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STEPHANIE MIRANDA DE SOUZA

Sistemática de implementação de ferramentas da qualidade na gestão logística


de uma metalurgica no Vale do Paraíba-SP

Guaratinguetá - SP
2019
Stephanie Miranda de Souza

Sistemática de implementação de ferramentas da qualidade na gestão logística


de uma metalurgica no Vale do Paraíba-SP

Monografia apresentada ao Curso de


Especialização em Gestão da Produção da
Faculdade de Engenharia do Campus de
Guaratinguetá, Universidade Estadual Paulista,
como parte dos requisitos para obtenção do
certificado de Especialista em Gestão da
Produção.

Orientador: Prof. Dr. Fernando Augusto Silva


Marins

Guaratinguetá - SP
2019
Souza, Stephanie Miranda de
S729s Sistemática de implementação de ferramentas da qualidade na gestão
logística de uma metalúrgica no Vale do Paraíba-SP / Stephanie Miranda de
Souza – Guaratinguetá, 2019.
44 f.
Bibliografia: f. 41-44

Monografia de especialização em Gestão da Produção – Universidade


Estadual Paulista, Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá, 2019.
Orientador: Prof. Dr. Fernando Augusto Silva Marins

1. Logística. 2. Controle de qualidade. 3. Processo decisório. I. Título.

CDU 658.5

Luciana Máximo
Bibliotecária/CRB-8 3595
DADOS CURRICULARES

STEPHANIE MIRANDA DE SOUZA

NASCIMENTO 25.08.1994 – Macaé / RJ

FILIAÇÃO Paulo Roberto de Souza


Ana Maria Aires de Miranda

2012/2015 Curso de graduação - Administração


Universidade Salesiana de São Paulo
Dedico este trabalho a minha família e aos meus
amigos que me deram o suporte necessário para
a concretização desse objetivo. A minha mãe
Ana Maria e ao meu namorado Fernando pelo
incentivo e apoio.
AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus antes de tudo, Ele me deu condições, de forma integral e plena, de
conquistar essa etapa. Sem a saúde, proteção e o discernimento que Ele me proporcionou nada
do que foi feito seria possível.
ao meu orientador, Prof. Dr. Fernando Silva Augusto Marins que sempre foi solícito,
dedicado e me indicou por muitas vezes alternativas que possibilitaram a conclusão dessa
pesquisa.
aos meus pais Paulo Roberto de Souza e Ana Maria Aires de Miranda, que a despeito dos
desafios da vida me incentivaram a percorrer o caminho do conhecimento proporcionado pelos
estudos.
aos meus irmãos Jennifer Miranda de Souza e Peter Anderson Miranda de Souza pela
torcida e palavras de ânimo.
aos meus amigos que durante todo o percurso me incentivaram e me deram suporte para
que os compromissos com os estudos fossem cumpridos.
Aos responsáveis pela gestão logística da empresa que permitiram que a pesquisa fosse
realizada.
aos funcionários da Faculdade de Engenharia do Campos de Guaratinguetá pela presteza
e disponibilidade no atendimento.
“Só se pode alcançar um grande êxito quando
nos mantemos fiéis a nós mesmos.”
Friedrich Nietzsche Goethe
RESUMO

Esta pesquisa aborda como o uso das ferramentas da Qualidade pode gerar ganhos em
atividades inerentes à Logística e também observar como esses recursos dão apoio às tomadas
de decisões por meio dos resultados fornecidos. O cenário fabril possibilita uma integração
prática de conceitos de áreas distintas, pela necessidade de desenvolver uma sinergia nos
procedimentos, com o fim de criar vantagens mercadológicas e, também, para que se obtenha
maior controle das atividades com consequente crescimento da organização de forma holística.
O trabalho é estruturado com base nessa associação de percepções e teses. Trata-se de uma
pesquisa-ação exploratória que utiliza valores históricos de uma metalúrgica no ano de 2018
para analisar os benefícios práticos de adotar, como meio de gestão logística, as ferramentas
provenientes de estudos relacionados à Qualidade.

PALAVRAS-CHAVE: Logística. Ferramentas da qualidade. Pesquisa-ação. Indústria


metalúrgica.
ABSTRACT

This research addresses how the use of Quality tools can generate gains in activities inherent to
Logistics and also to observe how these resources support the decision making through the
results provided. The manufacturing scenario enables a practical integration of concepts from
distinct areas by the need to develop a synergy in the procedures in order to create market
advantages and also to obtain greater control of activities with consequent growth of the
organization in a holistic way. The work is structured based on this association of perceptions
and theses. This is an exploratory action research that unites the historical values of a
metallurgical company in the year 2018 to analyze the practical benefits of adopting as tools of
logistic management the tools derived from studies related to Quality.

KEYWORD: Logistics. Quality tool. Action research. Metallurgical industry.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Número de citações com as palavras chaves “quality tools” e “logistics”........... 15


Figura 2 – Total de publicações com as palavras chaves “quality tools” e “logistics”.......... 16
Figura 3 – Classificação da Pesquisa .......................................................................... .............17
Figura 4 – Sequência das etapas de desenvolvimento da pesquisa ......................................... 17
Figura 5 – Estrutura simplificada da Logística Empresarial ................................................... 21
Figura 6 – Evolução do conceito de Qualidade ....................................................................... 25
Figura 7 – Prioridade de melhorias com base na matriz GUT ................................................ 29
Figura 8 – Diagrama de Ishikawa aplicado a pesquisa ............................................................ 31
Figura 9 – PDCA do processo ................................................................................................. 34
Figura 10 – Tempo médio de carregamento de veículos ......................................................... 35
Figura 11 – FMEA da empilhadeira ........................................................................................ 36
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Benefícios da Logística para a empresa.................................................................23


Quadro 2: Conceituação das ferramentas da Qualidade...........................................................26
Quadro 3 – Escala de grau de prioridades................................................................................28
Quadro 4 – Desafios e propostas de melhorias.........................................................................29
Quadro 5 – Proveniência dos dados coletados..........................................................................30
Quadro 6 – 5W2H.....................................................................................................................32
Quadro 7 – Ficha de Verificação...............................................................................................33
Quadro 8 – PDCA do processo.................................................................................................33
Quadro 9 – Parâmetros para a FMEA.......................................................................................37
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Matriz GUT.............................................................................................................29


