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Guaratinguetá - SP
2019
Stephanie Miranda de Souza
Guaratinguetá - SP
2019
Souza, Stephanie Miranda de
S729s Sistemática de implementação de ferramentas da qualidade na gestão
logística de uma metalúrgica no Vale do Paraíba-SP / Stephanie Miranda de
Souza – Guaratinguetá, 2019.
44 f.
Bibliografia: f. 41-44
CDU 658.5
Luciana Máximo
Bibliotecária/CRB-8 3595
DADOS CURRICULARES
Agradeço à Deus antes de tudo, Ele me deu condições, de forma integral e plena, de
conquistar essa etapa. Sem a saúde, proteção e o discernimento que Ele me proporcionou nada
do que foi feito seria possível.
ao meu orientador, Prof. Dr. Fernando Silva Augusto Marins que sempre foi solícito,
dedicado e me indicou por muitas vezes alternativas que possibilitaram a conclusão dessa
pesquisa.
aos meus pais Paulo Roberto de Souza e Ana Maria Aires de Miranda, que a despeito dos
desafios da vida me incentivaram a percorrer o caminho do conhecimento proporcionado pelos
estudos.
aos meus irmãos Jennifer Miranda de Souza e Peter Anderson Miranda de Souza pela
torcida e palavras de ânimo.
aos meus amigos que durante todo o percurso me incentivaram e me deram suporte para
que os compromissos com os estudos fossem cumpridos.
Aos responsáveis pela gestão logística da empresa que permitiram que a pesquisa fosse
realizada.
aos funcionários da Faculdade de Engenharia do Campos de Guaratinguetá pela presteza
e disponibilidade no atendimento.
“Só se pode alcançar um grande êxito quando
nos mantemos fiéis a nós mesmos.”
Friedrich Nietzsche Goethe
RESUMO
Esta pesquisa aborda como o uso das ferramentas da Qualidade pode gerar ganhos em
atividades inerentes à Logística e também observar como esses recursos dão apoio às tomadas
de decisões por meio dos resultados fornecidos. O cenário fabril possibilita uma integração
prática de conceitos de áreas distintas, pela necessidade de desenvolver uma sinergia nos
procedimentos, com o fim de criar vantagens mercadológicas e, também, para que se obtenha
maior controle das atividades com consequente crescimento da organização de forma holística.
O trabalho é estruturado com base nessa associação de percepções e teses. Trata-se de uma
pesquisa-ação exploratória que utiliza valores históricos de uma metalúrgica no ano de 2018
para analisar os benefícios práticos de adotar, como meio de gestão logística, as ferramentas
provenientes de estudos relacionados à Qualidade.
This research addresses how the use of Quality tools can generate gains in activities inherent to
Logistics and also to observe how these resources support the decision making through the
results provided. The manufacturing scenario enables a practical integration of concepts from
distinct areas by the need to develop a synergy in the procedures in order to create market
advantages and also to obtain greater control of activities with consequent growth of the
organization in a holistic way. The work is structured based on this association of perceptions
and theses. This is an exploratory action research that unites the historical values of a
metallurgical company in the year 2018 to analyze the practical benefits of adopting as tools of
logistic management the tools derived from studies related to Quality.
