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Yasmin Nascimento – 5º Período – Perda de Sangue

neuropatia – com apresentação de dor em queimação, continua, hiperestesia,


– disestesia e perda progressiva da sensibilidade;
 As neoplasias de cabeça e pescoço ou as lesões metastáticas para
os linfonodos cervicais podem comprimir os plexos e gerar dor
local, lancinante com disestesia, irradiada para nuca, ombro ou
mandíbula;
 A plexopatia sacrolombar é com um em neoplasias de colo uterino
 A dor no paciente oncológico pode ser ocasionada por mecanismos e fatores diversos e pode ser e próstata, sarcoma da pelve e metástases de tumores distantes.
relacionado à própria doença ou secundária a essa; Essa plexopatia produz dor caracterizada como sensação de peso,
 Estudos mostram que mais de 50% dos pacientes com câncer apresentam dor em algum momento pressão e queimação, inicialmente na região sacral, região
no decorrer da doença e isso atinge níveis ainda maiores no final da doença; posterior da coxa e região perineal, associada ou não a alterações
 Segundo a OMS é um tipo de dor controlada em mais de 90%, sendo que o restante entra no da função esfincteriana anal e vesical, e, posteriormente, na
grupo de difícil controle; panturrilha e calcanhar.
 Pode ser dor nociceptiva ou neuropática, sendo que em maioria os pacientes apresentam um  Infiltração do neuroeixo (SNC): pode ocorrer por invasão tumoral na
padrão misto; medula, no encéfalo e em suas meninges;
 Deve ser tratada e diminuir o impacto na qualidade de vida dos pacientes;  A dor radicular surge por compressão ou infiltração da medula
 É comum a dor relacionada ao câncer estar presente em tumores sólidos, devido ao seu efeito de espinal, com alteração motora, sensitiva e autonômica distais ao
massa que pode levar compressão de estruturas adjacentes e também os nociceptores são local da lesão;
estimulados por substancias liberadas pelo tumor ou pelas células inflamatórias, que são  A primeira manifestação de comprometimento raquimedular é a
alogênicas; dor mielopatica e dor fantasma;
 As dores indiretas são normalmente por procedimentos e tratamentos;  A compressão medular é uma urgência medica e necessita de
 ETIOLOGIA: tratamento e deve ser diagnosticada com exames subsidiários;
o Dor causada pelo tumor:  A carcinomatose de meninges se manifesta em 3 a 8% dos
 Infiltração óssea: é a causa mais comum de dor, podendo ser manifestada pacientes com neoplasia, especialmente mamas, pulmões e
localmente ou a distância, pelo mecanismo de dor referida; melanomas, como cefaleia e comprometimento de nervos
cranianos; diagnosticada pelo exame de liquor que mostra
 As metástases ósseas as mais comuns nos tumores de mama,
hiperproteinorraquia, hipoglicorraquia e/ou hipercitose;
próstata e pulmões;
 Infiltração e oclusão de vasos sanguíneos e linfáticos: normalmente isso
 Também é comum dor óssea em pacientes com mieloma múltiplo ocasionavasoespasmo, linfangite e possível irritação nos nervos aferentes
– estimulação de nociceptores no periósteo; perivasculares.
