You are on page 1of 18

BANCO DE QUESTÕES

Disciplina: Língua Portuguesa


Série: 3ª/4º ano
Segmento: Ensino Fundamental
Semestre: 2º/2009
Elaborador(a): Cecília Auler Valadares Ribeiro

Caro professor,

Nosso grande desafio é trabalhar com os nossos alunos para que eles sejam capazes de ler, escrever e se
expressar de maneira competente na língua portuguesa. Espero que as questões propostas possam ser
ferramentas úteis ao seu trabalho.

Um abraço,
Cecília

CONTEÚDOS QUESTÕES
Interpretação de texto 1, 2, 3, 4, 6, 9, 10, 11, 12

Produção de texto 5
Texto 1
Gramática/ortografia 13

Vocabulário 7, 8

Interpretação de texto 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21

Texto 2 Produção de texto 22

Gramática/ortografia 23

Interpretação de texto 24, 25, 26, 27, 28, 29


Texto 3
Gramática/ortografia 30

Interpretação de texto 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38

Texto 4 Produção de texto 40

Gramática/ortografia 39

1
TEXTO 1
NO TEMPO EM QUE A TELEVISÃO MANDAVA NO CARLINHOS...

A gente tem uma turma bem engraçada. Tem o Catapimba, que joga futebol muito bem; tem o Beto,
que sabe tudo o que acontece no bairro; tem o Batata, que é o zagueiro do time da outra rua.
Com o Batata aconteceu uma coisa engraçada. Pelo apelido dele você já pode imaginar como ele era
gorducho. Mas também ele vivia comendo o dia inteiro. Tudo o que via anunciado pela televisão ele queria:
queijinho que vale por um bifinho, achocolatado da Miúcha, macarrão da Patrícia, milquecheique do Bubu,
pipoca do gatinho, biscoito do Xuxu, Coca-bola e tudo! Acho que nem sabia se era gostoso ou se era uma
porcaria. Era só mania de ir atrás do que a televisão dizia.
Com isso, ele foi engordando, engordando... Ficou uma bola.
Dona Mariquinhas, que é a mãe dele, vivia querendo que ele comesse verduras, legumes e frutas. Mas
se tinha na mesa tomate e linguiça, o que é que você acha que ele comia?
Por causa disso o Carlinhos já ganhou um montão de apelidos: Bola, Bolinha, Bolão, Bolacha, Gordo, e
como eu já disse, Batata.
De uns tempos pra cá, ele começou a não gostar dos apelidos. Ele dizia:
- Meu nome é Carlos, não Batata. Se quiser me chamar de Carlão, tudo bem! Mas Bolacha, não!
Mas sabe como é! Quanto mais a gente reclama, mais as pessoas chateiam, né?
Então ele resolveu fazer regime, sem falar com ninguém.
Assim como ele comia tudo o que a televisão mostrava, resolveu fazer também o regime que a
televisão mandava.
O Batata viu um anúncio de uma tal de Gororoba Dois Mil, o melhor regime do Brasil! E no anúncio
tinha uma porção de moças de biquíni que diziam que tinham emagrecido 200 quilos tomando a tal porcaria! E
era tudo importado dos Estados Unidos. Para mim, aquilo vinha da Transilvânia, que é a terra dos vampiros...
Mas o Batata não teve dúvidas: encomendou pelo telefone. Por que será que tem tanta porcaria que a
gente pode encomendar por telefone?
Era caríssimo, mas o Bat... quer dizer, o Carlão, pegou todas as economias dele e mandou pelo correio.
Recebeu uma caixa cheia de envelopes, que era pra tomar dois por dia: um no almoço e outro no jantar,
misturando com água.
Pois o Batata, que vivia comendo o dia inteiro, passou a tomar a Gororoba duas vezes por dia. Tinha
sabor de chocolate, sabor morango, sabor baunilha e sei lá mais o quê.
Ele começou a derreter! E estava bem contente!
Mas com o tempo passou a ficar cansado, sem vontade de nada, tinha sono o dia inteiro!
E começou a ter dor de cabeça, enjoo, dor de barriga. Foi só aí que os pais dele descobriram o tal
regime!
Dona Mariquinhas e o doutor Mesquita chamaram o médico, que era o médico do Bat... do Carlão há
muito tempo. O médico ficou furioso:
- Como é que as autoridades permitem essa propaganda mentirosa?
O médico passou um regime pro Carlinhos de bife, frango, peixe, verduras, legumes e frutas e só um
pouco de pão e macarrão e só um pouquinho de manteiga. E disse que ele não tinha nada que comer entre as
refeições.
Os pais dele começaram a chatear:
- Viu, meu filho? Eu sempre disse!
- Está vendo? A gente o tempo todo dá conselhos, mas as crianças não atendem!
- Criança é assim mesmo, não tem juízo!
Mas aí que todo mundo teve a maior surpresa:
- Esperem um pouco – o médico disse. – Criança não tem juízo, mas adulto também não tem! Como é
que vocês querem que a criança coma alface enquanto os outros comem feijoada? Que coma frutas enquanto
os outros comem pudim? Por isso, doutor Mesquita e dona Mariquinhas, esse regime que eu passei para o
Carlinhos é para toda a família. O doutor Mesquita está com uma barriga redondinha, dona Mariquinhas está
toda cheinha; é bom que todo mundo entre no regime. E nada mais de seguir conselho dos anúncios da
televisão.
É bom ver televisão
Mas é preciso lembrar
Todo mundo tem cabeça
Que serve para pensar!
(Fonte: ROCHA, Ruth. No tempo em que a televisão mandava no Carlinhos... São Paulo, FTD, 2000.)

2
QUESTÃO 01 (Descritor: identificar o tema central em cada parte do texto.)

Assunto: Interpretação

Numere os parágrafos do texto.


O texto pode ser dividido em três partes.
Primeira parte: do primeiro ao oitavo parágrafo.
Segunda parte: do nono ao décimo sétimo parágrafo.
Terceira parte: do décimo oitavo parágrafo até o final do texto.

