Professional Documents
Culture Documents
2019
VERSÃO 1
A
Leia o texto.
3. Explicite de que modo o título do poema, Amantes sem dinheiro, o liga a um determinado
contexto social.
4. Indique três dos processos utilizados para marcar o ritmo do poema, fundamentando a
resposta com elementos do texto.
MADALENA
Meu adorado esposo, não te deites a perder, não te arrebates. Que farás tu contra
esses poderosos? Eles já te querem tão mal pelo mais que tu vales que eles, pelo teu saber –
que esses grandes fingem que desprezam... mas não é assim, o que eles têm é inveja! – O que
fará, se lhes deres pretexto para se vingarem da afronta em que os traz a superioridade do
teu mérito! – Manuel, meu esposo, Manuel de Sousa, pelo nosso amor...
JORGE
Tua mulher tem razão. Prudência, e lembra-te de tua filha.
MANUEL
Lembro-me de tudo, deixa estar. – Não te inquietes, Madalena: eles querem vir para
aqui amanhã de manhã; e nós forçosamente havemos de sair antes de eles entrarem. Por isso
é preciso já.
MADALENA
Mas para onde iremos nós, de repente, a estas horas?
MANUEL
Para a única parte para onde podemos ir: a casa não é minha… mas é tua, Madalena.
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa, Lisboa, Comunicação, 1982, pp. 120-121
Apresente, de forma bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem.
5. Caracterize Manuel, tendo em conta quer as falas de Madalena, quer as decisões por ele
tomadas.
7. Fazendo apelo à sua experiência de leitura de Os Lusíadas, escreva uma breve exposição,
na qual aponte duas críticas e consequentes conselhos que Camões dirige aos portugueses em finais
de cantos.
_________________________________________________________________________
1
Exaurir: consumir, esgotar.
2
Marialvismo (marialva): sedutor, aquele que leva uma vida desregrada.
2. No caso de Luís de Camões, a expressão “Erros”, “má fortuna” e “amor ardente” (ll.12-13)
corresponde a uma síntese da sua vida que exclui
(A) à supremacia dos portugueses relativamente aos mares celebrada n’Os Lusíadas.
(B) à sua supremacia na Índia ao longo de quinze anos, cantada n’Os Lusíadas.
(C) à nossa comoção perante a leitura d’Os Lusíadas.
(D) à sua supremacia enquanto autor d’Os Lusíadas.
(A) comparação.
(B) metonímia.
(C) metáfora.
(D) ironia.
a) “de Ceuta”(ll.29-30).
b) “(…) para lhe servir de mortalha(…)”(ll.32-33).
Grupo III
A viagem pode entender-se como algo material, mas pode entender-se igualmente como algo
metafórico.
Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de
trezentas e cinquenta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre a viagem e possíveis
interpretações da mesma.
No seu texto:
– explicite, de forma clara e pertinente, o seu ponto de vista, fundamentando-o em dois
argumentos, cada um deles ilustrado com um exemplo significativo;
– utilize um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).
Observações
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco,
mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma única
palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (ex.: /2009/).
2. Um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto
produzido.
FIM
Cotações
Grupo Item
Cotação (em pontos)
1 2 3 4 5 6 7
I
16 16 16 8 16 16 16 104
1 2 3 4 5 6 7
II 8 8 8 8 8 8 8 56
Item único
III 40
TOTAL 200