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Introdução
Todas as nossas sensações, sentimentos, pensamentos, respostas motoras e emocionais, a
aprendizagem e a memória, a ação das drogas psico-ativas, as causas das doenças mentais, e
qualquer outra função ou disfunção do cérebro humano não poderiam ser compreendidas sem o
conhecimento do fascinante processo de comunicação entre as células nervosas (neurônios). Os
neurônios precisam continuamente coletar informações sobre o estado interno do organismo e
de seu ambiente externo, avaliar essas informações e coordenar atividades apropriadas à
situação e às necessidades atuais da pessoa.
Como os neurônios processam essas informações?
Isso ocorre essencialmente graças aos impulsos nervosos. Um impulso nervoso é a transmissão
de um sinal codificado de um estímulo dado ao longo da membrana do neurônio, a partir de seu
ponto de aplicação. Os impulsos nervosos podem passar de uma célula a outra, criando assim
uma cadeia de informação dentro de uma rede de neurônios.
Nós já vimos o processo elétrico do impulso nervoso no artigo anterior. Nesse número, vamos
examinar mais em detalhes como a sinapse e os neurotransmissores funcionam.
Dado que os neurônios formam uma rede de atividades elétricas, eles de algum modo têm que
estar interconectados. Quando um sinal nervoso, ou impulso, alcança o fim de seu axônio, ele
viajou como um potencial de ação ou pulso de eletricidade. Entretanto, não há continuidade
celular entre um neurônio e o seguinte; existe um espaço chamado sinapse. As membranas das
células emissoras e receptoras estão separadas entre si pelo espaço sináptico, preenchido por
um fluido. O sinal não pode ultrapassar eletricamente esse espaço. Assim, substâncias químicas
especias, chamadas neurotransmissores, desempenham esse papel. Elas são liberadas pela
membrana emissora pré-sináptica e se dinfundem através do espaço para os receptores da
membrana do neurônio receptor pós-sináptico. A ligação dos neurotransmissores para esses
receptores tem como efeito permitir que íons (partículas carregadas) fluam para dentro e para
fora da célula receptora, conforme visto no artigo sobre condução nervosa.
A direção normal do fluxo de informação é do axônio terminal para o neurônio alvo, assim o
axônio terminal é chamado de pré-sináptico (conduz a informação para a sinapse) e o neurônio
alvo é chamado de pós-sináptico (conduz a informação a partir da sinapse).
Tipos de sinapses
A sinapse química
Sinapse. Quando um
impulso elétrico ao viajar
para a "cauda" da célula,
chamado axônio", chega a
seu término, ele dispara
vesículas que contêm um
neurotransmissor as quais
movem-se em direção a
membrana terminal. As
vesículas se fundem com a
membrana terminal para
liberar seus conteúdos.
Uma vez na fenda sináptica
(o espaço entre dois
neurônios) o
neurotransmissor pode
ligar-se aos receptores
(proteínas específicas ) na
membrana de um neurônio
vizinho.
Diagrama e micrografia de
uma sinapse de uma junção
neuromuscular da mosca da
fruta.
1- Vesículas sinápticas;
2- Neurônio pré-sináptico
(axônio terminal);
3- Fenda sináptica ;
4- Neurônio pós-sináptico.
O que dispara a liberação de um
neurotransmissor?
Existem dois tipos de sinapses químicas, de acordo com o efeito que causam no elemento pós-
sináptico:
Sinapses excitatórias
O registro do potencial
de membrama para o
potencial pós-sináptico
inibitório (IPSP: em
verde) mostra uma
hiperpolarização, i.e.,
uma deflexão para
baixo no traçado porque
ele torna-se mais
negativo que o
potencial de repouso.
4) neuropeptídeos: esses são formados por cadeias mais longas de aminoácidos (como uma
pequena molécula de proteína). Sabe-se que mais de 50 deles ocorrem no cérebro e muitos deles
têm sido implicados na modulação ou na transmissão de informação neural.
Serotonina
Esse é um neurotransmissor que é incrementado por muitos antidepressivos tais com o Prozac, e
assim tornou-se conhecido como o 'neurotransmissor do 'bem-estar'. ' Ela tem um profundo
efeito no humor, na ansiedade e na agressão.
Acetilcolina (ACh)
A acetilcolina controla a atividade de áreas cerebrais relaciondas à atenção, aprendizagem e
memória. Pessoas que sofrem da doença de Alzheimer apresentam tipicamente baixos níveis de
ACTH no córtex cerebral, e as drogas que aumentam sua ação podem melhorar a memória em
tais pacientes.
Noradrenalina
Principalmente uma substância química que induz a excitação física e mental e bom humor. A
produção é centrada na área do cérebro chamada de locus coreuleus, que é um dos muitos
candidatos ao chamado centro de "prazer" do cérebro. A medicina comprovou que a
norepinefrina é uma mediadora dos batimentos cardíacos, pressão sanguínea, a taxa de
conversão de glicogênio (glucose) para energia, assim como outros benefícios físicos.
Glutamato
O principal neurotransmissor excitante do cérebro, vital para estabelecer os vínculos entre os
neuroônios que são a base da aprendizagem e da memória a longo prazo.
Encefalinas e Endorfinas
Essas substâncias são opiáceos que, como as drogas heroína e morfina, modulam a dor, reduzem
o estresse, etc. Elas podem estar envolvidas nos mecanismos de dependência física.
Veja Neurotransmissores
Neurotransmissores
Visão geral de neurotransmissores e sinapses químicas
Neurotransmissores cerebrais
Neurotransmissores - Informações básicas
Moléculas de neurotransmissores
Sinapse
Capítulo 6: Comunicação ao longo e entre os neurônios - Eckert & Randall - Capítulo #6
Neurofisiologia e Farmacologia de Receptor de droga y
Armazenagem vesicular - ( Pequenos Neurotransmissores )
O Autor
Silvia Helena
Cardoso, PhD.
Psicobióloga,
mestre e