You are on page 1of 25

INSTITUTO TERCEIRA VISÃO

:: Abordagem, Ética e Anamnese Terapêutica ::

Ensino Multidisciplinar em Terapias Naturais,


Holísticas e Complementares
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

1. INTRODUÇÃO

Na cultura anglo-saxônica, o termo aconselhamento ("counseling") é utilizado para designar um


conjunto de práticas que são tão diversas quanto as que configuram as práticas de: orientar,
ajudar, informar, amparar, tratar.

H.B e A.C. English definem o aconselhamento como:

"uma relação na qual uma pessoa tenta ajudar uma outra a compreender e a resolver problemas
aos quais ela tem que enfrentar ".

Um tema que concerne à filosofia do aconselhamento predomina em toda a literatura anglo-


saxônica: a crença na dignidade e no valor do indivíduo pelo reconhecimento de sua liberdade em
determinar seus próprios valores e objetivos e no seu direito de seguir seu estilo de vida.

O indivíduo tem um valor em si, independentemente do que pode realizar. Muitas vezes, a pessoa
não é consciente ou ignora seu potencial de desenvolvimento. O aconselhamento visa ajudá-la a
desenvolver sua singularidade e a acentuar sua individualidade. Mais que uma filosofia que
poderia ser interpretada, à primeira vista, como uma forma de individualismo selvagem, todos os
grandes textos do aconselhamento fazem referência à responsabilidade da pessoa diante dela
mesma, do outro e do mundo em torno dela. O indivíduo não é nem bom, nem ruim por natureza
ou por hereditariedade. Ele possui um potencial de evolução e de mudança. O(A) aconselhador(a)
deve considerar o sentido e os valores que o cliente atribui à vida, às suas próprias atitudes e
comportamentos porque quando uma mudança se impõe no contexto de vida, isto pode se chocar
com as opções filosóficas da pessoa em questão e ser em si uma causa de dificuldade (ex.:
mudança de atitude diante do trabalho, da família, da sexualidade, da morte,…).

Segundo Catherine Tourette-Turgis, "o princípio de coerência do aconselhamento reside


fundamentalmente no fato de que muitas situações da vida são causas de sofrimentos
psicológicos e sociais, necessitando de uma conceitualização e que dispositivos de apoio sejam
colocados à disposição das pessoas que as vivem”.

Para ela, "o aconselhamento é uma forma de” psicologia situacionista”: isto é, a situação é causa
do sintoma e não o inverso. Neste sentido, o aconselhamento, forma de acompanhamento
psicológico e social, designa uma situação na qual duas pessoas estabelecem uma relação, uma
fazendo explicitamente apelo à outra através de um pedido (verbalizado) com objetivo de tratar,
resolver, assumir um ou mais problemas que lhe dizem respeito…a expressão "acompanhamento
psicológico" seria insuficiente na medida em que os campos de aplicação do
aconselhamento…designam muitas vezes realidades sociais produtoras em si mesmas de um
conjunto de distúrbios ou de dificuldades para os indivíduos.

Neste sentido, o aconselhamento responde às necessidades de pessoas que procuram ajuda de


uma outra para resolver, em um tempo relativamente breve, problemas que não são oriundos
necessariamente de problemáticas profundas (do ponto de vista psicológico). Estes problemas

2
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

podem estar ligados, na verdade, aos empecilhos ou a um contexto específico com o qual elas
precisam se adaptar ou aos quais elas devem sobreviver e pelos quais, na maior parte do tempo,
a sociedade não as preparou (ex.: traumatismos de guerra, prevenção da aids, desemprego, …)
ou não assegura as funções de apoio adequadas em tempo real, ou seja, de imediato.

Existem pontos comuns no desenvolvimento do aconselhamento que podem ser resumidos pela
importância dada:

• aos métodos ativos na relação de ajuda;


• à crença no potencial de um indivíduo ou de um grupo;
• à crença na transformação em um curto espaço de tempo;
• ao estabelecimento de uma relação onde a autoridade é substituída pela empatia e a
realidade prevalece sobre o passado longínquo;
• a um ambiente facilitador de mudança e de evolução pessoal (grupo, trabalho nas
comunidades).

O aconselhamento se desenvolveu, em primeiro lugar, nos Estados Unidos no princípio do século


XX. Foi promovido pelos líderes do movimento de reforma social que tinham como objetivo
reduzir as desigualdades e as injustiças ligadas à industrialização massiva.

A consideração da pessoa e à análise crítica do funcionamento da sociedade americana dão lugar


à criação de organizações caritativas e associações filantrópicas. Em 1908, Frank Parsons
inaugura em Boston um dos primeiros centros de aconselhamento em instituições municipais
(Centro de orientação Juvenil).

No mesmo momento, o Movimento de Saúde Mental lançado por Cliddord Beers estabelece em
1909, programas de aconselhamento junto a serviços psiquiátricos. Nos anos 30, nos Estados
Unidos, Carl Rogers revoluciona a psicologia clínica, que até então estava centralizada
exclusivamente sobre os testes de inteligência, recolocando a pessoa no centro do dispositivo
terapêutico, inicializando uma das grandes correntes do aconselhamento: a abordagem centrada
na pessoa, desenvolvida em sua obra " Counseling and Psycotherapy ", publicada em 1942.

Na França, o aconselhamento foi introduzido em 1928 sob a forma do Conselho de Orientação


Profissional. Nos anos 50, um novo método, o "case work", surge no trabalho social. Esta ajuda
psicológica individualizada se apoia nos principais conceitos de Carl Rogers, como o direito do
cliente de ser considerado e tratado como uma pessoa, sua necessidade de ser respeitado, de
não ser julgado e de estabelecer ele mesmo suas escolhas. Em 1961, a Associação Francesa dos
Centros de Consulta Conjugal (AFCCC) desenvolve em torno do psiquiatra e psicanalista Jean
Lemaire o aconselhamento junto a casais (conselho conjugal). Esta corrente do aconselhamento
integra conceitos saídos da psicanálise, da psicossociologia de grupos e de théoriques como
Moreno, Rogers e Lewin.

A história mundial do aconselhamento é atravessada por múltiplas abordagens: Cognitivo-


comportamental, existencial, psicanalítica, emocional, sistêmica, a tal ponto que o
aconselhamento acaba dando lugar ao aparecimento de várias correntes teóricas, clínicas e
práticas.
3
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

A Organização Mundial de Saúde recomenda desde 1987 o aconselhamento como o método de


ajuda, de apoio e de prevenção mais apropriado em âmbito mundial, para enfrentar as
inomináveis ameaças individuais, comunitárias e coletivas engendradas pela epidemia da infecção
pelo HIV.

A prática do aconselhamento no campo da infecção pelo HIV, evidentemente, representa hoje,


duas décadas mais tarde, uma corrente própria no aconselhamento.

