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A Terra toda te canta

Da morte dominadora.
No céu a ti temos, todos,
Protetora.

Fiel, conserva os fiéis,


Procura a ovelha perdida.
Brilha na treva da morte,
Luz e Vida.

Louvor à excelsa Trindade.


Que dê a coroa a quem
Ele fez Mãe e Rainha
Nossa. Amém.

Com esse hino toda a Igreja reza a oração da manhã no dia em que comemoramos a Assunção
de Nossa Senhora. As palavras parecem penetrar no fundo do nosso coração necessitado de
amor, de reconciliação, de perdão. De fato o coração do homem deseja ser feliz antes que
qualquer coisa, mas muitas vezes se experimenta longe dessa felicidade pelo próprio pecado,
pela experiência de fragilidade, de incapacidade.

Por isso, ao rezar com essas palavras que nos remetem a vitória de Maria sobre a morte, nosso
coração encontra a paz que tanto busca. Ao ver Maria no céu, como mãe e protetora de cada
um de nós, como uma estrela a guiar nossos passos para um dia chegar e compartilhar essa
glória com ela, nosso coração percebe que encontra aquilo que estava procurando desde
sempre.

É isso que nos diz também a liturgia de Missa de hoje. No momento em que o sacerdote reza
sobre o pão e o vinho, logo antes de serem consagrados, escutaremos: “Hoje foi elevada ao Céu
a Virgem Mãe de Deus, como antecipação e imagem da perfeição que alcançará a Igreja, garantia
de consolo e esperança para o povo que peregrina.”

Maria da Assunção é também a Maria consoladora. Consoladora porque enche de esperança o


coração do homem desesperado em meio a tantas dificuldades nesse mundo. A esperança firme
de que o mal e a morte não possuem a última palavra. A esperança de que a vitória de Cristo,
realmente eficaz, abriu para o ser humano as portas do Paraíso, onde nossa Mãe já entrou e
continua intercedendo por nós, aguardando ansiosamente que a encontremos.

O Papa Francisco, durante uma homilia no dia da Assunção, falava exatamente sobre essa
esperança: “Esta esperança oferecida pelo Evangelho é o antídoto contra o espírito de
desespero que “cresce como um câncer” na sociedade.” Recordemos que Francisco, em sua
primeira encíclica Lumen Fidei, já tinha exortado os fiéis: “Não nos deixemos roubar a
esperança.”

Fruto dessa esperança firme do cristão é a alegria que todos nós somos chamados a
experimentar e transmitir ao mundo. A verdadeira alegria do cristão nasce da firme
esperança da vitória de Cristo, que resplandece com particular brilho na Assunção de Maria.
Hoje é um dia para lembrar disso e perguntar-nos porque estamos tristes e abatidos? Um
verdadeiro cristão tem todos os motivos do mundo para ser alegre, inclusive em meio as
dificuldades, porque Cristo venceu todas as dificuldades e reina à direita de Deus Pai, junto
com Maria, nossa Mãe.
Terminemos essa reflexão com a oração que faremos depois da comunhão, porque ela
expressa com muita simplicidade e profundidade os sentimentos e atitudes que Deus quer
que tenhamos hoje e sempre, a exemplo de Nossa Senhora.

“Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do céu em corpo e alma a imaculada
Virgem Maria, Mãe do vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto a fim de
participarmos da sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.”

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