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PNEUMONIA
O ponto chave no tratamento é tentar observar se a pneumonia vai evoluir bem ou não a partir dos sinais e
sintomas que o paciente apresenta. Se for o caso de uma infecção que evoluirá bem, talvez não seja necessária
a antibiótico-terapia.
Em muitos casos de pneumonia não há conhecimento de qual é o Agente Etiológico especifico da infecção. Um
estudo demonstra que de todos os tratamentos feitos para pneumonia, mais de 50% dos casos o agente
tratado é desconhecido, em 22,5% dos casos a bactéria é a Streptococcus Pneumoniae, 7,6% é uma bactéria
atípica e 11,9% é mais de uma bactéria.
Conceito de MIC: É a potência ou concentração de antimicrobiano necessária para inibir o crescimento
bacteriano. Quanto menor o MIC, maior a potencia e quanto maior a potencia, maior a dificuldade da bactéria
em desenvolver resistência.
De maneira geral, os antibióticos Beta-Lactâmicos tem melhor atividade quanto maior o tempo que passam
acima da MIC (Concentração Inibitória Mínima).
As Pneumonias Comunitárias costumam ser geradas por bactérias Gramm + e essas respondem bem aos
antibióticos Beta-Lactamicos.
A possibilidade de tratamento com Penicilina seria associar uma de ação rápida, como a Benzil-Penicilina com
outros medicamentos. Entretanto esse tratamento é complexo pelo fato desse medicamento ser injetável.
No caso de pacientes que apresentem alergia a Penicilina, deve-se procurar variedades de antibióticos
macrolídeos como Eritromicina, Azitromicina e Teritromicina. Ainda sim, durante o tratamento, os macrolídeos
geralmente são associados a Beta-Lactamicos, dificilmente são usados em monoterapia.
O uso especifico do Macrolídeo Azitromicina é questionável porque existem estudos que indicam que seu uso
está relacionado ao risco de morte cardiovascular.
Microrganismos resistentes
o Pseudomona Aeuriginosa
o MRSA
o Enterobacteriaceae Produção da enzima Beta-Lactamase responsável pela sua resistência a
antibioticos beta-lactamicos como as penicilinas, cefalosporinas, cefamicinas ecarbapanemas.
Microrganismos pouco usuais
o Fungos, Vírus, Mycobacterium Tuberculosis
Complicações da Pneumonia
o Empiema, abcessos ou necrose, infecções metastáticas (meningite, endocardite, artrite).
Causas não infecciosas
o Neoplasias
o Edema, embolia ou hemorragia pulmonar
o Pneumonia Eusinofilica
Esquema Terapêutico
4 Semanas a 3 Meses O Risco de infeccção por Gramm - diminui, não precisa associar com antibioticos
amino glicosídeos. Usa-se B Lactmanicos ou macrolídeos de 3 a 5 dias. (Parece vago. Anotei na aula, não achei
nada no slide).
4 Meses a 18 Anos:
o Administração Endovenosa de Cefalosporina de 2ª Geração (Cefuroxime, Cefotaxime ou Ceftriaxona)
até a febre desaparecer.
o Seguido por administração Oral de Cefalosporina (Acetil Cefuroxime) ou Beta-Lactamico (Amoxicilina
com Ac. Clavulânico) por 10 a 14 dias associado com uso Oral ou Parenteral de Macrolídeos
(Eritromicina ou Claritromicina) por 10 a 14 dias.
Antibióticos usados no tratamento da pneumonia por Stafilococcus Aureus resistente a meticilina.
Antibiótico-terapia por Atraso
TUBERCULOSE
Existe um protocolo a ser seguido no tratamento da TB. Entretanto, existem também maneiras de tornar o
tratamento mais eficaz e inteligente, tornando a cura mais rápida e mais efetiva.
