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Nome: Dalilian Jussara Gomes Chemiscok, R.

A C7082B4

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, Justificativa da Pedagogia do Oprimido.


17ª. Edição, São Paulo: Editora Paz e Terra, 1987 cap. 1 p.29-56

Justificativa da Pedagogia do Oprimido

O autor coloca que tanto o opressor como o oprimido são prisioneiros da


desumanização: “A desumanização, que não se verifica apenas nos que tem sua
humanidade roubada, mas também, ainda que de forma diferente, nos que a roubam,
é a distorção da vocação do ser mais” (p. 30).
Ao cometer atos humanos, mais humanidade terá. Assim ao praticarmos a
desumanidade, mais desumanos nos tornaremos. Portando quando um ser se sente
superior, e pensa que tem a posse do outro, o trata como um ser insignificante, este
estará praticando a desumanidade, e esse ser “menos”, quando tiver a oportunidade
de ter o “poder” repetirá esses atos para demonstrar sua autoridade.
Ter a sua humanidade roubada é não ter liberdade para novas conquistas e assim o
autor diz: “A liberdade que é uma conquista, e não uma doação exige uma permanente
busca”. (p. 34)
Essa permanente busca é a marca do inacabamento, mas o oprimido acaba se
acomodando e essa condição faz com que ele tenha medo dessa liberdade, onde eles
não se sentem capazes de assumir riscos e buscar novos desafios. Podemos dizer
que mesmo sendo inacabado, o oprimido tem medo de repressões e por isso tem
medo de avançar em busca dos seus objetivos.
Para que essa libertação aconteça é necessária uma mudança, assim como um parto,
onde nasce um novo homem pela superação, não sendo mais opressor ou oprimido,
mas homem liberto. Na visão do autor “Inauguram o desamor, não os desamados,
mas os que amam, porque apenas se amam”. (p. 42)
A violência, tirania negação dos opressores é que faz os oprimidos homens proibidos
de ser. Esse desamor recebe como resposta a violência. São homens que buscam o
direito de ser. O egoísmo do opressor apenas olhando para si, em busca do seu
conforto, sem um olhar para o outro ser, é como um espelho, a imagem que se vê é a
que reflete, então se reflito desamor verei desamor.
O autor descreve e seu texto que: “A opressão só existe quando se constitui em um
ato proibitivo do ser mais dos homens”. (p. 44)
O ato de opressão começa quando os direitos do homem são retirados e
consequentemente a sua liberdade. O “ser mais”, as vezes privilegiados pela situação
financeira ou por obter mais estudo ou por deter o conhecimento, acaba tomando
posse do oprimido, fazendo uso da sua vulnerabilidade. Retira a sua liberdade de
expressão, e esse acaba condicionado a esse ato de opressão muitas vezes por
necessidade.
A Justificativa da Pedagogia do Oprimido trata de seres dos dominantes onde a
educação serve a pequenos grupos, utilizando como forma de opressão a
manipulação.
Paulo Freire em nova perspectiva a essa pratica pedagógica utilizando-se da
pedagogia libertadora que leva os oprimidos a liberdade de expressão, constituindo
um pensamento crítico considerando a bagagem do indivíduo. Esse ser é
reumanizado e passa a ser sujeito de sua história, se relacionando com o mundo e
com os demais homens, deixando de lado o papel de receptor e tornando-se um
mediador do processo. Essa pedagogia deve ser usada na promoção da reflexão
sobre as causas de sua opressão e orientar para lutar contra o medo libertador,
rompendo assim a manipulação, apresentando alternativas para a solução dessa
relação de opressor e oprimido, evidenciando que a libertação deve ser liderada
justamente pelo próprio oprimido depois de agir sobre si deve refletir o mundo e assim
transforma-lo. Opressores e oprimidos são vítimas da mesma inconsciência. A
conscientização se dá por um processo gradual em que se busca a liberdade sem
produzir novos opressores e oprimidos. Ele coloca uma revolução na estrutura social,
através da qual o homem como sendo de fundamental importância a sua existência
no mundo, é capaz de fazer sua história, sem um futuro a priori, como este que é
imposto pelas minorias dominante.

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