.

33
Exemplo:

A empresa METUNA, S.A, aceita trocar, em 2 de Janeiro de 2017, uma


viatura ligeira, por uma similar, da empresa FERMAT, Lda., sem qualquer
contrapartida monetária. A quantia registada da viatura ligeira da
empresa METUNA, S.A, é 10 000 000,00 kz (custo de 15 000 000,00 kz –
amortização acumulada de 5 000 000, 00 kz). O justo valor da viatura
ligeira da empresa FERMAT, Lda., não pode, tal como no caso da
viatura ligeira da empresa METUNA, S.A, ser valorizada com fiabilidade.
Por outro lado, espera-se que os fluxos de caixa obtidos relativamente a
viatura recebida não difiram substancialmente dos fluxos de caixa
relativos a viatura cedida.

Questões:

 Proceda ao tratamento contabilístico relativo às operações


anteriormente mencionadas na óptica da sociedade METUNA,
S.A.

Lançamento contabilístico:

TROCA DE BENS SEM GANHOS OU PERDAS NA TRANSACÇÃO


11.4.1 18.1.4

SI) 15 000 000 2) 15 000 000 2)5 000 000 SI)5 000 000
1) 10 000 000

78.3.1 37.1.1
2) 15 000 000 2) 5 000 000 3) 10 000 000 1) 10 000 000
3) 10 000 000

SI) Saldo inicial da viatura registada no imobilizado corpóreo


1) Reconhecimento da viatura recebida (Empresa FERMAT, Lda.), pela
quantia registada do bem cedido (Viatura ligeira da Empresa
METUNA, S.A)
2) Desreconhecimento (por troca de activos) da viatura cedida, pela
quantia registada à data da troca.
3) Desreconhecimento da divida do fornecedor, por compensação(troca
sem contrapartidas monetárias)

LOCAÇÃO FINANCEIRA

Qualquer decisão de investimento implica, desde logo, a escolha da


modalidade mais apropriada ou conveniente para o seu
financiamento. Assim, atendendo à situação financeira da empresa e
ao custo do capital alheio, a obtenção de determinado bem
imobilizado pode passar pela respectiva aquisição, a pronto ou a prazo,
com recurso a capitais próprios ou a capitais alheios (empréstimos) ou,
34
em alternativa, resultar da celebração de um contrato de locação
financeira (leasing) com uma sociedade especializada.

A locação financeira é o “contrato pelo qual uma das partes se obriga,


contra retribuição, a conceder a outra o gozo temporário de uma
coisa, adquirida ou construída por indicações desta e que a mesma
pode comprar, total ou parcialmente, num prazo convencionado,
mediante o pagamento de um preço determinado ou determinável nos
termos do próprio contrato.

De forma simples, se uma empresa pretende obter determinado


imobilizado, um seu representante poderá dirigir-se a uma sociedade de
leasing e solicitar o respectivo fornecimento em regime de locação
financeira. Uma vez conhecido o valor do bem e acordadas as
condições (prazo, montante, prestação periódica, taxa de juro
implícita, valor residual) celebram o contrato que vigorará por um
determinado prazo, durante o qual e com determinada periodicidade,
mensal, trimestral, a empresa (locatário) pagará a sociedade de leasing
(locador)uma renda que engloba:

 Amortização de capital
 Juros suportados
 impostos

No final do contrato, a empresa locatária pode optar por:

Adquirir o bem, mediante o pagamento do valor residual, acrescido do


respectivo imposto a taxa legal.

Entregar o bem ao locador, pois, apesar de o bem ser contabilizado no


património da empresa, ele juridicamente continua a ser propriedade
da sociedade de leasing que o cedeu.

O PGC estabelece quanto ao regime de locação financeira:

Quando se trata de bens em regime de locação financeira, a


contabilização por parte do locatário obedecerá às seguintes regras,
por aplicação do principio da substância sob aa forma.

a) No momento do contrato, a locação deve ser registada por igual


quantitativo no activo e no passivo, pelo mais baixo do justo valor
do imobilizado neste regime, líquido de subsídios e de créditos de
imposto, recebíveis pelo locador, se existirem, ou do valor actual
das prestações, excluindo comissões e serviços do locador.

