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DIREITO ELEITORAL REGULAR P/ TRIBUNAIS ELEITORAIS (TREs/TSE)

TEORIA E EXERCÍCIOS - CESPE E FCC


TODOS OS CARGOS: AJAJ, AJAA E TÉCNICO
AULA 2
PROF: RICARDO GOMES

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QUADRO SINÓPTICO DA AULA:

Organização da Justiça Eleitoral: composição e


competência:
1. Competência do TSE
2. Competência dos TRE
3. Juízes Eleitorais
4. Juntas Eleitorais

1. ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL.

1.2. Competências dos Tribunais Eleitorais.

Competências do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Pessoal, entraremos agora numa parte que exigirá bastantes


leituras e releituras do texto legal para que fixemos, ao máximo, as taxativas
competências do TSE e dos TREs.
Vamos lá!
Consoante preleciona o art. 121, caput, da CF-88, Lei
Complementar disporia sobre organização e competência dos Tribunais, Juízes
de Direito e Juntas Eleitorais.
Esta Lei Complementar é o Código Eleitoral, lei ordinária em sua
originalidade, quando editada em 1965, que foi recepcionado com status de Lei
Complementar pela Constituição Federal de 1988.

CF-88
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e
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competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas


eleitorais.

O rol de competências do TSE é prevista no art. 22 e 23 do


Código Eleitoral.
As competências do TSE podem ser dividas em 2 grupos:
a) ORIGINÁRIA – quando cabe a este Tribunal processar e
julgar em 1ª e única instância. Ou seja, quando cabe
somente ao TSE e a nenhum outro Tribunal julgar
determinada matéria ou circunstância fática prevista em lei;
b) RECURSAL – quando cabe ao TSE julgar os recursos de
decisões dos TREs;

Compete ao TSE processar e julgar ORIGINARIAMENTE (1º e


única instância) as seguintes matérias (art. 22, I):

1. o registro e a cassação (cancelamento) de registro de


partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de
candidatos à Presidência e Vice-Presidência da
República;
É competência do TSE registrar determinados “atos eleitorais”,
quais sejam, registro e cassação (cancelamento) de registro:
a. de Partidos Políticos – por terem caráter nacional;
b. dos Diretórios NACIONAIS dos partidos políticos;
Obs 1: diretórios Estaduais e Municipais é competência
dos TREs.
c. de candidatos à Presidência da República e VICE.
Obs 2: (somente o Presidente e o Vice, não cabe para
Governador!).
A Lei nº 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos) dispõe sobre os
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procedimentos para registro e cancelamento de registro dos Partidos Políticos,


impondo o necessário registro dos seus estatutos no TSE. Ademais, prevê as
hipóteses de cancelamento de registro.

Lei nº 9.096/95
Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na
forma da lei civil, registra seu estatuto no Tribunal Superior
Eleitoral.
Art. 28. O Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em julgado
de decisão, determina o cancelamento do registro civil e do
estatuto do partido contra o qual fique provado:
I - ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de
procedência estrangeira;
II - estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros;
III - não ter prestado, nos termos desta Lei, as devidas contas à
Justiça Eleitoral;
IV - que mantém organização paramilitar.

Quanto aos candidatos à Presidente da República e Vice, cabe


também ao TSE julgar as argüições de inelegibilidade de suas
candidaturas, conforme previsto na Lei de Inelegibilidades:

LC nº 64/90
Art. 2º Compete à Justiça Eleitoral conhecer e decidir as argüições
de inelegibilidade.
Parágrafo único. A argüição de inelegibilidade será feita
perante:
I - o Tribunal Superior Eleitoral, quando se tratar de candidato
a Presidente ou Vice-Presidente da República;

2. os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e


Juízes Eleitorais de Estados diferentes;
Conflitos de jurisdição são conflitos de competência entre
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autoridades jurisdicionais, que podem ser positivos (ambos declaram-se


competentes) ou negativos (ambos declaram-se não competentes -
incompetentes).
O Código não foi claro neste dispositivo, linguagem inclusive dúbia,
mas vamos tentar melhorar a compreensão.
Resumindo: o TSE julgará conflitos de competência:

a. Entre Tribunais Regionais Eleitorais (entre TREs) -


ex: TRE/SP com TRE/RJ); - jurisprudência majoritária
do TSE.
b. Entre Juízes Eleitorais de Estados diferentes – ex:
um Juiz Eleitoral da Bahia com um Juiz Eleitoral do
Pernambuco.
Isto porque um TRE de um Estado não tem jurisdição
sobre Juízes Eleitorais de outro Estado, restando ao TSE
julgar conflitos entre juízes eleitorais de TRE/Estados
diferentes.
Obs: conflitos entre Juízes Eleitorais de mesmo Estado
são julgados pelo TRE respectivo – regra: se o TRE tem
jurisdição sobre os Juízes, é o próprio Tribunal Regional
quem julga os magistrados a ele vinculados. Ex: conflitos
entre juízes eleitorais de Campinas/SP e de Araraquara/SP
são julgados pelo TRE/SP.
c. Não está expresso na lei, mas é o TSE que julgará
conflitos de jurisdição entre um TRE de um Estado e
um juiz eleitoral de outro Estado. Ex: TRE/PE versus
Juiz Eleitoral do Ceará.

3. a suspeição ou impedimento aos seus Membros, ao


Procurador Geral e aos funcionários da sua Secretaria;
Não existe outra instância superior que possa julgar as argüições
de suspeição e impedimento dos Membros do TSE, Procurador-Geral
Eleitoral e dos funcionários da Secretaria da Corte Superior, a não ser o
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próprio TSE.

4. os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos


cometidos pelos seus próprios juízes (Ministros do TSE) e
pelos Juízes dos Tribunais Regionais (Membros dos
TREs);
CUIDADO!
É ponto bastante duvidoso a definição exata da competência para
julgamento de Crimes cometidos pelos Ministros do TSE, Membros de
TREs e Juízes Eleitorais. Esta dúvida ocorre porque o Código Eleitoral prevê
competências completamente dissonantes ao que a atual Constituição Federal
preleciona.
Crimes eleitorais e comuns NÃO são mais julgados pelo TSE!
Esta competência não mais pertence ao TSE, pois a CF-88 agora
prevê que cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Superior
Tribunal de Justiça (STJ), respectivamente, julgar as infrações penais
COMUNS e os crimes de responsabilidade dos Membros dos Tribunais
Superiores (TSE e outros), e dos Membros dos Tribunais Regionais
Eleitorais (TREs). Vide arts. 102, I, c, e art. 105, I, a, da CF-88.
Mas, Professor, o STF e o STJ têm competência para julgar os
crimes comuns, onde está a previsão dos crimes eleitorais?
Informo que apenas para fins de competência, os crimes
eleitorais são considerados incluídos no conceito de crimes comuns.
Exatamente por esse motivo é que o STF que julgará os Ministros do TSE, e
o STJ, os Desembargadores/Membros dos TREs, quanto à prática de
crimes comuns, inclusive os crimes eleitorais.
Lembro que esse foi tema de grandes discussões no STJ e no STF,
especialmente nos julgados de 2006-2007, se os crimes eleitorais seriam ou
não incluídos no conceito de crimes comuns da CF-88.

Concluindo: o TSE não tem mais competência para julgar crimes


eleitorais e crimes comuns cometidos pelos Ministros do TSE e pelos

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Membros dos TREs!


Assim, respondo desde já uma dúvida de muitos concurseiros: os
Ministros do TSE são julgados pelos crimes eleitorais por eles cometidos
pelo STF (Supremo Tribunal Federal)!

Por fim, os crimes eleitorais cometidos pelos Juízes Eleitorais


serão julgados pelos TREs do Estado respectivo.
Cuidado! Os TREs somente julgarão crimes eleitorais cometidos
pelos Juízes Eleitorais de 1º Grau.
Os crimes comuns cometidos pelos Juízes serão julgados pelo
Tribunal de Justiça do Estado (TJ Estadual). É isto o que prescreve também
o art. 96, III, da CF-88.
Resumo das competências para julgamento dos crimes cometidos
por Membros e Juízes dos Tribunais Eleitorais:

Membros e Juízes
Crimes COMUNS Crimes ELEITORAIS
Eleitorais

Ministros do TSE STF STF

Membros de TREs STJ STJ

Juízes Eleitorais de 1º
TJ* TRE*
grau

CF-88
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal,
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de
responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no
art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal

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de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter


permanente;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do
Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os
desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito
Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do
Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos
Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos
Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério
Público da União que oficiem perante tribunais;
Art. 96
III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do
Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do
Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade,
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

5. o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria


eleitoral, relativos a atos do Presidente da República, dos
Ministros de Estado e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o
habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a
violência antes que o juiz competente possa prover sobre a
impetração;
Competência do TSE para julgar Mandado de Segurança (MS) e
Habeas Corpus (HC).
Neste caso, o STF restringiu a aplicação do dispositivo, no Recurso
Extraordinário nº 163.727-7/RJ, para dar força ao previsto nos arts. 102, I, d,
e art. 105, I, c, da CF-88, que prevêem competência do STF e do STJ para

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julgarem Mandado de Segurança (MS) contra, respectivamente,


Presidente da República e Ministros de Estados.

CF-88
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal (STF),
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas
referidas nas alíneas anteriores (inclusive Ministros de Tribunais
Superiores – Ministros do TSE); o mandado de segurança e o
"habeas-data" contra atos do Presidente da República, das Mesas
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de
Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio
Supremo Tribunal Federal;
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça (STJ):
I - processar e julgar, originariamente:
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer
das pessoas mencionadas na alínea "a" (inclusive os Membros de
Tribunais Regionais Eleitorais), ou quando o coator for tribunal
sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da
Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a
competência da Justiça Eleitoral;

Quanto ao Mandado de Segurança (MS), o TSE julgará tão


somente os impetrados contra atos dos Membros dos Tribunais Regionais
Eleitorais (TREs).
Com isto, hoje a competência do TSE para julgar HC e MS em
matéria eleitoral pode ser assim resumida:
a) para julgar habeas corpus em matéria eleitoral contra
Presidente da República, Ministros de Estado e
Tribunais Regionais.
b) para julgar habeas corpus para os casos em que o Juiz
não possa provê-lo antes do próprio TSE;

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c) para julgar mandado de segurança apenas contra os


Membros dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs),
não cabendo mais MS no TSE contra Presidente e
Ministros de Estado.

6. as Reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos


partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração
da origem dos seus recursos;
Toda reclamação referente à contabilidade e apuração da
origem dos recursos dos partidos políticos, deverá ser endereçada ao TSE
ou ao TRE (competente para julgar a reclamação), conforme também prevê o
art. 29, I, f, do Código Eleitoral.
Além do Código Eleitoral, o art. 35 da Lei nº 9.096/95 (Lei dos
Partidos Políticos) prevê que o TSE e os TREs têm competência para
determinar exame da escrituração do partido político e a apuração de qualquer
ato que viole as prescrições legais ou estatuárias em matéria financeira, na
hipótese de denúncia de filiado ou delegado de partido ou representação do
Procurador-Geral/Regional Eleitoral, bem como de iniciativa do Corregedor.

7. as impugnações à apuração do resultado geral,


proclamação dos eleitos e expedição de diploma na eleição
de Presidente e Vice-Presidente da República;
As impugnações sobre o resultado das eleições, proclamação dos
eleitos e expedição de diploma apenas nas candidaturas de Presidente e Vice
da República, serão processadas e julgadas pelo TSE. Atenção porque é
apenas para os casos de Presidente e Vice da República.

8. os pedidos de Desaforamento dos feitos não decididos


nos TREs dentro de 30 (trinta) dias da conclusão ao relator,
formulados por partido, candidato, Ministério Público ou parte
legitimamente interessada.
O pedido de desaforamento visa o deslocamento da

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competência de um Juiz Eleitoral de uma comarca para o de outra, com a


finalidade de que seja proferido novo julgamento ou processamento do feito.
Em linguagem simples, o desaforamento serve para retirar o processamento e
julgamento do processo de um determinado juízo eleitoral para outro, por,
entre outros motivos, impossibilidade de julgamento na comarca. Ex:
convulsão social que prejudique o andamento normal do feito.
Aqueles pedidos de desaforamento não decididos nos TREs em
até 30 dias, formulados por partidos políticos, candidato, MP ou parte
interessada, serão julgados pelo TSE.

9. as reclamações contra os seus próprios juízes que, no prazo


de 30 (trinta) dias a contar da conclusão, não houverem
julgado os feitos a eles distribuídos.
Conforme consta do Código eleitoral, caso um Ministro do TSE não
julgue os processos de sua carga em até 30 dias, caberá reclamação para o
Pleno do próprio TSE.
No entanto, considera-se que este dispositivo foi revogado pela
jurisprudência do próprio TSE na Reclamação nº 475, de 10.10.2007, ao
estabelecer que esta competência para o julgamento das reclamações desta
espécie passou a ser do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), nos termos do
art. 103-B, § 4o, III, da CF-88.
Para concursos da FCC, deve-se ficar atento se a questão exige o
conhecimento do Código Eleitoral ou faz alusão ao entendimento atual do TSE.
Por outro lado, o CESPE deve entender tal dispositivo revogado, mas ainda não
encontrei questão de concurso sobre este ponto, no qual tivesse manifestado
seu entendimento.

10. a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde


que intentada dentro de 120 (cento e vinte) dias de
decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato
eletivo até o seu trânsito em julgado.
Ação rescisória é um meio autônomo de impugnação de sentença

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de mérito judicial (diferente de recurso judicial) por motivos de ilegalidade ou


injustiça. Por meio dela pede-se a desconstituição (rescisão) de uma sentença
já transitada em julgada (isto é, da qual não caiba mais recursos).
Cuidado!
Para essa competência do TSE, o STF declarou a
inconstitucionalidade da parte do dispositivo que permite, por meio da ação
rescisória, o exercício do mandato eletivo até o seu trânsito em julgado 1. Com
isso, o TSE é competente para julgar ação rescisória somente nos casos de
inelegibilidade, desde que intentada em até 120 dias da decisão
irrecorrível. Neste caso, a ação rescisória não é meio hábil para possibilitar o
exercício do mandato eletivo com a sua simples interposição. Apenas com a
decisão final da rescisória é tal efeito poderá ser conferido (Acórdãos nas A.R.s
nº 376 e 339, de 11/12/2008 e de 22/04/2008).
Observo, por fim, que segundo TSE (nas decisões AC.-TSE nº
106/2000 e 89/2001) os TREs não são competentes para o julgamento de
ação rescisória no âmbito da Justiça Eleitoral, pois incumbiria apenas ao
TSE seu processo e julgamento, originariamente, contra seus próprios
julgados.
Nesse caso, predomina que somente caberá ação rescisória na
Justiça Eleitoral de decisões do TSE no próprio TSE, não cabendo de
decisões de TREs e de Juízes Eleitorais. Há divergências, mas é o que
predomina.

Competência RECURSAL do TSE (art. 22, II).


Compete ao TSE julgar os recursos interpostos das decisões dos
TREs, de acordo com o art. 276 do Código Eleitoral, salvo quanto à matéria
administrativa.
A despeito do art. 22, II, prelecionar que o TSE julgaria recursos de
decisões dos TREs inclusive sobre matérias administrativas, tal parte específica

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é inaplicável, conforme pacífica jurisprudência do TSE (Ac.-TSE, de 22.2.2007,


nos Respe nos 25.416 e 25.434; Ac.-TSE, de 22.2.2007, no Respe no 25.836).

Código Eleitoral
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:
II - julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais
Regionais nos termos do Art. 276 inclusive os que versarem
matéria administrativa. (esta ultima parte deve ser
desconsiderada!)

O art. 276 do CE prevê as hipóteses de Recursos Ordinários e


Especiais do TRE para o TSE. Na parte referente a recursos eleitorais,
trataremos sobre o tema com os devidos detalhes.

Código Eleitoral
Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas,
salvo os casos seguintes em que cabe recurso para o Tribunal
Superior:
I - especial:
a) quando forem proferidas contra expressa disposição de lei;
b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou
mais tribunais eleitorais.
II - ordinário:
a) quando versarem sobre expedição de diplomas nas eleições
federais e estaduais;
b) quando denegarem habeas corpus ou mandado de segurança.

O parágrafo único do art. 22 do CE foi tacitamente revogado pelo


art. 121, §3º, da CF:

Código Eleitoral
Art. 22
Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior são irrecorríveis,
salvo nos casos do Art. 281.

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CF-88
Art. 121
§ 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior
Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as
denegatórias de "habeas-corpus" ou mandado de
segurança.

Competência PRIVATIVA do TSE (art. 23).

Somente ao TSE, e a nenhum outro Tribunal, compete praticar os


seguintes atos (competência privativa):

1. elaborar o seu Regimento Interno;


Competência exclusiva de todo Tribunal. É matéria prevista em
todos os Editais de TREs.

2. organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Geral,


propondo ao Congresso Nacional a criação ou extinção dos
cargos administrativos e a fixação dos respectivos
vencimentos, provendo-os na forma da lei;
O TSE é competente para:
a. organizar sua Secretaria e a Corregedoria-Geral;
b. propor ao Congresso a criação e extinção de
cargos e a fixação de vencimentos;
c. prover os cargos (nomear e dar posse a todos os
candidatos aprovados nos concursos do TSE!)

3. conceder aos seus Membros (Ministros) licença e férias

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assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos;


Segundo determina a CF-88, os Tribunais, inclusive o TSE, detém
competência para conceder licença, férias e outros afastamentos aos seus
Membros e aos Juízes e servidores imediatamente vinculados.

CF-88
Art. 96. Compete privativamente:
I - aos tribunais:
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus
membros e aos juízes e servidores que lhes forem
imediatamente vinculados;

4. aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos


Juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais;
O afastamento tratado pelo Código Eleitoral é o referente aos
cargos efetivos principais exercidos pelos Juízes Eleitorais. Ex: cargo de Juiz de
Direito da Justiça Estadual. O afastamento do cargo efetivo é medida de
caráter extraordinário, que visa atender a necessidades temporárias e
excepcionais do serviço eleitoral.
A competência para decretação deste afastamento é privativa da
Justiça Eleitoral, não competindo aos Tribunais de Justiça participarem do ato.
Vale assinalar que a concessão de afastamento a Juiz de Tribunal
Regional Eleitoral (TRE) ou a Juiz Eleitoral é da competência privativa do
respectivo do TRE, cabendo ao TSE apenas sua aprovação.
A Resolução – TSE nº 21.842/2004 disciplina o afastamento de
magistrados da Justiça Eleitoral dos seus cargos efetivos. Observem que foi o
TSE quem regulamentou o afastamento de todos os magistrados da Justiça
Eleitoral. Apesar do Juiz ou Membro ser do TRE respectivo, o TSE tem
competência para regulamentar sobre afastamento.
De todo modo, o TRE tem competência para conceder o
afastamento e o TSE apenas aprovará ou não.

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Resolução nº 21.842/2004
Art. 1
§ 2º O deferimento do afastamento ficará condicionado ao voto
favorável de cinco dos membros do Tribunal Regional Eleitoral e
deverá ser submetido ao Tribunal Superior Eleitoral.

5. propor a criação de Tribunal Regional (TRE) na sede de


qualquer dos Territórios;
Se o Brasil vier a possuir outros Territórios, poderá o TSE propor a
criação de TRE em sua sede.

6. propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos


juízes de qualquer Tribunal Eleitoral, indicando a forma desse
aumento;
Este dispositivo não é aplicável em virtude da composição dos
TREs não ser mínima, isto é, a CF-88 no art. 120, §1º, previu apenas que os
TREs seriam compostos de 7 Membros, não facultando a possibilidade de
aumento. Com isso, o TSE não poderá mais propor aumento do número de
juízes de TREs.

7. fixar as datas para as eleições de Presidente e Vice-


Presidente da República, senadores e deputados
federais, quando não o tiverem sido por lei:
Esse dispositivo não tem mais validade em vista da previsão na
CF-88 de data específica para eleições de Presidente e Vice da República.
Ademais, a Lei nº 9.504/97 estabelece que as eleições para, entre outros,
Senadores, Deputados Federais e Estaduais, serão realizadas
simultaneamente.
Com efeito, os TREs poderão fixar data das eleições
suplementares. Conforme visto, a data das eleições ordinárias/comuns
(federais, estaduais e municipais) já é prevista na Constituição Federal e na Lei

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nº 9.504/97, não remanescendo mais a competência para o TSE e os TREs


marcarem as datas de referidas eleições.
Todavia, em determinados casos extraordinários (ex: cassação de
mandato eletivo, especialmente nos Municípios) são demandadas a realização
de novas eleições fora do calendário ordinário e comum. Nestes casos, o
Presidente do Tribunal Regional poderá marcar as chamadas eleições
suplementares.
Ademais, hoje a Justiça Eleitoral detém competência para a fixação
de data de plebiscito e referendo, nos limites da circunscrição do órgão
eleitoral (TSE – em todo o país; TRE – em todo o Estado; Juiz Eleitoral – na
circunscrição municipal), conforme determina a Lei nº 9.709/98.

CF-88
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da
República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro
domingo de outubro, em primeiro turno, e no último
domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano
anterior ao do término do mandato presidencial vigente.
Lei nº 9504/97
Art. 1º As eleições para Presidente e Vice-Presidente da
República, Governador e Vice-Governador de Estado e do
Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado
Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador
dar-se-ão, em todo o País, no primeiro domingo de outubro do
ano respectivo.
Parágrafo único. Serão realizadas simultaneamente as
eleições:
I - para Presidente e Vice-Presidente da República,
Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito
Federal, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e
Deputado Distrital;
Lei nº 9.709/98
Art. 8o Aprovado o ato convocatório, o Presidente do Congresso

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Nacional dará ciência à Justiça Eleitoral, a quem incumbirá, nos


limites de sua circunscrição:
I – fixar a data da consulta popular;

8. aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a


criação de novas zonas;
Somente o TSE poderá aprovar a criação e divisão de zonas
eleitorais. É comum confundir esta competência ao imaginar ser exclusiva dos
TREs. A despeito de ser interesse regional, compete ao TSE aprovar o
estabelecimento das zonas eleitorais (o TSE homologa ou não a divisão da
circunscrição do Estado em Zonas Eleitorais). Os TREs criarão e dividirão as
zonas eleitorais, submetendo-se à aprovação do TSE.

TREs:
1. dividem o território em Zonas Eleitorais;
2. criam e desmembram as Zonas Eleitorais
TSE – aprova ou não

9. expedir as instruções que julgar convenientes à


execução deste Código;
Este dispositivo é um dos diversos outros previstos na Legislação
Eleitoral, especialmente no Código Eleitoral e na Lei nº 9.504/97, que dá
sustentáculo ao Poder Regulamentar do TSE.

Código Eleitoral
Art. 1º
(...)
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá
instruções para sua fiel execução.
Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal
Superior,

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(...)
IX - expedir as instruções que julgar convenientes à
execução deste Código;
Lei nº 9.504/1997
Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal
Superior Eleitoral, atendendo ao caráter regulamentar e sem
restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das
previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções
necessárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente,
em audiência pública, os delegados ou representantes dos
partidos políticos. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)

10. fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores


Regionais e auxiliares em diligência fora da sede;

11. enviar ao Presidente da República a lista tríplice


organizada pelos Tribunais de Justiça (TJs) nos termos
do ar. 25;
Como já estudamos, igualmente ao TSE, os TREs são compostos
por 2 Advogados, escolhidos dentre a lista de 6 Advogados indicados pelo TJ
local. Esta nomeação dos 2 Advogados para compor o pleno do TRE é feita
pelo Presidente da República (Chefe do Poder Executivo Federal). Para
tanto, o TJ Estadual organiza os nomes dos Juízes em lista tríplice e
encaminha ao TSE, que a divulgará através de Edital.
Observem que é o TSE é que enviará ao Presidente da República a
lista tríplice de Advogados encaminhada pelo TJ local para comporem o TRE
de cada Estado. É comum confundirem esta competência como se fosse dos
TREs e não do TSE. Cuidado!

CF-88
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de
cada Estado e no Distrito Federal.

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§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:


III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois
juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e
idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

12. responder, sobre matéria eleitoral, às CONSULTAS que


lhe forem feitas em tese por autoridade com jurisdição,
federal ou órgão nacional de partido político;
O TSE poderá ser demandado acerca de alguma matéria eleitoral
que se apresenta ainda duvidosa no meio jurídico. É uma faceta do poder
regulamentar da Justiça Eleitoral.
Um exemplo recentíssimo de tal expediente foi a consulta
formulada ao TSE a respeito da aplicabilidade da “Lei da Ficha Limpa” (Lei
Complementar nº 135/2010) às Eleições 2010. O TSE respondeu em
10/06/2010, firmando entendimento no sentido de que a Lei Complementar
135/2010 pode ser aplicada para as eleições do ano de 2010. No entanto, o
STF, no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) nº 633703 decidiu em
23/03/2011 que os termos da Lei da Ficha Limpa NÃO se aplicam às eleições
de 2010, mas apenas às posteriores, com base no princípio da anterioridade da
legislação eleitoral.
Estas Consultas ao TSE devem ser realizadas apenas em abstrato
(em tese), nunca no bojo de um processo já instaurado, pois as consultas
visam apenas sanar dúvida de cunho jurídico no âmbito ainda abstrato,
distante do caso concreto. As consultas não têm caráter vinculante, mas
podem servir de suporte para as razoes dos juízes eleitorais.
As consultas podem ser realizadas por autoridade com jurisdição
federal ou órgão nacional de partido político.
O TSE também tem realizado consultas de cunho administrativo,
não apenas em matéria eleitoral, quando relevantes em relação à temática.
Um exemplo foi a edição da Resolução nº 22.314/2006:

Resolução nº 22.314/2006

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MAGISTRADO. Participação em TRE. 1. Ex-membro titular ou


substituto. Assunção da titularidade de zona eleitoral.
Inadmissibilidade. Inclusão no final da lista de antiguidade. 2.
Substituto atual. Cumulação de cargo de titular de zona eleitoral.
Inadmissibilidade. 3. Consultas de cunho administrativo não
eleitoral, conhecidas em razão da relevância do tema.
Aplicação da Res. TS nº 21.009/2002.