Existem vários programas de aconselhamento e todos privilegiam uma abordagem por situação e
não uma abordagem pela problemática individual profunda (do ponto de vista psicológico ou
psicopatológico).

Trata-se de serviços, de acompanhamento ou de apoio as pessoas confrontadas a uma situação


difícil, como:

• Uma doença grave (ex.: câncer, infecção pelo HIV, etc.)

• Um acidente

• A perda de um próximo

• Um estupro

• A tortura

• O álcool

• A toxicomania

• O suicídio

• O incesto

• O terrorismo

• A violência doméstica

• A educação para a saúde

4
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

2. O TERAPEUTA E PSICOTERAPEUTA HOLÍSTICO

A terapia holística e a psicoterapia holística são indicadas para toda pessoa que deseja dar
continuidade ao seu desenvolvimento pessoal, melhorar a sua compreensão e encarar certas
situações necessitando eventualmente de uma mudança em algum padrão energético, emocional
ou mesmo mental que esteja interferindo em sua vida física, alterando padrões sociais, seu bem-
estar e sua qualidade de vida.

A escuta

A escuta, no aconselhamento, se diferencia daquela que nós experimentamos cotidianamente.

Significa uma forma de engajamento em relação ao outro, implicando estar sensível e atento a
este.

Escutar não se resume ao fato de captar os conteúdos e os sentimentos que o cliente expõe.

Da mesma maneira, a escuta não é um processo terapêutico em si e não é suficiente para


completar o desenvolvimento e realizar mudanças.

A escuta é a competência de base indispensável ao exercício de outras capacidades, como a de


reformular os conteúdos de uma entrevista, sentimentos e emoções exprimidas.

O que é a escuta?

A escuta em aconselhamento, é uma prática que induz imediatamente a certo tipo de relação
entre o(a) aconselhador(a) e o cliente. Tal experiência de escuta é frequentemente a primeira
vivida pelo o cliente. Na verdade, ele se sente escutado sem os filtros habituais constituídos pelo
julgamento, pela opinião ativa da vida social ordinária, pela avaliação e o diagnóstico em certos
métodos psicológicos tradicionais.

Os níveis de escuta:

1 - O primeiro nível concerne o que é dito na relação. No entanto, se ficarmos neste nível, a
relação não se desenvolve muito e o terapeuta fica em posição « de escutar uma história ».

2 - O segundo nível, definido por certos autores como uma « atenção flutuante », concerne não
somente o que é dito, mas também o que existe « além das palavras ». O terapeuta fica atento
às palavras, mas também aos aspectos não-verbais (expressão do rosto, gestos, movimentos dos
olhos…) e para-linguísticos (volume, tom, rapidez, expressão corporal…) utilizados pelo
cliente/utente.

3 - Além destes dois níveis de escuta, o(a) aconselhador(a) deve também estar atento ao que ele
pensa, as suas próprias emoções, as suas próprias sensações corporais. Pois estes indícios

5
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

podem lhe servir de indicadores do que se passa na relação e o terapeuta pode utilizá-los como
uma espécie de « caixa de ressonância » do desenvolvimento da relação.

Perguntas que o profissional pode se fazer:

• Eu sou capaz de escutar o que a pessoa quer me dizer sem me sentir em perigo?

• Porquê sinto certas dificuldades ao escutar pessoas que provocam em mim sentimentos
excessivos e perturbam minha escuta?

• Até onde eu posso escutar alguém me mantendo neutro? Reflexões:

• Frequentemente é difícil escutar o outro porque evito escutar o que se passa em mim mesmo.

• As mensagens contraditórias da minha comunicação podem parasitar minha escuta.

Aceitação

A aceitação é uma atitude fundamental no aconselhamento. Comunicar sua aceitação implica que
todas as atitudes e os comportamentos verbais e não verbais do profissional indicam à pessoa
que alguém está tentando compreendê-la, aceitá-la completamente.

A aceitação é, algumas vezes, mais importante que a compreensão. A pessoa tem antes de tudo a
necessidade de ser aceita como ela é, como se sente, como diz que se sente antes de poder
explorar a mudança. Frequentemente, no momento de um evento como a doença, a pessoa
descobre que a aceitação que acreditava ter conquistado, de tal ou tal pessoa à sua volta, na
verdade, não era real. Por exemplo, as pessoas soropositivas viram-se, quase sempre,
confrontadas com o luto do amor incondicional dos seus familiares. A confrontação de uma
deficiência, em função das angústias que ela suscita, reduz a capacidade de aceitação de pessoas
que estão em volta e que têm dificuldades de se confrontar ao sofrimento da pessoa, mantendo-
se distantes.

Como manifestar seu grau de aceitação?

• Auxiliando a pessoa a restaurar a autoimagem e a auto estima,


• Auxiliando a pessoa a desenvolver uma maior aceitação de si mesma (frequentemente as
pessoas são muito severas com elas mesmas: por exemplo, elas não se autorizam ao
repouso, elas se sentem culpadas de estarem doentes…).

Lembre-se sempre que nós terapeutas naturalistas, naturoterapeutas, naturopatas, terapeutas


holísticos, psicoterapeutas holísticos e afins, NÃO TRATAMOS DOENÇAS, quem trata de doença é
o médico. Nós TRATAMOS O DESEQUILÍBRIO ENERGÉTICO E VIBRACIONAL que pode ser a
causa de muitas doenças.

6
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

Perguntas que o profissional pode se fazer:

• Sou capaz de aceitar totalmente a personalidade do outro, em uma relação de Conselho?


• Porquê, algumas vezes, aceito certos comportamentos de uma pessoa e desaprovo
totalmente outros?
• Como posso comunicar minha aceitação em relação aos sentimentos do outro?
• Se eu desaprovo uma pessoa, o que faço? Reflexões:
• Posso me sentir ameaçado(a) por certos comportamentos de uma pessoa: É
importante
que eu aceite meus próprios sentimentos em relação à esta, para em seguida desenvolver
minha aceitação em relação a ela.

Ausência de julgamento

O julgamento é um obstáculo na progressão da relação de ajuda. Ele bloqueia a capacidade do


outro de se responsabilizar, já que o mantêm na dependência deste. A relação de Conselho deve
se estabelecer sem julgamento de valor.

Perguntas que o profissional pode se fazer:

• Eu posso reduzir o receio que a pessoa tem de ser julgada?


• Até onde posso trabalhar minha falta de julgamento?
• Porque o julgamento positivo pode ser tão ameaçador quanto o julgamento negativo?

Reflexões:

• É difícil liberar uma pessoa do seu próprio receio de ser julgada pelos outros.
• Um julgamento positivo significa que nós avaliamos as capacidades e o valor da
pessoa;
ela pode deduzir que poderíamos, da mesma maneira, atribuir-lhe um valor negativo.

