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BAURU
2018
JOÃO VICTOR DA SILVA
BAURU
2018
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com
ISBD
Banca examinadora:
_____________________________
Prof.ª M.ª Beatriz Sabia Ferreira Alves
Universidade do Sagrado Coração
_____________________________
Prof.ª M.ª Fred Aparecido Matano
Universidade do Sagrado Coração
_____________________________
Prof. Dr. Bruno Vicente Lippe
Universidade do Sagrado Coração
Agradeço imensamente a minha orientadora, Prof.ª M.ª Beatriz Sabia Ferreira Alves,
pelo acompanhamento desde o começo deste projeto, pela sua orientação e amizade.
Ao Prof.ª M.ª Fred Aparecido Matano, e o Prof. Dr. Bruno Vicente Lippe, por fazerem
parte na reta final do curso, participando como minha banca examinadora.
Agradeço a meus pais pelo incentivo, apoio, companheirismo e amor incondicional,
principalmente nos momentos mais difíceis que passei nesses últimos tempos, e pela
paciência por terem comigo.
Agradeço também minha amiga Beatriz Fernandes pelo apoio em todos os anos em
que estive na universidade.
RESUMO
7. REFERENCIAS ..................................................................................... 84
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1. INTRODUÇÃO
Stuenkel (2015) afirma que o país vem se beneficiando dos baixos preços do
petróleo no mercado internacional, uma vez que a Índia é grande importador do
produto, o governo do país conseguiu conquistar a confiança dos mercados por meio
das medidas de liberalização econômica, simplificação da burocracia e reforma dos
ambientes para negócios no país, o afrouxamento de sua política monetária, a
desburocratização, bem crescimento demográfico indiano associado ao avanço do
processo de urbanização, e o aumento dos custos da força de trabalho chinesa que
levam os investidores a procurar alternativas em outros países, neste caso, a Índia.
Com tudo a Índia ainda necessita de racionalização e em muitos sectores da
economia, exemplo o comércio de roupas é muito atrasado, os bancos são
ineficientes, as ruas são a personificação do caos. Mas a Índia também é uma das
grandes potências científicas e tecnológicas do mundo em múltiplos sectores. Possui
programas espaciais e é uma potência nuclear. A Índia controla já 2/3 do mercado
internacional de serviços de software. São empresas indianas que controlam marcas
emblemáticas como os automóveis Jaguar e Rover. Empresas como o grupo Tata, a
Infosys ou a Wipro emergem como potências no setor de tecnologia em nível global.
O primeiro capítulo visa desenhar uma breve análise histórica de atuação da
Índia como ator internacional, O segundo capítulo, investiga os aspectos da
diplomacia da Índia e o equilíbrio de poder na Ásia, por fim, o terceiro capítulo pretende
apontar e expor os desafios da Índia frente ao sistema internacional.
Estas pesquisas serão realizadas através de uma documentação indireta, ou
seja, a pesquisa implicará no levantamento de dados de várias fontes, quaisquer que
sejam os métodos, possuindo o intuito de recolher informações prévias sobre o campo
de interesse, podendo ser feito através da pesquisa documental e da pesquisa
bibliográfica, que abrange toda bibliografia publicada, como estudos sobre o tema,
boletins, jornais, revistas, livros, teses, pesquisas, monografias, entre outras.
E todos os dados e as informações coletadas e apresentadas no trabalho serão
interpretados de forma imparcial, expositiva, explicativa, informativa e explicativa, ou
seja, os dados coletados serão expostos de acordo com o tema e a proposta dos
estudos sobre o assunto em questão.
Por um tempo considerável ainda por vir, a Índia será uma grande potência com
uma grande parte da população na pobreza. Contudo como um país em ascensão a
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Índia tem mostrado consistentemente uma cautela tática e uma iniciativa estratégica,
e as vezes ao mesmo tempo.
