You are on page 1of 22

As Massas de Ar…

…e os Sistemas Frontais
Massas de ar
Porção da atmosfera horizontalmente homogénea, no
que respeita à T.ª, à humidade e à densidade.

 A área de origem (onde se formam) permite


designar massas de ar:
 Equatoriais
 Tropicais
 Polares
Massas de ar
 De acordo com a humidade as massas podem
classificar-se como:
– Massa de ar marítima – formada no oceano
– Massa de ar continental – formada no continente

 De acordo com a T.ª, podem ser:


– Massa de ar quente – vinda do equador
– Massa de ar frio – vinda dos pólos

 Nota: As características de uma massa de ar não são


constantes, acabando por se modificarem ao
afastarem-se das regiões de origem.
Massas de ar

 Da conjunção da humidade e da temperatura


resultam 4 tipos de massas de ar que afectam
a Europa:
 Tropical marítimo (TM) originam-se nas altas
pressões subtropicais
 Tropical continental (TC)
originam-se nas altas pressões
 Polar marítimo (PM) polares (H.N.). No Verão estão
mais deslocadas para Norte e
 Polar continental (PC) no Inverno chegam a atingir as
regiões subtropicais
•Provém, no
Inverno, do interior
dos continentes das
médias e das altas
latitudes
•É muito frio e seco
•Provém das regiões
oceânicas das altas
latitudes ou pode
resultar do ar
continental que tem
um longo trajecto
marítimo
•É menos frio que o ar
polar continental e
relativamente húmido

•Provém das regiões •É proveniente das


tropicais oceânicas regiões tropicais, do
•É muito quente e interior dos
muito húmido continentes
•É muito quente e
seco
Superfícies frontais e frentes – Noções
gerais

 Frente – é a linha de intersecção


da superfície frontal com a
superfície da Terra.

 Superfície frontal – é uma


superfície de descontinuidade
entre duas massas de ar de
natureza física (T.ª, humidade e
densidade) e dinâmica (sentido de
deslocação) diferentes.
 Como o ar frio é mais pesado, tem
tendência a meter-se em cunha
por debaixo do ar quente mais
leve.

 Superfície frontal polar – é uma


superfície de contacto (que separa) Esquema de uma superfície frontal
entre o ar quente tropical e o ar frio
polar.
Tipos de frentes e tipos de nuvens
associadas
 As frentes (e as superfícies
frontais) podem ser quentes e frias.
– Frente quente - frente ao longo da
qual o ar quente substitui o ar frio.
– Frente fria - frente ao longo da qual
o ar frio substitui o ar quente.
Formação e evolução da frente polar

 A superfície frontal polar encontra-se nos dois


hemisférios, fazendo-se se sentir nas latitudes
médias, afectando o clima português.

 No H.N. a massa de ar frio polar desloca-se para sul


e a massa de ar quente tropical para norte. Deste
deslocamento surge o confronto entre duas massas
de ar completamente diferentes, o que constitui
como que uma “frente de batalha”, onde disputam
o ar frio polar e ao quente tropical.
Formação e evolução da frente polar

 Sistema frontal – é a associação de duas ou


mais frentes
 1.º - A frente não apresenta
ondulações, dizendo-se
estacionária
– O ar polar desloca-se de
Este para Oeste
– O ar tropical desloca-se de
Oeste para Este
 2.º - a interpenetração destas
massas de ar vai sendo mais
acentuada, formando uma
superfície frontal cada vez
mais ondulada.
Formação e evolução da frente polar (cont.)

 3.º - A frente polar


tornou-se muito
ondulada evoluindo
para um sistema
frontal, com as suas
frentes quentes e frias,
permitindo individua-
lizar os respectivos
sectores de ar quente e
de ar frio
Perturbação frontal– é a conjugação de
duas frentes contíguas (1 fria e 1 quente) associadas
a uma baixa pressão, no interior da qual o ar circula.