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 13
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA E QUESTÃO DA PESQUISA ............. 13
1.2 OBJETIVOS, JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA ..................................................... 14
1.3 CLASSIFICAÇÃO E ETAPAS DA PESQUISA ............ .............................................16
1.4 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA ............................................................................ 19
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 20
2.1 LOGÍSTICA ............................................... ..................................................................20
2.2 GESTÃO LOGÍSTICA ................................................................................................ 22
2.3 FERRAMENTAS DA QUALIDADE .......................................................................... 24
3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ........................................... 27
3.1 DESCRIÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO E DO PROBLEMA ....... ..........................27
3.2 ETAPAS DO TRABALHO .............. ............................................................................30
3.2.1 Coleta de Dados......................... ..................................................................................30
3.3 TEMPO DE CARREGAMENTO ................................................................................ 31
3.3.1 Tempo de Carregamento – Análise de dados ....... ....................................................34
3.4 FMEA DA EMPILHADEIRA ................ ......................................................................36
4 CONCLUSÕES ........................................................................................................... 38
4.1 VERIFICAÇÃO DOS OBJETIVOS E RESPOSTA À QUESTÃO DE PESQUISA .. 38
4.2 SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS .............. .............................................39
REFERÊNCIAS.......... ................................................................................................ 40
13

1 INTRODUÇÃO

Neste capítulo apresenta-se a contextualização do problema, a questão de pesquisa que


motivaram este trabalho, os objetivos propostos, bem como as suas justificativas, materiais e
métodos aplicados e a estrutura da monografia.

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA E QUESTÃO DA PESQUISA

Para Ballou (2009), as empresas estão dentro de um cenário volátil e por isso devem se
adequar às exigências de desempenho. O desenvolvimento sistemático das práticas de uma
organização é importante para a manutenção de seus processos, já que, de acordo com Sagawa
e Assis (2018), a indústria é constantemente pressionada para apresentar melhorias. Nesta
mesma linha, segundo Moura, Camargo e Zanin (2017) a competição surge como fator
propulsor de desenvolvimento e aprimoramento de ferramentas.
É importante que os processos sejam revistos de forma periódica e que as adequações
dos métodos aplicados sejam feitas para que se consiga criar vantagem competitiva; de fato, de
acordo com Longaray et al. (2015), deve-se mapear os processos e analisar sistematicamente
as ferramentas de gestão para que se encontre os métodos mais adequados para a realidade e
cultura da organização.
O conceito e as práticas da Logística, a partir da década de 2010, passaram ser entendidas
de forma mais abrangente do que há tempos atrás. Concordando com isto, Sagawa e Assis (2018)
ressaltaram que o desenvolvimento da área de Logística se deve a adoção de novas tecnologias
e métodos, e pode-se citar, como exemplo, as ferramentas da qualidade que, de acordo com
Beltrão e Martins (2017), são capazes de potencializar as melhorias de desempenho
identificadas.
A competitividade acirrada modificou o cenário mercadológico de forma que as empresas,
de acordo com Ballou (2009), criaram uma relativa dependência ao controle dos custos
logísticos para a sobrevivência. Ainda segundo Ballou (2009), a Logística não deve ser uma
atividade descoordenada sem objetivos claros, ao contrário, sua relevância no custo final do
processo transformou as suas práticas, de um simples apoio para uma parte essencial dos
negócios de qualquer organização.
Em coerência a este cenário, a adoção de ferramentas da qualidade é uma prática aceitável
e relevante para manter-se competitivo no mercado já que, de acordo com Beltrão e Martins
(2017), a qualidade está relacionada com a satisfação dos clientes envolvendo requisitos
14

logísticos, como o do serviço de entrega, eficiência e rapidez no atendimento das demandas e


cuidados com as condições físicas do produto.
Neste contexto, com base nas demandas de mercado e nos recursos disponíveis nas
organizações, esta pesquisa busca resposta para a questão: As ferramentas da qualidade são
relevantes nas atividades logísticas de uma metalúrgica no Vale do Paraíba - SP?.

1.2. OBJETIVOS, JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA

Alinhado com a preocupação colocada na questão de pesquisa que motivou este trabalho,
foi estabelecido como sendo o objetivo geral do trabalho a identificação da utilidade das
ferramentas da qualidade como auxílio à tomada de decisão em processos logísticos em uma
empresa metalúrgica no Vale do Paraíba - SP.
Os objetivos específicos, considerando uma aplicação em uma empresa metalúrgica no
Vale do Paraíba - SP, são:
- Testar ferramentas da qualidade como apoio na tomada de decisões no âmbito logístico.
- Verificar quais os ganhos que podem ser agregados aos processos logísticos com a
adoção de ferramentas da qualidade
De acordo com Beltrão e Martins (2017), a gestão logística vem ganhando atenção das
organizações pelo impacto da mesma na qualidade do produto e pela percepção dos atributos
logísticos pelos clientes. Segundo Sagawa e Assis (2018), as empresas procuram satisfazer os
clientes por meio do aprimoramento dos serviços a fim de ajustar as expectativas com os
recursos disponíveis.
Neste contexto, é possível notar que é necessário investir na melhoria de ferramentas
envolvendo a logística, pois o retorno obtido é relevante nas práticas e processos, de acordo
com Guimarães et. al. (2013).
Para Oliveira et. al. (2015), as empresas buscam conquistar vantagens competitivas
agregando percepção de valor ao produto para os clientes, o que se torna uma possibilidade real
se a logística da empresa for alinhada com as metas organizacionais. Neste sentido, as
ferramentas da qualidade e os processos logísticos podem ser propulsores do desenvolvimento
e execução de metas nas empresas.
Os ganhos processuais são notórios e, no ambiente acadêmico, estudos nesta área vêm
ganhando espaço nos últimos quatro anos, como indica a Figura 1 extraída de pesquisa realizada
na base de dados Web of Science. De fato, ao serem combinadas as palavras chaves “quality
tools” e “logistics”, foi possível perceber que o número de citações triplicou no período de
15

2015 - 2017 e, neste último ano, os dados ultrapassam o número de 1.000 documentos
discutindo esta temática.

