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João Veludo/Paulo Fernandes
Betão Armado I: Cap IV - Estado Limite Último de Torção
4.1 Introdução
A Torção surge normalmente associada a outros esforços: Momento Flector e Esforço
Transverso.
A C E I
AEI e BFJ pórticos paralelos
Viga CD - Torção de
compatibilidade
G
Viga GH - Torção de
B D F J equilibrio
Devido à fissuração das vigas AE e BF a rigidez de torção das vigas decresce muito mais
rapidamente que a rigidez de flexão da viga CD, permitindo que esta rode livremente
sobre os apoios comportando-se como uma viga simplesmente apoiada. È possível obter
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Betão Armado I: CAP IV – Estado Limite Último de Torção
em que:
T - Momento torsor
em que:
l - Comprimento entre secções
GJ - Rigidez à torção
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Betão Armado I: CAP IV – Estado Limite Último de Torção
dx
e
dT = df × z = τ × e × dx × z = τ × e × dA0
T = ∫ dT = τ × e × 2 × A0
z
T
τ= Equação Bredt-Leduc (4.3)
2 × A0 × e Figura 4. 3 - Momento Torsor - Estado I
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Betão Armado I: CAP IV – Estado Limite Último de Torção
4.2.3.1 Compressão
TSd
σc = (4.5)
2 ⋅ Aef ⋅ hef ⋅ cos θ ⋅ senθ
em que:
TSd – valor de cálculo do momento torsor
Aef - Área limitada pela linha média da parede da secção oca eficaz, fictícia, contida na
secção real.
hef –espessura da parede da secção oca eficaz, fictícia, contida na secção real.
Ast TSd
= (4.6)
s 2 ⋅ Aef ⋅ cot θ ⋅ f yd
em que:
Ast – área de cada ramo de estribo;
Aef - Área limitada pela linha média da parede da secção oca eficaz, fictícia, contida na
secção real.
em que:
Asl – Área da armadura longitudinal de torção.
uef – perímetro da linha média da parede da secção oca eficaz, fictícia, contida na secção
real.
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bm
⎧ ⎛ Asw ⎞
min
⎧ ⎛ Asw ⎞
min
T 1
Q1T = ⋅
2 bm
T 1
Q2T = ⋅
2 hm
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Betão Armado I: CAP IV – Estado Limite Último de Torção
em que:
hef – espessura da parede da secção oca eficaz, fictícia, contida na secção real;
Aef - Área limitada pela linha média da parede da secção oca eficaz, fictícia, contida na
secção real.
em que:
Tcd - Termo corrector da treliça;
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em que:
τ1 - Tensão cujo valor é definido no quadro vi (art. 53);
hef - espessura da parede da secção oca eficaz, fictícia, contida na secção real;
Aef - Área limitada pela linha média da parede da secção oca eficaz, fictícia, contida na
secção real.
Ast
Ttd = 2 ⋅ Aef ⋅ ⋅ f syd (4.12)
s
em que:
Ast - Área da secção da cinta que constitui a armadura transversal de torção;
Aef - Área limitada pela linha média da parede da secção oca eficaz, fictícia, contida na
secção real.
Asl
Tld = 2 ⋅ Aef ⋅ ⋅ f syd (4.13)
uef
em que:
Ast - Área total das secções dos varões que constitui a armadura longitudinal de torção;
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A armadura transversal deve ser constituída por cintas fechadas por meio de emendas
determinadas segundo o art. 84 do REBAP.
lb ,0 = α 2 ⋅ lb , net
⎧1
⎪ 8 ⋅ uef
⎪
Espaçamento máximo smax ≤ ⎨30cm
⎪12φ (recomendado)
⎪ l
⎩
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⎛ τV ⎞
VRd = τ 2 ⋅ ⎜⎜ ⎟⎟ ⋅ bw ⋅ d ; (4.15)
⎝τV + τT ⎠
⎛ τT ⎞
TRd = 2τ 2 ⋅ ⎜⎜ ⎟⎟ ⋅ hef ⋅ Aef (4.16)
⎝τV + τT ⎠
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Na determinação dos valores dos esforços resistentes deverá ter-se em conta a redução
resultante da combinação de esforços.
