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INSTRUMENTOS DE AERONAVES
INSTRUMENTOS DE AERONAVES
VOLUME ÚNICO
BMA
CFS
2012
IMPRESSO NA SUBSEÇÃO GRÁFICA DA EEAR
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA
INSTRUMENTOS DE AERONAVES
GUARATINGUETÁ, SP
2012
2012 – Escola de Especialistas de Aeronáutica
Introdução ........................................................................................................................... 1
1 INSTRUMENTOS MECÂNICOS ….............................................................................. 2
1.1 classificação e características …........................................................................ 2
1.2 Manômetros …................................................................................................... 7
1.3 Termômetros ….................................................................................................. 14
1.4 Sistema pitot estático .….................................................................................... 16
1.5 Bússola magnética …......................................................................................... 24
1.6 Exercicios …...................................................................................................... 27
2 INSTRUMENTOS ELÉTRICOS .................................................................................... 30
2.1 Termômetros ….................................................................................................. 30
2.2 Taquímetros …................................................................................................... 36
2.3 Liquidômetros …................................................................................................ 37
2.4 Sistema Selsyn …............................................................................................... 39
2.5 Sistema Autosyn .…............................................................................................ 40
2.6 Bússola elétrica ….............................................................................................. 42
2.7 Exercícios .......................................................................................................... 43
3 INSTRUMENTOS GIROSCÓPICOS …......................................................................... 46
3.1 Teoria dos giroscópios ....................................................................................... 46
3.2 Instrumentos giroscópios …............................................................................... 47
3.3 Exercícios .......................................................................................................... 50
4 INSTRUMENTOS DIGITAIS ….................................................................................... 54
4.1 Sistema de apresentação de parâmetros do motor (IEDS) …............................ 54
4.2 Primary flight display (PFD) …......................................................................... 66
4.3 Navigation display (ND) …............................................................................... 73
Conclusão ............................................................................................................................ 77
Referencias .......................................................................................................................... 78
Anexo A – Autoavaliação ................................................................................................... 79
Anexo B – Gabarito ............................................................................................................ 80
1
INTRODUÇÃO
1 INSTRUMENTOS MECÂNICOS
1.1.2.2 Vibrações
Os instrumentos das aeronaves devem funcionar satisfatoriamente sob o efeito de
pequenas vibrações. Todos os instrumentos são montados em painéis à prova de choque, os
quais, entre outras funções, eliminam as vibrações excessivas.
4
1.1.2.7 Marcações
Nos instrumentos mais antigos, as graduações do mostrador e ponteiros são revestidas
com tinta luminosa. Esta pintura é uma composição tratada a rádio, que torna possível a leitura
no escuro.
b) Iluminação Indireta
Instrumentos mais modernos não possuem lâmpadas individuais. As marcações do
mostrador e ponteiro são refletidas em virtude da iluminação fluorescente que é obtida por meio
de lâmpadas colocadas na parte externa dos instrumentos (cabine da aeronave).
Os instrumentos são armazenados em suas caixas próprias, à medida que são fabricados
ou provenientes das atividades de reparação de instrumentos.
Os instrumentos fora de serviço são igualmente acondicionados em caixas individuais,
antes de serem remetidos aos depósitos para reparações, etc.
Papel de seda, tira de papel corrugado ou feltros são usados para proteger os instrumentos
e evitar seu movimento dentro da caixa. Cada caixa é individualmente lacrada com fita adesiva e
com carimbo de aceitação do inspetor.
Terminada a embalagem, de acordo com as instruções, coloca-se na caixa uma ficha que
contém todas as informações necessárias. Estas informações permitem identificar o conteúdo da
caixa sem abri-la, bem como determinar, sem maior trabalho, o vencimento do período máximo
de armazenagem, bem como o motivo de sua substituição.
a) TUBO DE BOURDON
O tubo de Bourdon é um mecanismo usado nos manômetros (medidores de pressão) e
termômetros.