Crie subtítulos para cada uma dessas partes, observando o que aconteceu de mais importante em cada uma
delas.

QUESTÃO 02 (Descritor: analisar afirmativas a partir das informações implícitas e explícitas do texto.)

Assunto: Interpretação

Marque as alternativas verdadeiras sobre o Batata:

a) Levava a sério todos os conselhos dos seus pais.


b) Jogava futebol e fazia parte de um time.
c) Sabia tudo o que acontecia no bairro.
d) De todos os apelidos que tinha, o único que gostava era Batata.

QUESTÃO 03 (Descritor: localizar informações explícitas no texto.)

Assunto: Interpretação

Batata vivia comendo o dia inteiro. Com isso, ele foi engordando, engordando... Ficou uma bola.

Preencha o esquema com as informações do texto.

Primeira atitude que ele tomou para resolver o


Situação que incomodava o Carlinhos:
problema:

Solução encontrada por Carlinhos para acabar com o problema:

3
QUESTÃO 04 (Descritor: analisar afirmativas a partir das informações implícitas e explícitas no texto.)

Assunto: Interpretação

“Mas sabe como é! Quanto mais a gente reclama, mais as pessoas chateiam, né?”

O que o narrador quis dizer com essa afirmativa?

a) As pessoas não gostam quando reclamamos dos apelidos que elas nos põem.
b) Reclamar é a única forma de acabar com os apelidos que não agradam.
c) Reclamando mais, a chateação diminui.
d) Não adianta reclamar dos apelidos desagradáveis.

QUESTÃO 05 (Descritor: produzir textos coerentes e coesos.)

Assunto: Produção de texto

Muitas crianças sofrem por causa de apelidos que não gostam e nem sempre sabem como acabar com o
problema. Pensando em ajudar essas crianças, escreva um pequeno texto com conselhos e dicas sobre essa
situação.

QUESTÃO 06 (Descritor: localizar informações explícitas no texto e produzir outro texto a partir delas.)

Assunto: Interpretação

“Assim como ele comia tudo o que a televisão mostrava, resolveu fazer também o regime que a televisão
mandava.”

Crie um cartaz de propaganda para o regime anunciado na televisão usando apenas as informações dadas no
texto. No seu cartaz, você deve colocar: o nome do produto anunciado, a frase de efeito, a imagem usada
para convencer o consumidor, local de origem do produto, como fazer o regime e quais os sabores
disponíveis.

QUESTÃO 07 (Descritor: explicar o significado de uma expressão, consultando o contexto em que ela foi usada.)

Assunto: Vocabulário

Ao se referir ao regime da televisão feito pelo Batata, o narrador diz: “Para mim, aquilo vinha da Transilvânia,
que é a terra dos vampiros...”

Explique o que ele quis dizer ao fazer essa afirmativa.

QUESTÃO 08 (Descritor: explicar o significado de uma expressão, consultando o contexto em que ela foi usada.)

Assunto: Vocabulário

Explique a expressão destacada, de acordo com o texto:

“Ele começou a derreter! E estava bem contente!”

4
QUESTÃO 9 (Descritor: fazer inferências a partir de informações explícitas do texto.)

Assunto: Interpretação

Propaganda enganosa é a que contém informação falsa, podendo levar o consumidor a comprar um produto
ou serviço diferente do que ele queria ou pensava que era. É proibida pela lei.

O médico ficou furioso:


- Como é que as autoridades permitem essa propaganda mentirosa?

Explique por que o médico considerou que a propaganda do regime era enganosa ou mentirosa.

QUESTÃO 10 (Descritor: extrapolar idéias do texto a partir de informações do próprio texto.)

Assunto: Interpretação

“A gente o tempo todo dá conselhos, mas as crianças não atendem!”

a) Que conselhos o Carlinhos não havia seguido?

b) Dê dois exemplos diferentes de conselhos que os pais costumam dar aos filhos.

c) Você segue os conselhos que seus pais lhe dão? Por quê?

d) Escreva um conselho que seus pais já lhe deram e o que você fez com ele.

QUESTÃO 11 (Descritor: analisar afirmativas a partir das informações implícitas e explícitas do texto.)

Assunto: Interpretação

Os pais dele começaram a chatear... Mas aí que todo mundo teve a maior surpresa...

Que surpresa foi essa?

a) O médico concordou com tudo que os pais de Carlinhos disseram.


b) No regime, Carlinhos poderia comer sobremesa se comesse as verduras primeiro.
c) Toda a família teria que fazer o regime.
d) Carlinhos estava proibido de assistir programas na televisão.

QUESTÃO 12 (Descritor: identificar a mensagem implícita em um trecho do texto.)

Assunto: Interpretação

É bom ver televisão


Mas é preciso lembrar
Todo mundo tem cabeça
Que serve para pensar!

Explique a mensagem desses versos.

QUESTÃO 13 (Descritor: diferenciar os artigos definidos e indefinidos quanto ao sentido que produzem no texto.)

Assunto: Artigo definido e artigo indefinido

Carlinhos resolveu fazer também o regime que a televisão mandava.

Se trocarmos “o regime” por “um regime” muda o sentido da frase? Explique.