Empatia

A empatia é uma forma de compreensão definida como: capacidade de perceber e de


compreender os sentimentos de outra pessoa.

Diferentemente da simpatia ou da antipatia, a empatia é um processo no qual o profissional tenta


fazer a abstração de seu próprio universo de referência, mas sem perder o contato com ele, para
se centralizar na maneira como a pessoa percebe sua própria realidade.

A empatia se resume em uma questão a ser colocada regularmente:

«O que se passa, neste instante, com a pessoa que está diante de mim?»

Numerosos trabalhos afirmam que a empatia é fundamental na entrevista e que a qualidade desta
está diretamente ligada à experiência do(a) aconselhado(a) e a qualidade do laço terapêutico,
7
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

independentemente da teoria ao qual o terapeuta se identifica. Outros estudos (Mitchell, Bozarth,


Krauff et Sloan por exemplo) demonstram bem sua importância, mas não a consideram como
determinante.

A adoção desta atitude é difícil em certas situações graves que nos forçam naturalmente a nos
sentirmos, ao mesmo tempo, afetados, impotentes e que mobilizam em nós, sentimentos como o
da injustiça ou o da inquietude. No entanto, uma pessoa confrontada com uma situação difícil
precisa em primeiro lugar de alguém presente ao seu lado que a ajude a enfrentar o que ela está
vivendo e não uma pessoa que reaja por ela. Pela compreensão empática, o conselheiro ajuda a
pessoa a entrar em contato com seus próprios sentimentos e a descobrir o que estes significam.

Como manifestar sua empatia?

• Verbalizando o que é percebido na pessoa como emoção dominante;


• Pedindo-lhe para nos dizer o que precisaria mais neste momento;
• Tentando compreender o ponto de vista da pessoa e o reformulando sem tentar transformá-
lo (é por ela mesma que a pessoa, em um segundo momento, modificará seu ponto de vista
da situação).

Os efeitos da empatia na relação de cuidados:

• Aumento do nível de autoestima:

« É possível então compreender o que eu sinto sem me dizer que eu estou errada de pensar
assim ».,

• Melhora da qualidade da comunicação:

« Ele não me responde dizendo que ele também pode morrer a qualquer momento, basta por o
pé na rua ».

• Abertura à possibilidade da expressão de emoções profundas:

« É verdade que atrás desta raiva se encontram todos os meus medos ». Perguntas que o
profissional pode se fazer:

• Posso entrar no mundo íntimo de uma outra pessoa e conseguir compreender o que ela
sente e o que ela percebe?

• Posso me sentir suficientemente próximo de uma outra pessoa me sentindo ao mesmo


tempo diferente e perder toda vontade de julgá-la e de avaliá-la?

Reflexões:

• Pode ser difícil para mim, dizer a alguém como eu a compreendo.

8
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

• O mínimo de compreensão reformulada, mesmo incompleta, ajuda consideravelmente o


outro a avançar na compreensão dele mesmo.

Congruência

A congruência pode ser definida como: «o estado de espírito» do profissional de aconselhamento


quando suas intervenções durante a entrevista são coerentes com as emoções e as reflexões
suscitadas nele pelo cliente/utente.

Supõe, da parte do(a) aconselhador(a), disponibilidade com relação às emoções e aceitação


destas. Na verdade, Rogers desenvolve a hipótese que «a mudança da pessoa é facilitada quando
o terapeuta é o que é»»; quando seus contatos com o cliente são autênticos, sem máscara nem
fachada, onde se expressa abertamente os sentimentos e atitudes que invadem seu interior neste
momento preciso.

A congruência do terapeuta vai, de certa maneira, autorizar a do cliente. O profissional oferece


um espelho de possíveis efeitos que podem provocar a atitude e o comportamento do cliente
numa relação interpessoal onde a integridade e o profissionalismo do(a) aconselhador(a) dão uma
garantia que este (a) não está colocando na relação suas próprias neuroses. Muitas vezes, isto
favorece ao cliente, entrar em contato com seus próprios sentimentos.

Perguntas que o profissional pode se fazer:

• Será que me expresso de maneira a comunicar ao outro a minha imagem?


• Como posso distinguir minhas próprias reações das dos outros?
• Como posso permitir a uma outra pessoa que ela possa perceber o que eu sou e me
aceitar como tal?

Reflexões:

• Se posso me mostrar tal como sou, se posso reconhecer e aceitar meus próprios
sentimentos, posso então favorecer, ao outro, o crescimento e o seu desenvolvimento.
• Se posso permitir que o outro descubra certos aspectos de minha personalidade, que ele
de toda maneira se apercebeu, ele poderá se aceitar melhor.

Técnicas

Questão aberta

Esta é uma técnica muitas vezes usada para recolher informações ou esclarecimentos sobre um
ponto preciso. Em princípio, as questões utilizadas pelo(a)s aconselhador(a)s são "Questões
abertas "necessitando de uma resposta mais longa que um simples "sim"ou "não".

9
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

As questões abertas encorajam os clientes a compartilhar seus pontos de vista com o(a)
aconselhador(a). Responsabilizam o cliente, durante a entrevista e lhe permitem explorar por ele
mesmo as atitudes, os sentimentos, os valores e os comportamentos sem ser influenciado pelo
universo de referência do(a) aconselhador(a).

O(A) aconselhador(a), através de suas perguntas deve, essencialmente, ser guiado(a) pelo desejo
de compreender e ajudar e não pelo único desejo de ser informado(a). A maneira de questionar é
determinante, a forma e o tom devem ser o mais distante possível de toda forma parecendo ou
lembrando uma inquisição ou um interrogatório.

Como fazer?

A melhor maneira de praticar uma técnica de Questão aberta é a de focalizar as expressões que
são « lugar comum » e que aparecem durante a entrevista considerando que tudo deve ser
sujeito de descrição. Por exemplo, uma frase simples como: "estou triste”, é uma expressão
"lugar comum” que necessita de ser descrita de maneira mais detalhada porque cada pessoa tem
sua própria definição da tristeza. É possível então, por uma simples questão aberta, tentar
focalizar mais precisamente o que a pessoa sente realmente (Seria possível me dizer o que sente
exatamente quando está triste? No que pensa nestes momentos? etc.).

Reformulação dos conteúdos

A reformulação do conteúdo nos permite verificar se compreendemos bem o que a pessoa queria
nos dizer, o que permite refocalizar a entrevista quando esta parece tomar várias direções ao
mesmo tempo. A capacidade de reformar o que o outro acabou de expressar constitui o primeiro
nível na aprendizagem da escuta.

A reformulação tem os seguintes objetivos:

• Permitir ao profissional verificar seu nível de percepção, para estar certo que ele
compreende bem o que a pessoa está lhe descrevendo.
• Fazer a pessoa entender que ela está realmente sendo escutada;
• Concretizar as observações e os comentários da pessoa retomando o que ela disse de uma
maneira mais concisa.

Bases do aconselhamento

Reformulação das emoções e dos sentimentos

A reformulação das emoções e dos sentimentos consiste em tentar reformular as emoções e os


sentimentos que uma pessoa vive ou tenta nos explicar para ajudá-la a se compreender melhor.

Isto supõe que o profissional se concentra não unicamente no que a pessoa diz, mas também na
sua maneira de dizê-lo.

10
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

As seis emoções de base são:

• o medo (inquieta, desconfiada,…)


• a raiva (frustrada, agressiva,…)
• a tristeza (abatida, sofrida,…)
• o desgosto (decepcionada, indignada,…)
• a surpresa (perplexa, espantada,…)
• a alegria (satisfeita, contente,…)

Existem mais de 200 termos para expressar os sentimentos. Por exemplo, diante de uma retinite
por citomegalovirus (CMV), os sentimentos habitualmente mais exprimidos são: confusão, medo,
injustiça, inquietação, pavor, impotência, desvalorização, exasperação, perda, solidão,
vulnerabilidade, vergonha, desespero, pânico, incapacidade, desencorajamento, término, mas
também realização, livre escolha, verdade, autenticidade, infinito, nostalgia, saudade.

Como trabalhar os sentimentos negativos?

O profissional deve funcionar, diante de um sentimento negativo, como um espelho refletindo


para a pessoa seu próprio Ego, ajudando-a a ser capaz de se reorganizar, a partir desta nova
percepção. Quando a pessoa está sem coragem, quando pensou em suicídio, quando se sente
abatida pela doença, a tendência natural é de tentar desdramatizar a situação. Na verdade, é
preferível ajudar a pessoa a se deparar com seus sentimentos e conhecê-los pelo o que eles são,
para que ela possa lhes considerar e fazer alguma coisa a partir disto. Podemos descobrir assim,
nesta ocasião, que se esconde, atrás de um sentimento negativo, um desejo positivo
desconhecido da pessoa (ex: no desencorajamento se esconde uma raiva embaixo da qual se
esconde um medo que, ele mesmo, permite a expressão de um desejo que não ousava realizar).

Bases do aconselhamento: Esclarecimento

O « esclarecimento » consiste em tornar mais claro certos aspectos evocados durante a entrevista.

O esclarecimento tem como objetivo aumentar a capacidade de análise e de verbalização do


cliente no que concerne as situações, eventos ou sentimentos.

Exemplo:

"Você disse que estava decepcionado. Como assim, decepcionada?"

Bases do aconselhamento: Focalização

A « focalização » tem como objetivo estimular o processo exploratório e de facilitar a resolução de


problemas. As funções da focalização:

• Desencadear a expressão de uma emoção mais profunda.

11
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

• Encontrar a origem de um sentimento.


• Permitir a pessoa de se reapropriar de seu problema.
• Facilitar a resolução de problemas. As perguntas facilitando a focalização:
• Poderia tentar me dizer ou imaginar de quem tem raiva?
• O que tem vontade de dizer para esta pessoa? Se ela estivesse aqui conosco, o que lhe
diria?
• Como poderia lhe dizer o que sente?
• Como pensa que as pessoas a sua volta vão reagir?
• O que deduz disto tudo?
• O que vai fazer de tudo que acabou de aprender de si mesmo?
• Como vê a solução do seu problema?
• O que esta solução supõe?
• Como se sente diante deste novo problema?

Bases do aconselhamento: Confrontação

A confrontação consiste em fazer com que a pessoa descubra seu grau de implicação ou de
contradição em uma situação e tem como objetivo ajudar e esclarecer.

A confrontação exige do profissional uma grande confiança na sua capacidade de ajudar e


também da pessoa ou do grupo de progredir. A confrontação é uma potente « alavanca »
propulsora do crescimento das pessoas e do grupo.

Exemplo:

« A senhora me diz se sentir livre para tomar esta decisão, mas agora à pouco estava dizendo
que com ela nunca se sentiu realmente à vontade. Será que poderíamos voltar a este sentimento
e examinar os meios que tem para tomar esta decisão? »

Os silêncios

O aparecimento de momentos silenciosos é em geral favorável ao processo do aconselhamento,


com a exceção dos silêncios que acontecem no momento das primeiras entrevistas e que podem
revelar o medo e o desconforto do cliente ou do(a) aconselhador(a), ligados ao encontro.

A maior parte dos aconselhadores ficam em silêncio quando este vem do cliente e intervêm em
função do lugar deste na entrevista e do que eles percebem como sendo uma necessidade do
cliente. O silêncio favorece o começo da relação da pessoa com ela mesma. Será um momento de
elaboração importante se puder ser vivido na presença de outra pessoa.

Ele favoriza a autoconscientização e faz descobrir uma outra forma de presença no mundo. Tipos
de silêncio:

• a pausa depois da expressão de um sentimento;

12
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

• a passagem de um tema a um outro;


• a pausa contemplativa;
• a pausa dolorosa;
• de timidez;
• a necessidade de apoio;
• depois da descoberta.

Premissas para um terapeuta.

• Tem que mostrar amor, ser gentil e humilde, antes de ser terapeuta de terceiros deve ser
de si próprio;
• Tem o papel de difundir a luz;
• Deve estar sintonizado com o Universo, ter luz e estar na luz;
• O ego e arrogância são os inimigos número 1 do terapeuta;
• Deve entrar constantemente em expansão de consciência, ter o costume de rezar à sua
maneira, meditar, etc.;
• Manter sentimento de unidade com o Universo;
• Saber cuidar de todos os seus corpos (físico, emocional, mental e espiritual);
• Estar consciente que é um ser humano em evolução;
• Ter uma missão.

Missão do terapeuta.

• Passar amor e bons ensinamentos;


• Transmitir luz, conhecimento, paz;
• Canal regenerador de cura do planeta e do universo;
• Ensinar amor;
• Buscar com suas atitudes o equilíbrio de todos os corpos seus e de todos os seres vivos do
planeta e do universo;
• Ensinar as pessoas a aprenderem a aprender, ou melhor, ajudar as pessoas a se ajudarem.

Qualidades pessoais de um terapeuta holístico.

• Amigo, confidente, responsável, honesto, carismático, íntegro, sincero, humilde, tolerante e


paciente.
• Simples, amável, habilidoso, compreensível, leal, divulgador de informações, flexível,
receptível, apresentável.
• Bondoso, sábio, carinhoso, amoroso, justo, alegre, criativo, sensível, disciplinador.
• Equilibrado, conciliador, conselheiro, organizado, líder, disciplinado, equilibrador, coerente,
autoconfiante, disponível, acessível.