Figura 1 – Número de citações com as palavras chaves “quality tools” e “logistics”

Fonte: Web of Science (2018).

A crescente tendência verificada nas pesquisas envolvendo a temática desta monografia


evidencia que a busca por aprofundamento na literatura para aplicações nas organizações é uma
realidade, oriunda da necessidade de melhorar a gestão logística das empresas. Neste sentido,
as boas práticas devem ser replicadas, seja com a utilização de históricos de atividades ou com
base em benchmarking de casos de sucesso.
A aplicação de métodos e ferramentas são primordiais para uma gestão logística eficiente
e, no período de 2014 a 2018, aquelas voltadas para garantir a integridade do produto e do
processo estão recebendo grande atenção. A Figura 2 ilustra a evolução da temática desde o ano
de 2014, confirmando assim a relevância do assunto nos últimos anos.
Entendendo a competitividade mercadológica atual e com base numa perspectiva de
desenvolvimento logístico por meio de ferramentas da qualidade este trabalho busca fomentar,
16

nas empresas, o estudo para a adoção de práticas eficazes que auxiliem no processo de melhoria
de seus processos e métodos de gestão.

Figura 2 – Total de publicações com as palavras chaves “quality tools” e “logistics”

Fonte: Web of Science (2018).

1.3. CLASSIFICAÇÃO E ETAPAS DA PESQUISA

A presente pesquisa é de natureza qualitativa e orientada pelo método pesquisa-ação que,


para Gil (2008), tem como característica a participação do pesquisador e dos pesquisados no
desenvolvimento do trabalho, conforme está destacado na Figura 3.
17

Figura 3 – Classificação da Pesquisa

Natureza Objetivos Abordagem Procedimento

Básica Exploratória Quantitativa Experimento

Modelagem e
Aplicada Descritiva Qualitativa
Simulação

Explicativa Combinada Survey

Empírica
Estudo de Caso
Normativa

Pesquisa-ação

Soft System
Methodology

Fonte: Adaptado de Bertrand e Fransoo (2002).

Os passos comumente adotados numa pesquisa-ação são: planejamento, coleta de dados,


análise e interpretação e redação do relatório, como está ilustrado na Figura 4.

Figura 4 – Sequência das etapas de desenvolvimento da pesquisa

Planejamento

Coleta de
Dados

Análise e
intepretação

Redação do
relatório

Fonte: A autora
18

Para sua consecução, em uma empresa metalúrgica no Vale do Paraíba – SP, este trabalho
seguiu estas etapas da Figura 4, e que são descritas na sequência:
Etapa 1. Planejamento do trabalho - O planejamento se deu a partir da formulação do
problema realizado por observações dos desafios do setor e no intuito de atenuar os impactos
processuais nas atividades.
Etapa 2 – Coleta de dados - Os dados foram coletados por entrevistas abertas com os
colaboradores e gestores da área além das informações retiradas de bancos de dados da
organização como planilhas de Excel e BI (Business Intelligence). Esses dados foram utilizados
para percepção e avaliação dos tempos e objetos participantes das atividades.
Etapa 3 – Análise e interpretação dos resultados - A partir da coleta de dados as avaliações
foram transformadas em uma matriz GUT (Gravidade, Urgência e Tendência) que foi
desenvolvida para determinar a prioridade e delimitar a área de atuação. De acordo com Veras
et al. (2016), a matriz GUT é um bom canal para auxiliar na tomada de decisão, solucionar
problemas e desenvolver estratégias e produtos. Orientada pela matriz GUT, na empresa
estudada, duas linhas foram determinadas para a ação: o tempo de carregamento e a manutenção
da empilhadeira de movimentação de materiais.
Em atividade de retorno aos gestores da área, uma reunião de brainstorm foi realizada a
fim de gerar alternativas viáveis para a resolução dos problemas. Ferramentas da qualidade
foram escolhidas para serem utilizadas na pesquisa durante a reunião.
As causas dos problemas prioritários foram identificadas e um plano sistêmico de
melhoria foi sugerido a partir das ferramentas da qualidade, com o intuito de diminuir o tempo
das operações e impactar com menor intensidade o índice de falhas operacionais logísticas.
As ferramentas utilizadas para sistematizar a melhoria de processos foram: Brainstorm
(Oliveira, 2011), Gráfico de Ishikawa (Oliveira, 2011), Diagrama de Pareto (Junior, Picchiai e
Saraiva, 2015), Histograma (Junior, Picchiai e Saraiva, 2015), Ficha de Verificação (Junior,
Picchiai e Saraiva, 2015), 5W2H (Oliveira, 2011), PDCA (Saavedra, 2010) e FMEA (Paranhos
et. al., 2016).
Etapa 4 – Redação do relatório - Os resultados da pesquisa foram analisados,
interpretados, validados e demonstrados a partir da redação de um relatório que propõe
sugestões procedimentais para as atividades analisadas com o fim de dinamizar e provocar
melhorias nos processos logísticos.
19

1.4. ESTRUTURA DA MONOGRAFIA

Este trabalho está estruturado em mais três capítulos. No Capítulo 2 está a fundamentação
teórica, fixando conceitos chaves para a compreensão da temática, no Capítulo 3 descreve-se a
aplicação realizada numa empresa metalúrgica no Vale do Paraíba - SP, finalmente no Capítulo
4 estão as considerações finais do trabalho, com a verificação dos objetivos propostos e a
resposta à questão de pesquisa, sendo seguido pelas referências bibliográficas utilizadas.
20

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo estão apresentadas as bases teóricas para a fundamentação da pesquisa,


sobre temas ligados à área de Logística e de Qualidade.