1 - Tubo de Bourdon
2 - Entrada de pressão
3 - Haste
4 - Ponteiro
5 - Pinhão
Aumentando a pressão no interior do tubo, haverá uma tendência para modificar a secção
transversal de elíptica para circular. Devido à flexibilidade que possui, o tubo reagirá procurando
desfazer essa curvatura, movendo assim sua extremidade livre. Este movimento da extremidade
livre, absolutamente proporcional à pressão existente no interior do tubo, é transmitido ao
ponteiro através do sistema de transmissão da alavanca, pinhões, setor dentado etc.
O tubo de Bourdon mede tanto pressão alta como baixa, mas é mais utilizado para medir
pressão alta. Mede pressão diferencial, porque mede a diferença de pressão entre a interna do
tubo e a externa, que é a atmosférica. A sua robustez é empregada de acordo com a capacidade
do manômetro. Os tubos de Bourdon usados em manômetros até 1000 libras são chamados
"fracos" e são fabricados de cobre, latão ou bronze; os "fortes" são fabricados de aço cromo, aço
níquel ou aço molibdênio, usados em manômetros acima de 1000 libras.
b) DIAFRAGMA
O diafragma é um mecanismo interno usado para medir baixas pressões.
Figura 05 – Diafragma
c) CÁPSULA ANERÓIDE
É um mecanismo usado para medir pressões absolutas. É construído de câmara metálica,
dentro da qual existe vácuo e é hermeticamente fechado. Mede pressão absoluta, suas câmaras
9
são compensadas para evitar que a temperatura influa na sua indicação. Não há entrada de
pressão dentro de sua câmara, que é hermeticamente fechada. Havendo contração de deflexão da
câmara, esse movimento será transmitido ao ponteiro por meio de elos, alavancas, pinhões, setor
dentado, etc. Normalmente são usadas três cápsulas de aneróide para aumentar a área de contato
e, em virtude disso, tornar o instrumento mais sensível. São empregados na sua construção:
cobre, latão, bronze ou níquel.
Legenda:
PSI = libras por polegada quadrada.
P = pressão da bomba de combustível.
V = pressão atmosférica.
A unidade de medida usada no "fuel pressure" é lbs/pol2 e usa como mecanismo interno o
tubo de Bourdon "fraco".
Uso - Medir a pressão existente no sistema hidráulico que comanda as unidades móveis,
tais como: trem de pouso, flaps, cowl flaps, etc. Indica ao piloto e ao mecânico se a bomba
hidráulica e o sistema em geral estão funcionando.
A unidade de medida é a lbs/pol2 e usa como mecanismo interno um tubo de Bourdon "forte".
Com exceção do manômetro de sucção e de admissão, todos os outros utilizam tubos de
Bourdon, e como unidade de medida a lbs/pol2.
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1.3 Termômetros
Os tipos de termômetros usados nas aeronaves são:
- pressão de líquido
- bimetálico
- elétricos
- par térmico
1.3.1.2 Componentes
Compõe-se de três partes principais:
- Bulbo, Tubo capilar e Indicador.
O bulbo consiste num cilindro de metal oco. O bulbo é instalado onde vai medir a
temperatura.
O tubo capilar é um tubo de cobre, de secção circular e cilíndrica em toda a sua extensão;
serve de ligação entre o bulbo e o indicador e é protegido em toda a extensão por uma blindagem
de metal trançado. O tubo capilar comunica-se com a parte interna do tubo de Bourdon.
O indicador nada mais é que um mecanismo de Bourdon; o líquido usado é o álcool ou
xilol, líquidos sensíveis ao calor e que se expandem com facilidade.
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1.3.2.1 Funcionamento
Quase todas as matérias sólidas se dilatam quando aquecidas. Se medir a proporção de
dilatação causada por um dado aumento de temperatura em vários sólidos, tais como latão ou
ferro, pode-se fazer uma lista das diferentes proporções de dilatação, comparando-as entre si. De
fato, os cientistas já prepararam esta lista, tendo determinados valores às proporções de dilatação
de quase todas as matérias. Estes valores são representados por números (coeficientes de
dilatação). Assim, o ferro e o latão têm coeficientes de dilatação que indicam que o latão se
dilata mais do que o ferro, quando ambos são aquecidos na mesma proporção.
Vamos dizer que a 15ºC uma tira de latão e uma de ferro tenham o mesmo comprimento.