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 13
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA E QUESTÃO DA PESQUISA ............. 13
1.2 OBJETIVOS, JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA ..................................................... 14
1.3 CLASSIFICAÇÃO E ETAPAS DA PESQUISA ............ .............................................16
1.4 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA ............................................................................ 19
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 20
2.1 LOGÍSTICA ............................................... ..................................................................20
2.2 GESTÃO LOGÍSTICA ................................................................................................ 22
2.3 FERRAMENTAS DA QUALIDADE .......................................................................... 24
3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ........................................... 27
3.1 DESCRIÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO E DO PROBLEMA ....... ..........................27
3.2 ETAPAS DO TRABALHO .............. ............................................................................30
3.2.1 Coleta de Dados......................... ..................................................................................30
3.3 TEMPO DE CARREGAMENTO ................................................................................ 31
3.3.1 Tempo de Carregamento – Análise de dados ....... ....................................................34
3.4 FMEA DA EMPILHADEIRA ................ ......................................................................36
4 CONCLUSÕES ........................................................................................................... 38
4.1 VERIFICAÇÃO DOS OBJETIVOS E RESPOSTA À QUESTÃO DE PESQUISA .. 38
4.2 SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS .............. .............................................39
REFERÊNCIAS.......... ................................................................................................ 40
13
1 INTRODUÇÃO
Para Ballou (2009), as empresas estão dentro de um cenário volátil e por isso devem se
adequar às exigências de desempenho. O desenvolvimento sistemático das práticas de uma
organização é importante para a manutenção de seus processos, já que, de acordo com Sagawa
e Assis (2018), a indústria é constantemente pressionada para apresentar melhorias. Nesta
mesma linha, segundo Moura, Camargo e Zanin (2017) a competição surge como fator
propulsor de desenvolvimento e aprimoramento de ferramentas.
É importante que os processos sejam revistos de forma periódica e que as adequações
dos métodos aplicados sejam feitas para que se consiga criar vantagem competitiva; de fato, de
acordo com Longaray et al. (2015), deve-se mapear os processos e analisar sistematicamente
as ferramentas de gestão para que se encontre os métodos mais adequados para a realidade e
cultura da organização.
O conceito e as práticas da Logística, a partir da década de 2010, passaram ser entendidas
de forma mais abrangente do que há tempos atrás. Concordando com isto, Sagawa e Assis (2018)
ressaltaram que o desenvolvimento da área de Logística se deve a adoção de novas tecnologias
e métodos, e pode-se citar, como exemplo, as ferramentas da qualidade que, de acordo com
Beltrão e Martins (2017), são capazes de potencializar as melhorias de desempenho
identificadas.
A competitividade acirrada modificou o cenário mercadológico de forma que as empresas,
de acordo com Ballou (2009), criaram uma relativa dependência ao controle dos custos
logísticos para a sobrevivência. Ainda segundo Ballou (2009), a Logística não deve ser uma
atividade descoordenada sem objetivos claros, ao contrário, sua relevância no custo final do
processo transformou as suas práticas, de um simples apoio para uma parte essencial dos
negócios de qualquer organização.
Em coerência a este cenário, a adoção de ferramentas da qualidade é uma prática aceitável
e relevante para manter-se competitivo no mercado já que, de acordo com Beltrão e Martins
(2017), a qualidade está relacionada com a satisfação dos clientes envolvendo requisitos
14
Alinhado com a preocupação colocada na questão de pesquisa que motivou este trabalho,
foi estabelecido como sendo o objetivo geral do trabalho a identificação da utilidade das
ferramentas da qualidade como auxílio à tomada de decisão em processos logísticos em uma
empresa metalúrgica no Vale do Paraíba - SP.
Os objetivos específicos, considerando uma aplicação em uma empresa metalúrgica no
Vale do Paraíba - SP, são:
- Testar ferramentas da qualidade como apoio na tomada de decisões no âmbito logístico.
- Verificar quais os ganhos que podem ser agregados aos processos logísticos com a
adoção de ferramentas da qualidade
De acordo com Beltrão e Martins (2017), a gestão logística vem ganhando atenção das
organizações pelo impacto da mesma na qualidade do produto e pela percepção dos atributos
logísticos pelos clientes. Segundo Sagawa e Assis (2018), as empresas procuram satisfazer os
clientes por meio do aprimoramento dos serviços a fim de ajustar as expectativas com os
recursos disponíveis.
Neste contexto, é possível notar que é necessário investir na melhoria de ferramentas
envolvendo a logística, pois o retorno obtido é relevante nas práticas e processos, de acordo
com Guimarães et. al. (2013).
Para Oliveira et. al. (2015), as empresas buscam conquistar vantagens competitivas
agregando percepção de valor ao produto para os clientes, o que se torna uma possibilidade real
se a logística da empresa for alinhada com as metas organizacionais. Neste sentido, as
ferramentas da qualidade e os processos logísticos podem ser propulsores do desenvolvimento
e execução de metas nas empresas.
