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CIRCUITO CARIOCA DE CONOMIA SOLIDÁRIA

REGIMENTO INTERNO

CAPITULO I - Da Natureza

Artigo 1° - O FES-RJ- Fórum de Economia Solidária do Município do Rio de Janeiro


organiza e administra os eventos do Circuito Carioca de Feiras de Economia Solidária
em parceria com a Secretaria Especial de Desenvolvimento Económico Solidária -
SEDES e terá como base o Decreto 34.388 de 8 de setembro de 2011 e a Lei de
Economia Solidária 5.435 de 11 de junho de 2012, instituídos pelo Prefeito Eduardo
Paes.

Artigo 2° - O Circuito Carioca de Feiras de Economia Solidária é coordenado pelas


Redes constituídas de economia solidária que atuam no município do Rio de Janeiro, que
foram consideradas aptas para realçar o evento.

Artigo 3° - A escolha da Rede que vai coordenar o evento do Circuito Carioca de Feiras
de Economia Solidária se dará na sessão Plenária do FES-RJ, depois da solicitação
formal de interesse apresentada pela Rede postulante.

Artigo 4° - Todas os eventos do Circuito Carioca de Feiras de Economia Solidária


serão monitorados pelo Conselho Gestor composto por integrantes das Redes de
Economia Solidária que compõem o FES-RJ e da SEDES, com avaliação mensal que inclui
a postura das Redes e de todos os empreendimentos de economia solidária que participam
da comercialização,

Parágrafo Único: Os postulantes ao Conselho Gestor serão Indicados pelas Coordenações


das Redes e referendados na plenária do FES-RJ, por votação para cada um dos GTs.

Artigo 5° - O Circuito Carioca de Feiras de Economia Solidária tem um caráter local,


estadual, nacional e internacional.

CAPÍTULO II - Do Processo de Comercialização

Artigo 6° -. As atividades de produção, transformação, distribuição, comercialização


e/ou consumo pautam-se pelos seguintes princípios:

1. O Empreendimento de Economia Soldaria só pode comercializar o que produz,


respeitando o fortalecimento da democracia, auto-gestão, respeito a liberdade de
opinião, de organizações de identidade cultural no desenvolvimento de suas atividades
relacionadas a produção e a comercialização,

2. O Empreendimento de Economia Solidária não pode revender produtos de Terceiros


nem contratar mão de obra, tendo em vista a garantia de condições justas de
produção, trabalho, renumeração, agregado de valor de comercialização, bem corno
o equilíbrio e respeito nas relações entre os diversos atores e atrizes, visando a
sustentabilidade económico, sócio ambiental e a qualidade do produto em toda a cadeia
produtiva.

3. O Empreendimento de Economia Solidária tem como propósito apoiar o desenvolvimento


local em direção à sustentabilidade, estando comprometido com o bem estar social,
económico e cultural da comunidade, promovendo a inclusão social a partir de ações
geradoras de trabalho e renda, manutenção e recuperação da biodiversidade.

4. O Empreendimento de Economia Solidária deverá ter práticas que respeitem o meio


ambiente, primando pelo exercício de suas atividades de forma responsáveis e
sustentável do ponto de vista sócio ambiental

5. O Empreendimento de Economia Solidária deverá respeitar a diversidade, garantir a


igualdade e não discriminação, promovendo a igualdade entre todas as pessoas,
empreendimentos e entidades e a não discriminação em geral, particularmente em
relação a sexo, raça, religião, geração, posição política, procedência social,
naturalidade, orientação sexual, estado civil ou a ser portador de necessidades
especiais.

6. O Empreendimento de Economia Soldaria deverá garantir a informação ao consumidor,


primando pela transparência nas relações de produção, comercialização e consumo,
bem como pelo respeito aos direitos dos consumidores e pela educação para o consumo
solidário.

7. O Empreendimento de Economia Solidária deverá estimular a integração de todos os


elos da cadeia produtiva, garantindo uma maior aproximação entre todas as pessoas e
entidades a ele ligadas.