τ τ τ τ τ +τ τ −τ
τ τ
● τV + τ T ≤ τ1
⎛ τV ⎞
Vcd = τ 1 ⋅ ⎜⎜ ⎟⎟ ⋅ bw ⋅ d (4.17)
⎝τV + τT ⎠
⎛ τT ⎞
Tcd = 2τ 1 ⋅ ⎜⎜ ⎟⎟ ⋅ hef ⋅ Aef (4.18)
⎝τV + τT ⎠
Vsd Tsd
com τv = e τT =
bw ⋅ d 2 ⋅ hef ⋅ Aef
● τV + τ T ≥ τ1
Vcd = τ 1 ⋅ bw ⋅ d (4.19)
Tcd = 0 (4.20)
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4.3.2.1 Introdução
P (3) - A capacidade resistente à torção das secções pode ser calculada considerando uma
secção de parede fina, na qual o equilíbrio é satisfeito através de um fluxo de tensões
tangenciais. As secções rectangulares devem ser modeladas como secções de paredes finas.
No caso de secções em T devem ser consideradas separadamente cada um dos elementos, e
a resistência à torção calculada como o somatório da capacidade individual de cada um. A
distribuição do momento torsor pelos elementos da secção deverá ser proporcional à rigidez
à torção na secção não fendilhada. Para secções ocas, a parede da secção oca eficaz não
pode ser superior à espessura real da parede. Cada elemento da secção deve ser
dimensionado separadamente.
P (4) - A armadura de torção deve ser constituída por estribos fechados combinados com
varões longitudinais distribuídos na periferia do elemento. Nos cantos é obrigatória a
presença de varões.
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4.3.2.2 Dimensionamento
⎧ Asw
⎪⎪ 2 Ak f ywd cot θ
s
TEd ≤ ⎨ ≤ TRd ,max
⎪ 2 Ak Asl f yld 1
⎪⎩ uk cot θ
em que:
perímetro uk
linha
área A k média
perímetro u
área A TSd
Ak
Armadura
longitudinal
em que:
tef,i – espessura da parede da secção oca eficaz, fictícia, contida na secção real:
⎧tef ,i ≤ A / u
⎪
⎨ φl
⎪tef ,i ≥ 2(rec + est + )
⎩ 2
em que:
A – área total da secção transversal definida pelo contorno exterior (incluindo áreas ocas);
Ak – área delimitada pela linha média das paredes finas da secção (incluindo áreas ocas);
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4.3.2.2.2 Armaduras
a) Armaduras transversais
Asw
TEd = 2 Ak f ywd cot θ (4.22)
s
em que:
Asw - área da secção transversal dos varões utilizados como estribos;
Ak – área delimitada pela linha média das paredes finas da secção (incluindo áreas ocas);
b) Armaduras Longitudinais
Ak 1
TEd = 2 Asl f yld (4.23)
uk cot θ
em que:
Asl – área da armadura longitudinal;
Ak – área delimitada pela linha média das paredes finas da secção (incluindo áreas ocas);
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Betão Armado I: CAP IV – Estado Limite Último de Torção
⎛ TEd ⎞ ⎛ VEd ⎞
⎜⎜ ⎟⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟ ≤ 1 (4.24)
⎝ TRd ,max ⎠ ⎝ VRd ,max ⎠
em que:
TRd,max – valor máximo do momento torçor resistente (expressão 4.21);
VRd,max – valor máximo do esforço transverso resistente relativo a uma biela inclinada de um
ângulo θ, segundo a expressão (6.9) ou (6.14) em 6.2.3 (ver EC 2);
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⎛ TEd ⎞ ⎛ VEd ⎞
⎜⎜ ⎟⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟ ≤ 1 (4.25)
⎝ TRd , c ⎠ ⎝ VRd , c ⎠
com
TRd ,c = 2 Ak tef ,i f ctd (4.26)
Asw 1
ρw = ⋅ (4.27)
s bw ⋅ senα
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Deve ser colocado um varão em cada canto da peça, ou dos seus elementos, e os
restantes distribuídos pelo perímetro dos estribos com um espaçamento:
⎧350mm
smx ⎨
⎩u k / 8
<350mm
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Exemplo
0.10 Dados
psd=40 kN/m
Materiais:C25/30 e A400
0.50
d=0,45 m
6.00
0.30 Considere estribos verticais
Resolução
1. Esforços
p sd=40 kN/m
6.00
0.30
DEV (kN)
120
(+)
(-)
p sd ⋅ L2 40 ⋅ 6 2
120 M Sd ,mx = = = 180kNm
8 8
DMF (kNm)
(+)
hef = d ef / 6 = 3,33cm
def
0.40
0.50
2.2 EC2
A 1500
2c ≤ t ≤ → 2 ⋅ (3 + 0,8) ≤ t ≤ → 7,6cm ≤ t ≤ 9,38cm
t
u 160
Nota: c é o recobrimento às armaduras longitudinais.