O tratamento da tuberculose tem como base duas premissas:
o Comportamento do metabolismo do bacilo.
o Sua localização na lesão tuberculosa.
o Atualmente o tratamento da tuberculose é feito no chamado esquema quadruplo (isoniazida,
rifampicina, etambutol e pirazinamida) na fase inicial até o segundo mês, seguido de quatro meses
utilizando apenas isoniazida e rifampicina.
o No caso de pacientes abaixo dos 10 anos, é utilizado um esquema tríplice: Rifampicina (10mg/kg),
Isoniazida (10mg/kg) e Pirazinamida (35mg/kg). A justificativa para a não introdução do Etambutol é
a dificuldade de se identificar precocemente a neurite ótica nesse grupo.
Isoniazida
Uma das coisas que o protocolo não avalia é que os medicamentos precisam ser acetilados para que façam
efeito no organismo e existem diferenças fenotípicas entre graus de acetilação dos medicamentos para cada
paciente. Alguns acetilam muito rápido, assim a dose deve ser maior para compensar essa velocidade,
enquanto outros não acetilam nada, podendo intoxicar o paciente de uma vez. Porém, o protocolo brasileiro
só leva em consideração o fator peso.
O gráfico ao lado demonstra a
concentração plasmática do fármaco
Isoniazida usado no tratamento da
Tuberculose versus o número de
indivíduos que aplicaram à pesquisa.
Pode se perceber que existe uma
diferença de concentração em cada um
dos grupos, reforçando o que foi dito no
paragrafo anterior quanto a
individualidade de cada paciente quanto
as doses necessárias do medicamento
para que se obtenha um tratamento
efetivo.
Para reverter essa situação o ideal é
que fosse feito em cada paciente a genotipagem para identificar em qual grupo de velocidade de acetilação o
paciente se encontra e para isso acertar a dose da Isoniazida.
Etambutol
É utilizado com o intuito de se prevenir o aparecimento de resistência a Rifampicina no caso de uma resistência
oculta a Isoniazida.
Apresenta clearence renal e hepático e neurite ótica é o evento adverso mais grave.
Pirazinamida
É pró-fármaco análogo da nicotinamida que entra no M. Tuberculosis e lá acaba se acumulando e inibe uma
enzima envolvida na síntese de ácidos graxos.
Quando associada à Rifampicina reduz o tratamento da tuberculose de um ano para seis meses.
Linezolida
É um antibiótico pertencente ao grupo das oxazolidononas. aprovado para o tratamento de bactérias Gram
+ multirresistentes. No caso do M. Tuberculosis ele tem propriedades bacteriostáticas .
Pacientes que possuem Tuberculose crônica resistente ao tratamento com isoniazida, rifampicina,
canamicina, ofloxacina, foram submetidos ao uso de Linezolida, o objetivo de negativação da cultura foi
alcançado após 4 meses de tratamento.
Bedaquilina
É o único medicamento aprovado para tratamento da tuberculose nos últimos 40 anos. Apresenta atividade
bacteriostática, bactericida e em bacilos que não estejam se replicando. O mecanismo de ação é a inibição
da síntese de ATP. Esse mecanismo reduz o potencial de resistência cruzada.
É administrada a dose de 400mg/dia por 2 semanas seguido de 200mg/3x ao dia por 22 semanas juntamente
com outros medicamentos utilizados no tratamento da tuberculose resistente.
Cicloserina/Terizidona
Fluoroquinolonas
São considerados medicamentos de segunda linha no tratamento da TB. Moxifloxacina e Gatifloxacina são
indicadas para tratamento de curta duração com doses de 400mg/dia. O mecanismo de ação é a inibição da
girase do DNA.
Aminoglicosídeos
Estreptomicina, Canamicina e Amicina são medicamentos de segunda linha utilizados há anos no tratamento
da TB resistente. Inibem a síntese proteica se ligando na subunidade 30s do ribossomo de maneira
irreversível.
Entretanto, de maneira geral, esses medicamentos injetáveis são considerados os mais problemáticos para o
tratamento da tuberculose pois são administrados por via IM por 4-8 meses causando dor e gerando estresse no
paciente além de serem associados a sérios efeitos adversos sendo um muito comum a surdez, presente em até 50%
dos casos