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ÍNDICE

1.INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 3
1.1.Tema ....................................................................................................................... 4
1.2.Delimitação do tema ............................................................................................... 4
1.3.Objectivos do trabalho ............................................................................................ 4
1.3.1.Objectivo Geral ................................................................................................ 4
1.3.2.Objectivos específicos ...................................................................................... 4
1.4.Justificação .............................................................................................................. 5
1.5.Problemática ........................................................................................................... 5
1.6.Hipóteses ................................................................................................................. 6
2.METODOLOGIA.......................................................................................................... 6
3.REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................... 7
3.1.Contexto das Pequenas e Médias Empresas ........................................................... 7
3.2.Conceito de Pequenas e Médias Empresas. ............................................................ 7
3.3.Evolução no domínio das PME’s a Nível Geral. .................................................... 8
3.3.1.Análise da gestão das PME’s em Nampula. ..................................................... 8
3.4.Ambiente de Negócio das PME’s em Nampula. .................................................... 9
3.4.1.Oportunidades de Negócios ............................................................................. 9
3.4.1.1.Sector Primário ............................................................................................ 10
3.4.1.2.Sector Secundário ........................................................................................ 10
3.4.1.3.Sector Terciário ........................................................................................... 10
3.5.Contribuições das PME’s para a economia: ......................................................... 11
3.6.As principais características das PME’s são: ........................................................ 11
3.7.Incentivos existentes no domínio das PME’s a nível geral .................................. 12
3.8.Ligações e a Contribuição das PME’s para a Economia Nacional ....................... 12
3.8.1.O tratamento do emprego pela teoria keynesiana .......................................... 13
3.8.2.A Importância das PME’s No Desenvolvimento do Pais .............................. 14
3.9.Principais causas da mortalidade das pequenas e medias empresas ..................... 15
4.CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES ...................................................................... 17
4.1.Orçamento do projecto.......................................................................................... 17
Referências bibliográficas .............................................................................................. 18

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1.INTRODUÇÃO

O Presente projecto de pesquisa, tem como o tema ”As causas de encerramento das
Pequenas e Medias Empresa (PME’s)’’. Como se pode ver pelo tema, sabe-se que as
Pequenas e Médias Empresas (PME`s) constituem actualmente um agente importante na
estratégia de promoção de emprego, na inovação, na criação de rendimentos e no
crescimento e desenvolvimento económico e social. A promoção de incentivos à criação
e ao crescimento de actividade das PME`s são considerados um dos vectores integrantes
na redução da pobreza e a exclusão social, e numa melhoria do nível do bem-estar dos
cidadãos, caso particular dos moradores da cidade de Nampula, porque crê-se que a sua
dinamização incentiva as camadas pobres da sociedade a criarem os seus próprios
negócios e a providenciarem os seus rendimentos.

O sucesso de uma PME está intimamente ligada a uma política de gestão adequada, que
começa com a elaboração de estratégias, e análise entre oportunidade e desafios, para
poder atingir os objectivos traçados. Hoje mais do que nunca as empresas devem ter
uma gestão de excelência, para poderem acompanhar e integrar na economia moderna
no mundo globalizado.

O papel estratégico que as PME`s, desempenha na economia Moçambicana


actualmente, é fundamental. Por isso é necessária uma gestão eficaz e eficiente, para
poder minimizar os riscos no ambiente de negócio, aumentar a sua produtividade e
consequentemente, ser mais competitivo no mercado.

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1.1.Tema

O presente projecto de pesquisa tem como o tema: As causas de encerramento das


Pequenas e Medias Empresa (PME’s), caso particular da Botique Nazira Momade –
Cidade de Nampula.

1.2.Delimitação do tema

De acordo LAKATOS e MARCONI (2002:29), “Delimitar é estabelecer limites para a


investigação”.

O presente projecto de pesquisa delimita-se a discorrer a respeito das causas de


encerramento das Pequenas e Medias Empresa (PME’s), da Botique Nazira Momade –
Cidade de Nampula, no período compreendido entre 2016 a 2017.

1.3.Objectivos do trabalho

1.3.1.Objectivo Geral

MARCONI e LAKATOS (2001:102) referem que os objectivos gerais "estão ligados a


uma visão global e abrangente do tema, relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer
dos fenómenos e eventos, quer das ideias estudadas vincula-se directamente a própria
significação da tese proposta pelo projecto."