13. autorizar a contagem dos votos pelas mesas


receptoras nos Estados em que essa providência for
solicitada pelo Tribunal Regional respectivo;

14. requisitar a força federal (Policial) necessária ao


cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou das
decisões dos Tribunais Regionais que o solicitarem, e para
garantir a votação e a apuração;
A Polícia Federal (PF) é a Força que fica à disposição da Justiça
Eleitoral para a necessidade de cumprimento de suas decisões, especialmente
no período eleitoral (Decreto-Lei nº 1.064/69). A Resolução do TSE nº
21.843/2004 dispõe acerca da requisição de força federal pela Justiça Eleitoral.

15. organizar e divulgar a Súmula de sua


jurisprudência;

16. requisitar funcionários da União e do Distrito


Federal quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço de
sua Secretaria;
Este são os chamados servidores requisitados. A tendência é que
os postos atualmente preenchidos por eles sejam paulatinamente substituídos
por servidores efetivos (vocês!). Estima-se que mais de 20% dos servidores
que atualmente prestam serviço no TSE e nos TREs sejam requisitados de

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outros órgãos ou entidades.


As requisições devem durar apenas 1 (um) ano, renovável por
igual período.
Na atual regulamentação do tema, a Lei nº 11.300/2006 alterou a
Lei nº 9.504/97 para determinar o prazo de requisição de 3 meses a 3 meses
depois de cada eleição para trabalhar no pleito eleitoral.

Art. 6.999/82
Art. 2
§ 1º - As requisições serão feitas pelo prazo de 1 (um) ano,
prorrogável, e não excederão a 1 (um) servidor por 10.000 (dez
mil) ou fração superior a 5.000 (cinco mil) eleitores inscritos na
Zona Eleitoral.
Lei nº 9.504/97
Art. 94-A. Os órgãos e entidades da Administração Pública direta e
indireta poderão, quando solicitados, em casos específicos e de
forma motivada, pelos Tribunais Eleitorais: (Incluído pela Lei nº 11.300,
de 2006)
II - ceder funcionários no período de 3 (três) meses antes a
3 (três) meses depois de cada eleição. (Incluído pela Lei nº 11.300,
de 2006)

17. publicar um boletim eleitoral;


Este Boletim Eleitoral não existe mais, pois foi criada a Revista
Jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral por meio da Resolução do
TSE nº 16.584/90).

18. tomar quaisquer outras providências que julgar


convenientes à execução da legislação eleitoral.

A CF-88, em seu art. 96, prevê importantes regras básicas para

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organização de todo e qualquer tribunal. Leiam:

Art. 96. Compete privativamente:


I - aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos
internos, com observância das normas de processo e das garantias
processuais das partes, dispondo sobre a competência e o
funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e
administrativos;
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos
que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade
correcional respectiva;
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz
de carreira da respectiva jurisdição;
d) propor a criação de novas varas judiciárias;
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos,
obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos
necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança
assim definidos em lei;
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e
aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;

Competência dos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais).

As competências dos TREs estão previstas no art. 29 e 30 do


Código Eleitoral. Igualmente às do TSE, as competências dos TREs podem ser
divididas em 2 grupos:

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a) ORIGINÁRIA – quando cabe aos TREs processar e julgar


em 1ª e única instância. Ou seja, quando cabe somente
aos TREs julgar determinada matéria ou circunstância
fática prevista em lei;
b) RECURSAL – quando cabe aos TREs julgar os recursos
de decisões dos Juízes e Juntas Eleitorais;

Compete aos TREs processar e julgar ORIGINARIAMENTE as


seguintes matérias (art. 29):
1. o registro e o cancelamento do registro dos diretórios
estaduais e municipais de partidos políticos, bem como
de candidatos a Governador, Vice-Governadores, e
membro do Congresso Nacional e das Assembléias
Legislativas;
O registro e o cancelamento de registro dos diretórios
ESTADUAIS e MUNICIPAIS de partidos políticos não é mais realizado pelos
TREs, pois hoje os partidos apenas devem comunicar à Justiça Eleitoral a
constituição dos seus órgãos diretivos e nomes de seus integrantes apenas
para fim conferir publicidade e anotação nos Tribunais Eleitorais. Com isso, não
é mais requisito para constituição dos diretórios estaduais e municipais o
prévio registro no TRE (Acórdão TSE nº 13.060/96).

Lei nº 9.096/95
Art. 10. As alterações programáticas ou estatutárias, após
registradas no Ofício Civil competente, devem ser encaminhadas,
para o mesmo fim, ao Tribunal Superior Eleitoral.
Parágrafo único. O Partido comunica à Justiça Eleitoral a
constituição de seus órgãos de direção e os nomes dos respectivos
integrantes, bem como as alterações que forem promovidas, para
anotação: (Incluído pela Lei nº 9.259, de 1996)
I - no Tribunal Superior Eleitoral, dos integrantes dos órgãos de

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âmbito nacional; (Incluído pela Lei nº 9.259, de 1996)


II - nos Tribunais Regionais Eleitorais, dos integrantes dos
órgãos de âmbito estadual, municipal ou zonal.

Ressalvas:
a. o registro de partidos políticos e de seus diretórios
NACIONAIS DEVE SER FEITO e é competência do
TSE.
b. Continua competindo aos TREs o registro e cassação de
registros dos candidatos a Governador, Vice,
Membros do Congresso Nacional (Deputados
Federais e Senadores) e das Assembléias
Legislativas (Deputados Estaduais);
Atenção!
Nos TREs são registradas as candidaturas de Governador, Vice e
membros das Assembléias Legislativas (isto é até obvio, não é verdade?).
Mas, também cabe aos TREs registrar a candidatura de Membros
do Congresso Nacional! Isto mesmo! Dos Deputados Federais e
Senadores! Faço esse registro porque muitos confundem com se fosse
competência do TSE.
Vale ressaltar que quanto a esses candidatos aos cargos eletivos da
circunscrição estadual (Senador, Deputados Federais e Estaduais,
Governador e VICE), cabe também aos TREs julgar as argüições de
inelegibilidade de suas candidaturas, conforme previsto na Lei de
Inelegibilidades:

LC nº 64/90
Art. 2º Compete à Justiça Eleitoral conhecer e decidir as argüições
de inelegibilidade.
Parágrafo único. A argüição de inelegibilidade será feita
perante:
II - os Tribunais Regionais Eleitorais, quando se tratar de
candidato a Senador, Governador e Vice-Governador de

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Estado e do Distrito Federal, Deputado Federal, Deputado


Estadual e Deputado Distrital

2. os conflitos de jurisdição entre juízes eleitorais do


respectivo Estado;
Como estudamos, o TRE julgará apenas conflito de competência
entre Juízes a ele vinculados. Não poderá julgar conflito entre Juízes de
outros TREs (competência do TSE).

a suspeição ou impedimentos aos seus Membros, ao


Procurador Regional e aos funcionários da sua Secretaria assim como
aos juízes e escrivães eleitorais (chefes de cartório eleitoral);

3. os crimes eleitorais cometidos pelos Juízes Eleitorais;


Os crimes eleitorais cometidos pelos Juízes Eleitorais serão
julgados pelos TREs do Estado respectivo.
Cuidado! Os TREs somente julgarão crimes eleitorais cometidos
pelos Juízes Eleitorais. Os crimes comuns cometidos pelos Juízes serão
julgados pelo Tribunal de Justiça do Estado. É isto o que prescreve também
o art. 96, III, da CF-88:

Art. 96
III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do
Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do
Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade,
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

4. o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria


eleitoral, contra ato de autoridades que respondam perante
os Tribunais de Justiça por crime de responsabilidade e, em
grau de recurso, os denegados ou concedidos pelos

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juízes eleitorais; ou, ainda, o habeas corpus quando houver


perigo de se consumar a violência antes que o juiz
competente possa prover sobre a impetração;
Frise-se que os TREs somente julgarão HC e MS em matéria
eleitoral.
Assim se resume a competência dos TREs de julgar os Habeas
Corpus e Mandado de Segurança (em matéria eleitoral):
a. contra ato de autoridade que respondam perante o
TJ por crime de responsabilidade (previstos na
Constituição Estadual);
b. em grau de recurso de decisão de Juiz Eleitoral, os
HC e MS denegados ou concedidos;
c. o HC quando houver perigo de se consumar a violência
antes do Juiz competente deferi-lo – esta hipótese é
também de competência do TSE.

5. as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos


partidos políticos, quanto a sua contabilidade e à apuração
da origem dos seus recursos;
Toda reclamação referente à contabilidade e apuração da
origem dos recursos dos partidos políticos, deverá ser endereçada ao TSE
ou ao TRE (competente para julgar a reclamação), conforme também prevê o
art. 22, I, f, do Código Eleitoral.
Além do Código Eleitoral, o art. 35 da Lei nº 9.096/95 (Lei dos
Partidos Políticos) prevê que o TSE e os TREs têm competência para
determinar exame da escrituração do partido político e a apuração de qualquer
ato que viole as prescrições legais ou estatuárias em matéria financeira, na
hipótese de denúncia de filiado ou delegado de partido ou representação do
Procurador-Geral/Regional Eleitoral, bem como de iniciativa do Corregedor.

6. os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos

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pelos juízes eleitorais em 30 (trinta) dias da sua conclusão


para julgamento, formulados por partido candidato Ministério
Público ou parte legitimamente interessada sem prejuízo das
sanções decorrentes do excesso de prazo.
O pedido de desaforamento visa o deslocamento da
competência de um Juiz Eleitoral de uma comarca para o de outra, com a
finalidade de que seja proferido novo julgamento ou processamento do feito.
Em linguagem simples, o desaforamento serve para retirar o processamento e
julgamento do processo de um determinado juízo eleitoral para outro, por,
entre outros motivos, impossibilidade de julgamento na comarca. Ex:
convulsão social que prejudique o andamento normal do feito.
Aqueles pedidos de desaforamento não decididos pelos Juízes
Eleitorais no prazo de até 30 dias de sua conclusão para julgamento,
deverão ser julgados pelo TRE a que é vinculado o magistrado.

Competência RECURSAL dos TREs (art. 29, II).


Compete aos TREs julgar os recursos interpostos:

1. dos atos e das decisões proferidas pelos Juízes e Juntas


Eleitorais;
2. das decisões dos Juízes Eleitorais que concederem ou
denegarem Habeas Corpus ou Mandado de Segurança.

Código Eleitoral
Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais:
II - julgar os recursos interpostos:
a) dos atos e das decisões proferidas pelos juízes e juntas
eleitorais.
b) das decisões dos juízes eleitorais que concederem ou
denegarem habeas corpus ou mandado de segurança.

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Competência PRIVATIVA dos TREs (art. 30).


Somente aos TREs, e a nenhum outro Tribunal, compete praticar
os seguintes atos (competência privativa):
1. elaborar o seu Regimento Interno;
Competência exclusiva de todo Tribunal. É matéria prevista em
todos os Editais de TREs.

2. organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional


provendo-lhes os cargos na forma da lei, e propor ao
Congresso Nacional, por intermédio do Tribunal Superior a
criação ou supressão de cargos e a fixação dos
respectivos vencimentos;
Os TREs podem autonomamente organizar sua Secretaria e sua
Corregedoria Regional. Podem também prover os cargos públicos do
Tribunal (nomear e dar posse a todos vocês!).
Contudo, a proposição de criação de supressão de cargos, bem
como de fixação de vencimentos, como já estudamos, é realizada por
intermédio do TSE. Logo, o TRE proporá ao Congresso Nacional tais atos
mediante o TSE e não diretamente.
Resumo da Competência de Projeto de Lei de criação e extinção de
cargos: quem tem competência para propor ao Congresso Nacional projeto de
lei de criação/extinção de cargos é o Tribunal Regional Eleitoral (TRE). No
entanto, para assim proceder precisa da intermediação do TSE, não sendo
autorizado o TRE propor diretamente no Congresso Nacional a criação/extinção
de cargos públicos. Isto porque o TSE deve consolidar as propostas de todos
os TREs do país, encaminhando-se de forma conjunta ao Congresso.
Assim, impedem-se inúmeras propostas difusas e separadas de
Projeto de Lei sobre cargos públicos, evitando-se tratamentos desiguais entre
TREs.
Síntese:

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TRE – competência de sugerir ao TSE a proposição ao Congresso de PL sobre


cargos
TSE – encaminha propostas consolidadas de todos os TREs ao Congresso

3. conceder aos seus Membros e aos Juízes Eleitorais licença e


férias, assim como afastamento do exercício dos cargos
efetivos submetendo, quanto aqueles (Membros dos TREs),
a decisão à aprovação do Tribunal Superior Eleitoral;
A competência para concessão de licença, férias e afastamentos de
Juízes Eleitorais e dos Membros dos Tribunais é dos TREs e NÃO do TSE.
Resumo:

TREs – competência para conceder licença, férias e afastamentos a seus


Membros (Desembargadores) e aos Juízes Eleitorais (1ª instância)
TSE – as mesmas concessões aos Membros do TRE devem ser submetidas à
aprovação do TSE

Cuidado porque apenas serão submetidas ao TSE as concessões


aos Membros do TRE e não aos Juízes Eleitorais. Tem até fundamento, pois
imaginem quantas aprovações o TSE teria que realizar de tantos Juízes
Eleitorais espalhados neste país.

CF-88
Art. 96. Compete privativamente:
I - aos tribunais:
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus
membros e aos juízes e servidores que lhes forem
imediatamente vinculados;

4. fixar a data das eleições de Governador e Vice-


Governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos,
vereadores e juízes de paz, quando não determinada por

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disposição constitucional ou legal;


Outrossim, este dispositivo não tem mais eficácia em vista da
previsão na CF-88 e na Lei nº 9.504/97 de data específica para eleições de
Governador, Vice, Deputados estaduais, Prefeitos, Vice e Vereadores. Ademais,
a Lei nº 9504/97 estabelece que as eleições para, entre outros, Senadores,
Deputados Federais e Estaduais, serão realizadas simultaneamente:
No entanto, os TREs poderão fixar data das eleições
suplementares. Conforme visto, a data das eleições ordinárias/comuns
(federais, estaduais e municipais) já é prevista na Constituição Federal e na Lei
nº 9.504/97, não remanescendo mais a competência para o TSE e os TREs
marcarem as datas de referidas eleições.
Todavia, em determinados casos extraordinários (ex: cassação de
mandato eletivo, especialmente nos Municípios) são demandadas a realização
de novas eleições fora do calendário ordinário e comum. Nestes casos, o
Presidente do Tribunal Regional poderá marcar as chamadas eleições
suplementares.
Ademais, hoje a Justiça Eleitoral detém competência para a fixação
de data de plebiscito e referendo, nos limites da circunscrição do órgão
eleitoral (TSE – em todo o país; TRE – em todo o Estado; Juiz Eleitoral – na
circunscrição municipal), conforme determina a Lei nº 9.709/98.

Lei nº 9504/97
Art. 1º As eleições para Presidente e Vice-Presidente da
República, Governador e Vice-Governador de Estado e do
Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado
Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador
dar-se-ão, em todo o País, no primeiro domingo de outubro do
ano respectivo.
Parágrafo único. Serão realizadas simultaneamente as
eleições:
I - para Presidente e Vice-Presidente da República,
Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito
Federal, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e

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Deputado Distrital;

5. constituir as Juntas Eleitorais e designar a respectiva


sede e jurisdição;
O TRE poderá constituir Juntas eleitorais. Quanto às Zonas
eleitorais, como visto, os TREs as criarão e as dividirão, submetendo-se à
aprovação do TSE.

6. indicar ao TSE as zonas eleitorais ou seções em que a


contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora;

7. apurar, com os resultados parciais enviados pelas Juntas


Eleitorais, os resultados finais das eleições de Governador
e Vice-Governador, Membros do Congresso Nacional e
expedir os respectivos DIPLOMAS, remetendo dentro do
prazo de 10 (dez) dias após a diplomação, ao TSE, cópia das
atas de seus trabalhos;
Dentro do Estado o TRE deverá finalizar as apurações das eleições
Presidenciais (Presidente e Vice da República) e encaminhar os dados
consolidados parciais (especificamente do Estado) para o TSE.
As Juntas Eleitorais encaminham os resultados parciais apurados
nas eleições em cada Zona Eleitoral do Estado, referentes às Eleições
Estaduais. Estes resultados parciais deverão ser contabilizados pelo TRE, que
apurará os resultados finais das eleições para Governador, Vice, Senador,
Deputado Federal e Estadual.
Os TREs têm competência para não somente apurar os resultados
finais das eleições, mas também para EXPEDIR DIPLOMAS de Governador,
Vice, e Membros do Congresso Nacional (Senadores e Deputados
Federais), bem como dos Deputados Estaduais. A Diplomação dos
membros dos Senadores e Deputados Federais não é de competência do
TSE, mas dos TREs respectivos!

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Cuidado!
É muito comum imaginar que a competência para expedir diplomas
dos membros do Congresso (Deputado Federal e Senador) é do TSE. Basta
lembrar que os candidatos para tais cargos são eleitos nos ESTADOS e não na
União.

Eleições Presidenciais – TRE apura os resultados parciais do Estado.


Eleições Estaduais (Governador, Vice, Senador, Deputado Federal e
Estadual) – TRE apura os resultados finais.

8. responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe


forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido
político;
Os TREs, da mesma maneira que o TSE, respondem a consultas
formuladas sobre questões eleitorais duvidosas no meio jurídico. Decorre tal
competência do poder normativo da Justiça Eleitoral.
Estas Consultas aos TREs e ao TSE devem ser realizadas apenas
em abstrato (em tese), nunca no bojo de um processo já instaurado, pois as
consultas visam apenas sanar dúvida de cunho jurídico no âmbito ainda
abstrato, distante do caso concreto. As consultas não têm caráter vinculante,
mas podem servir de suporte para as razoes dos juízes eleitorais.

9. dividir a respectiva circunscrição em Zonas Eleitorais,


submetendo essa divisão, assim como a criação de novas
zonas, à aprovação do TSE;
A criação e a divisão das circunscrições eleitorais em zonas
eleitorais são realizadas pelos TREs. No entanto, como já examinamos, deverá
ser submetido tal processo ao TSE, que aprovará ou não.
Resumo:

TREs:
1. dividem o território em Zonas Eleitorais;

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2. criam e desmembram as Zonas Eleitorais


TSE – aprova ou não

10. aprovar a designação do Ofício de Justiça que deva


responder pela escrivania eleitoral (cartório eleitoral) durante
o biênio;

11. requisitar a força necessária ao cumprimento de suas


decisões e solicitar ao TSE a requisição de força federal;
Em determinadas eleições, especialmente nas municipais, as
circunstâncias podem exigir a presença de força policial para garantir a lisura
e o regular trabalho do processo eleitoral.
O Decreto Lei nº 1.064/69 determina que o Departamento de
Polícia Federal ficará à disposição da Justiça Eleitoral sempre que houver de
se realizar eleições, gerais ou parciais, em qualquer parte do território
nacional. O TSE já regulou tal matéria na Resolução TSE nº 14.623/88,
disciplinando as atribuições da Polícia Federal quando à disposição da Justiça
Eleitoral.
Quando for necessária força federal, o TRE poderá requerer ao TSE
a sua requisição.

Código Eleitoral
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior:
XIV – requisitar força federal necessária ao cumprimento da lei,
de suas próprias decisões ou das decisões dos Tribunais
Regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a
apuração.

12. autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos


Estados, ao seu presidente e, no interior, aos juízes
eleitorais, a requisição de funcionários federais,

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estaduais ou municipais para auxiliarem os escrivães


eleitorais, quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço;

13. requisitar funcionários da União e, ainda, no


Distrito Federal e em cada Estado ou Território,
funcionários dos respectivos quadros administrativos, no caso
de acúmulo ocasional de serviço de suas Secretarias;

14. aplicar as penas disciplinares de advertência e


suspensão, por até 30 (trinta) dias, aos Juízes Eleitorais;
Não é só servidor que responde a processo disciplinar por conduta
ilícita. Os Juízes Eleitorais, em suas funções, poderão sofrer penalidade,
aplicada pelo TRE, de advertência e de suspensão de até 30 DIAS.

15. cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do


Tribunal Superior;

16. determinar, em caso de urgência, providências para a


execução da lei na respectiva circunscrição;

17. organizar o fichário dos eleitores do Estado.

18. suprimir os mapas parciais de apuração mandando


utilizar apenas os boletins e os mapas totalizadores, desde
que o menor número de candidatos às eleições proporcionais
justifique a supressão.
Mapas de apuração são formulários para transcrição de resultado
de votação.
As normas referentes à supressão dos mapas parciais de apuração
têm pouco relevância para as provas, mas listo abaixo:

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a) qualquer candidato ou partido poderá requerer ao Tribunal


Regional que suprima a exigência dos mapas parciais de
apuração;
b) da decisão do Tribunal Regional qualquer candidato ou
partido poderá, no prazo de três dias, recorrer para o Tribunal
Superior, que decidirá em cinco dias;
c) a supressão dos mapas parciais de apuração só será admitida
até seis meses antes da data da eleição;
d) os boletins e mapas de apuração serão impressos pelos
Tribunais Regionais, depois de aprovados pelo Tribunal
Superior;
e) o Tribunal Regional ouvira os partidos na elaboração dos
modelos dos boletins e mapas de apuração a fim de que estes
atendam às peculiaridade locais, encaminhando os modelos que
aprovar, acompanhados das sugestões ou impugnações
formuladas pelos partidos, à decisão do Tribunal Superior.
Por fim, vale registrar que, em tese, faltando num Território um
TRE próprio, o TSE designará o TRE de algum Estado, que terá jurisdição sobre
aquele Território.

Art. 31. Faltando num Território o Tribunal Regional, ficará a


respectiva circunscrição eleitoral sob a jurisdição do Tribunal
Regional que o Tribunal Superior designar.

Competência do Procurador Geral Eleitoral (PGE).


As funções de Procurador-Geral Eleitoral do TSE serão
exercidas pelo Procurador-Geral da República (PGR), que é o Chefe do
Ministério Público da União (MPU).
Segundo a Lei Orgânica do Ministério Público da União (MPU), será
substituto do Procurador-Geral Eleitoral, nas hipóteses de impedimento e
vacância, o VICE-Procurador-Geral Eleitoral, designado entre os
Subprocuradores-Gerais da República. Nesse sentido, está revogado o disposto

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no art. 12, §1º, do Regimento Interno do TSE.


O Procurador-Geral poderá designar Membros do Ministério
Público Federal (MPF) e o VICE-Procurador-Geral da República para
oficiarem perante o TSE. No entanto, estes outros membros do MPU
designados pelo PGR para auxiliá-lo nas funções eleitorais não poderão ter
assento no Plenário do TSE.

Código Eleitoral
Art. 18. Exercerá as funções de Procurador Geral, junto ao Tribunal
Superior Eleitoral, o Procurador Geral da República,
funcionando, em suas faltas e impedimentos, seu substituto legal.
Parágrafo único. O Procurador Geral poderá designar outros
membros do Ministério Público da União, com exercício no
Distrito Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, para
auxiliá-lo junto ao Tribunal Superior Eleitoral, onde não poderão
ter assento.
LC 75/93 – Lei Orgânica do Ministério Público da União (MPU)
Art. 73. O Procurador-Geral Eleitoral é o Procurador-Geral da
República.
Parágrafo único. O Procurador-Geral Eleitoral designará, dentre os
Subprocuradores-Gerais da República, o Vice-Procurador-Geral
Eleitoral, que o substituirá em seus impedimentos e exercerá o
cargo em caso de vacância, até o provimento definitivo.
Art. 74. Compete ao Procurador-Geral Eleitoral exercer as
funções do Ministério Público nas causas de competência do
Tribunal Superior Eleitoral.
Parágrafo único. Além do Vice-Procurador-Geral Eleitoral, o
Procurador-Geral poderá designar, por necessidade de serviço,
membros do Ministério Público Federal para oficiarem, com sua
aprovação, perante o Tribunal Superior Eleitoral.

Competências do PROCURADOR-GERAL ELEITORAL:

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a) assistir às sessões do TSE e tomar parte nas discussões;

b) exercer a Ação Pública e promovê-la, até final, em todos


os feitos de competência originária do Tribunal;
Apenas o Ministério Público, no caso, o Procurador-Geral Eleitoral
no TSE, tem o domínio da Ação Penal, que se aplica no âmbito eleitoral aos
crimes eleitorais. O Procurador-Geral promove a ação penal apenas nos
processos de competência originária do TSE. Nos processos de competência
dos TREs e do Juiz Eleitoral de 1º grau, compete, respectivamente, ao
Procurador Regional Eleitoral e ao Promotor Eleitoral promover a ação penal.
Frise-se que quem maneja a Ação Penal em matéria eleitoral é o
Procurador-Geral, não cabendo qualquer tipo de atribuição correlata ao
Corregedor-Geral. É muito comum cobrarem em prova confundirem os
candidatos.

c) oficiar em todos os recursos encaminhados ao


Tribunal (tomar ciência e manifestar-se por meio de
Parecer);
O Código Eleitoral determina adicionalmente que o Procurador-
Geral, além de ter que se manifestar em todos os processos tramitantes no
TSE, deverá oficiar (tomar ciência e manifestar-se por meio de Parecer) em
todos os RECURSOS encaminhados ao Tribunal.

