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Pré-requisitos de aprendizagem e
ensino eficaz
Benevino Muhacha junho 27, 2018 Pedagogia , 0 Comments

Definição de aprendizagem
Aprendizagem é a primeira razão para a existência da escola e o meio através do qual a
socialização é efectuada. Sem aprendizagem, as pessoas não saberiam os seus nomes, os
dos seus pais, onde vivem, entre outras coisas. Sem aprendizagem não seríamos capazes
de ler certas informações, nem seríamos capazes de falar a linguagem que falamos ou
tratar das nossas necessidades psicológicas. Para melhor ou para o pior, os seres humanos
são criaturas de aprendizagem.
A aprendizagem refere-se à mudança das repetidas nessa mesma situação, fazendo com
que a mudança do comportamento não possa ser explicada com base nas tendências de
respostas inatas, de maturação, ou no estado temporário do sujeito.

Leis da aprendizagem
Lei do efeito
Esta lei afirma que um estado de satisfação leva à repetições de um determinado
comportamento, enquanto um estado de insatisfação leva ao enfraquecimento da resposta.
O argumento da lei do efeito é que as conexões são feitas ou não com base no resultado
final subsequente. Se, na aula, o aluno colocar o braço no ar, ganha atenção e o
reconhecimento do professor, e se o braço levantado não tiver como resultado a atenção
e o reconhecimento do professor, e se o seu comportamento tiver o resultado pretendido,
provavelmente repetir-se-á no futuro. Por outro lado, se o braço levantado não tiver a
atenção e o reconhecimento do professor, é menos provável que o aluno rejeita esse
comportamento.

A lei da maturidade específica


Esta lei apresenta três comportamentos descritos da seguinte forma: primeiro, dar a
situação preparada ou pronto à pessoa para lidar com um certo comportamento e fornecer
a oportunidade de lidar com esse comportamento levará a que toda a experiência seja
satisfeita e agradável.
Segundo, se é negada à pessoa a oportunidade de lidar com um comportamento que lhe
foi preparado, isto resultará na frustração e no aborrecimento.
Terceiro, se a pessoa não estiver preparada para lidar com o comportamento, e é forçada
a fazê-lo, o resultado será de aborrecimento
Lei do exercício
De acordo com esta lei, há uma forte conexão que é estabelecida entre estímulo e resposta
é resultado da prática. A lei do exercício tem duas partes: a primeira é a lei do uso que
afirma que a conexão entre o estímulo e resposta é fortalecida pela frequência do seu uso,
a segundo lei é a do desuso, que afirma que a pouca frequência do uso poderá quebrara a
conexão entre estímulo e resposta e que provavelmente essa ligação será extinta.

Definição de ensino
O termo ensinar vem do latim “signare”, isto é, “ colocar dentro, gravar no espírito”. De
acordo com esse conceito ensinar é gravar ideias na cabeça do aluno. Do conceito
etimológico, surgiu o conceito tradicional de ensino: “Ensinar é transmitir
conhecimentos.”Aqui, o professor fala daquilo que sabe sobre determinado assunto e
espera que o aluno saiba reproduzir o que ele lhe disse.
Ensino é a transmissão de conhecimentos teóricos ou práticos, de técnicas ou de métodos,
realizada por um mestre ou um professor destinada a alunos.
Pré-requisitos entendem-se os conhecimentos ou habilidades necessários à aprendizagem
de uma tarefa nova. Saber abrir o depósito da gasolina, por exemplo, seria um pré-
requisito em relação à tarefa de aprender a meter a gasolina. Como o conhecimento de
unidades de medida seria um pré-requisito em relação à determinação da área da sala de
aula ou os conceitos substantivos, verbo, preposições, seriam pré-requisitos para chegar
ao conhecimento dos princípios de organização dos elementos da frase.
A importância dos pré-requisitos no ensino e na aprendizagem foi um dos aspectos
realçados por Ausubel. Apesar de evidente cremos que nunca é mais demais chamar a
atenção para essa condição de aprendizagem, pois tal como não se poderia por em pé o
primeiro andar de uma casa construir o rés-do-chão, também não é possível construir o
conhecimento sem o alicerçar em bases sólidas.
Pré-requisitos de aprendizagem

Readiness (maturidade especifica)


O conceito de readiness ou maturidade específica está, de certo modo, relacionado com o
de pré-requisitos. Dizemos que um aluno está pronto, preparado ou maduro para iniciar
uma nova tarefa de aprendizagem se tiver conhecimentos e habilidades que lhe permitam
avançar no seu processo de aprendizagem. Se esses pré-requisitos lhe faltarem, devemos
então considerar que ele ainda não está pronto, preparado e maduro.
Pode falar-se de maturidade específica, nesta perspectiva, uma perspectiva meramente,
lógica ou de conteúdo, independentemente do nível de desenvolvimento do aluno ou
pode, pelo contrário, relacionar-se o conceito de maturidade específica, com as
capacidades do educando, com o seu nível de desenvolvimento. No primeiro caso, pensa-
se que é possível ensinar qualquer conteúdo a qualquer aluno com razoável sucesso,
desde que devidamente analisado se sequenciado. No segundo, entende-se que
determinado nível de desenvolvimento é necessário para que determinado conteúdo seja
ensinando com razoável sucesso.