Assim o trabalho tem como objectivo geral:

 Analisar as causas de encerramento das Pequenas e Medias Empresas, em


particular a Botique Nazira Momade – Cidade de Nampula.

1.3.2.Objectivos específicos

MARCONI e LAKATOS (2001:102) Referem que os objectivos específicos


"apresentam características mais concretas, têm a função intermédia e instrumental
permitindo de lado a atingir objectivo geral e de modo a explicar este a situação
particular".

Assim a pesquisa tem como objectivos específicos:

 Analisar o ambiente de negócio das Pequenas e Médias Empresas em Nampula


tendo em conta as oportunidades;

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 Apresentar a estratégia de promoção e incentivos oferecidos das Pequenas e
Médias Empresas;
 Identificar as causas de encerramento das pequenas e medias empresas, caso da
Botique Nazira Momade;
 Propor soluções imediatas no que concerne a não encerramento das pequenas
medias empresas, caso particular da Botique Nazira Momade;
 Verificar o enquadramento das Pequenas e Médias Empresas em Moçambique;

1.4.Justificação

A escolha do tema deve-se ao facto da importância que as Pequena e Médias Empresas


vêm assumindo no desenvolvimento económico do País, na sua capacidade de criar
riqueza, e fomentar emprego.

E por fim dar alguma contribuição, ainda que modesta, para o desenvolvimento deste
tema inovador que em meu entender, carece de estudos aprofundados.

1.5.Problemática

LAKATOS (2001, p. 103) explica que “A formulação do problema prende-se ao tema


proposto: ela esclarece a dificuldade específica com a qual se defronta e que se pretende
resolver por intermédio da pesquisa”.

As Pequenas Medias Empresas ocupam papel de destaque no cenário económico


mundial. Caracterizam-se pela criação de novos postos de trabalho contribuindo para o
desenvolvimento regional. Em virtude disso, as MPE são consideradas elementos
importantes para o crescimento da economia e geração de emprego, transformando
políticas de inovação em instrumentos de estímulo à competitividade.

Referir que as micro e pequenas empresas assumem papel importante para as economias
locais e regionais. Grande parte desses empreendimentos não consegue prosperar e se
manter no mercado por mais de meia década, apresentando mortalidade precoce. A
competição entre as grandes empresas, principalmente as multinacionais, em busca de
maior produtividade e alta qualidade provocou uma dispensa de trabalhadores ao redor
do mundo. Logo, essas consequências, que afectaram o mundo do trabalho, também
estimularam a criação de Micro e Pequenas Empresas, seja por força do desemprego ou
por outros motivos.

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Diante do exposto acima, emerge a seguinte questão de partida:

 Quais são as principais causas de encerramento das Pequenas e medias em


empresas, em particular na Botique Nazira Momade?

1.6.Hipóteses

Na tentativa de responder a seguinte questão de partida foi possível traçar as seguintes


hipótese:

H1: Falta de planeamento ou mesmo desconhecimento especializado do


mercado em que planeiam actuar, sem atender quais são os seus concorrentes.

H2: É provável que a insuficiência de políticas de apoio, pode ser uma das
causas de encerramento das Pequenas e medias empresas.

2.METODOLOGIA

A vasta literatura sobre metodologia apresenta diversas abordagens com muitos pontos
em comum. De forma geral os pontos em comum pretendem estabelecer critérios
básicos quanto aos fins e quanto aos meios. Com relação as suas características, esta
pesquisa podem ser classificada (VERGARA, 2007; COLLIS, HUSSEY, 2005):

O presente trabalho constitui um estudo Para análise dos dados conectados no campo,
recorreu-se a abordagem qualitativa aliada a análise de dados de natureza quantitativa, a
qual permitiu entender e interpretar o processo da Mortalidade das pequenas e medias
empresas.

Quanto ao método de procedimento, empregou-se o raciocínio dedutivo que como


argumentam Gil (1999) e Marconi e Lakatos (1993) parte do geral para o particular.
Este método, permitiu captar o nível de complementaridade e distanciamento entre o
que o quadro teórico e as percepções que os informantes chave tem sobre as causas do
insucesso dos empreendimento.