2.1 LOGÍSTICA

O conceito de Logística Empresarial é importante para uma sustentável e rentável


administração de um negócio. Segundo Ferreira et. al. (2016), as ações estratégicas da logística
visam a manutenção competitiva de uma organização que gera valor ao cliente e reduz custos
nas operações. Entender o seu conceito não só contribui para alinhar as tendências com as
demandas como facilita a criação de métodos e ações de gerenciamento.
Ao definir Logística Empresarial, Ballou (2009) acopla todas as atividades de
movimentação e armazenagem desde a retirada da matéria-prima até a entrega do produto de
maneira a auxiliar o fluxo de informações e a equalizar os custos com o nível de serviço.
Ballou (2009) ressalta que não é recente os históricos de atividades nas empresas ligadas
ao estoque, transportes e comunicações, porém a gestão eficaz das tarefas logísticas recebeu
atenção e ações estratégicas nos últimos anos quando a análise dos custos logísticos começou
a ser correlacionada com resultados da empresa.
Segundo Ballou (2007) houve um avanço empresarial da Logística entre 1960 e 1970,
porém ainda com limitações. A fragmentação das operações causava problemas nos
relacionamentos interdepartamentais, custos altos e baixos níveis de serviço. O investimento
em estudos na área progrediu e novas perspectivas foram analisadas em concordância com as
tendências mercadológicas.
As modificações sociais e de mercado refletem o movimento da evolução das formas de
gestão e dos métodos de produção. A área de logística, por exemplo, têm destaque nesse cenário
de nuances conceituais e de estratégias já que conquistou, segundo Ferreira et. al. (2016),
posição de impacto direto na eficácia operacional.
Desenvolver uma estratégia de sucesso demanda analisar fatores logísticos, já que, de
acordo com Ferreira et. al. (2016), a logística compreende atividades e responsabilidades, além
da movimentação de material, ela é capaz de gerar valor para o cliente e posicionar a
organização em local de destaque no mercado de atuação.
Ainda para Ferreira et. al. (2016), gerir de maneira integrada é uma necessidade oriunda
da competitividade do mercado que exige uma maior abrangência no gerenciamento das
21

atividades, além disto, a complexidade das operações aumentou em paralelo com o controle
sistêmico de custos, tempos, organização e eficiência visando mensurar e potencializar os
retornos produtivos.
A abrangência das atividades compreende fatores internos e externos à empresa.
Ayantoyinbo e Gegeleso (2018) afirmam que os processos de entrada e saída da Logística
(inbound e outbound”) programam e planejam todo o fluxo de mercadoria entre uma
organização e seus parceiros externos, sejam cliente ou sejam fornecedores.
Pode-se definir Logística Inbound, de acordo com Ayantoyinbo e Gegeleso (2018), como
as atividades de transportes, armazenamento e distribuição que compõem as entradas dos
materiais de uma empresa limitando-se a localização da empresa. Em outras palavras é todo o
processo de gestão dos materiais de pré-produção ou de movimentação interna de uma empresa
desde a saída do fornecedor.
Já o conceito de Logística Outbound, segundo Ayantoyinbo e Gegeleso (2018), representa
o plano de gestão de distribuição das empresas, ou seja, é a parte da logística que controla o que
sai da organização para entrega.
Para que haja confiabilidade e eficiência das redes de distribuição em consonância com a
diminuição de custos é importante conhecer e correlacionar as atividades de Logística Inbound
e Outbound para que haja combinações capazes de auxiliar o desenvolvimento da cadeia de
suprimentos da empresa, de acordo com Ayantoyinbo e Gegeleso (2018). A figura 5 demonstra
a composição conceitual de Logística Empresarial.

Figura 5 – Estrutura simplificada da Logística Empresarial

LOGÍSTICA
INBOUND

LOGÍSTICA
EMPRESARIAL

LOGÍSTICA
OUTBOUND

Fonte: A autora
22

Portanto é prudente que se construa estratégias eficazes, considerando fatores logísticos


de entrada e saída, já que a competitividade do mercado está acirrada e busca diferenciações
nos detalhes operacionais das organizações.

2.2 GESTÃO LOGÍSTICA

Para Ballou (2009), a Logística Empresarial compreende todo o fluxo de informação,


movimentação e armazenagem de produtos desde a matéria-prima até o consumidor final. O
campo de atuação é extenso e relevante para os negócios. O dinamismo das operações logísticas
deve acompanhar o movimento do mercado.
Em um mercado dinâmico a gestão eficaz da Logística surge como um distintivo na
proposta de oferta. De acordo com Vasconcelos e Pereira (2011), a qualidade dos serviços
logísticos é um diferencial na gestão empresarial como defluência do aumento da concorrência.
Ampliar o nível do serviço logístico é uma exigência mercadológica, para Beltrão e
Martins (2017), a busca das organizações para conquistar os clientes é atrelada a qualidade
ofertada pela logística, por esta razão é importante ajustar os processos e os métodos de trabalho
para que o serviço final seja coerente com as expectativas dos clientes.
A integração das áreas no processo decisório da gestão logística é fundamental para
processos de melhoria e no controle dos custos. De acordo com Ayantoyinbo e Gegeleso (2018),
algumas áreas são críticas nas influências exercidas no processo logístico, tais como: comercial,
suprimentos, faturamento, contabilidade e marketing.
O bom relacionamento com os stakeholders facilita o fluxo de informações e possibilita
um estreitamento na comunicação o que favorece a compreensão das verdadeiras demandas e
dos reais pontos relevantes para a cadeia.
Entender quem são os agentes relacionais da rede logística é fundamental para o sucesso
operacional. Ayantoyinbo e Gegeleso (2018) afirmam que os parceiros na Logística Inbound
são aqueles relacionados aos fornecedores, já os parceiros na Logística Outbound são aqueles
ligados à expedição.
Gerir a cadeia logística de uma organização integrando as suas atividades com as demais
desenvolvidas nas organizações traz alguns benefícios para as empresas. O Quadro 1,
desenvolvido por Marchesini (2014), detalha os ganhos obtidos com o envolvimento da
logística nos processos chaves do negócio.
A Logística é um campo passivo de receber investimentos em inovação já que, de acordo
com Ferreira et. al. (2016), ela é uma fonte de vantagem competitiva. Aplicar conceitos
23

multidisciplinares para obter eficácia organizacional é uma proposta capaz de convergir as


metas organizacionais com as expectativas do mercado

Quadro 1 – Benefícios da Logística para a empresa


24

Fonte: Marchesini (2014).