Atenção
Bandura aponta que a atenção (prestar atenção) é um modelo importante para
aprendizagem social. A ênfase é dada a atenção deliberada e calculada que leva ao
máximo de aprendizagem, embora isto não signifique que a aprendizagem não possa
ocorrer, em menor grau, com base na atenção acidental e inconsciente.
Na situação de sala de aula, atenção é um factor importante. Os alunos terão de prestar
atenção de forma adequada sobre o que o professor está a dizer e para compreender o que
está a ser ensinado.
Para haver a aprendizagem é necessário que o observador preste atenção às actividades
ou demonstrações do sujeito.
A atenção consiste no filtro entre a vasta quantidade de formação que chega aos nossos
órgãos dos sentido e a relativamente limitada quantidade de informação, que de facto,
percepcionamentos. É mais difícil aprender quando estamos sonolentos, nervosos,
cansados, ou seja, quando não conseguimos prestar atenção. Mais ainda, Pessanha et al,
afirma que:
Um professor deve utilizar estratégias que capte a atenção dos seus alunos, reduzindo,
simultaneamente, os factores distractivos. Por exemplo: falar com entusiasmo, mostrar
paixão por aquilo que se ensina e diversificar as actividades. A atenção que se presta a
um modelo depende da complexidade do seu comportamento, do seu ajustamento à
capacidade cognitiva do observador, do atracão que o modelo exerce sobre o observador
e do valor funcional do comportamento.
As crianças tendem a imitar maior grau: comportamentos relativamente simples ou
próximo da sua competência cognitiva; comportamentos que recebem recompensam;
comportamentos apresentados por modelos atractivos e comportamentos apresentados
em momentos em que prestam uma atenção activa.
Memória
A memória humana é uma capacidade e uma necessidade. Os indivíduos podem recordar,
uma vez que depois de ter vivido um determinado acontecido são capazes de reproduzi-
lo com precisão, após um período de tempo, mais ou menos longo. Durante este tempo,
a informação acerca desse acontecimento esteve guardada num armazém ou depósito
representativo dentro do sujeito aqui chamamos memória.

Para além de se observar a atenção, o que é


observado ou dito deve ser processado pela memória a curto-termo e a longo-termo e
armazenamento. Uma vez armazenado na memória, o aluno não terá problema em
recuperar essas capacidades ou informações sempre que precise delas. O propósito da
observação é que o observador deve ser capaz de reproduzir o comportamento exposto
pelo modelo, isto é, só será bem sucedido se a observação for cuidadosa e se for
processada pela memória. A não ser que o observador se lembre do que ele observou, e
não sendo possível de reproduzir o comportamento observado. A não ser que os alunos
se lembrem do que foi ensinado, eles não serão capazes de se comportarem de forma
semelhante a nível verbal, escrito ou comportamental.
Motivação
A motivação é o resultado entre o indivíduo e a situação, o que ajuda desde logo a
entender as origens individuais e situacionais na variabilidade dos estados motivacionais.
A criança deve estar pré-disposta para aprender. De facto, a maioria das crianças estão
pré-dispostas, como é reflectido pela sua curiosidade e forte desejo em explorar e
descobrir, isto é, deverá ser explorado pelos professores para promover o crescimento
intelectual da criança.
A motivação é um constructo hipotético, utilizado para explicar a iniciação, a direcção e
a persistência do comportamento orientado para um objectivo. A motivação inclui
conceitos tais como: a necessidade de realização, a necessidade de afiliação, incentivos e
hábitos.
Conforme Lemos apud Pessanha et al (2010) “as crianças motivadas mostram um
envolvimento comportamental continuado, acompanhado de uma tonalidade emocional
positiva: procuram desafios e tentam vencê-los; quando lhes é dada oportunidade, tomam
iniciativas; exercem esforços e concentração na implementação de tarefas de
aprendizagem; e revelam emoções genericamente positivas no decorrer das actividades,”
incluindo entusiasmo, optimismo, curiosidade e interesse.
Define-se motivação como um termo geral para todos os processos que envolvem o inicio,
a direcção e a manutenção das actividades físicas e psicológicas. A motivação inclui os
mecanismos internos envolvidos na preferência por uma actividade em detrimento de
outro, na forca ou energia das respostas e na persistência das acções dirigidas para
objectivos pertinente. Uma pessoa muito motiva procura determinadas actividades e
despreza outras, pratica comportamentos que aperfeiçoam as habilidades exigidas para
atingir os objectivos e centra a sua energia na prossecução desses objectivos, apesar das
frustrações que possam ocorrer.
Maturação
A maturação consiste em mudanças de estrutura devidas e grande parte à herança e ao
desenvolvimento fisiológico e anatómico do sistema nervoso. O processo de maturação
apresenta certo paralelismo com idade.
Esta, porem, por si só não fixa os limites da maturação. A maturação resulta de diversos
factores: desenvolvimento biopsiquico, interesses, evolução social, educação.
Só quando o indivíduo estiver maduro para uma determinada tarefa podemos dizer que
está apto para realizá-la. Só poderá aprender algo quando estiver maduro para essa
aprendizagem.
A inteligência
O termo inteligência é, definida como a aptidão para a aquisição de capacidades ou
aptidões, colocam-se de imediato três questões: quais são essas aptidões? Que relações
podem ser estabelecidas entre essas aptidões ou capacidades? Com que padrão podem
elas ser medidas e aferidas?
Em 1921, Thondike, tinha reunido respostas de catorze especialistas a questão da
inteligência, como a capacidade para realizar pensamento abstracto, que consiste numa
capacidade de adaptação ao meio ambiente, de indivíduos para se adaptar a novas
situações de modo a adquirir conhecimento. A inteligência para Thondike, é a aptidão de
o indivíduo aprender com a experiencia, beneficiar com ela. Dito de outra forma, o
investigador Freeman classifica a inteligência em variadíssimas definições de inteligência
dos diferentes psicólogos em três grupos:

