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Metabolismo de carboidratos
Metabolismo de lipídeos
O lipídeo proveniente da dieta não
entrará diretamente no fígado, e sim
cairá no sistema linfático, visto que o
quilomícron (forma de transporte da
gordura exógena) possui uma
estrutura muito grande.
Chegando no fígado, esse lipídeo
poderá ser usado para a biossíntese
de lipoproteínas plasmáticas ou
poderemos ter a liberação de ácido
graxo no sangue.
Nos tecidos, a β-oxidação do ácido
graxo gerará uma grande quantidade
de acetil-CoA, que poderá entrar no
ciclo do ácido cítrico e gerar energia.
Lembrando que, para o funcionamento
do ciclo do ácido cítrico, além de
Acetil-CoA, também precisamos de
oxaloacetato, que vem de cadeia
carbônica de aminoácidos ou de
piruvato. Quando temos um excesso
de acetil-CoA, vindo da β-oxidação,
por exemplo, temos a inibição da
piruvato desidrogenase. Com isso, o
piruvato, em vez de gerar acetil-CoA,
formará o oxaloacetato.
Além disso, o acetil-CoA também
pode ser utilizado para a formação de
corpos cetônicos, uma outra forma de suprir energeticamente os tecidos em condições
especiais, como já vimos.
Lucas de Andrade – Turma 86 - EPM
Metabolismo de proteínas
Metabolismo de proteínas
O excesso de
aminoácidos poderá
gerar acetil-CoA e
ser armazenado na
forma de
triglicerídeos no
tecido adiposo.
Ou então, no
caso de aminoácidos
glicogênicos,
poderemos ter a
formação de
glicogênio que será
armazenado no
músculo e no fígado.
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Molécula central
A molécula central do metabolismo intermediário é o acetil-CoA, que pode ser
gerado a partir de todas as macromoléculas. O acetil-CoA poderá ser utilizado no ciclo de
Krebs, para a formação de corpos cetônicos e para a formação de ácidos graxos ou
esteróis. Tudo isso dependendo das necessidades metabólicas do indivíduo no momento.
Corpos cetônicos
Os corpos cetônicos são gerados no fígado quando temos um excesso de acetil-
CoA oriundo da β-oxidação (quando temos um excesso de acetil-CoA oriundo da
alimentação, sintetizaremos glicogênio e ácidos graxos). Do fígado, os corpos cetônicos
caem na circulação e são utilizados pelos tecidos no ciclo do ácido cítrico (desde que
tenham oxaloacetato). Lembrando que os corpos cetônicos são gerados a fim de liberar
CoA, para que a β-oxidação possa continuar.
Lucas de Andrade – Turma 86 - EPM
Oxidação do acetil-CoA
• Ciclo de Krebs (ciclo do ácido cítrico);
• Dependente de oxaloacetato também (para geração de citrato);
Lucas de Andrade – Turma 86 - EPM
Ciclo de Krebs
É um ciclo anfibólico, ou seja, ele pode fazer tanto biossíntese quanto catabolismo.
Na biossíntese, temos vários intermediários do ciclo que podem ser desviados para
formarem outras moléculas.
Compartimentalização
Alguns processos são exclusivos da matriz mitocondrial. Com isso, temos uma
membrana mitocondrial interna que é bastante seletiva. Outros processos podem ter uma
parte ocorrendo na matriz, e a outra no citosol.