1. manifestar-se, por escrito ou oralmente, em todos os


assuntos submetidos à deliberação do Tribunal, quando
solicitada sua audiência por qualquer dos juízes, ou por
iniciativa sua, se entender necessário (tomar ciência e
manifestar-se por meio de Parecer);
Direito de manifestação sobre os processos e assuntos afetos ao
TSE:

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o manifestação escrita ou oral;


o por iniciativa própria ou solicitada por qualquer
membro do TSE.

d) defender a jurisdição do Tribunal;


e) representar ao Tribunal sobre a fiel observância das leis
eleitorais, especialmente quanto à sua aplicação uniforme
em todo o País;
O Procurador-Geral tem o dever de representar (impetrar ação,
representação) ao Tribunal de toda e qualquer irregularidade eleitoral por ele
conhecida, com base nos preceitos da legislação eleitoral. Exemplo:
propaganda eleitoral irregular, candidaturas ilegais, etc.

f) requisitar diligências, certidões e esclarecimentos


necessários ao desempenho de suas atribuições;
Competência investigatória e instrutória do Ministério Público como
fiscal da lei (Parquet). Exemplo: pode o Procurador-Geral solicitar à Receita
Federal cópias das Declarações de Imposto de Renda de candidato que
declarou à Justiça Eleitoral seus bens e rendimentos.

g) expedir instruções aos órgãos do Ministério Público


junto aos TREs;
O Procurador-Geral detém a atribuição de Chefe de Ministério
Público Eleitoral em toda a Federação. Por isso, tem a atribuição de expedir
instruções aos Procuradores Regionais Eleitorais dos Estados, que exercem
suas atribuições perante os TREs.

h) acompanhar, quando solicitado, o Corregedor-Geral,


pessoalmente ou por intermédio de Procurador que
designe, nas diligências a serem realizadas.

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Os inquéritos presididos pelo Corregedor–Geral contra Juízes


Eleitorais ou Servidores e as diligências por este empreendidas nas Zonas
Eleitorais poderão ser acompanhadas pelo Procurador Regional.

1.3. Juízes Eleitorais.

A Justiça Eleitoral não tem Magistrados de carreira. Assim, os


Juízes Eleitorais são Magistrados emprestados da Justiça Estadual que
acumulam a função eleitoral.

Inamovibilidade dos Juízes Eleitorais.


Os Juízes Eleitorais gozam das mesmas prerrogativas asseguradas
aos Juízes Estaduais (vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de
vencimentos). A CF-88 assegura especialmente a inamovibilidade (garantia
de permanência na mesma comarca ou vara, somente podendo ser removido a
pedido ou por interesse público). É uma garantia fundamental na seara do
Direito Eleitoral.
A garantia da inamovibilidade estende-se aos Membros dos
Tribunais Eleitorais e integrantes das Juntas Eleitorais.

CF-88
Art. 121
§ 1º - Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os
integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas funções,
e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão
inamovíveis.

Periodicidade das Funções dos Juízes Eleitorais (Biênios).

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Os Juízes que exercem a função eleitoral (abarca todos os Juízes


Eleitorais: os Membros de Tribunais (dos TREs e do TSE) e os Juízes
Eleitorais de 1º Grau) servirão obrigatoriamente por 2 ANOS (mínimo de
tempo), sendo que estão vedados de cumprirem mais de 4 ANOS
consecutivos (máximo de 2 BIÊNIOS consecutivos), salvo exceções
justificadas perante o TRE de que faz parte.

Código Eleitoral
Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo
justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos, e nunca por
mais de dois biênios consecutivos.
CF-88
Art. 121
§ 2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo
justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por
mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos
escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em
número igual para cada categoria.

A CF-88 apenas faz 1 uma ressalva ao previsto no Código, ao


prelecionar que os Juízes servirão por 2 anos, no mínimo, na função eleitoral,
e acrescenta, determinando que a escolha de substitutos dos Juízes seja
realizada na mesma ocasião e pelo mesmo processo.
Esta limitação para até 2 biênios consecutivos decorre do Princípio
da Periodicidade ou Temporalidade das Funções Eleitorais, que procura
garantir a lisura no trato das questões eleitorais mediante a alternância de
Juízes Eleitorais nas respectivas Comarcas e Funções em Tribunais.
A contagem de cada biênio deverá ser ininterrupta, isto é, não
será suspensa por qualquer motivo. Ressalva-se a hipótese do Juiz afastar-se
em decorrência do impedimento previsto no §3º do art. 14, decorrente de
parentesco do Juiz Eleitoral com candidato a cargo eletivo na circunscrição. A
Lei Eleitoral também preleciona que, na recondução para novo biênio, as
formalidades legais de escolha e investidura de Juízes deverão ser as mesmas
utilizadas para na primeira.

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Jurisdição do Juiz Eleitoral.


Em regra, para cada Zona eleitoral terá 1 (um) Juiz Eleitoral titular
Presidente. Para os casos de Comarcas com mais de 1 Vara (com mais de 1
Juiz Estadual), o TRE designará uma delas para os trabalhos eleitorais.

Código Eleitoral
Art. 32. Cabe a jurisdição de cada uma das zonas eleitorais a
um juiz de direito em efetivo exercício e, na falta deste, ao seu
substituto legal que goze das prerrogativas do Art. 95 da
Constituição.
Parágrafo único. Onde houver mais de uma vara o Tribunal
Regional designara aquela ou aquelas, a que incumbe o
serviço eleitoral.

Assiná-lo que os Juízes de Direito podem exercer a função de


Juízes Eleitorais antes mesmo de adquiria a vitaliciedade. De outro lado, os
Juízes de Direito, quando no período de substituição de Desembargador por
convocação do Tribunal de Justiça (TJ), ficam impedidos de exercer o cargo de
Juiz Eleitoral (Resolução nº 22.916/2008).
Entre as atribuições do Juiz Eleitoral, está a de indicar ao TRE a
serventia de justiça que será instalado o cartório eleitoral pelo prazo de 2
anos. O Chefe do Cartório é designado pelo Juiz Eleitoral.
Não poderá servir como Chefe do Cartório Eleitoral (antigo Escrivão
Eleitoral):
1. membro de diretório de partido político;
2. candidato a cargo eletivo;
3. parente até o 2º GRAU.
Caso incorra nestas situações, o Chefe do Cartório Eleitoral estará
sujeito à pena de demissão.

Código Eleitoral
Art. 33. Nas zonas eleitorais onde houver mais de uma serventia

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de justiça, o juiz indicará ao Tribunal Regional a que deve ter


o anexo da escrivania eleitoral pelo prazo de dois anos.
§ 1º Não poderá servir como escrivão eleitoral (atual Chefe
do Cartório Eleitoral), sob pena de demissão, o membro de
diretório de partido político, nem o candidato a cargo eletivo,
seu cônjuge e parente consangüíneo ou afim até o segundo grau.
§ 2º O escrivão eleitoral, em suas faltas e impedimentos, será
substituído na forma prevista pela lei de organização judiciária
local.

Em tese, os Juízes Eleitorais devem despachar todos os dias.


Acreditam? Rsrs.

Código Eleitoral
Art. 34. Os juízes despacharão todos os dias na sede da sua zona
eleitoral.

Competências dos Juízes Eleitorais.


Destacaremos abaixo as principais competências dos Magistrados
Eleitorais:
1. cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do
TSE e do TRE;

2. processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que


lhe forem conexos, ressalvada a competência originária do
Tribunal Superior e dos Tribunais Regionais;
O Juiz Eleitoral não julga os crimes comuns autônomos (aqueles
independentes dos crimes eleitorais). Apenas julgará crimes comuns
conexos com os crimes eleitorais. Lógico que o Juiz Eleitoral também não
julgará os crimes eleitorais de competência do TSE e dos TREs.
Os atos infracionais cometidos por menores de idade
(inimputáveis), mesmo que incursos ou equiparados aos crimes eleitorais,
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não são julgados pelos Juízes Eleitorais, mas pelo Juízo da Vara da Infância e
Juventude da Justiça Estadual. É este o entendimento exarado pelo STJ no
Acórdão CC nº 38.430/2003.

3. decidir habeas corpus e mandado de segurança, em


matéria eleitoral, desde que essa competência não esteja
atribuída privativamente à instância superior.
Esta é uma competência residual do Juiz Eleitoral, que julgará tão
somente os HC e os MS em matéria eleitoral que não sejam de competência
expressa do TSE e dos TREs.

4. fazer as diligências que julgar necessárias a ordem e


presteza do serviço eleitoral;
Competência administrativa do Juiz, utilizadas principalmente nos
pleitos eleitorais.

5. tomar conhecimento das reclamações que lhe forem feitas


verbalmente ou por escrito, reduzindo-as a termo, e
determinando as providências que cada caso exigir;

6. indicar, para aprovação do Tribunal Regional, a serventia de


justiça que deve ter o anexo da escrivania eleitoral (cartório
eleitoral);

7. dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e a


exclusão de eleitores;
Formalmente, é o Juiz Eleitoral que autoriza a inscrição e a
exclusão de eleitores.

8. expedir títulos eleitorais e conceder transferência de

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eleitor;

9. dividir a zona em seções eleitorais;


Cuidado para não confundir!
O TRE pode criar e dividir as Zonas eleitorais. O TSE tem que
aprovar a criação e a divisão das Zonas. Mas o Juiz Eleitoral pode dividir a
Zona em Seções eleitorais!

10. mandar organizar, em ordem alfabética, relação dos


eleitores de cada seção, para remessa a mesa receptora,
juntamente com a pasta das folhas individuais de votação;

11. ordenar o registro e cassação do registro dos


candidatos aos cargos eletivos MUNICIPAIS e comunicá-los
ao Tribunal Regional (TRE);
O Juiz Eleitoral faz o registro e cassação de registro dos candidatos
a cargos eletivos MUNICIPAIS (Prefeito, VICE e Vereadores).
Quanto a esses candidatos aos cargos eletivos Municipais, cabe
também aos Juízes Eleitorais julgar as argüições de inelegibilidade de
suas candidaturas, conforme previsto na Lei de Inelegibilidades:

LC nº 64/90
Art. 2º Compete à Justiça Eleitoral conhecer e decidir as argüições
de inelegibilidade.
Parágrafo único. A argüição de inelegibilidade será feita
perante:
III - os Juízes Eleitorais, quando se tratar de candidato a
Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador (Cargos eletivos
MUNICIPAIS).

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12. designar, até 60 (sessenta) DIAS antes das eleições


os locais das seções;
Os locais das seções eleitorais devem ser designados em até 60
dias antes das eleições.

13. nomear, 60 (sessenta) dias antes da eleição, em


audiência pública anunciada com pelo menos 5 (cinco) dias
de antecedência, os membros das mesas receptoras;
Os membros das mesas receptoras de votação deverão ser
nomeados também em até 60 dias antes da eleição.
A Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97) veda a nomeação de
presidentes e mesários (membros das mesas receptoras) os menores de 18
ANOS, apesar de estarem aptos ao voto.

Lei nº 9.504/97
Art. 63.
§ 2º Não podem ser nomeados presidentes e mesários os
menores de dezoito anos.

14. instruir os membros das mesas receptoras sobre as


suas funções;
15. providenciar para a solução das ocorrências para a
solução das ocorrências que se verificarem nas mesas
receptoras;
16. tomar todas as providências ao seu alcance para evitar
os atos viciosos das eleições;
17. fornecer aos que não votaram por motivo justificado e
aos não alistados, por dispensados do alistamento, um
certificado que os isente das sanções legais;
Os que não votaram por motivo justificado e os não alistados
regularmente têm direito a um certificado do Juiz Eleitoral que os isente das

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sanções legais.

18. comunicar, até as 12 horas do dia seguinte a realização


da eleição, ao Tribunal Regional e aos delegados de partidos
credenciados, o número de eleitores que votarem em
cada uma das seções da zona sob sua jurisdição, bem como
o total de votantes da zona.
O Juiz Eleitoral deve comunicar, até às 12 horas do dia seguinte à
realização da eleição, o nº de eleitores que votaram em cada seção e o
total de votantes de sua Zona para o TRE e para os delegados de partidos.

1.4. Juntas Eleitorais.

Conceito e Composição.
Junta Eleitoral, o que isso Professor? Qual a relação do Juiz
Eleitoral com a Junta Eleitoral?
As Juntas Eleitorais foram previstas em lei para, principalmente,
realizarem a apuração e contagem dos votos. Dentre as suas atribuições,
constam a de resolver impugnações de candidatos e partidos sobre os
trabalhos da contagem e apuração, bem como expedir diplomas para os eleitos
para cargos Municipais.
Com o advento da votação eletrônica, as Juntas Eleitorais vem
perdendo a razão de sua existência entre as atividades da Justiça Eleitoral,
posto restarem diminuídas suas atribuições. Todavia, ainda são cobradas em
concursos.
As Juntas Eleitorais são órgãos colegiados de 1ª instância da
Justiça Eleitoral, compostos de:

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a) 1 JUIZ DE DIREITO (Presidente da Junta);


b) 2 ou 4 CIDADÃOS de notória idoneidade.

O Presidente do TRE nomeará os Membros das Juntas


Eleitorais em até 60 DIAS antes da eleição e designará sua sede, depois da
aprovação do próprio TRE. Então, a ordem é a seguinte: o TRE 1º aprova e
depois o Presidente do TRE nomeia os Membros das Juntas.
Os Juízes Eleitorais Presidentes das Juntas poderão nomear
escrutinadores e auxiliares para ajudá-lo nos trabalhos desenvolvidos pelo
órgão.

Impugnação da nomeação dos membros das Juntas


Eleitorais.
Os nomes das pessoas indicadas para comporem as Juntas deverão
ser publicados em órgão oficial do Estado em até 10 DIAS antes da
nomeação. Qualquer partido político poderá impugnar as indicações em até
3 DIAS.

Impugnação dos nomes dos Membros das Juntas > em até 3 DIAS.

Membros das Juntas e Inamovibilidade.


Apenas relembrando o que já examinamos, os membros das Juntas
Eleitorais são ou não inamovíveis juntamente com o Juiz Eleitoral?
Havíamos estudado que a garantia da inamovibilidade estende-se
aos Membros dos Tribunais e integrantes das Juntas Eleitorais.

CF-88
Art. 121
§ 1º - Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os
integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas funções,
e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão
inamovíveis.

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Vedação à nomeação de membros das Juntas Eleitorais,


escrutinadores e auxiliares.
Os escrutinadores realizam, essencialmente, a contagem dos
votos.
Não podem ser nomeados como Membros das Juntas,
escrutinadores ou auxiliares:
a) os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade,
até o 2º GRAU, inclusive, e bem assim o cônjuge;
Obviamente os candidatos e parentes até 2º grau não poderiam
participar da contagem dos votos, não é verdade? Imaginem a esposa do
candidato a prefeito realizando a contagem dos votos em cédula (certamente
poderia ser parcial na contagem, não acha?).
Deve-se atentar que a Lei n 9.504/97, no art. 64, prevê que não
podem ser nomeados Membros das Juntas Eleitorais quaisquer parentes, em
TODOS os graus, não se limitando apenas ao 2º GRAU.

Lei 9.504/97
Art. 64. É vedada a participação de parentes em qualquer
grau ou de servidores da mesma repartição pública ou empresa
privada na mesma Mesa, Turma ou Junta Eleitoral.

b) os membros de diretorias de partidos políticos


devidamente registrados e cujos nomes tenham sido
oficialmente publicados;
Na mesma linha, os membros de partidos políticos, assim
oficializados, também não podem “contar votos”. Podem votar, não é?

c) as autoridades e agentes policiais, bem como os


funcionários no desempenho de cargos de confiança do
Executivo;

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Os Policiais e os que exercem função de confiança (DAS) no Poder


Executivo também estão impedidos de participarem dos trabalhos das Juntas
Eleitorais. Esta vedação é para evitar eventual influência tanto da Polícia (que
tem poderes estatais) quanto dos que já trabalham no “Governo”
(presumivelmente defenderão seus interesses) sobre os resultados das
eleições.
Cuidado! Pois a norma prevê que os funcionários do Executivo que
estão impedidos de serem nomeados são apenas aqueles que exercem função
de confiança! Não foram incluídos servidores do Poder Legislativo e do
Judiciário, salvo quanto este, os referentes à Justiça Eleitoral.

d) os que pertencerem ao serviço eleitoral.


Esta vedação é ótima para vocês, futuros Servidores da Justiça
Eleitoral! Estão dispensados de trabalhar na apuração e contagem de votos.
Dispensa de serem mesários! Rsrs.
Lembro que a Lei nº 9.504/97, em seu art. 64, veda a participação
de parentes em qualquer grau ou de servidores da mesma repartição
pública ou empresa privada na mesma Mesa, Turma ou Junta Eleitoral.
Assim, parentes de qualquer grau ou servidores ou empregados da
mesma repartição ou empresa não poderão integrar conjuntamente a mesma
mesa, turma ou junta eleitoral!

Código Eleitoral
Art. 36. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de
direito, que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro)
cidadãos de notória idoneidade.
§ 1º Os membros das juntas eleitorais serão nomeados 60
(sessenta) dia antes da eleição, depois de aprovação do
Tribunal Regional, pelo presidente deste, a quem cumpre também
designar-lhes a sede.
§ 2º Até 10 (dez) dias antes da nomeação os nomes das pessoas
indicadas para compor as juntas serão publicados no órgão oficial
do Estado, podendo qualquer partido, no prazo de 3 (três)
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dias, em petição fundamentada, impugnar as indicações.


§ 3º Não podem ser nomeados membros das Juntas,
escrutinadores ou auxiliares:
I - os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o
segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge;
II - os membros de diretorias de partidos políticos
devidamente registrados e cujos nomes tenham sido oficialmente
publicados;
III - as autoridades e agentes policiais, bem como os
funcionários no desempenho de cargos de confiança do Executivo;
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.
Lei nº 9.504/97
Art. 64. É vedada a participação de parentes em qualquer grau
ou de servidores da mesma repartição pública ou empresa
privada na mesma Mesa, Turma ou Junta Eleitoral.

Juntas e Zonas Eleitorais.


Em uma Comarca poderão existir mais de uma Junta Eleitoral. O
número dependerá da quantidade Juízes de Direito vinculados à circunscrição,
mesmo que não sejam nomeados como Juízes Eleitorais.
Caso existam mais de 1 Junta Eleitoral em 1 Zona Eleitoral, ou
quando estiver vago o cargo de Juiz Eleitoral ou, ainda, quando este estiver
impedido, o TRE nomeará outros Juízes de Direito para presidirem as Juntas.
Sendo que poderão ser Juízes de Direito de outras Comarcas.
É muito comum no interior, Juízes de outros Municípios serem
destacados para presidirem Juntas Eleitorais em comarcas diversas da qual
trabalham.

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Código Eleitoral
Art. 37. Poderão ser organizadas tantas Juntas quantas permitir o
número de juízes de direito que gozem das garantias do Art. 95 da
Constituição, mesmo que não sejam juízes eleitorais.
Parágrafo único. Nas zonas em que houver de ser organizada mais
de uma Junta, ou quando estiver vago o cargo de juiz eleitoral ou
estiver este impedido, o presidente do Tribunal Regional, com a
aprovação deste, designará juízes de direito da mesma ou de
outras comarcas, para presidirem as juntas eleitorais.

Nomeação de escrutinadores e auxiliares.


O Juiz Eleitoral presidente da Junta Eleitoral poderá nomear
escrutinadores e auxiliares da Junta para que possa auxiliá-lo nos trabalhos.
Tais auxiliares devem também ser cidadãos de notória idoneidade, igualmente
aos 2 ou 4 cidadãos que farão parte das Juntas como membros.
Quando a Junta Eleitoral tiver mais de 10 URNAS a serem
apuradas, esta nomeação do Juiz Presidente é obrigatória.

+ de 10 URNAS – nomeação obrigatória de escrutinadores e auxiliares.


Caso as Juntas sejam desdobradas em Turmas em virtude do
volume de urnas a serem apuradas, cada uma das Turmas deverá possuir um
Escrutinador para servir como Secretário nomeado pelo Juiz, e deverá ser
nomeado um Escrutinador como Secretário-Geral das Turmas.
Este Secretário-Geral será responsável por:
a) lavrar as atas;
b) tomar por termo ou protocolar os recursos, neles
funcionando como escrivão;
c) totalizar os votos apurados.
Em até 30 DIAS antes da eleição, o Juiz Presidente da Junta
Eleitoral deverá comunicar ao TRE as nomeações de escrutinadores e
auxiliares, devendo também publicar os nomes, os quais poderão ser

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impugnados em até 3 DIAS por partido político.

Código Eleitoral
Art. 38. Ao presidente da Junta é facultado nomear, dentre
cidadãos de notória idoneidade, escrutinadores e auxiliares
em número capaz de atender a boa marcha dos trabalhos.
§ 1º É obrigatória essa nomeação sempre que houver mais de
10 (dez) urnas a apurar.
§ 2º Na hipótese do desdobramento da Junta em Turmas, o
respectivo presidente nomeará um escrutinador para servir
como secretário em cada turma.
§ 3º Além dos secretários a que se refere o parágrafo anterior,
será designado pelo presidente da Junta um escrutinador para
secretário-geral competindo-lhe;
I - lavrar as atas;
II - tomar por termo ou protocolar os recursos, neles funcionando
como escrivão;
III - totalizar os votos apurados.
Art. 39. Até 30 (trinta) dias antes da eleição o presidente da
Junta comunicará ao Presidente do Tribunal Regional as nomeações
que houver feito e divulgará a composição do órgão por edital
publicado ou afixado, podendo qualquer partido oferecer
impugnação motivada no prazo de 3 (três) dias.

Competência das Juntas Eleitorais.


Vamos então à competência formal das Juntas Eleitorais:
a) apurar, no prazo de 10 DIAS, as eleições realizadas nas
zonas eleitorais sob a sua jurisdição.
Principal função das Juntas: apuração das eleições!
O Código Eleitoral determina que a apuração deverá começar no
dia seguinte às eleições. Contudo, com a apuração eletrônica de votos, esta

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regra perdeu a razão de ser, sendo subsidiária apenas para as hipóteses


excepcionais de apuração dos votos por cédulas.

Código Eleitoral
Art. 159. A apuração começará no dia seguinte ao das eleições e,
salvo motivo justificado, devera terminar dentro de 10 (dez) dias.

b) resolver as impugnações e demais incidentes verificados


durante os trabalhos da contagem e da apuração;
Todas as impugnações de partidos e candidatos durante o pleito,
contagem de votos e apurações deverão ser encaminhadas à Junta Eleitoral.

c) expedir os boletins de apuração mencionados no Art. 179;

Código Eleitoral
Art. 179. Concluída a contagem dos votos a Junta ou turma
deverá:
II - expedir boletim contendo o resultado da respectiva seção, no
qual serão consignados o número de votantes, a votação individual
de cada candidato, os votos de cada legenda partidária, os votos
nulos e os em branco, bem como recursos, se houver.

d) expedir DIPLOMA aos eleitos para cargos MUNICIPAIS.


São as Juntas Eleitorais quem expedem DIPLOMAS para os
Cargos MUNICIPAIS!
Seria mais lógico pensar que seria competência do Juiz Eleitoral
expedir tal diploma, mas a Lei confere às Juntas Eleitorais referida
incumbência.
Caso exista mais de 1 Junta Eleitoral no Município, a expedição de
Diplomas será feita pela Junta em que for Presidente o Juiz Eleitoral mais
antigo.

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Código Eleitoral
Art. 40. Compete à Junta Eleitoral:
I - apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições realizadas nas
zonas eleitorais sob a sua jurisdição.
II - resolver as impugnações e demais incidentes verificados
durante os trabalhos da contagem e da apuração;
III - expedir os boletins de apuração mencionados no Art. 178;
IV - expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.
Parágrafo único. Nos municípios onde houver mais de uma junta
eleitoral a expedição dos diplomas será feita pelo que for
presidida pelo juiz eleitoral mais antigo, à qual as demais
enviarão os documentos da eleição.

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Glossário de Direito Eleitoral.


Para melhor entendimento de algumas expressões usualmente
empregadas na legislação eleitoral, especialmente no Código Eleitoral,
condensei um Glossário básico de Direito Eleitoral, com base no Glossário
completo disponibilizado no sítio da internet do próprio TSE:

Zona Eleitoral - Região geograficamente delimitada dentro de um Estado,


gerenciada pelo cartório eleitoral, que centraliza e coordena os eleitores ali
domiciliados. Pode ser composta por mais de um município, ou por parte dele.
Normalmente segue a divisão de comarcas da Justiça Estadual.
Comarca – limite territorial de competência do Juízo, inclusive eleitoral. Cada
Estado é dividido em diversas Comarcas.
Vara – são unidades autônomas de competência jurisdicional, presididas por
autoridades judiciais (Juízes de Direito).
Circunscrição Eleitoral - Espaço geográfico onde se trava determinada
eleição. Assim, o país, na eleição do presidente e vice-presidente da República;
o estado, nas eleições para governador e vice-governador, deputados federais
e estaduais, e senadores; o município, nas eleições de prefeito e vereadores; e
o distrito, onde e quando se realiza a eleição pelo sistema distrital.
Cartório Eleitoral - Cartório eleitoral é a sede do juízo eleitoral. No cartório
funciona, além da parte administrativa da zona eleitoral, a escrivania eleitoral
que é a seção judicial. É no cartório que o cidadão tem seu primeiro contato
com a Justiça Eleitoral pois é ali que ele se apresenta, é qualificado e é inscrito
eleitor.
Mesa receptora de votos - Grupo de eleitores convocados pela Justiça
Eleitoral para receberem os votos, em eleições diretas. Estabelece o art. 119
do Código Eleitoral que a cada seção eleitoral corresponde uma mesa
receptora de votos. Constituem a mesa receptora um presidente, um primeiro
e um segundo mesários, dois secretários e um suplente, nomeados pelo juiz
eleitoral.
Turma Eleitoral – as Juntas Eleitorais poderão ser dividas em Turmas para
dar melhor eficácia aos trabalhos das Juntas.