Os ganhos processuais são notórios e, no ambiente acadêmico, estudos nesta área vêm
ganhando espaço nos últimos quatro anos, como indica a Figura 1 extraída de pesquisa realizada
na base de dados Web of Science. De fato, ao serem combinadas as palavras chaves “quality
tools” e “logistics”, foi possível perceber que o número de citações triplicou no período de
15
2015 - 2017 e, neste último ano, os dados ultrapassam o número de 1.000 documentos
discutindo esta temática.
nas empresas, o estudo para a adoção de práticas eficazes que auxiliem no processo de melhoria
de seus processos e métodos de gestão.
Modelagem e
Aplicada Descritiva Qualitativa
Simulação
Empírica
Estudo de Caso
Normativa
Pesquisa-ação
Soft System
Methodology
Planejamento
Coleta de
Dados
Análise e
intepretação
Redação do
relatório
Fonte: A autora
18
Para sua consecução, em uma empresa metalúrgica no Vale do Paraíba – SP, este trabalho
seguiu estas etapas da Figura 4, e que são descritas na sequência:
Etapa 1. Planejamento do trabalho - O planejamento se deu a partir da formulação do
problema realizado por observações dos desafios do setor e no intuito de atenuar os impactos
processuais nas atividades.
Etapa 2 – Coleta de dados - Os dados foram coletados por entrevistas abertas com os
colaboradores e gestores da área além das informações retiradas de bancos de dados da
organização como planilhas de Excel e BI (Business Intelligence). Esses dados foram utilizados
para percepção e avaliação dos tempos e objetos participantes das atividades.
Etapa 3 – Análise e interpretação dos resultados - A partir da coleta de dados as avaliações
foram transformadas em uma matriz GUT (Gravidade, Urgência e Tendência) que foi
desenvolvida para determinar a prioridade e delimitar a área de atuação. De acordo com Veras
et al. (2016), a matriz GUT é um bom canal para auxiliar na tomada de decisão, solucionar
problemas e desenvolver estratégias e produtos. Orientada pela matriz GUT, na empresa
estudada, duas linhas foram determinadas para a ação: o tempo de carregamento e a manutenção
da empilhadeira de movimentação de materiais.
Em atividade de retorno aos gestores da área, uma reunião de brainstorm foi realizada a
fim de gerar alternativas viáveis para a resolução dos problemas. Ferramentas da qualidade
foram escolhidas para serem utilizadas na pesquisa durante a reunião.
As causas dos problemas prioritários foram identificadas e um plano sistêmico de
melhoria foi sugerido a partir das ferramentas da qualidade, com o intuito de diminuir o tempo
das operações e impactar com menor intensidade o índice de falhas operacionais logísticas.
As ferramentas utilizadas para sistematizar a melhoria de processos foram: Brainstorm
(Oliveira, 2011), Gráfico de Ishikawa (Oliveira, 2011), Diagrama de Pareto (Junior, Picchiai e
Saraiva, 2015), Histograma (Junior, Picchiai e Saraiva, 2015), Ficha de Verificação (Junior,
Picchiai e Saraiva, 2015), 5W2H (Oliveira, 2011), PDCA (Saavedra, 2010) e FMEA (Paranhos
et. al., 2016).
Etapa 4 – Redação do relatório - Os resultados da pesquisa foram analisados,
interpretados, validados e demonstrados a partir da redação de um relatório que propõe
sugestões procedimentais para as atividades analisadas com o fim de dinamizar e provocar
melhorias nos processos logísticos.
19
Este trabalho está estruturado em mais três capítulos. No Capítulo 2 está a fundamentação
teórica, fixando conceitos chaves para a compreensão da temática, no Capítulo 3 descreve-se a
aplicação realizada numa empresa metalúrgica no Vale do Paraíba - SP, finalmente no Capítulo
4 estão as considerações finais do trabalho, com a verificação dos objetivos propostos e a
resposta à questão de pesquisa, sendo seguido pelas referências bibliográficas utilizadas.
