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história e-história

ISSN 1807-1783 atualizado em 06 de junho de 2007

Editorial

Expediente
Trajetória acadêmica: um depoimento
De Historiadores
por Pedro Paulo A. Funari
Dos Alunos

Arqueologia Sobre o artigo[1]


Perspectivas
Sobre o autor[2]
Professores

Entrevistas Hesitei muito em escrever um memorial sobre minha trajetória acadêmica, talvez
Reportagens por um vício da perspectiva histórica, tão pouco afeita ao relato que procure
Artigos explicar, a posteriori, um percurso de vida. Por um lado, a História, quase ab initio
Resenhas
define-se como o domínio do casual, do contingente, do irrepetível e, portanto,
Fórum
inadequada à explicação universal e de caráter filosófico que um discurso
Eventos
teleológico sobre uma carreira deve adotar. O alerta de Aristóteles na Poética
Curtas
afastada, quase por instinto, o historiador da tarefa de olhar sua própria vida como
Instituições
Associadas um caminho que chega ao um determinado objetivo. Nada mais infenso ao trabalho

Nossos Links histórico. Por outro lado, todo exercício de olhar sobre si mesmo envolve tal grau
de subjetividade que a tarefa mais do que arriscada, surge como faina inglória, pois
os méritos alegados parecerão, ao observador isento, como mera captatio
Destaques
clementiae. Para evitar-se tudo isso, bastaria um seco arrolamento de títulos e
Fale Conosco
méritos, à maneira de um cursus honorum tão típico das epígrafes latinas.
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Contudo, após a hesitação, encontra-se a o sentido de um memorial de vida
acadêmica como exercício, por certo desprovido de valor histórico documental, de
reflexão, de cunho quase filosófico, sobre a dedicação, de toda uma vida à ciência.
Esta foi à via empreendida neste pequeno apanhado. Pareceu-me que, para

substanciar alguma das assertivas, conviria acrescentar, ao final, alguns textos que
permitissem ao leitor verificar a coerência do relato do memorial com a produção
intelectual que se produziu nos diversos momentos.

Minha formação escolar primária nada teve de excepcional, nem tampouco a


secundária. A infância foi passada em uma família de classe média, mas algumas

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de suas características foram importantes para minha carreira futura, a começar


pelas origens humildes de meus antepassados, imigrantes de paragens diversas, do
Vêneto à Calábria, da Espanha a Portugal. Meu avô paterno havia sido simples
funcionário do Grupo Escolar de Descalvado (SP) e meu pai, desde muito cedo,
dedicou-se aos estudos e ao trabalho, tendo seguido o Normal, conseguido entrar

na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, professor de português, em


seguida Procurador do Estado de São Paulo. Em casa, assim, às origens simples
somava-se uma valorização da leitura e da cultura em geral pouco usual. Esse
ambiente levou-me, com certeza, ao estudo das humanidades, já muito criança,
interessado na política, mas também filosofia e na religião, em família também
muito religiosa, pelo lado materno, e muito agnóstica, pelo lado paterno. Ainda
nesses anos, estudei francês no ginásio e o inglês também na União Cultural Brasil-
Estados Unidos, tendo completado o curso, mas, na verdade, aprendido muito
também com as leituras. Meu interesse por línguas era claro e já me interessava

pelos latinismos que pululavam na fala de meu pai. O mesmo vale para o italiano
das canções e óperas, Beethoven ao piano todas as noites, assim como Chopin,
tocados por meus irmãos mais velhos, embalavam minha formação humanística.

Decidi-me pelo curso de História por motivos pragmáticos: minha predileção pela
Filosofia parecia-me por demais arriscada, pois não havia aulas no ginásio ou no

colégio, para usar a terminologia da época, na década de 1970, enquanto o curso


de História me habitaria à carreira do magistério. Segui o curso de História na
Universidade de São Paulo de 1977 a 1981, anos de ditadura, período de todo tipo
de experiências. Greves contra os reacionários, com a parede que irrompeu já no
primeiro semestre. Cursos ultra-reacionários, com ameaças em sala de aula. Por

outro lado, disciplinas fascinantes, professores que nos falavam de outras


possibilidades, de outros tempos menos obscuros. O interesse primeiro só podia ser
pela pesquisa histórica do presente, da luta contra a ditadura, ou então dos
clássicos marxistas, ou Walter Benjamin. Não foi possível seguir essa vontade,
menos por motivos políticos, pelo perigo ou por restrições ligados à ditadura, mas
mais pela contingência: falta de quem se dispusesse a orientar pesquisa nessa
área. Não que não houvesse pesquisas ou orientadores de tais temas, mas eu não
figurava entre os possíveis orientandos, já que a universidade, à semelhança da
nossa sociedade em geral, muito valorizava os contatos pessoais, o do ut des, e me

faltavam tantos os meios como a propensão para tais enlaces e compromissos.

