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GEOMETRIA ANALÍTICA

1. UM POUCO DA HISTÓRIA

Não há unanimidade entre os historiadores da matemática sobre quem inventou a geometria

analítica, nem sobre a época em que teria sido inventada. Grande parte dessa divergência de opiniões

deve-se a uma discordância a respeito do que, exatamente constitui a geometria analítica.

Os historiadores que localizam essa invenção na antigüidade, salientam que, o conceito de fixar

a posição de um ponto por meio de coordenadas convenientes foi empregado no mundo antigo por

egípcios e romanos em agrimensura e pelos gregos na confecção de mapas.

Outros atribuem a invenção da geometria analítica a Nicole Oresme, que nasceu na Normandia

em torno de 1323. Oresme, num de seus tratados de matemática, antecipou um outro aspecto da

geometria analítica ao representar certas leis mediante gráficos confrontando a variável dependente

com a independente à medida que a esta última era permitido assumir pequenos incrementos.

Entretanto, para que a geometria analítica pudesse assumir sua forma atual, altamente prática,

teve de aguardar o desenvolvimento de simbolismo algébrico. Portanto, talvez seja mais correto

concordar com a maioria dos historiadores, que consideram as contribuições decisivas dos matemáticos

franceses Renè Descartes (1596 – 1650) e Pierre de Fermat (1601-1665), no século XVII, trabalhando

independentemente, publicaram, em suas obras “A Geometria” (de Descartes) e “Introdução aos lugares

planos e sólidos” ( de Fermat), os fundamentos da geometria analítica, também conhecida como

Geometria Cartesiana. Só depois do impulso desses dois homens encontramos a geometria analítica sob a

forma como a conhecemos.

Descartes, na sua obra “A Geometria”, introduz a noção de coordenadas, estabelecendo as bases

de seu sistema ao considerar dois eixos fixos que se interceptam em um ponto denominado de origem do

sistema.

Seu método, consistia em partir de um problema geométrico, traduzi-lo em linguagem de

equação algébrica e, em seguida, após simplificado ao máximo a equação, resolvê-la geometricamente.

Pode-se dizer que toda a obra está dedicada a uma completa aplicação da Álgebra à Geometria e da

Geometria à Álgebra. A utilização do método cartesiano para a solução de problemas relacionados com o

cálculo diferencial e sua aplicação à Mecânica contribuíram de maneira decisiva para o avanço da Física.

A variação de temperatura, a flutuação dos fenômenos meteorológicos, por um simples exame das

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curvas representadas num sistema de eixos coordenados, nos permitem analisar e prever com certa

exatidão o comportamento de uma transformação e o seu desenvolvimento.

Estudaremos alguns conceitos fundamentais de geometria analítica. Como esses conceitos são

usados no nosso dia a dia, é fácil esquecer seu caráter revolucionário. Na época em que a Geometria

Analítica estava sendo desenvolvida por Descartes e Fermat, os dois maiores ramos da matemática, a

geometria e álgebra, eram praticamente independentes um do outro. Os círculos pertenciam à

geometria e as equações à álgebra. As coordenadas dos pontos de um círculo pertenciam ao que hoje é

chamado de geometria analítica.

Aliando a álgebra à geometria, ela possibilita o estudo das figuras geométricas, associando-as a

um sistema de coordenadas. Desse modo as figuras podem ser representadas através de pares

ordenados, equações ou inequações. A habilidade em geometria analítica é importante para que nós

possamos nos movermos com facilidade entre álgebra e geometria. Se tivermos o gráfico de uma reta e

desejamos encontrar sua equação então, nesta situação, passamos da geometria para a álgebra. Caso

tenhamos a equação de uma parábola e quisermos graficá-la então passamos da álgebra para a

geometria.

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2. PONTO

Nesta unidade mostraremos como localizar a posição de um ponto no plano, através de um

sistema de coordenadas, enfatizando o aspecto principalmente algébrico, pois o geométrico servirá

como ilustração. Nem sempre a posição de um ponto pode ser determinada apenas por um número,

às vezes é necessária mais de uma informação. Por exemplo:

- a localização de uma cadeira em um teatro é determinada por uma letra e um número (fila A,

cadeira 10);

- a localização de um ponto sobre a superfície terrestre é determinada por dois números: a

latitude e a longitude;

- a posição das peças no tabuleiro do jogo de xadrez é designada por uma letra e um número

(as filas verticais designam-se por letras e as filas horizontais por números);

- a posição de um projétil atirado de um canhão no instante t é designada por dois números:

um indica a altura (em relação ao solo) e outro, indica a distância (medida na horizontal) do

projétil ao canhão.