13
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

Qualidades técnicas de um terapeuta holístico.

• Utilizar o seu dia-a-dia em centro terapêutico como uma oportunidade de melhoria,


buscando cada vez mais, melhores soluções para as necessidades dos consulentes;
• Estudar muito, se especializar nas técnicas que utiliza. Ler bastante, fazer grupos de
estudos, realizar trabalhos sociais, pesquisas, repassar informações, trocar experiências com
colegas, levar dúvidas aos professores;
• Ter bom conhecimento sobre anatomia sutil, chakras, campos de energia, relação das
partes do corpo físico com causas no mental e emocional, linguagem corporal e leitura de aura;
• Fazer constantes reciclagens, participar de seminários, congressos, simpósios, ciclos de
debates e outros;
• Sempre que possível publicar artigos sobre suas pesquisas e sua prática diária como
terapeuta;
• Respeitar a opinião de outros colegas da área terapêutica e manter a ética em todas as
situações.

Energia pessoal.

O nível de energia pessoal é a comunhão de diversos fatores do ser, envolvendo o físico, o


emocional, o mental e o espiritual. Um terapeuta deve apresentar ao seu consulente um bom
nível de energia e magnetismo pessoal.

É muito comum ouvir relatos de pessoas decepcionadas com seus terapeutas, pois afirmam não
encontrar no profissional qualidades positivas como otimismo, alegria, ânimo e algo que as
pessoas não sabem descrever direito, mas que chamam de “Energia”.

Pode-se considerar que a Energia de uma pessoa é a soma das energias de seus diversos
aspectos, por isso é importante que um terapeuta tenha uma especial atenção para sempre
manter o seu nível de energia elevado (padrão vibratório), e mesmo que não possa ser detalhado
especificamente o que é essa energia, está mais do que comprovado que as pessoas sabem
quando um terapeuta está ou não com o seu nível de energia alto.

Outro fator muito importante é que em um atendimento existe uma fusão energética, das
energias do cliente/utente e do terapeuta, o que mostra a necessidade de tomar precauções, já
que ambos estarão imersos em um determinado padrão de energia criada pela união dos dois
corpos energéticos (aura).

Portanto, mesmo que a energia pessoal do terapeuta esteja elevada, é necessário tomar algumas
providências para conseguir manter ou aumentar o nível de energia.

Faça uma oração pessoal antes de começar os atendimentos. Acesse a sua crença pessoal, o seu
Deus de preferência pedindo luz e proteção.

14
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

Faça mentalizações utilizando cores, deixe que elas venham de forma natural, a intuição saberá a
melhor cor para cada caso. Imagine essas cores passando pelo seu corpo e pelo ambiente de
trabalho;

Realize sua auto-defesa psíquica pois lembre-se que quando estamos com o campo emocional e
mental bem protegidos, selamos a aura contra interferências espirituais.

É muito comum, mesmo depois de um atendimento que tudo ocorreu muito bem, as emoções e
sentimentos vividos pelo cliente/utente, somatizar (impregnar) no ambiente de trabalho e na aura
do terapeuta. Após o término dos atendimentos, é recomendável realizar novamente a autodefesa
psíquica, limpeza energética pessoal e do ambiente usando as cores.

Usando a mente para proteger seu campo de energia

Cilindro de Luz

Imaginar um cilindro de luz protegendo o seu


campo áurico, deixando apenas um furo no
topo, para receber energia de Deus.

O Cilindro deve conter a cor ou as cores que


sua mente intuir.

Pirâmide

Acima do Cilindro de Luz, imaginar uma


pirâmide de luz, com a cor ou as cores que
sua mente intuir.

A pirâmide reforça a proteção e


complementa a energia necessária para
equilíbrio e bem-estar.

Essa defesa psíquica também pode ser


feita para um ambiente.

15
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

Bolha Dourada

Pode ser usada unicamente para proteger o


campo energético.

Também pode ser utilizado sobre o cilindro


e pirâmide quando a sua mente intuir

Essa defesa psíquica também deve ser


feita para um ambiente.

Uso das cores

1 - Nos ambientes:

Mentalize uma luz violeta intensa vinda do céu em forma de turbilhão, passando por todos os
ambientes do local, limpando e transmutando toda a energia densa de cada móvel, objeto,
pessoa, no teto, parede, chão, etc.

Visualize agora uma luz branca, que traz energia e paz para os ambientes do local.

Finalizando, imagine que todo o local foi envolvido por uma bolha dourada que protege contra
qualquer energia negativa.

2 - No terapeuta:

Imagine uma luz violeta que entra pelo auto de sua cabeça, que vai descendo pelo seu corpo,
limpando e purificando cada célula, cada sentimento negativo. Deixe que essa luz flua da cabeça
aos pés e volte para a cabeça.
Em seguida permita que uma luz branca se espalhe por todo o seu corpo, trazendo energia e paz.
Finalmente visualize ou imagine uma luz dourada selando sua proteção pessoal criando uma linda
bolha ao redor do seu corpo. Esse processo todo não precisa durar mais que 5 minutos.

16
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

Agenda

A agenda de trabalho de um terapeuta é muito importante, um instrumento que complementa a


qualidade do trabalho e traz uma sistematização profissional que certamente é notada pelos
clientes/utentes como uma qualidade.

A recomendação básica é para que o terapeuta crie sua disciplina e suas regras de atendimento.
Estabeleça sempre os mesmos horários de atendimento evitando deixar solto ao gosto de quem é
atendido.

Determine os dias que vai atender o período e o número de pessoas no máximo que serão
atendidas. Tome cuidado com os horários, seja pontual, esse é um grande problema em nossa
cultura, tenha atenção e organização, além de trazer paz para todos, agrega valor ao seu
trabalho, notadamente visto pelo seu cliente/utente.

Evite entrar em um ciclo alucinante de atendimento, lembre-se que você poderá estar colocando
em jogo a qualidade de sua energia pessoal e isso pode ser muito prejudicial.

Ambiente de trabalho

O local escolhido para atendimentos deve ser cuidadosamente preparado, veja algumas dicas
básicas:

Mantenha a higiene local, esse ambiente faz parte do seu cartão de visitas;

Caso tenha uma sala de espera, disponibilize água para beber e mantenha livros e revistas
acessíveis. De preferência coloque assuntos que já permitam a pessoa que será atendida a ir
entrando no “clima”;

É essencial que exista um banheiro acessível no local;

É importante o terapeuta decorar o local de acordo com sua identidade profissional e com as
técnicas que usa no atendimento, um exemplo são os cromoterapeutas que decoram suas salas
com muitas cores;

O uso de incenso deve ser analisado pois algumas pessoas têm alergia ou não toleram essa
prática;

O uso de música é importante, porém deve ser neutra e de agrado do cliente. Não se empolgue
no volume e fique atento se seu cliente gosta de música, não custa nada perguntar.

