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Eletrônica Linear
Governador
Cid Ferreira Gomes
Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar
1 – INTRODUÇÃO A ELETRÔNICA
1.1 - RESISTOR
Os resistores são os componentes mais conhecidos e mais utilizados na eletrônica.
Antes de falarmos sobre os diversos tipos de resistores vamos conhecer o código de cores que
é a maneira pela qual lemos o valor ôhmico e a tolerância do mesmo.
TABELA DE CÓDIGO DE RESISTORES
Tipos de resistores:
Filme de carbono (CR) Bege
Filme metálico (SRF) Verde claro
Metal Glazed (VR) Azul
Filme Metálico (MR) [PRECISÃO] Verde escuro
Existem resistores de diversos tipos como foi mencionado acima. Eles se encontram
dependendo do resistor possuindo de 3 até 6 anéis ou faixas. Cada uma dessas faixas tem um
valor correspondente a um algarismo, e o conjunto dessas faixas que se encontram nos
resistores é o que da a referência dele. Iremos ver agora o procedimento para se efetuar a
leitura de resistores, seja ele com 3, 4, 5 ou 6 faixas e anéis.
PARA LER UM RESISTOR COM 3 FAIXAS
1. Faixa → Algarismo Significativo
2. Faixa → Algarismo Significativo
3. Faixa → N° de zeros
PARA LER UM RESISTOR COM 4 FAIXAS
1. Faixa → Algarismo Significativo
2. Faixa → Algarismo Significativo
3. Faixa → N° de zeros
4. Faixa → Tolerância
PARA LER UM RESISTOR COM 5 FAIXAS
1. Faixa → Algarismo Significativo
2. Faixa → Algarismo Significativo
3. Faixa → Algarismo Significativo
4. Faixa → N° de zeros
5. Faixa → Tolerância
PARA LER UM RESISTOR COM 6 FAIXAS
1. Faixa → Algarismo Significativo
2. Faixa → Algarismo Significativo
3. Faixa → Algarismo Significativo
4. Faixa → N° de zeros
5. Faixa → Tolerância
6. Faixa → Temperatura
7. Faixa = A= 1º dig.
8. Faixa = B = 2° dig.
9. Faixa = C = 3° dig.
10. Faixa = D = 4° dig.
11. Faixa = E = 5° dig.
12. Faixa = F = 6° dig. A B C D E F
A= B= C= D= E= F=
COR
1°DIG. 2°DIG. 3°DIG. MULT. TOLER. C.TEMP.
Prata - - - 0,01 10 -
Ouro - - - 0,1 5 -
Preto 0 0 0 1 - -
Marrom 1 1 1 10 1 100
Vermelho 2 2 2 100 2 50
Laranja 3 3 3 1K - -
Amarelo 4 4 4 10K - -
Verde 5 5 5 100K - -
Azul 6 6 6 1M - -
Violeta 7 7 7 10M - -
Cinza 8 8 8 - - -
Branco 9 9 9 - - -
DIG. = DIGITO
MULT. = MULTIPLICADOR (ohm)
TOLER. = TOLERÂNCIA (%)
C. TEMP. = COEFICIENTE DE TEMPERATURA
Exemplo: Um resistor com 1ª faixa laranja, 2ª faixa laranja, 3ª faixa amarelo e 4ª faixa prata,
qual a referência do resistor?
Resp: A referência do resistor é 330KΩ com tolerância de 10%.
OBSERVAÇÕES:
1K=1000Ω
1M = 1.OOO.OOOΩ
1R=1Ω
Existem vários tipos de resistores, fabricados por meios e materiais diferentes, com
características diferentes. É importante o técnico ter uma idéia destas diferenças para
especificar corretamente o componente.
Para especificar um resistor a fim de realizar a sua compra ou definir a sua utilização em
um circuito é necessário conhecer: valor nominal ou valor ôhmico, tolerância e capacidade de
dissipação de potência. Além disto é necessário ter uma idéia do tipo do resistor segundo a sua
fabricação. Os tipos de fabricação mais comuns são os seguintes: resistores de carvão,
resistores de película, resistores bobinados de fio.