8. O empreendimento de Economia Solidária só poderá comercializar produtos dentro da


cadeia produtiva da Economia Solidária. A saber: confecção, artesanato, trabalhos
manuais, entre eles customização, reaproveitamento de retalhos, reciclagem e arte
popular. A cadeia de alimentação poderá participar desde que os produtos tenham
autorização da Vigilância Sanitária

CAPÍTULO III - Da Organização

Artigo 7 - O Circuito carioca de Feiras de Economia Soldaria terá um Comité


Gestor que ficará responsável pelas atividades dos eventos, cabendo a seus membros o
acompanhamento desde a implantação até a avaliação final. E terá a seguinte
composição: -

1. GT de Organização

2. GT de infraestrutura.

3. GT de Educação Cultura.

4. GT de Comunicação.

-
5.GT de Segurança.

6. GT de Alimentação.

7. GT de Melo-Ambiente.

8. GT de Capitação de Recursos.

Artigo 8 - Atribuições do GT DE ORGANIZAÇÂO: responsável para Inscrição,


cobrança do pagamento, mobilização rotinas administrativas do evento. O GT de
Organização de responsabilidade da Rede que organiza o evento e ficará responsável
pelo mapeamento dos empreendimentos participantes, observando a organização dos
mesmos em cadeia produtiva, garantindo que todos os expositores estão dentro dos
princípios do comércio justo e solidário. E assim, garantir a representatividade de
diferentes segmentos produtivos e/ou atividades económicas na feira.

Artigo 9 - Atribuições do GT DE INFRA-ESTRUTURA: essa equipe é de


fundamental importância para que sejam minimizados alguns transtornos durante a feira.
Fica sob a responsabilidade dessa comissão a implantação dos espaços para assegurar o
funcionamento e propiciar o diferencial das realizacç5es das feiras de Economia
solidária, respeitando seu s princípios básicos. Compete ao GT de Infra- Estrutura
de feiras de economia solidária:

1. Espaço para realização da feira: acompanhar o processo de definição e escolha


junto a SEDES.

2. serviço de Iluminação energia: acompanhar o processo junto a SEDES e Rio Luz.

3. serviço Sanitário: solicitação cargo da SEDES.

4. Barracas, estandes, tendas, auditórios e etc: atribuição a ser realizada em conjunto


com o GT de Organização,

5. Espaço Institucional: local para atividades durante o evento (divulgação, oficinas e


apelo) - GT de Organizações GT de Educação Cultura.

6. Espaço para realização atividades culturais: palco, iluminação e som, com ênfase nos
artistas locais - GT de Organização GT de Educação Cultura.

7, Espaço para comunicação: rádios comunitárias, TV comunitárias e etc. para


divulgação das atividades durante o evento - GT de Coordenação e o GT de Educação
Cultura.

8. Espaço para armazenamento dos produtos dos EES: contratação de local ou


empréstimo solidário - GT de Organização.

9. Segurança: será contratado um grupo para segurança patrimonial que poderá ser
recrutado entre os EES. A segurança será feita durante o dia e durante a noite,
quando necessário.

10. Hospedagem transporte: GT de Organização.


11. Alimentação: articulação com empreendimentos que trabalham com

Alimentação - GT de Alimentação.

12. Kit Material: Avental, identificação da barraca bandeira da feira.

Artigo 10° - Atribuições do GT DE EDUCAÇÂO E CULTURA: organizar as


apresentações dos grupos culturais que sejam ligados a economia solidária para animar
o evento,

Realização de oficinas, palestras, seminários e encontros para divulgação da economia


solidária. Oficinas e palestras podem ter como tema:

a) Economia solidária.

b) Comercio Ético, justo e solidário.

c) Moeda social e trocas solidárias.

d) Desenvolvimento sustentável e solidário.

e) Microcrédito - finanças solidárias.

f) Rodadas de negócios.

g) Empreendedorismo coletivo - associativismo e cooperativismo.

h) Entendendo de Custos, Despesas e preços dos produtos.