5
TEXTO 2
UMA MENINA, UM MENINO
PAPEL DE CARTA, PAPEL DE EMBRULHO

PARTE 1: O MENINO

Era uma vez um menino que tinha duas irmãs. Elas dormiam num quarto e ele, noutro. Essas crianças
ficavam muito em casa e quase não tinham amigos. Só na escola. Então, as meninas se trancavam no quarto
delas para brincar de casinha. Uma era a mãe e a outra, a filha.
De vez em quando, elas convidavam o irmão para ser o filho ou o marido. Mas ele não gostava muito.
As irmãs, que eram mais velhas do que ele, obrigavam o marido ou o filho de mentira a comer umas
comidinhas horríveis, que preparavam de verdade com coisas que é melhor você nem saber o que eram, para
não ficar com nojo. E só as meninas mandavam nas brincadeiras. Quando ele dava uma idéia do tipo “Tá bom
que eu aí chegava e o marido jogava cartas com a esposa e a filha?”, elas não gostavam. Uma olhava para a
outra e faziam caretas. Ou tinham daqueles ataques de riso sem fim que só as meninas têm.
Então, o menino passava mais tempo no seu quarto, sozinho. E inventava brincadeiras para ele e... ele
mesmo. O menino fazia cabaninha com a colcha da cama. Construía cidades com todos os seus brinquedos
misturados. Fazia um monte de barquinhos de papel que cruzavam os mares do chão do quarto. E criava um
tantão de coisas.
Mas aí, num Natal desses, o menino inventou uma brincadeira nova. Ele embrulhou uma porção de
presentes em volta da cama. Apagou a luz. Fingiu que dormiu um pouco. Aí, ele já tinha acordado. Acendeu a
luz, porque já era de manhã. E... uau! Quantos presentes o Papai Noel tinha deixado para ele! Fazia tempo
que não acreditava mais no bom velhinho, mas nesta brincadeira, ele fingia que sim.
Aí, ele embrulhou tudo de novo. Desembrulhou. E embrulhou e desembrulhou. Vivia juntando papel de
embrulho. De revista. Das compras da mãe dele. Caixas de todos os tamanhos. Fitas e barbantes. Enfeites.
Ele só pensava nisso.

PARTE 2: A MENINA

A segunda parte desta história é uma menina que não tinha irmãos. Nem na escola fazia amigos direito.
É que ela não gostava muito de falar. De ouvir os outros, até que gostava. Mas falar, não. Então, as outras
pessoas eram amigas dela. Mas ela mesma era meio sozinha. Meio completamente sozinha. Mas, todos os
dias, essa menina recebia muitas cartas. Que ela mesma escrevia.
No começo, ela escrevia todas as cartas e as colocava em envelopes, que ela própria entregava. Para
ela mesma. Depois, a menina começou a usar um truque. Preparava as cartas, com envelopes de outras
cartas, recebidas pelos pais, já com selos carimbados e tudo o mais e as colocava na caixa de
correspondência que tinha na entrada do prédio onde morava. Esperava um pouco e ia buscar. Então,
começou a deixá-las um dia inteiro lá. O porteiro as entregava junto com tudo o que chegava pelo correio para
o endereço dela.
Aí, a menina começou a responder as cartas que ela mesma escrevia. Inventou vários personagens
que se correspondiam com ela. Cada um tinha uma letra diferente. Um nome diferente. Morava numa cidade
diferente. Contava coisas diferentes, sobre assuntos diferentes. Era a Charlotte da Pensilvânia, o doutor Max
Wanderlanda da Prússia, o professor Watsuta da Rodésia do Sul e as irmãs Dominique, Martinique e
Frederique, que viajavam por toda a Oceania, acompanhando um circo mágico.
Então, um dia a menina escrevia como se fosse a Charlotte. Em outro, como o professor Watsuta e
assim por diante. Depois, respondia a todos para que as cartas continuassem chegando. Cada vez mais
personagens escreviam, esperando resposta. E ela passava os dias escrevendo. E lendo. E escrevendo.

PARTE 3: A JANELA

Um dia, a menina ficou com a mão doendo de tanto escrever e foi até a janela para olhar um pouco. Taí
uma coisa que ela gostava de fazer, além de escrever: olhar. Olhar para a rua, lá embaixo. Para os carros que
passavam. Para os passarinhos que voavam de árvore em árvore. Às vezes, passava um avião...
Nas janelas dos prédios em volta, sempre acontecia alguma coisa. Tinha gente cozinhando. Vendo
televisão. Passando de uma janela para outra. Escrevendo... Olhando... Embrulhando e desembrulhando
pacotes... Embrulhando e desembrulhando pacotes...
O tempo passou e a menina percebeu que tinha ficado a tarde inteira olhando só para uma certa janela
e para um certo menino, que embrulhou um monte de pacotes – ela até chegou a pensar que ele iria a muitas
festas de aniversário aquela semana – e depois os desembrulhou! Como se fosse Natal!

QUESTÃO 14 (Descritor: estabelecer uma comparação entre as personagens do texto.)


6
Assunto: Interpretação

Nessa história, há duas personagens principais. Escreva duas semelhanças e duas diferenças entre essas
personagens.

QUESTÃO 15 (Descritor: analisar afirmativas a partir das informações implícitas e explícitas do texto.)

Assunto: Interpretação

O menino tinha duas irmãs, mas não gostava de brincar com elas. Por que ele preferia brincar sozinho?
Marque as alternativas corretas.

a) O menino era obrigado a ser a mãe ou a filha e ele não queria fingir que era mulher.
b) O menino não gostava de brincar de casinha.
c) As meninas não aceitavam as ideias que ele dava.
d) As irmãs choravam à toa.

QUESTÃO 16 (Descritor: localizar informações explícitas no texto.)

Assunto: Interpretação

O menino inventou uma brincadeira nova no Natal.

a) Antes de inventar uma nova brincadeira, como o menino se divertia? Dê três exemplos.

b) Como o menino conseguia o material necessário para a brincadeira nova que ele criou no Natal?

QUESTÃO 17 (Descritor: localizar informações explícitas no texto.)

Assunto: Interpretação

A menina brincava de escrever cartas.

a) Por que a menina passava os dias escrevendo e lendo cartas?

b) O que ela fazia para que as cartas parecessem ter sido realmente escritas e enviadas por outras pessoas?
Cite duas ações da menina.

c) Além de escrever cartas, o que mais a menina gostava de fazer?