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Espírito rebelde e autônomo, não me convinha submeter-me. Além disso, logo


percebi não ter as credenciais familiares e de amizades para integrar círculos já
formados.

Por tais circunstâncias, cheguei à História Antiga, objeto que muito me interessava,
mas no âmbito do espírito enciclopédico que me havia levado a ler sobre incas,
maias e chineses, entre outros tantos temas, períodos e regiões as mais díspares e
variadas. Quem me abriu as portas para a pesquisa foi a saudosa Profa. Maria da
Glória Alves Portal, professora de História Antiga, com muitos contatos na Espanha
e na Romênia, estudiosa que era dos dácios em época romana. Por seus contatos
europeus, indicou-me o caminho a seguir: o estudo do consumo de azeite na

Antigüidade, tema que nunca se me havia ocorrido, mas que abracei com o mesmo
ímpeto de outras paixões intelectuais. Para o estudo da Antigüidade, logo, decidi-
me a estudar um rol de línguas necessárias, a começar do latim, grego e hebraico,
entre as antigas, e francês, italiano, espanhol, russo e alemão, entre as modernas.

À exceção do russo, escolhido por motivos políticos, todas as outras formas levadas
a termo e serviram-me muito, tendo obtido proficiência pela USP nas outras línguas
modernas.

Com um esboço de projeto sobre azeite na Antigüidade, iniciei o mestrado em

1982, mas a Profa. Portal faleceu, e um câncer fulminante, em poucos meses.


Havia iniciado estágio no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, na área de
Arqueologia do Mediterrâneo e, assim, passei à orientação da Profa. Haiganuch
Sarian, arqueóloga de renome internacional, grande estudiosa da cerâmica grega,

seríssima. Em quatro anos de estágio, pude seguir inúmeros cursos de pós-


graduação, extensão e difusão ministradas por professores da USP, mas também
por muitos estrangeiros, particularmente francófonos, tendo sido aluno e muito
aprendido com Elena Cassin e Jean Bottero (Mesopotâmia), René Ginouvès, Tony
Hackens, entre outros arqueólogos clássicos, mas também segui cursos sobre
África, com Kabengele Munanga e sobre indígenas, com professores como o
brasileiro Antonio Porro e estrangeiros. A propensão universitária, já presente na
infância, tinha, portanto, seqüência clara na vida acadêmica.

Ao final do mestrado, prestei concurso para professor de História Antiga na UNESP,


em Assis, e tendo sido aprovado, iniciei minha carreira docente em março de 1986,
já matriculado no doutoramento. Logo de início, tendo já contato com estudiosos
estrangeiros, participei em julho de 1986 de escavações na cidade romana de Arva,

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na Espanha, sob a orientação do Prof. José Remesal, então na Universidad


Complutense de Madrid, grande estudioso do azeite na Antigüidade. Remesal logo
passou a atuar como diretor estrangeiro do doutoramento, pondo-me em contato
com os grandes centros na Itália, Alemanha, França e Inglaterra. Participei de
trabalhos de campo nesses países e direcionei meu doutoramento para o estudo

das epígrafes latinas em ânforas de tipo Dressel 20. Passava muitos meses, a cada
ano, nos museus da Grã-Bretanha, fazendo os calcos das inscrições, tendo
estudado em mais de 30 museus. Na Inglaterra, em particular, entrei em contato
com os colegas arqueólogos britânicos que muito me ajudaram não só na pesquisa
empírica, como a percorrer outros caminhos, paralelos à pesquisa da tese de
doutoramento: comecei a dedicar-me ao caráter político da Arqueologia e da
ciência em geral.

Em 1986 publiquei meu primeiro livro, Arqueologia, manual que permaneceu como
único livro introdutório da aérea, leitura quase universal de todo arqueólogo
brasileiro que se formou nos últimos 18 anos. Em 1989 após pesquisa em Pompéia,
publiquei o livro Cultura Popular na Antigüidade Clássica, traduzido e publicado na
Espanha em 1991, como um desabafo político: o estudo da Antigüidade não
precisa, nem deve, ser arma da reação, pode servir para conhecer o simples, o

humilde. Em 1989, tendo apresentado um paper sobre a ditadura e a Arqueologia


no Brasil, em congresso no estrangeiro, a revista World Archaeological Bulletin
publicou o artigo que inauguraria uma revisão da História da disciplina em nosso
país. Por intermédio do Professor Peter Ucko, passei a atuar intensamente no World
Archaeological Congress, organização que surgiu para renovar a Arqueologia,
congregando estudiosos de todo o mundo. A disciplina, por tradição, imperialista e
voltada para o domínio colonial, começou a contar com uma organização que
visava à politização da disciplina. No WAC atuam indígenas, que têm assento nos

órgãos diretivos, a ciência já não é algo para a comunidade, mas com a


comunidade. Por oito anos servi como sênior South América representative (1994-
2002) e como secretary (2002-3) desta organização que revolucionou a disciplina.