2.3 FERRAMENTAS DA QUALIDADE

O estudo da Qualidade como meio diferenciador não é uma temática recente e se


apresenta como requisito fundamental para a sobrevivência de uma organização. Desde a
segunda guerra mundial fatores críticos da qualidade se tornaram relevantes. De acordo com
Bundchen et. al. (2015), os japoneses foram incentivados pelo cenário pós-guerra a priorizarem
a Qualidade e como decorrência desenvolveram o que se conhece como Processo de Melhoria
Contínua.
A ampliação da ideia do que é a Qualidade dividiu as responsabilidades de um
departamento específico com toda a organização e acoplou de forma abrangente os aspectos
que envolvem a produção, segundo Cesconeto et. al. (2014), que afirmam, ainda, que como
decorrência das mudanças de concepções a Qualidade tornou-se o objetivo da produção.
A maneira de enxergar os conceitos e práticas da qualidade se modificaram ao longo do
tempo, para Cesconeto et. al. (2014), a busca por aprimoramento dos métodos de produção
partiu das organizações que perceberam que adotar um sistema de gestão propicia uma garantia
de manutenção no contexto mercadológico.
Algumas ideias foram disseminadas e idealizadas como verdades conceituais em relação
a Qualidade. A Figura 6 apresenta uma síntese desses pensamentos de forma cronológica.
De acordo com Palandi (1998), os insucessos dos programas da Qualidade nas
organizações estão relacionados, na maioria das vezes, à falta de conhecimento dos conceitos
fundamentais e das estratégias gerenciais da qualidade, o que reforça a importância de
compreender o objetivo dos métodos e ferramentas utilizados na organização.
25

Figura 6 – Evolução do conceito de Qualidade

Feigenbaum - 1951: Qualidade é uma determinação do cliente, não uma


determinação da engenharia, uma determinação de marketing ou uma
determinação do gerenciamento geral. É baseada na experiência real do consumidor
com o produto em serviço

Juran - 1964: Qualidade é a adequação ao uso.

Crosby - 1979: Qualidade é a conformidade com as especificações


do cliente.

Thomaz - 2001: Qualidade é o conjunto de propriedades de um


bem ou serviço que redunde na satisfação das necessidades dos
seus usuários, com a máxima economia de insumos e energia,
com a máxima proteção à saúde e integridade física dos
trabalhadores na linha de produção com a máxima preservação
da natureza.

Slack, Chambers, Johnston - 2002: Definem qualidade como, a


consistência com conformidade e as expectativas dos
consumidores, afirmam ainda que a qualidade é a adequação entre
as expectativas dos consumidores e a percepção deles do produto
ou serviço.

Paladini - 2004: O conceito da qualidade envolve múltiplos elementos,


com diferentes níveis de importância. Centrar atenção exagerada em
algum deles ou deixar de considerar outros pode fragilizar
estrategicamente a empresa

Carvalho et al - 2005: Qualidade é um termo que utiliza-se cotidianamente, mas se


perguntarmos a diversas pessoas o seu significado, dificilmente chega-se a um
consenso.

Fonte: Adaptado de Cesconeto et. al. (2014).

As oito ferramentas da Qualidade que foram utilizadas na pesquisa para sistematizar a


melhoria dos processos foram: Brainstorm, Gráfico de Ishikawa, Diagrama de Pareto,
Histograma, Ficha de Verificação, 5W2H, PDCA e FMEA. O entendimento das ações
sugestivas para atingir o objetivo da pesquisa se faz, inicialmente, com a compreensão teórica
26

das ferramentas da qualidade. O Quadro 2 foi elaborado com base nas ideias de Araújo et. al.
(2006), Junior, Picchiai e Saraiva (2015), Saavedra (2010), Paranhos et. al. (2016) e Banas
(2012).

Quadro 2: Conceituação das ferramentas da Qualidade

Ferramenta Conceito
Brainstorming Ferramenta que permite explorar o potencial criativo do indivíduo a fim
de encontrar soluções para problemas.
Gráfico de Ishikawa Relaciona de forma objetiva, hierárquica e visual as causas dos
problemas e os seus respectivos efeitos nos processos.
Diagrama de Pareto É um histograma que organiza e prioriza os problemas. Ele torna visível
o resultado com maior benefício.
Histograma Representação gráfica que exibe dados em colunas com disposições
estatísticas.
Ficha de Verificação Ferramenta de registro sistêmico de eventos, observações e
experiências capaz de formar um histórico e gerar padrões e tendências.

5W2H Elaborado para indicar e detalhar as ações a serem tomadas com base
em sete perguntas, essas são: O que (What) será feito, quando (When),
onde (Where), por que (Why), por quem (Who), como (How) e quanto
(How much).

PDCA É uma metodologia capaz de auxiliar em diagnósticos, análises e


prognóstico de problemas organizacionais e é dividida em quatro
etapas: Plan (planejar), Do (executar), Check (verificação) e Action
(ação)

FMEA (Failure Mode Oriunda da indústria militar, a ferramenta busca trabalhar com a
and Effect Analysis) previsibilidade de potenciais falhas para tomar providencias corretivas
evitando ocorrências negativas nas atividades.

Fonte: A autora.
27

3. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Neste capítulo o processo de desenvolvimento da pesquisa é descrito de acordo com os


passos metodológicos planejados e realizados na empresa.

3.1 DESCRIÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO E DO PROBLEMA

O estudo se desenvolveu em uma metalúrgica de médio porte na região do Vale do Paraíba


com mais de 50 anos de atividade e produção anual de aproximadamente 100 mil toneladas. A
atividade cerne da empresa é a produção de material de aço destinado ao setor industrial, com
ênfase no mercado de petróleo e gás, porém também atende outros nichos de mercado como o
de construção civil por exemplo.
A empresa oferta no mercado nacional com pedidos em todas as regiões do país e atende
também a demanda internacional. A extensão do mercado coberto pela carteira de pedidos da
empresa reforça a necessidade de ajustar e reduzir os tempos logísticos.
Oito ferramentas da qualidade nortearam o desenvolvimento da sistemática de
implementação de melhorias criada a fim de atender as necessidades específicas da metalúrgica
estudada e também auxiliar na gestão de tarefas em função do tempo.
Utilizar os estudos da Qualidade para aprimorar a produção é uma escolha benéfica para
os processos. Saavedra (2010) afirma que as ferramentas da qualidade são eficazes nas reduções
de perdas do processo produtivo.
Para que as ações com as ferramentas da qualidade utilizadas para a gestão logística
fossem relevantes a abordagem dividiu-se em duas etapas. A primeira consistiu em entender os
desafios e as necessidades das atividades e a segunda em priorizar as atividades de maiores
impactos.
Para priorizar as atividades foi elaborada uma Matriz GUT que, de acordo com Pestana
et. al. (2016), auxilia na tomada de decisões utilizando meios quantitativos para soluções de
problemas. A sigla significa Gravidade, Urgência e Tendência. A escala de gravidade, urgência
e tendência pode ser identificada no Quadro 3.
28