Algumas aplicações em eletrônica exigem resistores variáveis. Existem vários tipos
como: os potenciômetros, trimpots, LDR's, termistores, entre outros, no que diz respeito aos
fundamentos do seu funcionamento e utilização.
1.2 - CAPACITOR
Os capacitores são componentes capazes de acumular carga elétrica. Um capacitor é
constituído de duas placas metálicas separadas por um meio dielétrico (isolante).
Quando uma tensão V é aplicada nas placas do capacitor (através de um circuito
externo) então se acumulam cargas positivas numa placa e negativas na outra placa conforme
na figura abaixo.
Agora monte o circuito abaixo e ajuste o potenciômetro de maneira a obter 1,5Volts entre
os pontos B e C. em seguida desligue a fonte do circuito, não mexa na posição do
potenciômetro, e meça com ohmímetro, a resistência entre M-B e B-C. Verifique se o valor de
1,5V está compatível com a fórmula apresentada no item anterior, isto é:
No circuito anterior, o seu divisor de tensão é variável. Qual a faixa de tensão obtida
fazendo o giro do potenciômetro entre os pontos inicial e final?
Faixa de tensão: (Valor mínimo = Volts; Valor Máximo = .Volts)
O símbolo usado para representar o ohms é a letra grega maiúscula (Ω). Deste modo,
temos R = v / i, então
1° EXEMPLO
Como exemplo, se R = 3 Ω e v = 6V na figura passada, a corrente é
Um gráfico do exemplo anterior é mostrado na figura abaixo e revela que p(t) é uma
função parabólica (e então não-linear) de i(t) ou v(t), a qual é sempre não-negativa. (As escalas
horizontais são, é claro, diferentes nos dois casos.) Desta forma, para um resistor linear, a
potência instantânea é não-linear, ainda que a relação tensão-corrente seja linear.
Portanto, como p(t) é sempre não-negativo, vem que a integral é não-negativo, e que o
resistor é, de falo, um elemento passivo.
O estudante iniciante muitas vezes encontrará dificuldades em determinar o sinal
algébrico adequado na aplicação da lei de Ohm, quando as indicações dos sinais de tensão
diferirem dos da figura da pagina anterior. De (2.1) a tensão é R vezes a corrente que entra
pelo terminal negativo como na figura a seguir, a corrente que entra pelo terminal positivo é -i e,
portanto, a lei de Ohm é v = R(-i) ou
Concluindo, o conceito de resistência pode ser usado para definir dois termos muito
comuns na teoria de circuitos, curto circuito e circuito aberto. Um curto circuito é um condutor
ideal entre dois pontos, e pode ser visto como uma resistência de zero ohm. Ele pode
transportar qualquer quantidade de corrente, dependendo somente do restante do circuito, mas
a tensão sobre ele é zero. Analogicamente, um circuito aberto é uma interrupção do circuito
pela qual nenhuma corrente pode circular. Portanto, ele pode ser considerado como uma
resistência de valor infinito e pode ter uma tensão qualquer, dependendo novamente do
restante do circuito.
2° EXEMPLO
Como um exemplo, vamos calcular a corrente e a potência absorvida pelo resistor de
1kΩ da figura abaixo e dos exemplos anteriores, G = 1 = 10-3 S e i = 10-3 x12A=12mA.
1000
-3 2
Da fórmula acima vem que p(t) = IO x12 W = 144mW, que é a potência nominal mínima para
o resistor.
A corrente neste exemplo é uma corrente contínua, visto que seu valor não se altera no
tempo. Suponhamos, agora, que substituímos a fonte 12 V por uma tensão variável no tempo v
= 10 cos tV e repetimos o procedimento acima. A corrente é
e a potência instantânea é
EXERCÍCIOS
1. A tensão sobre o resistor de 10 kΩ é 50 V. Calcule (a) a condutância, (b) a corrente e (c) a
potência mínima do resistor.
Resposta: a) O, i mS; b) 5 mA; c) 0,25 W
2. A potência instantânea absorvida por um resistor é 4sen 2 311tW . Se a corrente é 40 sem
377 t mA, calcule o valor v e R.