 O crescimento tumoral ou sua infiltração pode causar fraturas  O crescimento tumoral próximo a vasos pode levar a oclusão,
secundárias e laceração de estruturas, causando dor isquêmica, parcial ou total, produzindo estase venosa ou isquemia arterial ou
neuropática periférica; ambos;
 Compressão ou infiltração de nervos periféricos: podem determinar dor
 A isquemia causa dor e claudicação, enquanto a estase venosa
aguda e de forte intensidade, resultando em plexopatia, radiculopatia ou
produz edema nas estruturas supridas por esses vasos;
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 Infiltração de vísceras ocas ou invasão de sistemas ductais de vísceras  TRATAMENTO: É importante ressaltar que o melhor tratamento para a dor é aquele que trata
solidas: a oclusão de órgãos dos sistemas digestório, urinário e reprodutivo sua causa. Mas quando isso não é possível, o alívio adequado e eficaz da dor oncológica pode
produz obstrução do esvaziamento visceral e determina a contratura da ser obtido com uma boa relação médico-paciente;
musculatura lisa, espasmo muscular e isquemia, produzindo dor visceral o Em 1986, a OMS propôs um método para alívio das dores oncológicas: a ''escada
difusa. analgésica'', ela persiste até os dias de hoje e é usada para outras síndromes dolorosas;
 Órgãos como linfonodos, fígado e pâncreas podem vir apresentar  A padronização se relaciona com a intensidade da dor que o paciente
dor devido a isquemia ou distensão de suas capsulas; apresenta: o primeiro degrau recomenda o uso de medicamentos não
o Dor causada pelo tratamento: presente em 19% dos pacientes; opióides para dores fracas; o segundo degrau sugere opióides fracos que
 Dor pós-cirúrgica: determinados procedimentos podem gerar dor, na fase podem ser associados a analgésicos simples para dores moderadas; o terceiro
aguda a dor decorre do processo inflamatório traumático de cirurgias; na degrau consta opióides fortes, associados ou não;
fase crônica a dor ocorre devido ao câncer recidivado localmente.  Os adjuvantes podem ser usados nos 3 degraus;
 O trauma causado em estruturas nervosas, durante o procedimento  É um método simples, relativamente barato e eficaz em 70 a 90% das dores
cirúrgico, resulta em dor persistente além do normal, chamada de decorrentes de neoplasias malignas;
neuralgia pós-cirúrgica; tem origem traumática e em menor o O tratamento se inicia com explicação ao paciente, muitas delas são tratadas com
número de casos ocorre de fibrose cicatricial ou compressões. combinação de medicamentos e métodos não medicamentosos;
 A dor fantasma ocorre geralmente após amputação de um membro o Os princípios da farmacoterapia tem cinco tópicos: escada, via oral, intervalos fixos,
ou outra estrutura somática; individualização e atenção aos detalhes;
 Dor pós-radioterapia: se apresenta como exacerbação aguda de dor crônica  Escada: uso sequencial dos medicamentos está esquematizado, inicia-se
relacionada ao posicionamento para terapia, queimaduras cutâneas, pelo primeiro degrau, porém atualmente não se há que necessariamente
neuropatia actinica, mielopatia actinica, sinal de Lhermitté (desmielinização respeitar a escada, podendo por exemplo sair do primeiro para o terceiro
transitória da medula cervical ou torácica), mucosite bucal, esofagite e degrau. Os medicamentos adjuvantes são associados de acordo indicação,
outros; sendo eles antidepressivos, anticonvulsivantes, neurolépticos, bifosfonados,
 Tumores na região pélvica é comum a neuropatia plexal corticoesteroides);
lombossacral;  Via oral: via preferencial de administração, sendo que vias alternativas
 Dor pós-quimioterapia: pode ocorrer por polineuropatias periféricas, como retal, transdérmica ou parenteral podem ser uteis em casos em que a
causadas por drogas imunossupressoras podendo ser de caráter transitório via oral esteja impossibilitada;
ou definitivo;  Intervalos fixos: devem ser administrados em intervalos regulares, a dose
subsequente precisa ser administrada antes do efeito da dose anterior tenha
 As mucosites induzidas por leucopenia ou irradiação junto a
terminado, por exemplo, morfina a cada 4h. A dose precisa ser condicionada
monilíase do sistema digestório e a esofagogastroduodenite;
a dor do paciente, ou seja, iniciar com doses pequenas e sendo
 Pode ocorrer espasmos vesicais e a necrose asséptica da cabeça do progressivamente aumentada.
fêmur, causadas por corticoides;
 Individualização: não existe dose padrão para opioide e nem dose teto, a
o Dor não relacionada ao câncer ou seu tratamento: representam 3% do total e podem
dose correta é a que causa alivio da dor com o mínimo de efeitos colaterais;
ser causadas por osteomielite, migranea, cefaleia tensional, osteoartrite, osteoporose e
porém os opióides fracos tem limite na dose, principalmente quando
outros.