Ak 0.40
0.50
u k = 2 ⋅ b0 + 2 ⋅ h0 = 2 ⋅ 20 + 2 ⋅ 40 = 120cm = 1,2m
Ak = b0 ⋅ h0 = 20 ⋅ 40 = 800cm 2 = 0,08m 2
0.05
0.20 A = b ⋅ h = 30 ⋅ 50 = 1500cm 2 ; u = 2b + 2h = 160cm
0.30
2. Armaduras longitudinais
f cd 16,7
As1 = w ⋅ b ⋅ d ⋅ = 0,203 ⋅ 30 ⋅ 45 ⋅ = 13,15cm 2 → 5φ 20
f syd 348
2.1.2 Verificações
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2.2.2 Verificações
⎛b h ⎞
As1 = Aslflexão + Asltorção / u1 = 13,15 + 2,59 ⋅ ⎜ 0 + 2 / 3 ⋅ 0 ⎟ = 14,15cm 2 → 5φ 20
⎜u uef ⎟
⎝ ef ⎠
⎛b h ⎞
As 2 = Asltorção / u 2 = 2,59 ⋅ ⎜ 0 + 2 / 3 ⋅ 0 ⎟ = 1,00cm 2 → 2φ12
⎜u uef ⎟
⎝ ef ⎠
⎛ h ⎞
Asl , face = Asltorção / u3 = 2,59 ⋅ ⎜ 2 / 3 ⋅ 0 ⎟ = 0,59cm 2 → 2φ10
⎜ uef ⎟
⎝ ⎠
A s2
u2
0.50
u3 A face
u1
A s1
0.30
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3. Armaduras Transversais
3.1 REBAP
3.1.1 Efeitos combinados das acções (artº 56)
No caso de secções sujeitas a torção circular associada a esforço transverso as armaduras
devem ser dimensionadas separadamente, de acordo com os artigos 55 e 53
respectivamente, e serem adicionadas. Para a determinação do termo Vcd e para a
verificação da tensão de compressão nas bielas fictícias devem ser respeitadas as regras do
artigo 56.
a) Termo Vcd
⎧ VSd 120
⎪τ V = b ⋅ d = 30 ⋅ 45 = 0,89MPa
⎪
→ 0,89 + 2,27 ≥ τ 1 = 0,65MPa
w
⎨
⎪τ T = TSd 12
= = 2,27 MPa
⎪⎩ 2 ⋅ hef ⋅ Aef 2 ⋅ 0,33 ⋅ 8,0
Tcd = 0
⎛ τV ⎞ ⎛ 0,89 ⎞
VSd ≤ VRd = τ 2 ⋅ ⎜⎜ ⎟⎟ ⋅ bw ⋅ d = 5000 ⋅ ⎜ ⎟ ⋅ 0,3 ⋅ 0,45 = 190,1kN verifica
⎝τV + τT ⎠ ⎝ 0,89 + 2,27 ⎠
⎛ τT ⎞ ⎛ 2,27 ⎞
TSd ≤ TRd = 2 ⋅ τ 2 ⋅ ⎜⎜ ⎟⎟ ⋅ hef ⋅ Aef = 2 ⋅ 5000 ⋅ ⎜ ⎟ ⋅ 0,033 ⋅ 0,08 = 19kN verifica
⎝τV + τT ⎠ ⎝ 0,89 + 2, 27 ⎠
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Asw Ttd 12
Ttd = TSd − Tcd = 12 − 0 = 12kN → = = = 2,16cm 2 / m
s 2 ⋅ Aef ⋅ f syd 2 ⋅ 0,08 ⋅ 34,8
por metro Asl / u ef = 2,59 / 1,2 = 2,16cm 2 / m se as bielas tiverem uma inclinação θ igual a
45º.
