You are on page 1of 4

AO JUÍZO DA 1ª VARA CÍVEL DE FORTALEZA/CE

Autos nº XXXXXXXXXX

JÚNIA SANTOS​, já qualificada no processo em epígrafe, nos autos da ação que


move em face de Ápice Engenharia Ltda.​, CNPJ nº xxxxxxxxxxxxxx, com sede na
Rua …, nº …, Bairro …, em Fortaleza/CE, endereço eletrônico …, vem, por seu
advogado, à presença de Vossa Excelência, inconformada com a ​SENTENÇA de fls.
xxx, ​que julgou improcedente os pedidos por ela apresentados e procedente a
reconvenção formulada pela apelada, vem, respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, interpor o presente

RECURSO DE APELAÇÃO,

Tempestivamente, nos termos do art. 1.009 do Código de Processo Civil, cujas


razões e guias comprobatórias do recolhimento das custas processuais se
encontram em anexo.

Requer-se o recebimento do presente recurso de apelação, com as razões em


anexo, ​COM EFEITO SUSPENSIVO​, na forma do art. 1.012 do CPC, intimando-se
a parte apelada para oferecer contrarrazões, no prazo de 15 dias, na forma do art.
1.010, §1º, II, do Código de Processo Civil e, ato contínuo, sejam os autos, com as
razões anexas, remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Ceará para
os fins de mister.

Termos em que,

Pede o deferimento.

Cidade, data e ano.


XXXXXXXXXXX
OAB/UF
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ

Processo nº xxxxxxxxxxxxxx
Apelante: Júnia Santos
Apelado: Ápice Engenharia Ltda.

RAZÕES DA APELAÇÃO:

Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara,
Eméritos Desembargadores,

I - DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE

A apelante é parte legítima, com interesse sucumbencial, devidamente


representado, conforme se verifica, portanto, preenchido os pressupostos objetivos e
subjetivos de admissibilidade.

II - DA TEMPESTIVIDADE

Verifica-se que houve intimação da decisão em 01/11/2018, sendo então, tempestiva


a apresentação da apelação em tela, nos moldes a seguir declinados.

III - BREVE RELATO DOS FATOS

A apelante adquiriu o apartamento 201 e uma vaga de garagem no Edifício Belo Lar,
situado na capital cearense. A vendedora foi a apelada. O apartamento foi entregue
à apelante em 10 de julho de 2014. Ao receber o apartamento, esta notou que o
acabamento estava diferente do que constou no panfleto de propaganda divulgado
pela apelada à época em que adquiriu o imóvel. Além disto, a vaga de garagem ao
lado da adquirida pela apelante foi vendida pela apelada a uma pessoa que não
tinha nenhuma outra unidade no prédio, embora a Convenção de Condomínio
entregue à apelante não contenha nenhuma previsão expressa autorizando a prática
deste ato. Por este motivo, a apelante ajuizou a presente ação.

Na contestação, a Ápice Engenharia Ltda. alegou que o panfleto publicitário continha


a previsão expressa de que a divulgação era meramente ilustrativa e que o
acabamento foi definido no contrato de compra e venda. No que diz respeito à venda
da vaga de garagem, a construtora esclareceu que a Convenção de Condomínio foi
alterada, permitindo este tipo de transação com não condôminos, requerendo a
intervenção do síndico Ademar Silveira, que acompanhou a alteração da Convenção
e também alienou uma vaga a terceiro. Na oportunidade, apresentou ainda o pedido
de reconvenção para pagamento dos aluguéis da loja que estavam atrasados há 4
anos, e de suspeição do juiz, alegando que sua companheira era devedora de Júnia.

Em decisão terminativa, o juiz negou o pedido de intervenção de terceiro formulado


pela Ápice Engenharia Ltda., tendo esta interposto agravo de instrumento que foi
acolhido.

Em um segundo momento, o juiz, após esclarecer que não era mais companheiro da
devedora de Júnia e, portanto, não seria suspeito, proferiu a sentença indeferindo
todos os pedidos formulados pela autora e determinando que esta promovesse o
pagamento de todas as parcelas de aluguel em atraso devidas à Ápice Engenharia
Ltda.

IV - DAS RAZÕES RECURSAIS

a) Do Cabimento da Apelação
Conforme exposto nos arts. 1.009 à 1.014 do Código de Processo Civil, cabe
apelação em face de sentença, seja ela definitiva (Art. 487, CPC) ou terminativa (art.
485, CPC). Logo, tendo em consideração o caso apresentado, vê-se que é
completamente cabível a apelação.

b) Da Prescrição do Aluguel
Acerca do pagamento do aluguel em atraso, percebe-se que houve uma prescrição
parcial no que concerne ao primeiro ano de atraso, conforme art. 206, §3º, I do
Código Civil.

c) Do Quórum para Alteração da Convenção de Condomínio


No que concerne a alteração da convenção de condomínio, e com fulcro no art.
1.351 do Código Civil, nota-se que é necessário um quórum de ⅔ para alterar a
Convenção de Condomínio, quórum esse que não foi respeitado no caso em tela.
V - DO PEDIDO

A) Que seja conhecido o recurso para lhe dar provimento, reformando a


sentença de primeira instância;

B) Que seja reconhecida a prescrição do primeiro ano de aluguel em atraso;

C) Que seja reconhecida a irregularidade da convenção de condomínio, sem


observância do quórum legal.

Termos em que,
Pede deferimento.

Cidade, dia, mês e ano.

Advogado
OAB/UF

You might also like