Porque viemos a este mundo? Qual a finalidade de nossas vidas?
Somos úteis em que sentido
ao partimos para a vida terrestre? Perguntas como estas me instigam desde o início de minha juventude, mas só agora vejo possuir meios fundamentais para conseguir ao mínimo que seja, pincelar a este respeito. Onde estaríamos se não houvéssemos escolhido nos dedicar a servir a Deus, Uno e Trino, que existe e é real em nossa Igreja, a Igreja de Cristo? Somos na pós-contemporaneidade atacados e isso é feito de forma covarde e atroz, por mídia, desejos pessoais gananciosos, entre outros modelos desconstrutores que nos desmontam em relação ao que com tanto sacrifício conquistaram com preço de sangue e suor os santos e santas de tempos remotos e de agora. Além de compactuarmos com a ideologia anticristã, denominada de liberalismo religioso, nos prestamos a agir em nossas comunidades e serviços como se não tivéssemos um farol em meio a nebulosa escuridão que é este tempo. A igreja insiste em nos advertir em relação aos perigos da destruição dos valores cristãos, mas o interessante é que a maioria de nós cristãos fingimos que não é conosco, que não estamos incluídos nesta parcela de pessoas que agem como indivíduos e não como filhos de Deus, que somos santos e irrepreensíveis a trancos e barrancos de nossa corrupção de cada dia e da omissão permanente em função do bem estar de todos os homens. Posso agora adentrar em minhas questões acima propostas: porque viemos a este mundo? Qual a finalidade de nossas vidas? Certamente a escatologia cristã nos dirá que fomos criados segundo a vontade de Deus Pai, na ciência do Filho, com o sopro do Espírito Santo e que por isso, todas as nossas escolhas devem estar voltadas para a vontade do Bem supremo, e nossas vicissitudes carnais devem contemplar o fim último que teremos na segunda vinda do Filho, para resgatar aqueles a quem n’Ele confiaram e seguiram pela expressão amorosa para com o próximo e consiga mesmo no fim dos tempos. Mas, concretamente somos felizes com estas afirmações, com este consolo final, com nossas escolhas para melhor corresponder a este querer celeste? Sem sombras de duvidas somos medrosos e as vezes no meio do caminho damos com os pés para trás, duvidando assim daquilo que é promessa de Deus, que está presente desde o início até o fim da Sagrada Escritura e que muito é apresentado como interpretação pelo Magistério em seus documentos oficiais e pela voz do Papa. Escolher um meio para se alcançar a Salvação parece-nos ser algo imprescindível a nós, mas neste caminho, nem sempre estamos preparados para os desafios em forma de problemas que surgirão ao longo da estrada. Pensamos em seguir o Cristo de perto, lado a lado, como os discípulos d’Ele no caminho de Emaús, ou ainda como os discípulos que queriam seguir Jesus até o fim, até seu trono na glória, sem refletirem nas consequências que isto traria para suas vidas ainda aqui neste mundo. Acredito que somos ingênuos demais para nossa contemporaneidade. Se o somos realmente, cabe a cada um analisar, refletir suas escolhas e as metodologias que está empregando para a construção da escadaria que o levará ao paraíso celestial.