Aquecendo ambas as tiras para 50ºC, ocorrerá à variação nos comprimentos diferentes.
As duas tiras de metal, uma de latão e outra de ferro, ambas presas uma na outra. Com o
aumento de temperatura, o latão tende a se expandir mais que o ferro, e a tira bimetálica curvar-
se-á. Quando a temperatura cair, a tira de latão contrair-se-á mais do que o comprimento da tira
de ferro e a curvatura serão inversos.
Esse movimento produzido pela mola bimetálica será transmitido ao ponteiro. Sendo o
mostrador calibrado e graduado em graus, indicará a temperatura (ambiente) onde se encontra o
instrumento. Neste termômetro, nós temos o ferro e o latão presos. Se aumentar a temperatura, a
mola enrolar-se-á, e o ponteiro indicará a temperatura. Se diminuir a temperatura, ocorrerá o
inverso com a mola registrando também a temperatura.
Quando a mola bimetálica é usada para compensadores em diversos termômetros, assim
como o termo acoplamento, a tira bimetálica é de ferro espiral.
Deve-se ter cuidado especial em se conservar os tubos sempre limpos. Quando os aviões
não estiverem voando, os tubos serão protegidos contra poeira, óleo e outras partículas estranhas
por meio de um saco de lona provido de uma bandeirola.
a) VELOCÍMETRO
O velocímetro mostra a proporção da velocidade na qual o avião se desloca através do ar.
A não ser em condições normais ao nível do mar, a velocidade aerodinâmica indicada é diferente
da velocidade verdadeira. Contudo, o piloto pode calcular, pela velocidade aerodinâmica
indicada, a velocidade verdadeira, se ele conhecer a altitude na qual está voando, a direção e a
velocidade do vento.
O velocímetro determina também se a velocidade atingida num mergulho está dentro dos
limites de segurança para a estrutura do avião. Indica ao piloto quando o avião atingiu a
velocidade de voo na decolagem e a perda de velocidade no pouso.
O ponteiro do mostrador move-se para uma ou outra direção conforme o avião está indo
para cima ou para baixo. Em voo plano, naturalmente, o ponteiro permanece em zero.
c) ALTÍMETRO
Definições:
Altura é a elevação vertical de um objeto, levando em consideração o solo.
Altitude é a elevação do avião, levando em consideração o nível do mar.
Finalidade
Dependendo da situação em que se encontra o voo é necessário o piloto ter informação de
altura e/ou altitude. O piloto precisa saber da altura de voo da aeronave para:
- Fazer lançamentos de paraquedistas.
- Em missões táticas, ele precisa saber a altura do avião até o alvo.
- E, ainda, quando o piloto precisar fazer o pouso orientado pelos instrumentos do avião.
Quando o piloto viaja de uma localidade para outra. A qualquer momento, ele precisa
saber a altitude do avião, de modo que ele possa comparar os mapas e as rotas, distinguindo com
segurança os pontos críticos e picos de montanhas.
Funcionamento
Dentro do altímetro, nós temos uma cápsula aneróide, na qual são presas algumas
engrenagens, para transmitir o movimento do aneróide para os ponteiros.
À medida que o avião vai subindo, a cápsula aneróide expande-se por causa da
diminuição da pressão e os ponteiros indicarão a altitude.
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À medida que o avião vai descendo, o aneróide contrai-se por causa da pressão e os
ponteiros indicarão a altitude.
O ponteiro longo "Minutos" efetua uma rotação para cada mudança de 1.000 pés. Cada
traço entre os números nos dá uma leitura de 20 em 20 pés.
Exemplo: o ponteiro passou do 5 e está no 3º risco, portanto nós lemos 560 pés.
O ponteiro médio "Horas" efetua uma rotação para cada mudança de 10.000 pés. Quando
o ponteiro dos minutos der uma volta completa o das horas, chegará no nº 1 registrando 1.000
pés. Exemplo: o ponteiro dos minutos encontra-se no zero, mas o ponteiro das horas está no nº 1.
Isto significa que o avião está a 1.000 pés.