Cuide com o silêncio, que é muito importante para a qualidade do trabalho terapêutico.

17
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

Toda a preparação do local é muito importante, pois ajuda a pessoa a se sentir importante,
acolhida, contribuindo para que ela se solte na terapia, motivando sua vontade de fazer
mudanças e restabelecer-se.

Harmonizando e Aumentando o Padrão Vibratório do Ambiente

O primeiro tratamento é uma técnica puramente mental.

• Visualiza-se uma luz violeta impregnando todo o ambiente com suas vibrações de limpeza.
• Visualiza-se, após, uma luz branca energizando o ambiente.
• E, finalmente, visualiza-se uma luz dourada, selando o cômodo das vibrações exteriores.

Durante todo o procedimento mantenha uma atitude de confiança e entrega, confie que a energia
dessas luzes realmente está promovendo a limpeza, e se você tem dificuldade de visualizar,
apenas imagine, e confie que isso realmente estará acontecendo.
O segundo tratamento é mais físico, podendo ser usado pela casa toda e em qualquer ocasião
que julgar necessário. É uma fórmula muito eficiente utilizada por radiestesistas.
Os ingredientes são encontrados em qualquer farmácia de manipulação.
• Adquira uma garrafa de um litro, de álcool de cereais;
• Coloque dentro da mesma, duas colheres de sopa de amoníaco;
• Junte a isso, quatro tabletes de cânfora;
• Tampe e sacuda suavemente, até que os tabletes se dissolvam completamente;
• Adicione sete galhos de arruda;
• Deixe a mistura descansar por 24 horas; coloque um pouco da mistura em um borrifador;
• Borrife as paredes, o assoalho, o teto. Dê atenção especial aos cantos e locais de pouco ou
difícil acesso, pois a energia negativa costuma se acumular neles.

Braseiro

• Adquira um recipiente onde seja possível queimar sal grosso com álcool.
• Coloque sal grosso no fundo do recipiente.
• Deixe-o em algum local onde exista mais fluxo de pessoas.
• Deixe que durante todo o dia ele absorva as energias deletérias do ambiente.
• Derrame álcool suficiente para cobrir o sal.
• Se desejar coloque outros elementos que achares necessário como, incenso ou algumas
pastilhas de cânfora. Pode-se acrescentar algumas ervas, como alecrim ou arruda, para amplificar
os efeitos harmonizadores e purificadores.
• Com um fósforo, acenda o álcool do recipiente. Tenha cuidado para que o álcool não se
derrame e para que o recipiente seja colocado de forma a não danificar o piso da sala.
• Ao terminar, jogue os resíduos em água corrente e lave bem as mãos.
Renove constantemente esse procedimento para que o ambiente se torne cada vez mais
harmonioso.
“Essa é a fogueira da Nova Era. ”

18
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

Na sala de terapia

Procure inicialmente apresentarem-se, caso isto ainda não tenha ocorrido. Não esqueça de fazer
um cadastro de seu cliente/utente, com dados básicos, e mais aqueles que você entender que
venham a ser importantes para o trabalho.

Em um primeiro atendimento, é comum um nível de ansiedade alta no cliente, por isso é


recomendável que o terapeuta holístico habilidade em torná-lo calmo. Lembre-se que em um
primeiro atendimento o consulente também analisa muito o terapeuta.

Algumas dicas básicas:

Apresente-se e diga que tipo de técnicas utiliza, desmistifique qualquer falso conceito que a
pessoa possa ter, do tipo associar com um processo religioso. Preferencialmente mostre-se neutro
em relação a religiões.

Explique resumidamente que tipo de trabalho você faz como terapeuta holístico, faça tudo
calmamente e preste muita atenção nas expressões corporais do consulente. O terapeuta holístico
deve reagir imediatamente às expressões de seu consulente, contornando, ajudando, orientando,
tirando dúvidas, calmamente passando-lhe confiança.

Esclareça que o trabalho do terapeuta é ajudar a pessoa a se ajudar, por isso é um trabalho de
equipe, mas, que se o consulente não fizer a parte dele, de nada adiantará. Cuide para não
tornar a sua apresentação inicial muito longa.

Pergunte ao consulente quais as coisas que ele gostaria de melhorar na vida, tenha muito cuidado
com a neurolinguística da conversa, palavras mal proferidas poderão ser interpretadas de forma
catastrófica, ainda mais quando a pessoa apresenta um quadro emocional delicado (o que é
muito comum).

Uma boa prática é pedir para que ele diga que nota de 0 a 10 ele daria para a vida naquele
momento presente. Em 99% dos casos as notas dadas são abaixo de 9, então faça a pergunta, o
que falta para ser nota 10. Essas práticas simples podem ajudar muito no processo terapêutico,
pois naturalmente vão soltando as “máscaras” do consulente que vai adquirindo confiança.

Deixe que a pessoa fale um pouco, e fique atento, pois têm pessoas que gostam de ouvir, outras
gostam de falar e desabafar, fique atento aos pequenos detalhes e expressões para manter a
harmonia da conversa. Evite fazer interrupções no relato do consulente.

Mostre apoio e afeto nas dificuldades, principalmente quando houver catarses de choro. Mostre-
se afetuoso, mais cuide para não entrar na dor do consulente.

19
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

Se você tiver casos de consulentes que tiveram o mesmo desfio e encontraram solução, cite
exemplos, porém cuide com a ética e não exponha o nome de ninguém, seja ético.

À medida que for recebendo as informações de seu cliente/utente, fique atento as perguntas que
internamente você deverá fazer para poder em seguida oferecer suas ferramentas terapêuticas.

Faça perguntas, formule internamente sua proposta, mas cuide para não ser incisivo demais.

Tome muito cuidado em relação às perguntas que não serão necessárias para o trabalho
terapêutico.

Aplique as técnicas que você conhece e utiliza, fique atento ao comportamento do consulente.
Seja bem claro nas explicações, evite qualquer dúvida, e tenha certeza que a pessoa
compreendeu tudo que foi falado.

Certifique-se que seu consulente está equilibrado emocionalmente e que pode ir embora
tranquilamente. Caso perceba algo errado, interfira sutilmente até que você perceba estar tudo
bem.

Preste muita atenção na expressão corporal da pessoa após o atendimento, isso lhe trará uma
boa noção sobre a eficiência do atendimento, mas não se esqueça que o terapeuta não é o
grande responsável pela melhoria do consulente, e sim apenas um instrumento para isso.

De acordo com as recomendações da técnica utilizada, agende uma nova data de atendimento,
para retorno.