20
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 LOGÍSTICA
atividades, além disto, a complexidade das operações aumentou em paralelo com o controle
sistêmico de custos, tempos, organização e eficiência visando mensurar e potencializar os
retornos produtivos.
A abrangência das atividades compreende fatores internos e externos à empresa.
Ayantoyinbo e Gegeleso (2018) afirmam que os processos de entrada e saída da Logística
(inbound e outbound”) programam e planejam todo o fluxo de mercadoria entre uma
organização e seus parceiros externos, sejam cliente ou sejam fornecedores.
Pode-se definir Logística Inbound, de acordo com Ayantoyinbo e Gegeleso (2018), como
as atividades de transportes, armazenamento e distribuição que compõem as entradas dos
materiais de uma empresa limitando-se a localização da empresa. Em outras palavras é todo o
processo de gestão dos materiais de pré-produção ou de movimentação interna de uma empresa
desde a saída do fornecedor.
Já o conceito de Logística Outbound, segundo Ayantoyinbo e Gegeleso (2018), representa
o plano de gestão de distribuição das empresas, ou seja, é a parte da logística que controla o que
sai da organização para entrega.
Para que haja confiabilidade e eficiência das redes de distribuição em consonância com a
diminuição de custos é importante conhecer e correlacionar as atividades de Logística Inbound
e Outbound para que haja combinações capazes de auxiliar o desenvolvimento da cadeia de
suprimentos da empresa, de acordo com Ayantoyinbo e Gegeleso (2018). A figura 5 demonstra
a composição conceitual de Logística Empresarial.
LOGÍSTICA
INBOUND
LOGÍSTICA
EMPRESARIAL
LOGÍSTICA
OUTBOUND
Fonte: A autora
22
das ferramentas da qualidade. O Quadro 2 foi elaborado com base nas ideias de Araújo et. al.
(2006), Junior, Picchiai e Saraiva (2015), Saavedra (2010), Paranhos et. al. (2016) e Banas
(2012).
Ferramenta Conceito
Brainstorming Ferramenta que permite explorar o potencial criativo do indivíduo a fim
de encontrar soluções para problemas.
Gráfico de Ishikawa Relaciona de forma objetiva, hierárquica e visual as causas dos
problemas e os seus respectivos efeitos nos processos.
Diagrama de Pareto É um histograma que organiza e prioriza os problemas. Ele torna visível
o resultado com maior benefício.
Histograma Representação gráfica que exibe dados em colunas com disposições
estatísticas.
Ficha de Verificação Ferramenta de registro sistêmico de eventos, observações e
experiências capaz de formar um histórico e gerar padrões e tendências.
5W2H Elaborado para indicar e detalhar as ações a serem tomadas com base
em sete perguntas, essas são: O que (What) será feito, quando (When),
onde (Where), por que (Why), por quem (Who), como (How) e quanto
(How much).
FMEA (Failure Mode Oriunda da indústria militar, a ferramenta busca trabalhar com a
and Effect Analysis) previsibilidade de potenciais falhas para tomar providencias corretivas
evitando ocorrências negativas nas atividades.
Fonte: A autora.
27
Fonte: A autora
Dados de problemas recorrentes e da rotina do setor logístico foram coletados por meio
de entrevistas com os responsáveis da área na empresa estudada e constam da Tabela 1. O
período de observação teve início em janeiro de 2018 e término em setembro de 2018.
Fonte: A autora
A matriz criada para esta pesquisa respeitou a argumentação dos profissionais da área que
vivenciam a dinâmica de atividade. Pode-se perceber que o tempo de carregamento, apesar de
não ser classificado como categoria 5 em nenhum dos fatores, é o aspecto mais impactante nas
operações internas do setor. A figura 7 demonstra de forma visual o que é prioritário dentre os
aspectos de melhoria.
29
Fonte: A autora
A partir das informações coletadas, duas ações foram sugeridas para dinamizar os
processos e auxiliar na redução de tempo e esforços com base em ferramentas da qualidade
como detalhado no Quadro 4.
