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RELATÓRIO À COMISSÃO MISTA DE QUE TRATA O

ART. 166, § 1o, DA CONSTITUIÇÃO, PREVISTO NO ART.


77 DA LEI No 11.439, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2006 –
LDO-2007

Setembro/2007
SUMÁRIO

1. AVALIAÇÃO DAS RECEITAS E DESPESAS NÃO-FINANCEIRAS

2. PARÂMETROS (LDO - 2007, ART. 77, § 5O, INCISO II)

3. ANÁLISE DAS RECEITAS, EXCETO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL -


RGPS (LDO - 2007, ART. 77, § 5O, INCISOS I E IV)

4. ANÁLISE DAS DESPESAS OBRIGATÓRIAS, EXCETO REGIME GERAL DE


PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS (LDO - 2007, ART. 77, § 5º, INCISOS I E III)

5. MEMÓRIA DE CÁLCULO DAS RECEITAS E DESPESAS DO REGIME GERAL DE


PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS

6. CONCLUSÃO

ANEXOS

ANEXO I: MEMÓRIA DE CÁLCULO DAS RECEITAS ADMINISTRADAS

ANEXO II: MEMÓRIA DE CÁLCULO DAS EMPRESAS ESTATAIS FEDERAIS


INFORME AOS DEMAIS PODERES E À COMISSÃO MISTA DE
ORÇAMENTO, PLANOS E FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA
Em 20 de setembro de 2007
(Em cumprimento ao art. 77 da LDO–2007)

1. AVALIAÇÃO DAS RECEITAS E DESPESAS NÃO-FINANCEIRAS

O art. 9º da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 – Lei de


Responsabilidade Fiscal – LRF, determina que, se verificado, ao final de um bimestre,
que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado
primário estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público da
União promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias
subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios
fixados pela Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO.

Na ocorrência dessa hipótese, conforme disposto no art. 77 da Lei


nº 11.439, de 29 de dezembro de 2006, Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2007 –
LDO-2007, o Poder Executivo apurará o montante da limitação e informará, até o
vigésimo dia após o encerramento do bimestre, o montante que caberá a cada um dos
Poderes, especificando os parâmetros adotados e as estimativas de receitas e despesas.
Ademais, o § 5o do mesmo artigo determina que o Poder Executivo encaminhará ao
Congresso Nacional, no prazo supracitado, relatório a ser apreciado pela Comissão Mista
de que trata o art. 166, § 1o, da Constituição.

Encerrado o quarto bimestre de 2007, foi efetuada a reavaliação das


receitas e despesas primárias de execução obrigatória, com base nos valores realizados
até o mês de agosto e mantidos os mesmos parâmetros macroeconômicos da terceira
avaliação bimestral, compatíveis com a política econômica vigente. Destacam-se, nessas
estimativas, o crescimento real do Produto Interno Bruto – PIB em 4,7% e o índice de
inflação (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA) em 3,68%, conforme grade de
parâmetros elaborada pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda –
SPE/MF.

A revisão das estimativas de receita líquida de transferências a estados e


municípios, exceto Contribuição ao Regime Geral de Previdência Social – RGPS,
resultou em um crescimento de R$ 3,7 bilhões em relação à terceira avaliação bimestral
de 2007. Esse crescimento foi concentrado nas receitas administradas e nas demais não
administradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda –
RFB/MF.

No que tange às receitas administradas pela RFB/MF, exceto a


Contribuição para o Regime Geral de Previdência Social – RGPS, a reestimativa
realizada apontou para um acréscimo de R$ 5,0 bilhões na arrecadação anual em relação
à previsão contida na terceira avaliação bimestral de 2007. Esse aumento foi concentrado
no Imposto sobre a Renda e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.

3
As demais receitas primárias do Governo Central, exclusive a
Contribuição para o RGPS, sinalizaram um aumento de R$ 977,0 milhões em relação ao
montante estimado na terceira avaliação bimestral de 2007.

As despesas primárias de execução obrigatória, exceto as despesas do


RGPS, sofreram acréscimo no montante de R$ 3,1 bilhões, derivado da atualização das
bases de projeção e da revisão dos parâmetros macroeconômicos, assim como da edição
de créditos extraordinários, que foram ampliados em R$ 1,2 bilhão.

Em relação ao resultado do RGPS, a projeção atual indicou uma redução


de R$ 421,3 milhões no déficit em relação à projeção constante da terceira avaliação
bimestral de 2007. A receita ficou superior em função do comportamento da arrecadação
no mês de agosto de 2007. O acréscimo na projeção da despesa previdenciária, por sua
vez, decorreu da previsão de abertura de crédito suplementar para sentenças judiciais de
pequeno valor, no montante de R$ 761,6 milhões, assim como da realização do mês de
julho, superior ao inicialmente projetado.

A meta de resultado primário do Governo Central, de acordo com o § 10º


do art. 2º da LDO-2007, acrescentado pela Lei nº 11.477, de 29 de maio de 2007, foi
estabelecida em R$ 53,0 bilhões. Para as Estatais Federais, conforme o mesmo
parágrafo, a meta ficou em R$ 18,1 bilhões.