Cuide com a periodicidade dos atendimentos, pois sendo muito próximos uns dos outros podem
criar dependência do consulente.

É importante que a pessoa seja estimulada a fazer a parte dela, ou seja, a “lição de casa”, e por
isso avalie e veja a melhor data para a pessoa retornar. É muito importante explicar para pessoa
o motivo pelo qual faz-se necessário os retornos aos atendimentos terapêuticos.

Lembre e deixe bem claro ao consulente que ele deve colaborar efetivamente no processo
terapêutico, pois a parte mais importante é a que ele desempenha.

20
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

MODELO DE FICHA DE ANAMNESE TERAPÊUTICA – FRENTE


Ficha de Anamnese Terapêutica Data: / /
Nome: Data de Nascimento:
Idade: Signo: Sexo: Estado Civil:
Rua: Bairro:
Cidade: CEP: Tel:( )
Celular: ( ) E-mail:
Formação: Profissão:
Empresa Atual: Filhos: Religião:
Motivo do atendimento terapêutico:
Já fez terapia antes: Qual: Resultado satisfatório:
Pratica exercícios físicos ou esportes: Quais:
É fumante?:
Está tomando algum tipo de medicamento? Quais:
Como funciona o intestino:
Como funciona o aparelho digestivo:
Menstruação regular?: Tem cólica:
Menopausa: Quanto tempo: Toma pílula:
Outros:
Obs.: olhar cor do rosto, veias dos olhos, cor e umidade da língua, pulso, olheiras, postura, se fica ansioso,
nervoso)............................................................................................................................
............................................................................................................................. .......
1 – Marque com um (X) se você tiver algum dos problemas abaixo:
( )Artrite ( )Tendinite ( )Traumatismo ( )Tumor
( )Bursite ( )Nódulos ( )Escabiose ( )Fibromialgia
( )Câncer ( )Flebite ( )Dilatação da Aorta ( )Osteoporose
( )Artrose ( )Problemas Renais ( )Problemas Cardíacos ( ) Problemas Neurológicos
( )Problemas Menstruais ( )Hipertensão ( )Neurite ( )Tireoidismo ( )Alergia (
)Trombose ( )Anemia ( ) Hepatite
Outros:........................................................................................................................................................................................................................
Conclusão: ..................................................................................................................................................................................................................

2 - Técnicas terapêuticas a serem aplicadas:...................................................................................................................................................


......................................................................................................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................................................................................................
3 – Periodicidade: ( )Diária ( )Semanal ( )Quinzenal ( )Mensal ( )Outra
Obs.:...........................................................................................................................................................................................................................

EU CONFIRMO SEREM VERDADEIRAS E DE MINHA INTEIRA RESPONSABILIDADES AS INFORMAÇÕES POR MIM AQUI PRESTADAS.

Local: Data:

Assinatura do cliente/utente:

21
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

MODELO DE FICHA DE ANAMNESE TERAPÊUTICA - VERSO


Considerações Gerais.
(Deverão ser anotadas neste campo, todas as demais informações que se fizerem necessárias quanto ao cliente/utente).
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................................................................................................
. Eu.........................................................................................................................declaro que não possuo nenhuma das contra indicações abaixo, as
quais
impedem a realização da Reflexologia e ou Reflexoterapia, Tui-Ná e Massoterapia Ayurveda.
- Inflamações agudas do sistema venoso e linfático, trombose venosa profunda.
- Febres e enfermidades infecciosas agudas.
- Doenças em que está indicado qualquer tipo de intervenção cirúrgica.
- Gravidez com ameaça de aborto.

Local: Data:

Assinatura do cliente/utente:

22
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

BIBLIOGRAFIA

Berne, Eric. “Que dice usted despues de decir hola. Grijalbo. Barcelona.1974.
Bhattacharyya,Benoytosh. “Tridosha and Homeopathy”. KLM Private. Calcutta,1985.
Bhattacharyya, Benoytosh. “Septenate in Homeopathy”. KLM Private. Calcutta, 1985. Bohm,
David. “Quantum Theory” Englewood Cliffs N.J. Prentice Hall,1951.
Bohm, David e Peat, F.D. “Science, Order, and Criativity”. Nova York. Bantam, 1987.
Bergier, Jacques & Pauwels, Louis. “O Despertar dos Mágicos”. Ed. Bertrand Brasil S.A.,1991.
Bateson, Gregory. “Mind and Nature: A Necessary Unity” Dutton. Nova York, 1979
Berman Morris. “The Reenchantment of the World”. Nova York. Banta., 1984
Bleger, J.; Giovancchini, P.; Grinberg, L.; Grinberg, R.; Horas, E.; Horas, P et alii. “La identidad
em el adolescente”. Buenos Aires, Paidos, 1973.
Capra, Fritjof. “O Tao da Física”. Editora Cultrix, 1980.
Capra, Fritjof. “Bootstrap Physics: A Conversation with Geoffrey Chew”, in Carleton de Tar, Jerry
Finkstein. A Passion for Physics. World Scientific. Singapura, 1985; pp 247-86.
Capra, Fritjof. “Pertencendo ao Universo”. David Steindl-Rast com Thomas Matus. Editora Cultrix.
1999. Capra, Fritjof. “A Teia da Vida”. Editora Cultrix. 1996.
Capra, Fritjof. “Sabedoria Incomum”. Editora Cultrix. 1980.
Crema, Roberto. “Introdução à Visão Holística”. Editora Summus, 1988. Crema, Roberto. “Saúde e
Plenitude”. Editora Summus, 1995.
Edinger, E.F. “Ego and Archetype”. New York, Putnam’s Sons, 1972. Eliade, M, “O sagrado e o
profano”. Lisboa, Edições Livros do Brasil,1956.
Fröhlich, H. “Long-Range Coherent an Energy Storage in Biological Systems”, in International
Journal of Quantum Chemistry, Vol.2 pp.641-649.
Fröhlich, H. “Coherent Excitations in Biological Systems”, in F. Gutman e H.Keyzer (editores).
Modern Bioeletrochemistry.1987.
Fröhlich, H. “Biological Coherence and Response to External Stimuli”. Springer Verlag, Heidelberg
1988.
Goleman, D. “Vital Lies, Simple Truths”. Nova York: Touchstone.1986.
Goodwin, Brian. “Development and evolution”. Journal of Theoretical Biology, 97 (1982). Ghatak,
N. “Enfermidades Crônicas su Causa y Curacion”. Editorial Albatros, 1989. Goswami, Amit,. “O
Universo Autoconsciente”. Editora Rosa dos Tempos, 1993.
Graf Dürckeim,K. “El maestro interior- el maestro, el discípulo, el camiño”. Mensagero.
Bilbao. España.1989.
Hahnemann, Samuel. “ Doenças Crônicas”. Jain Publishing Co.,1984. Hahnemann, Samuel.
“Organon de La Medicina”. Ediciones Marite, 1967.
Happe, Robert. “Caminhos para o Autoconhecimento”. Seminário da Formação Holística de
base. Unipaz. Brasília. 1989.
Heisenberg, Werner. “Physics and Beyond”. Harper & Row, Nova York, 1971. Hutin, Serge. “A
Tradição Alquímica”. Editora Pensamento. 1979.
Ingalese, R. e D.L. Volpierre. “Alquimia”. Editorial Sírio, España, 1986.