Quadro 3 – Escala de grau de prioridades

Gravidade Urgência Tendência


1 Sem gravidade Não há pressa Estável
2 Pouco grave Há tempo para espera Vai piorar a longo prazo

3 Vai piorar em médio


Grave O mais breve possível
prazo
4 Muito grave Há certa urgência Vai piorar em curto prazo

5 Extremamente grave Ação imediata Vai piorar rapidamente

Fonte: A autora

Dados de problemas recorrentes e da rotina do setor logístico foram coletados por meio
de entrevistas com os responsáveis da área na empresa estudada e constam da Tabela 1. O
período de observação teve início em janeiro de 2018 e término em setembro de 2018.

Tabela 1 – Matriz GUT

Pontos de melhoria Gravidade Urgência Tendência Prioridade


Tempo de carregamento de 4 4 4 64
tubos de estoque
Tempo com movimentação de 3 3 4 27
tubos de sucata
Multas por eixo 3 2 3 18
Utilização de empilhadeira 4 3 4 48

Fonte: A autora

A matriz criada para esta pesquisa respeitou a argumentação dos profissionais da área que
vivenciam a dinâmica de atividade. Pode-se perceber que o tempo de carregamento, apesar de
não ser classificado como categoria 5 em nenhum dos fatores, é o aspecto mais impactante nas
operações internas do setor. A figura 7 demonstra de forma visual o que é prioritário dentre os
aspectos de melhoria.
29

Figura 7 – Prioridade de melhorias com base na matriz GUT

Fonte: A autora

A partir das informações coletadas, duas ações foram sugeridas para dinamizar os
processos e auxiliar na redução de tempo e esforços com base em ferramentas da qualidade
como detalhado no Quadro 4.

Quadro 4 – Desafios e propostas de melhorias

Desafio Ferramentas utilizadas Proposta de melhoria

Identificar as causas do
Brainstorm, gráfico de problema, registrar e demonstrar
Tempo de carregamento de Ishikawa, diagrama de Pareto, de forma clara as falhas do
1
tubos histograma, ficha de processo, desenvolver métodos
verificação, 5W2H, PDCA de controle, padronizar as ações e
sugerir a sistemática de melhoria.

Sugerir método de controle para


Manutenção da empilhadeira
2 FMEA as falhas mecânicas recorrentes
de movimentação de tubos
da máquina.

Fonte: A autora
30

Com base nas ações estruturadas de implementação, registros, análises e observações


geradas dos processos foi apresentado uma proposta de melhoria para as rotinas do setor que
impactam nos problemas detectados.

3.2 ETAPAS DO TRABALHO

A observação dos desafios do setor logístico culminou na motivação do desenvolvimento


da pesquisa e as etapas planejadas buscaram atenuar os impactos processuais nas atividades.

3.2.1 Coleta de dados

Os dados foram coletados por entrevistas abertas e bases de dados internas de uso
exclusivo da organização. O Quadro 5 apresenta quais informações foram retiradas de cada
fonte de coleta.

Quadro 5 – Proveniência dos dados coletados

Fonte de Coleta Informações Extraídas


Rotina de atividades, desafios internos de
Brainstorm processos, expectativas individuais e
organizacionais.
Base de dados (Excel e BI - Valores históricos de recursos utilizados e tempo
Business Intelligence) das atividades.

Fonte: A autora

De acordo com a Matriz GUT desenvolvida nesta pesquisa (pode-se observar na Tabela
1) que o Tempo de Carregamento entre janeiro e setembro de 2018 foi o fator mais relevante na
rotina de atividades que eram passivas de ajustes processuais.
Para essa atividade a proposta de melhoria envolve identificar as causas do problema,
registrar e demonstrar de forma clara as dificuldades do processo, desenvolver métodos de
controle, padronizar as ações e sugerir a sistemática de melhoria.
A Matriz GUT desenvolvida também demonstrou que existe uma máquina indispensável
para as atividades de movimentação de material que demanda atenção especial por impactar
significativamente o tempo das atividades inerentes ao setor estudado. Como proposta de
31

melhoria foi sugerido a utilização da FMEA como método de controle para as falhas mecânicas
recorrentes da máquina.

3.3 TEMPO DE CARREGAMENTO

Como ponto inicial para as ações foi definido que as possíveis causas de interferência no
carregamento logístico deveriam ser investigadas. De acordo com a tratativa criou-se um
Diagrama de Ishikawa (ver Figura 8) que, de acordo com Beltrão e Martins (2017), estabelece
uma relação entre os efeitos e suas respectivas causas.

Figura 8 – Diagrama de Ishikawa aplicado a pesquisa

Fonte: A autora

Mesmo que o fator “tempo de carregamento” se classifique como uma atividade de


processo, totalmente operacional, os aspectos analisados foram pontuados com ajustes a serem
trabalhados até mesmo nos aspectos relacionais.
Três aspectos sem custos para implementação foram escolhidos para serem a base do
Quadro 6 – 5W2H. Para a organização pesquisada o fator financeiro é ponto determinante na
aplicação de um processo de melhoria. A ferramenta 5W2H foi deixada como uma sugestão
para a coordenação da área.
32

Quadro 6 – 5W2H
Objetivo Melhorar os índices de tempo de carregamento
Responsável Stephanie Miranda de Souza
Passo Feedback das metas operacionais Canal de Comunicação Motivar a Equipe
What? – O que? Demonstrar visualmente e Reduzir os ruídos de Propiciar estímulos
oralmente as expectativas semanais comunicação entre as perceptíveis a equipe
de atividades áreas envolvidas no
processo
Why? – Por que? Para evitar perca de tempo com Para aumentar o controle Para potencializar o
correções e retrabalhos do tempo das operações desempenho individual
no processo
Where? – Onde? Na sala administrativa do setor Em sala administrativa da Na planta da empresa
gestão produtiva
Who? – Quem? O coordenador da área Os líderes e supervisores A coordenação da área
envolvidos
When? – Semanalmente Semanalmente Quinzenalmente
Quando?
How? – Como? Com reunião, expondo dados Com reunião, Exposição mensal dos
gráficos por meio de uma linguagem compartilhamento em índices positivos da
acessível pasta coletiva de equipe e lembrança das
programações setoriais e metas alcançadas
exposição de dados
gráficos e tabelados.
How much? Sem custos Sem custos Sem custos
Quanto custa?