7
PARTE 4: A PRIMEIRA CARTA COM ENDEREÇO

A menina teve uma ideia. Ela contou quantas janelas tinha abaixo da janela do menino e descobriu o
andar em que ele morava. Desceu para ver o número do prédio. Como este ficava bem atrás do dela, foi fácil
descobrir o nome da rua dele. Ela anotou direitinho o nome que estava na placa. Em seguida, escreveu uma
carta para ele. Colocou o endereço e... e... é isso aí: como ela não sabia o nome dele, escreveu “Menino”
mesmo. Ela desceu mais uma vez e deixou o envelope na portaria do prédio dele, fingindo que era o carteiro.
Na carta estava escrito:

Querido menino,

Escrevo esta carta para contar que sempre vejo você brincando de Natal.
Gostei muito da brincadeira. Parabéns! Legal!
Menina do outro lado do quintal

Eu sei que prédio não tem quintal e que ela sabia o nome dela, mas foi ela que escreveu a carta, não
eu. Então é isso aí. Ela escreveu que era a menina do outro lado do quintal porque, entre a janela dela e a
dele, tinha um playground. Ela não colocou o nome dela porque não quis. Pronto.

PARTE 5: DUAS JANELAS

A quinta parte começa com a menina olhando de novo pela janela. Esperando o menino receber a
carta. Ela aguardou muito, porque demorou para isso acontecer. O porteiro do prédio do menino só foi achar a
carta à tarde, junto com muitas outras. Levou um tempão para separar as que iam para um apartamento, para
outro, o outro, o outro... aí, ele foi tomar um lanche. Conversar com o porteiro do prédio ao lado. Ao banheiro.
À garagem, para ajudar uma moradora que não conseguia fazer o carro pegar. E, enfim, já era quase de noite,
o porteiro entregou a carta da menina para o menino.
Era a primeira carta que ele recebia na vida e o menino ficou meio assustado. Mas leu. Foi até a janela
do seu quarto para tentar descobriu quem a tinha mandado.
E descobriu, porque ela ainda estava lá na janela dela. Eles ficaram assim um tempão: um olhando
para o outro e o outro olhando para o um. O menino pensou em dar um tchau para a menina, mas ficou com
vergonha. E não iria adiantar mesmo, porque a menina ficaria com vergonha de responder.
Como eu já disse, eles ficaram um tempão assim se olhando. Aí chegou a hora de tomar banho, de
jantar e de dormir. Aqui termina a quinta parte da história, que era para ser curta se o porteiro não tivesse
levado tanto tempo para entregar a carta.

(Fonte: SOUZA, Flavio. Um menino, uma menina, papel de carta, papel de embrulho. São Paulo, editora Scipione, 2003. Adaptação)

QUESTÃO 18 (Descritor: localizar informações explícitas do texto e fazer inferências a partir delas.)

Assunto: Interpretação

A menina resolveu escrever para o menino.

a) O que a menina precisou fazer para descobrir o endereço do menino?

b) Em que essa carta era diferente das outras que ela já tinha escrito?

c) Como o menino reagiu ao receber a carta? Por que ele reagiu dessa forma?

QUESTÃO 19 (Descritor: analisar afirmativas a partir das informações implícitas e explícitas do texto.)
8
Assunto: Interpretação

Marque as afirmativas verdadeiras:

a) A menina tinha muitas amigas na escola.


b) O menino recebeu a carta da menina no dia seguinte em que ela a enviou.
c) As duas crianças moravam na mesma rua.
d) A menina não quis contar o seu nome na carta.

QUESTÃO 20 (Descritor: extrapolar idéias do texto a partir de informações do próprio texto.)

Assunto: Interpretação

Depois que os dois personagens se conheceram, o que poderia ter mudado neles ou na vida deles? Dê dois
exemplos.

QUESTÃO 21 (Descritor: estabelecer uma relação entre o texto e a realidade.)

Assunto: Interpretação

Em que a vida dessas personagens pode se parecer com a vida de crianças reais atualmente? Cite uma
semelhança.

QUESTÃO 22 (Descritor: produzir textos coerentes e coesos.)

Assunto: Produção de texto

Observe bem algumas ilustrações que aparecem em outras partes do livro.

Escreva uma continuação e um final para essa história, em que apareçam as situações mostradas nas
ilustrações e outras que você quiser inventar.

QUESTÃO 23 (Descritor: identificar a quem se referem os pronomes pessoais.)

Assunto: Gramática

Ela aguardou muito, porque demorou para isso acontecer.


Eles ficaram assim um tempão: um olhando para o outro e o outro olhando para o um.
...aí, ele foi tomar um lanche.

a) A quem as palavras destacadas se referem?

b) A que classe de palavras pertencem as palavras destacadas?

9
TEXTO 3

São Paulo, sábado, 15 de setembro de 2007

UM NOVO COMEÇO
Depois de uma longa viagem, crianças refugiadas têm que aprender uma outra língua e
conquistar novos amigos

PAULA LAGO
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando você ouve falar na Guerra do Iraque, já deve ter se perguntado: e o que acontece com as
crianças? Em situações de conflito, seja com um outro país, seja entre os próprios moradores ou contra o
governo, por exemplo, a vida de muitas crianças fica em risco. Aí a solução é uma só: sair dali o mais rápido
possível.
Só que essa viagem não é como sair de férias. É definitiva, e depende que outro país aceite receber
essas famílias - os refugiados. Para conseguir refúgio (proteção), eles têm de provar, com suas histórias, que
foram forçados a deixar seu país porque se sentiam ameaçados. E precisam contar, também, os motivos: é
por causa da religião? Por que pensam de forma diferente de políticos? Por que seu país está em guerra?
Hoje, o Brasil recebe muitas pessoas nessas condições, de 69 nacionalidades. Elas vinham mais de
países da África, mas neste ano o Conare (Comitê Nacional para os Refugiados) percebeu uma mudança:
muitos pedidos vêm de vizinhos como Colômbia, Peru e Cuba.

A Elizabeth, 5, nasceu em Cali, na Colômbia, e teve de fugir com seu pai para o Brasil. Ela trouxe
brinquedos, roupas, mas duas coisas bem importantes ficaram: a mãe e a irmã mais velha. "O Brasil é
caro", explica a garota, que também acha nosso país "grande demais, a viagem foi loooonga". Eles vieram
de ônibus, em janeiro, e foram atendidos em São Paulo pelo Centro de Refugiados da Cáritas, que faz parte
do Conare. Seu pai não tem emprego, mas dizem que a vida melhorou. Moram em albergue, e a menina já
quase não chora na aula de português. "Eu chorava muito, queria brincar com minha irmã", diz Elizabeth,
que espera a vinda da mãe e, então, vai "mostrar a cidade para ela".