23
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

Johari, Harish. “Chakras: Centros Energéticos de Transformação”. Ed. Bertrand Brasil S.A..1991.
Jung, Carl. G. “A dinâmica do inconsciente”. Vozes, Obras completas, VI.VIII, Petrópolis, 1981.
Jung, Carl.G., “O homem à descoberta de sua alma”. Porto, Tavares Martins, 1962.
Jung, Carl. G., “Sincronicidade”. Vozes.1985. Jung, Carl.G., “A energia Psíquica”. Vozes.1997.
Kent, James T. “Matéria Médica Homeopática”. Editorial Albatros, Buenos Aires. 1980. Kent,
James T. “Filosofia Homeopática”. Bailly-Bailliere, Madri, 1926.
Kent, James T. “Homeopatia: Escritos menores, aforismos e preceptos”. Ed. Albatros, 1981.
Kant, Immanuel. “Critique of Judgment”,1790, trad.Werer S.Puhar. Hackett, Indianápolis, Ind.,
1987. Karagula, Shafica e Dora Van Gelder Kunz. “Os Chakras e os Campos de Energia Humanos”.
Ed. Pensamento.1989.
Lad, Vasant. “Ayurveda, The Science of Self-Healing”, by Lotus Press,1984. Laszlo, Ervin.
“Conexão Cósmica”. Editora Vozes,1999.
Lao-Tsé. “Tao Te King. Alvorad. Sao Paulo, 1979.
Lao-Tsé. “O livro do caminho perfeito”. Pensamento, São Paulo, s/d
Leloup,Jean-Yves; Hennezel, Marie. “A arte de morrer”. Editora Vozes. 1999
Leloup, Jean-Yves. “Caminhos da Realização”. Editora Vozes.1998
Marshall, I.N. “Some Phenomenological Implications of a Quantum Model of Consciousness”.
Minds and Machines,5, pp.609-620:1995
Marshall, I.N. “Consciousness and Bose-Einstein Condensates”. New Ideas in Psychology, vol.7, n
1, pp.73-83, 1989.
Maturana, Humberto. “Biology of Cognition”. Originalmente publicado em 1970, reimpresso
em Maturana e Varela (1980).
Maturana, Humberto & Varela, Francisco. “Autopoiesis”. The organization of living, originalmente
publicado sob o título “De Máquinas Y Seres Vivos”. Editorial Universitária, Santiago, Chile, 1972;
reimpresso em Maturana e Varela, (1980).
Maturana, Humberto & Varela, Francisco. “Autopoiesis and Cognition” D. Reidel. Dordrecht,
Holanda,1980.
Maturana, Humberto & Varela, Francisco.“The Tree of Knowledge”. Shambhala, Boston, 1987.
Muszkat, Malvina. “Consciencia e identidade”.Editora Ática S.A. 1986.
Nash, E.B. “Fundamentos de Terapêutica Homeopática”. Ediciones Lidium, Buenos Aires,1979.
Paracelso, Teofrasto. “A Chave da Alquimia”. Editora Três, SP.,Brasil.1973.
Paschero, Tomás Paschero. “Homeopatia”. Ed. “El Ateneo”,1983. Paul, Patric. “Os Sete Degraus
do Ser”. Ed. Ágape, 1995.
Popp, Fritz-Albert. “Physical Aspects of Biophotons”, in Experientia, Vol.44, pp 576 a 585.(1988).
Prigogine, Ilya. “From Being to Becoming”. Feeman, São Francisco, 1980.
Prigogine, Ilya. “The Philosophy of Instability”. Futures,21,4,pp 396-400-(1980).
Prigogine, Ilya & Stengers, Isabelle. Order out of Chaos: Man’s new dialogue with nature. Bantam
Books, Nova Iorque. 1984.
Puggrós, Ernesto. “Homeopatia Avanzada y Biologia”. Miraguano Ediciones,1990.
Rattemeyer, M e F.A. Popp. “Evidence of Photon Emission from DNA in Living Systems “,
in Naturwissenschaften, vol 68, n. 5, p.577. Rosenbaum, Paulo. “Miasmas”. Editora Rocca, 1998.
Roger, Bernard. “Descobrindo a Alquimia”. Editora Pensamento, 1988. Rohr Richard; Ebert,
Andréas. “O eneagrama”.Editora Vozes 1999

24
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

Schulz, Mona Lisa. “Despertando a Intuição “.Editora Objetiva, 1998. Sheldrake, Rupert. “O
Renascimento da Natureza”. Editora Cultrix,1991. Sheldrake, Rupert. “A New Science of Life”,
J.P.Tarcher,1981.
Skolimowski, Henrik. “Universo Participativo e sua metodologia”. Meta(Revista Holística
Transdiciplinar). Unipaz.Editora Uma.1999.
Stapp, Henry P. “Matter, Mind and Quantum Mechanics. Springer Verlag, Nova york. 1993. TRÊS
INICIADOS. “O Caibalion”. Editora Pensamento.1998.
Ullmann, Dana. “Homeopatia, Medicina para o Século XXI”. Cultrix, 1998.
Vithoulkas, George; “The science of Homeopathy”. Grove Press, Inc., Nova York, 1981. Von
Bernus, Alexander. “Alquimia Y Medicina”. Luis Carcamo Editor, 1981.
Weil, Pierre. “Holística: Uma nova visão e abordagem do real”. Editora Palas Athena, 1990.
Weil, Pierre; D’ambrosio;Crema, Roberto. “Rumo à nova transdisciplina-lidade - sistemas abertos
de conhecimento”. Summus, São Paulo, 1994.
Weil, Pierre. “A neurose do paraíso perdido- proposta para uma nova visão da existência. Rio de
janeiro, Espaço e Tempo/ CEPA, 1987.
Wilber, Ken (org). “O paradigma holográfico e outros paradoxos. Cultrix, São Paulo,1991. Zohar,
Danah. “Q.S: Inteligência Espiritual”. Editora Record, 2000.
Zohar, Danah. “O Ser Quântico”. Editora Best Seller, 1990.
Zohar, Danah. “Sociedade Quântica”. Editora Nova Cultural, 2000.

25

You might also like