Para a concretização do estudo, recorreu-se a pesquisa bibliográfica que permitiu o


levantamento de dados que já constituíram objecto de análise, por outros, no sentido de
actualizar-se sobre o que já foi escrito sobre o assunto da presente pesquisa, e a pesquisa
documental que possibilitou o acesso a informações

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3.REVISÃO DE LITERATURA

3.1.Contexto das Pequenas e Médias Empresas

Entende-se por Empresa qualquer entidade que, independentemente da sua forma


jurídica, exerce uma actividade económica. São nomeadamente, consideradas como tal,
as entidades que exercem uma actividade artesanal industrial ou outras actividades a
títulos individuais ou familiares, e ainda as sociedades de pessoas ou associações que
exerçam regularmente uma actividade económica.

A definição das PMEs varia de acordo com a metodologia adoptada por cada país, mais
especificamente, pelo tamanho de cada mercado. O ambiente que caracteriza tais
organizações é melhor descrito de acordo com a forma de propriedade, grau de
informalidade, poder de mercado e nível de sofisticação tecnológica, que não está
sempre correlacionado com o tamanho da firma.

O conceito das PME`s tem sido muito discutido e não existe um consenso entre os
autores. Segundo SILVA (1993, p.47) “a pequena empresa é a que emprega menos de 5
trabalhadores, e a média empresa a que tem entre 5 e 400 trabalhadores”. Entretanto,
existe outros critérios para classificação das PME`s, como por exemplo, volume de
negócio e a independência. De acordo com os Regulamento quando a classificação é
feita com base no volume de negócio são consideradas as Pequenas Empresas aquelas
que tem um volume de negócio inferior a 7 milhões de meticais ou um balanço anual
que não ultrapassem 5 milhões de meticais. E as Médias Empresas o volume de negócio
deve ser inferior a 40 milhões de meticais ou o seu balanço anual inferior a 27 milhões
de meticais”.

3.2.Conceito de Pequenas e Médias Empresas.

Em Nampula as PME`s são consideradas elementos fundamentais no plano de


sustentação económica e no desenvolvimento regional, uma vez que têm uma enorme
capacidade de gerar riqueza e criar emprego. A legislação Moçambicana reconhece que
as PME`s são “todas aquelas que reúnem as seguintes características: possuir mais de 5
trabalhadores e menos de que 50 trabalhando de forma permanente; as receitas anuais
não ultrapassem duzentos milhões de meticais; o seu capital social seja detido em mais
de 75% por investidores de nacionalidade Moçambicana; não detenha participações
financeiras noutras empresas que não sejam PME`s nacionais”. O estudo feito pelo

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Instituto Nacional de Estatística (INE), existem mais de 3000 empresas em Nampula
que operem em diversas áreas, como o comércio, industria, prestação de serviços, entre
outros.

3.3.Evolução no domínio das PME’s a Nível Geral.

A Gestão surgiu como disciplina formal no virar do século, quando a rápida


industrialização começou a exigir uma gestão mais hábil dos recursos naturais, do
capital e do trabalho. As várias abordagens da gestão que se desenvolveram podem ser
divididas em dois grupos principais: abordagens clássicas; abordagens contemporâneas.
As abordagens clássicas, que se desenvolveram desde meados do século XIX até ao
início da década de 50, surgiram à medida que os gestores tentavam dominar o
crescimento da indústria americana. Estas abordagens foram a gestão sistemática, a
gestão científica, a gestão administrativa, as relações humanas e a burocracia.

A gestão sistemática representou o início do pensamento formal da gestão nos Estados


Unidos. Sublinha a forma como as empresas fabris operavam, porque a maior parte dos
problemas da gestão estavam centrados na fabricação. A gestão científica foi
introduzida na viragem do século por Frederick Taylor, um engenheiro que aplicou
método científicos para analisar o trabalho e determinar a “ a melhor maneira” de
realizar tarefas de produção.

As abordagens contemporâneas de gestão, que foram desenvolvidas depois da Segunda


Guerra Mundial, tentaram superar as limitações das abordagens clássicas. Incluem a
gestão quantitativa, o comportamento organizacional, a teoria dos sistemas e a
perspectiva contingencial.

3.3.1.Análise da gestão das PME’s em Nampula.

A política de gestão da empresa requer sempre passos e decisões acertadas, uma vez que
è influenciada permanentemente pelos fenómenos internos e externos de empresa e até
muitas vezes pelo dinamismo dos corpos dirigentes. Anteriormente a mudança não se
operava com muita rapidez, por exemplo algo acontecia nos Estados Unidos, muitos
anos depois passa a ser aplicado num país de III mundo ou num outro continente.