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O ponteiro pequeno "segundos" efetua uma rotação completa para cada mudança de
100.000 pés. Então, quando o ponteiro das horas der uma volta completa o ponteiro dos
segundos chegará no nº 1 registrando 10.000 pés.
Exemplo de leitura usando os três ponteiros: o ponteiro dos minutos encontra-se no nº 8,
portanto 800 pés; o ponteiro das horas entre os nºs 0 e 1, portanto não é lido; e o ponteiro dos
segundos entre os nºs 1 e 2, portanto 10.000 pés. Agora é só fazer a soma das leituras,
perfazendo 10.800 pés.
Quando o ponteiro longo (minutos) completar a primeira volta, o ponteiro médio (das
horas) chegará no nº 1, registrando 1.000 pés. À medida que o avião sobe, o ponteiro das horas
vai girando até uma volta completa, onde o ponteiro dos segundos registrará 10.000 pés.
Quando a aeronave fizer um voo de uma localidade para outra, o botão de ajuste do
altímetro é girado, antes da decolagem, para que os ponteiros indiquem a altitude local.
magnética também é usada como instrumento de reserva para a navegação e em caso de pane dos
instrumentos elétricos.
1.5.2 Funcionamento
É sabido que a terra age como um enorme ímã com um pólo próximo ao pólo geográfico
norte, e a outra extremidade próxima ao pólo geográfico sul. Sabe-se também que se duas barras
imantadas forem colocadas de maneira que os dois pólos norte de cada uma delas fiquem
próximos, haverá repulsão. Por outro lado, quando os pólos norte e sul são aproximados, atraem-
se. Assim, se uma barra for suspensa, de maneira a girar livremente no seu centro de gravidade, a
mesma será afetada pelas linhas de força magnética da terra e tomará posição com uma
extremidade apontando para o pólo norte e outra apontando para o pólo sul. Devido àquela
influência, as extremidades da barra serão chamadas de norte e sul, respectivamente.
A construção da bússola para aeronaves é baseada nas propriedades da barra imantada
(ímã) e da terra como um ímã maior.
A bússola do tipo ímã consiste, essencialmente, de recipiente cheio de líquido contendo
um elemento flutuante (limbo), que possui um sistema de pequenas barras imantadas. Esse
elemento está suspenso, de modo que as barras imantadas possam alinhar-se com a componente
horizontal do campo magnético terrestre. A posição do elemento e sua graduação, no tipo de
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bússola de leitura direta, são visíveis, com referência à linha de fé, através de uma janela de
vidro.
As marcações contidas no mostrador variam de 0 a 360º com subdivisões de 5 graus.
DECLINAÇÃO
Declinação é a diferença angular entre o norte verdadeiro e o norte magnético.
INCLINAÇÃO
Inclinação é a diferença angular entre o eixo da bússola e o limbo. Se a inclinação do
avião exceder a 75°, a bússola fornecerá uma indicação de rumo imprecisa.
1.6 Exercícios
12 - Com o motor parado, qual é o instrumento que indica a pressão barométrica local?
_____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
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14 - Nos aviões que possuem os instrumentos giroscópicos movidos à sucção, esta varia de 3.75
a 4.25 pol. de Hg.
( ) certo ( ) errado
2 INSTRUMENTOS ELÉTRICOS
Como nós sabemos, o ímã permanente tem os pólos norte e sul. No centro do ímã
permanente, a bobina é presa por pivôs. A bobina recebe corrente oriunda da Ponte de
Wheatstone, criando na mesma polaridade "norte" e "sul". As polaridades criadas coincidirão
entre si: norte do ímã permanente com o norte da bobina. Como nós sabemos, polaridades iguais
se repelem e assim quanto maior for a corrente que passa na bobina, maior será a repulsão e
como o ponteiro é preso na bobina, o mesmo deslocar-se-á.
Agora vamos entender a já citada Ponte de Wheatstone.
Em equilíbrio, como cada resistência tem dois OHMS, a corrente da bateria se dividirá
igualmente entre as resistências, não passando corrente pelo ponto "G", que é o instrumento.
O fio mais comprido do termocouple é feito de constantan e tem um terminal (com porca)
soldado na sua extremidade livre, enquanto o fio mais curto tem um terminal (sem porca)
soldado a sua extremidade livre.