2.1. COORDENADAS CARTESIANAS NO PLANO

Um sistema de coordenadas cartesianas num plano  é uma correspondência estabelecida entre

os pontos pertencentes ao plano  e o conjunto 2 dos pares ordenados de números reais.

Podemos obter um sistema cartesiano ortogonal no plano  traçando dois eixos perpendiculares,

x e y, os quais se interceptam num ponto O e orientados conforme a figura abaixo:

x
O

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Sendo P um ponto qualquer pertencente ao plano , podemos associar a P o par ordenado de

números reais (xP, yP) da seguinte forma:

1º) traçamos por P a reta paralela ao eixo y, a qual intercepta o eixo x em P1;

desta forma , xP é a medida algébrica de OP1, isto é , xP = OP1.

2º) traçamos por P a reta paralela ao eixo x, a qual intercepta o eixo y em P2;

desta forma , yP é a medida algébrica de OP2, isto é , yP = OP2.

Assim, podemos destacar que:

a) (xP, yP) é o par de coordenadas do ponto P;

b) xP é a abscissa do ponto P;

c) yP é a ordenada do ponto P;

d) x ou Ox é o eixo das abscissas;

e) y ou Oy é o eixo das ordenadas;

f) xOy é o sistema cartesiano;

g) O ou o ponto (0,0) é a origem do sistema cartesiano;

h)  é o plano cartesiano.

y
P’’ 

yP

x
O xP 

P

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Podemos concluir que a todo ponto P do plano  corresponde um par de coordenadas (xP, yP) e

todo par de números reais é o par de coordenadas de um ponto do plano .

Costumamos utilizar a notação P(xP, yP) ou P = (xP, yP) para denotar o ponto P tem como

coordenadas xP e yP ou o ponto P de coordenadas xP e yP

Convém ressaltar que, na Geometria Analítica, quando afirmamos que é dado um ponto, significa

que conhecemos suas coordenadas; porém quando queremos determinar um ponto devemos calcular as

suas coordenadas.

Podemos constatar, conforme figura abaixo, que os eixos coordenados dividem o plano em quatro

regiões as quais designamos de quadrantes.


y
2º quadrante 1º quadrante

x
O
3º quadrante 4º quadrante

Podemos dizer que o ponto P de coordenadas (xP, yP) está:

a) no 1º quadrante se x > 0 e y > 0;

b) no 2º quadrante se x < 0 e y > 0;

c) no 3º quadrante se x < 0 e y < 0;

d) no 4º quadrante se x > 0 e y < 0.

Observação:

a) Todo ponto do eixo x tem como ordenada igual a zero, isto é, y = 0.

b) Todo ponto de ordenada y = 0 pertence ao eixo x.


y

P2 P1 P(xP, 0)
xP xP  x

c) Todo ponto do eixo y tem como abscissa igual a zero, isto é, x = 0.

d) Todo ponto de abscissa x = 0 pertence ao eixo y.

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y
P1 
yP P(0, yP)

x
yP
P2

e) Todo ponto da bissetriz do 1º e 3º quadrantes tem a abscissa e a ordenada iguais.

f) Todo ponto de coordenadas iguais pertence à bissetriz dos 1º e 3º quadrantes (quadrantes ímpares).

P1
xP y
yP
 x
yP

xP
P2 xP = yP

g) Todo ponto da bissetriz do 2º e 4º quadrantes tem a abscissa e a ordenada opostas (simétricas).

h) Todo ponto de coordenadas opostas pertence à bissetriz dos 2º e 4º quadrantes (quadrantes pares).

P1

yP

x
xP
yP
xP = - yP
 P2
xP x

2.2. DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS

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Dados dois pontos, A(xA, yA) e B(xB, yB), podemos deduzir a fórmula para calcular a distância

entre eles seguinte maneira:

y
yB 

yA
  C

x
xA xB

Distância entre A e C é dada por: d AC  x B  x A ;

Distância entre C e B é dada por: d CB  B


y  yA ;

Aplicando o Teorema de Pitágoras, temos que  d AB    d AC    d CB 


2 2 2

Desta igualdade podemos tirar que a distância entre A e B é dada por:

d AB   d AC  2   d CB  2
ou

d AB   xB  xA  2   yB  yA  2

2.3. PONTO MÉDIO DE UM SEGMENTO

Dados os pontos A(xA, yA) e B(xB, yB) podemos obter o ponto médio M(xM, yM) do segmento

AB .

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Faremos a demonstração para o caso em que o segmento AB não é paralelo a um dos eixos

coordenados, onde xA > xM > xB e yA > yM > yB.