Entretanto, actualmente devido ao fenómeno da globalização, tudo acontece no tempo


real, visto que todas as comunidades são afectadas pelo que se passa no mundo. Por

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isso, BULHÕES (1999, p. 236), afirmou que “a globalização não é uma opção. É uma
imposição de progresso tecnológico nas áreas da comunicação e do transporte”.

Pois, não é por acaso, que o mundo é considerado por muitos estudiosos, como o espaço
único e antes como aldeia global. Por exemplo, a situação da subida constante do preço
do petróleo no mundo afecta grandemente o preço dos combustíveis em Moçambique, o
que provoca a inflação e alteração geral a nível económico e social.

Posto isto, podemos verificar que Moçambique, esta ser influenciado por este
fenómeno, que é designado como a integração acelerada das economias e das
sociedades mundiais. Essa integração leva a eficiência das leis que regem o mercado,
ainda trás opções para o desenvolvimento das tecnologias e parcerias, trazendo futuro
seguro para todos.

3.4.Ambiente de Negócio das PME’s em Nampula.

3.4.1.Oportunidades de Negócios

Nampula cidade é pequena, complexo por natureza devido a escassez de recursos


naturais, motivo pela qual os promotores devem ser conhecedores do ambiente de
negócios, e oportunidades existentes bem como os apoios e incentivos, para poderem
desenvolver e modernizar o tecido empresarial Moçambicano.

“È crucial que se tenha sempre presente que a actividade negocial nunca deve ser
conduzida na perspectiva de um jogo, em que no fim há sempre um vencedor total e um
perdedor absoluto. As partes envolvidas têm necessidades quer directas, quer indirectas
a satisfazer e o sucesso é conseguido a partir do momento em que sejam consideradas as
necessidades de ambas as partes”. De acordo com SANCHES, (2004, p. 6). No
desenvolvimento dos negócios as PME`s devem manter uma relação profunda com o
meio envolvente, pois, o sucesso de uma empresa depende, acima de tudo, do
conhecimento do seu ambiente interno e externo.

Existem oportunidades de negócios em quase todos os sectores de actividade em


Nampula, tendo em conta a balança comercial do país e a dependência económica do
país em relação ao exterior. Pois, Nampula não produz praticamente nada e possui uma
sociedade consumista. É praticamente senso comum, que em todos os sectores existem
mercados tanto para produzir como para distribuir, sobretudo os produtos de primeira
necessidade.

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3.4.1.1.Sector Primário

Dentro deste sector temos Agricultura, pesca e pecuária. Entretanto, dadas as


dificuldades e também alguns constrangimentos ligados ao investimento nestes sectores,
verifica-se uma certa retracção dos investidores. No caso concreto da agricultura, o
factor climático tem um peso relativamente grande. Quanto à pesca, a artesanal revela
uma certa ineficácia e voltada apenas para a sobrevivência. A industrial requer
investimento de vulto que nem todos os empreendedores estão em condições de se
aventurar.

Todavia, verifica-se alguns investimentos no domínio das PME’s nas áreas de


agricultura como: fruticultura, horticultura, floricultura e plantas ornamentais. Na área
da Pecuária existem experiências importantes e vários PME’s implantados. Por isso,
neste subsector que vai desde da produção de alimentos para animais, a exploração das
mais variadas espécies (bovinos, suínos, caprinos, exploração avícola), suas
transformações e comercializações, consideramos que existem oportunidades de
negócios.

3.4.1.2.Sector Secundário

Neste sector as oportunidades são inúmeras, indo desde a indústria de vestuário e


calçado para consumo local e para exportação, passando pela indústria de suporte às
unidades existentes, indústrias alimentares, carpintaria, marcenaria, indústrias gráficas e
entre outros.

Muitas dessas unidades industriais podem ser instaladas em regime de Joint Ventures,
entre empresários Moçambicanos e estrangeiros visando não só o mercado doméstico,
que é bastante exíguo, mas sobretudo o mercado externo, nomeadamente o da
Comunidade Económica e Desenvolvimento dos Estados da África, (CEDEA) e a
Capital de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Assim é de concluir que esse sector
oferece algumas possibilidades de negócios, que podem dar origem muitas PME`s de
sucesso em Moçambique. Actualmente existe tendência para o aumento de negócio
nesse sector, principalmente na área da construção Civil.