Resposta: v e R
Apenas como argumentação, suponhamos que a soma não seja zero. Neste caso,
teríamos.
onde Ψ tem a unidade de C/s e então será a velocidade pela qual as cargas são acumuladas
no nó é constituído é constituído de condutores perfeitos, logo não pode acumular cargas. Além
disso, um princípio básico da física estabelece que cargas não podem ser criadas nem
destruídas (principio da conservação da energia). Portanto, nossa consideração não é valida, e
Ψ é igual a zero, demonstrando a coerência da LKC.
Suponha que em nosso exemplo tenhamos multiplicando ambos os lados por -1,
obtendo.
Da figura acima vemos que o lado esquerdo da equação é simplesmente a soma das
correntes que saem do nó. Isto demonstra um enunciado equivalente para LKC:
A soma algébrica das correntes que saem de um nó é zero.
Podemos agora reescrever a equação acima na forma
onde i1, i2 e i4 estão entrando no nó e i3 está saindo. Essa forma da equação ilustra outro
enunciado para a LKC, como
A soma das correntes que entram em um nó qualquer c igual à soma das correntes
que saem deste nó.
Em geral, a expressão matemática para KLC é
Onde in é a enésima corrente que entra (ou sai) do nó e N é o número de corrente no nó.
Como no exemplo da LKC vamos calcular a corrente i na figura abaixo. Somando as
correntes que entram no nó, temos
onde o sinal algébrico de cada tensão foi tomado como positivo quando vai de + para - (do
potencial mais elevado para o mais baixo) e negativo de - para o + (do potencial mais baixo
para o potencial mais elevado) ao cruzar o componente. Usando esta convenção, estamos
igualando as somas das quedas de tensão ao longo do percurso fechado a zero. Podemos
também usar a convenção oposta, neste caso, a soma das elevações de tensão será zero.
Como no caso da LKLC, também não iremos nos deter em demonstrar a LKT.
Entretanto, para ilustrar a coerência da fórmula anterior, vamos considerar que a soma dos
termos da direita não é zero. Ou seja,
O termo da esquerda desta equação é, por definição, o trabalho necessário para mover
uma unidade de carga através do percurso adcba. Um circuito de parâmetros concentrados é
um sistema conservativo o que significa que o trabalho necessário para mover uma carga
através de qualquer percurso fechado é zero (isto é provado pela teoria eletromagnética).
Então, nossa suposição não é correta e ф é de fato igual a zero.
Devemos assinalar, entretanto, que todos os sistemas elétricos são não-conservativos.
De fato, a geração de potência elétrica, as ondas de radio e a luz do sol, para citar apenas um
poucos exemplos, são conseqüências de sistemas não-conservativos.
A aplicação da LKT é independente do sentido no qual se faz o percurso. Considere, por
exemplo, o percurso adcba na figura acima. Somando as tensões, encontramos
v3 – v2 + v1 = 0
que é equivalente ao –v1 + v2 – v3 = 0.
Em geral, a representação matemática para a LKT é
onde vn é a enésima tensão no laço de N tensões. O sinal de cada tensão é escolhido como
descrito anteriormente.
Como um exemplo do uso LKT, vamos calcular v na figura a seguir. Percorrendo o
circuito no sentido horário, temos
-15 + v + 10 + 2 = 0
ou v = 3 V. Suponhamos, agora, que percorremos o circuito em sentido contrario. Neste caso
-15 + 2 + 10 - v = 0
ou v = 3 V, ou seja, o mesmo resultado encontrado ao percorrer o circuito no sentido horário.
2. Calcule v e i.
Resposta: 17 V, 3 A
para um resistência de carga de 1,5kΩ. Você também pode calcular correntes de carga de 2
mA para 3kΩ e 1,5 mA para 4,5kΩ.
Por que o segundo circuito é tão mais fácil de ser resolvido do que o primeiro? Porque
possui apenas um malha, comparado com as quatro malhas do primeiro. Qualquer um pode
resolver um problema com uma malha, pois tudo que ele precisa é da lei de Ohm.