Artigo 11° - Atribuições do GT DE COMUNICAÇÂO: pensar a identidade visual e


Produção de material informativo de divulgação para o evento. Articular a produção de
folders, filipetas, faixas, cartazes, banners, notas em jornais, rádios e TV.

Artigo 12° - Atribuições do GT DE SEGURANÇA: contratar e operacionalizar


pessoas que vão garantir a apoio patrimonial do evento. O responsável pela equipe de
apelo vai interagir com a PM e a Guarda Municipal do local do evento. Essa equipe vai
apolar os Empreendimentos de Economia Solidária durante o dia e, a noite, farão a
guarda do material/mercadorias e barracas.

Artigo 13º - Atribuições do GT DE ALIMENTACAO: fazer contata com


empreendimentos de economia solidaria que trabalhem com alimentação para lanche e
almoço.

Artigo 14º - Atribuições do GT DE MEIO AMBIENTE: zelar pela limpeza, higiene e


bem-estar no ambiente do evento. Observar se os EES estão mantendo limpo o local e
se recolhem o lixo que produzem em embalagem próprias.

Artigo 15º - Atribuições do GT DE CAPTAÇÂO DE RECURSOS: responsável pela


articulação de parceria se Apolo institucional para o evento.

CAPÍTULO IV - Do Controle
Artigo 16° - O Comité Gestor vai avaliar todos os eventos e a qualidade dos produtos
e acompanhar o comportamento dos integrantes das Redes de Economia Solidária do Rio
de Janeiro e dos convidados do FCP. Cada GT deverá apresentar um relatório de
monitoramento das atividades. Cada GT será responsável pela qualidade do seu próprio
trabalho desempenhado nos eventos.

Artigo 17° - Os Empreendimentos de Economia Solidária que não cumprirem


qualquer um dos artigos deste Regimento Interno serão avaliados pelo Comitê Gestor,
podendo receber penalidade que vai da notificação por escrito até o afastamento
temporário dos eventos e a reinserção ficará condicionada à formação educacional de
acordo com as infrações cometidas. Em caso de reincidência a Rede será
responsabilizada pelos atos de infrações cometidos pelo Empreendimento de Economia
Solidária.

Artigo 18° - O Comitê Gestor poderá, a qualquer tempo, sem aviso prédio, visitar a
oficina de trabalho do Empreendimento de Economia Solidária que participa do Circuito
Carioca de Feiras de Economia Solidária como forma de mapeamento e certificação,

Artigo 19° - Os Empreendimentos de Economia Solidária só podem participar do


Circuito Carioca de Feiras de Economia Solidária desde que estejam com toda a
documentação em dia e de acorde com o Regimento Interno do FES-RJ.

Parágrafo Primeiro: O Empreendimento de Economia Solidária tem direito de participar


do Circuito Carioca de Feiras de Economia Solidária quando estiver nas suas Rede há
pelos menos três meses, devidamente regularizado na Rede e no FES-RJ.

Paragrafo segundo: Se um Empreendimento de Economia Solidária sair de uma Rede e


entrar em outra, só poderá participar do Circuito Carioca de Feiras de Economia
Solidária quando completar três meses na nova Rede ¡ onde estiver, devidamente
regularizado na Rede e no FES-RJ.

Paragrafo Terceiro: Os Empreendimentos de Economia Solidaria que não fazem parte


das Redes constituídas do FES-RJ podem participar do Circuito Carioca de Feiras de
Economia Solidária, desde que estejam participando das plenárias do FESRJ,
regularmente, com assinaturas e frequência, com fichas de inscrições entregues a
Secretaria Executiva do FES-RJ e participem de pelos menos. Dois GTs e se façam
representar no Conselho Gestor. Os EES que não estão constituídos em Redes terão
uma barraca para expor seus produtos.

Artigo 20 - As Redes compete a avaliação do trabalho, da frequência as reuniões e


indicação para as feiras do Circuito -Carioca de Feiras de Economia Solidaria.

Artigo 21 - Este regimento será aprovado em plenária do FES-RJ.

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