Observemos a figura abaixo:


y A
yA
A2 
M
yM 
M2
yB 
B2
A1 M1 B1
x
xA xM xB

Notemos que as retas paralelas que contém os segmentos AA1 , MM1 e BB1 concorrem com as

transversais que contém os segmentos AB e A1B1.

AM A 1 M 1

Aplicando o Teorema de Tales, podemos afirmar que: MB M 1 B1 (I)

AM
1
Mas AM = MB, pois M é ponto médio de AB, logo MB (II)

Porém as condições xA > xM > xB e yA > yM > yB nos garantem que:

A1M1 = xM – xA e M1B1 = xB - xM . Assim,

A1 M 1 x M  x A

M 1 B1 x B  x M (III)

Portanto, substituindo as igualdades (II) e (III) na igualdade (I), temos:

xM  xA
1  xM  xA  xB  xM
xB  xM
xB  xA
2 xM  xB  xA  xM 
2

Para encontrarmos a ordenada yM do ponto médio M, deveremos seguir o mesmo raciocínio em

yB  yA
yM 
relação ao eixo y e obteremos que: 2

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Desta forma, podemos afirmar que dado um ponto de extremidades A(xA, yA) e B(xB, yB):

a) a abscissa xM do ponto médio do segmento AB é a média aritmética das abscissas das

xB  xA
xM 
extremidades, isto é, 2 ;
b) a ordenada yM do ponto médio do segmento AB é a média aritmética das ordenadas das

yB  yA
yM 
extremidades, isto é, 2 .

2.4. CONDIÇÃO DE ALINHAMENTO DE TRÊS PONTOS

Afirmamos que três pontos diferentes estão alinhados ou então três pontos diferentes são

colineares, quando podemos traçar uma reta por estes três pontos.

A
 B

Os pontos A, B e C são colineares (estão alinhados). Podemos verificar que dAC =dAB + dBC.

Neste caso não formam um triângulo ABC.

Já na figura abaixo constatamos que os três pontos A, B e C formam um triângulo, logo não são

colineares (não estão alinhados), pois a medida de um lado é sempre menor que a soma das medidas dos

outros dois lados.


B

Assim, dAB < dBC + dCA ou dBC < dCA + dAB ou dCA < dAB + dBC

Faremos agora a demonstração para que possamos verificar algebricamente se três pontos são

ou não colineares.
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Na figura abaixo temos representados três pontos A, B e C colineares.
y
C2
yC

B2
yB

A2
yA 

A1 B1 C1
x
xA xB xC

Aplicando o teorema de Tales, temos:

AB A 1 B1 AB x B  x A
  
AC A 1C1 AC x C  x A (I)

AB A 2 B 2 AB y B  y A
  
AC A 2 C 2 AC y C  y A (II)

Comparando as igualdades (I) e (II), obtemos:

xB  xA yB  yA

x C  x A y C  y A Daqui resulta:

 x B  xA    y C  y A    xC  xA    y B  y A 
Aplicando a propriedade distributiva,

xB y C  xB y A  x A y C  xA y A  xC y B  xC y A  x A y B  x A y A
Igualando a zero,

x B y C  x B y A  x A y C  x A y A  xC y B  xC y A  x A y B  x A y A  0
Agrupando os termos semelhantes,

xB y C  x B y A  xA y C  xC y B  xC y A  x A y B  0

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Note que o primeiro membro da igualdade corresponde ao desenvolvimento do determinante

xA yA 1
xB yB 10
xC yC 1

Onde:

- os elementos da 1ª coluna são os valores das abscissas dos pontos A, B e C ;

- os elementos da 2ª coluna são os valores das ordenadas dos pontos A, B e C.

Logo podemos concluir que:

xA yA 1
xB yB 10
x
Se C
yC 1 então os pontos A, B e C estão alinhados ou são pontos colineares.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (I):

1) Num paralelogramo ABCD os pontos A(4, 7) e C(5, 6) são vértices opostos e que os pontos

B( x B , y B ) e D(2, 3) também são vértices opostos.

Determine as coordenadas do ponto B. Resp.: B(7, 10)

2) Sejam os pontos A(-3, 1), B(x, 2) e C(-3, -1). Determine o valor da abscissa x do ponto B de

modo que os pontos A, B e C sejam vértices de um triângulo. Resp.: x3


3) Do triângulo de vértices ABC são dados: o vértice A(2, 4), o ponto médio M(1, 2) do lado AB e o

ponto médio N(-1, 1) do lado BC. Calcule o perímetro do triângulo ABC. Resp.: 4 5  2 2

4) Determine o ponto P pertencente a reta que passa pelos pontos A(0, -25) e B(-2, -11), o qual dista

5 unidades da origem do sistema cartesiano. Resp. : P(-3, -4) ou P(-4, 3)


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5) Seja o triângulo de vértices A(0, 1), B(2, 9) e C(6, -1). Calcule a medida da mediana relativa ao

vértice A deste triângulo. Resp.: AM = 5

6) Prove que os pontos A(1, -3), B(3, 2) e C(-2, 4) são vértices de um triângulo isósceles.