É ai que entra a teorema de Thevenin. Ele descobriu que qualquer circuito formado por
uma múltiplas malhas, como o da figura acima, pode ser reduzido ao circuito constituído por
uma única malha. Você pode ter problemas com um determinado circuito, mais mesmo este
circuito pode ser reduzido a um circuito com uma única malha. É por isso que os técnicos e os
engenheiros com muita pratica gostam tanto de teorema de Thevenin: ele transformam os
circuitos grandes e complicados em circuitos simples de unia única malha, como o circuito
equivalente da figura anterior.
A idéia básica é que sempre que você estiver procurando a corrente de carga de um
circuito com mais de uma malha, pense no Thevenin, ou pelo menos o considere como uma
possível saída. Com mais freqüência que menos imagina, teorema de Thevenin se mostrará
como o caminho mais eficiente para se resolver o problema, especialmente se a resistência de
carga assumir vários valores.
Nesta apostila, Theveninzar significar aplicar o teorema de Thevenin a um circuito, isto é,
reduzir um circuito com múltiplas malhas com uma resistência de carga ao circuito equivalente
formado por uma única malha com a mesma resistência de carga. No circuito equivalente de
Thevenin, ou resistor de carga vem uma única resistência da fonte em série com uma fonte
tensão. O que pode facilitar mais a sua vida do que isto?
TENSÃO THEVENIN
Lembre-se das seguintes idéias a respeito do teorema de Thevenin. A tensão Thevenin é
aquela que aparece através dos terminais da carga quando você abri o resistor de carga. Por
esta razão, a tensão Thevenin é às vezes chamada tensão de circuito aberto ou tensão de
carga aberta.
RESISTÊNCIA THEVENIN
A resistência Thevenin é a resistência que se obtém olhando para os terminais de carga
quando todas as fontes foram reduzidas a zero. Isso significar substituir as fontes de tensão por
curto-circuito e as fontes de corrente por circuitos abertos.
ANALISANDO UM CIRCUITO MONTADO
Quando o circuito com várias malhas já estiver pronto, você pode medir a tensão
Thevenin da forma a seguir apresenta.
Abra fisicamente o resistor de carga desligando uma de suas extremidades, ou
retirando-o completamente do circuito; a seguir use um voltímetro para medir a tensão através
dos terminais da carga. A leitura que você obtiver será a tensão Thevenin (admitindo que não
haja erro devido ao carregamento do voltímetro).
Meça, então, a resistência Thevenin da seguinte forma: reduza todas as fontes a zero.
Isto fisicamente significa substituir as fontes de tensão por curtos-circuitos e abrir ou remover
as fontes de corrente. A seguir use um ohmímetro para medir a resistência entre os terminais
da carga. Esta é a resistência Thevenin.
Como exemplo, suponha que você tenha precariamente a ponte de Wheatstone
desequilibrada que aparece na figura abaixo. Para thevenizar o circuito, você abre fisicamente
a resistência de carga e mede a tensão entre A e B (os terminais da carga). Supondo que não
haja erro na medida, você lerá 2 V. a seguir, substitua a bateria de 12 V por um curto-circuito e
meça a resistência A e B; você deve ler 4,5kΩ. Agora você pode desenhar o equivalente
Thevenin da figura a seguir. Com ele, você pode fácil e rapidamente calcular a corrente de
carga para qualquer valor de resistência de carga.
ANALISANDO OS ESQUEMAS
Se o circuito não estiver montado, você precisara usar sua cabeça no lugar do VOM
(medidor de volt-ohm; tensão-resistência) para determinar a resistência e a tensão Thevenin.
Dada a ponte de Wheatstone desequilibrada da figura da figura anterior, você abe mentalmente
o resistor de carga. Se você estiver visualizando corretamente, Vera então um divisor de tensão
um divisor de tensão do lado esquerdo e um divisor de tensão do lado esquerdo e um divisor
de tensão no lado direito. O da esquerda produz 6 V, e o da direita produz 4 V, como mostra a
figura abaixo. A tensão thevenin é a diferença entre essas duas tensões, que é de 2 V.
SENTIDO DA CORRENTE
Incidentalmente, a seta na fonte de corrente Norton indica o sentido da corrente
convencional; isto porque o inventor era um engenheiro. Este é o primeiro entre os vários
dispositivos em que a seta esquemática indica o sentido da corrente convencional.