Fonte: A autora

Como proposta de melhoria ao processo, uma Ficha de Verificação das ocorrências foi
desenvolvida para tonar visível as falhas no processo.
As causas dos problemas identificadas, e que estão na Figura 8, foram destrinchadas em
atividades de rotina e a partir desses foi desenvolvida a Ficha de Verificação, conforme Quadro
7.
33

Quadro 7 – Ficha de Verificação

DATA: GALPÃO:
DESCRIÇÃO FREQUÊNCIA %
Material em produção
Variedades de itens no carregamento
Condições climáticas
Ponte rolante inacessível
Veículo desorganizado
Uso de mais de uma ferramenta no
carregamento
Pendência de qualidade
Falta de pessoal do setor
Outros
TOTAL

Fonte: A autora

A proposta foi de utilizar a ferramenta com o intuito de gerar base de dados para tomadas
de decisões e demonstrar o panorama real das dificuldades recorrentes dos carregamentos. A
linguagem foi adotada com o fim de facilitar o entendimento de todos os colaboradores e a
praticidade do preenchimento se deu pela mesma razão. Um plano de ação foi idealizado para
que as informações coletadas fossem aplicadas de forma eficaz por meio da ferramenta PDCA,
conforme descrito no Quadro 8 e Figura 9.

Quadro 8 – PDCA do processo


ETAPA DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE

PLAN Organizar a gestão de operação logística com base no 5W2H.


DO Disseminar as metas, treinar a equipe, iniciar as reuniões periódicas.
CHECK Assegurar o cumprimento das metas e utilizar a Ficha de Verificação para
acompanhar o processo.

ACT Padronizar os resultados e tratar os desvios identificados.

Fonte: A autora.
34

Figura 9 – PDCA do processo

Padronizar os Organizar a gestão de


resultados e tratar os operação logística com
desvios identificados. base no 5W2H.

Assegurar o
cumprimento das
Disseminar as metas,
metas e utilizar a Ficha
treinar a equipe, iniciar
de Verificação para
as reuniões periódicas.
acompanhar o
processo.

Fonte: A autora

3.3.1 Tempo de Carregamento – Análise de dados

Os tempos de carregamento variam de acordo com o tipo de veículo e sua capacidade.


Por esta razão os tempos foram observados separadamente de acordo com a capacidade de carga
do veículo categorizando os dados em: veículos de baixa capacidade (abaixo de 15 toneladas)
e veículos de alta capacidade (acima de 15,01 toneladas), conforme consta na Figura 10.
Para se estabelecer um parâmetro para definir uma meta viável a realidade da empresa,
foram utilizados registros internos de tempos históricos de carregamento e desta maneira
definido uma proposta de redução em 20% do tempo de carregamento se comparado o primeiro
e o último mês de observação. No terceiro mês de observação a empresa alterou a métrica de
cálculo do tempo de carregamento, o que explica a diferença significativa de tempo de processo
ao passar dos meses.
35

Figura 10 – Tempo médio de carregamento de veículos

02:09:36 02:01:19
01:52:14
01:55:12
01:41
01:40:48
01:29:00
01:26:24 01:10 01:18
01:08 01:09 00:59 01:09 01:09
01:12:00
00:57 00:56
00:57:36 00:52 00:51
00:46
00:40
00:43:12

00:28:48

00:14:24
0
00:00:00
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO

BAIXA CAPACIDADE ALTA CAPACIDADE

Fonte: A autora

Houve, no intervalo exposto, uma diminuição no tempo de carregamento dos dois tipos
de carretas, se comparado o mês de janeiro ao mês de setembro. Ao considerar todo o período
observado encontrou-se uma redução relevante nos tempos estudados. Os veículos de baixa
capacidade no mês de julho reduziram em 55% e notou-se também que nas cargas de alta
capacidade a redução foi de 54%. Os resultados foram além das expectativas iniciais.
Contudo é válido ressaltar que pode ter havido interferência da alteração do método de
medida dos tempos de carregamento adotado pela empresa nos resultados obtidos, desta
maneira outra análise foi feita isolando os dois primeiros resultados. Observou-se que se
comparado o mês de março ao mês de setembro os carros de baixa capacidade reduziram em
32,35%, porém os de alta capacidade aumentaram o tempo médio em 11,43%.
Vale ressaltar que os meses de agosto e setembro tiveram os maiores índices de tempo de
carregamento dos meses analisados (desconsiderando janeiro e fevereiro). De acordo com os
dados disponibilizados, o mês de setembro em relação ao mês de março teve um valor
correspondente a 52,63% a mais de carretas com problemas de carregamento sendo que cerca
de 60% dos problemas de carregamento são situações correlacionadas diretamente com outras
áreas da empresa.
36

3.4 FMEA DA EMPILHADEIRA

Dentre as atividades analisadas foi notado que a necessidade de utilizar a empilhadeira de


grande porte para a movimentação de materiais é relevante para o processo e por ser ela
impactante nas atividades é válido adotar um meio de diminuir as manutenções inesperadas da
máquina com o intuito de criar um mapa de planejamento e programação das atividades.
Como sugestão para futura implementação foi criado uma Análise de Modo e Efeitos de
Falha (FMEA) para monitorar a manutenção do equipamento conforme Figura 11. É importante
ressaltar que a utilização de outros equipamentos logísticos já incorporados aos ativos da
empresa seria um ganho considerável para o dinamismo das atividades, porém a possível
utilização de outras máquinas não exclui a valia da ferramenta FMEA.