A Índia tem a seu alcance todos os elementos de que se necessita para
arquitetar uma trajetória diferente. Por ser uma país em desenvolvimento, pode optar
por se desenvolver de modo diferente dos Estados Unidos ou da China. Ela pode (e
deve) forjar seu próprio caminho.
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1.2 HISTORIA
Segundo o Prof. Ramesh Chandra em seu livro Identity and genesis of Caste
System in India (2004), o sistema de castas é mais elaborado do que em qualquer
outro país hindu ou budista. A sociedade é tão fragmentada que pode haver vinte ou
trinta castas distintas dentro de uma aldeia.
Este modelo de sociedade tem uma hierarquia de grupos, atribuídos a
nascimentos, cada um dos quais tradicionalmente é caracterizado por uma ocupação
distinta e tinha seu próprio nível de status social. Como um indivíduo não pode mudar
sua afiliação de casta, a família pertence em sua totalidade e para sempre a apenas
uma casta nomeada, e assim cada casta desenvolveu uma subcultura distinta que é
transmitida de geração em geração.
A categoria mais alta de castas são aquelas pessoas chamadas Brâmanes no
sistema hindu; eles eram tradicionalmente padres e intelectuais. Abaixo deles,
estavam as castas chamados Xátrias, incluindo especialmente guerreiros (hoje os
militares) e governantes. Em terceiro no ranking estavam os Vaixás, castas
preocupadas com o comércio e a propriedade da terra. A categoria do quarto escalão
eram os sudras, principalmente os agricultores. Abaixo dessas quatro categorias e
dificilmente reconhecidas no modelo antigo e tradicional, havia muitas castas tratadas
como "intocáveis" e tradicionalmente chamadas Dalit, colocados fora do sistema,
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Perante a lei Indiana, todos são iguais e têm os mesmos direitos garantidos
pela constituição de 1950, Para proteger a discriminação resultante da casta, a
Constituição da Índia proíbe a discriminação com base na religião, raça, casta, sexo
ou local de nascimento (Artigo 15); promove a igualdade de oportunidades no
emprego público (Artigo 16); Abole a “Intocabilidade” (Artigo 17) e protege os dalits
em outras seções da injustiça social e de todas as formas de exploração (Artigo 46).
A Índia também aprovou a Lei de Proteção aos Direitos Civis, de 1955 e a Lei de
Inadimplência de Intocabilidade em 1955, Lei de Castas Agendadas / Acordos de
Prevenção de Atrocidades (1989).
Para elevar as castas desfavorecidas, a Constituição da Índia permite a ação
afirmativa por meio de discriminação positiva (uma forma reserva) na educação e no
emprego, que é baseada na casta e no atraso socioeconômico. Mais tarde, isso foi
estendido a outras castas atrasadas. Essas reservas são restritas a instituições
administradas pelo governo ou apoiadas pelo governo, porém não ao setor privado.
O Governo Indiano fixou 15% de reservas para castas, 7,5% para tribos
programadas e 27% para outras castas atrasadas. Os estados podem variar as
fórmulas enquanto permanecem dentro do limite de 50%. Uma proporção
considerável de castas adere ao budismo e o cristianismo também se qualificam para
reserva em empregos e na educação.
porém a lei é muito desrespeitada, e a descriminação ainda é muito forte no
interior do país fazendo com que muitas organizações internacionais de direito
humanos critiquem o governo por falta de políticas mais incisivas e concretas de
inclusão, alguns problemas identificados foram Nepotismo baseado na casta,
empregos particulares sendo dominados por castas específicas barreiras
discriminatórias para pessoas de baixa casta e estereótipos associados a certas
castas que levam à discriminação.
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“India is arriving on the world stage as the first large, economically powerful,
culturally vibrant, multiethnic, multireligious democracy outside of the
geographic West. As it rises, India has the potential to become a leading
member of the "political West" and to play a key role in the great political
struggles of the next decades. Whether it will, and how soon, depends above
all on the readiness of the Western powers to engage India on its own terms.”
Mohan, 2006.
O sucesso econômico da Índia está longe de ser algo recente, depois de três
décadas de lento avanço após a sua independência, a economia do país cresceu à
taxa de 6% ao ano entre 1980 a 2002, e 7,5% ao ano de 2002 a 2006, o que faz dela
uma delas uma das economias mais atrativas nas duas últimas décadas, o tamanho
da classe média quadruplicou ( para perto de 250 milhões de pessoas ) e 1% dos
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pobres ultrapassou a linha de pobreza a cada ano. Hoje em dia, a Índia é a terceira
maior economia do mundo em paridade de poder de compra. (DAS, 2006).
Sua ascensão econômica tem uma forma é diferente adotado por o resto dos
países da região, Em vez de adotar o modelo mais comum na Ásia que é: Exportação
de bens manufaturados de baixo custo e mão de obra intensiva para o Ocidente (como
é na China, Indonésia, Taiwan e Bangladesh.
A Índia se fixou mais em seu mercado interno em vez da exportação, mais em
consumo que em investimento, mais em serviço que em indústria, e mais em alta
investimento, mais em alta tecnologia que manufaturas menos qualificadas (como a
China e Bangladesh adotam).
Essa estratégia que a Índia adotou, evitou em sua maior parte crises globais,
mostrando um grau de estabilidade tão impressionante quanto seu desenvolvimento
(DAS, 2006).
O modelo voltado para o consumo também agrada a população, se comparada
com outras estratégias de desenvolvimento. Com esse resultado, a desigualdade
cresceu bem menos na Índia do que outras nações, boa parte do crescimento de sua
economia deve-se ao aumento na produtividade, um sinal real do seu
desenvolvimento e não a aumento de capital ou de mão de obra (como nas maiorias
dos países em desenvolvimento).
Mas o que é mais notável é que, em vez de crescer com a ajuda do Estado, a
Índia está crescendo, em muitos aspectos, apesar do Estado. O empreendedor é o
principal sucesso recente da Índia (DAS, 2006). Hoje o país tem empresas privadas
altamente competitivas e um mercado de ações crescente (National Stock Exchange
of India e Bombay Stock Exchange 10° e 12° em maior volume de capital).
Contudo, Índia é ainda um país pobre. Seu PIB per capita continua baixo,
aproximadamente 25% da população ainda vive abaixo da linha da pobreza e as
desigualdades são muito fortes. Metade das crianças de menos de 5 anos sofre de
desnutrição. O desemprego afeta cerca de 7% da população ativa.
E embora a Índia esteja gerando bens de manufatura de alta tecnologia, de
capital e conhecimento intensivos, ela vem fracassando em criar uma revolução
industrial ampla e de trabalho intensivo, como a China e a Indonésia vem fazendo.
A economia indiana resistiu melhor do que a de outros países emergentes à
desaceleração econômica mundial e se beneficiou da queda dos preços mundiais do
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Fonte: (IMF – WORLD ECONOMIC OUTLOOK DATABASE, [201-] apud SANTANDER, 2018)
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Fonte: (IMF – WORLD ECONOMIC OUTLOOK DATABASE, [201-] apud SANTANDER, 2018)
e grande parte das cidades estão sujeitas a apagões, e para sustentar seu rápido
crescimento a energia passa a ser a principal política para o desenvolvimento indiano,
o principal foco da questão energética é a disponibilidade de acesso a população.
A visão ampla do governo é fornecer energia limpa e ao menor custo possível.
O consumo de energia na Índia quase dobrou desde 2000, tornando o terceiro maior
consumidor de energia no embora o consumo per capita seja de apenas um terço da
média global, isso de certa forma soa como um sinal de alerta para o governo, pois é
um sinal que a produção tende aumentar a produção, Atualmente 75% de sua
demanda de energia é atendida por combustíveis fósseis, uma parcela que vem
aumentando à medida que as famílias se afastam do uso de biomassa sólida
(principalmente lenha) para gás de petróleo liquefeito (GLP) para cozinhar por
exemplo.
3.1.1. Carvão
1 Politicas verdes é uma ideologia política que visa criar uma sociedade ecologicamente
sustentável Wall, Derek (2010).
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ácida, para os rios. Considerando que mais de 60% dos recursos de carvão na Índia
estão localizados em áreas florestais, e com o aumento da demanda por carvão
resulta na perda da cobertura florestal, o que preocupa as organizações e ONGS
internacionais, pois sem as florestas o risco de enchente nas cidades em época de
monções é grande.
Além disso, a poluição do ar durante o processo de mineração provoca
impactos humanos e sociais significativos, a maioria dos distritos de mineração de
carvão tem um alto grau de poluição de acordo com o Ministério do Meio Ambiente e
Florestas da Índia. Isso é agravado pelos incêndios das minas comuns em Jharia,
Raniganj e outras regiões de mineração de carvão na Índia. Além disso, cerca de 30
milhões foram deslocados entre 1951 e 2006 para criar espaço para o
desenvolvimento do carvão (CHITTILAPALLY, 2016).
3.1.2. Petróleo
A energia eólica vem fazendo o progresso mais rápido e fornece a maior parte das
energias renováveis não hidrelétricas. A Índia tem a quinta maior capacidade instalada
de energia eólica do mundo, equivalente a 25 GW em 2014. A energia eólica cobre
cerca de 9% das necessidades de energia da Índia e a energia solar em torno de 1%.
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3.1.4.2. Hidrelétrica
3.1.4.3. Bioenergia
3.1.6. Oportunidades
Reino Unido, EUA e outros países, que baseiam sua legitimidade em um apelo ao
nacionalismo ou nativismo. Em uma desaceleração da economia global, e em um
momento em que a capacidade de seus governos de gerar crescimento está
diminuindo, eles prometem cada vez mais, e confiam em apelos nativistas como "A
América Primeiro" ou "O Grande Rejuvenescimento da China".
No sul da Ásia, esse fenômeno assume formas locais: a Índia não é exceção à
tendência global, no Paquistão, o poder, a influência e o papel do exército foram
consideravelmente melhorados à custa de governos civis nominalmente no poder; em
Bangladesh, a centralização do poder mostrou-se útil no combate ao terrorismo e ao
extremismo e na obtenção de um alto crescimento econômico. O Sri Lanka deu um
passo além e reagiu à centralização autoritária após o fim da guerra civil, colocando
em prática um governo alternativo (MENON, 2016).
O resultado geral da chegada ao poder de autoritários centralizadores é que a
fragmentação e regionalização da política mundial se acentuam. Isso também significa
que a capacidade de compromisso e negociação entre poderes é diminuída, tornando
as relações entre poderes competitivos muito mais preocupantes do que no passado.
Parte dessa dinâmica é visível nas relações Índia-Paquistão e nas relações Índia-
China no último ano. Nenhum relacionamento é tão suave ou previsível como era há
alguns anos atrás.
4 modus vivendi: é uma frase em latim que significa um acordo entre partes cujas opiniões se
diferem, de tal maneira que elas concordam em discordar.
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Depois ter ficado à margem das instituições regionais por várias décadas em
diferentes partes do mundo, a Índia agora um parceiro preferencial para ASEAN, A
Cúpula do Leste Asiático, Organização de Cooperação de Xangai e a União Africana,
IBAS e BRICS. Além disso, emergiu como um importante ator comerceia mundial.
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Rússia, China, Índia, Brasil e a África do Sul, formam a associação dos BRICS,
que visa impulsionar a economia, o comércio e os investimentos regionais dos países
que formam o bloco.
Todas essas nações ou estão em desenvolvimento ou recém-industrializadas,
e frequentemente são citadas como as forças motrizes da economia global do século
21. Juntos, representam mais da metade das populações do mundo e mais de um
quarto do PIB mundial (CASELLA, 2011). Quanto melhor for as relações dessas
nações, melhor acaba sendo para elas e indiretamente para o mundo, Pois todos
estão lidando de certa forma com grandes problemas, como a maior recessão da
história do Brasil, a queda da economia na Rússia, a desaceleração do crescimento
econômico na China, o crescimento estagnado de cerca de 1% na África do Sul e a
escassez de empregos na Índia, o crescimento do comércio entre os países de dentro
do bloco seria um cenário de ganha-ganha para todos e resolveria os problemas de
médio a longo prazo do recém formado bloco como um todo.
Os BRICS surgiram de um conceito desenvolvido pelo economista chefe do
banco de investimento Goldman Sachs, Jim O’Neil, em estudo de 2001, intitulado
“Building Better Global Economic Brics”. Nele, o perito analisou os países que se
destacam no cenário mundial atual em virtude do rápido crescimento de suas
economias: Brasil, Rússia, Índia e China (CASELLA, 2011).
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ramo de Energia, isso é empresas petrolíferas logo após a crise de 2008 quem
assume o papel de liderança são empresas de tecnologia, Google, Apple, Microsoft e
Amazon por exemplo isso gerou um certo “apagão” nos BRICS (RIZÉRIO, 2016).
Com tudo é bom ressaltar que os TICKs ainda continuam no campo das ideias,
não ouve um diálogo formal entre os países para a elaboração formal de um grupo
para uma maior integração.
Até o momento, o grupo realizou cinco reuniões de Cúpula, até 2011, foram
realizadas cinco Reuniões de Cúpula: a primeira foi em 2006 na cidade de Brasília,
depois em Tshwane (2007), Nova Délhi (2008), Brasília (2010) e Pretória (2011).
Ademais, os líderes se encontram no formato IBAS à margem de outras ocasiões,
como na OMC e, em 2011, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, quando
os três países ocuparam assentos não permanentes.
Índia, Brasil e África do Sul, possuem distintos graus de desenvolvimento, além
disso, suas realidades demográficas e econômicas são diferentes. Essas
considerações podem, por um lado, atrapalhar a articulação, e por outro, servir como
catalisador para a cooperação, as Cúpulas do IBAS abrangem a realização de sete
foros que reúnem grupos como: acadêmicos, empresários, pequenos e médios
empresários, mulheres, editores, representantes de governos locais, e parlamentares.
Desde sua criação, o IBAS concretizou amplo repertório de atitudes próximas
em temas como democracia, direitos humanos, inclusão social desenvolvimento
sustentável e econômico pretendendo buscar uma maior eficiência e efetividade nas
iniciativas de cooperação (com exceção na Área de Defesa). O principal tema
discutido entre os países são sobre a reforma das estruturas de governança nas
organizações internacionais, especialmente do Conselho de Segurança das Nações
Unidas.
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Houve uma conversa considerável nos últimos anos sobre a Índia como um
ator considerável no “Soft Power global”. Esta é uma referência à disseminação de
certos aspectos da cultura indiana (como culinária indiana, música e dança) em todo
o mundo e sua crescente popularidade no Ocidente. É também uma referência a
Bollywood e sua crescente base de fãs internacionais, que agora inclui o Afeganistão,
o Oriente Médio, a África e nas Américas. A disseminação desses elementos da
cultura indiana” é muitas vezes saudada como “Soft Power” indiano, no entanto, o Soft
Power indiano é virtualmente inexistente em seu estado atual, e também é improvável
que a Índia se torne um verdadeiro “Soft Power global” tão cedo. Em vez disso, a
ascensão da Índia ao status de poder global, se e quando acontecer, será devido ao
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seu “Hard Power”, e a Índia, no futuro previsível, terá que depender do seu poder
Militar para projetar sua influência no exterior.
A fim de analisar o Hard Power versus o Soft Power no contexto indiano, é
importante entender primeiro o que o poder “Hard” e o “Soft” se referem exatamente,
e como eles diferem. O poder “Hard” refere-se ao uso de meios militares e ou
econômicos para exercer a influência sobre o outro. Na prática, a aplicação do poder
“Hard” tende a ser fundamentalmente coercitiva por natureza (NYE, 2002).
O apoio secreto indiano ao Mukti Bahini (organização paramilitar) e mais tarde
a evidente intervenção militar em Bangladesh, a ameaça soviética de usar armas
nucleares contra a Grã-Bretanha e a França durante a Crise de Suez e a imposição
de sanções econômicas à Cuba socialista pelos Estados Unidos são exemplos de a
utilização de “Hard Power”. O poder “Soft”, por outro lado, refere-se à capacidade de
atrair e “seduzir” (em oposição a coagir) outras partes (NYE, 2002). O cientista político
americano Joseph Nye, que primeiro cunhou os termos “Hard” e “Soft Power”, em seu
livro O Paradoxo do Poder Americano (2002), identificou três categorias de Soft
Power: cultura, valores políticos e políticas. Porem diante da necessidade de explorar
melhor o conceito e evitar que a opinião pública e acadêmicos em geral utilizem o
termo “Soft Power” de forma errada, Nye publicou em 2004 o livro “Soft Power – The
Means To Success In World Politics”. Nele, o autor afirma que o ataque contra o
Iraque, em março de 2003, foi uma demonstração da derrota do poder brando
americano como o da vitória do poder bruto dos Estados Unidos. Nye afirma que
vencer a paz é mais difícil que vencer a guerra. E o poder brando é fundamental para
se vencer a paz (NYE, 2005).
A utilidade de cada um dos três elementos (cultura, valores políticos e políticas)
depende de sua capacidade de atrair Exemplos de poder “Soft” podem incluir a
extensa influência wahhabi (vertente mais radical do islã) em todo o mundo islâmico
devido ao patrocínio estatal saudita, o surgimento de estados marxista-leninistas na
África, Ásia e América Latina. com base no modelo da União Soviética e na
capacidade dos Estados Unidos de atrair historicamente um grande número de
imigrantes por causa de seus valores sócio-políticos e de uma sociedade livre e
democrática.
Embora exemplos de “Hard” e “Soft Power” abrange tanto na história como nos
dias atuais, não há uma maneira simples de medir o poder ou identificar os fatores e
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ocorrer entre o público internacional. Mas Bollywood em seu estado atual está longe
de ser um verdadeiro veículo para o exercício do poder suave indiano.
A Índia pode atualmente ter quase zero de ‘‘Soft Power’’, mas isso não significa
que não possa se tornar um grande poder em algum momento no futuro. Pelo
contrário, a Índia tem talvez o maior potencial para exercer poder brando genuíno em
todos os países em desenvolvimento. Um fator importante a favor da Índia, que em
muitos outros casos seria um impedimento, é sua sociedade diversificada e pluralista.
Como mencionado acima, tais sociedades são naturalmente capazes de atrair outros
povos e nações, uma vez que tendem a ser menos discriminatórias e mais inclusivas
do que as sociedades homogêneas e etnocêntricas. A definição de um “indiano” é
fundamentalmente aberta, universal e expansiva, assim como as definições de
“americano” ou “soviético” são / foram. A natureza elástica desses termos permite que
uma pessoa se torne “indianizada”, “americanizada” ou “sovietizada”, enquanto ainda
mantém aspectos de sua cultura indígena, e é por isso que podemos ver rótulos como
“chinês-americano” ou “soviético”. Examinando a história da Índia, também podemos
encontrar exemplos da disseminação da "índio" para outros países. A época em que
a civilização indiana desfrutou da maior influência e poder brando foi a época em que
o budismo foi ativamente patrocinado por vários reis indianos e espalhado por toda a
Ásia.
Como o budismo é uma ideologia universal e não é restrito a quaisquer
fronteiras, sejam de castas, etnias, línguas ou outras, foi capaz de atrair adeptos de
muitas culturas diferentes. As universidades indianas, na forma de Mahavi Haras
budistas, como as de Nalanda, Vikramashila e Odantapuri, foram Harvard, Oxford e
Yale, do período clássico, atraindo estudantes de numerosos países distantes. De
fato, houve um tempo em que o ‘‘Soft Power’’ indiano na forma de budismo foi sentido
do Mar Cáspio para o Japão e da Sibéria para a Indonésia, com a Índia sendo
considerada o centro espiritual e cultural do mundo (KISHWAR, 2018). O budismo na
Índia, desde então, desapareceu nas páginas da história, mas os ideais budistas
fundamentais do multiculturalismo e da inclusão ainda definem a sociedade indiana
hoje, e podem formar a base do futuro ‘‘Soft Power’’ indiano.
Em contraste com sociedades heterogêneas e inclusivas, a expansão cultural
por sociedades homogêneas e mais exclusivas e etnocêntricas tende a ser muito mais
"soma zero" e "total", em vez de cooptar outras culturas e povos estrangeiros, eles
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5 Área situada na tríplice fronteira entre Índia, Butão e China. Tanto o Butão quanto a China reivindicam
essa área e a Índia vem apoiando o Butão ao longo dos anos.
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negativa. Uma pesquisa realizada em 2014 pelo Pew Research Center mostrou que
72% dos indianos estavam preocupados com o fato de que as disputas territoriais
entre a China e os países vizinhos poderiam levar a um conflito militar.
O Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, foi um dos principais
líderes mundiais a visitar Nova Deli depois que Narendra Modi assumiu como Primeiro
Ministro da Índia em 2014, A insistência da Índia em levar o assunto sobre o Mar da
China Meridional em vários fóruns multilaterais subsequentemente não ajudou o fato
de começar novamente a relação, enfrentando suspeitas tanto da administração
indiana quanto da mídia.
Conforme a Índia cresce economicamente mais as disputas vão se acentuando
deixando a China mais pressionada a agir, embora China e Índia sejam vizinhos, eles
também são rivais econômicos. A China é atualmente a segunda maior economia do
mundo, enquanto a Índia é a sétima. Em 2050, é previsto que ambos ocupem os dois
primeiros lugares.
Questões territoriais entre os dois países persistem nas regiões de Aksai Chin
e Arunachal Pradesh. Embora alguns considerem a crescente força militar e
econômica da Índia como um contrapeso ao poder regional chinês, Pequim a vê como
uma provocação.
À medida que a batalha pela supremacia regional se intensifica, o investimento
governamental é apenas uma das maneiras pelas quais um país pode aumentar sua
influência, mas que já está sendo proveitoso para a China na Ásia, na África e no resto
do mundo. Em Bangladesh, Nepal e nos pais que formam a ASEAN a Índia está
reagindo, na esperança de que o aprimoramento das relações ajude a combater a
marcha de Pequim em direção à hegemonia regional.
O lançamento de projetos de desenvolvimento por indianos em países da
região exemplifica os estreitos laços econômicos entre países que olham para China
como ameaça. O investimento cobrirá uma ampla gama de setores, incluindo saúde,
educação, informática e abastecimento de água energia e defesa.
Impulsionar o desenvolvimento na região certamente trará benefícios mútuos
para a Índia, e é por isso que os projetos de infraestrutura planejados estão recebendo
tanta proeminência. Melhorar as relações entre a Índia e países vizinhos é principal
objetivo estratégico da Índia no sul da Ásia.