Por último, é necessário considerar que, assim como ocorreu em 2005 e


2006, os projetos denominados “Projeto-Piloto de Investimentos Públicos” – PPI tiveram
tratamento destacado na estimativa da meta de superávit primário a ser atingida. Esses
projetos, embora tenham impacto sobre o resultado primário, têm por característica a
constituição de ativos que contribuirão para gerar resultados positivos no futuro para o
setor público e para a economia como um todo superiores ao aumento do custo do
endividamento deles decorrentes. Para 2007, esses projetos totalizam R$ 11,3 bilhões, de
acordo com o art. 3º da LDO-2007, com redação modificada pela Lei nº 11.477, de
2007.

Diante da combinação dos fatores citados acima, é possível a ampliação


dos limites para movimentação e empenho e de pagamento em relação à terceira
avaliação bimestral, no montante de R$ 1,0 bilhão, conforme demonstrado a seguir:

4
R$ milhões

Variações em relação à
Discriminação
3ª Av. Bimestral de 2007

1. Receita Primária Total, exceto Contribuição para o RGPS 4.942,1

2. Transferências a Estados e Municípios 1.217,0

3. Receita Líquida ( 1 - 2 ) 3.725,0

4. Despesas Obrigatórias, exceto Benefícios Previdenciários 3.138,1

5. Déficit do RGPS (421,3)

6. Ampliação de Despesas Discricionárias ( 3 - 4 - 5 ) 1.008,3

Fonte/Elaboração: Secretaria de Orçamento Federal/Ministério do Planejamento - SOF/MP.

2. PARÂMETROS (LDO-2007, ART. 77, § 5o, INCISO II)

Os parâmetros utilizados por ocasião da elaboração da terceira avaliação


bimestral de 2007 não foram alterados, estando compatíveis com a política econômica
vigente. Os principais parâmetros estão listados na tabela a seguir:

COMPARATIVO DAS PROJEÇÕES DE PARÂMETROS - 2007

3ª Av. Bimestral Reprogramação Diferença


Parâmetros
(a) (b) (c=b-a)

IPCA acum (%) 3,68 3,68 -


IGP-DI acum (%) 3,50 3,50 -
PIB real (%) 4,70 4,70 -
PIB - R$ bilhões 2.520,8 2.520,8 -
Taxa Over - SELIC Média (%) 11,85 11,85 -
Taxa de Câmbio Média (R$ / US$) 1,98 1,98 -
Massa Salarial Nominal (%) 12,18 12,18 -
Preço Médio do Petróleo (US$) 67,56 67,56 -
Reajuste do Salário Mínimo (%) 8,57 8,57 -
Reajuste dos Demais Benefícios Previdenciários (%) 3,30 3,30 -

Fonte: SPE/MF - Elaboração: SOF/MP.

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3. ANÁLISE DAS RECEITAS, EXCETO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA
SOCIAL - RGPS (LDO-2007, ART. 77, § 5o, INCISOS I E IV)

A projeção das receitas da União segue, de modo geral, um modelo


incremental, em que se utilizam os principais parâmetros de projeção das contas públicas
sobre uma base de cálculo composta pela arrecadação realizada no ano imediatamente
anterior, excluídas da base de projeção as receitas extraordinárias. Aplicam-se a essa
base também os efeitos decorrentes das alterações na legislação tributária.

A estimativa atual das receitas primárias do Governo Central, líquida


transferências e exceto a Contribuição para o RGPS, apresentou aumento de R$ 3,7
bilhões em relação àquela contida na terceira avaliação bimestral de 2007, conforme
demonstrado na tabela seguinte:

6
R$ milhões
3ª Av. Bimestral Reprogramação Diferença
Discriminação
(a) (b) (c=b-a)
I. RECEITA TOTAL 471.949,5 476.891,6 4.942,1
I.1 Receita Administrada pela RFB/MF 405.075,2 410.057,5 4.982,4
I.1.1. Imposto de Importação 11.628,7 11.791,2 162,5
I.1.2. IPI 31.362,6 31.333,5 -29,1
I.1.3. Imposto de Renda 142.776,6 145.098,2 2.321,6
I.1.4. IOF 7.622,7 7.714,0 91,3
I.1.5. COFINS 101.213,8 101.650,5 436,7
I.1.6. PIS/PASEP 26.593,9 26.646,6 52,8
I.1.7. CSLL 31.860,1 32.964,9 1.104,8
I.1.8. CPMF 36.214,2 36.435,9 221,7
I.1.9. CIDE - Combustíveis 8.167,5 8.146,8 -20,7
I.1.10. Outras Administradas SRF 7.635,1 8.275,8 640,8
I.2. Receitas Não-Administradas RFB/MF 63.837,9 64.814,9 977,0
I.2.1. Concessões 1.233,6 1.208,7 -24,9
I.2.2. Dividendos 11.559,4 11.559,4 0,0
I.2.3. Cont. Plano de Seg. do Servidor 5.729,2 5.759,9 30,6
I.2.4. Cota-Parte de Compensações Financeiras 16.697,1 16.831,4 134,2
I.2.5. Demais Receitas 12.205,4 12.874,5 669,2
I.2.6. Receita Própria (fontes 50 e 81) 8.567,1 8.805,5 238,5
I.2.7. Salário-Educação 7.846,1 7.775,6 -70,5
I.3. FGTS 1.988,0 1.988,8 0,8
I.4. Incentivos Fiscais -837,7 -837,7 0,0
I.5. Operações com Ativos 1.886,1 868,0 -1.018,1

