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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

TRABALHO DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA I

IGOR JÚNIO DOS SANTOS


LUCIANO MATHEUS DE OLIVEIRA

ORIENTADOR(A): ​JOSÉ EUSTÁQUIO ​DO CAMPUS


FLORESTA BH

Belo Horizonte
2019 1
 

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

TRABALHO DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA I

IGOR JÚNIO DOS SANTOS


LUCIANO MATHEUS DE OLIVEIRA

ORIENTADOR(A): ​JOSÉ EUSTÁQUIO ​DO CAMPUS


FLORESTA BH

Trabalho de Transmissão de Energia I do


período acadêmico 2019-1 do curso de
Engenharia Elétrica da ​Universidade
Estácio de Sá, campus Floresta BH sob a
orientação do professor ​Prof(a), ​José
Eustáquio no Campus Floresta​ ​BH​.

Belo Horizonte
2019
Resumo

A distribuição de energia elétrica feita através de linhas de transmissão


aéreas (que utilizam torres ou postes como suporte para os cabos), em maior
proporção, ou subterrâneas, em situações especiais. Para interligar as usinas
geradoras até os mais distantes centros de distribuição, para que a energia
chegue até o consumidor final, as linhas aéreas precisam atravessar diferentes
regiões passando tanto por áreas rurais quanto urbanas sem que haja uma
distinção estética no projeto da torre que varie de acordo com o tipo de
ambiente,. Com o desenvolvimento tecnológico e as mudanças dos padrões
sociais e econômicos, existe a necessidade da transformação e evolução não só
do sistema, mas também dos elementos que o compõem, sempre em busca de
soluções mais adequadas às necessidades da sociedade moderna que visam não
somente a otimização elétrica do projeto, mas de forma conjunta a adaptação da
estrutura da torre destinada ao ambiente urbano. Este projeto envolve diferentes
áreas do conhecimento, e inúmeros estudos foram feitos para elaborar um
projeto de grande porte como o que envolve uma linha de transmissão. Porém,
como se trata de um trabalho acadêmico, o mesmo se baseia em um ponto de
vista didático, onde os parâmetros podem ser estimados ou aproximados, de
forma a se obter um resultado satisfatório para o desenvolvimento do trabalho.
SUMÁRIO

Resumo
i

1. Introduçã​o
01
2. Desenvolvimento
02
2.1 Criação da ONS
02
2.2 Sistema Interligado Nacional
02
3. Características do SIN
03
3.1 Hidroeletricidade
03 3.2 Dimensão do Sistema
04

4. Conclusão
06
5. Referências Bibliográficas
07
1​. I​ NTRODUÇÃO

Uma das primeiras linhas de transmissão de energia de que se tem


registro no Brasil, tinha 2 km de extensão e foi construída por volta de 1883, na
cidade histórica de Diamantina (Minas Gerais). A linha de transmissão (LT) de
energia elétrica é um componente fundamental da infraestrutura e um elemento
de vital importância para o cenário energético de um país, pois possibilita o
transporte de energia das fontes geradoras até os centros de consumo. Tal
característica é importante em um país como o Brasil, onde a matriz energética
é dominada pela energia hidrelétrica.
Essa é uma área que demanda multidisciplinaridade em todos os
estágios, desde os estudos iniciais para conceber a LT até sua fase de operação.
Exatamente por envolver diferentes áreas do conhecimento, e por se tratar de
um bem fundamental tanto para atender as necessidades básicas da população,
quanto para impulsionar o progresso do país, as LT’s tornam-se atrativas para o
desenvolvimento de pesquisas que buscam melhorias dos sistemas existentes e
para os que ainda serão implantados.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 A energia elétrica do Brasil

As LT’s compõem um sistema elétrico que engloba três fases: produção,


transmissão e distribuição da energia aos consumidores finais (Figura 2.1).
Após a produção da energia nas usinas geradoras, o transporte e a interligação
entre as centrais de distribuição, são realizados através das linhas de
transmissão, que podem operar em diferentes classes de tensões, sendo 69 kV,
138 kV, 230 kV, 345 kV, 440 kV, 500 kV e 765 kV as tensões típicas aplicadas
no Brasil.