O que aconteceu na Colômbia


Há ondas de violência há mais de 40 anos envolvendo guerrilheiros (grupos armados ilegais que
praticam seqüestros e tráfico de drogas), paramilitares (grupos criados para combater a guerrilha, que
também seqüestram e traficam drogas) e forças do governo.

Nor, 10, Tabarak, 8, e Hussein, 5, nasceram em Bagdá, no Iraque, e perderam a mãe na guerra no
fim do ano passado. O pai das crianças, então, veio para São Paulo.
Eles não tiveram muito tempo para preparar a viagem, pegaram apenas algumas peças de roupa. Os
brinquedos não puderam vir. E Hussein ainda chora por ter deixado sua bicicleta. Para Tabarak, o pior foi ter
ficado sem as bonecas.
Eles chegaram em maio e ainda não sabem português, mas já estão na escola. Nor diz que eles
estão gostando do Brasil, estão mais felizes porque podem brincar e não precisam ficar fechados dentro de
casa. E a melhor hora é a do almoço: eles aprenderam a comer feijão, e adoraram! Hussein lembra que
também gosta muito de batata e de chocolate - e, para não deixar dúvidas, fala em português mesmo,
porque isso o menino já aprendeu.

O que aconteceu no Iraque


Depois do ataque de 11 de setembro, em 2001, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush,
inicia uma guerra ao terrorismo, e o Iraque é um dos alvos. Segundo os EUA, o Iraque poderia entregar
armas de destruição em massa para terroristas. Com a ajuda da Inglaterra e da Espanha, os EUA atacam o
Iraque. Eles derrubam o governo de Saddam e começam a enviar tropas militares para a reconstrução do
país. Até hoje, há conflitos entre o povo iraquiano e as tropas.

10
Para Larissa Kouadio, 12, a escola é a principal diferença entre a Costa do Marfim, na África, onde
ela nasceu, e o Brasil, onde mora agora: "Lá há muitas regras, aqui não respeitam o professor", compara.
Ela fugiu da guerra com a mãe no ano passado, e sua irmã mais velha teve de ficar. O pai já estava
no Brasil. Ela se lembra do dia em que ela e seus amigos ficaram presos nas salas de aula por causa da
guerra. "Foi horrível. Todo mundo gritava."
Quando seus pais resolveram vir para o Brasil, ela ficou preocupada, porque ouvia falar da violência
daqui. "Era preconceito. Tem lugares bonitos. Mas as pessoas daqui também precisam de informação sobre
a África. Meus colegas acham que lá só tem miséria!"
Ela prefere o Brasil, "porque não tem guerra", mas a vida por aqui não está sendo fácil: "Ainda não
sei o que é ganhar presente, mas sei que as coisas vão melhorar, e eu vou ajudar meus pais", promete,
num português quase sem sotaque.

O que aconteceu na Costa do Marfim


Em 2002, começou uma guerra civil (conflito entre grupos do mesmo povo), depois que rebeldes
tentaram derrubar o governo com um golpe. Muitas pessoas morreram, e o país passa por um momento de
transição de poder.

"Lembro que tudo desabava." É a recordação que Marian Toteshashvili, 10, tem da Geórgia, país
do Cáucaso onde nasceu. Ela diz que se lembra da casa e tem saudade dos amigos, mas está bem
adaptada. "Ninguém da minha família falava português, minha mãe ficou desorientada, mas conseguimos
fazer amizade, e eles nos ajudaram", conta a garota, que mora no Rio desde 2000.
A língua foi um problema, mas não para ela: "Não foi muito difícil. Meus pais sofreram mais". Ela diz
que sabe que aqui é melhor para ela. "Se eu continuasse lá, não teria futuro. Aqui dá para fazer planos, só
quero voltar lá para visitar".
Do que ela mais gosta no Brasil? "De passear na Lagoa [Rodrigo de Freitas]" e de ir ao shopping.
Mas não gosto de comida brasileira", lembra rapidinho.

O que aconteceu na Geórgia


Entre 1995 e 2000 ocorreram inúmeros conflitos com as repúblicas da Ossétia do Sul e da Abkházia,
que queriam se separar da Geórgia e depois se tornaram subdivisões daquele país.

Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/dicas/inde150907.htm> Acesso em 01/04/2009

QUESTÃO 24 (Descritor: analisar afirmativas a partir das informações implícitas e explícitas do texto.)

Assunto: Interpretação

Marque as alternativas verdadeiras sobre as crianças refugiadas, de acordo com a reportagem:

a) Todo país é obrigado a receber os refugiados de guerra.


b) O Brasil recebe muitos refugiados de países variados.
c) Em situações de conflito, apenas as crianças ficam protegidas.
d) A maioria dos refugiados que o Brasil recebe vem da Europa.

QUESTÃO 25 (Descritor: localizar informações explícitas do texto e fazer inferências a partir delas.)

Assunto: Interpretação

As crianças que saem de um país em guerra fazem uma viagem. Cite duas diferenças entre essa viagem e
uma viagem de férias.

11
QUESTÃO 26 (Descritor: localizar informações explícitas do texto.)

Assunto: Interpretação

As crianças refugiadas que se mudaram para o Brasil enfrentaram dificuldades. Cite uma dificuldade
enfrentada por cada uma das crianças.

a) Elizabeth
b) Tabarak, Nor e Hussein
c) Larissa
d) Marian

QUESTÃO 27 (Descritor: opinar sobre um tema abordado no texto.)

Assunto: Interpretação

Ao ler sobre a vida das crianças refugiadas mostradas nessa reportagem, que fato lhe pareceu mais difícil?
Explique.

QUESTÃO 28 (Descritor: analisar afirmativas a partir das informações implícitas e explícitas do texto.)