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

QUESTÃO 36: TRE-AC - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -


12/10/2010.
A respeito da composição dos órgãos da Justiça Eleitoral, considere as
afirmações abaixo.
I. A composição dos Tribunais Eleitorais é híbrida, integrando-os juízes de
outros tribunais e juristas da classe dos advogados.
II. Os substitutos dos juízes dos tribunais eleitorais serão escolhidos
juntamente com os titulares, pelo mesmo processo e em número igual para
cada categoria.
III. As Juntas Eleitorais serão compostas por 3 ou 5 membros, os quais, por
eleição e pelo voto secreto, escolherão seu presidente.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) I
e) III
COMENTÁRIOS:
Item I – correto. Conceito interessante este (híbrido), pois representa a
miscelânea da composição dos TREs e do TSE:
QUANTIDADE DE FORMA DE
ORIGEM
MEMBROS COMPOSIÇÃO

DESEMBARGADORES ELEIÇÃO
2 JUÍZES
DO TJ do Estado (eleição no TJ)

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JUÍZES DE DIREITO ELEIÇÃO


2 JUÍZES
escolhidos pelo TJ (eleição no TJ)

JUIZ DO TRF com sede ESCOLHA do TRF


1 JUIZ na Capital ou
escolhido pelo TRF

NOMEAÇÃO pelo
2 JUÍZES ADVOGADOS Presidente da Rep.
(entre 6 Advogados)

Item II – correto.

CF-88
Art. 121
§ 2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo
justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por
mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos
escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em
número igual para cada categoria.
Código Eleitoral
Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos dos Tribunais
Eleitorais serão escolhidos, na mesma ocasião e pelo mesmo
processo, em número igual para cada categoria.

Item III – errado. As Juntas Eleitorais são órgãos colegiados de 1ª


instância da Justiça Eleitoral, compostos de:

a) 1 JUIZ DE DIREITO (Presidente da Junta);


b) 2 ou 4 CIDADÃOS de notória idoneidade.

RESPOSTA CERTA: A

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QUESTÃO 37: TRE-AC - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -


12/10/2010.
Podem ser nomeados membros das Juntas Eleitorais, dentre outros,
a) os irmãos e o cônjuge dos candidatos.
b) os membros do Ministério Público.
c) as autoridades e agentes policiais.
d) os primos dos candidatos.
e) os que pertencerem ao serviço eleitoral.
COMENTÁRIOS:
Não podem ser nomeados como Membros das Juntas,
escrutinadores ou auxiliares:
a) os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade,
até o 2º GRAU, inclusive, e bem assim o cônjuge;
b) os membros de diretorias de partidos políticos
devidamente registrados e cujos nomes tenham sido
oficialmente publicados;
c) as autoridades e agentes policiais, bem como os
funcionários no desempenho de cargos de confiança do
Executivo;
d) os que pertencerem ao serviço eleitoral.
Item A – errado. Incidem na vedação legal por ser o irmão parente de 2º
GRAU e por prevê cônjuge.
Item B – errado. A Composição das Juntas Eleitorais não prevê o Membro do
MP, apenas 1 Juiz de Direito e 2 ou 4 Cidadãos.
Item C – errado. Vedados!
Item D – correto. Conforme tabela de parentesco disponibilizada, os primos
são parentes de 4º GRAU, podendo ser nomeados como membros conjuntos
das Juntas Eleitorais.
Item E – errado. Vedação legal.

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RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 38: TRE-AC - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -


12/10/2010.
A competência para diplomar os Prefeitos Municipais e os Deputados Federais
eleitos, é, respectivamente,
a) das Câmaras Municipais e das Assembléias Legislativas.
b) dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Tribunal Superior Eleitoral.
c) dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Congresso Nacional.
d) das Juntas Eleitorais e do Tribunal Superior Eleitoral.
e) das Juntas Eleitorais e dos Tribunais Regionais Eleitorais.
COMENTÁRIOS:
Diplomação de cargos Municipais (Prefeito, VICE e Vereador) é competência
das JUNTAS ELEITORAIS e não dos Juízes Eleitorais.
Os Deputados Federais concorrem na circunscrição estadual, portanto a
competência para sua diplomação é do TRE e não do TSE.

Código Eleitoral
Art. 40. Compete à Junta Eleitoral:
IV - expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.
Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais
Regionais:
VII - apurar com os resultados parciais enviados pelas juntas
eleitorais, os resultados finais das eleições de Governador e Vice-
Governador de membros do Congresso Nacional e expedir os
respectivos diplomas, remetendo dentro do prazo de 10 (dez)
dias após a diplomação, ao Tribunal Superior, cópia das atas de
seus trabalhos;

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RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 39: TRE - TO - Analista Judiciário – Administrativo [FCC] -


20/02/2011.
Os membros das Juntas Eleitorais serão nomeados sessenta dias antes das
eleições
a) depois da aprovação do Tribunal Regional Eleitoral, pelo Presidente deste.
b) pelo Juiz de Direito da respectiva Zona Eleitoral, independentemente de
qualquer aprovação.
c) pelo Juiz de Direito da respectiva Zona Eleitoral, após aprovação dos
partidos políticos.
d) pelo Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, após indicação do Tribunal
Regional Eleitoral a que pertencer.
e) pelo escrivão eleitoral indicado pelo Tribunal Regional Eleitoral a que
pertencer.
COMENTÁRIOS:
Esta questão foi decoreba legal do Código. O Presidente do TRE nomeará os
Membros das Juntas Eleitorais em até 60 DIAS antes da eleição e
designará sua sede, depois da aprovação do próprio TRE. Então, a ordem é a
seguinte: o TRE 1º aprova e depois o Presidente do TRE nomeia os Membros
das Juntas.
Código Eleitoral
Código Eleitoral
Art. 36
§ 1º Os membros das juntas eleitorais serão nomeados 60
(sessenta) dia antes da eleição, depois de aprovação do
Tribunal Regional, pelo presidente deste, a quem cumpre
também designar-lhes a sede.

RESPOSTA CERTA: A

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QUESTÃO 40: TRE - TO - Analista Judiciário – Administrativo [FCC] -


20/02/2011.
Compete aos Tribunais Regionais Eleitorais, dentre outras atribuições,
processar e julgar originariamente
a) a suspeição e o impedimento do Procurador-Geral Eleitoral.
b) os conflitos de jurisdição entre Juízes Eleitorais do respectivo Estado e de
outro Estado da Federação.
c) a suspeição ou impedimento aos membros do próprio Tribunal Regional
Eleitoral.
d) o registro de candidatos à Presidente e Vice-Presidente da República.
e) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos
juízes do próprio Tribunal Regional Eleitoral.
COMENTÁRIOS:
Item A – errado. É competência do TSE processar e julgar originariamente a
suspeição ou impedimento aos seus Membros, ao Procurador Geral e aos
funcionários da sua Secretaria. Não existe outra instância superior que possa
julgar as argüições de suspeição e impedimento dos Membros do TSE,
Procurador-Geral Eleitoral e dos funcionários da Secretaria da Corte Superior, a
não ser o próprio TSE.

Código Eleitoral
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:
I - Processar e julgar originariamente:
c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao
Procurador Geral e aos funcionários da sua Secretaria;

Item B – errado. Compete ao TSE os conflitos de jurisdição entre Tribunais


Regionais e Juízes Eleitorais de Estados diferentes. Resumindo: o TSE julgará
conflitos de competência:

a. Entre Tribunais Regionais Eleitorais (entre TREs) -


ex: TRE/SP com TRE/RJ); - jurisprudência majoritária

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do TSE.
b. Entre Juízes Eleitorais de Estados diferentes – ex:
um Juiz Eleitoral da Bahia com um Juiz Eleitoral do
Pernambuco.
Isto porque um TRE de um Estado não tem jurisdição
sobre Juízes Eleitorais de outro Estado, restando ao TSE
julgar conflitos entre juízes eleitorais de TRE/Estados
diferentes.
Obs: conflitos entre Juízes Eleitorais de mesmo Estado
são julgados pelo TRE respectivo – regra: se o TRE tem
jurisdição sobre os Juízes, é o próprio Tribunal Regional
quem julga os magistrados a ele vinculados. Ex: conflitos
entre juízes eleitorais de Campinas/SP e de Araraquara/SP
são julgados pelo TRE/SP.
c. Não está expresso na lei, mas é o TSE que julgará
conflitos de jurisdição entre um TRE de um Estado e
um juiz eleitoral de outro Estado. Ex: TRE/PE versus
Juiz Eleitoral do Ceará.

Item C – correto. Compete aos próprios TREs processar e julgar a suspeição


ou impedimentos aos seus Membros, ao Procurador Regional e aos
funcionários da sua Secretaria assim como aos juízes e escrivães eleitorais
(chefes de cartório eleitoral).
Item D – errado. É competência do TSE registrar determinados “atos
eleitorais”, quais sejam, registro e cassação (cancelamento) de
registro:
a. de Partidos Políticos – por terem caráter nacional;
b. dos Diretórios NACIONAIS dos partidos políticos;
c. de candidatos à Presidência da República e VICE.
Item E – errado. Os crimes comuns e eleitorais cometidos pelos Membros dos
TREs são julgados pelo STJ e não pelos próprios TREs.
Resumo das competências para julgamento dos crimes cometidos

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por Membros e Juízes dos Tribunais Eleitorais:

Membros e Juízes
Crimes COMUNS Crimes ELEITORAIS
Eleitorais

Ministros do TSE STF STF

Membros de TREs STJ STJ

Juízes Eleitorais de 1º
TJ* TRE*
grau

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 41: TRE - TO - Analista Judiciário – Administrativo [FCC] -


20/02/2011.
A requisição de força federal necessária ao cumprimento de decisão do
Tribunal Regional Eleitoral compete ao
a) próprio Tribunal Regional Eleitoral.
b) Tribunal Superior Eleitoral.
c) Presidente do respectivo Tribunal Regional Eleitoral.
d) Governador do respectivo Estado.
e) Procurador Regional Eleitoral.
COMENTÁRIOS:
Compete ao TSE requisitar a força federal (Policial) necessária ao
cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou das decisões dos Tribunais
Regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a apuração. Os TREs
solicitam ao TSE que, por sua vez, requisita a força federal.

Código Eleitoral
Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior,

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XIV - requisitar a força federal necessária ao cumprimento da


lei, de suas próprias decisões ou das decisões dos Tribunais
Regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a
apuração; (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais
Regionais:
XII - requisitar a força necessária ao cumprimento de suas
decisões solicitar ao Tribunal Superior a requisição de força
federal;

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 42: TRE - TO - Técnico Judiciário – Administrativo [FCC] -


20/02/2011.
Os recursos das decisões das Juntas Eleitorais serão interpostos por petição
devidamente fundamentada dirigida ao
a) Juiz Eleitoral.
b) Tribunal Regional Eleitoral.
c) Tribunal Superior Eleitoral.
d) Ministério Público Eleitoral.
e) Corregedor-Geral Eleitoral.
COMENTÁRIOS:
As decisões das Juntas Eleitorais são recorríveis ao TRE respectivo. Contudo, o
processamento deste recurso será realizado inicialmente perante o Juiz
Eleitoral. Apesar do Recurso ser para o TRE, a petição será dirigida ao Juiz
Eleitoral para encaminhamento ao TRE.
Esta questão levou muitos estudantes a erro, pois apesar dos recursos das
decisões das Juntas Eleitorais serem de competência dos TREs, serão dirigidos
ao Juiz Eleitoral. Como foi a FCC, foi cobrado a literalidade do art. 266 do
Código Eleitoral.

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Código Eleitoral
Art. 265. Dos atos, resolucoes ou despachos dos Juizes ou Juntas
Eleitorais cabera recurso para o Tribunal Regional.
Art. 266. O recurso independerá de termo e será interposto por
petição devidamente fundamentada, dirigida ao juiz eleitoral e
acompanhada, se o entender o recorrente, de novos documentos.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 43: TRE – RS - Técnico Judiciário – Administrativo [FCC] –


18/07/2010.
A respeito das Juntas Eleitorais, é correto afirmar:
(A) Podem ser nomeados membros da Juntas Eleitorais autoridades e agentes
policiais.
(B) Os nomes dos membros das Juntas Eleitorais serão publicados no órgão
oficial do Estado, sendo vedado aos partidos políticos impugnar as indicações.
(C) Podem ser nomeados escrutinadores ou auxiliares os parentes em segundo
grau de candidatos.
(D) Compor-se-ão as juntas eleitorais de um Juiz de Direito, que será o
Presidente, e de dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade.
(E) Podem ser nomeados escrutinadores ou auxiliares os que pertencerem ao
serviço eleitoral.

COMENTÁRIOS:
Fácil esta não é pessoal!
Item A, C e E – errados.

Código Eleitoral
Art. 36

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§ 3º Não podem ser nomeados membros das Juntas,


escrutinadores ou auxiliares:
I - os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o
segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge;
II - os membros de diretorias de partidos políticos
devidamente registrados e cujos nomes tenham sido oficialmente
publicados;
III - as autoridades e agentes policiais, bem como os
funcionários no desempenho de cargos de confiança do Executivo;
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.

Item B – errado. Os partidos podem impugnar as nomeações dos membros das


Juntas.

Código Eleitoral
Art. 36
§ 2º Até 10 (dez) dias antes da nomeação os nomes das pessoas
indicadas para compor as juntas serão publicados no órgão oficial
do Estado, podendo qualquer partido, no prazo de 3 (três) dias,
em petição fundamentada, impugnar as indicações.

Item D – correto. As Juntas Eleitorais são órgãos colegiados de 1ª instância


da Justiça Eleitoral, compostos de:

a) 1 JUIZ DE DIREITO (Presidente da Junta);


b) 2 ou 4 CIDADÃOS de notória idoneidade.

Código Eleitoral
Art. 36. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de
direito, que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro)
cidadãos de notória idoneidade.

RESPOSTA CERTA: D

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QUESTÃO 44: TRE-RN – Técnico Judiciário – Área Administrativa [FCC]


– 06/02/2011.
A zona eleitoral corresponde
(A) à dimensão espacial dos Estados-membros ou à do Distrito Federal, em se
tratando de eleições estaduais ou distritais.
(B) ao menor núcleo de organização da Justiça Eleitoral, contendo, cada uma,
um número máximo de 400 (quatrocentos) eleitores.
(C) à competência definida em relação aos juízes eleitorais.
(D) à unidade previamente definida em lei complementar de iniciativa do
Tribunal Superior Eleitoral.
(E) a uma organização que, na conformidade do artigo 36 do Código Eleitoral,
compreende a figura de um Juiz de Direito, seu Presidente, e 2 (dois) a 4
(quatro) cidadãos de notória idoneidade, com a função de expedir os boletins
de apuração.
COMENTÁRIOS:
A questão não foi das mais felizes, mas por exclusão poderemos acertá-la.
Conforme Glossário de Direito Eleitoral da Aula, Zona Eleitoral tem o seguinte
significado:

Zona Eleitoral - Região geograficamente delimitada dentro de um Estado,


gerenciada pelo cartório eleitoral, que centraliza e coordena os eleitores ali
domiciliados. Pode ser composta por mais de um município, ou por parte dele.
Normalmente segue a divisão de comarcas da Justiça Estadual.

Item A é errado porque a Zona não é uma dimensão espacial que abranja todo
o Estado, mas apenas uma pequena região.
Item B está errado porque não há esta limitação de 400 eleitores.
Item D está errado porque a definição das Zonas Eleitorais incumbe aos TREs e
não por Lei Complementar Federal rígida.
Item E é errado porque corresponde ao conceito de Junta Eleitoral e não
Zona Eleitoral. Cuidado para não confundir!
Item C está correto porque a Zona Eleitoral é o território delimitado dentro do

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Estado onde o Juiz Eleitoral exerce sua jurisdição (onde detém sua
competência jurisdicional eleitoral). Convenhamos que Zona Eleitoral não
propriamente competência, mas local onde se exerce a competência eleitoral.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 45: TRE-PA – Técnico Judiciário – Área Administrativa [FGV]


– 06/02/2011.
De acordo com a Lei Eleitoral, é da competência do Tribunal Regional Eleitoral
processar e julgar
(A) o pedido de registro de partidos políticos.
(B) o pedido de cassação de registro de partidos políticos.
(C) conflitos de jurisdição entre juízes eleitorais de Estados distintos.
(D) os crimes comuns cometidos por juízes eleitorais.
(E) o pedido de cancelamento de registro de candidato a deputado federal.
COMENTÁRIOS:
Item A e B – errados. O pedido de registro de partidos políticos é de
competência do TSE. É competência do TSE registrar determinados “atos
eleitorais”, quais sejam, registro e cassação (cancelamento) de
registro:
a. de Partidos Políticos – por terem caráter nacional;
b. dos Diretórios NACIONAIS dos partidos políticos;
c. de candidatos à Presidência da República e
VICE.
Item C – errado. Já vimos que compete ao TSE e não a nenhum TRE.
Item D – errado. Os crimes eleitorais cometidos pelos Juízes Eleitorais
serão julgados pelos TREs do Estado respectivo. Os TREs somente julgarão
crimes eleitorais cometidos pelos Juízes Eleitorais de 1º Grau. Os crimes
comuns cometidos pelos Juízes serão julgados pelo Tribunal de Justiça do

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Estado (TJ Estadual). É isto o que prescreve também o art. 96, III, da CF-88.
Item E – correto. Compete aos TREs processar e julgar originariamente o
registro e o cancelamento do registro dos diretórios estaduais e municipais
de partidos políticos, bem como de candidatos a Governador, Vice-
Governadores, e membro do Congresso Nacional e das Assembléias
Legislativas.
Nos TREs são registradas e canceladas as candidaturas de Governador, Vice
e membros das Assembléias Legislativas (isto é até obvio, não é
verdade?).
Mas, também cabe aos TREs e não ao TSE registrar e cancelar a candidatura
de Membros do Congresso Nacional! Isto mesmo! Dos Deputados
Federais e Senadores!

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 46: TRE- ES - Analista Judiciário – Área Administrativa


[CESPE] – 30/01/2011.
Compete aos TREs aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos de
seus juízes.
COMENTÁRIOS:
A competência para aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos
dos Juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais é do TSE e não dos TREs.
O afastamento tratado pelo Código Eleitoral é o referente aos cargos efetivos
principais exercidos pelos Juízes Eleitorais. Ex: cargo de Juiz de Direito da
Justiça Estadual. O afastamento do cargo efetivo é medida de caráter
extraordinário, que visa atender a necessidades temporárias e excepcionais do
serviço eleitoral.
Vale assinalar que a concessão de afastamento a Juiz de Tribunal Regional
Eleitoral (TRE) ou a Juiz Eleitoral é da competência privativa do respectivo
do TRE, cabendo ao TSE apenas sua aprovação.
A Resolução – TSE nº 21.842/2004 disciplina o afastamento de magistrados da

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Justiça Eleitoral dos seus cargos efetivos. Observem que foi o TSE quem
regulamentou o afastamento de todos os magistrados da Justiça Eleitoral.
Apesar do Juiz ou Membro ser do TRE respectivo, o TSE tem competência para
regulamentar sobre afastamento.
De todo modo, o TRE tem competência para conceder o afastamento e o TSE
apenas aprovará ou não.

Resolução nº 21.842/2004
Art. 1
§ 2º O deferimento do afastamento ficará condicionado ao voto
favorável de cinco dos membros do Tribunal Regional Eleitoral e
deverá ser submetido ao Tribunal Superior Eleitoral.

Como a questão perguntou a competência para APROVAR, a resposta correta


seria TSE. Se perguntasse a competência para conceder o afastamento seria
dos TREs.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 47: TRE- ES - Analista Judiciário – Área Judiciária [CESPE] –


30/01/2011.
Julgue os itens seguintes, referentes à organização, composição e competência
da justiça eleitoral.
O número de juntas eleitorais que podem ser organizadas é igual ao número
de juízes de direito que gozam das garantias constitucionais inerentes à
magistratura, mesmo que estes não sejam juízes eleitorais.
COMENTÁRIOS:
Em uma Comarca poderão existir mais de uma Junta Eleitoral. O número
dependerá da quantidade Juízes de Direito vinculados à circunscrição, mesmo
que não sejam nomeados como Juízes Eleitorais.

Código Eleitoral
Art. 37. Poderão ser organizadas tantas Juntas quantas permitir o

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número de juízes de direito que gozem das garantias do Art. 95 da


Constituição, mesmo que não sejam juízes eleitorais.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 48: TRE- ES - Analista Judiciário – Área Judiciária [CESPE] –


30/01/2011.
Na ausência do chefe do cartório eleitoral, as atribuições da escrivania de zona
eleitoral podem ser exercidas por outro servidor designado pelo chefe do
cartório, desde que esse servidor não seja membro de diretório partidário,
candidato a cargo eletivo, seu cônjuge ou parente consangüíneo ou afim até o
segundo grau.
COMENTÁRIOS:
Entre as atribuições do Juiz Eleitoral, está a de indicar ao TRE a
serventia de justiça que será instalado o cartório eleitoral pelo prazo de 2
anos. O Chefe do Cartório é designado pelo Juiz Eleitoral e não pelo próprio
Chefe de Cartório que está saindo do cargo.
Não poderá servir como Chefe do Cartório Eleitoral (antigo Escrivão
Eleitoral):
1. membro de diretório de partido político;
2. candidato a cargo eletivo;
3. parente até o 2º GRAU.
Caso incorra nestas situações, o Chefe do Cartório Eleitoral estará
sujeito à pena de demissão.

Código Eleitoral
Art. 33. Nas zonas eleitorais onde houver mais de uma serventia
de justiça, o juiz indicará ao Tribunal Regional a que deve ter
o anexo da escrivania eleitoral pelo prazo de dois anos.
§ 1º Não poderá servir como escrivão eleitoral (atual Chefe
do Cartório Eleitoral), sob pena de demissão, o membro de

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diretório de partido político, nem o candidato a cargo eletivo,


seu cônjuge e parente consangüíneo ou afim até o segundo grau.
§ 2º O escrivão eleitoral, em suas faltas e impedimentos, será
substituído na forma prevista pela lei de organização judiciária
local.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 49: TRE- ES - Analista Judiciário – Área Judiciária [CESPE] –


30/01/2011.
As juntas eleitorais, compostas de um juiz de direito, a quem compete presidi-
la, e de dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade, são nomeadas antes da
eleição, depois de aprovação do tribunal regional, pelo presidente deste, a
quem cumpre também designar-lhes a sede.
COMENTÁRIOS:
O Presidente do TRE nomeará os Membros das Juntas Eleitorais em até
60 DIAS antes da eleição e designará sua sede, depois da aprovação do
próprio TRE. Então, a ordem é a seguinte: o TRE 1º aprova e depois o
Presidente do TRE nomeia os Membros das Juntas.
Código Eleitoral
Código Eleitoral
Art. 36
§ 1º Os membros das juntas eleitorais serão nomeados 60
(sessenta) dia antes da eleição, depois de aprovação do
Tribunal Regional, pelo presidente deste, a quem cumpre
também designar-lhes a sede.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 50: TRE - ES – Técnico Judiciário – Área Administrativa

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[CESPE] – 30/01/2011.
Julgue os itens seguintes, relativos às competências e atribuições dos juízes
eleitorais, dos tribunais regionais eleitorais (TREs) e do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE).
Compete, privativamente, aos TREs indicar ao TSE as zonas eleitorais ou
seções em que a contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora.
COMENTÁRIOS:

Código Eleitoral
Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais
Regionais:
VI - indicar ao tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções
em que a contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora;

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 51: TRE - ES – Técnico Judiciário – Área Administrativa


[CESPE] – 30/01/2011.
Compete ao juiz eleitoral resolver as impugnações e demais incidentes
verificados durante os trabalhos de contagem e apuração dos votos.
COMENTÁRIOS:
Entre as competências das Juntas Eleitorais consta a de resolver as
impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da
contagem e da apuração.
Todas as impugnações de partidos e candidatos durante o pleito, contagem de
votos e apurações deverão ser encaminhadas à Junta Eleitoral e não ao Juiz
Eleitoral.

