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Profº. Organizadoras:
Dra. Finco; Serrão; Teles
Alunas:
Andreia de Oliveira
Helena rosa de Oliveira
Patrícia Brito
GUARULHOS
NOVEMBRO/2018
I. Contextualização para o desenvolvimento do PAP
1. Caracterizar o local onde o PAP será desenvolvido e o público alvo.
O local para o desenvolvimento do PAP foi pensado no espaço onde fizemos a visita
na Fundação Francisca Franco, com a ótica voltada para as mulheres em situação de violência
doméstica, pois a organização do espaço trabalha com várias atividades para informar e for-
mar o público atendido que são vinte mulheres vítimas de violência domestica sob a perspec-
tiva de gênero, bem como os seus filhos.
Notamos pelos temas dos projetos que os organizadores da Fundação em questão, que
eles tentam quebrar esses paradigmas descritos acima, principalmente com o projeto (Centro
de Defesa da Mulher: Espaço Francisca Franco, e o projeto Saber, Fazer e Acontecer), aten-
tamos ao projeto do Centro de Defesa da Mulher: Espaço Francisca Franco, pelo fato de a-
creditarmos que a formação social, política do ser humano provoca transformações em suas
ações pessoais e em quem estiver ao seu redor, ou seja, se a pessoa descolonizada, com certe-
za sua semente (filhos) também será livre para pensar, agir, criticar, criar.
3. Justifique seu PAP dialogando com o referencial teórico abordado no curso
● Enfatizar por meio do dialogo e a leitura dos folhetos, entre outras práticas;
● Refletir sobre os papéis destinados a cada gênero ao longo da história.
Então, nossa intenção será indagar, pesquisar, analisar de que forma a mulher aparece
na construção do contexto social? Observar, dialogar, como as mulheres no espaço do Fran-
cisca Franco, são orientadas sobre os estereótipos, a discriminação, a colonialidade, ao qual o
gênero feminino é submetido.
Como é um espaço social, a forma de registro será por meio da observação, em relação
à participação das mulheres, pois é essencial o dialogo, reflexivo, e, é possível pedir para as
mulheres em grupos fazerem um verso de um cordel. Poderão manifestar suas opiniões sobre
o PAP, e no que podemos melhora-la. O registro também pode se dar, ao se pedir para as mu-
lheres fazerem uma produção de quatro linhas de poemas de cordel envolvendo o gênero.
OBS: Data – estamos aguardando contato e permissão da Fundação para aplicarmos o PAP.
Primeira etapa:
Salienta-se que a intenção é promover uma discussão coletiva, para que o estudante
perceba ao decorrer do PAP, o porquê os cordelistas utilizam da literatura de folhetos em va-
rais para comunicar a questão de subjugação e subordinação relacionada ao gênero, porquanto
à mordaça simbólica colocada na mulher para que se silencie é muito amplo, podemos dizer
que atualmente a metodologia utilizada para condicionar a mulher está relacionada ao desejo
sexual, ao sentimento com o outro, ou seja, a cultura patriarcal sofreu evolução ao longo do
tempo, aparece com outra roupagem, conseguindo de certa forma que seja consensual a hosti-
lidade sofrida pela mulher.
Neste contexto, pode-se falar em poetas brasileiros da região Nordeste do país, como o
paraibano Leandro Gomes de Barros, considerados pelos pesquisadores o primeiro autor po-
pular a imprimir e vender histórias em versos na forma de folhetos, por volta de 1890. Por-
quanto, dentro as várias temáticas abordadas pelos cordelistas estão às relacionadas ao univer-
so multifacetado das relações de gênero. Associando1 o real ao imaginário, criando e recrian-
do personagens masculinos e femininos condizentes com a moral e os “bons costumes” de
uma sociedade conservadora.
Segunda etapa
1
MANOEL, L. S. Literatura de cordel e relações de gênero: interfaces na literatura em turmas de ensino médio.
Disponível em:
<ttp://www.editorarealize.com.br/revistas/enlije/trabalhos/d2545b7cb53b3381124b5b2fb1484840_530_313_.pdf
> Acesso em: 04 jun. 2018.
2
RAMOS, Márcio. Vida Maria, duração: 9 min. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=yFpoG_htum4> Acesso em: 04 jun. 2018.
deiras rimadas com palavras, como “João, pão, dão, tão, Japão, invenção, habitação, atra-
ção...”, convidando-os a participarem da brincadeira.
Neste sentido, Leandro Gomes de Barros, representa a mulher de varias formas obser-
vando-a por meio dos folhetos populares narrativos. Pode-se observar o ser feminino no fo-
lheto de sua autoria “A história da donzela Teodora”:
3
MANOEL, L. S. Literatura de cordel e relações de gênero: interfaces na literatura em turmas de ensino médio.
Disponível em:
<ttp://www.editorarealize.com.br/revistas/enlije/trabalhos/d2545b7cb53b3381124b5b2fb1484840_530_313_.pdf
> Acesso em: jun. 2018.
4
SOUZA, JUNIOR. Projeto Literatura de Cordel Poesia Popular. Disponível em:
<https://pt.scribd.com/document/65005113/Projeto-Literatura-de-Cordel-Poesia-Popular> Acesso em: 11 jun.
2018
Da história grande dela”.
Terceiro etapa:
2. Recursos materiais
Duas cadeiras ou mesa, Kit multimídia; artefatos tradicionalmente ligados ao feminino e mas-
culino para a dinâmica, copia impressa dos versos do cordel, para discussão em grupo. Vídeo
RAMOS, Márcio. Vida Maria, duração: 9 min/ / Vídeo: BORGES, J. F. A moça que dançou de-
pois de morta. Duração: 11:9
SAFFIOTI, Heleith. Gênero patriarcado e violência. – 2ª ed. - São Paulo: Expressão popular: Funda-
ção Perseu Abramo, 2015.
SANTIAGO, Flávio; FARIA, Ana Lúcia Goulart de. Da descolonização do pensamento adultocentrico
à educação não sexista desde a creche: por uma pedagogia da não violência. Disponível em:
<https://drive.google.com/drive/folders/1mrH975a2aQp8A1HXJJQG3F9Of8BQXgZs> Acesso em 02
nov. 2018.
Complementar:
BARROS, Miguel Ferreira. Relação de Gênero na Literatura de Cordel. Editora Luzeiro, São Pau-
lo, 2012
ANEXOS
Anexo A:
Anexo B:
A partir desses versos é notável que o autor trata a mulher como um ser a frente de seu tempo,
pois esta vence os desafios impostos pelos sábios. Uma mulher que transgride seu tempo, ve-
jamos a estrofe 138:
No entanto, é perceptível que em outros trechos dos poemas, o eu lírico (nesse caso, a
donzela Teodora), realça que a beleza feminina esta em sua aparência, ressaltando que a
mulher deve se parecer com a “Virgem de Nazaré”. Observemos este aspecto nas strofes 71 e
74: