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1 CONTEXTO HISTÓRICO DA IMPORTÂNCIA DO DESENHO

Na história da humanidade várias civilizações expressaram inúmeras


possibilidades da representação do desenho, sendo os vestígios dessa Commented [KM1]: Sugiro: ‘sendo que’

memória presentes em cavernas, monumentos, quadros, cerâmicas, Commented [KM2]: Sugiro: ‘estão presentes’

esculturas, paredes em templos religiosos, pergaminhos, livros, manuscritos,


projetos, entre outros itens. Os seres humanos, com a necessidade de registrar
em objetos ou afrescos, expressaram com a finalidade de informar algo, cultuar
os deuses, realizar rituais de magia ou até mesmo com a intenção de criar uma
obra artística. Diante do contexto e cultura que estavam inseridos, eles
desenvolveram códigos visuais, ou melhor, acordos linguísticos presentes em
artesanatos ou alvitres de artes. Commented [KM3]: Rodrigo, sugiro aqui que vc utilize o
verbo no presente, já que tal ação perdura. Sugiro: ‘Pode-se
dizer que, desde o início das civilizações, de acordo com o
O início desse registro deu-se na Pré-história, em destaque no estágio contexto cultural no qual está inserido, o homem
desenvolve códigos visuais, acordos lingüísticos que se
do Paleolítico (até 10.000 a.C)1, no qual os seres humanos já utilizava a
presentificam em artesanatos ou alvitres de artes.’
representação e apregoava diversas formas de comunicação, linguagens e Commented [KM4]: ‘utilizavam’ para concordar com o
sujeito ‘seres humanos’.
expressões através do desenho. Destaque para a arte rupestre, uma das
Commented [KM5]: ‘apregoavam’, para concordar com o
primeiras formas de desenhos criadas pelos homens com intuito de convencer, sujeito.

orientar, historiar ou comunicar algo.2 Commented [KM6]: Sugiro: ‘Destaca-se, nesse contexto,
a arte rupestre’...

Gombrich (2002) relata que os desenhos e objetos artísticos criados Commented [KM7]: Sugiro: ‘Vale lembrar, como relata
Gombrich (2002), que os desenhos’...
pelos povos primitivos eram produzidos com objetivos específicos, diferente
das artes dos museus criadas com a finalidade de contemplação. Graça Commented [KM8]: Inserir vírgula após esse termo.

Proença (2007) reforça a tese do autor ao afirmar que as artes rupestres,


expressão do latim que significa rocha, foram produzidas pelos seres humanos
no período Paleolítico – naturalismo, com a hipótese de que os desenhos sobre
as rochas feitas por caçadores representavam rituais de magia, no qual eles
acreditavam que ao pintar o animal, teria poder sobre ele, exemplo disso o Commented [KM9]: Trocar por ponto final.

“bisão lascaux”. Essas representações nas rochas foram feitas de materiais, Commented [KM10]:

como: pedras, carvão, minerais, vegetais, gordura ou sangue animal. Commented [KM11]: Não seria interessante vc colocar
um esclarecimento sobre isso em nota de rodapé¿
Commented [KM12]: Sugiro: ‘Como exemplo de tal
afirmação pode-se citar o “bisão lascaux”.
Commented [KM13]: ‘com a utilização de’...
1
É nos últimos estágios do Paleolítico, que teve início há cerca de trinta e cinco mil anos, que encontramos as primeiras obra s de arte
conhecidas. [...] As obras mais surpreendentes do Paleolítico são as imagens de animais pintadas nas superfícies rochosas das
cavernas, como as da caverna de Lascaux, na região de Dordogne (JANSON, 1996, p.14).
2
“[...] antes mesmo de representar a escrita, os homens desenhavam” (OLIVEIRA; GARCEZ, 2014, p. 74).
Porém, Gombrich (2002) diz que podemos perceber que a produção de Commented [KM14]: Vc pode usar a primeira pessoa¿
Caso tenha que evitar, sugiro: ‘é possível perceber’...
imagens das primeiras civilizações não era apenas conectada com a magia ou
Commented [KM15]: Substituir por ‘à’’
religião, mas também como uma forma de escrita, uma vez que desenhos, Commented [KM16]: Substituir por: ‘a’
escultura ou totem continham em si toda uma narrativa. Commented [KM17]:
Commented [KM18]: Não seria ‘de linguagem’¿
Com base no aprimoramento das técnicas de comunicação através do
Commented [KM19]: Para manter a conexão com o
desenho, aproximadamente em 3.500 a.C, os sumérios criaram à escrita parágrafo anterior, sugiro: ‘A partir daí, com o
aprimoramento das...’
cuneiforme na Mesopotâmia3 e os egípcios a hieróglifos no Egito. Essas
Commented [KM20]: Sem crase.
técnicas propagadas em tabletes de barros, papiros, estátuas entalhadas em
pedras ou em paredes das pirâmides, palácios e templos foram às primeiras Commented [KM21]: Sem crase.

formas de comunicação da linguagem escrita através de símbolos acordados


entre os seres humanos. "A invenção da escrita foi uma realização
indispensável, originária das civilizações históricas do Egito e da Mesopotâmia"
(JANSON, 1996, p.22).
O desenho também já foi visto como status do sagrado, entre 3.000 e
2.500 a.C, as representações foram usadas, principalmente, para adornar os
templos e sepulcros dentro das pirâmides do Egito.

Na verdade, a arte egípcia oscila entre o conservadorismo e a


inovação, mas nunca é estática. [...] Nosso conhecimento das
civilizações egípcias baseia-se quase que inteiramente nas
sepulturas e no seu conteúdo [...] (JANSON, 1996, p.22 -24).

Proença (2009) pontua que os hieróglifos, o sistema de escrita dos


egípcios, tinham caráter figurativo e as pirâmides, literalmente montanhas de
pedras, foram criadas para guardar, preservar o corpo e imagem dos grandes
reis do Egito. Outra observação importante da autora é que naquele período a
vida humana teve interferência dos deuses, por essa razão os desenhos
pintados eram traçados através da regra da frontalidade, isto é, os corpos eram
representados de lados e os rostos desenhados de perfil, no qual revelavam Commented [KM22]: Isso refere-se ao rosotos¿

dados particulares dos retratados, porém os olhos sempre mostrados como se


estivessem de frente.4

3
A mais antiga planta arquitetônica de um edifício que existe documentada “[...] está gravada numa estátua de Gudea
em Ur (uma cidade no sul da Mesopotâmia, atual Iraque) Ela mostra um desenho de um Zigurate – um templo com
laterais em degrau – gravado numa mesa de desenho, acompanhado dos instrumentos de desenho. (PIPES, 2010, p.
30)
4
Sobre os desenhos nas paredes dos monumentos egípcios, Gombrich (2002) chama as narrativas de propagandas,
pois eram relatos de campos de guerra, porém as tribos rivais aparecem sempre em posição de derrota.
Os artistas egípcios seguiam rígidas regras ao desenharem Commented [KM23]: Sugiro que coloque antes: ‘De
pessoas. A cabeça, os braços, as pernas deveriam ser acordo com Dickins e Griffit,’...
desenhados de lado, geralmente mostrando a parte superior do
corpo torcida para que pudesse ser vista de frente. Essa não é
uma pose natural, mas realmente mostrava cada parte do
corpo com muita nitidez (DICKINS; GRIFFITH, 2012, p. 20).

Gombrich (2002) afirma que a arte Egípcia influenciou os gregos desde


então. A diferença que a arte grega foi criada de homens para homens, ao Commented [KM24]: Esse desde então refere-se a que¿
A que período¿
contrário da egípcia, criada sobre ordem de Deuses para Deuses.

Os desenhos e esculturas dos artistas da arte grega (3.000 a.c à 30 a.c)


se inquietaram com as formas geométricas e com a precisão da proporção nos Commented [KM25]:

corpos humanos, no qual a representação do homem e sua vida eram o centro Commented [KM26]: Esse termo se refere aos artistas¿
Vc quis dizer que as esculturas destes artistas
de suas manifestações artísticas. demonstravam a sua inquietação (não seria preocupação¿)
em representar, por meio das formas geométricas e da
proporção nos corpos humanos, o homem e sua vida como
Proença (2009) afirma esse o período da arte grega também é centro de suas manifestações artísticas¿
reconhecido como helenístico, no qual as representações se preocuparam em
retratar as emoções e o estado de espírito da ocasião, através da harmonia da Commented [KM27]: Não seria: ‘o estado de espírito do
homem na ocasião’¿
expressão do corpo humano, movimentos, realismo anatômico, o surgimento
Commented [KM28]: Eu finalizaria aqui com ponto final.
do nu feminino, simetria e a primeira ideia de perspectiva da figura humana ou Commented [KM29]: Começaria este novo período
de qualquer objeto. assim: ‘Nesse mesmo período observa-se o surgimento...’

Importante ressaltar também que a arte clássica teve início na Grécia


antiga, aproximadamente no século V a.C. De acordo com Dickins e Griffith
(2012, p. 22), “[...] os estilos de pintura, escultura e arquit etura apresentaram
ideias sobre política, leis, filosofia e ciência, que, desde então, tem influenciado
a civilização ocidental.”

Já a relação do desenho com a manufatura deu-se desde os primórdios


das civilizações, destaque para uma lenda grega.

“[...] Dibutades traçou uma linha ao redor da sombra (uma


projeção) de seu amante, seu pai então recortou esta linha e
Commented [KM30]: Rodrigo, não entendi essa citação.
fez uma escultura a partir dela. Desenhos simbólicos e Vc cita acima o destaque a ser dado a uma lenda grega.
esquemáticos estão em evidência desde a Idade do Bronze – Entendi que o primeiro parágrafo da citação refere-se à
existe uma vista em planta de um arado puxado por dois bois lenda. No entanto o período seguinte não parece ser
datado de 1.500 a.C em Fontalba – e esquemas semelhantes relativo à lenda, mas sim à explicação de que os desenhos
podem ser vistos em pinturas egípcias (PIPES, 2010, p.28). que representam a relação destes com a manufatura datam
de 1500 a. C. Ficou confusa essa citação. Sugiro que vc fale
da lenda, a reconte indiretamente, mas fora da citação(não
sei tb se é primordial falar sobre a mesma) e coloque como
citação apenas o que se diz a respeito dos desenhos
simbólicos.
Pipes (2010) relata que os antigos gregos fundaram a geometria e os
métodos de Euclides que foram ensinados até o final do século XIX 5. Os
astrônomos gregos idealizaram a noção de projeções e compreenderam a
projeção ortográfica (também conhecida como paralela) e estereográfica
(cônica), usadas principalmente em mapas planos para os céus esféricos,
destaque para Apolônio de Praga nos desenvolvimentos dessas técnicas por
volta de 250 a.C.

[...] Um número grande de manuscritos gregos foi perdido ao


longo dos séculos, assim é perfeitamente que eles conhecem
da perspectiva, especialmente por que a projeção
estereográfica pode ser considerada uma forma especial da
perspectiva generalizada (PIPES, 2010, p.29).

Na Arte Romana (período 100 a.C – Séc. IV d. C), a pintura e os


mosaicos representavam paisagens de animais, aves e pessoas, seguia
também a regra do frontalidade como os gregos e os artistas colocavam pedras
preciosas para adornar as pinturas. Proença (2009), revela a admiração dos
romanos pela arte grega, mas por eles serem realistas e práticas, as Commented [KM31]: Esse termo se refere a romanos¿
Caso a resposta seja positiva deve ser ‘práticos’.
representações fieis das pessoas estavam presentes nas esculturas, diferente
dos gregos que focaram em um ideal de beleza humana.

A arte cristã primitiva no século II d.C é limitada pelas pinturas com


representações de símbolos do sacrifício de Cristo nas catacumbas6 existentes
nas regiões do Império Romano. Proença (2009, p.45) exemplifica: “a cruz –
símbolo do sacrifico de Cristo; a palma – símbolo do martírio; a âncora –
símbolo da salvação; e o peixe – o símbolo preferido dos artistas cristãos [...]”7

No Império Bizantino governado pelo Imperador Justiniano, entre 527 a


565 d.C, com a oficialização do cristianismo8, a arte Cristã assume um caráter

5
“A história do desenho de design segue de mãos dadas com o desenvolvimento dos instrumentos de desenho. A
geometria euclidiana demanda apenas compassos e réguas. Transferidores e jogos de esquadros foram inventados
muito mais tarde e derivaram-se das ferramentas dos mestres construtores, tais como aquelas mostradas nos
cadernos de esboços de Villard de Honnecourte, por volta de 1220 - 1235” (PIPES, 2010, p.30).
6
“Por causa dessas perseguições, os primeiros cristãos de Roma enterravam seus mortos em galerias subterrâneas,
denominas de catacumbas [...]” (PROENÇA, 2009, p.44).
7
“[...] pois as letras da palavra “peixe”, em grego (ichtys), coincidiam com a letra inicial de cada uma das palavras da
expressão Iesous Christos, Theou Yios, Soter, que significa “Jesus Cristo, filho de Deus, Salvador”. (Proença, 2007,
p.45)
8
“O Cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano no século IV, e os temas cristãos eram comuns na arte
bizantina. O interesse na religião fez com que os artistas se preocupassem mais com o espírito e menos com a
aparência das coisas. Eles achavam mais importantes criar símbolos de experiência religiosa do que mostrar cenas
com aparência natural” (Dickins;Griffith, 2012, p. 31).
didático e também “majestoso, que exprime poder e riqueza, segundo Proença” Commented [KM32]: Essa aspa deve vir depois do termo
‘riquesa’.
(2009, p. 47)9.

A maioria dos Cristãos não poderia ler ou escrever, então para Commented [KM33]: Antes de colocar a citação, sugiro:
ensinar a religião as imagens eram usadas didaticamente. Isto ‘Segundo Gombrich,’...
foi de extrema importância para a história da arte, pois permitiu
que a pintura avançasse, através de temas religiosos que se
tornaram centrais durante séculos (GOMBRICH, 2002, p.).

Na Idade Média (1.150 d.c à 1.520 d.c), os desenhos representados nas


pinturas tiveram a sua importância nas catedrais de paredes verticais, na altura
colossal das paredes, em formas de mosaicos e nos vitrais coloridos, pois os
temas eram voltados para o Cristianismo, porém não se preocupava com a
terceira dimensão ou com a perspectiva das imagens. Proença (2009) revela
que os vitrais coloridos tinham como finalidade ilustrar as cenas e os
ensinamentos bíblicos, além disso, a luz que entrava no ambiente através dos
vidros transmitia a sensação de algo divino, como a comunicação com o
próprio Deus.

A maioria das obras foi produzida para as igrejas cristãs e outras Commented [KM34]: Sugiro: ‘ a maioria das obras desse
período’...
edificações religiosas, no qual as cenas mostradas também remetiam a religião
Commented [KM35]: Essa locução se refere a
através de imagens de Deus, Jesus Cristo, apóstolos, santos, anjos, demônios ‘edificações religiosas’¿ Caso a resposta seja positiva sugiro
substituir por: ‘em que’ ou ‘nas quais’.
e diversos símbolos10. Uma parte das pinturas era patrocinada por doadores,
Commented [KM36]:
que muitas das vezes também eram incluídos nas representações “[...] em Commented [KM37]: Não seria ‘diversos outros
símbolos’¿
tamanho menor que as figuras santas, para mostrar que eram menos
Commented [KM38]: Inserir ponto final após esse termo.
importantes. Incluir os doadores em cenas religiosas era uma maneira de
Commented [KM39]: Inserir antes da citação: ‘Como
anunciar sua devoção à religião que professavam, assim como a sua relata Dickins e Griffit’...

generosidade” (DICKINS; GRIFFITH, 2012, p. 31).

Pipes (2010) descreve que na Idade Média, o desenho projetivo já era


produzido de forma empírica e focava nas características mecânicas e nos Commented [KM40]: A locução ‘do que’ utilizada logo a
frente exige um ele anteriror. Nesse caso, após esse
predicados de uma máquina do que representar a realidade física do projeto, termo(focava) insira o termo ‘mais’.

9
“A arte bizantina tinha um objetivo: expressar a autoridade absoluta do imperador, considerado sagrada,
representante de Deus e com poderes temporais e espirituais. [...] Além da frontalidade, outras regras minuciosas
foram estabelecidas pelos sacerdotes para os artistas, determinando o lugar de cada personagem sagrado na
composição e indicando como deveriam ser os gestos, as mãos, os pés, as dobras das roupas e os símbolos.[...]
(PROENÇA, 2009, p. 47).
10
“Esses são alguns símbolos e seus significados: folha de palma – um mártir (alguém que morreu por suas crenças);
pomba branca – o Espírito Santo; chaves – São Pedro, que carrega as chaves do céu; Roda – Santa Catarina, que foi
condenada a morrer sobre uma roda que quebrou; auréola – santidade; a maioria das auréolas é redonda, mas se você
deparar com uma quadrada, isso significa que a pessoa estava viva quando a pintura foi feita; a lança e o monstro,
simbolização de São Jorge, que dizem ter matado um dragão com uma lança [...]”” (Dickins;Griffith, 2012, p. 27).
ou seja, não considerava as verdades geométricas, tamanhos e posições.
Assim sendo, era um desenho com características descritivas, como na
atualidade são os desenhos de vistas ortográficas dos engenheiros, no qual Commented [KM41]: Sugiro substituir por ‘ortogonais’.
Não que ‘ortográficas’ esteja incorreto. É apenas uma
são de difíceis leituras para os leigos. “[...] As vistas em plantas arquitetônicas sugestão de estilo.

pareciam ser suficientes para mestres construtores erguerem as catedrais Commented [KM42]: Se deseja se referir aos ‘desenhos
de vistas ortográficas’ o termo correto a ser utilizado aqui é
durante muitos séculos [...] (PIPES, 2010, p. 30). ‘os quais’ ou simplesmente ‘que’.

Entre os séculos XIV e XVI o desenho teve uma mudança significativa


na história das artes, destaque para as obras do período do Renascença11. Commented [KM43]: Sugiro substituir por: ‘como é
possível observar nas’...
Uma vez que as representações foram inspiradas na cultura clássica12, mas os
Commented [KM44]: Esse conectivo aqui não se aplica.
desenhos passaram a ser realistas, ou melhor, retrataram os cenários e Sugiro: ‘Nesse período as representações’...

pessoas extraídas da vida real. Além disso, a preocupação com os efeitos da


luz sobre os objetos e a perspectiva para sugerirem uma impressão de espaço
3-D13, ao contrário do que ocorria, por exemplo, nas pinturas da idade Média. Commented [KM45]: Inserir após o ponto final: ‘De
acordo com o que aponta Dickins e Griffit,’
Os pintores renascentistas leram sobre o que os escritores
clássicos diziam a respeito da importância em se fazer com
que a arte imitasse a vida. Então, começaram a estudar óptica
( a ciência da visão) e perspectiva, para que pudessem fazer
desenhos precisos e convincentes. Alguns artistas até mesmo
dissecaram cadáveres para aprenderem mais sobre anatomia
(DICKINS; GRIFFITH, 2012, p. 38).

Proença (2009) também confirma que o Renascimento foi marcado pela


pintura realista com estudo da perspectiva, segundo os princípios da
matemática e da geometria. Pipes (2010) pontua que o artista Paolo Ucello e o
arquiteto Filippo Brunelleschi têm o crédito da concepção da perspectiva14 em
suas obras. Além disso, é possível identificar nas artes desse período a
tendência da interpretação do mundo, uso do claro e escuro, o volume dos
corpos e o realismo. Commented [KM46]: Quando vc cita acima que as
pinturas são extraídas da vida real e pinturas realistas, vc já
esta´dizendo que na arte desse período havia uma
preocupação com o realismo. Portanto, não se faz
necessário repetir aqui, pois fica redundante. Sugiro retirar.
11
Renascença significa renascimento (DICKINS; GRIFFITH, 2012).
12
“A Renascença viu uma surpreendente explosão de criatividade, principalmente na Itália, onde viviam muitos dos
principais artistas dessa época. Suas descobertas tiveram um profundo efeito na pintura. Mas embora os artistas
renascentistas fossem inspirados pela era Clássica, eles, na verdade, não tinham visto nenhuma pintura daquele
período. Em vez disso, eles pesquisaram o que puderam em textos e esculturas antigas” (DICKINS; GRIFFITH, 2012,
p. 38).
13
“Nos últimos anos de sua vida, Leonardo da Vinci dedicou-se cada vez mais a seus interesses científicos. A arte e a
ciência haviam-se unido pela primeira vez com o desenvolvimento da perspectiva, por Brunelleschi; a obra de
Leonardo constitui o clímax dessa tendência [...]” (JANSON, 1996, p.211).
14
“ [...] Isto não significa que, nos desenhos, a terceira dimensão não existisse antes da Renascença, pois vários tipos
de projeções oblíquas não convergentes podem ser vistos em desenhos de todas as culturas das épocas mais
remotas” (PIPES, 2010, p.29).
Na idade média, o artista era submisso e anônimo, já no Renascimento, é Commented [KM47]: Substituir por ‘o’. ‘o Renascimento
é marcado’...
marcado pelo destaque de inúmeros artistas de prestígio, como: Leonardo Da
Vinci, Michelangelo, Raphael Sanzio, Donatello, entre outros (PROENÇA,
2009).

O método de desenho projetista que chama atenção ainda no século XVI


é da construção naval, uma vez que as representações de superfícies eram
complexas. Pipes (2010), afirmar que é possível perceber a influência dessas Commented [KM48]: ‘afirma’

construções na história do design, no qual os barcos já eram representados em Commented [KM49]: Refere-se à ‘história do design¿
Caso a resposta seja positiva deve ser substituído por ‘ em
três planos / vistas: longitudinal, vertical e horizontal. que’ ou ‘na qual’.

O período do Barroco ocorrido desde meados do século XVI até final do


século XVII foi marcado pelo fervor religioso, na passionalidade da Contra-
reforma15 e da evolução do processo de antropocentrismo que já era
representado nas obras do Renascimento. Como releva Proença (2009), o
desenho registrado nas pinturas foi registrado pelas emoções e não pelo estilo Commented [KM50]: ‘desenho registrado...foi
registrado’ ficou redundante. Sugiro: ‘o desenho registrado
realista do renascimento, ou seja, o emocional sobre o racional. Além disso, o nas pinturas do período Barroco é marcado pela
representação das emoções’...
contraste entre luz e sombra e comprometimento com a emoção genuína de
Commented [KM51]: Sugiro: ‘percebe-se a valorização
forma expressiva.16 do emocional em detrimento do racional’.
Commented [KM52]: Inserir após o ponto final: ‘Como
aponta Dickins e Griffit,’

O século XVII foi uma época de violentos debates religiosos,


discussões e até mesmo guerras. [...] Batalhas religiosas
tiveram um enorme efeito sobre a arte. Os líderes da Igreja
católica incentivaram as pessoas a usar imagens religiosas
como auxílio nas orações. Nos países protestantes, porém,
esse uso da arte não foi visto com bons olhos e até mesmo
considerado pecaminoso (DICKINS; GRIFFITH, 2012, p.58).

Na pintura cresce o interesse dos artistas de retratar também pessoas


comuns em cenas do dia a dia e natureza-morta como: flores, comidas e outros
elementos (DICKINS; GRIFFITH, 2012).

Fascioni (2014) chama atenção para o termo “design”, que segundo a


autora foi criado no período da Revolução industrial, entre os séculos XVIII e

15
A Reforma protestante influenciou, pois logo a igreja católica organizou a contrarreforma, e outra vez a arte era vista
como um meio de propagar o catolicismo e ampliar sua influência (PROENÇA, 2009, p.102).
16
O Barroco foi introduzido no Brasil no século XVI através dos Jesuítas, foi diretamente influenciado pelo barroco
português, porém, com o tempo, foi assumindo características próprias. A grande produção artística barroca no Brasil
ocorreu nas cidades rotas do ouro de Minas Gerais (PROENÇA, 2009, p.196).
XIX, no qual o conceito principal surgiu do pensamento e da viabilidade de Commented [KM53]: Sugiro substituir por: ‘quando’...

fabricar produtos em escala. Por essa razão, a primeira premissa dos


produtores surgiu da ideia de arriscar produzir a estética elaborada e produzida Commented [KM54]: Sugiro substituir por: ‘a ideia inicial
dos produtores surgiu da proposta de’... pois ‘premissa’ já é
pelos talentosos artesões da época. a ‘primeira’ ideia, portanto aqui ficou redundante.

Com a primeira Revolução Industrial17, um conjunto de mudanças


ocorreu na Europa, destaque para a evolução do desenho ilustrativo para o Commented [KM55]: Inserir vírgula pós esse termo.

desenho industrial com a finalidade de projetar e fornecer informações precisas


com intuito de produzir os artefatos e maquinários no processo produtivo. “[...] Commented [KM56]: Inserir após o ponto final: ‘Segundo
Heskett,’...
Artistas com formação acadêmica, por serem os únicos formados em desenho,
eram cada vez mais contratados por fabricantes para criar conceitos formais e
decorações de acordo com o gosto dominante.” (HESKETT, 2008, p.26). 18

Esse progresso do desenho também foi graça ao resultado da evolução Commented [KM57]: ‘graças’

do método arquitetônico19, por ser uma metodologia madura naquele período, Commented [KM58]: ‘madura’¿ Seria esse mesmo o
termo¿
se expandiu para o desenho descritivo20 da engenharia mecânica no início da
Commented [KM59]: Inserir vírgula após esse termo.
Revolução Industrial. Commented [KM60]: Inserir após o ponto final: ‘Como
bem aponta Pipes’,...
[...] os desenhos de motores de máquina a vapor de finais do
século XVIII feitos por Matthew Boulton e James Watt são
remanescentes dos desenhos arquitetônicos daquela época,
acabados com aquarelas e com sombreamento para dar mais
realismo (PIPES, 2010, p.30).

Desde o renascimento os desenhos vêm sofrendo influências das


noções básicas da geometria, projeção e perspectiva, mais um pouco antes do
início século XVIII, Pipes (2010) pontua que os desenhos projetistas se
tornaram mais estilizados. Commented [KM61]: Parágrafo confuso.

17
“A primeira revolução industrial ocorreu na Inglaterra, com início por volta de 1750 [...] A Gra-Bretanha já contava
desde meados do século 18 com uma entidade privada voltada para a promoção industrial e a integração da arte e
indústria, a Society for the Engouragament of Arts, Manufacture and Commerce ( hoje, Royal Society of Arts); e a
abertura das Schools of Design britânicas em 1837 [...]” (CARDOSO, 2000, p. 20 e 109).
18
“As mudanças mais radicais, porém, vieram com o começo da industrialização, em meados do século XVIII. A
quantidade de produtos gerados por meio de processos mecanizados criou um dilema para os fabricantes. Os artífices
em geral não conseguiam ou não queriam se adaptar à demanda da indústria. Além disso, produtos com novos
formatos tinham de ser criados para atrair os compradores potenciais dos mercados que se abriam especialmente
consumidores da classe média, que representavam a nova riqueza da época” (HESKETT, 2008, p.25).
19
“[...] Amédée-François Frézier (1682 – 1773) é reconhecido como o primeiro arquiteto que mostrou, em 1738, plantas
e elevações juntas, em escala e unidas projecionalmente (SIC) por meio de linhas de construção” (PIPES, 2010, p.30).
20
Pipes (2010) pontua que na era Napoleônica, o matemático francês Gaspard Monge revolucionou o pensamento do
desenho com as teorias da geometria descritiva, em 1795.
O Rococó surgiu na frança no século XVIII e propôs uma diferenciação
na arte moralista e dramática do século XVII, as pinturas tiveram como Commented [KM62]: Sugiro: ‘nesse período as
pinturas’...
propósito serem divertidas e charmosas; e se tornaram populares entre os
Commented [KM63]: Retirar.
aristocratas da corte francesa, no qual as obras apresentavam imagens e Commented [KM64]: Substituir por ponto final.
figuras graciosas em momento de descontração ou entretenimento em Commented [KM65]: Retirar.

paisagens de sonho. Porém, com a Revolução Francesa, esse estilo sai de


moda no final desse século (DICKINS; GRIFFITH, 2012).

A transição do século XVIII para o século XIX foi marcado pelo


Academicismo e Neoclassicismo, período que aconteceu a retomada das artes Commented [KM66]: ‘em que’...

ao antropocentrismo, ou melhor, dos princípios das artes da Antiguidade grego-


romano. Proença (2009) relata que esse período foi marcado pela “arte
perfeitamente bela”, baseado nos conceitos grego-romano para o ensino de
artes nas academias europeias, isto é, convencionalismo e tecnicismo nas
academias de belas-artes. Commented [KM67]: Inserir após o ponto final: ‘Segundo
Argan,’...
Tema comum a toda a arte neoclássica é a crítica, que logo se
torna condenação, da arte imediatamente anterior, o Barroco e
o Rococó. Adotando a arte grego-romana como modelo de
equilíbrio, proporção, clareza, condenam-se os excessos de
uma arte que tinha sua sede na imaginação e aspirava
despertá-lo nos outros [...]. A técnica, por sua vez, não mais
deve ser inspiração, habilidade, virtuosismo individual, mas um
instrumento racional que a sociedade construiu para suas
necessidades e que deve servir a ela (ARGAN, 1993, p. 21).

Porém, o Romantismo no século XIX foi à primeira reação a arte Commented [KM68]: Sem crase.

neoclássica. Proença (2009) expõe que os artistas valorizavam os sentimentos Commented [KM69]: Com crase.

do presente, nacionalismo e a imaginação como princípios da criação.


Entretanto, os questionamentos do neoclassicismo surgiram com as primeiras
pinturas das artes modernas, precisamente com o impressionismo21 no final do
século XIX, que modificou as bases da pintura européia, incorporando os
efeitos da luz às obras, cores inusitadas a elementos da natureza, motivos
modernos e a teoria das cores.

21
O Impressionismo revolucionou tendências da arte do século XX. Os pintores procuraram, com base na observação
direta do efeito da luz solar sobre os objetos, registrar em suas telas as constantes alterações que essa luz provoca
nas cores da natureza. A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num
determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do
sol. A figura não deve ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar a imagem.
[...] (PROENÇA, 2009, p. 140)
Diversos artistas do final do século XIX desenvolveram novos modos do
uso das cores nos desenhos através do olhar científico, com a proposta de
fragmentar cada componente, ou de uma maneira menos científico, usá-las Commented [KM70]: Esse termo se refere à ‘maneira’¿
Se a resposta é positiva deve ser substituído por ‘científica’.
com o intuito de transmitir sentimentos. Em alguns momentos, eles utilizaram a
roda das cores, conhecido na atualidade como círculo cromático22, para
determinar quais seriam as tonalidades complementares, análogas ou de
contrastes na obra (DICKINS; GRIFFITH, 2012).

De acordo com Pipes (2010), o uso do desenho como representação


simbólica de um produto foi colocado em prática efetivamente a partir de 1852,
sendo o engenheiro alemão Ferdinand Redtenbacher responsável em Commented [KM71]: ‘por’...

desenvolver o método, no qual determinou que o desenho no papel era um Commented [KM72]: Substituir por ‘que’ ou ‘o qual’...

instrumento de projeto, fácil de manusear e barato; perfeito para a Commented [KM73]: Substituir por ‘e’...

representação dos objetos e análise antes que fizesse a produção do protótipo. Commented [KM74]: Inserir vírgula após esse termo.

Esse marco contribuiu para dois fatores importantes: o primeiro, para a


separação dos processos de projeto da produção que contribuiu no aumento
produtivo, padronização e produção em massa; o segundo foi o surgimento da
profissão de designer de produto. Commented [KM75]: Inserir após o ponto final: ‘Em
Pipes encontra-se o seguinte esclarecimento:’
Este foi quase certamente o início da profissão de designer de
produto como nós a conhecemos hoje. O designer com o
desenho era capaz de uma maior percepção que os antigos
artesãos, logo se tornou costumeiro um traçado feito a tinha em
vez da peça original [...](PIPES, 2010, p.33).

É possível afirmar que o ponto de mudança na história do design foi no


final do século XIX e início do século XX, época de grande efervescência
cultural, no qual apareceram diversos movimentos, como o Arts and Crafts, o
Art Nouveau, o Art Deco, o Werkbund e a mais famosa escola de design do
mundo, a Bauhaus. Segundo Fascioni (2014, p.62) “Esse novo jeito de
conceber produtos pensando na fabricação em escala foi que deu origem que
hoje conhecemos como design.”23

22
“Círculo cromático ampliando o círculo de Wundt, podemos organizar um diagrama cromático com as cores do
espectro solar. Unindo os dois extremos do espectro e colocando na inserção o vermelho-magenta (que é a mescla
aditiva do azul-violeta e do vermelho-alaranjado), obtemos um círculo cromático que se baseia numa disposição
ordenada de cores básicas e em seus composto” (FARINA, 1986, p. 86).
23
De acordo com Fascioni (2014, p.63), “Há várias e diferentes definições para o termo, [...] que o design sustenta-se
sobre um tripé: um bom projeto, que possibilite a produção em escala; um conceito que explique porque o objeto é feito
dessa maneira e naco de infinitas outras possíveis, com suas funções e porquês; e a preocupação estética (senão não
vende). A definição de design baseada no tripé projeto, conceito e estética foi cunhada durante um trabalho de equipe
As escolas oficiais de Artes e Ofícios (Arts and Crafts) criadas na
Inglaterra em 1834 tiveram como objetivo aprimorar o design das manufaturas,
no qual a arte se tornaria compatível com a industrialização artesanal. As ideias
de William Morris24 influenciadas por John Ruskin25 constituiu o movimento das
Artes e Ofícios (Arts and Crafts movements), no qual se compôs a prática de os
artistas desenharem os artefatos para a produção em série em escala industrial
ou semi-industrial.

“A Revolução Industrial havia criado definitivamente uma nova realidade


e era preciso aceitar o trabalho artístico mecanizado” (PROENÇA, 2007, p.
137). Commented [KM76]: Sugiro que esse parágrafo de
citação esteja junto ao parágrafo anterior. Com a seguinte
introdução antes: ‘Na opinião de Proença, “a Revolução
Precisamente em 1868, o inglês A. W. Cunningham narrou que na Industrial...
Europa Continental “existiam métodos de desenho elegantes que conseguiam
resolver qualquer problema tridimensional, em papel” (PIPES, 2010, p.31).
Nesse século, os artesãos faziam desenhos, porém as superfícies utilizadas
eram quase sempre em pedras, quadros pretos ou nos próprios materiais.
Porém, Pipes (2010) revela que Cunnigham almejava ver uma educação
sistematizada de desenho que substituísse o costume e a prática.

No final do século XX, o Art Nouveau surgiu como um novo movimento


artístico que sugeria novas formas de desenhos de objetos ornamentais e
arquitetônicos. Segundo Madsen (1975) citado por Cardoso (2000, p. 88), a
Arte nova teve influência do Arts and Crafts e de movimentos artísticos como o
Simbolismo e o Esteticismo. No qual o diferencial desse movimento foi que os
criadores esquivaram do processo de produção industrial para a criação de
peças a partir dos processos artesanais26, no qual reunia as mais distintas
tendências: “as idéias da industrialização, do Movimento das Artes e Ofícios,

para uma das disciplinas do meu curso de doutorado. Dentre as várias que estudamos e mediante profunda análise, foi
a que julgamos mais adequada. Por isso você não vai vê-la em lugar nenhum outro lugar, e a definição está longe de
ser consenso”
24
“[...] Morris foi o primeiro designer a apostar a sua sobrevivência comercial na ideia de que o consumidor pagaria
mais para ter o melhor, confirmando uma filosofia empresarial que, embora ainda comum no século 19, foi perdendo
muito da sua força com a expansão da produção em massa no século 20” (CARDOSO, 2000, p. 73).
25
“John Ruskin foi um importante teórico inglês do século XIX, que em seus escritos defendia com fervor a
preservação dos monumentos. Suas teorias ainda se apresentam atuais e pertinentes à preservação do patrimônio
[...].John Ruskin: teorias da preservação e suas influências na preservação do patrimônio brasileiro no início do século
xx. Arte, Cultura, distrações e antogonismo. Periódicos da UFES. Disponível em: <
periodicos.ufes.br/colartes/article/download/7641/5347 >, acessado em 03/ 02 / 2019.
26
“Embora imortalizado pelo virtuosismo artesanal e artístico de alguns dos seus maiores expoente [...] o Art Nouveau
acabou por se tornar o primeiro estilo divulgado em escala maciça, suscitando uma reprodução industrial intensiva das
suas formas em artigos de todas as espécies [...]”(CARDOSO, 2000, p. 20).
da arte oriental, das artes decorativas e das iluminuras medievais” (PROENÇA,
2007, p. 137)

Cardoso (2000, p.88) relata que a Art Nouveau é confundida com as


formas e os motivos da Art Déco, porém, segundo o autor, existem diferenças
no design:

“[...] o estilo Art Nouveau está associado na imaginação


popular com a sinuosidade de formas botânicas estilizadas,
com uma profusão de motivos florais e femininos em curvas
assimétricas e cores vivas, [...] o Art déco é caracterizado como
menos ornamentado e mais construtivo, menos floral e mais
geométrico, menos orgânico e mais mecânico, menos um
entrelaçamento de linhas e mais uma sobreposição de planos –
na verdade, existe uma continuidade muito grande em termos
formais, um diálogo mais do que uma disputa.

Desde o início do século XX, houve uma explosão de diferentes


movimentos artísticos e tipos de arte, destaques para as criações dos artistas, Commented [KM77]: Sugiro substituir por: ‘e nesse
contexto pode-se destacar as’...
artesões e designers influenciados pelas duas grandes guerras, pelas
desigualdades sociais, pelos avanços das sociedades industrializadas, pelas
diferenças entre a alta burguesia e o proletariado e pelo o uso crescente dos
computadores e novas tecnologias. Commented [KM78]: Inserir após o ponto final: ‘Do
ponto de vista de Proença, os movimentos’...

[...] tais como o Expressionismo, o Fauvismo, o Cubismo, o


Futurismo, o Abstracionismo, o Dadaísmo, o Surrealismo, a
Pintura Metafísica, a Op-art e a Pop- Art expressaram, de um
modo ou de outro, a perplexidade do homem contemporâneo
(PROENÇA, 2007, p. 157).

Os artistas do século XX transmitiram seus sentimentos e


experimentaram através de infinitas possibilidades de materiais e estilos nas
representações do desenho diante da realidade moderna.

Em 1907, surge a Deutscher Werkbund (Confederação Alemã do


Trabalho)27, na Alemanha, onde acontecia fóruns e propostas de exposições Commented [KM79]: Substituir por ‘em que’. O termo
‘onde’ só deve ser usado quando se referir a lugar.
periódicas, no qual reunia políticos, empresários, arquitetos, artistas e
Commented [KM80]: Aqui deve ser ‘aconteciam’ para
concordar com ‘fóruns e propostas de exposições’.

27
[...] Para alguns, a verdadeira história do design se inicia com a Werkbund, pois foi a partir de suas atividades que Commented [KM81]: Substituir por: ‘em que se
ganhariam destaque vultos como Peter Behrens, o arquiteto alemão [...] De fato, a colaboração de Behrens com a AEG reuniam’...
(Allgemeine Elektricitäts Gesellschafft) é um marco no desenvolvimento do design modernista [...](CARDOSO, 2000, p.
111- 112).
designers. Segundo Cardoso (2000, p. 111), por meio desses eventos, a
confederação sugeria: Commented [KM82]: O verbo ‘sugerir’ aqui, é transitivo
direto, portanto não aceita o ‘a’ que introduz a citação.
Portanto sugiro omitir o ‘a’ da citação.
“[...] a estimular uma política setorial de aplicação do design à
indústria, a pressionar as autoridades competentes para
realizar uma melhoria dos padrões técnicos e estéticos da
indústria alemã e a educar o consumidor para exigir o
cumprimento desses padrões [...]”

Em 1919 foi fundada a Escola Staatliches Bauhaus ou Casa de


Construção Estatal, em Weimar, na Alemanha, pelo arquiteto Walter Groupius.
Pipes (2010) afirma que a Bauhaus foi influenciada pela Deutscher
Werkbund28. A nova instituição de ensino era vista como um centro de
inovação com foco no modo de vida do século XX, no qual o corpo docente
estimulava os alunos com práticas criativas e reflexivas da relação entre arte,
design e indústria; diante das necessidades funcionais29 dos objetos criados. Commented [KM83]: Inserir após o ponto final: ‘Para
Lupton e Miller,’...
A Bauhaus foi um lugar no qual diversas vertentes da
vanguarda se juntaram e trataram da produção de tipografia,
propaganda, produtos, pintura e arquitetura. As atividades da
escola foram amplamente propagandeadas nos EUA no final
da década de 1930, depois de muitos de seus membros
emigrarem para lá. A Bauhaus tornou-se sinônimo de
pensamento avançado em design [...] (LUPTON & MILLER,
2008, p.26).

Cardoso (2000), relata que após uma série de perseguições do governo


nazista a escola foi fechada em 1933. Porém, em 1937, é fundada a “Nova
Bauhaus”, em Chicago, por Lászlo Moholy-Nagy, mas por questões de
dificuldades, fechou 1938, e reabriu sob outros nomes até consolidar o Institute Commented [KM84]: Como assim ‘questões de
dificuldades¿’ Que dificuldades foram essas. Dessa forma
of Design, (Instituto de Design), 1944, e sendo absorvida em 1949 pelo Illinois que vc colocou ficou muito vago.

Institute of Technology (Instituto de Tecnologia de Illinois).


Em 1953, o legado da Bauhaus fez surgir uma nova instituição de ensino
de design na cidade alemã Ulm, a Escola Hochschule für Gestaltung, que teve
a sua importância devido à reflexão de um design conduzido por princípios
tecnicistas e científicos (CARDOSO, 2000).

28
“[...] Deutscher Werkbund de 1903, um movimento no qual Lothar von Kunowski (1866 - ?) encorajava os estudantes
a `revelar a essência em vez da aparência da natureza e dos materiais para obter a verdadeira expressão [...]” (PIPES,
2010, p.37).
29
“[...] a Bauhaus acabou contribuindo muito para a cristalização de uma estética e de um estilo específico no design: o
chamado `alto´ Modernismo que teve como preceito máximo o Funcionalismo, ou seja, a ideia de que a forma ideal de
qualquer objeto deve ser determinada pela sua função, atendo-se sempre um vocabulário formal rigorosamente
delimitado por uma série de convenções estéticas bastante rígidas [...](CARDOSO, 2000, p. 123).
Bonsiepe (2012) ressalta que desde a década de 1960 o movimento
Moderno e o Funcionalismo, visto como doutrina projetual, vem recebendo
várias críticas. Para o autor, o grupo de designers que se intitulam vanguardas,
precisa entender que o funcionalismo é “uma moda ultrapassada”. Moderno na
atualidade é está “[...] contra ou além do moderno, isso se chama de ‘Pós- Commented [KM85]: ‘estar’

modernismo’. O famoso lema de Sullivan ‘A forma segue a função’ foi


transformado em ‘A forma segue o fiasco’” (BONSIEPE, 2012, p.108).
O movimento dos designers industriais americanos dos anos 40
conhecido como “anti-modernistas” e o movimento dos designers italianos com
sede em Milão, Memphis, que lideram o “pós-modernismo” na década 1980,
resultaram na reintrodução da cor, padronagens e ornamentos no design. “ [...]
Design, hoje, não é somente resolver necessidades funcionais, mas criar
alegria, excitação e expectativa.” (PIPES, 2010, p.40).
Um marco que revolucionou e impactou a vida moderna, aconteceu a
partir da década 1940, com o início da evolução dos computadores digitais
eletrônicos, exemplo, foi a criação do ENIAC (Electrical Numerical Integrator
and Calculator), considerado o primeiro computador eletrônico digital, no qual
foi concebido e construído na Escola Moore de Engenharia Elétrica da
Universidade da Pensilvânia30. Nas próximas décadas, os computadores foram
evoluindo para a primeira, segunda e terceira geração, com capacidade de
calcular e com uma linguagem de programação orientada para os
procedimentos. Entretanto, a partir de 1975 surgiram à quarta geração de Commented [KM86]: Refere-se à quara geração¿ Se a
resposta for positiva substituir por ‘surgiu’.
computadores, que reduziram de tamanho e as linguagens utilizadas eram de
Commented [KM87]: Substituir por ‘reduziu’.
alto nível, no qual era possível fazer tratamento eletrônico de imagens. Commented [KM88]: A locução ‘no qual’ não cabe aqui.
A evolução tecnológica entre as décadas 1990 e 2000 contribuíram para Substituir por ‘e’.
Commented [KM89]: Refere-se à ‘evolução tecnológica’¿
os lançados de inúmeros softwares com melhores qualidades, capacidades de Se a reposta é positiva deve-se substituir por ‘contribuiu’...
processamento de informações e resultados, que colaboraram para que as Commented [KM90]: Não seria ‘lançamento’¿

máquinas se tornassem de fácil acesso e práticos em relação à programação e Commented [KM91]: Deve estar no singular.
Commented [KM92]: Deve estar no singular.
resolução de problemas. Além disso, a indústria investiu pesado no design das
Commented [KM93]: Se refere-se a máqunas¿ Nesse
caso deve ser ‘práticas’

30
FERNANDES, Gilberto L. O primeiro computador eletrônico digital. Disponível em <
https://www.academia.edu/5791164/ENIAC_o_primeiro_computador_eletr%C3%B4nico_digital > ,
acesso em 20/01/2019.
interfaces, nos programas para executar tarefas diárias e nos designs dos
computadores.31
Diante disso, com o uso da tecnologia, a arte se tornou, no final do
século XX e início do século XXI, surpreendente e diversificada, pois os
experimentos variam das tradicionais pinturas a óleo, animais mortos,
gravações de vídeos, videogames, robótica e materiais tecnológicos inusitados
(DICKINS; GRIFFITH, 2012).

Além da arte, o design também teve alterações significativas com a


tecnologia. Isso deve ao fato que no passado o desenho que era definido por Commented [KM94]: Substituir por: ‘se deve ao fato de
que’...
objetos mais retilíneos, uma vez que as formas quadradas eram mais fáceis de
Commented [KM95]: Retirar
representar do que as projeções ortográficas. Pipes (2010) pontua que essas
mudanças estão associadas aos projetos que, na atualidade, são criados em
softwares, como CAD32 e Modelagem 3D33: “[...] Os programas de CAD fazem
com que padrões repetidos, tais como séries de linhas paralelas, sejam
facilmente incorporados. Agora os sistemas de modelagem 3D tornam possível
projetar e fabricar formas livres, orgânicas e curvilíneas.” (PIPES, 2010, p.40)

No mundo pós-moderno é possível perceber a importância e vinculação


da tecnologia com a arte e o design, principalmente no século XXI. Prova disso,
são as máquinas e equipamentos que avançaram nas últimas décadas diante a
crescente demanda da quarta revolução industrial34. Consequentemente, a
sociedade industrializada se tornou necessitada e dependente desse
progresso, principalmente na questão da representação do desenho seja para
a criação de um trabalho artístico ou um projeto de design.

31
GADELHA, Julia. A Evolução dos computadores. Disponível em < http://www2.ic.uff.br/~aconci/evolucao.html> ,
acesso em 20/01/2019.
32
“CAD – Computer aided design (Design [ou projeto] Auxiliado por Computador) ou, mais exatamente, no caso de
sistemas 2D, desenho auxiliado por computador” (PIPES, 2010, p. 209).
33
“Modelagem 3D é o processo que usa software para criar uma representação matemática de um objeto ou forma
tridimensional. O objeto criado é chamado de modelo 3D, e tais modelos são usados em vários setores. Os setores de
cinema, televisão, videogames, arquitetura, construção, desenvolvimento de produtos, ciências e medicina usam
modelos 3D para visualizar, simular e renderizar projetos gráficos.” Disponível em <
https://www.autodesk.com.br/solutions/3d-modeling-software >, acessado em 30/01/ 2019.
34
“Na Alemanha, o termo Indústria 4.0 tem sido comum em praticamente todas as feiras industriais, conferências ou
chamadas públicas para fundos para projetos. Primeiramente utilizado na Feira de Hannover, em 2011, o termo
suscitou inúmeras discussões [...]. O termo Indústria 4.0 se refere à Quarta Revolução Industrial e é frequentemente
entendido como aplicação do conceito genérico de Sistemas Ciberfísicos nos sistemas de produção. Na América do
Norte, ideias similares vieram à tona com o nome de Internet Industrial dado pela General Electric” (drath; horch, 2014,
p. 56, citado por Bruno, 2016, p.36).

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