Assunto: Interpretação

Marque a alternativa que mostra um aspecto positivo do Brasil que foi apontado por Larissa que veio da Costa
do Marfim, na África:

a) A comida brasileira é ótima.


b) As escolas do Brasil são bem melhores do que as escolas de seu país.
c) Há lugares bonitos para conhecer.
d) Os brasileiros conhecem muito bem a África e isso ajudou na sua adaptação.

QUESTÃO 29 (Descritor: relacionar informações explícitas e implícitas do texto com outros textos.)

Assunto: Interpretação

Leia novamente alguns direitos das crianças.

1. Toda criança tem direito a um nome e a uma 2. Toda criança deve ser protegida contra a
nacionalidade. exploração no trabalho.
3. Toda criança tem direito a uma moradia digna e a 4. Toda criança tem direito a frequentar uma escola e
brincar em lugares seguros. ser protegida.

Quando uma criança vive em um país em guerra, que direitos deixam de ser cumpridos? Explique.

QUESTÃO 30 (Descritor: identificar e produzir afirmativas em diferentes tempos verbais.)

Assunto: Gramática

Leia as frases:

1 - As pessoas daqui também precisam de informação sobre a África.


2 - Eles não tiveram muito tempo para preparar a viagem.

a) Em que tempo verbal cada uma delas está?

b) Passe as frases para outros dois tempos verbais.

12
TEXTO 4
LELÊ FIXA O PREFIXO

O meu nome é Leocádio, mas todo mundo me chama de Lelê. Só que eu quero mudar meu apelido
para Bilê.
É que quando eu era pequeno, que foi no ano passado, perguntei para o meu tio Torero por que eu
tinha que ter aula de português se eu já falava português.
Ele disse que eu tinha que aprender português bem direito para escrever que nem ele. Mas aí eu falei
que já escrevia bem direito, tanto que de vez em quando eu fazia uns textos para o jornal dele, e que eu até
recebia mais comentários no meu blog que ele no dele.
Então o meu tio, depois de engasgar com o bolo de chocolate que ele estava comendo, pensou um
pouco e disse que eu tinha que aprender português melhor do que eu já sabia porque quem escreve bem tem
namorada bonita.
Aí eu pensei e vi que era verdade, porque os amigos do meu tio Torero, o tio Veríssimo, o tio Zuenir e
tio Bonassi são casados com umas bonitonas. Por causa disso, eu decidi caprichar nas aulas de português.
A minha professora de português se chama dona Maria Rosa Estevam Frangetto. Ela também é bem
bonitona e deve ter uns sessenta anos. Na semana passada, a dona Maria Rosa falou de uma coisa que se
chama prefixo.
O prefixo é um negócio que vem na frente da palavra e quer dizer alguma coisa. A dona Maria Rosa
escreveu a palavra “prefixo” na lousa, aí separou o “pré” do fixo e disse:
- Por exemplo, pessoal, o “pré” de prefixo quer dizer o quê?
Ninguém falou nada, aí ela mesma respondeu:
- Quer dizer “antes de”, entenderam? Como em previsão, Pré-História e prefácio. Entenderam agora?
Todo mundo continuou calado. Ela percebeu que a gente não tinha entendido nada e tentou de novo:
- Vou dar outro exemplo: a gente tem prefixo “anti”, que quer dizer “contra”, como em anticristo,
antibiótico e antitérmico. Entenderam?
A gente continuou calado. Nem o Aurelius, que é o maior CDF da classe, falou alguma coisa. Então a
dona Maria Rosa explicou de novo:
- Olha, tem também o prefixo “a”, que quer dizer “não” e “sem”. Por exemplo, analfabeto é quem não
conhece o alfabeto; arritmia é o que não tem ritmo; anormal é uma coisa que não é normal; acéfalo é sem
cabeça e anônimo é sem nome.
Aí o Babão, que tem esse apelido porque um dia dormiu na classe e babou, perguntou:
- Então lá em Alagoas não tem lagoa?
O Babão é meio burro, mas dessa vez ele fez uma pergunta muito boa, porque a dona Maria Rosa teve
que respirar fundo antes de responder.
- Não, Babão, quer dizer, Luizinho, nem sempre o “a” é um prefixo de negação. Às vezes ela faz parte
da palavra, como em abacaxi e abacate.
- Ah, bom... – disse o Arlindo. – Eu já estava pensando que meu nome queria dizer não-lindo.
E aí, como o Arlindo é bem feio mesmo, todo mundo caiu na gargalhada, menos ele.
Depois que a gente parou de rir, a dona Maria Rosa falou de outro prefixo, o “bi”, que queria dizer dois.
E deu uns exemplos: bicampeão é quem foi campeão duas vezes; biatlo é aquela competição que tem duas
provas diferentes; bípede é quem tem dois pés; bicolor é o que tem duas cores; bimestral é o que acontece de
dois em dois meses e a bicicleta tem esse nome porque tem duas rodas.
A gente começou a entender o tal do prefixo. E então a dona Maria Rosa disse que tem outros prefixos
que significam números, que nem “tri”, que quer dizer “três”; “tetra”, que quer dizer “quatro”; “penta”, que quer
dizer “cinco”; e “hexa”, que quer dizer “seis” e é uma coisa que o Brasil não é no futebol porque a Seleção
jogou o maior ruim na Copa.
Aí todo mundo entendeu aquela coisa de prefixo e a gente começou a falar.
A Bibi perguntou o que queria dizer o apelido dela. Era “dois e dois” ou era “quatro”?
O Zepa, que se chama Zé Paulo e é o maior gordo falou que não quer mais bife, bisteca e biscoito.
Agora ele quer trife, tetrasteca e pentacoito, que devem ser bem grandões.
Chamaram a Tereza de bisbilhoteira, mas ela falou que era só um pouquinho, uma bilhoteira.
Eu disse que ia mudar meu nome para Bile, que é duas vezes Lê, o que dá Lelê.
O Gabriel, que está sempre olhando as meninas, falou que ia dar um bibeijo na Bibi e fez um beicinho,
mas ela respondeu que ele era binsuportável e botou um lápis no beicinho dele.
E o Aurelius, que é o maior CDF, disse que ele era binteligente, mas a dona Maria Rosa falou que
aquela palavra não existia e então toda a classe começou a gritar “Biburro! Biburro!” e ficou a maior
bibagunça. Só quem ficou quieta foi a dona Maria Rosa. Ela sentou na cadeira dela, deu um suspiro e disse
baixinho:
- Essa turma ainda vai me deixar bibiruta...