RESPOSTA CERTA: E

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QUESTÃO 52: TRE - ES – Técnico Judiciário – Área Administrativa


[CESPE] – 30/01/2011.
Compete aos TREs remeter ao TSE cópias das atas dos trabalhos relativos às
apurações e diplomações a seu cargo, desde que requisitadas pela corte
superior.
COMENTÁRIOS:
É dever dos TREs apurar, com os resultados parciais enviados pelas Juntas
Eleitorais, os resultados finais das eleições de Governador e Vice-
Governador, Membros do Congresso Nacional e expedir os respectivos
DIPLOMAS, remetendo dentro do prazo de 10 (dez) dias após a diplomação,
ao TSE, cópia das atas de seus trabalhos.
A remessa das cópias é obrigatória dentro do prazo de 10 dias após a
diplomação, sem a necessidade de requisição do TSE.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 53: TRE - ES – Técnico Judiciário – Área Administrativa


[CESPE] – 30/01/2011.
Compete, privativamente, ao TSE autorizar a contagem dos votos pelas mesas
receptoras nos estados em que essa providência for solicitada pelo tribunal
regional respectivo.
COMENTÁRIOS:

Código Eleitoral
Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais
Regionais:
VI - indicar ao tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções
em que a contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora;

RESPOSTA CERTA: C

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QUESTÃO 54: TRE - BA - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] -


21/02/2010.
Compete, privativamente, aos TREs fixar a data das eleições para governador
e vice-governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e
juízes de paz.
COMENTÁRIOS:
O art. 30, IV, do Código Eleitoral prevê a competência dos TREs de fixar data
das eleições para os cargos citados. Ocorre que este dispositivo não tem mais
eficácia em vista da previsão na CF-88 e na Lei nº 9.504/97 de data
específica para eleições de Governador, Vice, Deputados estaduais, Prefeitos,
Vice e Vereadores. Ademais, a Lei nº 9504/97 estabelece que as eleições para,
entre outros, Senadores, Deputados Federais e Estaduais, serão realizadas
simultaneamente:

Lei nº 9504/97
Art. 1º As eleições para Presidente e Vice-Presidente da
República, Governador e Vice-Governador de Estado e do
Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado
Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador
dar-se-ão, em todo o País, no primeiro domingo de outubro do
ano respectivo.
Parágrafo único. Serão realizadas simultaneamente as
eleições:
I - para Presidente e Vice-Presidente da República,
Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito
Federal, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e
Deputado Distrital;

RESPOSTA: E

QUESTÃO 55: TRE - BA - Analista Judiciário – Taquigrafia [CESPE] -

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21/02/2010.
Compete privativamente ao TSE julgar os conflitos de competência de juízes
de determinado estado.
COMENTÁRIOS:
É competência dos TREs julgar os conflitos de competência entre juízes a eles
vinculados, de cada Estado. Os conflitos entre Juízes Eleitorais de mesmo
Estado são julgados pelo TRE respectivo – regra: se o TRE tem jurisdição
sobre os Juízes, é o próprio Tribunal Regional quem julga os magistrados a ele
vinculados.
O TSE julgará apenas os seguintes conflitos de competência:

a. entre Tribunais Regionais Eleitorais (entre


TREs) - ex: TRE/SP com TRE/RJ); - jurisprudência
do TSE.
b. entre Juízes Eleitorais de Estados diferentes –
ex: um Juiz Eleitoral do Ceará com um Juiz Eleitoral
de Santa Catarina.
Um TRE de um Estado não tem jurisdição sobre Juízes
Eleitorais de outro Estado, restando ao TSE julgar
conflitos entre juízes eleitorais de TRE/Estados
diferentes.
c. não está expresso na lei, mas é o TSE que julgará
conflitos de jurisdição entre um TRE de um Estado
e um juiz eleitoral de outro Estado. Ex: TRE/ES
versus Juiz Eleitoral do Ceará.

RESPOSTA: E

QUESTÃO 56: TRE - BA - Analista Judiciário – Taquigrafia [CESPE] -


21/02/2010.
A aprovação do afastamento de juízes dos tribunais regionais eleitorais é de

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competência do TSE.
COMENTÁRIOS:
O TRE tem competência para conceder o afastamento, mas o TSE tem
competência para aprovar ou não.

Resolução nº 21.842/2004
Art. 1
§ 2º O deferimento do afastamento ficará condicionado ao voto
favorável de cinco dos membros do Tribunal Regional Eleitoral e
deverá ser submetido ao Tribunal Superior Eleitoral.

RESPOSTA: C

QUESTÃO 57: [CESPE] TRE - BA - Técnico Judiciário – Administrativa


[CESPE] - 21/02/2010.
Compete, privativamente, aos TREs fixar a data das eleições para governador
e vice-governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e
juízes de paz.
COMENTÁRIOS:
O art. 30, IV, do Código Eleitoral prevê a competência dos TREs de fixar data
das eleições para os cargos citados. Ocorre que este dispositivo não tem mais
eficácia em vista da previsão na CF-88 e na Lei nº 9.504/97 de data
específica para eleições de Governador, Vice, Deputados estaduais, Prefeitos,
Vice e Vereadores. Ademais, a Lei nº 9504/97 estabelece que as eleições para,
entre outros, Senadores, Deputados Federais e Estaduais, serão realizadas
simultaneamente:

CF-88
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de
Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro
domingo de outubro, em primeiro turno, e no último
domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano

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anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a


posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente,
observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77.
Lei nº 9504/97
Art. 1º As eleições para Presidente e Vice-Presidente da
República, Governador e Vice-Governador de Estado e do
Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado
Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador
dar-se-ão, em todo o País, no primeiro domingo de outubro do
ano respectivo.
Parágrafo único. Serão realizadas simultaneamente as
eleições:
I - para Presidente e Vice-Presidente da República,
Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito
Federal, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e
Deputado Distrital;

RESPOSTA: E

QUESTÃO 58: [CESPE] TRE - BA - Técnico Judiciário – Administrativa


[CESPE] - 21/02/2010.

Podem ser nomeados para compor uma mesma junta eleitoral servidores de
uma mesma repartição pública ou empregados de uma mesma empresa
privada.
COMENTÁRIOS:
O Código Eleitoral elenca uma lista de pessoas vedadas a serem nomeadas
como membros das Juntas Eleitorais, escrutinadores e auxiliares. Esta lista é a
principal vedação no que concerne aos membros das Juntas. Então vejamos,
não podem ser nomeados como membros das Juntas, escrutinadores ou
auxiliares:
a) os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até

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o 2º (segundo) grau, inclusive, e bem assim o cônjuge;


b) os membros de diretorias de partidos políticos
devidamente registrados e cujos nomes tenham sido
oficialmente publicados;
c) as autoridades e agentes policiais, bem como os
funcionários no desempenho de cargos de confiança do
Executivo;
d) os que pertencerem ao serviço eleitoral.
No entanto, a Lei nº 9.504/97, em seu art. 64, também veda a
participação de parentes em qualquer grau ou de servidores da mesma
repartição pública ou empresa privada na mesma Mesa, Turma ou
Junta Eleitoral.
Assim, parentes de qualquer grau ou servidores ou empregados da
mesma repartição ou empresa não poderão integrar conjuntamente a mesma
mesa, turma ou junta eleitoral!
Vejam que a resposta para a questão estava em outro diploma
legal, não exatamente no Código Eleitoral.

Código Eleitoral
Art. 36. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de
direito, que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro)
cidadãos de notória idoneidade.
§ 1º Os membros das juntas eleitorais serão nomeados 60
(sessenta) dia antes da eleição, depois de aprovação do
Tribunal Regional, pelo presidente deste, a quem cumpre também
designar-lhes a sede.
§ 2º Até 10 (dez) dias antes da nomeação os nomes das pessoas
indicadas para compor as juntas serão publicados no órgão oficial
do Estado, podendo qualquer partido, no prazo de 3 (três) dias,
em petição fundamentada, impugnar as indicações.
§ 3º Não podem ser nomeados membros das Juntas,
escrutinadores ou auxiliares:

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I - os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o


segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge;
II - os membros de diretorias de partidos políticos
devidamente registrados e cujos nomes tenham sido oficialmente
publicados;
III - as autoridades e agentes policiais, bem como os
funcionários no desempenho de cargos de confiança do Executivo;
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.
Lei nº 9.504/97
Art. 64. É vedada a participação de parentes em qualquer grau
ou de servidores da mesma repartição pública ou empresa
privada na mesma Mesa, Turma ou Junta Eleitoral.

Observem que esta vedação é para não somente a Junta Eleitoral, mas
também para a mesma MESA ou TURMA.

RESPOSTA: E

QUESTÃO 59: TRE - PR - Analista Judiciário - Análise de Sistemas


[CESPE] - 22/11/2009
É atribuição das juntas eleitorais, entre outras, resolver as impugnações
verificadas durante os trabalhos de contagem e apuração de votos.
COMENTÁRIOS:
Compete às Juntas Eleitorais resolver as impugnações e demais
incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da apuração.
Todas as impugnações de partidos e candidatos durante o pleito, contagem de
votos e apurações deverão ser encaminhadas à Junta Eleitoral.

Código Eleitoral
Art. 40. Compete à Junta Eleitoral;
II - resolver as impugnações e demais incidentes verificados

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durante os trabalhos da contagem e da apuração;

RESPOSTA: C

QUESTÃO 60: TRE - PR - Analista Judiciário - Análise de Sistemas


[CESPE] - 22/11/2009.
As zonas eleitorais correspondem à menor fração territorial dentro da
circunscrição judiciária eleitoral.
COMENTÁRIOS:
A divisão geográfica da Justiça Eleitoral remete aos conceitos de
circunscrição eleitoral, zona eleitoral e seção eleitoral. Entenderemos
cada um.
Na Justiça Estadual Comum o território jurisdicional é dividido em Comarcas.
As Comarcas são o espaço geográfico de exercício da jurisdição do Juiz de
Direito Estadual. As Comarcas podem confundir-se com o território de um
Município, mas não sempre. Existem comarcas que abrangem mais de um
Município e Municípios com mais de uma Comarca.
Analogamente às Comarcas, as Zonas Eleitorais consistem no espaço
geográfico de exercício da jurisdição do Juiz Eleitoral. A área da Zona Eleitoral,
em regra, coincide com a da Comarca Estadual. Todavia, uma comarca pode
conter mais de uma zona eleitoral. Da mesma forma que as comarcas, as
zonas eleitorais podem abarcar mais de um município ou um município conter
mais de uma zona eleitoral.
Por sua vez, a Seção Eleitoral é simplesmente a subdivisão da Zona
Eleitoral. Trata-se do local onde os eleitores comparecem para votar. Você,
por exemplo, na qualidade de eleitor, no ato de votar, comparece a sua seção
eleitoral. A doutrina, de forma lógica, classifica as seções eleitorais como a
menor unidade na divisão judiciária eleitoral.

Zona Eleitoral subdivide-se em Seções Eleitorais

Por fim, a Circunscrição eleitoral é uma divisão territorial com enfoque nas
eleições, na realização do pleito. Na eleição do presidente e vice-presidente da

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República a circunscrição eleitoral é todo o país (território nacional). Nas


eleições para governador e vice-governador, deputados federais e estaduais, e
senadores é o Estado. Nas eleições de prefeito e vereadores é o Município.
Quanto à questão, observa-se que foi afirmado que a Zona Eleitoral é menor
fração territorial dentro da circunscrição. Ocorre que, a própria lei faculta a
divisão das Zonas Eleitorais em menores frações, que seria a Seção Eleitoral,
consoante dispõe o art. 35 do Código Eleitoral:

Art. 35. Compete aos juízes:


X - dividir a zona em seções eleitorais;

Bem como, como já relatado, a doutrina dispõe que as seções eleitorais é que
são a menor fração territorial eleitoral. Nesse sentido, a questão está
ERRADA, a despeito do gabarito oficial do CESPE prevê que a questão estaria
CERTA.

RESPOSTA: C – CESPE.

QUESTÃO 61: TRE - MA - Analista Judiciário – Administrativa


CESPE] - 21/06/2009.
Criada pelo Código Eleitoral de 1932, a justiça eleitoral passou a ser a
responsável pela organização e operacionalização do sistema eleitoral
brasileiro, atividade fundamental para solidificação do estado democrático de
direito. Considerando que, desde então, ela passou por diversas mudanças,
assinale a opção que está de acordo com a normatização constitucional em
vigor.
a) As juntas eleitorais, embora prestem importante assessoria ao trabalho dos
juízes eleitorais, não são consideradas órgãos da justiça eleitoral strictu sensu,
por serem formadas ordinariamente apenas por ocasião da realização de
alguma eleição, sendo desfeitas logo a seguir.
b) O TSE é composto por apenas sete ministros, dos quais, três são ministros
do STF e dois, ministros do STJ, escolhidos mediante declaração de voto pelos
seus pares que têm assento no órgão especial das respectivas cortes,

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portanto, os ministros mais antigos.


c) O TRE/MA é composto por dois desembargadores do tribunal de justiça, dois
juízes de direito, um juiz federal e dois advogados, sendo que apenas os
desembargadores têm de ser escolhidos por votação secreta, tendo em vista
que ocupam os dois cargos mais importantes, o de presidente e o de vice-
presidente.
d) Uma das hipóteses em que cabe recurso para o TSE de decisões proferidas
pelos TREs é se estas tiverem sido proferidas contra disposição expressa da CF
ou da constituição estadual.
e) Os acórdãos proferidos pelos TREs não podem ser impugnados, perante o
STF, por meio de recurso extraordinário.
COMENTÁRIOS:
Item A- errado. As Juntas Eleitorais são formadas precipuamente para a
apuração e contagem de votos. Contudo, é expresso na legislação que
fazem parte da Organização da Justiça Eleitoral:

Código Eleitoral
Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral:
I - O Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da
República e jurisdição em todo o País;
II - Um Tribunal Regional, na Capital de cada Estado, no Distrito
Federal e, mediante proposta do Tribunal Superior, na Capital de
Território;
III - juntas eleitorais;
IV - juízes eleitorais.
CF-88
Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:
I - o Tribunal Superior Eleitoral;
II - os Tribunais Regionais Eleitorais;
III - os Juízes Eleitorais;

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IV - as Juntas Eleitorais.

Item B - errado. A composição mínima do TSE são 7 Ministros. A sua atual


composição pode ser assim resumida, conforma CF-88, art. 119:

QUANTIDADE DE FORMA DE
ORIGEM
MEMBROS COMPOSIÇÃO

SUPREMO TRIBUNAL
3 MINISTROS ELEIÇÃO
FEDERAL (STF)

SUPERIOR TRIBUNAL
2 MINISTROS ELEIÇÃO
DE JUSTIÇA (STJ)

NOMEAÇÃO pelo
2 MINISTROS ADVOGADOS Presidente da Rep.
(entre 6 Advogados).

A escolha dos Membros do TSE oriundos do STF e do STJ é por eleição nos
seus respectivos Tribunais, mas a CF-88 não condiciona que a votação será
apenas entre os Ministros que compõem o órgão especial da respectiva corte.
Na realidade, participa da eleição, votam, todos os membros do STF e STJ.

CF-88
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo,
de sete membros, escolhidos:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de
Justiça;
II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes
dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade
moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

Item C - errado. Não apenas os Desembargadores, mas os Juízes de Direito


também são eleitos por voto secreto.

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Composição dos TREs:

QUANTIDADE DE FORMA DE
ORIGEM
MEMBROS COMPOSIÇÃO

DESEMBARGADORES ELEIÇÃO
2 JUÍZES
DO TJ do Estado (eleição no TJ)

JUÍZES DE DIREITO ELEIÇÃO


2 JUÍZES
escolhidos pelo TJ (eleição no TJ)

JUIZ DO TRF com sede ESCOLHA do TRF


1 JUIZ na Capital ou
escolhido pelo TRF

NOMEAÇÃO pelo
2 JUÍZES ADVOGADOS Presidente da Rep.
(entre 6 Advogados)

CF-88
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de
cada Estado e no Distrito Federal.
§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de
Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo
Tribunal de Justiça;
II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na
Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz
federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional
Federal respectivo;
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois
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juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e


idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

Item D - errado. A CF-88 dispõe um dos casos em que caberá recurso de


decisões dos TREs é se tais decisões forem proferidas contra disposição
expressa da própria Constituição Federal ou de LEI. Quando inclui LEI, esta
deve ser interpretada no sentido estrito, apenas naquele sentido de lei
ordinária/complementar, não abarcando Constituições Estaduais.

CF-88
Art. 121
§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente
caberá recurso quando:
I - forem proferidas contra disposição expressa desta
Constituição ou de LEI;

Item E - correto. Interessante item, pois exige um pouco mais de raciocínio do


candidato.
A CF-88 determina que, em regra, as decisões do TSE e dos TREs são
irrecorríveis, salvo nas hipóteses expressamente previstas na CF-88.
Somente caberá recurso de decisão do TRE nos seguintes casos, previstos no
art. 121, §4º da CF-88:

CF-88
Art. 121
§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente
caberá recurso quando:
I - forem proferidas contra disposição expressa desta
Constituição ou de lei;
II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou
mais tribunais eleitorais;
III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de
diplomas nas eleições federais ou estaduais;
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos

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eletivos federais ou estaduais;


V - denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança,
"habeas-data" ou mandado de injunção.

Com isso, a priori, também não caberá recurso extraordinário de acórdão dos
TREs para o STF por expressa determinação constitucional. É possível RE de
decisão do TSE, não dos TREs.

RESPOSTA: E

QUESTÃO 62: TRE - GO - Técnico Judiciário – Administrativa


[CESPE] - 01/02/2008.
No que concerne às normas acerca da composição e das atribuições das juntas
eleitorais, assinale a opção correta.
a) Os partidos e os candidatos têm o direito legal de, até dez dias antes da
data do pleito, em petição fundamentada, impugnar as indicações dos
membros que irão compor as juntas eleitorais.
b) Os membros de diretórios de partidos políticos, estejam estes registrados
no TSE ou não, só podem ser nomeados membros das juntas eleitorais se os
respectivos nomes tiverem sido aprovados pelo TRE e, após isso, oficialmente
publicados.
c) As matérias de competência da junta eleitoral são decididas pelo juiz
eleitoral que a preside, no exercício da jurisdição eleitoral.
d) Depois de aprovação do TRE, os membros das juntas eleitorais serão
nomeados pelo presidente daquele tribunal, a quem cumpre também designar-
lhes a sede.

COMENTÁRIOS:
Item A – errado. Não confundir os prazos!
Os nomes das pessoas indicadas para comporem as Juntas é que deverão ser
publicados em órgão oficial do Estado em até 10 DIAS antes da nomeação.

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Com a publicação dos nomes, qualquer partido político poderá impugnar


as indicações no prazo de até 3 DIAS.

Impugnação dos nomes dos membros das Juntas por Partido Político > em
até 3 DIAS.

Código Eleitoral
Art. 36
§ 2º Até 10 (dez) dias antes da nomeação os nomes das pessoas
indicadas para compor as juntas serão publicados no órgão oficial
do Estado, podendo qualquer partido, no prazo de 3 (três) dias,
em petição fundamentada, impugnar as indicações.

Item B – errado. O Código Eleitoral elenca um rol de pessoas vedadas de


serem nomeadas como membros das Juntas Eleitorais. Dentre elas, consta
exatamente os Membros de Diretorias de Partidos Políticos.
Atenção porque é só os membros de Diretorias de Partidos, não existindo
vedação pela simples filiação partidária. Muitos alunos me perguntam se os
filiados também entrariam na vedação, mas não é o caso, pois apenas a cúpula
dos partidos nos seus âmbitos federal, regional e municipal é que estão
vedados.

Código Eleitoral
Art. 36.
§ 3º Não podem ser nomeados membros das Juntas,
escrutinadores ou auxiliares:
I - os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o
segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge;
II - os membros de diretorias de partidos políticos
devidamente registrados e cujos nomes tenham sido oficialmente
publicados;
III - as autoridades e agentes policiais, bem como os
funcionários no desempenho de cargos de confiança do Executivo;
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.

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Item C – errado. A Junta Eleitoral, como sabemos, é um único órgão colegiado,


formado pelo Juiz Eleitoral, seu Presidente, e 2 ou 4 cidadãos, que tem
atribuições especiais para apuração dos resultados das eleições.
Quem decide as matérias afetas à Junta é a própria Junta e não um membro
seu, isto é, apenas o Juiz Eleitoral. A Junta Eleitoral decide por meio de todos
os seus membros!

Código Eleitoral
Art. 40. Compete à Junta Eleitoral:
I - apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições realizadas nas
zonas eleitorais sob a sua jurisdição.
II - resolver as impugnações e demais incidentes verificados
durante os trabalhos da contagem e da apuração;
III - expedir os boletins de apuração mencionados no Art. 178;
IV - expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.

Item D – correto. Exatamente! O Presidente do TRE nomeará os membros


das Juntas Eleitorais em até 60 dias antes da eleição e designará sua sede,
depois da aprovação do TRE.

Código Eleitoral
Art. 36. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de direito,
que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos de
notória idoneidade.
§ 1º Os membros das juntas eleitorais serão nomeados 60
(sessenta) dia antes da eleição, depois de aprovação do
Tribunal Regional (TRE), pelo presidente deste, a quem
cumpre também designar-lhes a sede.

RESPOSTA: D

QUESTÃO 63: TRE - GO - Analista Judiciário – Administrativa

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[CESPE] - 01/02/2008.
A respeito da composição e atribuição das juntas eleitorais, julgue os itens a
seguir.
I Os membros das juntas eleitorais serão nomeados pelo presidente do TSE,
depois da aprovação do respectivo tribunal regional eleitoral.
II Os servidores que integram o serviço eleitoral não podem ser nomeados
membros das juntas eleitorais, escrutinadores ou auxiliares.
III As juntas eleitorais são órgãos colegiados de primeira instância, sendo
compostos por um juiz de direito, que atua como presidente, e dois ou quatro
cidadãos de notória idoneidade.
IV As zonas eleitorais podem ter mais de uma junta, limitadas ao número
máximo de cinco juntas por município.
Estão certos apenas os itens
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.

COMENTÁRIOS:
Item I – errado. Presidente do TSE tendo o trabalho de nomear membros das
Juntas Eleitorais? rsrs. Pouco provável, não é verdade? Como vimos em
questão anterior, o competente para nomear os membros das Juntas Eleitorais
é o Presidente do TRE respectivo:

Código Eleitoral
Art. 36.
§ 1º Os membros das juntas eleitorais serão nomeados 60
(sessenta) dia antes da eleição, depois de aprovação do
Tribunal Regional (TRE), pelo Presidente deste, a quem
cumpre também designar-lhes a sede.

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Item II – correto. Exatamente! Vocês terão sorte, pois na qualidade de


servidores do TRE não poderão ser nomeados como membros de Juntas,
escrutinadores ou auxiliares (popularmente chamados de Mesários). Os
servidores que pertencerem ao serviço eleitoral estão vedados de nomeação
para tais atribuições:

Código Eleitoral
Art. 36.
§ 3º Não podem ser nomeados membros das Juntas,
escrutinadores ou auxiliares:
I - os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o
segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge;
II - os membros de diretorias de partidos políticos
devidamente registrados e cujos nomes tenham sido oficialmente
publicados;
III - as autoridades e agentes policiais, bem como os
funcionários no desempenho de cargos de confiança do Executivo;
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.

Item III – correto. Esta é a definição dada pelo Código Eleitoral às Juntas
Eleitorais: As Juntas Eleitorais são órgãos colegiados de 1ª instância da
Justiça Eleitoral, compostos de:

a) 1 JUIZ DE DIREITO (Presidente da Junta);


b) 2 ou 4 CIDADÃOS de notória idoneidade.

Item IV – errado. As Zonas Eleitorais são regiões geográficas delimitadas


dentro de um Estado, gerenciada pelo cartório eleitoral, que centraliza e
coordena os eleitores ali domiciliados. Pode ser composta por mais de um
município, ou por parte dele. Normalmente segue a divisão de comarcas da
Justiça Estadual.
Em uma Zona Eleitoral poderão existir mais de uma Junta Eleitoral, não
havendo limitação legal de seu número. Inclusive o Código coloca que
poderão ser organizadas tantas Juntas Eleitorais quanto permitir o número de
Juízes de Direito na mesma Comarca, mesmo que não sejam Juízes

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Eleitorais.

Código Eleitoral
Art. 37. Poderão ser organizadas tantas Juntas quantas permitir o
número de juízes de direito que gozem das garantias do Art. 95 da
Constituição, mesmo que não sejam juízes eleitorais.

RESPOSTA: C

QUESTÃO 64: TRE - GO - Analista Judiciário – Administrativa


[CESPE] - 01/02/2008.
Assinale a opção correta acerca das competências do TRE/GO.
a) Compete ao TRE/GO aplicar penas disciplinares de advertência, suspensão e
demissão aos juízes eleitorais.
b) Não compete ao Tribunal responder a consultas formuladas por partidos e
candidatos, pois, como órgão do Poder Judiciário, lhe é proibida a atividade
consultiva.
c) O princípio da inércia da jurisdição impede o TRE/GO de fazer
representações ao Tribunal Superior Eleitoral.
d) É competência do TRE/GO determinar a apuração das urnas anuladas, por
decisão de juntas eleitorais, quando na situação de provimento de recurso
interposto.

COMENTÁRIOS:
Item A – errado. Os Juízes Eleitorais poderão sofrer penalidade, aplicada pelo
TRE, de advertência e de suspensão de até 30 dias. O Código Eleitoral, por
si só, não prevê pena de demissão aos Juízes.

Código Eleitoral
Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais:
XV - aplicar as penas disciplinares de advertência e de

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suspensão até 30 (trinta) dias aos juízes eleitorais;

Item B – errado. Pelo contrário, os Tribunais Eleitorais tem a função consultiva


como forma essencial de manifestação de sua jurisdição. Os TREs, da mesma
maneira que o TSE, respondem a consultas formuladas sobre questões
eleitorais duvidosas no meio jurídico. Decorre tal competência do poder
normativo da Justiça Eleitoral.

Código Eleitoral
Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior,
XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe
forem feitas em tese por autoridade com jurisdição, federal ou
órgão nacional de partido político;
Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais
Regionais:
VIII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe
forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido
político;

Item C – errado. Este item é um pouco esdrúxulo para o candidato responder.