II. TRANSF. A ESTADOS E MUNICÍPIOS 99.755,6 100.972,6 1.217,0


II.1. FPE/FPM/IPI-EE 79.480,9 80.550,1 1.069,2
II.2. Fundos Regionais 2.287,7 2.374,3 86,6
Repasse Total 5.222,0 5.294,8 72,8
Superávit Fundos -2.934,3 -2.920,5 13,7
II.3. Salário Educação 4.707,6 4.665,4 -42,3
II.4. Compensações Financeiras 10.762,9 10.853,2 90,3
II.5. CIDE - Combustíveis 1.867,0 1.862,1 -4,9
II.6. Demais 245,3 245,3 0,0
II.7. FPM Adicional (1%) 404,3 422,3 18,1
III. RECEITA LÍQUIDA (I - II) 372.193,9 375.918,9 3.725,0

Fontes: RFB/MF; SOF/MP; Secretaria do Tesouro Nacional/Ministério da Fazenda - STN/MF - Elaboração: SOF/MP.

Receitas Administradas pela RFB/MF, exceto Contribuição para o RGPS

A memória de cálculo de todas as receitas administradas pela RFB/MF


encontra-se no Anexo I deste relatório.

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Outras Receitas

As variações em relação à estimativa da terceira avaliação bimestral de


2007 nas outras receitas arrecadadas pela União e incluídas nos Orçamentos Fiscal e da
Seguridade Social são descritas a seguir:

Concessões: a redução de R$ 24,9 milhões na projeção ocorreu em função de dois


fatores: (i) a exclusão das receitas relacionadas ao Sistema Florestal Brasileiro, pois sua
arrecadação será iniciada apenas no exercício de 2008, conforme informação do
Ministério do Meio Ambiente; e (ii) a queda na arrecadação de dois itens de receitas
vinculadas à Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL (receita de outorga de
serviços de telecomunicação e de uso de radiofreqüência);

Contribuição para o Plano de Seguridade Social do Servidor: o pequeno incremento


de R$ 30,6 milhões deveu-se à realização maior que a previsão feita por ocasião da
terceira avaliação bimestral de 2007;

Cota-Parte de Compensações Financeiras: a elevação nominal de R$ 134,2 milhões


deveu-se à arrecadação maior que o previsto;

Demais Receitas: o acréscimo de R$ 669,2 milhões ocorreu principalmente devido à


elevação na arrecadação das seguintes receitas: Cota-Parte do Adicional do Frete da
Marinha Mercante, Recuperação de Despesas de Exercícios Anteriores, Multas e Juros
da Dívida Ativa, dentre outras de menor expressão;

Receita Própria: o aumento de R$ 238,5 milhões ocorreu essencialmente nas receitas


dos Ministérios da Educação – MEC e da Saúde. No caso do MEC, atualizou-se as
projeções das receitas referentes a concursos públicos e vestibulares, incorporando-se a
arrecadação efetivada até o mês de julho e dados preliminares de agosto. Foram
consideradas também novas projeções de convênios assinados pelas Universidades
Federais no período considerado. O aumento nas receitas do Ministério da Saúde, por
sua vez, deveu-se ao incremento na arrecadação do seguro DPVAT em virtude do
crescimento na venda de veículos novos nos meses de janeiro a agosto de 2007. Além
disso, houve restituição de despesas de exercícios anteriores devido à não realização da
compra de medicamentos de alto custo pelos Estados e Municípios;

Contribuição para o Salário-Educação: a redução de R$ 70,5 milhões ocorreu devido


à realização ter sido menor do que a projeção anteriormente calculada;

Contribuição do FGTS: a discreta variação de R$ 0,8 milhões ocorreu em função da


incorporação dos valores realizados nos meses de julho e agosto; e

Operações com Ativos: a redução de R$ 1,0 bilhão deveu-se ao redimensionamento das


operações a serem efetuadas em 2007, assim como à revisão do cronograma de
realização.

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Transferências a Estados e Municípios por Repartição de Receita

O aumento na atual projeção das transferências constitucionais, no valor


de R$ 1,2 bilhão, ocorreu, principalmente, devido ao incremento na projeção do Imposto
de Renda – IR. Ressalte-se que a atual projeção incluiu previsão de pagamento de
passivo relativo aos parcelamentos especiais no montante de R$ 88,0 milhões.