O indicador é um mecanismo sensível tipo D'Arsonval, semelhante ao que foi visto no
termômetro elétrico.
O funcionamento deste instrumento baseia-se no princípio das pilhas termoelétricas, as
quais transformam a energia calorífica em energia elétrica. Fundamentalmente, o indicador mede
as correntes termoelétricas, resultantes da diferença de temperatura entre o "termocouple" e o
indicador. Nas condições normais de temperatura, não haverá corrente no circuito, porque não há
diferença de temperatura entre as junções e o indicador permanecerá em repouso. Aquecendo-se,
porém, a arruela que serve de suporte ao par de fios, as condições de equilíbrio romper-se-ão
devido à diferença de temperatura entre as junções dos fios; haverá uma diferença de potencial
entre o fio de ferro ou de cobre e o de constantan e, como este metal é negativo em relação aos
outros dois, o circuito será percorrido por uma corrente que circulará do ferro ou do cobre para o
constantan. O potencial gerado pelo "termocouple" é aplicado ao indicador que tem seu
33
Neste caso a junção quente recebe uma variação acima de 0ºC e a junção fria não sofre
variação de temperatura.
Assim podemos afirmar que não tem sinal gerado na junção fria, temos apenas o da
junção quente.
2.1.3.2.1 Amplificador
Os fios dos pares térmicos são conduzidos das sondas para o amplificador.
O circuito de compensação é a etapa de entrada do amplificador, a compensação da
junção fria é executada por resistências e termistores de coefiente negativo de temperatura.
Se a temperatura ambiente ou externa estiver abaixo de 0ºC, o termistor aumenta a sua
resistência, diminuindo a corrente fornecida pela fonte na mesma proporção do aumento da
junção fria, cancelando-se, resultando apenas o sinal gerado na junção quente.
Agora se a temperatura ambiente estiver acima de 0ºC, o termistor diminui a sua
resistência, aumentando a corrente fornecida pela fonte na mesma proporção da diminuição da
junção fria, cancelando-se, resultando também apenas o sinal gerado na junção quente.
A junção quente fornece tensão em corrente contínua que deve ser transformada em
correte alternada para ser aplicada ao servomotor do indicador. Para a transformar a corrente
contínua em alternada é incorporado ao sistema um circuito pulsador com esta finalidade.
2.1.3.2.2 Indicador
O indicador contém dois receptores síncronos.
Um sincro-receptor aciona o ponteiro do mostrador principal, e o outro, o ponteiro do
submostrador. O mostrador principal é calibrado para indicar em centenas de graus celsus e o
submostrador indica em incrementos de dez graus celsus, para fornecer precisão de leitura. O
ponteiro do submostrador dará um volta completa para o mostrador principal indicar cem graus.
O indicador é normalmente calibrado para a leitura de 0 a 1200 graus celsus.
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2.2 Taquímetros
Taquímetros são instrumentos usados nas aeronaves para medir a rotação dos eixos dos
motores, da hélice, das turbinas ou de algum componente do motor.
2.2 Taquímetro
O taquímetro de arrasto magnético é o mais utilizado em aeronaves.
2.3 Liquidômetros
São utilizados para medir a quantidade de combustível disponível nos tanques da
aeronave.
Indicador: contém 3 bobinas fixas, colocadas a 120° uma da outra. No centro destas
bobinas, existe um ímã permanente pivotado, onde é fixado um ponteiro. Deste modo, quando,
por exemplo, o trem de pouso mudar de posição, seu movimento fará variar a resistência elétrica
do circuito elétrico. Esta variação afetará o fluxo de corrente no circuito. Esta mudança de
corrente será mostrada no indicador através de um novo posicionamento do ímã pivotado, que
colocará o ponteiro numa nova indicação.
Figura 46 – Radiocompasso
O receptor tem a finalidade de sintonizar uma estação de destino, a qual poderá ser o
"NDB" (Sinais Não Direcionais) ou uma estação de radiodifusão. Os sinais das estações são
captados através da antena Loop e Sense, instalada no eixo longitudinal da aeronave (parte
superior ou inferior). Estes sinais, depois de devidamente tratados, são apresentados no RMI. O
áudio é retirado destes sinais, que foram captados pela antena Loop e Sense, e introduzido no
sistema de interfone do avião. Este sinal de áudio é apresentado nos fones ou alto-falantes da
cabine.