Conclui meu doutorado em 1990, que teria continuidade na pesquisa para a livre-
docência, sobre o mesmo tema. Em paralelo, interessado nos temas do estudo da
dominação, em contato com o arqueólogo americano Charles E. Orser, surgiu à
oportunidade de montarmos um projeto arqueológico e nos decidimos pelo estudo
da Serra da Barriga, antiga capital do quilombo dos Palmares (século XVII). As

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escavações com verbas brasileiras, americanas e britânicas, congregaram outros


estudiosos e foram importantes ao revelarem, pela primeira vez no Brasil, a
Arqueologia dos subalternos. Essas pesquisas resultaram em livros e artigos. Em
1992, após seleção, passei a ser professor na Universidade Estadual de Campinas.
Dediquei-me, também, à produção de livros destinados à difusão do conhecimento

entre os alunos do ensino médio e fundamental, com a preocupação, em geral, de


mostrar os temas tratados como obra aberta, a ser construída pelos próprios
leitores. O exemplo de maior êxito consiste no livro Roma, vida pública e vida
privada, destinado a alunos de quintas, sextas ou sétimas séries, uma coletânea de
documentos comentados, com mais de dez edições. Por iniciativa da UNICAMP,
com a criação da coleção “Livro Texto”, e incentivado pelo Prof. Quartim, então
diretor do IFCH, publiquei o volume Antigüidade Clássica: a História e a cultura a
partir dos documentos, em que apresento os princípios do estudo dos documentos,
traduzo e comento textos gregos e latinos, além de documentação iconográfica e

material. Este livro, publicado em segunda edição em 2004, passou a ser livro
básico tanto na disciplina História Antiga de cursos superiores, como nos concursos
públicos para professores de ensino fundamental e médio.

Desde os tempos da UNESP, participava da formação de estudantes, com a

orientação de dois bolsistas de Iniciação Científica, a cada ano, no Núcleo de


Estudos Antigos e Medievais (NEAM/UNESP). A partir do doutoramento, pude
orientar alguns alunos ainda na UNESP e depois na Faculdade de Educação da
UNICAMP, até que em 1997, por primeira vez, foi possível orientar no curso de
História da UNICAMP. Com a defesa da tese de livre-docência, em 1996, pude
dedicar-me, com ainda maior afinco, à orientação de pesquisas. A publicação da
tese de livre-docência, em inglês, em Oxford, no mesmo ano, permitiu que ela se
tornasse obra de referência, por seu catálogo de inscrições latinas. Fui

encarregado, também, de publicar o conjunto das inscrições anfóricas pintadas


latinas no Roma Inscriptions of Britain, prestigiosa coletânea que estampa em sua
capa o nome do grande Collinwood, iniciador da coleção há muitas décadas. Na
UNICAMP, passei a inserir-me em múltiplas atividades, a partir da direção do
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas do Prof. João Quartim de Moraes,
interessado que estava em dinamizar suas atividades. Criamos o Centro de
Pensamento Antigo em 1995 com o Prof. Benoit, de Filosofia antiga, entre outros, a
revista Boletim do CPA, que teria trajetória notável, participei da comissão de
publicações que iniciou a publicação da Revista Idéias. Com o apoio do Prof.

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Quartim, publiquei importante documento de Paulo Duarte custodiado na UNICAMP,


sobre Universidade durante a ditadura militar. Este documento, por sua
importância, foi tombado pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da USP.

A UNICAMP ofereceu-me, sempre, condição privilegiada de pesquisa e atuação


acadêmica e profissional. Por indicação do Prof. Jorge Coli, então chefe do
Departamento, logo que entrei na Universidade, exerci o cargo de Coordenador de
Graduação em História, que muito contribuiu para minha integração e para que, em
seguida, atuasse como coordenador associado, num total de cinco anos de
coordenação, em períodos descontínuos. Tenho atuado, há muitos anos, no
Sistema de Arquivos da UNICAMP (SIARQ), tendo aparelhado, com verbas ingentes
da FAPESP, o Arquivo Central da Universidade (cerca de US$ 150.000), além de
presidir, hoje, Grupo de Trabalho sobre Documentos Eletrônicos. Nesses anos, fui

também Coordenador de Programa de Mestrado Interinstitucional UNICAMP/


Universidade Federal do Amapá, que formou 11 mestres professores daquela
universidade da região norte. Trouxe, também, com apoio da FAPESP, CAPES e
CNPq, professores estrangeiros para projetos conjuntos e docência na UNICAMP e
USP, da Inglaterra (Stephen Shennan, Siân Jones, Margarita Diaz-Andreu),
Espanha (José Remesal, Vitor Revilla), Cuba (Lourdes Dominguez), Argentina