associados a analgésicos ou AINES. Se a medicação deixa de atuar, se sobe
um degrau e não prescreve um similar;
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 Atenção aos detalhes: necessidade de administração regular dos antidepressiva. Os medicamentos mais indicados são amitriptilina, nortriptilina e imipramina. A
medicamentos analgésicos e o paciente que usa opióides cronicamente deve dose inicial de amitriptilina é de 12,5 mg ao dia, com aumento gradativo até atingir 50 a 75 mg.
receber orientações sobre laxativos. Analgesia é usualmente obtida em sete dias. Os efeitos colaterais mais frequentes são sonolência,
boca seca, hipotensão ortostática e retenção urinária. Os antidepressivos duais como a
venlafaxina e duloxetina também possuem efeitos de analgesia;
o Anticonvulsivantes: reduzem a hiperexcitabilidade neuronal e impedem as descargas
paroxísticas da atividade elétrica ligada à neuropatia. São indicados nos casos de dor neuropática
lancinante e paroxística. Podem ocorrer confusão mental, sedação, alteração de função hepática
e, raramente, leucopenia e trombocitopenia. Os medicamentos mais indicados são
carbamazepina, oxcarbazepina, gabapentina e pregabalina;
o Corticosteroides: inibem a produção de prostaglandinas com redução da inflamação e do edema.
São indicados em aumento da pressão intracraniana, compressão nervosa e infiltração de partes
moles. As doses são individualizadas e não há consenso na literatura quanto à melhor droga e
dose;
o Bifosfonados: são análogos do pirofosfato inorgânico e inibem a tividade osteoclástica, sendo,
portanto, usados como adjuvante na dor por metástases ósseas generalizadas. Os bifosfonados
mais utilizados são pamidronato, ácido zoledrômico e samário (radiofármaco ligado a um
bifosfonado);
o Neurolépticos: os fenotiazínicos e as butirofenonas são os neurolépticos mais utilizados para
analgesia e produzem suas ações antagonizando a dopamina. Apresentam efeito antiemético
• analgésicos não opióides: este grupo de analgésicos é representado por salicilatos, paracetamol, dipirona desejado, prevenindo a ocorrência de vômitos quando associados aos analgésicos opioides.
e anti-inflamatórios não esteroidais. Suas desvantagens estão relacionadas, em especial, aos seus efeitos
colaterais, como doença péptica, insuficiência renal, disfunção plaquetária e interação medicamentosa.
Possuem como vantagens mecanismo de ação e toxicidade diferentes dos opioides e, portanto, podem ser  “Cuidado Paliativo é uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus
associados a eles. Não há desenvolvimento de tolerância; familiares, que enfrentam doenças ameaçadoras da continuidade da vida, através de prevenção e
alívio do sofrimento. Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e de outros
• analgésicos opioides: este grupo age principalmente em receptores mu, delta e kappa no sistema nervoso problemas de natureza física, psicossocial e espiritual”
central. Podem ser subdivididos segundo sua potência em fracos e fortes. Os opioides fracos correspondem  Princípios dos Cuidados Paliativos:
ao segundo degrau da escada analgésica e são representados por codeína e tramadol. O uso de opioides o Promover o alívio da dor e de outros sintomas desagradáveis.
fortes corresponde ao terceiro degrau, representado por morfina, metadona, oxicodona, fentanil e outros
o Afirmar a vida e considerar a morte como um processo normal da vida.
derivados. Recomendam-se utilizar analgésicos opioides agonistas puros como pr1me1ra opçao
o Não acelerar nem adiar a morte.
terapeut1ca;
o Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado do paciente.
• adjuvantes: este grupo heterogêneo de medicamentos contribui para o alívio da dor, trata os efeitos o Oferecer um sistema de suporte que possibilite ao paciente viver tão ativamente
adversos dos analgésicos e melhora distúrbios psicológicos associados ao quadro álgico; quanto possível até o momento da morte.
o Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença do paciente
o o antidepressivos tricíclicos: bloqueiam a reabsorção de monoaminas e aumentam a atividade
e a enfrentar o luto.
das vias de modulação da dor. A dose analgésica é frequentemente menor do que a
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o Garantir abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos pacientes e


seus familiares, incluindo acompanhamento no luto.
o Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença.
o Iniciar o mais precocemente possível, juntamente com outras medidas terapêuticas.

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