 Quando a frente polar evolui


para uma perturbação
frontal é possível
individualizar 3 sectores:

 Estes sectores são separados


pela:
– Frente quente, entre o ar
quente tropical e o ar frio
polar anterior
– Frente fria, entre o ar frio
posterior e o ar quente
tropical
Perturbação frontal em plano
horizontal (em cima) e vertical (em baixo)
Perturbação frontal (cont.)

 Nota: as perturbações frontais da frente polar


deslocam-se sempre de Oeste para Leste, ou por
vezes, de Sudoeste para Nordeste, uma vez que são
transportadas pelos ventos de Oeste

 A frente polar acompanha o movimento aparente do


sol. No Inverno é mais nítida e vigorosa. No Verão, é
menos activa e acantona-se mais para norte, nas
regiões de elevadas latitudes.
Estados de tempo associados à
passagem de um sistema frontal

 A passagem de um sistema frontal (ou de uma


perturbação frontal) origina, nos diversos sectores,
uma sucessão de estados de tempo.
1. Aproximação da frente
quente/superfície frontal quente

 O lugar A está a ser afectado por ar frio polar e por uma superfície
frontal quente (em altitude), que se vai aproximando.

 Aumenta nebulosidade, com formação de nuvens altas e finas


 Aumenta a humidade
 Aumenta a precipitação, sob a forma de chuviscos
 A T.ª mantém-se relativamente constante ou aumenta gradualmente
2. Influência da frente
quente/superfície frontal quente

 O ar quente por ser mais leve, eleva-se e desloca-se por cima do ar frio, que
lhe serve de rampa.
 Ao subir, ocorre o processo adiabático, originando precipitação frontal.
 Céu muito nublado. As nuvens são de fraco desenvolvimento vertical (pouco
espessas) devido ao fraco declive da superfície frontal.
 Chuvas de longa duração e mais ou menos contínuas (chuviscos)
 Progressivo aumento da T.ª
 Vento fraco
3. Sobre a influência de ar quente
tropical

 Há uma melhoria do estado do tempo:


 Céu limpo ou pouco nublado
 Curtos períodos de chuva, alternando com boas abertas
 T.ª elevada
 Vento fraco
4. Aproximação e passagem da frente
fria/superfície frontal fria
 Com a aproximação da frente fria surge novo período turbulento, pois o ar frio
avança em cunha por debaixo do ar quente, obrigando-o a elevar-se e
originando o processo adiabático.

 Céu muito nublado. As nuvens são de grande desenvolvimento vertical (muito


espessas) devido ao grande declive da superfície frontal
 Chuvas de curta duração, grossas (aguaceiros) e muito intensas,
acompanhadas de fortes trovoadas
 Diminuição da T.ª
 Aumento da velocidade e intensidade do vento
5. Após a passagem da superfície
frontal fria

 Baixas temperaturas
 Aguaceiros dispersos
 Pouco tempo depois da passagem da frente fria, se outra perturbação
frontal não lhe seguir, o tempo vai melhorar progressivamente até ao
desaparecimento total da nebulosidade: o céu tende a ficar limpo ou
pouco nublado.
 Nota: O período de vida de um sistema frontal é curto (2/3 dias, no
máx. 1 semana)
5. Evolução de uma perturbação
frontal – os diferentes estados de
tempo - resumo
Oclusão de um sistema frontal
 O período de vida de um sistema frontal
é curto (2/3 dias, no máx. 1 semana)
 1.º - A superfície frontal fria/frente fria
deslocam-se mais rapidamente que a
quente.
 2.º - O sector do ar quente vai sofrendo
um progressivo estrangulamento,
reduzindo cada vez mais a distância
que separa as duas frentes.
 3.º - A frente fria atinge a frente quente,
havendo uma junção do ar frio posterior
e anterior, levando à ascensão forçada
de todo o ar quente.

 Ocorre a oclusão, dando origem à


superfície frontal oclusa/frente oclusa.

 Desaparece, assim, o sistema frontal.


Oclusão de um sistema frontal

You might also like