(Fonte: TORERO, José Roberto. As primeiras histórias de Lelê. São Paulo, Panda Books, 2007.)

13
QUESTÃO 31 (Descritor: localizar informações explícitas do texto.)

Assunto: Interpretação

a) Por que Lelê achava que não precisava ter aulas de português?

b) Que argumentos o tio de Lelê usou para convencê-lo a estudar português?

QUESTÃO 32 (Descritor: analisar afirmativas a partir das informações implícitas e explícitas do texto.)

Assunto: Interpretação

Marque as afirmativas verdadeiras sobre a professora de Lelê:

a) Não desistia de explicar a matéria quando seus alunos tinham dúvidas.


b) Ela era bem novinha.
c) Era superbrava e todos tinham medo dela.
d) Não era muito bonita, mas Lelê gostava dela assim mesmo.

QUESTÃO 33 (Descritor: analisar afirmativas a partir das informações implícitas e explícitas do texto.)

Assunto: Interpretação

Que sinal deixava claro para a professora que a turma ainda não tinha entendido nada?

a) As crianças não paravam de conversar e estavam muito agitadas.


b) Apenas o melhor aluno da sala fazia comentários corretos sobre a matéria.
c) Alguns alunos estavam até dormindo.
d) Todos ficavam calados e não respondiam as suas perguntas.

QUESTÃO 34 (Descritor: fazer inferências a partir de informações explícitas do texto.)

Assunto: Interpretação

Aí o Babão, que tem esse apelido porque um dia dormiu na classe e babou, perguntou:
- Então lá em Alagoas não tem lagoa?

a) Como Lelê chegou a conclusão que daquela vez o Babão tinha feito uma pergunta inteligente?

b) Desta vez, Babão estava prestando atenção na aula? Explique.

QUESTÃO 35 (Descritor: localizar informações explícitas do texto.)

Assunto: Interpretação

Em que momento, a turma realmente começou a entender o que eram os prefixos?

QUESTÃO 36 (Descritor: fazer inferências a partir de informações explícitas do texto.)

Assunto: Interpretação

O Zepa, que se chama Zé Paulo e é o maior gordo falou que não quer mais bife, bisteca e biscoito. Agora
ele quer trife, tetrasteca e pentacoito, que devem ser bem grandões.

Explique como o Zepa inventou as palavras trife, tetrasteca e pentacoito.

14
QUESTÃO 37 (Descritor: analisar afirmativas a partir das informações implícitas e explícitas do texto.)

Assunto: Interpretação

Marque as alternativas verdadeiras sobre a turma de Lelê:

a) Os alunos sempre respeitavam uns aos outros.


b) Todos os alunos estavam desinteressados em relação ao que dona Maria Rosa explicava.
c) A turma entendeu o que era prefixo.
d) A turma fazia perguntas o tempo todo.

QUESTÃO 38 (Descritor: analisar expressões utilizadas no texto.)

Assunto: Interpretação

Ela sentou na cadeira dela, deu um suspiro e disse baixinho:


- Essa turma ainda vai me deixar bibiruta...

a) O que a turma estava fazendo para a professora dizer isso?

b) O que a professora queria dizer quando usou o termo bibiruta?

QUESTÃO 39 (Descritor: identificar o tempo verbal em que foi escrita uma afirmativa.)

Assunto: Gramática

Em um momento da aula, dona Maria Rita pensou:

- Meus alunos entenderão o que é um prefixo.

Esse pensamento da professora aconteceu no início ou no final da aula? Explique.

QUESTÃO 40 (Descritor: produzir textos coerentes e coesos.)

Assunto: Produção de texto

Durante uma aula de português, a turma de Lelê ficou empolgada e se divertiu com uma matéria nova.
Escreva sobre uma aula que você não esqueceu. Não se esqueça de dizer: quando a aula aconteceu, qual
era o assunto, quem eram as pessoas envolvidas, o que aconteceu... Conte de forma que o seu leitor possa
se sentir como se estivesse assistindo essa aula junto com você.

15
GABARITO

QUESTÃO 01
Os subtítulos devem estar relacionados com os temas. Primeira parte: Como Batata engordou; Segunda
parte: O regime da televisão; Terceira parte: O regime do médico.

QUESTÃO 02: B

QUESTÃO 03

Primeira atitude que ele tomou para resolver


Situação que incomodava o Carlinhos:
o problema:
Ser chamado de Bola, Bolinha, Bolão,
Foi reclamar com os meninos e pedir que
Bolacha, Gordo, Batata.
eles parassem de chamá-lo assim.

Solução encontrada por Carlinhos para acabar com o problema:


Fazer um regime e emagrecer.

QUESTÃO 04: D

QUESTÃO 05
Pessoal. O texto escrito deve atender ao enunciado da questão.

QUESTÃO 06
Informações e imagens que devem estar no cartaz:
Nome do regime: Gororoba Dois Mil
Frase de efeito: Gororoba Dois Mil, o melhor regime do Brasil!
Imagem usada: uma porção de moças de biquíni dizendo ter emagrecido 200 quilos tomando o produto.
Local de origem: Estados Unidos.
Como fazer o regime: tomar dois envelopes por dia: um no almoço e outro no jantar, misturando com água.
Sabores: chocolate, morango, baunilha e outros.

QUESTÃO 07
Aquele regime não era uma coisa boa, pois fazia muito mal às pessoas, deixando-as cansadas, sem vontade
de nada, com o sono o dia inteiro, com dores.