(Rodolfo Buzón), entre outros, diversos deles por mais de uma vez, sempre com
grande proveito para estudiosos brasileiros e para nossas instituições. Também
publiquei muitos livros científicos, meus e de outros pesquisadores, com apoio da
FAPESP. Desde 2001, por iniciativa do Prof. Quartim, iniciei projeto de pesquisa,
Financiado pelo CNPq e FAPESP, sobre Abastecimento militar romano, sediado no
Núcleo de Estudos Estratégicos da UNICAMP, onde lidero Grupo de Pesquisa, do
qual, participam pesquisadores da USP, UNESP, UFRJ, UERJ, UFPR, entre outros e,
a partir de julho de 2003, atuo como coordenador-associado do NEE/UNICAMP. A

liderança na pesquisa de História Antiga, além do Grupo de Pesquisa, resultou na


formação de mestres e doutores de instituições como UERJ (Nanci Vieira Oliveira,
Diretora do Laboratório de Antropologia Biológica), UFPR (Renata Senna
Garraffoni), IELUSC, Joinville (Elizabete Tamanini, coordenadora de curso),
Universidade de Bragança Paulista (Renata Beleboni, coordenadora do curso de
História), Universidade Estadual de Londrina (Claudiomar dos Reis Gonçalves, chefe
do departamento de História), entre outros que já se destacam no cenário nacional,
assim como no âmbito internacional, com docente da Universidad de Buenos Aires
(Andrés Zarankin). Supervisionei o pós-doutoramento, em História Antiga, do Dr.

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André Leonardo Chevitarese, docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro,


que contou com bolsa do CNPq (2001-2002). Essa supervisão enriqueceu
enormemente a pesquisa em História Antiga na UNICAMP, tendo Chevitarese
passado a participar do CPA/UNICAMP, pesquisador do NEE/UNICAMP, vice-líder do
Grupo de Pesquisa “Arqueologia Histórica”, orientador do Programa de Pós-
Graduação em História da UNICAMP. Em 2003-2004, supervisionei outro pós-
doutoramento em História Antiga, do Dr. Luiz Alexandre Solano Rossi, hebraísta

autor de muitos livros sobre o tema, também com resultados muito positivos para
o estudo de História Antiga na Universidade Estadual de Campinas.

Minha atuação acadêmica espraiou-se para outros setores. Por dez anos, fui
responsável pelo ensino de História nas 92 escolas técnicas do estado de São
Paulo, centradas no CEETEPS/UNESP (1989-1999), até o término do ensino médio

técnico. Dediquei-me também muito a sociedades científicas, em particular à


Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos, da qual fui fundador e exerci diversos
cargos, desde 1985, mas também atuo na Associação Nacional de História
(ANPUH), na Sociedade de Arqueologia Brasileira, sempre em cargos diversos.

Como posso concluir essa trajetória, quais características, acenadas nos primeiros
parágrafos, se matem e sob que forma, passados tantos anos? Haveria um telos,
uma lógica para além das contigências, das circunstâncias? A tentação é,
novamente, deixar a tarefa ao leitor, mas seria, talvez, escudar-se, de novo, de
juízo inescapável. O percurso parece-me coerente com a busca, sem cessar, pelo

humano pela diversidade da vida em sociedade, mas sempre numa perspectiva que
ressalta o conflito. Ordo e taksis, dois conceitos antigos tão fortes, parecem
contrastar com a onipresença do conflito, princípio central do materialismo de Marx

e de Benjamin, em oposição à Stillstellung (‘calmaria’ da ordem social). Em


seguida, como já lembrava o título da coletânea memorial Letras e coisas: estudos
da cultura material romana, publicada pelo IFCH/UNICAMP, a interdisciplinaridade,
filha do universalismo, esteve sempre presente na minha atuação, com ênfase para
interação das línguas, da História e da Arqueologia. Por fim, mas não menos
importante, o reconhecimento do apoio dos grandes mestres, sem os quais nada
seria possível. A cada passo, grandes mestres, acima de tudo generosos em
ensinar e em favorecer as inclinações e aptidões do aprendiz, tornaram possível
que eu seguisse o caminho acadêmico que trilhei. Não fosse essa generosidade, de
ensinar e de incentivar, não poderia ter sequer almejado a carreira acadêmica.

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[1] Estas reflexões foram apresentadas, em 2004, como parte do memorial

acadêmico do autor, em concurso público para Professor Titular em História Antiga


da Universidade Estadual de Campinas.

[2] Departamento de História, IFCH, Unicamp, Coordenador-Associado do Núcleo

de Estudos Estratégicos (NEE/Unicamp), ppfunari@uol.com.br.

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