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RESENHA.

Horton Stanley M.Teologia Sistemática .../ Stanley M. Horton 1. Ed. – Rio de Janeiro:
Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1996. P 808. (Doutrina).

Stanley M. Horton foi um teólogo do movimento Pentecostal e o autor de


inúmeros livros. Foi professor emérito de Bíblia e Teologia da Assembleies of God
Theological Seminary em Springfield, Missouri, além de comentar as lições bíblicas
para a Escola Dominical das Assembléias de Deus norte americanas.

Sua graduação inclui uma M. Div. Gordon Conwel Theological Seminary, S.


T.M da universidade de Harvard, eu TH.D do (Central Baptist Theological Seminary) .

O livro: “Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal”, publicado pela


Editora CPAD, é constituído de 808 pags. Divididas em 18 capítulos, 1 prefácio
elaborado por Stanley Horton ,uma introdução e uma parte final. Ao final da obra é
apresentada uma extensa Bibliografia com um glossário e diversas notas.

Na introdução, o autor enfatiza que o atual compêndio teológico, tem por finalidade
atender de forma didática e Esclarecedora o Público Pentecostal, estabelecendo-se assim
uma dogmática enraizada nos principais pontos doutrinários da Teologia Pentecostal. A
obra e fruto de uma composição, feita por vinte teólogos Pentecostais os quais
objetivaram em sua dogmática, uma “moderna” declaração teológica para o mundo
pentecostal.

No capitulo III, intitulado “A palavra inspirada de Deus”, o autor apresenta,


através de argumentos objetivos, uma revelação geral cósmico-antropológica. Para ele
esta forma de revelação e universal e esclarecedora, pois todas as pessoas podem obter
um conhecimento de Deus olhando para a natureza. Entretanto segundo o autor, esta
revelação implícita na natureza tem por finalidade, trazer ao homem a elucidação de
uma revelação especial. Trata-se da revelação em Jesus Cristo, uma revelação divina e
progressiva. Se o homem não consegue ter uma visão apurada de Deus na revelação
geral, devido ao estado corrompido em que se encontra na revelação especial segundo o
autor, Deus oferece ao ser humano um resgate na manifestação especial na pessoa de
seu Filho. O objetivo deste capítulo foi o de demonstrar os dois víeis da revelação
divina bem como o conceito de inspiração e iluminação.

No capitulo IV, intitulado “O Deus único e verdadeiro”, a abordagem do autor


consiste-se na afirmação de que a Bíblia não procura oferecer-nos qualquer prova
racional quanto à existência de Deus. O autor tomando por temática a criação dos seres
humanos apresenta uma contraposição entre a teoria evolucionista e a criacionista,
contrastando a teoria da revolução, com a revelação criacional de Deus. Então parte-se
para o apontamento da sabedoria de Deus que se constitui, em um de seus atributos
incomunicáveis. De acordo com o autor, o conhecimento que Deus possui abrange a
esfera atual, e futurística demonstrando-se nestes fatos, a sapencialidade totalitária de
Deus. Perpassando-se então, para os títulos nominais de Deus bem como o seu nome
próprio, informando-nos a relevância que cada título possui, em um determinado evento
da historia bíblica. Neste quarto capitulo apresenta-se uma perspectiva religiosa baseada
na crença monoteísta, sinalizando uma conjunção judaico-cristã entrelaçada na cultura
Ocidental.

No quinto capitulo, intitulado “A Santíssima Trindade”, o autor aborda o assunto


da triunidade, citando o credo Atanasiano dando-nos uma construção de palavras
factuais, e ao mesmo tempo envolta no “mistério”. Agora, o autor apresenta-nos as
evidencias Bíblicas acerca da doutrina trinitariana, levantando expressões pluralizadas
tanto no antigo, quanto no novo testamento. A partir de então o, autor nos apresenta: A
formulação Histórica da doutrina (trinitariana), Irineu refutando os sistemas filosóficos,
Tertuliano contra Praxeas, a escola do deserto representada por Orígenes,
Monarquianismo Dinâmico, Monarquianismo Modalistico e o Arianismo. Contrapondo
a visão anti-trinitariana se nos apresenta a Ortodoxia Trinitariana, tendo como seus
principais expoentes: O bispo Alexandre, Eusébio de Cesárea juntamente com Atanásio.
No desfecho do capitulo o autor mostra-nos a problemática do conceito da revelação
proposicional, e a “relevância” do Pentecostalismo Unicista que e a base para uma
“trindade econômica.

No capitulo VI, intitulado “seres espirituais Criados”, a dogmática funda-se de


forma descritiva. Assim sendo Bake nos apresenta (o conceito de Anjos no decurso da
Historia), tende por ponto inicial, às tradições pagãs algumas das quais diz a autora,
influenciaram os judeus em tempos posteriores. Na Cosmovisão-Metafísica das nações,
os anjos chegavam a serem considerados divinos, e suas ações eram em favor das
pessoas. Neste capitulo, nos são apresentados o conceito angelológico de diversos
teólogos, como Orígenes (182-251) que declarava a impecabilidade dos anjos. O
Teólogo Escolástico Tomas Aquino (1225-1274) que levantara questões como: De que
se compõe o corpo de um anjo? Consegue em entender muitos pensamentos ao mesmo
tempo? O capitulo se encerra, sob a égide do conceito dualístico, entre o bem e o mal
onde o autor, apresenta-nos o papel desempenhado pelo demonismo, começando pelo
antigo testamento, e terminando na Teologia Cristã.

No sétimo capitulo intitulado “A Criação do Universo e da Humanidade” , o


autor de forma categórica apresenta-nos o ato criacional de Deus (ex nihilo), que a partir
do nada criou todas as coisas, este conceito se baseia-se em diversas passagens bíblicas
onde o verbo bara, em sua forma mais comum é usado. A partir de então, ele faz uma
harmonização de conceitos, na tentativa de lograr um paralelismo, entre os dados
científicos, e os dados bíblicos. Passando-se então a nos apresentar, o beneficio
apologético, dos proponentes criacionistas como: Orígenes, Ambrosio de Milão,
Jerônimo, Pelágio, Anselmo e Tomas Aquino; o autor também nos apresenta, O
traducionismo tendo como seus principais representantes: Tertuliano, Gregório de
Nyssa e Agostinho de Hipona. O Traducionismo, sobretudo, foi abraçado pelos
reformadores luteranos formando assim, uma marca distintiva do “Monismo Ocidental”.
Feita a distinção entre o Monismo, Dicotomismo e tricotomismo, o autor encerra o
capitulo dizendo: “Deus nos tem dado graciosamente aquilo que necessitamos para
cumprir o seu propósito na nossa vida: conhecer, amar e servir a Ele.”

Esta obra proporciona uma análise sistematizada dos principais assuntos da


dogmática cristã, sob o cunho pentecostal desde um “Panorama Histórico” e
desaguando em um “escopo escatológico”. Por isso só, faz-se necessário uma distinção
doutrinaria, sob os diversos pontos levantados neste compêndio; levando em
consideração um prisma diferente, quando houver a apresentação de uma nova
perspectiva teológica.

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