QUESTÃO 08
Ele começou a emagrecer.

QUESTÃO 09
Na propaganda, o regime era considerado o melhor do Brasil e na verdade era um regime que fazia muito mal
à saúde.

QUESTÃO 10
a) O conselho foi alimentar-se bem. Comer verduras, legumes e frutas.
b) Sugestão: estudar bastante, respeitar as pessoas, etc.
c) Pessoal
d) Pessoal

QUESTÃO 11: C

QUESTÃO 12

16
Sugestão: Não devemos ir seguindo tudo o que a televisão nos mostra ou oferece, é preciso pensar no que
está sendo mostrado e fazer as escolhas que nos trarão benefícios verdadeiros. Não podemos deixar que a
televisão mande em nós.

QUESTÃO 13
Sim. Quando dizemos “o regime” sabemos a qual regime estamos nos referindo. Se usarmos “um regime”
pode ser qualquer regime que passou na televisão.

QUESTÃO 14
Diferenças: O menino tinha irmãs e a menina era filha única. Ele brincava com caixas e embrulhos e ela
brincava de escrever cartas.
Semelhanças: Os dois brincavam sozinhos e inventaram brincadeiras para se divertir. Eles eram muito
criativos. Brincavam dentro de casa. Quase não tinham amigos.

QUESTÃO 15: C

QUESTÃO 16
a) O menino fazia cabaninha com a colcha da cama. Construa cidades com todos os seus brinquedos
misturados. Fazia um monte de barquinhos de papel que cruzavam os mares do chão do quarto.
b) Vivia juntando papel de embrulho, de revista, das compras da mãe dele, caixas de todos os tamanhos, fitas
e barbantes, enfeites.

QUESTÃO 17
a) Ela era muito sozinha e inventava amigos imaginários para quem escrevia e de quem recebia cartas.
b) Preparava as cartas, com envelopes de outras cartas, recebidas pelos pais, já com selos carimbados e tudo
o mais e as colocava na caixa de correspondência que tinha na entrada do prédio onde morava. Esperava um
pouco e ia buscar. Então, começou a deixá-las um dia inteiro lá. O porteiro as entregava junto com tudo o que
chegava pelo correio para o endereço dela.
c) Ela gostava de olhar pela janela.

QUESTÃO 18
a) Ela contou quantas janelas tinha abaixo da janela do menino e descobriu o andar em que ele morava.
Desceu para ver o número do prédio. Como este ficava bem atrás do dela, foi fácil descobrir o nome da rua
dele.
b) Essa carta era para uma pessoa de verdade.
c) Ele ficou meio assustado porque era a primeira vez que recebia uma carta. Foi até a janela para descobrir
quem tinha escrito e viu a menina olhando para ele.

QUESTÃO 19: D

QUESTÃO 20
Pessoal. Sugestão: Eles passaram a ter um amigo e tinham com quem brincar. Um começou a escrever para
o outro e a mandar embrulhos. Passaram a ficar mais tempo na janela conversando com um com outro.

QUESTÃO 21
Sugestão: Muitas crianças atualmente brincam mais dentro de casa. Muitas crianças brincam sozinhas.

QUESTÃO 22
De acordo com a imaginação do aluno, desde inclua os elementos mostrados e não entre em contradição com
o texto.

QUESTÃO 23
a) A menina / a menina e o menino / o porteiro
b) pronomes

QUESTÃO 24: B

QUESTÃO 25
Essa viagem é definitiva. Ela não é feita com o objetivo de divertir-se, mas de proteger-se.

QUESTÃO 26
a) Ficou longe da irmã e da mãe e teve dificuldades com a língua portuguesa. As coisas no Brasil são caras.

17
b) Perderam sua mãe na guerra, não puderam trazer brinquedos, apenas algumas roupas e não sabiam falar
português.
c) Ficou longe da irmã mais velha.
d) Não sabia falar português, sentia saudades da casa e dos amigos e não gostava de comida brasileira.

QUESTÃO 27
Pessoal, mas o fato citado deve estar na reportagem e a justificativa deve ser coerente e clara.

QUESTÃO 28: C

QUESTÃO 29
Os direitos 3 e 4. Numa situação de guerra, a segurança e a proteção às crianças fica muito difícil. Algumas
casas e escolas podem ser destruídas, deixando a criança e sua família sem uma moradia digna e sem
escola.

QUESTÃO 30
a) 1- presente / 2 - passado
b) 1- As pessoas daqui também precisarão de informação sobre a África. / As pessoas daqui também
precisaram de informação sobre a África.
2- Eles não têm muito tempo para preparar a viagem. / Eles não terão muito tempo para preparar a viagem.

QUESTÃO 31
a) Ele já sabia falar português.
b) O tio disse que Lelê tinha que aprender português para escrever bem como ele. Como esse argumento não
deu certo, ele falou que quem escreve bem tem namorada bonita.

QUESTÃO 32: A

QUESTÃO 33: D

QUESTÃO 34
a) A professora respirou bem fundo antes de responder.
b) Sim. Ele fez uma pergunta que estava relacionada ao que a professora estava explicando, que era o prefixo
“a”.

QUESTÃO 35
Quando a professora falou sobre o prefixo “bi” e deu alguns exemplos como bicampeão, bicicleta e bicolor.

QUESTÃO 36
Já que bi quer dizer dois, Zepa escolheu prefixos que significam quantidades maiores como tri(três),
tetra(quatro) e penta(cinco) e substituiu o bi das palavras bife, bisteca e biscoito por eles. Já que são
quantidades maiores, as comidas devem ficar maiores também.

QUESTÃO 37: C

QUESTÃO 38
a) Eles estavam fazendo muita bagunça e brincando de mudar as palavras com o prefixo bi.
b) Ela quis dizer que ia ficar bem maluca, já que bi quer dizer dois.

QUESTÃO 39
No início da aula, já que a frase está no futuro e, no final da aula, os alunos já tinham entendido a matéria.

QUESTÃO 40
O texto deve estar de acordo com o enunciado.

18

You might also like