Reconheço que levou o candidato mais preparado a ficar com fortes dúvidas.
Mas, vamos lá.
A inércia de jurisdição é um princípio do Direito Processual, que, em linhas
gerais, implica na impossibilidade de atuação autônoma do Poder Judiciário nas
demandas de sua própria competência, ou seja, o Juiz não pode proceder de
ofício, a atividade jurisdicional tem sempre que ser provocada.
No entanto, a Justiça Eleitoral guarda peculiaridades no seio do Poder
Judiciário, pois tem competências específicas e administrativas, especialmente
quanto ao processo eleitoral que demandam iniciativa e atuação autônoma.
O Regimento do Tribunal pode prevê algumas regras de representações
específicas, mas o Código indica algumas competências dos TREs de
representar/reportar-se ao TSE a respeito de determinadas matérias:

Código Eleitoral
Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais

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Regionais:
VI - indicar ao tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções
em que a contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora;
IX - dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais,
submetendo essa divisão, assim como a criação de novas zonas,
à aprovação do Tribunal Superior;
XII - requisitar a força necessária ao cumprimento de suas
decisões solicitar ao Tribunal Superior a requisição de força
federal;
Regimento Interno TRE/GO
Art. 13. Compete ao Tribunal:
X – dirigir representação ao Tribunal Superior Eleitoral sobre
medida necessária ao funcionamento do Tribunal ou à execução de
lei eleitoral;

Item D – correto. Regra prevista exclusivamente no Regimento Interno do


TRE/GO:

Regimento Interno TRE/GO


Art. 13. Compete ao Tribunal:
XXV – determinar a apuração das urnas anuladas, por decisão das
Juntas Eleitorais, na hipótese de provimento do recurso interposto;

RESPOSTA: D

QUESTÃO 65: TRE - AP - Analista Judiciário – [CESPE] - 06/05/2007.


Acerca do tratamento constitucional dos tribunais e juízes eleitorais, assinale a
opção correta.
a) Os tribunais regionais eleitorais (TREs) devem ser compostos por 7
membros, entre os quais, dois devem ser da carreira dos advogados e
nomeados pelo presidente da República, após indicação do respectivo conselho

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regional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).


b) As juntas eleitorais são órgãos da justiça eleitoral e seus membros gozam,
no exercício de suas funções, das mesmas garantias atribuídas aos demais
membros do Poder Judiciário.
c) Caberá recurso especial ao TSE contra as decisões denegatórias proferidas,
em habeas corpus, habeas data ou mandado de injunção, pelos TREs.
d) O TSE, assim como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo
Tribunal Federal (STF), só conhece de matéria de direito, visto que a valoração
de matéria fática deve ficar restrita às instâncias ordinárias.
e) O TSE, guardião da Constituição Federal, possui, da mesma forma que o
STF, competência para exercer o controle concentrado de constitucionalidade
das leis eleitorais.

COMENTÁRIOS:
Item A – errado.
Cuidado! Observem que a indicação dos Advogados não é pela Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB), mas é realizada pelo Tribunal de Justiça local.
Item B – errado. As Juntas Eleitorais são sim órgãos da Justiça Eleitoral, fazem
parte da Justiça Eleitoral:
São órgãos da Justiça Eleitoral:

1. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL;


2. TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS (TREs);
3. JUÍZES ELEITORAIS;
4. JUNTAS ELEITORAIS.

Ademais, segundo a CF-88, as Juntas Eleitorais gozam de plenas garantias e


serão inamovíveis. Quando a CF-88 coloca, não dá a entender que são todas
as garantias constitucionais dos magistrados aplicáveis às Juntas Eleitorais,
mas apenas a inamovibilidade.

CF-88

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Art. 121
§ 1º - Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os
integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas funções,
e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão
inamovíveis.

Os Magistrados gozam das seguintes prerrogativas: vitaliciedade,


inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos. A CF-88 assegura
especialmente a inamovibilidade (garantia de permanência na mesma
comarca ou vara, somente podendo ser removido a pedido ou por interesse
público). Somente esta garantia da inamovibilidade estende-se aos membros
dos Tribunais (Desembargadores) e integrantes das juntas eleitorais.
Item C – correto.
A CF-88 informa que contra as decisões denegatórias proferidas, em habeas
corpus, habeas data ou mandado de injunção, pelos TREs caberá recurso. Mas
que recurso é este?

CF-88
Art. 121
§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente
caberá recurso quando:
V - denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança,
"habeas-data" ou mandado de injunção.

A maioria da doutrina informa que é o Recurso Ordinário e não o Recurso


Especial! Tal afirmativa é extraída da combinação do dispositivo constitucional
com o art. 276 do Código Eleitoral:

Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas,


salvo os casos seguintes em que cabe recurso para o Tribunal
Superior:
I - especial:
a) quando forem proferidas contra expressa disposição de lei;
b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou

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mais tribunais eleitorais.


II - ordinário:
a) quando versarem sobre expedição de diplomas nas eleições
federais e estaduais;
b) quando denegarem habeas corpus ou mandado de
segurança.

Com isso, apesar do gabarito oficial considerar o item CORRETO, entendo que
está errado.
Item D – errado. Matéria de Direito é aquela de ordem objetiva, no plano
abstrato, onde se discute especificamente o âmbito de incidência de normas
jurídicas sem se perquirir sobre determinado caso concreto.
Por outro lado, Matéria de Fato é aquela desvinculada de uma divergência ou
situação legal. É relativa a eventos e respectiva prova discutidos em
determinado processo, em determinado caso concreto.
O TSE julga ambas as causas. Tanto em Matéria de Direito, por exemplo, em
responder a Consulta de Partido sobre a aplicação ou não da Lei que exige o
documento de fotografia + o título eleitoral nas eleições de 2010.
Ademais, julga vários casos concretos, como por exemplo, ações de
inelegibilidades de candidatos à Presidência da República.

Item E – errado. Isto é matéria de Direito Constitucional. Contudo, o controle


de constitucionalidade concentrado (principaliter tantum) é realizado
exclusivamente pelo Supremo Tribunal Federal, não cabendo ao TSE declarar a
inconstitucionalidade de lei em âmbito geral, tão somente no caso concreto.

RESPOSTA: C

QUESTÃO 66: TRE - AP - Analista Judiciário – [CESPE] - 06/05/2007.


Ainda acerca do tratamento constitucional dos tribunais e juízes eleitorais,
assinale a opção correta.
a) Os presidentes do TSE e dos TREs são escolhidos entre os seus
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membros, na forma do respectivo regimento interno, por eleição, com voto


secreto, para um mandato de dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois
biênios consecutivos.
b) Na composição dos TREs, uma das vagas é destinada à justiça federal e
poderá ser ocupada por um juiz federal substituto.
c) A função de juiz eleitoral, no âmbito do Distrito Federal, pode ser exercida
tanto por um juiz de direito vinculado ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal
e Territórios quanto por um juiz federal.
d) A organização e funcionamento das juntas eleitorais não é matéria
reservada à lei complementar.
e) No que se refere à matéria eleitoral, compete ao TSE conhecer e julgar os
conflitos de competência entre um TRE e o tribunal de justiça estadual.

COMENTÁRIOS:
Item A – errado. O Presidente do TSE não é propriamente escolhido entre os
seus membros, mas entre os Ministros do STF:

CF-88
Art. 119
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu
Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os
Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

Da mesma forma, o Presidente do TRE será eleitos pelo próprio TRE entre
os Desembargadores do TJ Estadual.

CF-88
Art. 120
§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o
Vice-Presidente- dentre os desembargadores (Leia-se:
Desembargadores do TJ).

Item B – correto. Verdade. A CF-88 informa que 1 (uma) vaga dos


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membros dos TREs será de Juiz oriundo do TRF, que será escolhido pelo TRF
respectivo. A CF-88 não especifica se pode ou não ser qualquer Juiz Federal
(efetivo ou substituto), porém os regimentos internos dos Tribunais prevêem a
possibilidade de Juiz Federal substituto ser indicado, fato não vedado pela CF-
88.

CF-88
Art. 120.
§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na
Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz
federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional
Federal respectivo;

Item C – errado. Não! As funções de Juízes Eleitorais de 1ª instância são


exercidas apenas pelos Juízes de Direito da Justiça Comum, nunca por Juízes
Federais. Os Juízes Eleitorais são magistrados da Justiça Estadual que
acumulam a função eleitoral.
Item D – errado. Consoante preleciona o art. 121, caput, da CF-88, Lei
Complementar disporia sobre organização e competência dos Tribunais, Juízes
de Direito e Juntas Eleitorais. Esta Lei Complementar é o Código Eleitoral, lei
ordinária em sua originalidade, que foi recepcionado com status de Lei
Complementar pela Constituição Federal de 1988.

CF-88
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e
competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas
eleitorais.

Portanto, somente Lei Complementar poderá dispor sobre Juntas Eleitorais.


Item E – errado. Os conflitos de competência julgados pelo TSE são restritos
apenas aos Tribunais e Juízes Eleitorais. Quando envolver Tribunais de
naturezas e justiças diversas, a competência será do STJ.

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RESPOSTA: B

QUESTÃO 67: TRE - AP - Analista Judiciário – [CESPE] - 06/05/2007.


Acerca da organização da justiça eleitoral, prevista no Código Eleitoral,
assinale a opção correta.
a) Considere que Maria seja juíza eleitoral no estado do Amapá e que seu tio,
Antônio, pretenda se candidatar ao cargo de senador por esse estado. Nessa
hipótese, conforme dispõe o Código Eleitoral, Maria não poderá servir como
juíza eleitoral, desde a homologação da respectiva convenção partidária até a
apuração final da eleição.
b) Suponha que Pedro seja advogado da União e que se encontre, há mais de
10 anos, inscrito nos quadros da OAB. Nesse caso, ele não poderá ser
nomeado pelo presidente da República para ocupar, no TSE, uma das vagas
destinadas aos advogados.
c) Considere que Marco tenha cometido crime eleitoral em conexão com outros
crimes comuns de competência da justiça federal. Nessa hipótese, deve haver
a cisão dos processos, para que a justiça eleitoral aprecie apenas os crimes
eleitorais, cabendo à justiça federal a competência para julgar os demais.
d) O TSE e os TREs têm competência para, em matéria eleitoral, responder às
consultas que lhes forem formuladas em tese por autoridade com jurisdição
federal ou por órgão nacional de partido político.
e) Servidor público federal da justiça eleitoral que não seja formado em direito
poderá compor junta eleitoral, salvo na função de presidente.

COMENTÁRIO:
Item A – errado. O Código Eleitoral determina o afastamento de Juiz Eleitoral
de suas funções eleitorais se parente seu cônjuge ou parente até o 2º
GRAU candidatar-se a cargo eletivo na CIRCUNSCRIÇÃO ELEITORAL que
detém jurisdição.
No caso do Juiz Eleitoral de 1ª instância, a sua Jurisdição é a Zona Eleitoral
que preside. Por outro lado, o Membro do TRE tem jurisdição em todo o

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Estado.
No caso da questão, como Maria era Juíza Eleitoral do Estado de apenas
determinada Zona Eleitoral, caso parente de até 2º grau candidatasse a
Senador, ela não teria que se afastar de suas funções eleitorais. Ademais,
como foi um Tio dela, parente de 3º GRAU, não há que se falar em
necessidade de afastamento.
Para o afastamento do Juiz, o candidato deve ser registrado na circunscrição
(na Zona Eleitoral). Resumo:
ƒ O Juiz Eleitoral ficará impedido de se parente seu de até 2º
grau candidatar-se aos cargos de Prefeito e Vereador do
Município que exerce suas funções eleitorais (circunscrição
municipal);
ƒ De outro lado, não ficará impedido de atuar na hipótese do
mesmo parente candidatar-se a Deputado Estadual/Federal
ou Governador (circunscrição estadual);
ƒ Membro de TRE ficará impedido de atuar se parente até 2º
grau candidatar-se a Deputado Estadual/Federal ou
Governador (circunscrição estadual), bem como aos cargos
de Prefeito e Vereador de determinado Município (neste caso
o impedimento fica restrito àquele Município envolvido);

Código Eleitoral
Art. 14
§ 3º Da homologação da respectiva convenção partidária até a
apuração final da eleição, não poderão servir como juízes nos
Tribunais Eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge,
parente consangüíneo legítimo ou ilegítimo, ou afim, até o
2º (segundo) grau, de candidato a cargo eletivo registrado
na circunscrição.

Item B – errado. A CF-88 e o Código Eleitoral não limitam a participação de


qualquer Advogado, mesmo os Advogados públicos. Na realidade, exige
apenas que os Advogados sejam de notável saber jurídico e idoneidade moral.

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CF-88
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo,
de sete membros, escolhidos:
II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes
dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade
moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

Item C – errado. O Código Eleitoral e a CF-88 prelecionam que os crimes


eleitorais e os comuns conexos deverão ser julgados pela mesma autoridade
judiciária.
Sem adentrar na discussão acerca da competência para julgar os crimes
eleitorais, por exemplo, aos Juízes Eleitorais compete processar e julgar os
crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos. O Juiz Eleitoral não
julga os crimes comuns autônomos (aqueles independentes dos crimes
eleitorais). Apenas julgará crimes comuns conexos com os crimes
eleitorais.

Código Eleitoral
Art. 35. Compete aos juízes:
II - processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe
forem conexos, ressalvada a competência originária do Tribunal
Superior e dos Tribunais Regionais;

Importa saber para a questão que não deve haver cisão de processos, pois os
2 casos deverão ser julgados pelo magistrado eleitoral.
Item D – correto. Isto! Esta é a comentada competência Consultiva da
Justiça Eleitoral, para responder a Consultas em matéria eleitoral controversa.
Não somente o TSE, mas os TREs a possuem.

Código Eleitoral
Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior,
XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe
forem feitas em tese por autoridade com jurisdição, federal ou
órgão nacional de partido político;

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Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais


Regionais:
VIII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe
forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido
político;

Item E – errado. Vedação expressa aos servidores da Justiça Eleitoral de


comporem as Juntas Eleitorais:

Código Eleitoral
Art. 36.
§ 3º Não podem ser nomeados membros das Juntas,
escrutinadores ou auxiliares:
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.

RESPOSTA: D

QUESTÃO 68: TRE - TO - Analista Judiciário - Analista de Sistemas


[CESPE] - 04/03/2007.
Considere a seguinte afirmação: o TRE/TO tem dois desembargadores do
Tribunal de Justiça (TJ) em sua composição, sendo que um deles, escolhido
mediante eleição aberta, exercerá a presidência do tribunal, e o outro
acumulará a vice-presidência e a corregedoria. Essa firmação é:
a) correta.
b) errada, pois há três desembargadores na composição do TRE/TO, cabendo a
eles o exercício da presidência, o da vice-presidência e o da corregedoria.
c) errada, pois é o presidente do TRE/TO que acumula as funções de
corregedor.
d) errada, pois a corregedoria deve ser exercida pelo mais antigo dos juízes de
direito que compõem o TRE/TO.
e) errada, pois não há eleição para presidente do TRE/TO, cabendo a sua

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presidência ao desembargador com maior tempo de exercício de magistratura


eleitoral.

COMENTÁRIOS:
O Presidente e o Vice do TRE serão eleitos pelo próprio TRE entre os
Desembargadores do TJ Estadual. A previsão legal quanto à nomeação do
Corregedor Regional é que está desatualizada. O Código Eleitoral, no art. 26,
prevê que seria o Corregedor o 3º Desembargador do TJ. Ocorre que, hoje,
com o regramento constitucional, são apenas 2 Desembargadores do TJ
que compõem o TRE.
Desse modo, entende-se que o Corregedor Regional deverá ser eleito entre os
atuais Membros/Desembargadores do TRE oriundos do TJ, que são o
Presidente ou o Vice-Presidente do TRE. Em regra, é nomeado como
Corregedor o Vice-Presidente do TRE. Mas temos que ter atenção ao que
dispõe o Regimento Interno do Tribunal de cada Estado.
No caso da questão, o Regimento do TRE/TO prevê expressamente que cabe
ao Vice-Presidente do Tribunal acumular as funções de Corregedor Regional.
Esta regra é seguida pela maioria dos TREs.
Portanto, a afirmação da questão está correta.

CF-88
Art. 120
§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o
Vice-Presidente- dentre os desembargadores (Leia-se:
Desembargadores do TJ).
Código Eleitoral
Art. 26. O Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal Regional
serão eleitos por este dentre os três desembargadores do Tribunal
de Justiça; o terceiro desembargador será o Corregedor Regional
da Justiça Eleitoral. (NÃO APLICÁVEL!)

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RESPOSTA: A

QUESTÃO 69: TRE - TO - Analista Judiciário - Analista de Sistemas


[CESPE] - 04/03/2007.
Não é um órgão da justiça eleitoral
a) a junta eleitoral.
b) o juiz eleitoral.
c) o TSE.
d) o TRE/TO.
e) a Procuradoria Regional Eleitoral do Tocantins.

COMENTÁRIOS:
Para os meus alunos tenho sempre frisado que são apenas 4 os Órgãos da
Justiça Eleitoral, não fazendo parte da formação da Justiça Eleitoral o
Ministério Público Eleitoral (Procuradoria Eleitoral), pois não é órgão
jurisdicional.
O Ministério Público é órgão independente do Poder Judiciário!
A organização da JE é hoje definida nos 2 diplomas em estudo: Código
Eleitoral (arts. 11-41) e na CF-88 (arts. 118-121). São órgãos da Justiça
Eleitoral:

1. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL;


2. TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS (TREs);
3. JUÍZES ELEITORAIS;
4. JUNTAS ELEITORAIS.

RESPOSTA: E

QUESTÃO 70: TRE - TO - Analista Judiciário - Analista de Sistemas

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[CESPE] - 04/03/2007.
Considere a seguinte afirmação: os membros do Superior Tribunal de Justiça
(STJ) que compõem o TSE são eleitos pelo próprio STJ. Essa afirmação é
a) correta.
b) errada, pois esses membros são eleitos pelo TSE.
c) errada, pois esses membros são eleitos pelo Supremo Tribunal Federal.
d) errada, pois esses membros são escolhidos pelo presidente da República.
e) errada, pois não há membros do STJ no TSE.

COMENTÁRIOS:
Interessante questão, não? A CF-88 não explícita em qual Tribunal é que se
fará a eleição dos membros oriundos do STJ e do STF no TSE. Contudo,
informo que a eleição é feita por cada Tribunal em que tem origem o Membro.
Se for do STJ, é o próprio STJ que elege os Membros do TRE oriundos da
Corte. Por sua vez, a mesma regra ocorre com os Membros oriundos do STF.
Tais regras são previstas no Regimento Interno de cada Tribunal.

CF-88
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo,
de sete membros, escolhidos:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de
Justiça;
Regimento Interno do STJ
Art. 289. A eleição, em escrutínio secreto, de Ministro para
integrar o Tribunal Superior Eleitoral, é feita na primeira
sessão do Plenário a que se seguir a comunicação de extinção de
mandato, feita pelo Presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
Parágrafo único. Não podem ser eleitos o Presidente, o Vice-

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Presidente e o Coordenador-Geral da Justiça Federal.

Portanto, a afirmação está CORRETA.

RESPOSTA: A

QUESTÃO 71: TSE - Analista Judiciário – Administrativa [CESPE] -


14/01/2007.
Luana tomou posse no cargo de juíza há cerca de seis meses e já foi designada
para presidir zona eleitoral em Porto Alegre - RS. Com referência a essa
situação hipotética e às normas que regem a justiça eleitoral, assinale a opção
correta.
a) O exercício do cargo de juiz eleitoral requer exclusividade, não sendo
possível acumular as funções jurisdicionais anteriormente exercidas com as da
justiça eleitoral.
b) Não é possível que juiz em estágio probatório assuma funções de juiz
eleitoral.
c) Para presidir zona eleitoral em Porto Alegre - RS, é necessário que Luana
seja juíza federal.
d) É competência do juiz eleitoral expedir títulos eleitorais.

COMENTÁRIOS:
Item A e C – errados. Não há exclusividade na função eleitoral. O Juiz Eleitoral
nada mais é do que o Juiz de Direito da Justiça Comum que acumula,
soma, a suas funções ordinárias a função de Juiz Eleitoral.
O Juiz Federal nunca assume função de Juiz Eleitoral de 1ª Instância!
Item B – errado. Não há diferenciação legal nesse sentido. O Código Eleitoral
não restringe aos Juízes de Direito Efetivos.
Item D – correto. Quando vocês estiverem trabalhando do TRE, acaso lotados
em cartório eleitoral, farão todo o procedimento para confecção do título

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eleitoral, mas formalmente quem expedirá será o Juiz Eleitoral.

Código Eleitoral
Art. 35. Compete aos juízes:
IX- expedir títulos eleitorais e conceder transferência de eleitor;

RESPOSTA: D

QUESTÃO 72: TSE - Analista Judiciário – Administrativa [CESPE] -


14/01/2007.
Emerson, que foi designado para compor junta eleitoral no município de seu
domicílio, é candidato ao cargo de vereador. Acerca dessa situação hipotética e
da disciplina normativa das juntas eleitorais, assinale a opção incorreta.
a) Emerson não poderá participar da junta eleitoral, por expressa vedação
legal.
b) Caso Emerson seja eleito ao cargo de vereador, caberá à junta eleitoral
expedir o competente diploma.
c) As juntas eleitorais são órgãos colegiados de 2.ª instância da justiça
eleitoral.
d) O presidente da junta eleitoral deverá ser sempre um juiz de direito.

COMENTÁRIOS:
Item A – correto. Atenção porque a questão pede o item INCORRETO.
Por Emerson ser candidato, jamais poderá participar do órgão de apuração das
eleições!

Código Eleitoral
Art. 36.
§ 3º Não podem ser nomeados membros das Juntas,
escrutinadores ou auxiliares:

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I - os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o


segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge;

Item B – correto. As Juntas Eleitorais têm competência para expedir diplomas


MUNICIPAIS.
Cuidado! Não compete ao Juiz Eleitoral expedir os diplomas municipais, mas à
Junta Eleitoral por ele presidida!

Código Eleitoral
Art. 40. Compete à Junta Eleitoral:
IV - expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.

Item C – errado. As Juntas Eleitorais são órgãos colegiados de 1ª instância


da Justiça Eleitoral, compostos de:

a) 1 JUIZ DE DIREITO (Presidente da Junta);


b) 2 ou 4 CIDADÃOS de notória idoneidade.

Item D – correto. Assim determina legislação eleitoral. Não cabe, por exemplo,
a Juiz Federal ser Juiz Eleitoral.

RESPOSTA: C

QUESTÃO 73: TSE - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] -


14/01/2007.
Assinale a opção correta no tocante à disciplina normativa relativa aos juízes
eleitorais.
a) Os juízes eleitorais são designados pelo TSE para presidir as zonas
eleitorais.
b) Todos os mandados de segurança em matéria eleitoral devem ser
processados e julgados pelos juízes eleitorais de primeira instância.
c) Os juízes de direito não podem atuar como juízes eleitorais por período
superior a dois biênios consecutivos.

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d) Os juízes eleitorais despacharão quinzenalmente nas zonas eleitorais que


jurisdicionam.

COMENTÁRIOS:
Item A – errado. TSE designando Juízes Eleitorais de todas as Zonas Eleitorais?
Ta difícil, né? Cabe ao TRE de cada Estado designar os Juízes Eleitorais para
presidir as Zonas.
Item B – errado. Caramba! Esta sem nem saber o que é Mandado de
Segurança já direcionava o candidato a marcar como errado. Todos os
mandados de segurança?
Apenas os Mandados de Segurança em matéria eleitoral é que são
julgados pela Justiça Eleitoral, de acordo com os critérios de distribuição de
competência. Há Mandados de Segurança julgados pelos Juízes Eleitorais,
pelos Membros de TREs e pelos Ministros do TSE.
Item C – correto. Os Juízes que exercem a função eleitoral servirão
obrigatoriamente por 2 ANOS, sendo que estão vedados de cumprirem mais
de 4 ANOS consecutivos (2 BIÊNIOS consecutivos), salvo exceções
justificadas perante o TRE de que faz parte.

Código Eleitoral
Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo
justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos, e nunca por
mais de dois biênios consecutivos.
CF-88
Art. 121
§ 2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo
justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por
mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos
escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em
número igual para cada categoria.

Item D – errado. Em tese, os Juízes Eleitorais devem despachar todos os dias

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e não apenas quinzenalmente.

Art. 34. Os juízes despacharão todos os dias na sede da sua zona


eleitoral.

RESPOSTA: C

QUESTÃO 74: TSE - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] -


14/01/2007.
Assinale a opção incorreta em relação aos órgãos da justiça eleitoral.
a) São órgãos da justiça eleitoral as juntas eleitorais.
b) O TSE será composto por sete ministros, dos quais três serão do STF e dois,
do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
c) Os TREs elegerão seus presidentes entre os seus desembargadores.
d) Compete ao TSE processar e julgar originariamente os conflitos de
jurisdição entre juízes eleitorais do mesmo estado.

COMENTÁRIOS:
Item A – correto. Já vimos reiteradas vezes que sim!
Item B – correto. Composição básica do TSE:

CF-88
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo,
de sete membros, escolhidos:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de
Justiça;
II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes
dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade

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moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

Item C – correto. Está correta. O Presidente do TRE é eleito entre os Membros


do TRE oriundos do TJ, entre os Desembargadores do TJ.
Item D – errado. Não, esta competência compete é dos TRE de cada Estado.
Se fossem Juízes Eleitorais de Estados diferentes é que o TSE teria
competência. O TRE julgará apenas conflito de competência entre Juízes a
ele vinculados. Não poderá julgar conflito entre Juízes de outros TREs
(competência do TSE).