4. ANÁLISE DAS DESPESAS OBRIGATÓRIAS, EXCETO REGIME GERAL DE


PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS (LDO - 2007, ART. 77, § 5º, INCISOS I E III)

A projeção das despesas obrigatórias, exceto RGPS, aumentou em R$ 3,1


bilhões em relação à terceira avaliação bimestral de 2007, conforme demonstrado a
seguir:

R$ milhões

3ª Av. Bimestral Reprogramação Diferença


Discriminação
(a) (b) (c=b-a)

DESPESAS OBRIGATÓRIAS, exceto RGPS 183.442,8 186.580,9 3.138,1


Pessoal e Encargos Sociais 118.130,4 118.404,9 274,5
Abono e Seguro-Desemprego 17.225,7 18.027,0 801,4
Lei Kandir (LC nº 87/96 e 102/00) 3.900,0 3.900,0
Sentenças Judiciais - demais 1.596,7 1.352,6 -244,1
Subvenções Econômicas 124,4 124,4
Subsídios/Securitização 10.825,3 11.876,3 1.051,0
FUNDEF /FUNDEB- Complementação 2.006,9 2.019,3 12,4
Benefícios de Prestação Continuada da LOAS 11.707,9 11.707,9
Fundos FDA / FDNE 1.287,0 1.287,0
Créditos Extraordinários 10.817,3 11.990,2 1.172,8
Doações 179,0 192,8 13,8
Convênios 214,4 259,9 45,6
Indenizações - Proagro 486,4 486,4
Fundo Constitucional do DF - Custeio e Investimento 466,1 466,1
Fabricação de Cédulas e Moedas 435,6 435,6
Reserva de Contingência
Renda Mensal Vitalícia 1.876,0 1.886,4 10,3
FGTS 1.988,0 1.988,8 0,8
Transferência ANA - Receitas Uso Recursos Hídricos 22,5 22,0 -0,5
Anistiados 153,0 153,0

Fontes: STN/MF; SOF/MP - Elaboração: SOF/MP.

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As variações verificadas nas despesas obrigatórias foram:

Pessoal e Encargos Sociais: o acréscimo de R$ 274,5 milhões decorreu da combinação


de quatro fatores: (i) acréscimo de R$ 53,6 milhões no Fundo Constitucional do Distrito
Federal, decorrente da revisão, pela Secretaria do Tesouro Nacional – STN, dos valores
da Receita Corrente Líquida – RCL realizados no período de julho de 2005 a junho de
2006; (ii) redução de R$ 41,7 milhões na previsão de gasto com sentenças judiciais, que
serão remanejadas para complementação dos valores das sentenças judiciais de pequeno
valor previdenciárias; (iii) abertura de crédito extraordinário por meio da Medida
Provisórias nº 383, de 16 de agosto de 2007, no montante de R$ 0,97 milhão, para
dissolução da Companhia de Desenvolvimento de Barcarena; e (iv) acréscimo de R$
261,7 milhões decorrente da reavaliação das bases de projeção em conformidade com o
comportamento das despesas realizadas até agosto;

Abono e Seguro-Desemprego: a atualização da realização até o mês de agosto e a


inclusão do cronograma de pagamento do abono salarial para o ano de 2007, após a
apuração das informações constantes da Relação Anual de Informações Sociais – RAIS,
resultaram em uma despesa maior em R$ 801,4 milhões em relação à terceira avaliação
bimestral de 2007. Esse acréscimo explica-se pela política de valorização do salário
mínimo, que ampliou o universo de beneficiários do abono salarial;

Sentenças Judiciais – demais: o decréscimo de R$ 244,1 milhões decorreu da previsão


de remanejamento das dotações orçamentárias dessas sentenças para sentenças judiciais
de pequeno valor previdenciárias;

Subsídios/Securitização: houve acréscimo de R$ 871,0 milhões na previsão de


financiamentos a serem concedidos pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e de
R$ 180,0 milhões para a equalização de investimentos rurais e agroindustriais;

Complementação ao FUNDEB: o acréscimo de R$ 12,4 milhões deveu-se à correção


da complementação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, conforme o
disposto no art. 31, §§ 4º e 5º da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007;

Créditos Extraordinários: foi acrescido o crédito extraordinário aberto após a terceira


avaliação bimestral de 2007, no valor de R$ 1,2 bilhão, por meio da Medida Provisória
nº 383, de 16 de agosto de 2007;

Doações, Convênios, Complemento do FGTS e Transferências à Agência Nacional


de Águas – ANA: as variações corresponderam à atualização das projeções para o
exercício; e

Renda Mensal Vitalícia: a atualização da realização até o mês de agosto e a


conseqüente revisão dos dados relativos ao total de beneficiários projetaram uma discreta
variação de R$ 10,3 milhões em relação à terceira avaliação bimestral de 2007.

As providências quanto à abertura de créditos suplementares para o


atendimento da elevação de despesas primárias obrigatórias serão tomadas de acordo
com o disposto no art. 66, inciso II, da LDO-2007.

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5. MEMÓRIA DE CÁLCULO DAS RECEITAS E DESPESAS DO REGIME
GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS

A projeção da receita previdenciária para 2007 foi efetuada com base na


receita realizada até o mês de agosto de 2007, sobre a qual incidiu a estimativa de
crescimento da massa salarial nominal de 12,18% e a elevação do teto de benefícios da
ordem de 3,30%. Como a arrecadação do mês de agosto foi superior à estimada, a
projeção da arrecadação da receita previdenciária ficou superior em R$ 1,3 bilhão em
relação à terceira avaliação bimestral de 2007.