3.1.4 Verificações
⎧30cm
⎪u
⎪ ef
momento torçor (art. 95º) smáx ≤ min ⎨ = 15cm
⎪ 8
⎪⎩12 ⋅ φl = 12 ⋅ 1,2 = 14,4cm
2 2
⎡ TSd ⎤ ⎡ VSd ⎤
2 2
⎡ 12 ⎤ ⎡ 120 ⎤
⎢ ⎥ +⎢ ⎥ ≤1→ ⎢ ⎥ +⎢ ⎥ = 0,128 ≤ 1 verifica
⎣ TRd 1 ⎦ ⎣VRd 2 ⎦ ⎣ 40,9 ⎦ ⎣ 583,3 ⎦
⎛ f ck ⎞ ⎛ 25 ⎞
ν = 0,7 ⋅ ⎜ 0,7 − ⎟ = 0,7 ⋅ ⎜ 0,7 − ⎟ = 0,403 ≥ 0,35
⎝ 200 ⎠ ⎝ 200 ⎠
VRd 2 = ν ⋅ f cd ⋅ 0,9d ⋅ bw /(cot gθ + tgθ ) = 0,575 ⋅ 16,7 E 3 ⋅ 0,9 ⋅ 0,45 ⋅ 0,30 /(1 + 1) = 583,3kN
⎛ f ck ⎞ ⎛ 25 ⎞
ν = ⎜ 0,7 − ⎟ = ⎜ 0,7 − ⎟ = 0,575 ≥ 0,50
⎝ 200 ⎠ ⎝ 200 ⎠
Nota: O ângulo θ das bielas equivalentes é o mesmo para o cálculo da torção e do esforço
transverso.
3.2.1.2 Dimensionamento
3.2.1.2.1 Esforço transverso (clausula 4.3.2.4.3)
3.2.1.2.1.1 Armaduras (clausula)
[ ]
VRd 1 = Vcd = τ Rd ⋅ k ⋅ (1,2 + 40 ρ l ) + 0,15 ⋅ σ cp ⋅ bw ⋅ d
⎛ 15,71 ⎞
VRd 1 = 0,3E 3 ⋅ 1 ⋅ ⎜1,2 + 40 ⋅ ⎟ ⋅ 0,30 ⋅ 0,45 = 67,5kN ≤ VSd
⎝ 30 ⋅ 45 ⎠
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⎛ Asw ⎞
⎜ ⎟ = ρ w ⋅ bw ⋅ senα = 0,13 ⋅ 30 = 3,9cm / m
2
⎝ s ⎠ min
Asw TRd 2 12
= = = 2,16cm 2 / m
s 2 ⋅ Ak ⋅ f ywd ⋅ cot θ 2 ⋅ 0,08 ⋅ 34,8 ⋅ 1
⎛ Asw ⎞
⎜ ⎟ = ρ w ⋅ bw ⋅ senα = 0,13 ⋅ 30 = 3,9cm / m
2
⎝ s ⎠ min
No caso deste exemplo foi adoptada, para a verificação da segurança pelo EC2, uma
inclinação das bielas a 45º. Podias-se ter considerado um valor de θ no intervalo
0,4 ≤ cot θ ≤ 2,5 . Foi também adoptado o menor valor de t possível t = 7,6cm , mas o EC2
permite a utilização de um valor no intervalo A / u ≤ t ≤ 2c .