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5.2.1. IRIGC
como o comitê de direção das relações entre a Índia e a Rússia. Está dividido em duas
partes, a primeira abrangendo Cooperação Comercial, Econômica, Científica,
Tecnológica e Cultural. Este é normalmente co-presidida pelo Vice-Primeiro Ministro
da Rússia e pelo Ministro das Relações Exteriores da Índia.
A segunda parte da comissão abrange a Cooperação Técnica Militar, que é co-
presidida pelos dois países e seus respectivos Ministros da Defesa. Ambas as partes
do IRIGC se reúnem anualmente. Além disso, para o IRIGC, existem outros órgãos
que conduzem as relações econômicas entre os dois países. Entre eles, o Fórum Indo-
Russo de Comércio e Investimento, o Conselho Empresarial Índia-Rússia, o Conselho
de Promoção de Comércio, Investimento e Tecnologia Índia-Rússia e a Câmara de
Comércio Índia-Rússia.
Submarino nuclear Akula-II (2 para serem alugados com opção de compra quando a
concessão expirar), programa de porta-aviões INS Vikramaditya; Bombardeiros Tu-
22M3 (4 pedidos, ainda não entregues); Atualização de US $ 900 milhões do MiG-29,
Helicópteros Mil Mi-17 (80 pedidos) mais em serviço; Avião de transporte Ilyushin Il-
76 Candid (6 ordens para ajustar o radar Phalcon israelense); A Base Aérea de
Farkhor, no Tajiquistão, é atualmente operada em conjunto pela Força Aérea Indiana
e pela Força Aérea do Tajiquistão.
remessas de GNL para este contrato devem começar a qualquer momento entre 2017
e 21. As empresas petrolíferas indianas investiram no sector petrolífero da Rússia.
Um exemplo notável é a ONGC-Videsh, que investiu mais de 8 mil milhões de dólares
com participações importantes em campos petrolíferos como o Sakhalin-1.
Em comunicado conjunto pelos governos divulgado pela financial express em
2014, eles afirmaram: "Espera-se que as empresas indianas participem fortemente de
projetos relacionados a novos campos de petróleo e gás no território da Federação
Russa. As partes estudarão as possibilidades de construir um sistema de dutos de
hidrocarbonetos, conectando a Federação Russa com a Índia ".
apoio financeiro devido ao divórcio foi codificada na Lei das Mulheres Muçulmanas
(Proteção dos Direitos sobre o Divórcio) de 1986. No entanto, esses direitos
permanecem mínimos. Por exemplo, a esposa divorciada só pode receber três meses
de apoio financeiro.
Além disso, o marido da mulher divorciada só tem que pagar pensão alimentícia
por 3 meses se essa criança nascer dentro do período de três meses, mas se ela teve
um filho antes disso, então o marido não é obrigado a pagar qualquer apoio. Os
direitos das mulheres nessas questões muitas vezes não são praticados devido à falta
de educação das mulheres muçulmanas em relação aos seus direitos dentro da
comunidade islâmica. Também a mulher muçulmana na Índia não é protegida quando
se trata de casamentos monogâmicos, mas os muçulmanos são protegidos pelo
Código Penal Indiano.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 É a possível e garantida existência de várias opiniões e ideias com o respeito por cada uma
delas.
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7. REFERENCIAS
ALI, Mahmud. New 'strategic partnership' against China. 2007. BBC News.
Disponível em: <http://news.bbc.co.uk/2/hi/south_asia/6968412.stm>. Acesso em: 20
maio 2018.
ASOKAN, Shyamantha. India's Supreme Court turns the clock back with gay sex
ban. 2013. Reuters. Disponível em: <https://www.reuters.com/article/us-india-rights-
gay/indias-supreme-court-turns-the-clock-back-with-gay-sex-ban-
idUSBRE9BA05620131211>. Acesso em: 21 maio 2018.
BBC NEWS (London). BBC. India, Russia sign new defence deals. 2012. BBC
News. Disponível em: <http://www.bbc.com/news/world-asia-india-20834910>.
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