Se você preferir usar o fluxo de elétrons, o seu treinamento para inverter o pensamento
começa agora. Quando você vir à seta numa fonte de corrente, saiba que ela indica que o
elétron está seguindo no sentido oposto. Para diminuir o sofrimento, você pode imaginar a
ponte da seta apontando para o terminal positivo da fonte, enquanto a outra extremidade
representa o terminal negativo, como mostra a figura anterior. Os sinais mais e menos
geralmente não são representados nos esquemas, de modo que você precisa fornecer
mentalmente os seus próprios sinais mais ou menos ao ver o símbolo da fonte de corrente.
RESISTÊNCIA DE NORTON
É fácil de se lembrar da resistência de Norton porque ela tem o mesmo valor da
resistência Thevenin. Por exemplo, se a resistência Thevenin for de 2kΩ, então a resistência
Norton será de 2kΩ; a única diferença é que a resistência aparece em paralelo com a fonte.
UM EXEMPLO
Aqui está um exemplo no qual se substitui o circuito Thevenin da figura abaixo por um
circuito Norton equivalente. Inicialmente, faca um curto entre os terminais da carga e calcule a
corrente de carga, que é de 5 mA. Esta corrente de carga em curto é igual à corrente Norton. A
seguir desenhe o circuito Norton equivalente da figura a seguir. Observe que a corrente Norton
é igual a 5 mA e a resistência é de 2kΩ, idêntica à resistência Thevenin.
2.1 - INTRODUÇÃO
O capitulo começa discutindo a teoria do semicondutor. O tratamento é simples, às
vezes idealizado; caso contrário numa física e matemática altamente avançadas. A parte
intermediária do capitulo refere-se a junções pn, a idéia chave que se esconde atrás de um
diodo semicondutor. A palavra "diodo" é formada pela elisão de duas palavras "dois elétrons",
onde o "di" refere-se a dois e "odo" vem do eletrodo. Esta discussão explica como diodo
funciona e o prepara para o transistor, que combina dois diodos num único componente. O
capitulo termina com aproximações para o diodo. Estas aproximações simplificam a verificação
de defeitos, análise e o projeto de circuitos contendo diodos.
TEORIA DO SEMICONDUTOR
Você já sabe alguma coisa sobre átomos, elétrons e prótons. Esta seção ampliara o seu
conhecimento. Você verá como os átomos de silícios se combinam para formar cristais (o
esqueleto dos dispositivos semicondutores).
ESTRUTURA ATÓMICA
Bohr imaginou um modelo para o átomo. Ele visualizou como um núcleo rodeado por
elétrons em órbita. O núcleo possui uma carga positiva que atrai os elétrons. Os elétrons
cairiam dentro do núcleo se não existisse a forca centrífuga do seu movimento. Quando um
elétron descreve uma órbita estável, ele tem exatamente a velocidade certa para que a forca
centrífuga equilibre a atração nuclear.
Figuras tridimensionais como a de baixo são muito difíceis de se desenhar para
representar átomos complicados. Por causa disso, representaremos o átomo em duas
dimensões. Por exemplo, um átomo isolado de silício possui 14 prótons no núcleo. Dois
elétrons percorrem a primeira órbita, oito elétrons a segunda órbita e quatro deles encontram-
se na órbita externa ou na órbita de valência. Os 14 elétrons em rotação neutralizam a carga
dos 14 prótons de modo que uma certa distancia o átomo age como se fosse eletricamente
neutro.
Realmente importante é o fato da órbita externa conter quatro elétrons. Por esta razão, o
silício é chamado tetravalente ("tetra" em grego quer dizer "quatro"). Conseqüentemente,
núcleo-e os elétrons internos são considerados a estrutura interna do átomo. Dentro dele, nada
de interessante acontece. Nossa preocupação situa-se quase na órbita de valência; c ai que se
desenvolve toda a ação nos semicondutores.