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Betão Armado I: CAP IV – Estado Limite Último de Torção
Exemplo
0.10 Dados
psd=40 kN/m
Materiais:C25/30 e A400
0.50
d=0,45 m
6.00
0.30 Considere estribos verticais
Resolução
1. Esforços
p sd=40 kN/m
6.00
0.30
DEV (kN)
120
(+)
(-)
p sd ⋅ L2 40 ⋅ 6 2
120 M Sd ,mx = = = 180kNm
8 8
DMF (kNm)
(+)
hef = d ef / 6 = 3,33cm
def
0.40
0.50
2.2 EC2
A = b ⋅ h = 30 ⋅ 50 = 1500cm 2 ; u = 2b + 2h = 160cm
0.05
0.20
0.30
A 1500
2c ≤ t ef ≤ → 2 ⋅ (3 + 0,8 + 1) ≤ t ef ≤ → 9,6cm ≤ t ef ≤ 9,375cm
u 160
2. Armaduras longitudinais
f cd 16,7
As1 = w ⋅ b ⋅ d ⋅ = 0,203 ⋅ 30 ⋅ 45 ⋅ = 13,15cm 2 → 5φ 20
f syd 348
2.1.2 Verificações
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2.2.2 Verificações
⎛b h ⎞
As1 = Aslflexão + Asltorção / u1 = 13,15 + 2,59 ⋅ ⎜ 0 + 2 / 3 ⋅ 0 ⎟ = 14,15cm 2 → 5φ 20
⎜u uef ⎟
⎝ ef ⎠
⎛b h ⎞
As 2 = Asltorção / u 2 = 2,59 ⋅ ⎜ 0 + 2 / 3 ⋅ 0 ⎟ = 1,00cm 2 → 2φ12
⎜u uef ⎟
⎝ ef ⎠
⎛ h ⎞
Asl , face = Asltorção / u3 = 2,59 ⋅ ⎜ 2 / 3 ⋅ 0 ⎟ = 0,59cm 2 → 2φ10
⎜ uef ⎟
⎝ ⎠
A s2
u2
0.50
u3 A face
u1
A s1
0.30
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Betão Armado I: CAP IV – Estado Limite Último de Torção
3. Armaduras Transversais
3.1 REBAP
3.1.1 Efeitos combinados das acções (artº 56)
No caso de secções sujeitas a torção circular associada a esforço transverso as armaduras
devem ser dimensionadas separadamente, de acordo com os artigos 55 e 53
respectivamente, e serem adicionadas. Para a determinação do termo Vcd e para a
verificação da tensão de compressão nas bielas fictícias devem ser respeitadas as regras do
artigo 56.
a) Termo Vcd
⎧ VSd 120
⎪τ V = b ⋅ d = 30 ⋅ 45 = 0,89MPa
⎪
→ 0,89 + 2,27 ≥ τ 1 = 0,65MPa
w
⎨
⎪τ T = TSd 12
= = 2,27 MPa
⎪⎩ 2 ⋅ hef ⋅ Aef 2 ⋅ 0,33 ⋅ 8,0
Tcd = 0
⎛ τV ⎞ ⎛ 0,89 ⎞
VSd ≤ VRd = τ 2 ⋅ ⎜⎜ ⎟⎟ ⋅ bw ⋅ d = 5000 ⋅ ⎜ ⎟ ⋅ 0,3 ⋅ 0,45 = 190,1kN verifica
⎝ τV + τT ⎠ ⎝ 0,89 + 2,27 ⎠
⎛ τT ⎞ ⎛ 2,27 ⎞
TSd ≤ TRd = 2 ⋅ τ 2 ⋅ ⎜⎜ ⎟⎟ ⋅ hef ⋅ Aef = 2 ⋅ 5000 ⋅ ⎜ ⎟ ⋅ 0,033 ⋅ 0,08 = 19kN verifica
⎝τV + τT ⎠ ⎝ 0,89 + 2, 27 ⎠
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Asw Ttd 12
Ttd = TSd − Tcd = 12 − 0 = 12kN → = = = 2,16cm 2 / m
s 2 ⋅ Aef ⋅ f syd 2 ⋅ 0,08 ⋅ 34,8
por metro Asl / u ef = 2,59 / 1,2 = 2,16cm 2 / m se as bielas tiverem uma inclinação θ igual a
45º.
