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MINISTÉRIO DE EDUCAÇÃO
PROVINCIA DE CABINDA
INSTITUTO POLITÉCNICO DE CABINDA
TRABALHO DE FORMAÇÃO DE
ATITUDES E INTEGRAL (F.A.I)
TEMA:
I-INTRODUÇÃO ..................................................................................................
II-DESENVOLVIMENTO .......................................................................................
III-CONCLUSÃO ..................................................................................................
INTRODUÇÃO
2.3- Cerimônia
Depois de deixar chamar por algum tempo, com o bater das palmas por umas
três vezes, indicará onde se encontra.
As companheiras correm para ela. Encontram-na a chorar. Lançam-lhe
imediatamente um bocado de tukula preparada por uma donzela que ainda
não haja chegado à puberdade.
Leve e capaz de ser pintada com tukula é a roupa que lhe entregam. Essa
roupa é colocada, antecipadamente, em uma bacia que contem água, óleo de
palma e tukula para que tome a cor vermelha.
Depois de seca é que lhe será entregue.
Tendo a Kikumbi entrado na casa, atiram com tukula para a cama, paredes,
tecto, esteiras, etc.
Rapam-lhe o cabelo. Todos os dias tomará banho e de novo será pintada com
tukula. Dizem que é para tirar o cheiro de menina!
É uma velha que a lava e pinta. A rapariga lava também os dentes com tukula,
da mesma com que a pintam. É ornada com missangas e braceletes bidenga e
com argolas nlunga de cobre e ferro, nos braços e pernas.
Em alguns clãs deixavam, na cabeça, desenhos bastante simétricos a que
davam o nome de nsanda. Na cabeça é posta a ntanta, banda de pano
também embebida em tukula.
Do ombro esquerdo ao sovaco direito, passando pelas costas, e do ombro
direito à axila esquerda, passam uns cordões tirados da palmeira bordão (a
que chamam mpusu) ou de lubongu lufula com pele de animal e fios de
algodão.
Na testa e nuca, fios de algodão também ornados com missangas e botões.
Aos fios de algodão (makoko) que cruzam no peito dão o nome de ikanga.
Dospreparativos faz parte o trabalho das mulheres a reduzirem a pó a cerne
da tukula com que a Kikumbi será pintada durante todos os dias que ficar na
nzo kumbi.
Como se consegue esse «pá» de tukula?
Friccionando dois paus de tukula (sika tukula), um contra o outro, e tendo
colocado entre eles uma areia branca especial - a nseka - com um pouco de
água.
Importância ou valor do Chicumbi
O Chicumbi era uma grande festa, era uma forma de reunir todos os
familiares em uma só cerimónia.
Atualmente, a casa de tinta não tem a mesma força de antes. A prática
continua, mas não tal e qual como antes, esta prática sofreu algumas
alterações ou simplesmente substituído, como por exemplo o pó de túkula,
foi substituído pelo pó de talco misturado com perfume, os cânticos dos
batuques foram substituídos pela música, o corte de cabelo já não se faz, as
pessoas foram ficando mais modernas e com isso o desaparecimento de
alguns procedimentos usados no Chikumbi.
Há cada vez mais famílias a não fazerem o cumprimento deste ato, por estas e
outras questões o Chikumbi sofreu e está sofrendo tantas alterações.
Uma família cuja filha tenha passado pela prática do “Tchikumbi” era honrada
e respeitada. Por outro lado, considerando o papel da família na educação do
sujeito e da sociedade, o ritual do “Tchikumbi” era uma escola, era um
momento específico de aprendizagem.
Por um lado, está prática estava ligada com a manifestação do ciclo menstrual,
em raparigas com a faixa etária dos 12 aos 15 anos, consideravam que com o
aparecimento da primeira menstruação era motivo de grande alegria, daí os
familiares festejavam o surgimento de mais uma mulher na família, capaz de
reproduzir e de dar continuidade da linhagem.
Antigamente o Tchikumbi, na cerimónia era usado um pó chamado “Túkulua”
Esta prática era uma grande festa, era uma forma de reunir todos os familiares
em uma só cerimónia.