O seu mecanismo interno é "AUTOSYN". Compõem-se de um motor síncrono de CA
atuado pela antena Loop e outro motor síncrono no indicador no painel.
O piloto sintoniza no receptor a freqüência da localidade desejada. A antena Loop
orienta-se para esta direção, mudando a posição do motor síncrono. Ao mesmo tempo, o motor
síncrono do indicador moverá o ponteiro, indicando em graus a posição da estação transmissora.
2.7 Exercícios
31 - Nos liquidômetros do tipo bóia mecânica, a regulagem é efetuada com os tanques cheios e
vazios.
( ) certo ( ) errado
3 INSTRUMENTOS GIROSCÓPICOS
Este parágrafo tratará dos instrumentos giroscópicos, bem como a maneira de produzir a
rotação para o seu funcionamento.
Rigidez: é a tendência de um giroscópio em manter o seu eixo de rotação numa mesma direção
no espaço.
Precessão: é a tendência de um giroscópio em mudar a direção do seu eixo de rotação de 90°,
quando uma força atua sobre ele.
Os giros direcionais antigos são acionados por uma sucção de 3.75 a 4.25 polegadas de
Hg. Os giros direcionais modernos são acionados por 28 volts de CC ou 115 volts de CA com
400 Hertz.
O giro direcional utiliza o princípio giroscópico da rigidez. Os modelos antigos possuem
um botão de ajuste e travamento cuja finalidade é ajustar a leitura do cartão azimute no rumo
desejado e travar o conjunto giroscópico.
3.3 Exercícios
36 - Como ficará o ponteiro do indicador de subida e descida, quando a aeronave estiver em voo
plano?
_____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
38 - O que é altitude?
_____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
62 - Os sinais das estações são captados através da antena Loop e Sense instalada no eixo
longitudinal da aeronave.
( ) certo ( ) errado
4 INSTRUMENTOS DIGITAIS
A maioria das aeronaves equipadas com uma aviônica moderna possui um equipamento
único que integra as indicações dos parâmetros do motor. Na aeronave C-105 Amazonas esse
equipamento é conhecido como IEDS (Integrated Engine Display System – Sistema Integrado de
Apresentação de Dados do Motor) que mostra as indicações dos parâmetros do motor de acordo
com os sinais fornecidos dos diferentes sensores localizados no motor.
O IEDS nos fornece as seguintes informações:
INDICAÇÃO DE TORQUE
INDICAÇÃO DE TEMPERATURA - ITT °C
INDICAÇÃO DA NP
INDICAÇÃO DE NH
INDICAÇÃO DE NL
INDICAÇÃO DO SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
INDICAÇÃO DO SISTEMA DE COMBUSTÍVEL
Além de prover essas indicações o IEDS também possui o sistema de avisos “warning” e
“caution”, que informa a condição de todo o sistema. Alertando em caso de não funcionamento,
ou mesmo de uma possível avaria (pane) no sistema, semelhante ao painel múltiplo de alarmes.
O IEDS registra, também, para fins de manutenção, informações de excesso dos limites do
motor, como por exemplo: sobretemperatura, sobretorque, entre outros, na página de
manutenção.
55
Figura
57 – Indicação de torque (sensor 2)
A velocidade de rotação da hélice é medida por um sensor conhecido como “pick up”
localizado na parte superior da caixa de redução (RGB – Reducion Gear Box). Os pulsos
elétricos são gerados quando os dentes da engrenagem passam pelo campo magnético do sensor.
O sinal é enviado ao IEDS que o converte para a indicação de NP.
59
Figura 59 – Indicação de NP
Como vimos anteriormente, o sinal de NP que vai para o EEC é obtido do sensor de
torque n° 2, já o sinal para o EPC (Computador da Hélice) é obtido pelo sensor em questão.
d) SISTEMA DE INDICAÇÃO DE NH
Figura 61 – Indicação de NH
a) SISTEMA DE INDICAÇÃO DE NL
A velocidade de giro da turbina de baixa pressão, NL, é obtida por meio de um sensor,
com funcionamento semelhante ao sensor de NH, que está localizado no lado direito do motor. A
informação é captada e em seguida enviada ao IEDS.