7) Mostre que os pontos A(0, -4), B(2, 0) e C(3, 2) são colineares.

8) Sejam os pontos A(xA, yA), B(2, 3) e C(-4, 1) vértices de um triângulo ABC. Sabendo que o vértice A

é um ponto pertencente ao eixo y se vê o lado BC sob ângulo reto, determine as coordenadas do

vértice A. Resp.: A(0, -1) ou A (0, 5)

3. RETA
EQUAÇÃO DA RETA

Sejam A(xA, yA), B(xB, yB) e C(xC, yC) três pontos distintos. Podemos verificar se os três

pontos A, B e C são colineares (estão sobre uma mesma reta) através da resolução de um determinante,

xA yA 1
xB yB 10
x
isto é, verificando se C
yC 1

Consideremos um ponto genérico A(x, y) e os pontos B(2, 1) e C(1, -1). Para que A, B e C

x y 1
2 1 1 0
1
sejam colineares devemos obter 1 1
. Ao resolver o determinante, encontramos como

resposta a equação 2 x  y  3  0 . Esta equação representa o conjunto de todos A(x, y) que estão

alinhados com os pontos B(2, 1) e C(1, -1). Assim, 2 x  y  3  0 é denotada de equação da reta que

passa pontos A e B.

Podemos afirmar que:

Dados dois pontos distintos A(xA, yA) e B(xB, yB), podemos determinar uma equação da

reta que passa por estes pontos através do desenvolvimento da igualdade:

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x y 1
xA yA 1 0
xB yB 1
, onde x e y são coordenadas de um ponto genérico.

EQUAÇÃO GERAL DA RETA

“Toda reta r do plano cartesiano pode ser representada por uma equação da forma:
ax  by  c  0 , com a, b e c  , sendo a  0 ou b  0, denominada equação geral da reta.”

Faremos a demonstração utilizando a condição de alinhamento de três pontos.

Sejam A(xA, yA) e B(xB, yB) dois pontos distintos da reta r. Sabemos que um ponto P(x, y)

pertence a reta r se , e somente se:

x y 1
xA yA 1 0
xB yB 1
.

Resolvendo o determinante acima encontramos:

xA x  xA y B  xB y  x B y A  y B x  xA y  0
Agrupando os termos semelhantes, temos:

 y A  y B  x   xB  xA  y  xA y B  xB y A  0
Como os pontos A e B são distintos, temos que y A  y B  0 ou x A  x B  0 . Desta forma

podemos fazer:

yA  yB  a
xA  xB  b

xA y B  xB y A  c

Donde temos que a equação da reta r é:

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ax  by  c  0 , com a, b e c  , sendo a  0 ou b  0

Observação: Existem infinitas equações gerais de uma mesma reta, pois basta multiplicar ambos

os membros da equação encontrada por um número k real porém com k  0 e obteremos uma outra

equação equivalente.

Assim, “toda equação da forma ax  by  c  0 , com a, b e c  , sendo a  0 ou b  0

representa uma reta no plano cartesiano.

EQUAÇÃO REDUZIDA DA RETA

Conhecida a equação geral da reta r, ax  by  c  0 e, sendo b  0, podemos isolar o valor de y

e obtemos:

 a  c
by  ax  c  y     x    
 b  b
b c
 m  q
Fazendo a e a , temos:

y  mx  q que é denominada de equação reduzida da reta

Convém salientar que m é denotado de coeficiente angular e q é o coeficiente linear.

INCLINAÇÃO DE UMA RETA

Seja r uma reta do plano cartesiano a qual intercepta o eixo x num ponto P(xP, 0) e que passa

pelo ponto A(xA, yA), com yA > 0. Seja o ponto B(xB, 0), com xB > xP .
y Ou y
A 
 A

O PONTO E A RETA NO
 x
P PLANO - ALGA II - CURSO: ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES
 x
O O P
14 B B
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0 0
Denomina-se inclinação da reta r a medida do ângulo , onde 0    180 , determinada

pelo ângulo BPA orientado a partir do lado PB no sentido anti-horário.

Observação:

- Se r é uma reta paralela ao eixo x então dizemos que sua inclinação é 0º.