Identificar as causas do
Brainstorm, gráfico de problema, registrar e demonstrar
Tempo de carregamento de Ishikawa, diagrama de Pareto, de forma clara as falhas do
1
tubos histograma, ficha de processo, desenvolver métodos
verificação, 5W2H, PDCA de controle, padronizar as ações e
sugerir a sistemática de melhoria.
Fonte: A autora
30
Os dados foram coletados por entrevistas abertas e bases de dados internas de uso
exclusivo da organização. O Quadro 5 apresenta quais informações foram retiradas de cada
fonte de coleta.
Fonte: A autora
De acordo com a Matriz GUT desenvolvida nesta pesquisa (pode-se observar na Tabela
1) que o Tempo de Carregamento entre janeiro e setembro de 2018 foi o fator mais relevante na
rotina de atividades que eram passivas de ajustes processuais.
Para essa atividade a proposta de melhoria envolve identificar as causas do problema,
registrar e demonstrar de forma clara as dificuldades do processo, desenvolver métodos de
controle, padronizar as ações e sugerir a sistemática de melhoria.
A Matriz GUT desenvolvida também demonstrou que existe uma máquina indispensável
para as atividades de movimentação de material que demanda atenção especial por impactar
significativamente o tempo das atividades inerentes ao setor estudado. Como proposta de
31
melhoria foi sugerido a utilização da FMEA como método de controle para as falhas mecânicas
recorrentes da máquina.
Como ponto inicial para as ações foi definido que as possíveis causas de interferência no
carregamento logístico deveriam ser investigadas. De acordo com a tratativa criou-se um
Diagrama de Ishikawa (ver Figura 8) que, de acordo com Beltrão e Martins (2017), estabelece
uma relação entre os efeitos e suas respectivas causas.
Fonte: A autora
Quadro 6 – 5W2H
Objetivo Melhorar os índices de tempo de carregamento
Responsável Stephanie Miranda de Souza
Passo Feedback das metas operacionais Canal de Comunicação Motivar a Equipe
What? – O que? Demonstrar visualmente e Reduzir os ruídos de Propiciar estímulos
oralmente as expectativas semanais comunicação entre as perceptíveis a equipe
de atividades áreas envolvidas no
processo
Why? – Por que? Para evitar perca de tempo com Para aumentar o controle Para potencializar o
correções e retrabalhos do tempo das operações desempenho individual
no processo
Where? – Onde? Na sala administrativa do setor Em sala administrativa da Na planta da empresa
gestão produtiva
Who? – Quem? O coordenador da área Os líderes e supervisores A coordenação da área
envolvidos
When? – Semanalmente Semanalmente Quinzenalmente
Quando?
How? – Como? Com reunião, expondo dados Com reunião, Exposição mensal dos
gráficos por meio de uma linguagem compartilhamento em índices positivos da
acessível pasta coletiva de equipe e lembrança das
programações setoriais e metas alcançadas
exposição de dados
gráficos e tabelados.
How much? Sem custos Sem custos Sem custos
Quanto custa?
Fonte: A autora
Como proposta de melhoria ao processo, uma Ficha de Verificação das ocorrências foi
desenvolvida para tonar visível as falhas no processo.
As causas dos problemas identificadas, e que estão na Figura 8, foram destrinchadas em
atividades de rotina e a partir desses foi desenvolvida a Ficha de Verificação, conforme Quadro
7.
33
DATA: GALPÃO:
DESCRIÇÃO FREQUÊNCIA %
Material em produção
Variedades de itens no carregamento
Condições climáticas
Ponte rolante inacessível
Veículo desorganizado
Uso de mais de uma ferramenta no
carregamento
Pendência de qualidade
Falta de pessoal do setor
Outros
TOTAL
Fonte: A autora
A proposta foi de utilizar a ferramenta com o intuito de gerar base de dados para tomadas
de decisões e demonstrar o panorama real das dificuldades recorrentes dos carregamentos. A
linguagem foi adotada com o fim de facilitar o entendimento de todos os colaboradores e a
praticidade do preenchimento se deu pela mesma razão. Um plano de ação foi idealizado para
que as informações coletadas fossem aplicadas de forma eficaz por meio da ferramenta PDCA,
conforme descrito no Quadro 8 e Figura 9.