Introdução
Cabinda é um território costeiro situado na África central ao sul do equador e
ligeiramente ao Norte do rio Congo, a população de Cabinda é estimada em
mais de 6000.000 habitantes, da qual quase a metade vive no exílio.
É limitado ao Norte pela república do Congo/Brazzaville, ao Sul e a Leste pela
República Democrática do Congo/Kinshasa e ao Oestepelo Oceano Atlântico
(200 km de costa). Cabinda não tem nenhuma fronteira comum com Angola.
DESENVOLVIMENTO
Subtema: Chikumbi
Lenda
O significado histórico-cultural do Cikumbi começa com a própria família,
portanto é um acto, uma cerimónia familiar, com envolvimento de toda
família, no sentido parental da palavra.
Uma família cuja filha tenha passado pela prática do Cikumbi, era honrada e
respeitada. Por outro lado, considerando o papel da família na educação do
sujeito e da sociedade, pois que o ritual do Cikumbi era uma escola, era
momento específico de aprendizagem, especificamente, para as funções de
âmbito domésticas, porquanto, dependendo da família, a prática levava meses,
e para as sociedades matrilineares, a educação e formação feminina são de
grande importância.
Por sua vez, a Norte do rio Chiloango, especialmente no que seria o território
do reino de Malongo, influenciados pelas confissões originárias do
protestantismo, essa prática foi perdendo lugar acabando por se tornar
insignificante, nos dias de hoje.
Cikumbi no Sul
CAPITULO XV
CASA DAS TINTAS
« Casa das Tintas » é nome muito genérico.
Pode aplicar-se:
A NZO KUMBI KIMPILO -a casa para onde ia a rapariga depois da primeira
manifestação da puberdade;
A NZO KUALAMA - a casa onde a rapariga entra para as cerimónias que
precedem a tomada de estado.
Casa das Tintas é designação dada pelos europeus, E diz-se «das tintas» por
que as pessoasque entram nessas casas, para os cerimoniais respectivos,
pintam-se, durante todos os dias que lá passam, com tukula.
Tukula à o cerne desta mesma árvore reduzido a pó, a serrim muito fino.
Depois de deixar chamar por algum tempo, com o bater das palmas por umas
três vezes, indicará onde se encontra.
As companheiras correm para ela. Encontram-na a chorar. Lançam-lhe
imediatamente um bocado de tukula preparada por uma donzela que ainda não
haja chegado à puberdade.
Leve e capaz de ser pintada com tukula é a roupa que lhe entregam. Essa
roupa é colocada, antecipadamente, em uma bacia que contem água, óleo de
palma e tukula para que tome a cor vermelha.
Depois de seca é que lhe será entregue.
Tendo a Kikumbi entrado na casa, atiram com tukula para a cama, paredes,
tecto, esteiras, etc.
Rapam-lhe o cabelo. Todos os dias tomará banho e de novo será pintada com
tukula. Dizem que é para tirar o cheiro de menina!
É uma velha que a lava e pinta. A rapariga lava também os dentes com tukula,
da mesma com que a pintam. É ornada com missangas e braceletes bidenga e
com argolas nlunga de cobre e ferro, nos braços e pernas.
Em alguns clãs deixavam, na cabeça, desenhos bastante simétricos a que
davam o nome de nsanda. Na cabeça é posta a ntanta, banda de pano também
embebida em tukula.
Do ombro esquerdo ao sovaco direito, passando pelas costas, e do ombro
direito à axila esquerda, passam uns cordões tirados da palmeira bordão (a que
chamam mpusu) ou de lubongu lufula com pele de animal e fios de algodão.
Na testa e nuca, fios de algodão também ornados com missangas e botões. Aos
fios de algodão (makoko) que cruzam no peito dão o nome de ikanga.
Dospreparativos faz parte o trabalho das mulheres a reduzirem a pó a cerne da
tukula com que a Kikumbi será pintada durante todos os dias que ficar na nzo
kumbi.
Como se consegue esse «pá» de tukula?
Friccionando dois paus de tukula (sika tukula), um contra o outro, e tendo
colocado entre eles uma areia branca especial - a nseka - com um pouco de
água.