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Fígado
• Executa a maior parte dos processos metabólicos:
◦ Glicólise, via das pentoses e gliconeogênese;
◦ Síntese e degradação do glicogênio;
◦ Síntese de ácidos graxos, fosfolipídeos, colesterol, corpos cetônicos e sais
biliares;
◦ Síntese e degradação de nucleotídeos;
◦ Metabolismo de aminoácidos;
• Funções específicas:
◦ Gliconeogênese (o córtex renal também participa, em proporção menor);
◦ Cetogênese;
◦ Produção de ureia;
• Centro de distribuição dos nutrientes;
• Manutenção da glicemia (possui a glicose-6-fosfatase, enzima que o músculo não
tem);
• Produz, mas não usa corpos cetônicos (não possui a 3-cetoacil CoA transferase);
• Produção de ureia;
• Detoxificação de compostos orgânicos estranhos (drogas, aditivos, preservantes);
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Músculo
• Músculo esquelético
◦ 50% do O2 consumido pelo corpo;
◦ 90% do O2 no exercício intenso;
◦ Em repouso, utiliza mais ácidos graxos, preservando o glicogênio hepático e a
glicose para outros tecidos;
• Utiliza ácidos graxos / corpos cetônicos / glicose → Acetil-CoA → Krebs e
fosforilação oxidativa → ATP;
• Trabalho intenso
◦ Fadiga muscular (20s): produção de lactato;
◦ Queda de pH;
• Produção rápida de ATP:
Lucas de Andrade – Turma 86 - EPM
Coração
• Músculo aeróbico;
• Rico em mitocôndrias (40-50% do citoplasma);
• Glicose, ácidos graxos e corpos cetônicos;
• Repouso: ácidos graxos;
• Não tem reserva de glicogênio (nutrido pela circulação);
• Falta de oxigenação: infarto do miocárdio;
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Tecido adiposo
• Armazenamento e liberação de ácidos
graxos (~95% de triglicerídeos);
• Pele, abdômen, quadris, coxas;
• Homem de 70 kg (~10-15 kg de gordura);
• Como está distribuído, o tecido adiposo
pode aumentar de tamanho (o fígado, por
exemplo, tem seu tamanho limitado pela
cavidade abdominal);
• Lipase hormônio sensível (sensível a
glucagon);
• Utiliza a glicose como fonte de glicerol;
◦ Na β-oxidação, o glicerol liberado irá
para o fígado, onde poderá ser
substrato para a gliconeogênese;
• Tecido adiposo marrom: calor;
Cérebro
• Energia necessária para criar e manter potencial elétrico através da
membrana dos neurônios;
◦ Normalmente, usa apenas glicose;
◦ Pode se adaptar para utilizar corpos cetônicos no jejum prolongado (aumentar a
síntese de enzimas que participam da metabolização dos corpos cetônicos);
◦ Armazena muito pouco glicogênio (alguns autores consideram que o cérebro
não armazena);
◦ Não armazena triglicerídeos;
◦ 20% do consumo de O2 (repouso);
◦ GLUT3 (Km = 1,6 mM – mesmo que a glicemia esteja mais baixa que o normal,
5 mM, a entrada de glicose no cérebro é permitida);
◦ Ácidos graxos não servem como combustível, pois não passam a barreira
hemato encefálica;
Hemácias
• Energia dependente apenas da glicose;
• Não armazena glicogênio ou lipídeo;
• Glicólise anaeróbica (não possui mitocôndrias);
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A integração
Disponibilidade de energia
Lucas de Andrade – Turma 86 - EPM
Bem alimentado
No estado bem alimentado, a insulina agirá no fígado, no músculo e no tecido
adiposo, estimulando a síntese de glicogênio e triglicerídeos.
O GLUT4, que está no músculo, é dependente de insulina.
No jejum, teremos a
degradação de proteínas. O
grupamento amino é incorporado ai
glutamato que vai transaminar (o
amino grupo do glutamato vai ser
transaminado) com o piruvato, com a
geração de alanina.
A alanina segue para o fígado,
onde teremos a reação inversa: o α-
cetoglutarato recebendo o grupo
amino e gerando o glutamato. Já a
cadeia carbônica da alanina, que
sem o grupo amino é piruvato, será
utilizada para a síntese de glicose na
gliconeogênese.
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Jejum inicial
• Glicogenólise;
• Gliconeogênese (aminoácidos e glicerol);
• Ciclo de Cori e Ciclo de Cahill (alanina-glicose);
Jejum prolongado
• Lipólise;
• β-oxidação;
• Corpos cetônicos;
Má nutrição (crianças)
• Marasmo
◦ Ingestão insuficiente de calorias;
• Kwashiorkor
◦ Alimentação adequada em calorias mas pobre em proteínas;
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Realimentação
Ao voltar a se alimentar adequadamente, toda a glicose, inicialmente, será
distribuída aos tecidos, não sendo utilizada para fazer glicogênio. Alguns aminoácidos
glicogênicos que serão utilizados, inicialmente, para a biossíntese de glicogênio.
Lucas de Andrade – Turma 86 - EPM
Obesidade
O excesso de
aminoácidos e
carboidratos ingerido
será armazenado como
gordura.
Controle do metabolismo
• Disponibilidade de
substrato;
• Quantidade de
enzimas;
• Controle da
atividade catalítica;
◦ Inibidores;
◦ Proteínas
regulatórias:
▪ Enzimas
alostéricas;
▪ Modificação
covalente;
• Controle genético;
• Regulação
hormonal;