- Se r é uma reta paralela ao eixo y então dizemos que sua inclinação é 90º.

COEFICIENTE ANGULAR DE UMA RETA

Chama-se coeficiente angular de uma reta r de inclinação , com   90º, o número m tal que:
m  tg

Nem sempre conhecemos a medida do ângulo de inclinação de uma reta r. Porém podemos

calcular o coeficiente angular a partir de outros elementos da reta como, por exemplo, dois pontos ou a

equação geral.

COEFICIENTE ANGULAR DA RETA CONHECIDOS DOIS PONTOS

Dados dois pontos distintos A(xA, yA) e B(xB, yB), pertencentes a uma reta r, com xA  xB (de

modo que a reta r não seja paralela ao eixo y), podemos calcular o coeficiente angular m da seguinte

forma:

yB  yA
m
xB  xA

y yB  yA
m
Verificando os gráficos abaixo podemos constatar que m  tg e que xB  xA .
A
yB B

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yA  C

x
xA xB

cateto oposto BC yB  y A
tg   m  tg  
cateto adjante m  tg AC xB  xA

r
A
0y 
180  
A

yB
C B

x
xA xB

cateto oposto
tg  
cateto adjante m  tg   tg(180 0   )

AC y  yB yB  yA
m  tg    A 
BC xB  xA xB  xA

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Observação:

O coeficiente angular é igual a razão entre a diferença das ordenadas (yB - yA) e a

diferença das abscissas (xB - xA) dos pontos A e B.

3.5.1. COEFICIENTE ANGULAR DA RETA CONHECIDA A EQUAÇÃO GERAL

Seja uma reta r de equação ax  by  c  0 , com b  0 (de modo que r não seja paralela

ao eixo y).

yB  yA a
m m
xB  xA b

DECLIVIDADE DE UMA RAMPA

Na engenharia civil, quando se diz que uma rampa tem declive de 20%, isto significa que

a tangente do ângulo  que a rampa forma com um plano horizontal é 0,2 , ou seja, a tg  = 0,2.

COEFICIENTE LINEAR

Dada a reta r cuja equação reduzida y  mx  q , sabemos que seu coeficiente linear é q.

O coeficiente linear é a ordenada do ponto Q onde a reta r corta o eixo y.

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y

Q(0, q)

x
r

EQUAÇÃO DA RETA DADOS UM PONTO E O COEFICIENTE ANGULAR

RETA PARALELA AO EIXO X

Seja A(xA, yA) um ponto pertencente a reta r. A equação da reta r que passa pelo ponto A e é

paralela ao eixo x é y = yA.

y A(xA, yA)
r x
 
Q(0, yA)

P ( x, y )  r  y  y A

RETA PARALELA AO EIXO Y

Seja A(xA, yA) um ponto pertencente a reta r. A equação da reta r que passa pelo ponto A e é

paralela ao eixo y é x = xA.

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y

 A(xA, yA)


O P(xA, 0)

P ( x, y )  r  x  x A

RETA DE COEFICIENTE ANGULAR m

Sejam A(xA, yA) um ponto pertencente a reta r e m o seu coeficiente angular. A equação da

reta r que passa pelo ponto A e tem coeficiente angular m é dada por:

y – yA = m(x – xA).

PARALELISMO DE DUAS RETAS

Duas retas r e s distintas e não verticais são paralelas se, e somente se, seus coeficientes

angulares são iguais, isto é, mr = ms. y


y r s s

r
r r s
s
x x
O O

r  s  tg r  tg s  mr  ms  r  s
Observações:
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Se duas retas são paralelas ao mesmo eixo então elas são paralelas entre si. Neste caso não há

necessidade de trabalhar com o coeficiente angular m.

y
y r
r s

x
x
s

OBTENDO UMA RETA PARALELA

Dado um ponto A(xA, yA) e a equação de uma reta r , sabemos que existe uma única reta s que

passa pelo ponto A e é paralela a r. Para obtermos a equação da reta s temos duas situações a

considerar:

1ª) Se não existe mr então r  ao eixo y. Neste caso, s também é paralela ao eixo y e a sua

equação é x = xA.

2ª) Se existe mr então ms= mr. Neste caso, a equação da reta s é y – yA = mr(x – xA).

INTERSECÇÃO DE DUAS RETAS

Sejam r e s duas retas. O ponto de interseção de duas retas pertence a ambas, isto é, deve

satisfazer às equações destas duas retas. Portanto, para obter o ponto comum a duas retas

concorrentes, basta resolver o sistema formado pelas equações destas duas retas.