3.4.1.3.Sector Terciário

Neste sector as oportunidades mais interessantes relacionam-se com o Turismo. Aí


destacam-se os serviços de Hotelaria nos principais centros turísticos das nossas ilhas.

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Para se dinamizar o turismo de montanha e praia, podem ser explorados hotéis
pequenos, tipos pensão e pousadas. É considerado um sector de maior investimento e,
consequentemente, onde se encontram maiores investimentos e iniciativas empresariais.

Este sector é considerado estratégico para o desenvolvimento do país, uma vez que o
subsector do turismo, constitui um potencial para Nampula, particularmente nas Ilhas,
que se evidência com mais peso e, em todas as outras ilhas em geral, através do
turismos de montanha, de praia e outros. O turismo capta a maior fatia do investimento
privado. Na base dessas informações podemos considerar que o turismo proporciona um
excelente negócio, para os nossos operadores e para economia do país.

3.5.Contribuições das PME’s para a economia:

 A primeira refere-se à criação de novos postos de trabalho e por essa razão,


como ponto-chave para o emprego e redução da pobreza. Em especial, os
trabalhos criados pelas PMEs são mais consistentes em condições de relativa
abundância de mão-de-obra e deficiência de capital.
 A segunda contribuição é que as mesmas são fonte de consideráveis actividades
de inovação, o que contribui para o desenvolvimento do talento empreendedor e
competitividade de exportação como base para uma futura expansão industrial.
Finalmente, elas adicionam uma maior flexibilidade à estrutura industrial e
promovem um grande dinamismo na economia.

3.6.As principais características das PME’s são:

 Produtos e serviços de baixo preço unitário;


 Predominam vendas ao consumidor final;
 Atendem necessidades básicas da população;
 Escalas de produção muito baixas;
 Capital, insumos, materiais, mão-de-obra, etc;
 Geração de novos empregos;
 Fonte de inovação;
 Estimula a competição económica;
 Auxilio às grandes empresas;
 Produção eficiente de bens e serviços.

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As PME’s representam uma importante fonte de geração de riqueza para o país,
portanto ignorar o potencial desses empreendimentos significa desvalorizar um
importante agente de fomentação da economia, que contribui de forma significativa para
o seu desenvolvimento.

3.7.Incentivos existentes no domínio das PME’s a nível geral

As PME`s assumem um papel de relevo no desenvolvimento de uma economia


saudável, na promoção do emprego e criação de um mercado interno sólido e
sustentável. Para atrair a criação das empresas numa certa região ou país, são
apresentadas as empresas vários tipos de incentivos e apoios nomeadamente:

1. Incentivos fiscais (Isenções tributárias ao lucro);


2. Garantias (Protecção de bens e direitos aos investimentos Externos,
transferências para externos de dividendo de lucro abertura da conta bancária de
moeda estrangeira);
3. Empresas francas (isenção total de quaisquer impostos ou outras imposições
sobre os rendimentos durante um certo período de tempo);
4. Incentivos aduaneiros (isenção de direitos aduaneiros e impostos de consumo
aplicáveis às importações de equipamentos e materiais diversos).

3.8.Ligações e a Contribuição das PME’s para a Economia Nacional

A contribuição das PME’s para economia nacional está, obviamente, relacionada com o
seu peso no investimento, emprego, produção e comércio. No entanto, a riqueza gerada
pelas PME’s pertence às corporações que os possuem e controlam e não à economia
como um todo.

Portanto, o impacto da riqueza produzida pelas PME’s na economia nacional é


relacionado com o grau de retenção e absorção dessa riqueza pela economia e não
apenas pela quantidade de riqueza produzida. Quer dizer, o impacto da fundição de
alumínio ou da exploração do gás e das areias minerais depende de como é que a
economia retém e absorve parte do valor de produção e das vendas dessas empresas.
Não basta dizer que o impacto é grande porque as PME’s contribuem com três quartos
das exportações de bens.

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3.8.1.O tratamento do emprego pela teoria keynesiana

O início dos anos 2000 marcou uma forte mudança no comportamento do emprego
formal o que aguçou a percepção de que o desempenho do mercado de trabalho não
poderia ser estendido sem maiores cuidados (LOPES FILHO, 2009). Nesse contexto,
passou-se a atribuir uma maior importância às PME’s por ocasião do surgimento de
evidências empíricas do importante papel desempenhado pelas mesmas na criação
líquida de empregos, até mesmo em períodos de recessão (ARAÚJO, 2008).