3.1.4 Verificações
⎧30cm
⎪u
⎪ ef
momento torçor (art. 95º) smáx ≤ min ⎨ = 15cm
⎪ 8
⎪⎩12 ⋅ φl = 12 ⋅ 1,2 = 14,4cm
⎡ TEd ⎤ ⎡ VEd ⎤
⎢ ⎥+⎢ ⎥ ≤1
⎢⎣ TRd ,máx ⎥⎦ ⎢⎣VRd ,máx ⎥⎦
⎡ 12 ⎤ ⎡ 120 ⎤
⎢ 72,1⎥ + ⎢ 547,8 ⎥ = 0,385 ≤ 1 verifica
⎣ ⎦ ⎣ ⎦
⎛ f ck ⎞ ⎛ 25 ⎞
ν = 0,6 ⋅ ⎜1 − ⎟ = 0,6 ⋅ ⎜1 − ⎟ = 0,54
⎝ 250 ⎠ ⎝ 250 ⎠
Nota: O ângulo θ das bielas equivalentes é o mesmo para o cálculo da torção e do esforço
transverso.
3.2.1.2 Dimensionamento
3.2.1.2.1 Esforço transverso (clausula 6.2.3)
3.2.1.2.1.1 Armaduras
[
VRd ,c = C rd ,c ⋅ k ⋅ (100 ⋅ ρ l ⋅ f ck )
1/ 3
]
+ k1 ⋅ σ cp ⋅ bw ⋅ d
200 200
k =1+ ≤ 2,0 → 1 + = 1,667 ≤ 2,0
d 450
Asl 15,71
ρl = ≤ 0,02 → = 0,0116 ≤ 0,02
bw ⋅ d 30 ⋅ 45
k1 = 0,15
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σ cp = 0
0.18 0.18
Crd ,c = = = 0,12
γc 1,5
⎡ ⎤
então, VRd ,c = ⎢0,12 ⋅ 1,667 ⋅ (100 ⋅ 0,0116 ⋅ 25)3 + 0,15 ⋅ 0⎥ ⋅ 0,3 ⋅ 0,45 = 82,97kN
1
⎣ ⎦
Vrd ,c ≥ (Vmin + k1 ⋅ σ cp ) ⋅ bw ⋅ d
VRd = VRd ,s
VRd ,máx = 1,0 ⋅ 0,54 ⋅ 16.67 E 3 ⋅ 0,9 ⋅ 0,45 ⋅ 0,3 /(cot g 45 + tg 45) = 546,86kN
⎛A ⎞ A Vsd 120
VRd ,s = ⎜ sw ⎟ ⋅ z ⋅ f ywd ⋅ cot g 45 → sw = = = 8,52cm 2 / m
⎝ s ⎠ s 0,9 ⋅ d ⋅ f syd 0,9 ⋅ 0,45 ⋅ 34,8
⎛ Asw ⎞
⎜ ⎟ = ρ w ⋅ bw ⋅ senα = 0,001 ⋅ 0,30 = 3,0cm / m
2
⎝ s ⎠ min
f ck 25
ρ w,min = 0,08 ⋅ = 0,08 ⋅ = 0,001
f yk 400
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VEd = τ t ⋅ t ef ⋅ z
VEd T
= Ed
z 2 ⋅ Ak
⎛ Asw ⎞
⎜ ⎟ = ρ w ⋅ bw ⋅ senα = 0,001 ⋅ 0,30 = 3,0cm / m
2
⎝ s ⎠ min
f ck 25
ρ w,min = 0,08 ⋅ = 0,08 ⋅ = 0,001
f yk 400
No caso deste exemplo foi adoptada, para a verificação da segurança pelo EC2, uma
inclinação das bielas a 45º. Podias-se ter considerado um valor de θ no intervalo
1,0 ≤ cot θ ≤ 2,5 .
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