PERPENDICULARISMO DE DUAS RETAS

Uma primeira situação de perpendicularismo ocorre quando uma das retas é horizontal e a outra

vertical. Excetuando-se este caso, r e s são duas retas perpendiculares quando:

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1
mr  
ms

Podemos concluir que: r  s se, e somente se, m s é o oposto do inverso de m r .

Não podemos nos esquecer de que r  s se uma das retas é horizontal e a outra é vertical.

OBTENDO UMA RETA PERPENDICULAR

Dado um ponto A(xA, yA) e a equação de uma reta r , sabemos que existe uma única reta

s que passa pelo ponto A e é perpendicular a r. Para obtermos a equação da reta s temos três situações

a considerar:

1ª) Se não existe mr então r  ao eixo y. Neste caso, s também é paralela ao eixo x e a sua

equação é y = yA.

2ª) Se existe mr e mr = 0 então r  ao eixo x. Neste caso, s também é paralela ao eixo y e a sua

equação é x = xA.

1
ms  
3ª) Se existe mr e mr  0 então m r . Neste caso, a equação da reta s é

1
y  yA    x  xA 
mr .

DISTÂNCIA ENTRE PONTO E RETA

Temos conhecimento da Geometria plana que a distância de um ponto A a uma reta r é a medida

do segmento de extremidades em A e na sua projeção ortogonal sobre a reta r.


A 
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distância do ponto A à reta r

r
A’
projeção ortogonal do ponto A sobre a reta r

Sejam um ponto A(xA, yA) e uma reta reta r de equação ax  by  c  0 .

 A

d r

A distância d entre o ponto A e a reta r é dada por:

ax A  by A  c
d
a 2  b2

ÁREA DE UM TRIÂNGULO

A área de um triângulo cujos vértices são os pontos A(xA, yA), B(xB, yB) e C(xC, yC) é dada por:

x y 1
D D  xA yA 1
A xB yB 1
2 onde

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3.15. EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS DA RETA

Constatamos que as equações geral e reduzida relacionam diretamente entre si as

coordenadas (x, y) de um ponto genérico da reta. Entretanto, é possível, fixar a lei a ser obedecida

pelos pontos da reta dando as coordenadas x e y de cada ponto da reta em função de uma terceira

variável t, chamada parâmetro.

Exemplificando, temos: se os pontos de uma reta r satisfazem as leis xt2 e

y  2t  1 então qual é a sua equação geral e o seu gráfico?

1º Método para encontrar a equação geral

Construímos um quadro dando valores ao parâmetro t e calculamos, para cada valor de t, as


coordenadas x e y de um ponto da reta r.
t x y ponto
0 2 -1 (2, -1)
1 3 1 (3, 1)
-2 0 -5 (0, -5)
1/2 5/2 0 (5/2, 0)

A equação geral de r pode ser obtida tomando dois pontos e aplicando a condição de

alinhamento.

Por exemplo, usando os pontos (2, -1) e (0, -5), temos:

x y 1
2 1 1 0
0 5 1

Resolvendo o determinante, encontramos:

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y  2x  5  0 que é a equação geral da reta r.

2º Método para encontrar a equação geral

Consiste em isolar o parâmetro t em cada uma das equações dadas e igualar as expressões

obtidas.

Temos que:

xt2  t  x2
y 1
t
y  2t  1  2
y 1
x2
Igualando as duas expressões, temos: 2 , daqui resulta que:
y  2x  5  0 que é a equação geral da reta r.

3º Método para encontrar a equação geral

Consiste em isolar a variável t em uma das equações e substituir o valor obtido na outra.

Temos que: xt2  t  x2


Substituindo t  x2 na equação y  2t  1, encontramos:
y  2( x  2)  1
Aplicando a propriedade distributiva e agrupando os termos semelhantes, obtemos:
y  2x  5  0 que é a equação da reta r.

Gráfico: Colocados no plano dois pontos dos anteriormente obtidos, já é possível construir a

reta r.

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As equações xt2 e y  2t  1 são denominadas de equações paramétricas da

equação y  2 x  5  0 . A variável t é denominada de parâmetro das equações paramétricas.

Podemos representar as coordenadas de cada ponto (x, y) de uma reta r em função de

um parâmetro t da seguinte forma:

 x  f (t )

 y  g (t ) Estas são as equações paramétricas da reta r.

Observação:

Se a partir das equações paramétricas de uma reta r desejarmos obter uma equação geral ou

reduzida então basta que eliminemos o parâmetro t.

Vejamos uma aplicação:

Um físico, estudando o movimento de um projétil, conclui que sua trajetória é plana e

que seus deslocamentos na horizontal e na vertical são descritos, respectivamente, pelas equações

 x  t 1

 y  3t  6 , em que t representa o tempo.