A teoria económica debruçou-se na tentativa de explicar essa questão. Assim, as suas


contribuições à temática do emprego podem ser classificadas em dois grandes grupos.

 O primeiro considera as questões relativas ao mercado de trabalho como


decorrentes da sua própria dinâmica (emprego e desemprego).

Neste grupo, a questão do emprego é de natureza microeconômica, associado ao


funcionamento do mercado de trabalho. O paradigma neoclássico e suas extensões
enquadram-se nesse grupo de pensamento, ao explicar o problema da falta de emprego
como consequência da baixa lucratividade das firmas, determinada, por sua vez, pelo
patamar excessivamente elevado dos salários reais.

 O segundo grupo considera o mercado de trabalho uma esfera subordinada ao


ritmo de crescimento da economia.

Em suma, no pensamento keynesiano, o desemprego resulta de um problema


macroeconômico, qual seja, a insuficiência de demanda efectiva, e não porque o salário
real é elevado, como propõe o paradigma neoclássico. É a propensão a consumir e o
nível de investimento, portanto a demanda efectiva, que determinam o nível de
emprego, sendo que este determina o nível dos salários reais, não o inverso.

Esta análise nos oferece uma explicação do que Keynes (1985) denominou de paradoxo
da pobreza em meio à abundância, pois a simples existência de uma demanda efectiva
insuficiente pode paralisar, e frequentemente paralisar, o aumento do emprego antes de
haver ele alcançado o nível de pleno emprego. A insuficiência da demanda efectiva
inibirá o processo de produção, a despeito do facto de que o valor do produto marginal
do trabalho continue superior à desutilidade marginal do emprego (KEYNES, 1985, p.
33).

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O debate actual em torno da importância das PME’s na criação de empregos divide
opiniões. Para Filho et al, (2007) enquanto um grupo acha que o problema do crescente
desemprego pode ser resolvido mediante o estímulo das PME’s, outro grupo acredita
que o interesse por esse tipo de empresa é mais um modismo, motivado pela conjuntura
económica adversa em termos de criação de postos de trabalho. A expansão do emprego
nas PME’s não resulta da simples mudança sectorial das economias capitalistas, nem
pouco dos efeitos do ciclo económico. As causas do aumento do emprego nessas
empresas decorrem de dois movimentos essenciais:

 A descentralização e a verticalização das grandes empresas;


 A intensificação do processo de formação de comunidades de pequenos
produtores por meio dos distritos industriais ou de aglomerações regionais de
empresas de pequeno porte (VILELA, 1994; FILHO et al. 2007).

Internacionalmente é reconhecida a importância das PME’s na geração de emprego,


como também, na formação de divisas, nas diminuições das desigualdades regionais e
na melhoria da renda. A forma como são elaboradas as políticas de apoio, contudo,
depende da conjuntura económica de cada país. Por exemplo, nos Estados Unidos, o
apoio teve como finalidade assegurar o livre mercado; na Itália, a diminuição das
desigualdades regionais entre norte e sul; em Taiwan; finalmente, no México, a
integração entre micro, pequenas e médias empresas e as grandes empresas, visando à
substituição de importações (PUGA, 2002; HILDEBRANDO, 2005; FILHO et al., 2007
& ARAÚJO, 2008).

3.8.2.A Importância das PME’s No Desenvolvimento do Pais

As PME’s instaladas no país têm um forte papel, principalmente de alavancar o


crescimento do País. Os pequenos negócios que estão abertos são fundamentais para
fomentar o desenvolvimento do pais, o que contribui para um aumento na arrecadação e
na geração de emprego e renda. O papel das PME’s é importante para redução da
desigualdade social, sendo a principal mola para geração de emprego no país, isso
demonstra a capacidade de expansão, associadas a um espírito empreendedor da
sociedade mesmo diante da alta carga tributária e da enorme burocracia que impende a
criação de novos negócios no país. Não basta somente ter a vontade de abrir um
negócio, é necessária a habilidade e a criatividade de viver em ambientes altamente

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complexos e desafiadores, com altas taxas de juros, concorrência, burocracia e falta de
maior apoio governamental para PME´s.

Para que o sector esteja continuamente expandindo suas operações são necessários
mecanismos que permitam que as PME’s, tenham vantagem competitiva em relação às
grandes empresas, principalmente quanto a expansão do crédito, bem como linhas
especiais de financiamento, associadas às garantias, de modo que o governo
proporcione condições para que essas empresas possam buscar melhores condições de
empréstimos visando financiar sua produção e seus serviços.