35
b) Para o cálculo do valor actual citado em a), a taxa de desconto
a usar é a implícita na locação, se determinável, ou a taxa de juro
corrente no mercado em operações de risco e prazo
equivalentes.

c) As rendas serão desdobradas de acordo com o plano de


amortização financeira da divida a pagar referida em a)
(considerando que esta representa o valor actual de uma renda
antecipada), debitando a conta do passivo pela parte
correspondente à amortização do capital e levando o restante a
conta de custos financeiros, a título de juros.

d) O activo imobilizado referido em a) deve ser amortizado de forma


consistente com a política contabilística da empresa, se não
existir certeza razoável de que o locatário obtenha a titularidade
do bem no fim do contrato, o activo deve ser amortizado durante
o período do contrato se este for inferior ao da sua vida útil.

De acordo com o explicitado, o trabalho contabilístico a realizar, no


caso dos bens em regime de locação financeira, implica o registo:

 Do contrato
 Das vendas
 Da amortização do exercício
 Da aquisição do bem pelo valor residual

Exemplo:

Em 20 de Outubro de 2016, a empresa César & Filhos, Lda., em Lobito,


celebrou um contrato com a sociedade Soleasing, S.A, com vista à
obtenção de uma máquina industrial no valor de 3 000 000,00 kz, em
regime de locação financeira. Do plano de financiamento constavam
oito rendas trimestrais, sendo a primeira de 375 000,00 kz e o juro de 135
000,00 kz. O valor residual é de 5% e a duração prevista para a máquina
é de 4 anos.

Questões:

Efectue o registos contabilísticos relativos:

a) A celebração do contrato de locação financeira


b) Ao pagamento da primeira renda
c) A quota de amortização no final do primeiro ano
d) A aquisição da máquina pelo valor residual

36
Cálculos:

Valor do contrato: 3 000 000,00 kz

Valor residual: 3 000 000,00 kz x 0,05 = 150 000 kz

Vida útil da máquina= 4 anos

Renda= 375 000,00 kz trimestrais

Juro = 135 000,00 kz

Renda = Amortização de capital + Juros suportados


= 240 000,00 + 135 000,00 = 375 000,00 kz

Quota de amortização anual = 3 000 000,00 – 150 000,00


4 anos
= 2 850 000,00= 712 500,00 kz
4 anos

Lançamento contabilístico:

LOCAÇÃO FINANCEIRA DE BENS


11.3.2 37.1.1

1) 3 000 000 2) 240 000 1) 3 000 000


4) 150 000

43.1.1 76.1.1
2) 375 000 2) 135 000
4) 150 000

18.1.3 73.1.3
3) 712 500 3) 712 500

1) Celebração do contrato de locação financeira


2) Pelo pagamento da primeira renda
3) Pela quota de amortização no final do ano
4) Pela aquisição da máquina pelo valor residual

37
ACTIVIDADES FINAIS:

Tarefa independente: Fazer os exercícios referente ao tema abordado


no material. das imobilizações corpóreas e incorpóreas.

BIBLIOGRAFIA:

 Aires lousa. Cristina Salguerinho. A contabilidade e a Gestão diária em


Angola. Plural Editores 2012.
 Antonio Domingos Muhungo, Contabilidade Geral, Editora. Edições de
Angola. Lda. 1ª Edição- Junho de 2012.
 Magro, José Luis Faria e Magro, Adelaide. Manual de Contabilidade
Angolano, 2ª Edição. Porto, PT: Uniarte Gráfica, 2008.
 Plano Geral de Contabilidade da Republica de Angola. Aprovado pelo
Decreto N0. 82/2011, de 16 de Novembro.
 Marta Guerreiro. Plano Geral de Contabilidade Explicado. Editora. Plural
Editores. Luanda. Angola 2015.

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