Se este cientista quiser descrever a trajetória do projétil através de uma equação que

relacione apenas os deslocamentos x e y, basta que isole a variável t em uma das equações e substitua o

valor obtido na outra.

Assim, de x  t  1 obtemos t  x  1 .

Substituindo na equação y  3t  6 , temos: y  3( x  1)  6 .

Aplicando a propriedade distributiva e agrupando os termos semelhantes, obtemos:


y  3x  9  0 que é a equação geral que descreve a trajetória do projétil.

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Observação:

Quando as equações paramétricas são usadas em situações práticas como em física, química,

economia, por exemplo, o parâmetro t pode representar qualquer grandeza, como: tempo, temperatura,

pressão, preço.

EXERCÍCIOS

1. Sejam as retas suportes dos lados do triângulo ABC dadas pelas seguintes equações:

2. (AB) 3x – 4y = 0, (BC) x + y – 7 = 0 e (CA) 4x –3y = 0. Mostre que o triângulo ABC é

isósceles. RESP.: dAB = dAC = 5

3. Sejam as retas de equações 2x +3y – 1 = 0, x + y = 0 e 3x + 4y – 1 = 0 . Prove que estas

retas concorrem no mesmo ponto.

4. Determine a equação geral da reta que passa pelo ponto P(3, 1), intercepta a reta r

de equação 3x – y = 0 no ponto A(xA, yA) e a reta s no ponto B(xB, yB) , sabendo que P é o ponto

médio do segmento AB. RESP.: x + y – 4 = 0

5. Determine o perímetro do triângulo ABC que satisfaça as seguintes condições:

(i) vértice A pertence ao eixo x;

(ii) vértice B pertence ao eixo y;

a reta BC tem equação x – y = 0;

a reta AC tem equação x + 2y – 3 = 0.

RESP.: 3  2 5

Determine a equação reduzida da reta r que passa pelo ponto A(4, 2) e tem inclinação de 45º .

RESP.: y = x – 2

Determine a equação reduzida da reta r que passa pelos pontos A(-1, 5) e B(-3, -1). RESP.:
y  3x  8

Determine a equação reduzida da reta r que passa pela origem e tem inclinação 60º. RESP.:

y  3x

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Sejam os pontos A(xA, yA) , B(8, 1), C(7, 6) e D(4, 8) vértices de um paralelogramo. Determine a

equação reduzida da reta suporte do lado AB, sabendo que AB  CD e AD  BC. RESP.: 2x +
3y – 19 = 0

Sejam y  2 x  1, y  5 x  4 e x5 equações das retas suportes dos lados de um triângulo.

Determine as coordenadas dos vértices deste triângulo. RESP.: (5, 9), (5, 21) e (1, 1)

Sejam a reta r de equação 3 x  2 y  4  0 e o ponto P(1, -3). Determine a equação geral da reta s que

passa pelo ponto P e é perpendicular à reta r. RESP.: 2 x  3 y  7  0

Determine a equação geral da mediatriz do segmento cujas extremidades são os pontos A(3, 2) e B(-2,

-4). RESP.: 10 x  12 y  7  0

Calcule o perímetro do quadrado que tem o vértice A(-1, 4) e um lado na reta r de equação x  y  5  0 .

RESP.: perímetro = 16 2

Sejam os pontos A(1, 1), B(-1, -3) e C(2, -7) vértices de um triângulo. Calcule a altura relativa ao vértice

A deste triângulo. RESP.: h=4

Calcule a distância entre as retas r de equação x  3 y  5  0 e s de equação x  3 y  15  0 . RESP.:

d= 10

Determine a área do triângulo limitado pelas retas r de equação y  2 x , s de equação y  4 x  8 e t

de equação y  2 x  4 . RESP.: área = 6

Determine o ponto C, de abscissa 6, que forma com A(0, 1) e B(3, 8) um triângulo de área igual a

18. RESP.: C(6, 27) ou C(6, 3).

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Sejam os pontos A(1, 2), B(-3, 1) e C(0, -1) vértices de um triângulo. Calcule a área deste

triângulo. RESP.: área = 11/2

6. Determinar x de modo que o triângulo ABC seja retângulo em B. São dados: A(4, 5), B(1, 1) e C(x, 4).

7. Se P(x, y) eqüidista de A(-3,7) e B(4, 3), qual é a relação existente entre x e y?

8. Dados A(x, 5), B(-2, 3) e C(4, 1), obter x de modo que A seja eqüidistante de B e C.

9. Determinar o ponto P, pertencente ao eixo das abscissas, sabendo que é eqüidistante dos pontos
A(1, 3) e B(-3, 5).

10. Determinar o ponto P, da bissetriz dos quadrantes pares, que eqüidista de A(8, -8) e B(12, -2).

11. Dados os pontos A(8, 11), B(-4, -5) e C(-6, 9), obter o circuncentro do triângulo ABC.

12. Dados A(-2, 4) e B(3, -1) vértices consecutivos de um quadrado, determinar os outros dois vértices.

13. Baricentro (“As coordenadas do baricentro são as médias aritméticas das coordenadas dos
vértices”)de um triângulo é o ponto G(1, 6) e, dois de seus vértices são A(2, 5) e B(4, 7).
Determinar o terceiro vértice.