As PME’s são responsáveis pela grande maioria dos empregos formais em todo o País,
segundo os dados do BM, mais de 3 milhões de trabalhadores, demonstrando a
importância de investimento nas PME´s, associados a políticas publicas voltada para
esse sector, visando aumentar a força e a capacidade de crescimento dessas empresas.
Neste em na cidade de Nampula, as PME’s, representam mais de 60% das empresas
instaladas, isso demonstra a força e a importância que essas PME’s vêm
desempenhando e contribuindo para o seu desenvolvimento. Diante do cenário, para que
a cidade de Nampula tenha empresas competitivas, seria necessário um melhor
tratamento paras as PME’s, uma carga tributária menor, uma política de incentivo que
atenda com maior amplitude os anseios do sector, bem como realizar uma política de
desburocratização ainda maior e que facilite a abertura de muitas PME’s.

3.9.Principais causas da mortalidade das pequenas e medias empresas

Segundo o relatório da SOBRAE (2006), As principais causas comuns da mortalidade


das Pequenas e Medias empresas são:

 Comportamento empreendedor pouco desenvolvido;


 Falta de planeamento prévio;
 Gestão deficiente do negócio;
 Insuficiência de políticas de apoio;
 Conjuntura económica deprimida;
 Problemas pessoais dos proprietários.

Comportamento Características (conhecimento, habilidades e atitudes)


empreendedor empreendedoras insuficientes. Precisam ser
aprimoradas.

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Falta de planeamento Falta de planeamento antes da abertura (quando ele
existe é deficiente).
Gestão Empresarial Deficiências na gestão do negócio, após a abertura
(ex. aperfeiçoamento de produtos, fluxo de caixa,
propaganda e divulgação, gestão de custos e busca de
apoio/auxílio).
Políticas de Apoio Insuficiência de políticas de apoio (peso dos
impostos, burocracia, falta de crédito e política de
compras governamentais).
Conjuntura Económica Baixo crescimento da economia (demanda fraca e
concorrência forte).
Problemas “Pessoais” Problemas de saúde, particulares, com sócios, de
sucessão e de criminalidade prejudicam o negócio.
Fonte: Sobrae (2006)

Como afirma Chiavenato (2008, p. 15), “nos novos negócios, a mortalidade prematura é
elevadíssima, pois os riscos são inúmeros e os perigos não faltam.” Diante disso ele
aponta algumas das possíveis causas de mortalidade nas empresas, que são
apresentadas:
 No que concerne a Inexperiência - deparasse com Incompetência do
empreendedor, Falta de Experiência de campo, Falta de experiência profissional,
Experiência desequilibrada.
 Factores Económicos - Lucros insuficientes, Juros elevados, Perda de mercado,
Mercado consumidor restrito e Nenhuma viabilidade futura.
 Vendas Ineficientes - Fraca competitividade, Recessão económica, Vendas
Insuficientes, Dificuldade de estoques.
 Despesas Excessivas - Dividas e cargas demasiadas, Despesas operacionais.
 Outras Causas Determinantes do fracasso – Negligencia, Capital insuficiente,
Clientes insatisfeitos, Fraudes, Activos insuficientes

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4.CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES

Cronograma de Actividade

Actividades / Procedimentos Mês / Período 218


Junho Julho Agosto Setembro
Escolha do Tema X
Levantamento da Literatura X
Leitura bibliográfica X
Análise da colecta de dados X
Tratamento de dados X
Construção do projecto X
Elaboração do relatório final X
Revisão do texto X
Apresentação nas Jornadas Cientificas X

Fonte: Adaptado pelo autor, 2018

4.1.Orçamento do projecto

Recursos Materiais
Produto Quantidade Valor Unitário Valor total
Papel de ofício A4 1 Resma 500 folhas 150,00 150,00
Bloco de Notas 2 40,00 40,00
Caneta Esferográfica 3 30,00 30,00
Lápis 2 10,00 10,00
Borracha Escolar 1 5,00 5,00
Flash 1 350,00 350,00
Pasta suspensa 1 40,00 40,00
Grampeador 1 60,00 60,00
Total 685,00

Fonte: Adaptado pelo autor, 2018

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Referências bibliográficas

1. BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scott A. Administração: novo cenário


competitivo. 2.ed. São Paulo : Atlas, 2006.
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