Quanto à despesa com benefícios, aplicou-se o crescimento vegetativo de


3,71%, o valor do salário mínimo de R$ 380,00, concedido em abril e com efeitos
financeiros a partir de maio, e o reajuste dos demais benefícios de 3,30%. O valor
realizado no mês de julho e a revisão das estimativas até o fim do exercício levaram a
um discreto aumento na projeção dos benefícios normais no montante de R$ 82,8
milhões em relação à terceira avaliação bimestral de 2007. A esse aumento de projeção
foi somada previsão de abertura de crédito suplementar para as sentenças de pequeno
valor previdenciárias no montante de R$ 761,6 milhões.

Assim, em função dos fatores acima descritos, houve redução de


R$ 421,3 milhões na projeção atual de déficit do Regime Geral de Previdência Social em
relação à terceira avaliação bimestral de 2007, conforme demonstrado a seguir:

R$ milhões
3ª Av. Bimestral Reprogramação Diferença
Discriminação
(a) (b) (c=b-a)

I. Arrecadação Líquida INSS 137.264,4 138.530,0 1.265,7

II. Benefícios da Previdência 182.231,5 183.075,9 844,4

III. Déficit do RGPS (II - I) 44.967,2 44.545,9 -421,3

Fonte: Secretaria da Previdência Social/Ministério da Previdência Social - SPS/MPS - Elaboração: SOF/MP.

6. CONCLUSÃO

A revisão das estimativas das receitas primárias e das despesas


obrigatórias indica a possibilidade de ampliação dos limites de empenho e de
movimentação financeira em R$ 1,0 bilhão, conforme demonstrado anteriormente. O
art. 9o da LRF estabelece que tal recomposição deve ser distribuída entre os Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário e o Ministério Público da União, de forma
proporcional às reduções efetivadas. A LDO-2007, por sua vez, determina em seu
art. 77, com redação modificada pela Lei nº 11.477, de 2007, que a limitação ocorra
proporcionalmente à participação de cada Poder na base contingenciável, definida no
§ 2º do mesmo artigo. O quadro a seguir demonstra o cálculo dessa base:

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DEMONSTRATIVO DA BASE CONTINGENCIÁVEL
(Art. 77, §§ 1º, 2º e 3º da LDO - 2007)

R$ 1,00
DESCRIÇÃO VALORES

A. Total de Despesas Aprovadas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social 1.526.143.386.099


B. Total de Despesas Financeiras 962.616.287.690

C. Total de Despesas Primárias (A - B) 563.527.098.409

D. Despesas Obrigatórias integrantes do Anexo V da LDO-2007 492.586.793.109

E. Despesas Ressalvadas da Limitação de Empenho (Anexo V da LDO-2007) 3.984.975.084

F. Atividades dos demais Poderes e MPU - Posição PLOA - 2007 3.918.274.586

G. Projeto-Piloto de Investimento 4.582.829.514

H. Base Contingenciável (C - D - E - F - G) 58.454.226.116

Fonte/Elaboração: SOF/MP.

Assim, a recomposição dos limites em relação à terceira avaliação


bimestral de 2007 que cabe aos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e ao
Ministério Público da União é de, respectivamente, R$ 988,8 milhões, R$ 3,1 milhões,
R$ 11,3 milhões e R$ 5,1 milhões, conforme a tabela a seguir:

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DISTRIBUIÇÃO DA AMPLIAÇÂO ENTRE OS PODERES

R$ 1,00

Base
Poderes Participação % Ampliação
Contingenciável

Poder Executivo 57.325.750.828 98,07 988.802.952

Poderes Legislativo, Judiciário e MPU 1.128.475.288 1,93 19.464.895

Câmara dos Deputados 58.843.331 0,10 1.014.979


Senado Federal 76.062.285 0,13 1.311.987
Tribunal de Contas da União 43.428.561 0,07 749.092
Supremo Tribunal Federal 91.957.153 0,16 1.586.155
Superior Tribunal de Justiça 17.086.089 0,03 294.715
Justiça Federal 194.908.964 0,33 3.361.954
Justiça Militar da União 6.012.405 0,01 103.707
Justiça Eleitoral 147.844.229 0,25 2.550.142
Justiça do Trabalho 165.909.192 0,28 2.861.742
Justiça do Distrito Federal e dos Territórios 31.500.000 0,05 543.339
Ministério Público da União 294.923.079 0,50 5.087.082

Total 58.454.226.116 100,00 1.008.267.847

Fonte/Elaboração: SOF/MP.

CÉLIA CORRÊA ARNO HUGO AUGUSTIN FILHO


Secretária de Orçamento Federal Secretário do Tesouro Nacional

13
ANEXO I
MEMÓRIA DE CÁLCULO DAS RECEITAS ADMINISTRADAS

ESTIMATIVA DE ARRECADAÇÃO DAS RECEITAS FEDERAIS – 2007


ADMINISTRADAS PELA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO
BRASIL
(EXCETO RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS)