RESPOSTA: D

QUESTÃO 75: TRE - BA - Analista Judiciário – Taquigrafia [CESPE] -


21/02/2010.
Compete privativamente ao TSE julgar os conflitos de competência de juízes
de determinado estado.
COMENTÁRIOS:
É competência dos TREs julgar os conflitos de competência entre juízes a eles
vinculados, de cada Estado. Os conflitos entre Juízes Eleitorais de mesmo
Estado são julgados pelo TRE respectivo – regra: se o TRE tem jurisdição
sobre os Juízes, é o próprio Tribunal Regional quem julga os magistrados a ele
vinculados.

RESPOSTA: E

QUESTÃO 76: TRE - BA - Analista Judiciário - Administrativa [CESPE] -


21/02/2009.
A aprovação do afastamento de juízes dos tribunais regionais eleitorais é de
competência do TSE.
COMENTÁRIOS:
É competência do TSE aprovar o afastamento do exercício dos cargos
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efetivos dos Juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais, enquanto os TREs


concedem o afastamento.

RESPOSTA: C

QUESTÃO 77: TRE - PR - Analista Judiciário - Análise de Sistemas


[CESPE] - 22/11/2009.
Compete ao TRE indicar os membros das juntas eleitorais e ao TSE, aprová-los
e nomeá-los.
COMENTÁRIOS: Compete aos TREs constituir as Juntas Eleitorais e
designar a respectiva sede e jurisdição. Somente quanto às zonas eleitorais
é que os TREs têm competência para criação e divisão, submetendo-se à
aprovação do TSE.

Código Eleitoral
Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais
Regionais:
V - constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e
jurisdição;
(...)
IX - dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais,
submetendo essa divisão, assim como a criação de novas zonas, à
aprovação do Tribunal Superior;

RESPOSTA: E

QUESTÃO 78: TRE - GO - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -


01/02/2008.
A respeito da justiça eleitoral, assinale a opção incorreta.
a) A competência da justiça eleitoral deverá ser fixada em lei complementar, à

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qual incumbe dispor sobre sua organização.


b) Os tribunais regionais eleitorais, com sede na capital dos estados e no
Distrito Federal, são compostos de, no mínimo, sete juízes, com cinco deles
indicados entre os desembargadores e dois entre os juízes de direito.
c) As juntas eleitorais, como órgãos colegiados de primeira instância, são
constituídas 60 dias antes da eleição.
d) Os membros dos tribunais eleitorais, os juízes de direito e os integrantes
das juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável,
gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.

COMENTÁRIOS:
Item A – correto. De fato, a competência da Justiça Eleitoral somente poderá
ser fixada por Lei Complementar, nunca por Lei Ordinária ou Regulamento dos
Tribunais. Consoante preleciona o art. 121, caput, da CF-88, Lei Complementar
disporia sobre organização e competência dos Tribunais, Juízes de Direito e
Juntas Eleitorais.
Esta Lei Complementar é o Código Eleitoral, lei ordinária em sua
originalidade, que foi recepcionado com status de Lei Complementar pela
Constituição Federal de 1988.

CF-88
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e
competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas
eleitorais.

Item B – errado. Os TREs têm composição fixa, enquanto o TSE é que é


mínima. Ademais, como vimos, não são 5 Desembargadores do TJ, mas
apenas 2.

• TSE – Composição Mínima de 7 Membros


• TREs – Composição Fixa de 7 Membros

Item C – correto. É o que dispõe o art. 36, §1º, do Código:

Código Eleitoral

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Art. 36
1º Os membros das juntas eleitorais serão nomeados 60
(sessenta) dia antes da eleição, depois de aprovação do Tribunal
Regional, pelo presidente deste, a quem cumpre também designar-
lhes a sede.

Item D – correto. Esta regra também está prevista em outro dispositivo da CF-
88:

CF-88
Art. 121
§ 1º - Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os
integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas funções,
e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão
inamovíveis.

RESPOSTA: B

QUESTÃO 79: TRE - GO - Técnico Judiciário – Administrativa CESPE] -


01/02/2008.
A respeito das competências dos tribunais eleitorais, assinale a opção
incorreta.
a) Compete ao TSE julgar, originariamente, os conflitos de jurisdição entre
juízes eleitorais do respectivo estado.
b) No desempenho de suas atribuições, o corregedor regional da Justiça
Eleitoral poderá locomover-se para as zonas eleitorais, a requerimento de
partido político, deferido pelo TRE.
c) São irrecorríveis as decisões do TSE, salvo as que declararem a invalidade
de lei ou ato contrário à CF e as denegatórias de habeas corpus ou mandado
de segurança.
d) Não podem fazer parte do TSE cidadãos que tenham entre si parentesco,
ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo,

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excluindo-se, nesse caso, o que tiver sido escolhido por último.

COMENTÁRIOS:
Item A - errado.
É competência dos TREs julgar os conflitos de competência entre juízes a eles
vinculados, de cada Estado. Os conflitos entre Juízes Eleitorais de mesmo
Estado são julgados pelo TRE respectivo – regra: se o TRE tem jurisdição
sobre os Juízes, é o próprio Tribunal Regional quem julga os magistrados a ele
vinculados.
Item B - correto. Conforme art. 26, § 2º, e art. 17 do Código Eleitoral, o
Corregedor Regional se locomoverá para as zonas eleitorais nos seguintes
casos:
1. as atribuições do Corregedor serão fixadas pelo TSE
(Resolução) ou pelo TRE, em caráter supletivo;
2. poderá se locomover às Zonas Eleitorais por
determinação do TSE ou do TRE, a pedido de juízes
eleitorais, a requerimento de partido ou quando
necessário;
3. os provimentos emanados da Corregedoria-Geral
vinculam as Corregedorias Regionais.
Item C - correto. Somente CABERÁ RECURSOS das decisões do TSE caso:

1. contrariarem a Constituição;
2. forem denegatórias de habeas corpus ou mandado de
segurança.
Esta é uma regra prevista diretamente na Constituição:

CF-88
Art. 121
§ 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior
Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as
denegatórias de "habeas-corpus" ou mandado de

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segurança.

Item D – correto. Vedação de parentesco até 4º GRAU entre membros dos


Tribunais Eleitorais

Código Eleitoral
Art. 25
§ 6º Não podem fazer parte do Tribunal Regional pessoas que
tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o 4º
grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se neste caso
a que tiver sido escolhida por último.

RESPOSTA: A

QUESTÃO 80: TRE - BA - Analista Judiciário - Administrativa [CESPE] -


21/02/2010.
As juntas eleitorais não são consideradas órgãos da justiça eleitoral,
constituindo-se em mera divisão regional realizada pelo juiz que a preside.
COMENTÁRIOS: São órgãos da Justiça Eleitoral:

1. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL;


2. TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS (TREs);
3. JUÍZES ELEITORAIS;
4. JUNTAS ELEITORAIS.

As Juntas Eleitorais são sim órgãos da Justiça Eleitoral. Como as questões se


repetem! Portanto, como é relevante fazer o máximo número possível de
questões da banca a qual irão fazer o concurso!

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 81: TRE - MT - Analista Judiciário - Administrativa I [CESPE]

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- 24/01/2010.
Segundo as regras estabelecidas na Lei n.º 4.737/1965, compete aos juízes
eleitorais
a) julgar os crimes eleitorais, sendo os crimes comuns, ainda que conexos,
julgados pela justiça comum.
b) constituir as juntas eleitorais e designar sua sede e jurisdição.
c) ordenar o registro e a cassação do registro dos candidatos aos cargos
eletivos municipais.
d) processar e julgar outros juízes eleitorais que tenham cometido crimes
eleitorais em sua jurisdição.
e) processar e julgar o registro dos diretórios estaduais e municipais de
partidos políticos.

COMENTÁRIOS:
Item A – errado. Os Juízes Eleitorais são competentes para processar e julgar
os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos aos crimes
eleitorais, ressalvada a competência originária do Tribunal Superior e dos
Tribunais Regionais.
O Juiz Eleitoral não julga os crimes comuns autônomos (aqueles independentes
dos crimes eleitorais). Apenas julgará crimes comuns conexos com os
crimes eleitorais. De todo modo, como os Juízes Eleitorais julgam os crimes
comuns conexos, o item A está errado.
Item B – errado. É competência dos TREs e não dos Juízes Eleitorais
constituir as Juntas Eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição.
Item C – correto. É competência dos Juízes Eleitorais ordenar o registro e
cassação do registro dos candidatos aos cargos eletivos municipais e
comunicá-los ao Tribunal Regional. Cargos eletivos municipais (Prefeito e
Vereadores).
Item D – errado. Compete aos TREs julgar e processar originariamente os
crimes eleitorais cometidos pelos Juízes Eleitorais;

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Item E – errado. Compete aos TREs processar e julgar originariamente o


registro e o cancelamento do registro dos diretórios estaduais e municipais de
partidos políticos.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 82: TRE - MT - Analista Judiciário - Administrativa II [CESPE]


- 24/01/2010.
Assinale a opção correta a respeito da composição e do funcionamento das
juntas eleitorais.
a) Não podem participar das juntas eleitorais bancários e empregados de
empresas estatais.
b) É permitida e até recomendável a participação de servidores da justiça
eleitoral nas referidas juntas.
c) São admitidos membros de diretórios de partidos políticos, desde que não
ocupem função executiva, na composição das citadas juntas.
d) Pessoas que ocupem cargos de confiança no Poder Executivo, desde que
nomeadas no ano anterior à eleição, podem participar das juntas eleitorais.
e) É vedada a participação em juntas eleitorais de parentes dos candidatos,
ainda que por afinidade, até o segundo grau.

COMENTÁRIOS:
Item A – errado.
Não existe esta vedação legal aos bancários e empregados de empresas
estatais:

Código Eleitoral
Art. 36
§ 3º Não podem ser nomeados membros das Juntas,
escrutinadores ou auxiliares:

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I - os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o


segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge;
II - os membros de diretorias de partidos políticos
devidamente registrados e cujos nomes tenham sido oficialmente
publicados;
III - as autoridades e agentes policiais, bem como os
funcionários no desempenho de cargos de confiança do Executivo;
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.

Item B – errado. Conforme art. 36, IV, citado acima, os servidores da Justiça
Eleitoral não podem ser nomeados como membros das Juntas.
Item C – errado. Os membros de diretórios de partidos políticos também não
podem ser nomeados para as Juntas.
Item D – errado. Todo aquele que ocupe cargo de confiança no Poder
Executivo não pode ser nomeado para as Juntas, independentemente se foram
ou não nomeados no ano das eleições.
Item E – correto. Art. 36, §3º, I.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 83: TRE - MT - Analista Judiciário - Administrativa II [CESPE]


- 24/01/2010.
A jurisdição de cada uma das zonas eleitorais cabe a um juiz de direito em
efetivo exercício, diz o Código Eleitoral. A respeito das funções, das
responsabilidades e da competência do juiz eleitoral, assinale a opção correta.
a) É atribuição do juiz eleitoral expedir o diploma dos eleitos nos pleitos
municipais.
b) Compete ao juiz eleitoral fornecer ao eleitor que não votou, mas justificou a
ausência, certificado que o isente das sanções.
c) Incumbe ao juiz eleitoral designar e nomear os integrantes das juntas

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eleitorais.
d) É da competência do juiz eleitoral designar a sede da junta eleitoral.
e) Cabe ao juiz eleitoral conceder licenças e férias aos servidores da justiça
eleitoral.

COMENTÁRIOS:
Item A – errado. Cuidado! Pegadinha! A expedição de diploma nas eleições
municipais é competência das Juntas Eleitorais e não dos Juízes Eleitorais!
Seria mais lógico pensar que seria competência do Juiz Eleitoral expedir tal
diploma, mas a Lei confere às Juntas Eleitorais referida incumbência.
Item B – correto. Compete aos Juízes Eleitorais fornecer aos que não
votaram por motivo justificado e aos não alistados, por dispensados do
alistamento, um certificado que os isente das sanções legais.
Os que não votaram por motivo justificado e os não alistados regularmente
têm direito a um certificado do Juiz Eleitoral que os isente das sanções legais.
Item C – errado. O Presidente do TRE e não os Juízes Eleitorais é que
nomeará os membros das Juntas Eleitorais em até 60 dias antes da eleição e
designará sua sede, depois da aprovação do TRE.
Item D e E – errados. Também são competências do TRE.

RESPOSTA CERTA: B

QUESTÃO 84: TRE - MG - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] -


15/03/2009 (ADAPTADA).
Com relação à composição e competência das juntas eleitorais, assinale a
opção incorreta.
a) As juntas eleitorais são compostas por um juiz de direito, um escrivão
eleitoral e, obrigatoriamente, quatro cidadãos de notória idoneidade.
b) Os funcionários ocupantes de cargos de confiança do Poder Executivo, bem

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como os que integram o serviço eleitoral, não podem ser nomeados membros
das juntas eleitorais.
c) As atribuições das juntas eleitorais incluem a resolução de impugnações e
incidentes verificados durante os trabalhos de apuração e a expedição dos
boletins de apuração, uma vez concluída a contagem dos votos.
d) Nos municípios com mais de uma junta eleitoral, a expedição dos diplomas
será de competência da junta que for presidida pelo juiz eleitoral mais antigo.

COMENTÁRIOS:
Item A – errado. As Juntas Eleitorais são órgãos colegiados de
1ª instância da Justiça Eleitoral, compostos de:

a) 1 Juiz de Direito (Presidente da Junta);


b) 2 ou 4 Cidadãos de notória idoneidade.

Item B – correto.

Código Eleitoral
Art. 36
§ 3º Não podem ser nomeados membros das Juntas,
escrutinadores ou auxiliares:
III - as autoridades e agentes policiais, bem como os
funcionários no desempenho de cargos de confiança do Executivo;

Item C – correto. Compete às Juntas Eleitorais resolver as impugnações e


demais incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da
apuração. Todas as impugnações de partidos e candidatos durante o pleito,
contagem de votos e apurações deverão ser encaminhadas à Junta Eleitoral.
Item D – correto.

Código Eleitoral
Art. 40. Compete à Junta Eleitoral:
Parágrafo único. Nos municípios onde houver mais de uma junta
eleitoral a expedição dos diplomas será feita pelo que for

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presidida pelo juiz eleitoral mais antigo, à qual as demais


enviarão os documentos da eleição.

RESPOSTA CERTA: A

QUESTÃO 85: TRE - PR - Técnico Judiciário - Operação de


Computadores [CESPE] - 22/11/2009.
Compete aos juízes eleitorais processar e julgar apenas os crimes eleitorais,
sendo defeso a eles julgar os crimes comuns, ainda que conexos, pois a
competência originária é dos juízes dos TJs dos respectivos estados.
COMENTÁRIOS:
Pergunta que puxa um pouco o entendimento do Aluno, pois leva à confusão a
respeito da competência para julgar crimes eleitorais. Compete aos Juízes
Eleitorais processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem
conexos, ressalvada a competência originária do Tribunal Superior e dos
Tribunais Regionais.
O Juiz Eleitoral não julga os crimes comuns autônomos (aqueles independentes
dos crimes eleitorais). Apenas julgará crimes comuns conexos com os
crimes eleitorais.

Código Eleitoral
Art. 35. Compete aos juízes:
II - processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe
forem conexos, ressalvada a competência originária do Tribunal
Superior e dos Tribunais Regionais;

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 86: TRE - PR - Analista Judiciário - Análise de Sistemas


[CESPE] - 22/11/2009.

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Os juízes eleitorais possuem competência para ordenar o registro e a cassação


do registro dos candidatos aos cargos eletivos municipais, devendo comunicá-
los ao TRE.
COMENTÁRIOS:
De fato, o Juiz Eleitoral faz o registro e cassação de registro dos candidatos a
cargos eletivos municipais (Prefeito e Vereadores).

Código Eleitoral
Art. 35. Compete aos juízes:
XII - ordenar o registro e cassação do registro dos candidatos aos
cargos eletivos municiais e comunicá-los ao Tribunal Regional;

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 87: TRE - PR - Analista Judiciário - Análise de Sistemas


[CESPE] - 22/11/2009.
Compete aos juízes dividir as seções em zonas eleitorais.
COMENTÁRIOS:
Pessoal, vejam que pegadinha! É realmente cruel com os concurseiros!
O Código prevê que o Juiz Eleitoral detém competência para dividir a ZONA
Eleitoral em SEÇÕES Eleitorais e não o contrário, conforme a questão
preleciona.

Código Eleitoral
Art. 35. Compete aos juízes:
X - dividir a zona em seções eleitorais;

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 88: TRE - GO - Analista Judiciário – Administrativa [CESPE] -

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01/02/2008.
Em relação à atuação da jurisdição eleitoral, assinale a opção correta.
a) Cada seção eleitoral pode possuir quantas mesas receptoras forem
necessárias à coleta de votos.
b) Os integrantes das mesas receptoras devem obrigatoriamente ser eleitores
da própria seção eleitoral.
c) Um município pode concentrar diversas zonas eleitorais, conforme
demarcação feita pelo respectivo tribunal regional eleitoral, que, entretanto,
deve ser aprovada pelo TSE.
d) Se o membro da mesa receptora que não comparecer ao local da realização
do pleito sem justa causa for servidor público, a pena de multa prevista no
Código Eleitoral será cobrada em dobro.

COMENTÁRIOS:
Item A – errado. Como já relatado, para cada Seção Eleitoral corresponde
uma Mesa Receptora de Votos.

Código Eleitoral
Art. 119. A cada seção eleitoral corresponde uma mesa
receptora de votos.

Item B – errado. A nomeação dos mesários deverá recair, preferencialmente


e não obrigatoriamente, entre os eleitores da própria seção.
Item C – correto. A Zona Eleitoral pode ser composta por mais de um
município, ou por parte dele. Normalmente segue a divisão de comarcas da
Justiça Estadual. Existem Municípios com uma ou mais Zona Eleitoral, bem
como uma Zona Eleitoral com mais de um Município.
Com efeito, a aprovação de Zona Eleitoral é outro assunto, diverso do foco de
nosso estudo.
Item D – errado. Se o Mesário faltoso for servidor público, a pena será de
SUSPENSÃO de até 15 (quinze) DIAS ao invés de MULTA.

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Código Eleitoral
Art. 124.
§ 2º Se o faltoso for servidor público ou autárquico, a pena
será de suspensão até 15 (quinze) dias.

RESPOSTA CERTA: C

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RESUMO DA AULA
Concluindo: o TSE não tem mais competência para julgar crimes
eleitorais e crimes comuns cometidos pelos Ministros do TSE e pelos
Desembargadores/Membros dos TREs!
Assim, respondo desde já uma dúvida de muitos concurseiros: os
Ministros do TSE são julgados pelos crimes eleitorais por eles cometidos
pelo STF (Supremo Tribunal Federal)!

Resumo das competências para julgamento dos crimes cometidos


por Membros e Juízes dos Tribunais Eleitorais:

Membros e Juízes
Crimes COMUNS Crimes ELEITORAIS
Eleitorais

Ministros do TSE STF STF

Membros de TREs STJ STJ

Juízes Eleitorais de 1º
TJ* TRE*
grau

TREs:
1. dividem o território em Zonas Eleitorais;
2. criam e desmembram as Zonas Eleitorais
TSE – aprova ou não

Compete aos TREs julgar os recursos interpostos:

1. dos atos e das decisões proferidas pelos Juízes e Juntas


Eleitorais;
2. das decisões dos Juízes Eleitorais que concederem ou
denegarem Habeas Corpus ou Mandado de Segurança.

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Síntese:

TRE – competência de sugerir ao TSE a proposição ao Congresso de PL sobre


cargos
TSE – encaminha propostas consolidadas de todos os TREs ao Congresso

Resumo:

TREs – competência para conceder licença, férias e afastamentos a seus


Membros (Desembargadores) e aos Juízes Eleitorais (1ª instância)
TSE – as mesmas concessões aos Membros do TRE devem ser submetidas à
aprovação do TSE

Eleições Presidenciais – TRE apura os resultados parciais do Estado.


Eleições Estaduais (Governador, Vice, Senador, Deputado Federal e
Estadual) – TRE apura os resultados finais.

As Juntas Eleitorais são órgãos colegiados de 1ª instância da


Justiça Eleitoral, compostos de:

a) 1 JUIZ DE DIREITO (Presidente da Junta);


b) 2 ou 4 CIDADÃOS de notória idoneidade.

Impugnação dos nomes dos Membros das Juntas > em até 3 DIAS.

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REFERÊNCIAS

BARROS, Francisco Dirceu: Direito Eleitoral: teoria, jurisprudência. 8.ed. –


Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em
5 de outubro de 1988. 33. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
CÂNDIDO, Joel José. Direito Eleitoral. Bauru: Edipro, 2002.
Código eleitoral anotado e legislação complementar. 8. ed. rev. e atual.
– Brasília : TSE, 2008.
CONEGLIAN, Olivar. Radiografia da Lei das Eleições 2010. 6.ed. Curitiba:
Juruá, 2010.
DAL POZZO, Antônio Araldo Ferraz. Lei nº 9.504/97: estrutura, análise e
jurisprudência. 4.ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
FAGA, Tânia Regina Trombini. Julgamentos e Súmulas do STF e STJ. São
Paulo: Método, 2009.
FERRAZ JUNIOR, Tércio Sampaio: Introdução ao estudo de direito:
técnica, decisão, dominação. 3.Ed. São Paulo: Atlas, 2001.
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 5.ed. DelREy: 2010.
MELO, Henrique: Direito Eleitoral para Concursos. 2.ed. São Paulo:
Método, 2010.
MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 25.ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PLÁCIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2001.
PORTO, Roberto. Lei nº 9.504/97. São Paulo: Saraiva, 2009.
RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 9.ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2009.
RIBEIRO, Fávila. Direito Eleitoral. 5.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998.
SILVA, Fernando Carlos Santos da. Anotações de direito eleitoral. Brasília:
Vestcon, 2008.

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EXERCÍCIOS COM GABARITO

QUESTÃO 36: TRE-AC - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -


12/10/2010.
A respeito da composição dos órgãos da Justiça Eleitoral, considere as
afirmações abaixo.
I. A composição dos Tribunais Eleitorais é híbrida, integrando-os juízes de
outros tribunais e juristas da classe dos advogados.
II. Os substitutos dos juízes dos tribunais eleitorais serão escolhidos
juntamente com os titulares, pelo mesmo processo e em número igual para
cada categoria.
III. As Juntas Eleitorais serão compostas por 3 ou 5 membros, os quais, por
eleição e pelo voto secreto, escolherão seu presidente.
Esta correto o que se afirma APENAS em
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) I
e) III
QUESTÃO 37: TRE-AC - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -
12/10/2010.
Podem ser nomeados membros das Juntas Eleitorais, dentre outros,
a) os irmãos e o cônjuge dos candidatos.
b) os membros do Ministério Público.
c) as autoridades e agentes policiais.
d) os primos dos candidatos.

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e) os que pertencerem ao serviço eleitoral.


QUESTÃO 38: TRE-AC - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -
12/10/2010.
A competência para diplomar os Prefeitos Municipais e os Deputados Federais
eleitos, é, respectivamente,
a) das Câmaras Municipais e das Assembléias Legislativas.
b) dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Tribunal Superior Eleitoral.
c) dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Congresso Nacional.
d) das Juntas Eleitorais e do Tribunal Superior Eleitoral.
e) das Juntas Eleitorais e dos Tribunais Regionais Eleitorais.
QUESTÃO 39: TRE - TO - Analista Judiciário – Administrativo [FCC] -
20/02/2011.
Os membros das Juntas Eleitorais serão nomeados sessenta dias antes das
eleições
a) depois da aprovação do Tribunal Regional Eleitoral, pelo Presidente deste.
b) pelo Juiz de Direito da respectiva Zona Eleitoral, independentemente de
qualquer aprovação.
c) pelo Juiz de Direito da respectiva Zona Eleitoral, após aprovação dos
partidos políticos.
d) pelo Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, após indicação do Tribunal
Regional Eleitoral a que pertencer.
e) pelo escrivão eleitoral indicado pelo Tribunal Regional Eleitoral a que
pertencer.
QUESTÃO 40: TRE - TO - Analista Judiciário – Administrativo [FCC] -
20/02/2011.
Compete aos Tribunais Regionais Eleitorais, dentre outras atribuições,
processar e julgar originariamente
a) a suspeição e o impedimento do Procurador-Geral Eleitoral.
b) os conflitos de jurisdição entre Juízes Eleitorais do respectivo Estado e de

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outro Estado da Federação.


c) a suspeição ou impedimento aos membros do próprio Tribunal Regional
Eleitoral.
d) o registro de candidatos à Presidente e Vice-Presidente da República.
e) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos
juízes do próprio Tribunal Regional Eleitoral.
QUESTÃO 41: TRE - TO - Analista Judiciário – Administrativo [FCC] -
20/02/2011.
A requisição de força federal necessária ao cumprimento de decisão do
Tribunal Regional Eleitoral compete ao
a) próprio Tribunal Regional Eleitoral.
b) Tribunal Superior Eleitoral.
c) Presidente do respectivo Tribunal Regional Eleitoral.
d) Governador do respectivo Estado.
e) Procurador Regional Eleitoral.
QUESTÃO 42: TRE - TO - Técnico Judiciário – Administrativo [FCC] -
20/02/2011.
Os recursos das decisões das Juntas Eleitorais serão interpostos por petição
devidamente fundamentada dirigida ao
a) Juiz Eleitoral.
b) Tribunal Regional Eleitoral.
c) Tribunal Superior Eleitoral.
d) Ministério Público Eleitoral.
e) Corregedor-Geral Eleitoral.
QUESTÃO 43: TRE – RS - Técnico Judiciário – Administrativo [FCC] –
18/07/2010.
A respeito das Juntas Eleitorais, é correto afirmar:
(A) Podem ser nomeados membros da Juntas Eleitorais autoridades e agentes

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policiais.
(B) Os nomes dos membros das Juntas Eleitorais serão publicados no órgão
oficial do Estado, sendo vedado aos partidos políticos impugnar as indicações.
(C) Podem ser nomeados escrutinadores ou auxiliares os parentes em segundo
grau de candidatos.
(D) Compor-se-ão as juntas eleitorais de um Juiz de Direito, que será o
Presidente, e de dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade.
(E) Podem ser nomeados escrutinadores ou auxiliares os que pertencerem ao
serviço eleitoral.
QUESTÃO 44: TRE-RN – Técnico Judiciário – Área Administrativa [FCC]
– 06/02/2011.
A zona eleitoral corresponde
(A) à dimensão espacial dos Estados-membros ou à do Distrito Federal, em se
tratando de eleições estaduais ou distritais.
(B) ao menor núcleo de organização da Justiça Eleitoral, contendo, cada uma,
um número máximo de 400 (quatrocentos) eleitores.
(C) à competência definida em relação aos juízes eleitorais.
(D) à unidade previamente definida em lei complementar de iniciativa do
Tribunal Superior Eleitoral.
(E) a uma organização que, na conformidade do artigo 36 do Código Eleitoral,
compreende a figura de um Juiz de Direito, seu Presidente, e 2 (dois) a 4
(quatro) cidadãos de notória idoneidade, com a função de expedir os boletins
de apuração.
QUESTÃO 45: TRE-PA – Técnico Judiciário – Área Administrativa [FGV]
– 06/02/2011.
De acordo com a Lei Eleitoral, é da competência do Tribunal Regional Eleitoral
processar e julgar
(A) o pedido de registro de partidos políticos.
(B) o pedido de cassação de registro de partidos políticos.