Figura 11 – FMEA da empilhadeira

Fonte: A autora

O Quadro 9 demonstra a escala que contempla as métricas utilizadas para os requisitos:


Severidade, Ocorrência e Detecção.
37

Quadro 9 – Parâmetros para a FMEA

Parâmetros
Escala Severidade Escala Ocorrência Escala Detecção
1 Perigoso e 10 Muito alta: Quebra 10 Quase
inesperado recorrentes impossível
2 Perigoso com 9 9 Muito remota
aviso
3 Muito alto 8 Alta: Quebra 8 Remota
4 Alto 7 frequentes 7 Muito baixa
5 Moderado 6 6 Baixa
6 Baixo 5 Moderada: Quebra 5 Moderada
7 Muito baixo 4 ocasional 4 Moderadamente
alta
8 Menor 3 Baixa: 3 Alta
9 2 Poucas quebras 2 Muito alta
10 Nenhum 1 Remota: Quebra 1 Quase
improvável certamente

Fonte: A autora

Para que essa ferramenta tenha relevância em sua aplicabilidade é importante treinar os
colaboradores para a correta execução das operações. Os dados serão inseridos pelos operadores,
logo eles devem estar cientes do que representa cada fator a ser analisado.
É importante destacar que o terreno irregular da empresa causa danos significativos na
empilhadeira, porém não é um aspecto controlável, a manutenção predial não está na esfera da
administração da logística.
A administração da área pode também trabalhar de forma a se antecipar aos problemas e
desenvolver um controle da vida útil das peças de maior desgaste do equipamento, o que pode
auxiliar no desenvolvimento de ações preventivas relacionadas a mecânica do equipamento.
Uma das maneiras de sustentar essa iniciativa é orçando um valor base de gastos com
equipamentos e, por meio de uma Matriz GUT, estipular as peças que requerem maior atenção
em conjunto com a observância do tempo de utilidade da peça.
O preenchimento do check list diário baseado no manual de compra, um controle interno
e/um levantamento da vida útil dos materiais junto aos fabricantes, emergem como boas
alternativas para reduzir as quebras repentinas da máquina.
38

4. CONCLUSÕES

4.1. VERIFICAÇÃO DOS OBJETIVOS E RESPOSTA À QUESTÃO DE PESQUISA

Esta pesquisa mostrou convergência, coerência e utilidade na contribuição das


ferramentas da Qualidade para o setor logístico. Notou-se que a integração dessas áreas num
cenário competitivo e agressivo torna-se essencial para a sobrevivência e crescimento das
organizações já que os processos se tornaram mais complexos e as empresas precisaram
desenvolver meios para se obter maior controle sobre eles.
Foi notado que as decisões da Logística são amplas e relevantes para as organizações,
estratégias ineficientes afetam não somente os processos rotineiros d1as atividades como
também influenciam nas grandes metas da empresa. Percebeu-se por meio das demonstrações
resultantes das ferramentas utilizadas que o estudo da Qualidade é relevante e útil para a
Logística, afirmativa que se deu a partir dos resultados da pesquisa realizada em uma
metalúrgica do Vale do Paraíba – SP.
A integração das atividades de forma que se construa um fluxo de informações e
processos eficientes pode ser benéfico para o processo se houver uma metodologia clara e meios
de mensuração capazes de gerar dados quantitativos e qualitativos que atendam as reais
necessidades da área.
No fluxo comum de processos foi possível identificar pontos de melhoria que podem
auxiliar no desenvolvimento das atividades, alguns que demandam alto valor de investimento
e outros que exigem apenas um plano sistémico e coordenado de ações, sem gerar custos
financeiros ao processo.
A expectativa de redução em 20% no tempo de carregamento não foi sanada em sua
totalidade, foi considerado como insuficiente o comparativo do tempo de carregamento inicial
com o tempo final de carregamento. Vale ressaltar que os problemas internos da organização
que impactam no carregamento foram muito relevantes para que se construísse os dados finais
da pesquisa.
Os ganhos em utilizar as ferramentas da Qualidade na Logística Empresarial incluem a
geração de métricas e parâmetros quantitativos que auxiliam nas tomadas de decisões
demonstrando o cenário real dos procedimentos, das falhas nos processos e do desempenho dos
colaboradores da equipe. Como resultado de boas estratégias logísticas utilizando as
ferramentas da Qualidade se obtém redução de custos processuais, diminuição de tempos
39

operacionais e o gerenciamento de dados capazes de construir um panorama estatístico


fidedigno.

4.2. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

O campo de estudo é amplo e os canais de pesquisa não se esgotaram com as conclusões


obtidas. Para uma pesquisa futura com o fim de reduzir ainda mais os tempos dos processos
pode-se fazer uma análise dos veículos de movimentação interna da empresa que estão em
desuso de modo sistêmico e pontual, identificando as vantagens e desvantagens para que outras
máquinas auxiliem nas atividades de movimentação interna e facilite as atividades de
carregamento. Criar para cada uma das máquinas um plano de manutenção com a FMEA pode
facilitar o controle dos ativos da empresa que impactam nas atividades.
Uma alternativa interessante para estudo no cenário desta pesquisa é analisar o impacto
de uma restruturação das áreas de estoque, já que o tempo gasto nas movimentações de
materiais é o ponto prioritário nas metas internas da logísticas na organização. Para essa
reestruturação a recomendação é que se faça um alinhamento das demandas junto ao setor de
Planejamento e Controle da Produção considerando a Curva ABC como método de controle de
estoque.
Essas atividades poderiam aumentar o controle sobre o estoque e assim,
consequentemente, diminuir o tempo gasto no carregamento com a movimentação de carretas
entre os locais de armazenamento.
Ampliar e aprofundar as abordagens dessa pesquisa, adentrando no âmbito financeiro
mensurando os custos envolvidos em todas as atividades e expressar cada um deles em valores
capazes de refletir os impactos nas metas da organização também surge como sugestão para
que se obtenha uma expansão da visão da organização em relação à suas atividades.
40

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