NOTA METODOLÓGICA – 14/09/07

I. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Na elaboração da presente reestimativa de arrecadação dos impostos e


contribuições federais administrados pela Receita Federal do Brasil, exceto receitas
previdenciárias, tomou-se como base a arrecadação efetivamente realizada de setembro
a dezembro de 2006, os parâmetros estabelecidos pela SPE em 16/07/07 e as
modificações na legislação tributária.
Cabe destacar que o comportamento da arrecadação no período de janeiro a
agosto/07, com crescimento consistente ao longo desse período, foi um dos fatores
determinantes para esta reestimativa de arrecadação. Esse crescimento pode ser
explicado, principalmente, pelo trabalho desenvolvido na RFB com objetivo de reforçar
as ações de cobrança, intensificar o cruzamento de declarações, coibir as ações
fraudulentas, aumentar a presença fiscal e promover ações conjuntas com a
Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Além disto, a unificação da Secretaria da
Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciária trouxe maior efetividade no
controle do crédito tributário aumentando a percepção de risco e, em conseqüência,
gerando incremento no recolhimento espontâneo por parte do contribuinte.
Os parâmetros básicos principais de 16/07/07 e respectivas variações médias,
projetadas para o ano de 2007 em relação a 2006, foram os seguintes:

Índice Ponderado (55% IPCA e 45% IGP): ................................................ 3,78%


PIB: .............................................................................................................. 4,70%
Taxa Média de Câmbio:..............................................................................-9,12%
Taxa de Juros (Over): ...............................................................................-21,78%
Massa Salarial:........................................................................................... 12,18%
A arrecadação-base 2006 foi ajustada em função de atipicidades em relação ao
ano de 2007 e foram excluídos todos os valores relativos a compensações, isto é,
quitação de tributos com a utilização de créditos. Observa-se que as compensações,
embora afetem a arrecadação bruta, não alteram a arrecadação líquida, pois valores
equivalentes foram também excluídos das restituições.
À base ajustada, sem compensações, foram aplicados, mês a mês e por tributo,
os indicadores específicos relativamente a preço e quantidade e os efeitos decorrentes de
alterações da legislação tributária. Nos tributos para os quais não se dispõe de
indicadores específicos e naqueles que se ajustam melhor aos indicadores gerais,
utilizou-se, como indicador de preço, um índice ponderado (55% IPCA e 45% IGP-DI)
e, como indicador de quantidade, o PIB.
O valor da previsão de arrecadação bruta para o período de setembro a dezembro
de 2007, em consonância com as premissas citadas anteriormente, importou em R$
143.453 milhões. Adicionada a arrecadação bruta efetiva do período de janeiro a agosto
(R$ 274.601 milhões), resultou em R$ 418.054 milhões para o ano de 2007. A esse
valor foi acrescido o montante de R$ 3.862 milhões referente a receitas extraordinárias,
que elevou para R$ 421.915 milhões o valor da previsão de arrecadação bruta para o
ano de 2007. Excluídas as restituições, a arrecadação líquida correspondente é de R$
410.058 milhões, o que representa uma variação de 14,22% em relação ao ano de 2006.
A seguir, o detalhamento da planilha básica que consolida as planilhas mensais
por tributo.
DETALHAMENTO (PLANILHA BÁSICA – EFEITOS)
Discriminação, por tributo, dos efeitos que influenciaram a estimativa de
arrecadação do período de setembro a dezembro de 2007.
A) CORREÇÃO DE BASE:
1) I. Importação: (- R$ 24 milhões)
• Ajuste de dias úteis e recuperação de débitos em atraso.
