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Universidade Estadual de Feira de Santana-UEFS.

Departamento de Física
Determinação do coeficiente de resistividade em metais
Lucas dos Santos Machado
Física Experimental III

Resumo. O presente relatório tem como principal intuito determinar o coeficiente de resistividade
em metais.

Palavras chave: resistividade, corrente elétrica, coeficiente de resistividade..

Introdução Procedimento Experimental


Corrente elétrica é definida pelo fluxo de carga Para a montagem do procedimento foi posto em
em um dado sistema, que é a razão entre a quantidade uma mesa plana uma régua graduada conectada com
de carga (dQ) em relação a um intervalo de tempo um fio. Em seguida, configuramos o multímetro na
(dt) que se leva para percorrer uma secção função ohmímetro, conectando seus fios de
transversal. extremidades. Fixamos um das extremidades em um
𝑑𝑞 ponto fixo, configurando um sistema em que esse
i= (1)
𝑑𝑡
ponto inicial da régua graduada seja tomada como
posição inicial para ser tomada como referencial.
Para determinar a quantidade de corrente (i) que
Utilizamos a outra extremidade do multímetro para
passa por uma dada área (A), chamamos de
que possamos, em cada medida de distância,
densidade de corrente (J), sendo:
observando e tomando para nota os dados da
𝑖 resistência elétrica do fio metálico. Foram tomadas
𝐽= (2) três séries de dez medidas. Por final, utiliza-se o
𝐴
paquímetro para medir o diâmetro do fio.
Correlacionando o conceito de corrente elétrica,
podemos obter, também, a intensidade elétrica Resultados e Discussão
através da lei de Ohm. A lei relata que a corrente (i)
é diretamente proporcional à diferença de potencial Mediante os dados obtidos através do
(V) e inversamente proporcional a resistência (R). A experimento, a Tabela 1 mostra que para cada
resistência é a propriedade de um corpo suportar a comprimento (L) obtemos, assim, três medidas de
passagem de uma corrente. Obtemos, assim: resistências (R), no qual, tiramos a média (Rm) em
𝛥𝑉 cada ponto. Obtemos:
𝑖= (3)
𝑅

Considerando uma secção de um fio com área (A) Número L(m) R1(Ω) R2(Ω) R3(Ω) Rm(Ω)
onde há uma passagem de corrente, teremos, além da de
corrente, o comprimento (L), diferença de potencial, medidas
densidade da corrente (J) e o campo (E). Assumindo
essas condições, outra forma de interpretar a lei de 1 0,1 1,4 1,4 1,5 1,4
ohm é: 2 0,2 2,2 2,3 2,1 2,2
3 0,3 3,7 3,1 3,6 3,5
𝐸 = 𝜌𝐽 (4)
𝜌 (rô) é o coeficiente de resistividade elétrica do 4 0,4 4,6 4,4 4,2 4,4
material. Obtemos, relacionando a equação 4, a 5 0,5 5,2 5,3 5,2 5,2
expressão que correlaciona com a resistência 6 0,6 6,4 6,1 6,2 6,2
elétrica: 7 0,7 7,2 7,2 7,3
𝜌𝐿 7,3
𝑅= (5) 8 0,8 8,2 8,1 8,2
𝐴 8,2
9 0,9 8,9 9,2 9,2 9,1
10 1,0 9,8 10,4 10,4 10,2
Materiais Utilizados
 Fio metálico; Tabela 1- Dados experimentais
 Multímetro;
 Régua em milímetros;
 Paquímetro.
Com os dados das médias das resistências (Rm),
é desenvolvido um gráfico R vs L, que nos mostra o
coeficiente de resistividade (𝜌).

Figura 1 - Gráfico de resistência por comprimento.


Pelo gráfico (fig.1), a inclinação da reta
representa a razão da resistência pelo comprimento
L, expressada pela equação 5. O valor da inclinação
da reta obtida é 9,739. O diâmetro do fio metálico é
0,4 mm, então, sua área é 1,26*10-7, o produto do
coeficiente de inclinação da reta pela área(A) do fio,
é igual a constante de resistividade elétrica (p) que é
1,23*10-6 Ω.m. O valor encontrado deve ser
considerado com o erro do instrumento, que o
resultado da propagação de erro foi de ±3,24*10 -6
Ω.m.
O valor do coeficiente de resistividade elétrica do
fio metálico é 1,23*10-6 ±3,24*10-6 Ω.m. O valor do
erro pode ser causado pelos instrumentos utilizados,
pois, considerando que o multímetro estava oxidado,
dificultando a fixação dos dados.

Conclusão
Considerando apenas o coeficiente de
resistividade elétrica obtido (1,23*10-6 Ω.m), e
comparando com outros coeficiente conhecidos de
outros materiais, o que mais se assemelha é a liga de
nicromo, com coeficiente de 1*10-6 Ω.m. No
entanto, ao considerar o erro, torna-se inconclusivo
a comparação, mediante algum processo errado.

Referências

 HALLIDAY, David; RESNICK, Robert;


WALKER, Jearl.FundamentosdeFísica.
7ª.ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos, 2007. Vol.3.

 NUSSENZVEIG, Herch Moysés, Curso


de física básica 3, 2.ed. 2015, Editora
Edgard Blücher Ltda;

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