14. Determinar y para que os pontos A(3, 5), B(-3, 8) e C(4, y) sejam colineares.

15. Mostrar que A(a, 2 a - 1), B(a + 1, 2 a +1) e C(a + 2, 2 a + 3) são colineares para todo valor real a.

16. Dados A(1, 1) e B(10, -2), obter o ponto em que a reta AB intercepta o eixo das abscissas.

17. Dados A(2, -3) e B(8, 1), obter o ponto em que a reta AB intercepta a bissetriz dos quadrantes
ímpares.

18. Dados A(7, 4) e B(-4, 2), obter o ponto em que a reta AB intercepta a bissetriz dos quadrantes
pares.

19. Dados A(-3,4), B(2, 9), C(2, 7) e D(4, 5), obter a interseção das retas AB e CD.

20. Quais os valores de k para os quais as retas: x + 2y – 2k = 0 , kx – y – 3 = 0 e 2x – 2y – k = 0


são concorrentes num mesmo ponto?

21. Qual o valor da abscissa do ponto, pertencente à reta y = 2x + 1 e eqüidistante dos pontos (0,0) e
(2, -2)?

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22. Sejam os pontos A(1,2), B(2,-2) e C(4,3). Escreva a equação das retas:
a) Passa por A e pelo ponto médio do segmento BC.
b) É mediatriz do segmento AC.
c) Passa por C e é perpendicular a reta suporte do segmento AB

23. Os pontos M(2,3), N(-1,4) e P(1,5) são, respectivamente, os pontos médios dos lados AB, AC e BC de
um triângulo. Determine:
a) Os vértices do triângulo ABC.
b) As coordenadas do seu baricentro.
c) O valor dos seus ângulos internos.
d) A equação da reta suporte da mediana relativa ao lado AB.
e) A equação da reta suporte da altura relativa ao lado BC.
f) A equação da reta suporte da mediatriz do lado AC.

x
y 2
24. Os pontos de intersecção dos eixos coordenados com a reta 2 determinam um segmento.
Qual a equação da reta mediatriz desse segmento?

25. Um quadrado ABCD, cujo lado mede 2 5 cm, tem seu vértice A na origem, seu lado AB na reta de
equação y = 2x e se vértice no primeiro quadrante. Se o vértice C é consecutivo de B, qual a
equação da reta que contém o lado BC?

26. Sejam os pontos A(1, -2), B(3, 4) e C(x , -1). Calcule x para que as retas suportes dos segmentos AB
e AC sejam perpendiculares.

27. Calcule o valor de k para que a distância entre o ponto P(k, 2) e a reta de equação 3x + 4y – 40 = 0,
seja igual a 4 unidades de comprimento.

28. ponto A(-1, -2) é um dos vértices de um triângulo eqüilátero ABC cujo lado BC está sobre a reta de
equação x + 2y – 5 = 0. Determine a altura h desse triângulo.

Respostas:

18) x = -3
19) 14x – 8y + 33 = 0
20) x =2
21) P(-3, 0)
22) P(-5, 5)
23) P(2, 3)

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  8,4 ;  3,9 

24) 
  2,6 ;   7,1
25) (-3,6)
9
26) y = 2
27) a real, a  -1 e a  4.
28) (4, 0)
29) (-13, -13)
 - 30 30 
 
30) 
13 13 
31) P (1, 8)
33) 2 e –3/2
34) -3
35) a) 3x + 4y = 11; b) 3x + y – 10 = 0; c) x – 4y + 8 = 0
36) a) A(0,2); B(4,4); C(-2,6); b) G(2/3; 4); c)90º;
45º;45º; d)3x + 4y +18 = 0; 3x – y + 2 = 0; x – 2y + 9 = 0
37) 2x + y + 3 = 0
38) x + 2y – 5 = 0
39) -2
40) k = 52/3 ou k = 4 eh= 2 5
41) a) (0,2)
2 1 1 3
y x y x
b) 3 3 e 2 2
c) (-2,1) e (3,0)
d) 7

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