2) IPI-Bebidas: (- R$ 119 milhões); IPI-Vinculado: (- R$ 27
milhões) e IPI-Outros: (- R$ 152 milhões)
• Ajuste de dias úteis, recuperação de débitos em atraso e
compensações.
3) IPI-Fumo: (+ R$ 1 milhão)
• Ajuste de dias úteis.
4) IPI-Automóveis: (+ R$ 0,46 milhão)
• Ajuste de dias úteis e compensações.
5) IRPF: (+ R$ 413 milhões)
• Recomposição da base em função de crescimento contínuo da
arrecadação relativa aos itens ganhos de capital na alienação de
bens imóveis e ganho líquido em operações em bolsa.
6) IRPJ: (+ R$ 1.739 milhões) e CSLL: (+ R$ 356 milhões)
• Recuperação de débitos em atraso, depósitos judiciais,
recomposição da base de grandes empresas e compensações e
incorporação de tendência observada no período de janeiro a
agosto de 2007.
7) IRRF-Rendimentos do Trabalho: (- R$ 66 milhões)
• Recuperação de débitos em atraso e compensações.
8) IRRF-Rendimentos de Capital: (- R$ 743 milhões)
• Ajuste da distribuição mensal do item de receitas Juros
Remuneratórios sobre o Capital Próprio e compensações.
9) IRRF-Remessas para o Exterior: (- R$ 289 milhões)
• Ajuste da distribuição mensal da base e compensações.
10) IRRF-Outros Rendimentos: (- R$ 40 milhões)
• Recuperação de débitos em atraso e compensações.
11) COFINS: (- R$ 479 milhões) e PIS/PASEP: (- R$ 105
milhões)
• Ajuste de dias úteis, recuperação de débitos em atraso, depósitos
judiciais, recomposição da base de grandes empresas e
compensações.
12) Outras Receitas Administradas-Demais: (- R$ 253 milhões)
• Recuperação de débitos de exercícios anteriores com os benefícios
da MP no 303/06 e compensações.
13) Outras Receitas Administradas-Receita de Loterias: (+ R$ 84
milhões)
• Ajuste em função da previsão da CEF
14) I. Exportação (- R$ 1 milhão); ITR (- R$ 0,5 milhão); CIDE-
Combustíveis (- R$ 6 milhões) e CIDE-Apoio Tecnológico (- R$
0,04 milhão)
• Compensações.
B) EFEITO PREÇO (ponderado de acordo com a participação
mensal da arrecadação-base).
1) Imposto de Importação: 0,8848; Imposto de Exportação:
0,8859; IPI-Vinculado à Importação: 0,8849; IRRF-Remessas
ao Exterior: 0,8856; Outras Receitas Administradas-Cide
Apoio Tecnológico: 0,8847
• Variação da taxa média de câmbio.
2) IPI-Fumo e IPI-Bebidas: 1,0000
• O imposto é fixo por unidade de medida do produto. Portanto, o
preço não interfere no valor do imposto.
3) IPI-Automóveis: 1,0334
• Índice de preço específico do setor.
4) IPI-Outros: 1,0398
• Índice de preço da indústria de transformação.
5) IRPF: 1,0753
• Cotas (Declaração de Ajuste): crescimento da massa salarial em
2006, efeito-tabela/2006 e correção da tabela em 8,0% (Lei
no 11.311/06). Incorpora variação de preço e de quantidade;
• Demais: Índice Ponderado (IER) de 2007, efeito-tabela/2007 e
correção de tabela em 4,5% (Lei no 11.482/07).
6) IRPJ: 1,0401 e CSLL: 1,0400
• Declaração de Ajuste: Índice Ponderado (IER) de 2006;
• Demais: Índice Ponderado (IER) de 2007;
7) IRRF-Rendimentos do Trabalho: 1,1475
• Setor privado: crescimento da massa salarial;
• Setor público: variação da folha de pagamento dos servidores
públicos;
• Efeito-tabela/2007 e correção de tabela em 4,5% (Lei no
11.482/07);
• Incorpora variação de preço e de quantidade.
8) IRRF-Rendimentos do Capital: 0,8118
• Fundos e Títulos de Renda Fixa: variação da taxa de juros “over”;
• Juros Remuneratórios do Capital Próprio: variação da taxa de juros
de longo prazo - TJLP;
• Fundos de Renda variável: sem variação;
• SWAP: Câmbio;
• Demais: Índice Ponderado (IER).
9) Cide-Combustíveis: 1,0000
• O imposto é fixo por unidade de medida do produto. Portanto, o
preço não interfere no valor do imposto.
10) IRRF-Outros Rendimentos: 1,0381; ITR: 1,0403; IOF,
CPMF e FUNDAF: 1,0382; COFINS e PIS/PASEP: 1,0398;
Outras Receitas Administradas-Receita de Loterias:
1,0383; e Outras Receitas Administradas-Demais: 1,0384
• Índice Ponderado (IER).