A instalação de centrais de geração de energia elétrica a partir do


potencial hidráulico, geralmente próximas das quedas de água e longe dos
centros de consumo, implicou na necessidade imediata de expansão das linhas
de transmissão. Outros fatores complementares que devem ser considerados são
a extensão territorial do Brasil e a crescente demanda de energia elétrica. A
associação de todos esses fatores configura a grande necessidade de
empreendimentos de transmissão cada vez mais grandiosos, seja para expansão
ou para a criação de uma nova LT. N
A figura 1.1, mostra as LT’s do nosso país.
​ apa do sistema de transmissão - Horizonte 2017. (Fonte: ONS)
Figura 1.1​: M

Esse transporte de energia pode ser realizado de dois modos: aéreo ou


subterrâneo. As linhas aéreas apresentam em geral, condutores nus, suportados
por estruturas, das quais são isolados através de isoladores. As linhas
subterrâneas, em geral apresentam cabos isolados, instalados em redes de dutos.
O transporte áereo é o modo mais empregado, pois geralmente é a solução que
apresenta custos de implantação, manutenção e de reparação mais baixos,
fazendo com que o transporte subterrâneo praticamente só seja feito nos centros
urbanos que sofrem com a falta de espaço.

2.1.2 Elementos da linha de transmissão

As linhas de transmissão de energia elétrica são compostas


fundamentalmente de duas partes distintas que podem ser classificadas em
ativa e passiva. Os cabos-fase, que são agentes do transporte de energia,
representam a parte ativa da linha; já isoladores, ferragens e a estrutura
constituem a parte passiva. Para melhor entendimento, todos esses
elementos são descritos a seguir.

2.1.3 Torres

As estruturas de suporte das linhas de transmissão têm como finalidade


sustentar os cabos condutores e pára-raios, respeitando uma distância
adequada de segurança, desempenho e custo. Tais estruturas são, em geral,
construídas em treliças com perfis de aço galvanizado ou em postes de aço,
concreto ou madeira. No Brasil, é comum o uso de postes de madeira para
tensões de 33 kV e 69 kV e postes de concreto para o intervalo de 69 a 230
kV (Santiago, 1983). Para tensões superiores a 138 kV, as estruturas mais
usuais são as do tipo treliçado. Todavia, observa-se, na região norte do país,
o uso de postes de concreto para tensões entre 138 kV e 230 kV. No Brasil,
as torres metálicas treliçadas são mais usuais, pois permitem, em um espaço
limitado, obter uma estrutura alta, esbelta, mais leve e versátil. Além disso,
as estruturas dessas torres têm composição modular, a fim de melhor se
ajustarem aos locais de sua implantação. Resulta disso que o seu projeto
deve considerar, necessariamente, além das diversas hipóteses de
carregamento, as muitas hipóteses de composição da torre, com diferentes
alturas associadas a diversas extensões das pernas, que podem estar
niveladas ou com desníveis. Vários aspectos permitem agrupar os tipos de
torres metálicas existentes, sendo a funcionalidade estrutural e a forma de
resistir às cargas os mais importantes para este estudo. Segundo a forma de
resistir aos esforços que lhe são impostos, as estruturas são ditas
autoportantes ou estaiadas. A Figura 2.1 mostra exemplos desses tipos de
estruturas.
​ xemplo de torres autoportante e estaiada
Figura 2.1​: E

2.1.4 Cadeia de Isoladores

Em uma LTA existe um elemento que tem como finalidade atuar no


isolamento, ou seja, ele não permite o contato elétrico entre os perfis da torre e
o cabo-fase, chamado de cadeia de isoladores. De modo geral, esse componente
da linha é composto por isoladores que são instalados em conjunto, que
juntamente com as ferragens, dão sustentação e isolação ao cabo-fase em
relação à torre.
A cadeia de isoladores é dimensionada através de informações básicas
captadas na fase inicial do projeto da linha. Ela é projetada para suportar as
cargas mecânicas transmitidas pelo cabo-fase e as solicitações elétricas pelas
sobretensões (situação em que, por algum motivo, a tensão elétrica excede o
valor previsto para a instalação) que podem ocorrer em uma LT. Em geral, nas
LT’s de alta tensão, os isoladores que compõem a cadeia, podem ser de vidro
ou porcelana, ou poliméricos. A Figura 2.3 mostra isoladores de vidro que são
bastante empregadas em linhas cuja tensão é igual ou superior a 138 kV.

2.3.3​ ​Cabo fase ou cabo condutor

Para tornar possível a transmissão de energia elétrica entre as usinas


geradoras e as centrais de distribuição, existe o cabo-fase, também conhecido
como cabo condutor. Esse cabo é considerado o elemento ativo de uma LT,
pois tem por finalidade transportar a energia elétrica, e pode trabalhar suspenso
ou tracionado, dependendo da função do suporte ao longo da linha. No caso da
LTA, os cabos são nus, e sem isolação, podendo ser de alumínio, liga de
alumínio-aço e alumínio com alma de aço. A utilização do alumínio se deve à
abundância, boa condutibilidade e principalmente ao custo desse material, que é
inferior ao de outros metais, como o cobre por exemplo. Existem no mercado
tipos de cabos condutores variados e, durante o processo do projeto da linha, a
escolha não está ligada somente a aspectos técnicos, mas também econômicos.
Existem diferentes tipos de cabo-fase, a seguir, encontram-se dois exemplos de
cabos empregados em uma LTA:
CA (“Cabo de Alumínio”)​, é composto por vários fios de alumínio
encordoados (ver Figura 2.4). Para atender a diferentes tipos de projeto, o cabo
é fornecido com uma quantidade variada de fios encordoados.