61
Figura 62 – Indicação de NL
Figura 72 – EFIS
O EFIS mostra todos os dados necessários para o piloto e copiloto mediante quatro telas,
duas para o piloto e duas para o copiloto. Os dados de atitude são mostrados na tela primária de
voo (PFD) e os dados de navegação são mostrados na tela de navegação (ND). O Controle dos
modos de operação do sistema se realiza através dos painéis de controle do EFIS (EFCP) e de
índices (ICP). No caso de uma falha no sistema integrado de aviônica a aeronave possui um
instrumento integrado eletrônico de reserva, que é independente, conhecido como IESI que
apresenta os parâmetros críticos para o voo.
Legenda:
ND - Navigation Display
ICP - Index Control Panel
EFCP - EFIS Control Panel
PFD - Primary Flight Display
IOP - Input / Output Processor
EFIS – Eletronic Flight Instrument Sistem
IESI - Integrated Electronic Stand-by Instrument
A HRU é uma unidade do sistema (AHRS) é feita de três giroscópios de fibra ótica e três
acelerômetros
Legenda:
a) INDICAÇÃO DE VELOCIDADE
Fornecida pelo núcleo de aviônica a partir sistema de dados do ar (ADS - Air Data
System).
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b) INDICAÇÃO DE ALTITUDE
Fornecida pelo núcleo de aviônica a partir sistema de dados do ar (ADS).
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A IVSI (Velocidade Vertical Inercial) é obtida através dos sistemas ADS e AHRS
(Attitude and Heading Reference System) que estão inseridos no núcleo de aviônica. Esse
sistema possui também interface com o sistema TCAS (Traffic Alert and Collision Avoidance
Systems):
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e) INDICAÇÕES DE FALHA
Quando qualquer indicação do PFD não é válida aparece o correspondente aviso de falha.
Na figura seguinte temos um exemplo das diversas falhas possíveis:
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a) MODO ROSE
Permite a visualização com escala a 360°. Mostram ainda os demais dados habituais do
ND:
Permite a visualização com escala de 120°. Mostrando ainda os demais dados habituais
do ND:
d) INDICAÇÕES DE FALHA
A seleção desses diferentes modos na tela de navegação é realizada por meio do Painel de
Controle do EFIS (EFCP), esse painel também controla ajustes de brilho do ND e PFD, ativação
do TCAS e escalas de alcance do radar meteorológico:
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Figura 90 - IESI
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CONCLUSÃO
Referencias
ANEXO A - Auto-avaliação
ANEXO B - Gabarito
33 - Certo.
34 - 1(d); 2(a); 3(b) e 4(c)
35 - Diafragma.
36 - Permanecerá em zero.
37 - Diafragma.
38 - É a elevação do avião, levando em consideração o nível do mar.
39 - Certo
40 - Errado
41 - Errado
42 - 1(c); 2(a); 3(b) e 4(d)
43 - Três eixos de liberdade.
44 - Rigidez e precessão.
45 - Rigidez.
46 - Errado.
47 - Errado.
48 - Errado.
49 - 1(c); 2(b); 3(a) e 4(d)
50 - Trabalha com corrente contínua.
51 - O sistema Selsyn indica, exclusivamente, posições de peças móveis.
52 - Podemos ter no sistema Autosyn, um diafragma, aneróide ou tubo de Bourdon.
53 - Certo
54 - Certo
55 - Errado
56 - Errado
57 - De 5 em 5 graus.
58 - É a diferença angular entre o norte verdadeiro e o norte magnético.
59 - É a diferença angular entre o eixo da bússola e o limbo.
60 - 0º a 360º.
61 - errado
62 - certo
63 - certo
64 - 1(b); 2(a); 3(c) e 4(d)
65 - certo
82
66 - errado
67 - certo
68 – errado
69 - certo
70 - certo
71- a
72 – 1(d); 2(c); 3(b); 4(a); 5(e) e 6(f)