C) EFEITO QUANTIDADE (ponderado de acordo com a


participação mensal da arrecadação-base).
1) I. Importação: 1,2503 e IPI-Vinculado à Importação: 1,2504
• Variação, em dólar, das importações.
2) IPI-Fumo: 1,0121
• Vendas de cigarros ao mercado interno.
3) IPI-Bebidas: 1,0820
• Produção física de bebidas.
4) IPI-Automóveis: 1,1946
• Vendas de automóveis nacionais ao mercado interno.
5) IPI-Outros: 1,0429
• Produção física da indústria de transformação.
6) IRPF: 1,0309
• Cotas (Declaração de Ajuste). Crescimento da massa salarial em
2006 já considerado no efeito-preço;
• Demais: PIB de 2007.
7) IRPJ e CSLL: 1,0432
• Declaração de ajuste: PIB de 2006;
• Demais: PIB de 2007.
8) IRRF- Rendimentos do Trabalho: 1,0000
• Crescimento da massa salarial em 2007 já considerado no efeito-
preço.
9) IRRF-Rendimentos de Capital: 1,1888
• Fundos e Títulos de Renda Fixa: variação das aplicações
financeiras;
• Fundos de Renda variável: sem variação;
• Demais: PIB.
10) CIDE-Combustíveis: 1,0389
• Variação no volume comercializado de gasolina e diesel.
11) I. Exportação: 1,0437; IRRF-Remessas ao Exterior, IRRF-
Outros Rendimentos, IOF, CPMF, FUNDAF, Outras Receitas
Administradas-Cide Apoio Tecnológico, e Outras Receitas
Administradas-Demais: 1,0436; COFINS e PIS/PASEP: 1,0433
• PIB.
D) EFEITO LEGISLAÇÃO (ponderado de acordo com a participação
mensal da arrecadação-base).
Obs: Não inclui as medidas de desoneração tributária do Plano de
Aceleração do Crescimento – PAC, que foram consideradas em
coluna específica.
1) I. Importação: 1,0360 e IPI-Vinculado à Importação: 1,0396
• Alteração das alíquotas médias.
2) IPI-Fumo: 1,3000
• Aumento médio de 30% a partir de jul/07 (Dec. no 6.072/07)
3) IPI-Outros: 1,0031
• Parcelamento de débitos nas condições da MP no 303/06 .
4) IRPF: 1,1404
• Aumento no número de parcelas de pagamento das cotas do IRPF
de 6 para 8 (IN SRF no 716/07);
Obs: O efeito da correção da tabela foi considerado junto com o
efeito preço (Lei no 11.311/06 e MP no 340/07).
5) IRPJ: 1,0028 e CSLL: 1,0042
• Dedução de parte dos dispêndios com pesquisa tecnológica e
desenvolvimento de inovação tecnológica da base de cálculo do
IRPJ e CSLL (Lei no 11.196/05);
• Parcelamento de débitos nas condições da MP no 303/06 .
6) IRRF-Rendimentos do Trabalho: 0,8901
• Mudança de prazo de recolhimento (Lei no 11.196/05).
Obs: O efeito da correção da tabela foi considerado junto com o
efeito preço (Lei no 11.311/06 e MP no 340/07).
7) IRRF-Outros Rendimentos: 0,9376
• Mudança de prazo de recolhimento (Lei no 11.196/05).
8) COFINS: 1,0060 e PIS/PASEP: 1,0086
• Regime especial de aquisição de bens de capital para empresas
exportadoras- Recap (Lei no 11.196/05);
• Tributação de PIS/Cofins sobre nafta petroquímica a 5,6% e
crédito de 9,25% (Lei no 11.196/05);
• Parcelamento de débitos nas condições da MP no 303/06 .
9) Outras Receitas Administradas-Demais: 2,0453
• Parcelamento de débitos nas condições da MP no 303/06 .
D) Plano de aceleração do Crescimento – PAC
• Correção da tabela do IRPF em 4,5% (MP no 340/07): já
considerada junto com o efeito preço (IRRF- Trabalho e IRPF);
• Prorrogação da depreciação acelerada com crédito na CSLL (MP
no 340/07) e prorrogação da cumulatividade do PIS e COFINS na
construção civil (Lei no 11.344/07): já na arrecadação-base 2006;
• Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas (Lei Complementar
no 123/06): IRPJ: R$ 75 milhões; CSLL: R$ 150 milhões;
COFINS: R$ 413 milhões; PIS: R$ 75 milhões; IPI: R$ 37
milhões;
• Desoneração das Edificações e Infra-Estrutura (MP no 351/07):
COFINS: R$ 158 milhões; PIS: R$ 34 milhões;
• Desoneração da compra de perfis de aço (Decreto no 6.024/07):
IPI: R$ 20 milhões;
• Aumento da Isenção a Microcomputadores (Decreto no 6.023/07):
COFINS: R$ 33 milhões; PIS: R$ 7 milhões.
E) RECEITAS EXTRAORDINÁRIAS
Considerou-se, no período de setembro a dezembro/07, R$ 3.862 milhões, a título
de receitas extraordinárias, distribuídas entre todos os tributos. Tais receitas decorrem,
basicamente, da expectativa de recuperação de débitos em atraso e retomada do fluxo
regular de pagamentos por ação sistemática da Receita Federal e Procuradoria da Fazenda
Nacional.
ANEXO II
MEMÓRIA DE CÁLCULO DAS EMPRESAS ESTATAIS FEDERAIS
1. O Decreto no 5.939, de 19 de outubro de 2006, ao aprovar o Programa de
Dispêndios Globais – PDG para 2007, estabeleceu a meta de superávit primário para as
empresas estatais federais em R$ 16,1 bilhões, correspondentes a 0,70% do Produto
Interno Bruto – PIB, compatível, portanto, com a determinação contida no art. 2o da Lei
no 11.439, de 29 de dezembro de 2006 – Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2007 –
LDO-2007.

2. Em virtude da revisão da metodologia de cálculo do Produto Interno Bruto


– PIB pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, passaram a ser adotadas
as metas de superávit primário de R$ 18,1 bilhões e R$ 53,0 bilhões, para as Empresas
Estatais Federais e Governo Central, respectivamente, desde a avaliação das receitas e
despesas, realizadas no segundo bimestre de 2007.

3. Essas novas metas de superávit primário constam do § 10o do art. 2o da


LDO-2007, incluído pela Lei no 11.477, de 2007. O resultado das Empresas Estatais
Federais, em valores nominais, está detalhado pelos principais grupamentos de empresas
no quadro a seguir:

Discriminação R$ milhões

Resultado Primário - acima de linha 18.100

- Grupo ELETROBRÁS 1.380

- Grupo PETROBRÁS 12.085

- Grupo DEMAIS (líquido) (435)

- ITAIPU (*) 5.070

Obs.: Valores positivos = superávit


(*) Valor estimado pelo DEST/MP

4. O resultado de Itaipu Binacional é estimado pelo Departamento de


Coordenação e Controle das Empresas Estatais, do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, uma vez que, embora a empresa, dada a sua natureza jurídica, não se
sujeita aos sistemas de controle brasileiros, seus dados são considerados na meta
consolidada das estatais, devido à co-responsabilidade da União na liquidação de suas
dívidas. Cabe destacar que tanto as receitas quanto a maioria dos seus dispêndios são
indexados pela moeda norte americana.

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