 A inteligência enquanto adaptação do indivíduo ao seu meio;


 A inteligência enquanto capacidade para aprender;
 A inteligência enquanto capacidade para pensar abstractamente.

Tipos de inteligências
Na perspectiva de Thondike, existe três tipos de inteligências a saber:

 A inteligência conceptual, ou lógico - abstracta, está na base da actividade linguística, da


linguagem, do raciocínio, da compreensão dos conceitos e da formação de juízos
correctos de avaliação das situações.
 A inteligência prática, está orientada para a manipulação de objectos, para a fabricação
de utensílios, para a resolução de questões técnicas.
 A inteligência social, orienta-se para as relações entre os membros do grupo, para a rápida
e eficaz solução de vacidade de compreensão dos comportamentos das pessoas, como por
exemplo, a capacidade de o indivíduo inferir o estado de espírito de uma outra pessoa ou
ser capaz de predizer o seu comportamento provável e com a capacidade adaptativa, o
que pressupõe um dinamismo da personalidade, na qual para Thondike, existe uma
inteligência abstracta: aptidão para compreender e lidar com símbolos verbais e
matemáticos e a inteligência concreta: aptidão para compreender e lidar com coisas.

Aprendizagem anterior
Uma vez que a aprendizagem de novos conteúdos tende a organizar-se de forma
hierárquica num determinado domínio, o que o indivíduo já aprendeu tem
necessariamente influência na aquisição de novas aprendizagens nesse domínio. É por
isso que qualquer novo conteúdo seja objecto do processo de ensino e aprendizagem deve
ser apresentado pelo professor, tendo em considerações os conhecimentos que o aluno
eventualmente já possua sobre o assunto. Quando chegam a escola, as crianças já tem um
conhecimento organizado sobre a realidade e é desse conhecimento que é necessário
partir para as novas aprendizagens.
Factores Sociais
Para além da existência de um meio físico e social estimulante, em particular durante a
primeira infância, as expectativas sociais e culturais são um dos factores importantes no
processo de ensino e aprendizagem. Estas expectativas sócias definem o que se separa
que um rapaz ou uma rapariga aprendem para serem aceites como membros do seu grupo
social. Na maioria dos casos não falta aos aprendizes, isto é, o nível de aspiração
necessário para aprender. Contudo, nem todos são igualmente encorajados e outros têm
dúvidas compreensíveis sobre as possibilidades de alcançarem as recompensas desejadas.
O condicionamento
O condicionamento, é segundo alguns psicólogos, a forma mais simples de aprendizagem,
ou modificação de comportamento. Consiste num procedimento sistemático que conduz
a uma nova associação entre dois estímulos um estímulo neutro (que anteriormente não
solicitava qualquer resposta) e um estímulo incondicionado (que por si só desencadeia
uma resposta). Uma vez condicionado, o estímulo inicialmente neutro adquire o poder de
desencadear sozinho uma resposta semelhante a do estímulo origina: um estímulo ou
acontecimento permite prever a ocorrência de outro estímulo ou acontecimento.
Os psicólogos identificaram determinadas relações fixas entre certos estímulos e
respostas, os reflexos: sempre que o estimulo ocorre, segue - se sempre a mesma resposta
ou comportamento reflexo. Os reflexos são comportamentos automáticos e involuntários
de resposta a estímulo específicos, não passam por uma aprendizagem prévia e são
biologicamente importantes para o organismo.
Foi Ivan Pavlov, um fisiologista Russo, que descobriu os princípios de condicionamento,
na qual a sua descoberta ocorreu quando estudava a acção da saliva e dos sucos gástricos
no processo digestivos dos cães.

Referências Bibliograficas
CHUTUMIA.Danifo Ismael. As Interrogativas Q do Português de
Mocambique.2003;MATEUS,Mira. Gramática da Língua Portuguesa,6ª Ed.
Editora Caminho, Lisboa.2003.
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