Fonte: A autora.
34
Assegurar o
cumprimento das
Disseminar as metas,
metas e utilizar a Ficha
treinar a equipe, iniciar
de Verificação para
as reuniões periódicas.
acompanhar o
processo.
Fonte: A autora
02:09:36 02:01:19
01:52:14
01:55:12
01:41
01:40:48
01:29:00
01:26:24 01:10 01:18
01:08 01:09 00:59 01:09 01:09
01:12:00
00:57 00:56
00:57:36 00:52 00:51
00:46
00:40
00:43:12
00:28:48
00:14:24
0
00:00:00
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO
Fonte: A autora
Houve, no intervalo exposto, uma diminuição no tempo de carregamento dos dois tipos
de carretas, se comparado o mês de janeiro ao mês de setembro. Ao considerar todo o período
observado encontrou-se uma redução relevante nos tempos estudados. Os veículos de baixa
capacidade no mês de julho reduziram em 55% e notou-se também que nas cargas de alta
capacidade a redução foi de 54%. Os resultados foram além das expectativas iniciais.
Contudo é válido ressaltar que pode ter havido interferência da alteração do método de
medida dos tempos de carregamento adotado pela empresa nos resultados obtidos, desta
maneira outra análise foi feita isolando os dois primeiros resultados. Observou-se que se
comparado o mês de março ao mês de setembro os carros de baixa capacidade reduziram em
32,35%, porém os de alta capacidade aumentaram o tempo médio em 11,43%.
Vale ressaltar que os meses de agosto e setembro tiveram os maiores índices de tempo de
carregamento dos meses analisados (desconsiderando janeiro e fevereiro). De acordo com os
dados disponibilizados, o mês de setembro em relação ao mês de março teve um valor
correspondente a 52,63% a mais de carretas com problemas de carregamento sendo que cerca
de 60% dos problemas de carregamento são situações correlacionadas diretamente com outras
áreas da empresa.
36
Fonte: A autora
Parâmetros
Escala Severidade Escala Ocorrência Escala Detecção
1 Perigoso e 10 Muito alta: Quebra 10 Quase
inesperado recorrentes impossível
2 Perigoso com 9 9 Muito remota
aviso
3 Muito alto 8 Alta: Quebra 8 Remota
4 Alto 7 frequentes 7 Muito baixa
5 Moderado 6 6 Baixa
6 Baixo 5 Moderada: Quebra 5 Moderada
7 Muito baixo 4 ocasional 4 Moderadamente
alta
8 Menor 3 Baixa: 3 Alta
9 2 Poucas quebras 2 Muito alta
10 Nenhum 1 Remota: Quebra 1 Quase
improvável certamente
Fonte: A autora
Para que essa ferramenta tenha relevância em sua aplicabilidade é importante treinar os
colaboradores para a correta execução das operações. Os dados serão inseridos pelos operadores,
logo eles devem estar cientes do que representa cada fator a ser analisado.
É importante destacar que o terreno irregular da empresa causa danos significativos na
empilhadeira, porém não é um aspecto controlável, a manutenção predial não está na esfera da
administração da logística.
A administração da área pode também trabalhar de forma a se antecipar aos problemas e
desenvolver um controle da vida útil das peças de maior desgaste do equipamento, o que pode
auxiliar no desenvolvimento de ações preventivas relacionadas a mecânica do equipamento.
Uma das maneiras de sustentar essa iniciativa é orçando um valor base de gastos com
equipamentos e, por meio de uma Matriz GUT, estipular as peças que requerem maior atenção
em conjunto com a observância do tempo de utilidade da peça.
O preenchimento do check list diário baseado no manual de compra, um controle interno
e/um levantamento da vida útil dos materiais junto aos fabricantes, emergem como boas
alternativas para reduzir as quebras repentinas da máquina.
38
4. CONCLUSÕES
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