​ abo de Alumínio
Figura 2.4​: C
CAA (“Cabo de Alumínio com Alma de Aço”)​, é composto por uma
ou mais camadas de fios de alumínio ao redor de uma alma de aço galvanizado
(ver Figura 2.8). A fim de se obter, para cada tipo de aplicação, a melhor
proporção de alumínio e aço, a dimensão do cabo pode variar devido às
diferentes combinações possíveis de fios de alumínio e aço.

​ abo de Alumínio com Alma de aço


Figura 2.5​: C

O cabo CAA, em relação ao CA, possui a menor relação peso/carga de


ruptura e menores flechas, mas apresenta maior resistência elétrica, devido à
presença do aço em seu interior. Outro fator que diferencia esses dois tipos de
cabos é que o CAA produz um esforço mecânico no suporte maior que o CA,
tornando assim as estruturas mais robustas e com custos mais elevados. Por fim,
pode-se dizer que a escolha adequada do tipo de cabo-fase em uma LTA é
bastante complexa, pois devem ser considerados, de forma conjunta, itens como
o custo do condutor e as características mecânicas.

2.1.6 Cabo para-raios ou cabo-guarda

Por se encontrar ao tempo, a linha de transmissão está sujeita a ação de


diferentes fatores, como poluição, vento, chuva e descargas atmosféricas. Com
a função de fazer a blindagem dos cabos energizados da linha contra a
incidência direta de descargas atmosféricas, existe o cabo-guarda, ou cabo
para-raios como também é conhecido, localizado na parte superior da torre de
transmissão. Esse cabo fornece um caminho de menor resistência até o solo
para as descargas, diminuindo assim as possibilidades de desligamentos da
linha e a consequente interrupção do fornecimento de energia elétrica.
2.1.7 Sistema de aterramento

O sistema de aterramento de uma linha de transmissão tem como


objetivo permitir o escoamento de cargas ou correntes de descarga até o solo de
forma segura, impedindo assim a energização do suporte que fica exposto ao
contato de pessoas e animais. Dependendo da magnitude do campo elétrico no
solo provocado por uma sobretensão, o sistema de aterramento pode apresentar
alguma falha, provocando assim situações indesejadas, como o potencial de
passo e o de toque.
O potencial de passo é a diferença de potencial que aparece entre dois
pontos situados na superfície do solo, distanciados por um passo de uma pessoa
ou de um animal.
O potencial de toque é a diferença de potencial que aparece entre um
ponto do suporte metálico aterrado situado ao alcance da mão de uma pessoa e
um ponto da superfície do solo, fazendo com que o corpo acaba se tornando um
caminho de descida até o solo para as cargas.
Os elementos que compõem o sistema de aterramento, tais como:
conjunto de hastes, contrapeso (condutor enterrado no solo ao longo da faixa de
passagem da linha), conectores e, cabos para-raios são instalados junto aos
suportes de uma LT. São componentes essenciais no que se refere ao
desempenho adequado da linha de transmissão frente aos surtos de manobra,
curtos-circuitos e descargas atmosféricas, além de garantir a segurança de
terceiros que estejam dentro da faixa de passagem da LT em alguma das
situações citadas.

3. MANUTENÇÃO

Através desse trabalho, pode se concluir que através deste trabalho foram
esclarecidas algumas questões sobre o sistema elétrico brasileiro. Foi exposto
que o nosso setor elétrico passou por algumas mudanças. Foram mostradas
algumas características do SIN
4. REFERÊNCIAS

Agencia Nacional de Energia Elétrica​ - ​http://www.aneel.gov.br/transmissao5

Agencia Nacional de Energia Elétrica


http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/atlas/aspectos_institucionais/2_1_1.htm​ 

Agência Nacional das Aguas. ​www.ana.gov.br​ ANEEL

Trabalho de conclusão de curso -


http://www.ufjf.br/engenhariadeproducao/files/2016/12/andersondasilvaramos.
pdf

Operador Nacional do Sistema elétrico - http://ons.org.br/

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS​ (Brasil) (ANA). HidroWeb: sistemas de


informações hidrológicas.

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA (Brasil) (ANEEL).


Banco de Informações de Geração: BIG.

https://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:agencia.nacional.energia.eletrica:
resolucao:1998-11-12;351

Presidência da Republica
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9648cons.htm

JUS Brasil -
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11659349/artigo-21-do-decreto-n-265
5-de-02-de-julho-de-1998

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