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(C) conflitos de jurisdição entre juízes eleitorais de Estados distintos.


(D) os crimes comuns cometidos por juízes eleitorais.
(E) o pedido de cancelamento de registro de candidato a deputado federal.
QUESTÃO 46: TRE- ES - Analista Judiciário – Área Administrativa
[CESPE] – 30/01/2011.
Compete aos TREs aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos de
seus juízes.
QUESTÃO 47: TRE- ES - Analista Judiciário – Área Judiciária [CESPE] –
30/01/2011.
Julgue os itens seguintes, referentes à organização, composição e competência
da justiça eleitoral.
O número de juntas eleitorais que podem ser organizadas é igual ao número
de juízes de direito que gozam das garantias constitucionais inerentes à
magistratura, mesmo que estes não sejam juízes eleitorais.
QUESTÃO 48: TRE- ES - Analista Judiciário – Área Judiciária [CESPE] –
30/01/2011.
Na ausência do chefe do cartório eleitoral, as atribuições da escrivania de zona
eleitoral podem ser exercidas por outro servidor designado pelo chefe do
cartório, desde que esse servidor não seja membro de diretório partidário,
candidato a cargo eletivo, seu cônjuge ou parente consangüíneo ou afim até o
segundo grau.
QUESTÃO 49: TRE- ES - Analista Judiciário – Área Judiciária [CESPE] –
30/01/2011.
As juntas eleitorais, compostas de um juiz de direito, a quem compete presidi-
la, e de dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade, são nomeadas antes da
eleição, depois de aprovação do tribunal regional, pelo presidente deste, a
quem cumpre também designar-lhes a sede.
QUESTÃO 50: TRE - ES – Técnico Judiciário – Área Administrativa
[CESPE] – 30/01/2011.
Julgue os itens seguintes, relativos às competências e atribuições dos juízes
eleitorais, dos tribunais regionais eleitorais (TREs) e do Tribunal Superior

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Eleitoral (TSE).
Compete, privativamente, aos TREs indicar ao TSE as zonas eleitorais ou
seções em que a contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora.
QUESTÃO 51: TRE - ES – Técnico Judiciário – Área Administrativa
[CESPE] – 30/01/2011.
Compete ao juiz eleitoral resolver as impugnações e demais incidentes
verificados durante os trabalhos de contagem e apuração dos votos.
QUESTÃO 52: TRE - ES – Técnico Judiciário – Área Administrativa
[CESPE] – 30/01/2011.
Compete aos TREs remeter ao TSE cópias das atas dos trabalhos relativos às
apurações e diplomações a seu cargo, desde que requisitadas pela corte
superior.
QUESTÃO 53: TRE - ES – Técnico Judiciário – Área Administrativa
[CESPE] – 30/01/2011.
Compete, privativamente, ao TSE autorizar a contagem dos votos pelas mesas
receptoras nos estados em que essa providência for solicitada pelo tribunal
regional respectivo.
QUESTÃO 54: TRE - BA - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] -
21/02/2010.
Compete, privativamente, aos TREs fixar a data das eleições para governador
e vice-governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e
juízes de paz.
QUESTÃO 55: TRE - BA - Analista Judiciário – Taquigrafia [CESPE] -
21/02/2010.
Compete privativamente ao TSE julgar os conflitos de competência de juízes
de determinado estado.
QUESTÃO 56: TRE - BA - Analista Judiciário – Taquigrafia [CESPE] -
21/02/2010.
A aprovação do afastamento de juízes dos tribunais regionais eleitorais é de
competência do TSE.

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QUESTÃO 57: [CESPE] TRE - BA - Técnico Judiciário – Administrativa


[CESPE] - 21/02/2010.
Compete, privativamente, aos TREs fixar a data das eleições para governador
e vice-governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e
juízes de paz.
QUESTÃO 58: [CESPE] TRE - BA - Técnico Judiciário – Administrativa
[CESPE] - 21/02/2010.

[64] Podem ser nomeados para compor uma mesma junta eleitoral servidores
de uma mesma repartição pública ou empregados de uma mesma empresa
privada.
QUESTÃO 59: TRE - PR - Analista Judiciário - Análise de Sistemas
[CESPE] - 22/11/2009
É atribuição das juntas eleitorais, entre outras, resolver as impugnações
verificadas durante os trabalhos de contagem e apuração de votos.
QUESTÃO 60: TRE - PR - Analista Judiciário - Análise de Sistemas
[CESPE] - 22/11/2009.
As zonas eleitorais correspondem à menor fração territorial dentro da
circunscrição judiciária eleitoral.
QUESTÃO 61: TRE - MA - Analista Judiciário – Administrativa
CESPE] - 21/06/2009.
Criada pelo Código Eleitoral de 1932, a justiça eleitoral passou a ser a
responsável pela organização e operacionalização do sistema eleitoral
brasileiro, atividade fundamental para solidificação do estado democrático de
direito. Considerando que, desde então, ela passou por diversas mudanças,
assinale a opção que está de acordo com a normatização constitucional em
vigor.
a) As juntas eleitorais, embora prestem importante assessoria ao trabalho dos
juízes eleitorais, não são consideradas órgãos da justiça eleitoral strictu sensu,
por serem formadas ordinariamente apenas por ocasião da realização de
alguma eleição, sendo desfeitas logo a seguir.
b) O TSE é composto por apenas sete ministros, dos quais, três são ministros

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do STF e dois, ministros do STJ, escolhidos mediante declaração de voto pelos


seus pares que têm assento no órgão especial das respectivas cortes,
portanto, os ministros mais antigos.
c) O TRE/MA é composto por dois desembargadores do tribunal de justiça, dois
juízes de direito, um juiz federal e dois advogados, sendo que apenas os
desembargadores têm de ser escolhidos por votação secreta, tendo em vista
que ocupam os dois cargos mais importantes, o de presidente e o de vice-
presidente.
d) Uma das hipóteses em que cabe recurso para o TSE de decisões proferidas
pelos TREs é se estas tiverem sido proferidas contra disposição expressa da CF
ou da constituição estadual.
e) Os acórdãos proferidos pelos TREs não podem ser impugnados, perante o
STF, por meio de recurso extraordinário.
QUESTÃO 62: TRE - GO - Técnico Judiciário – Administrativa
[CESPE] - 01/02/2008.
No que concerne às normas acerca da composição e das atribuições das juntas
eleitorais, assinale a opção correta.
a) Os partidos e os candidatos têm o direito legal de, até dez dias antes da
data do pleito, em petição fundamentada, impugnar as indicações dos
membros que irão compor as juntas eleitorais.
b) Os membros de diretórios de partidos políticos, estejam estes registrados
no TSE ou não, só podem ser nomeados membros das juntas eleitorais se os
respectivos nomes tiverem sido aprovados pelo TRE e, após isso, oficialmente
publicados.
c) As matérias de competência da junta eleitoral são decididas pelo juiz
eleitoral que a preside, no exercício da jurisdição eleitoral.
d) Depois de aprovação do TRE, os membros das juntas eleitorais serão
nomeados pelo presidente daquele tribunal, a quem cumpre também designar-
lhes a sede.
QUESTÃO 63: TRE - GO - Analista Judiciário – Administrativa
[CESPE] - 01/02/2008.

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A respeito da composição e atribuição das juntas eleitorais, julgue os itens a


seguir.
I Os membros das juntas eleitorais serão nomeados pelo presidente do TSE,
depois da aprovação do respectivo tribunal regional eleitoral.
II Os servidores que integram o serviço eleitoral não podem ser nomeados
membros das juntas eleitorais, escrutinadores ou auxiliares.
III As juntas eleitorais são órgãos colegiados de primeira instância, sendo
compostos por um juiz de direito, que atua como presidente, e dois ou quatro
cidadãos de notória idoneidade.
IV As zonas eleitorais podem ter mais de uma junta, limitadas ao número
máximo de cinco juntas por município.
Estão certos apenas os itens
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
QUESTÃO 64: TRE - GO - Analista Judiciário – Administrativa
[CESPE] - 01/02/2008.
Assinale a opção correta acerca das competências do TRE/GO.
a) Compete ao TRE/GO aplicar penas disciplinares de advertência, suspensão e
demissão aos juízes eleitorais.
b) Não compete ao Tribunal responder a consultas formuladas por partidos e
candidatos, pois, como órgão do Poder Judiciário, lhe é proibida a atividade
consultiva.
c) O princípio da inércia da jurisdição impede o TRE/GO de fazer
representações ao Tribunal Superior Eleitoral.
d) É competência do TRE/GO determinar a apuração das urnas anuladas, por
decisão de juntas eleitorais, quando na situação de provimento de recurso
interposto.
QUESTÃO 65: TRE - AP - Analista Judiciário – [CESPE] -
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06/05/2007.
Acerca do tratamento constitucional dos tribunais e juízes eleitorais, assinale a
opção correta.
a) Os tribunais regionais eleitorais (TREs) devem ser compostos por 7
membros, entre os quais, dois devem ser da carreira dos advogados e
nomeados pelo presidente da República, após indicação do respectivo conselho
regional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
b) As juntas eleitorais são órgãos da justiça eleitoral e seus membros gozam,
no exercício de suas funções, das mesmas garantias atribuídas aos demais
membros do Poder Judiciário.
c) Caberá recurso especial ao TSE contra as decisões denegatórias proferidas,
em habeas corpus, habeas data ou mandado de injunção, pelos TREs.
d) O TSE, assim como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo
Tribunal Federal (STF), só conhece de matéria de direito, visto que a valoração
de matéria fática deve ficar restrita às instâncias ordinárias.
e) O TSE, guardião da Constituição Federal, possui, da mesma forma que o
STF, competência para exercer o controle concentrado de constitucionalidade
das leis eleitorais.
QUESTÃO 66: TRE - AP - Analista Judiciário – [CESPE] - 06/05/2007.
Ainda acerca do tratamento constitucional dos tribunais e juízes eleitorais,
assinale a opção correta.
a) Os presidentes do TSE e dos TREs são escolhidos entre os seus membros,
na forma do respectivo regimento interno, por eleição, com voto secreto, para
um mandato de dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios
consecutivos.
b) Na composição dos TREs, uma das vagas é destinada à justiça federal e
poderá ser ocupada por um juiz federal substituto.
c) A função de juiz eleitoral, no âmbito do Distrito Federal, pode ser exercida
tanto por um juiz de direito vinculado ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal
e Territórios quanto por um juiz federal.
d) A organização e funcionamento das juntas eleitorais não é matéria

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reservada à lei complementar.


e) No que se refere à matéria eleitoral, compete ao TSE conhecer e julgar os
conflitos de competência entre um TRE e o tribunal de justiça estadual.
QUESTÃO 67: TRE - AP - Analista Judiciário – [CESPE] - 06/05/2007.
Acerca da organização da justiça eleitoral, prevista no Código Eleitoral,
assinale a opção correta.
a) Considere que Maria seja juíza eleitoral no estado do Amapá e que seu tio,
Antônio, pretenda se candidatar ao cargo de senador por esse estado. Nessa
hipótese, conforme dispõe o Código Eleitoral, Maria não poderá servir como
juíza eleitoral, desde a homologação da respectiva convenção partidária até a
apuração final da eleição.
b) Suponha que Pedro seja advogado da União e que se encontre, há mais de
10 anos, inscrito nos quadros da OAB. Nesse caso, ele não poderá ser
nomeado pelo presidente da República para ocupar, no TSE, uma das vagas
destinadas aos advogados.
c) Considere que Marco tenha cometido crime eleitoral em conexão com outros
crimes comuns de competência da justiça federal. Nessa hipótese, deve haver
a cisão dos processos, para que a justiça eleitoral aprecie apenas os crimes
eleitorais, cabendo à justiça federal a competência para julgar os demais.
d) O TSE e os TREs têm competência para, em matéria eleitoral, responder às
consultas que lhes forem formuladas em tese por autoridade com jurisdição
federal ou por órgão nacional de partido político.
e) Servidor público federal da justiça eleitoral que não seja formado em direito
poderá compor junta eleitoral, salvo na função de presidente.
QUESTÃO 68: TRE - TO - Analista Judiciário - Analista de Sistemas
[CESPE] - 04/03/2007.
Considere a seguinte afirmação: o TRE/TO tem dois desembargadores do
Tribunal de Justiça (TJ) em sua composição, sendo que um deles, escolhido
mediante eleição aberta, exercerá a presidência do tribunal, e o outro
acumulará a vice-presidência e a corregedoria. Essa firmação é:
a) correta.

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b) errada, pois há três desembargadores na composição do TRE/TO, cabendo a


eles o exercício da presidência, o da vice-presidência e o da corregedoria.
c) errada, pois é o presidente do TRE/TO que acumula as funções de
corregedor.
d) errada, pois a corregedoria deve ser exercida pelo mais antigo dos juízes de
direito que compõem o TRE/TO.
e) errada, pois não há eleição para presidente do TRE/TO, cabendo a sua
presidência ao desembargador com maior tempo de exercício de magistratura
eleitoral.
QUESTÃO 69: TRE - TO - Analista Judiciário - Analista de Sistemas
[CESPE] - 04/03/2007.
Não é um órgão da justiça eleitoral
a) a junta eleitoral.
b) o juiz eleitoral.
c) o TSE.
d) o TRE/TO.
e) a Procuradoria Regional Eleitoral do Tocantins.
QUESTÃO 70: TRE - TO - Analista Judiciário - Analista de Sistemas
[CESPE] - 04/03/2007.
Considere a seguinte afirmação: os membros do Superior Tribunal de Justiça
(STJ) que compõem o TSE são eleitos pelo próprio STJ. Essa afirmação é
a) correta.
b) errada, pois esses membros são eleitos pelo TSE.
c) errada, pois esses membros são eleitos pelo Supremo Tribunal Federal.
d) errada, pois esses membros são escolhidos pelo presidente da República.
e) errada, pois não há membros do STJ no TSE.
QUESTÃO 71: TSE - Analista Judiciário – Administrativa [CESPE] -
14/01/2007.
Luana tomou posse no cargo de juíza há cerca de seis meses e já foi
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designada para presidir zona eleitoral em Porto Alegre - RS. Com referência a
essa situação hipotética e às normas que regem a justiça eleitoral, assinale a
opção correta.
a) O exercício do cargo de juiz eleitoral requer exclusividade, não sendo
possível acumular as funções jurisdicionais anteriormente exercidas com as da
justiça eleitoral.
b) Não é possível que juiz em estágio probatório assuma funções de juiz
eleitoral.
c) Para presidir zona eleitoral em Porto Alegre - RS, é necessário que Luana
seja juíza federal.
d) É competência do juiz eleitoral expedir títulos eleitorais.
QUESTÃO 72: TSE - Analista Judiciário – Administrativa [CESPE] -
14/01/2007.
Emerson, que foi designado para compor junta eleitoral no município de seu
domicílio, é candidato ao cargo de vereador. Acerca dessa situação hipotética e
da disciplina normativa das juntas eleitorais, assinale a opção incorreta.
a) Emerson não poderá participar da junta eleitoral, por expressa vedação
legal.
b) Caso Emerson seja eleito ao cargo de vereador, caberá à junta eleitoral
expedir o competente diploma.
c) As juntas eleitorais são órgãos colegiados de 2.ª instância da justiça
eleitoral.
d) O presidente da junta eleitoral deverá ser sempre um juiz de direito.
QUESTÃO 73: TSE - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] -
14/01/2007.
Assinale a opção correta no tocante à disciplina normativa relativa aos juízes
eleitorais.
a) Os juízes eleitorais são designados pelo TSE para presidir as zonas
eleitorais.
b) Todos os mandados de segurança em matéria eleitoral devem ser

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processados e julgados pelos juízes eleitorais de primeira instância.


c) Os juízes de direito não podem atuar como juízes eleitorais por período
superior a dois biênios consecutivos.
d) Os juízes eleitorais despacharão quinzenalmente nas zonas eleitorais que
jurisdicionam.
QUESTÃO 74: TSE - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] -
14/01/2007.
Assinale a opção incorreta em relação aos órgãos da justiça eleitoral.
a) São órgãos da justiça eleitoral as juntas eleitorais.
b) O TSE será composto por sete ministros, dos quais três serão do STF e dois,
do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
c) Os TREs elegerão seus presidentes entre os seus desembargadores.
d) Compete ao TSE processar e julgar originariamente os conflitos de
jurisdição entre juízes eleitorais do mesmo estado.
QUESTÃO 75: TRE - BA - Analista Judiciário – Taquigrafia [CESPE] -
21/02/2010.
Compete privativamente ao TSE julgar os conflitos de competência de juízes
de determinado estado.
QUESTÃO 76: TRE - BA - Analista Judiciário - Administrativa [CESPE] -
21/02/2009.
A aprovação do afastamento de juízes dos tribunais regionais eleitorais é de
competência do TSE.
QUESTÃO 77: TRE - PR - Analista Judiciário - Análise de Sistemas
[CESPE] - 22/11/2009.
Compete ao TRE indicar os membros das juntas eleitorais e ao TSE, aprová-los
e nomeá-los.
QUESTÃO 78: TRE - GO - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -
01/02/2008.
A respeito da justiça eleitoral, assinale a opção incorreta.

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a) A competência da justiça eleitoral deverá ser fixada em lei complementar, à


qual incumbe dispor sobre sua organização.
b) Os tribunais regionais eleitorais, com sede na capital dos estados e no
Distrito Federal, são compostos de, no mínimo, sete juízes, com cinco deles
indicados entre os desembargadores e dois entre os juízes de direito.
c) As juntas eleitorais, como órgãos colegiados de primeira instância, são
constituídas 60 dias antes da eleição.
d) Os membros dos tribunais eleitorais, os juízes de direito e os integrantes
das juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável,
gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.
QUESTÃO 79: TRE - GO - Técnico Judiciário – Administrativa CESPE] -
01/02/2008.
A respeito das competências dos tribunais eleitorais, assinale a opção
incorreta.
a) Compete ao TSE julgar, originariamente, os conflitos de jurisdição entre
juízes eleitorais do respectivo estado.
b) No desempenho de suas atribuições, o corregedor regional da Justiça
Eleitoral poderá locomover-se para as zonas eleitorais, a requerimento de
partido político, deferido pelo TRE.
c) São irrecorríveis as decisões do TSE, salvo as que declararem a invalidade
de lei ou ato contrário à CF e as denegatórias de habeas corpus ou mandado
de segurança.
d) Não podem fazer parte do TSE cidadãos que tenham entre si parentesco,
ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo,
excluindo-se, nesse caso, o que tiver sido escolhido por último.
QUESTÃO 80: TRE - BA - Analista Judiciário - Administrativa [CESPE] -
21/02/2010.
As juntas eleitorais não são consideradas órgãos da justiça eleitoral,
constituindo-se em mera divisão regional realizada pelo juiz que a preside.
QUESTÃO 81: TRE - MT - Analista Judiciário - Administrativa I [CESPE]
- 24/01/2010.

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Segundo as regras estabelecidas na Lei n.º 4.737/1965, compete aos juízes


eleitorais
a) julgar os crimes eleitorais, sendo os crimes comuns, ainda que conexos,
julgados pela justiça comum.
b) constituir as juntas eleitorais e designar sua sede e jurisdição.
c) ordenar o registro e a cassação do registro dos candidatos aos cargos
eletivos municipais.
d) processar e julgar outros juízes eleitorais que tenham cometido crimes
eleitorais em sua jurisdição.
e) processar e julgar o registro dos diretórios estaduais e municipais de
partidos políticos.
QUESTÃO 82: TRE - MT - Analista Judiciário - Administrativa II [CESPE]
- 24/01/2010.
Assinale a opção correta a respeito da composição e do funcionamento das
juntas eleitorais.
a) Não podem participar das juntas eleitorais bancários e empregados de
empresas estatais.
b) É permitida e até recomendável a participação de servidores da justiça
eleitoral nas referidas juntas.
c) São admitidos membros de diretórios de partidos políticos, desde que não
ocupem função executiva, na composição das citadas juntas.
d) Pessoas que ocupem cargos de confiança no Poder Executivo, desde que
nomeadas no ano anterior à eleição, podem participar das juntas eleitorais.
e) É vedada a participação em juntas eleitorais de parentes dos candidatos,
ainda que por afinidade, até o segundo grau.
QUESTÃO 83: TRE - MT - Analista Judiciário - Administrativa II [CESPE]
- 24/01/2010.
A jurisdição de cada uma das zonas eleitorais cabe a um juiz de direito em
efetivo exercício, diz o Código Eleitoral. A respeito das funções, das
responsabilidades e da competência do juiz eleitoral, assinale a opção correta.

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a) É atribuição do juiz eleitoral expedir o diploma dos eleitos nos pleitos


municipais.
b) Compete ao juiz eleitoral fornecer ao eleitor que não votou, mas justificou a
ausência, certificado que o isente das sanções.
c) Incumbe ao juiz eleitoral designar e nomear os integrantes das juntas
eleitorais.
d) É da competência do juiz eleitoral designar a sede da junta eleitoral.
e) Cabe ao juiz eleitoral conceder licenças e férias aos servidores da justiça
eleitoral.
QUESTÃO 84: TRE - MG - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] -
15/03/2009 (ADAPTADA).
Com relação à composição e competência das juntas eleitorais, assinale a
opção incorreta.
a) As juntas eleitorais são compostas por um juiz de direito, um escrivão
eleitoral e, obrigatoriamente, quatro cidadãos de notória idoneidade.
b) Os funcionários ocupantes de cargos de confiança do Poder Executivo, bem
como os que integram o serviço eleitoral, não podem ser nomeados membros
das juntas eleitorais.
c) As atribuições das juntas eleitorais incluem a resolução de impugnações e
incidentes verificados durante os trabalhos de apuração e a expedição dos
boletins de apuração, uma vez concluída a contagem dos votos.
d) Nos municípios com mais de uma junta eleitoral, a expedição dos diplomas
será de competência da junta que for presidida pelo juiz eleitoral mais antigo.
QUESTÃO 85: TRE - PR - Técnico Judiciário - Operação de
Computadores [CESPE] - 22/11/2009.
Compete aos juízes eleitorais processar e julgar apenas os crimes eleitorais,
sendo defeso a eles julgar os crimes comuns, ainda que conexos, pois a
competência originária é dos juízes dos TJs dos respectivos estados.
QUESTÃO 86: TRE - PR - Analista Judiciário - Análise de Sistemas
[CESPE] - 22/11/2009.

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Os juízes eleitorais possuem competência para ordenar o registro e a cassação


do registro dos candidatos aos cargos eletivos municipais, devendo comunicá-
los ao TRE.
QUESTÃO 87: TRE - PR - Analista Judiciário - Análise de Sistemas
[CESPE] - 22/11/2009.
Compete aos juízes dividir as seções em zonas eleitorais.
QUESTÃO 88: TRE - GO - Analista Judiciário – Administrativa [CESPE] -
01/02/2008.
Em relação à atuação da jurisdição eleitoral, assinale a opção correta.
a) Cada seção eleitoral pode possuir quantas mesas receptoras forem
necessárias à coleta de votos.
b) Os integrantes das mesas receptoras devem obrigatoriamente ser eleitores
da própria seção eleitoral.
c) Um município pode concentrar diversas zonas eleitorais, conforme
demarcação feita pelo respectivo tribunal regional eleitoral, que, entretanto,
deve ser aprovada pelo TSE.
d) Se o membro da mesa receptora que não comparecer ao local da realização
do pleito sem justa causa for servidor público, a pena de multa prevista no
Código Eleitoral será cobrada em dobro.

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GABARITOS OFICIAIS
36 37 38 39 40 41 42 43 44 45
A D E A C B A D C E
46 47 48 49 50 51 52 53 54 55
E C E C C E E C E E
56 57 58 59 60 61 62 63 64 65
C E E C C E D C D C
66 67 68 69 70 71 72 73 74 75
B D A E A D C C D E
76 77 78 79 80 81 82 83 84 85
C E B A E C E B A E
86 87 88
C E C

Até a próxima Aula!


Bons estudos!
Ricardo Gomes
Por sua aprovação!

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