NÍVEIS DE ENERGIA
Você precisa imaginar que um elétron pode percorrer uma órbita de qualquer raio, desde
que sua velocidade tenha o valor certo. Por outro lado a Física Moderna afirma que somente
LACUNAS
Quando a energia externa eleva um elétron de valência para um nível mais alto (órbita
maior), o elétron que sai deixa um vazio na órbita mais externa. Chamamos esse vazio de
lacuna. Estas lacunas constituem uma das razões que fazem os diodos e os transmissores
trabalhar da forma como o fazem. As seções mais adiante lhe dirão mais a respeito das
lacunas.
BANDAS DE ENERGIA
Quando um átomo de silício estiver isolado, a órbita de um elétron é controlada pelas
cargas do átomo isolado. Porém quando os átomos de silício combinam-se formando um
cristal, a órbita de um elétron sofre a influência das cargas de vários átomos adjacentes. Como
cada elétron tem uma posição diferente dentro do cristal, nenhum vê exatamente a mesma
configuração de cargas vizinhas. Por isso, a órbita de cada elétron é diferente.
Na figura acima mostra o que ocorre aos níveis de energia. Todos os elétrons que se
encontram nas primeiras órbitas têm níveis de energia ligeiramente diferente, porque nenhum
vê exatamente a mesma carga envolvente. Como há bilhões de elétrons na primeira órbita, os
níveis de energia ligeiramente diferentes formam uma nuvem ou uma banda. Analogicamente,
os bilhões de elétrons da segunda órbita? todos com energias ligeiramente diferentes, formam
a segunda banda de energia, e todos os elétrons da terceira órbita a terceira banda.
Na figura anterior as bandas de energia são escuras. Esta será a nossa forma de
representar bandas saturadas ou preenchidas, isto é, aquelas nas quais todas as órbitas
disponíveis já estão ocupadas por elétrons. Por exemplo, a banda de valência está preenchida
porque a órbita de valência de cada átomo possui oito elétrons.
Na figura acima mostra as faixas de energia num cristal de silício à temperatura de zero
absoluto (-273°C); e ai que cessam as vibrações moleculares, o que significa que ele está na
mais baixa temperatura possível. Não há, definitivamente, nenhum corrente no zero absoluto.
CONDUÇÃO EM CRISTAIS
Cada átomo de cobre possui um elétron livre. Como este elétron percorre uma órbita
extremamente grande (alto nível de energia), o elétron mal pode sentir a atração do núcleo.
Num pedaço de fio de cobre os elétrons livres estão contidos numa banda de energia chamada
banda de condução. Estes elétrons livres são capazes de produzir correntes altas.
Um pedaço de silício já é diferente. A figura abaixo mostra uma barra de silício com
extremidades metálicas. Uma tensão externa estabelece um campo elétrico entre as
extremidades do cristal. Há passagem de corrente? Depende. De quê? Da existência de
elétrons que possam deslocar-se dentro do cristal.
ZERO ABSOLUTO
Em temperaturas de zero absoluto, os elétrons não podem se mover dentro do cristal.
Todos os elétrons de valência estão fortemente presos pêlos átomos de silício porque eles
fazem parte das ligações covalentes entre os átomos. No desenho a seguir mostra o diagrama
de bandas de energia. Quando as três primeiras bandas estão preenchidas, os elétrons dessas
bandas não podem deslocar-se com facilidade porque não há órbitas vazias. Mas além da
banda de valência está a banda de condução. Se um elétron de valência puder ser elevado até
a banda de condução, ele estará livre para deslocar-se de um átomo para o seguinte. À
temperatura de zero absoluto, entretanto, a banda de condução está vazia; isto quer dizer que
não pode haver nenhum corrente no cristal de silício.
ESPECIFICAÇÕES MÁXIMAS
A potência dissipada num diodo zener é igual ao produto da sua tensão pela corrente.
Em símbolos,
Pz = VzIz
Por exemplo, se Vz = 12 V e Iz = 10 mA, então
Pz =12 V X 10 mA = 120 mV
Desde que seja menor do que a especificação de potência, o diodo zener pode funcionar
na região de ruptura sem ser destruído. Os diodos zener comercialmente disponíveis têm
especificações de potência que variam de ¼ W até mais de 50W.
As folhas de dados às vezes incluem a corrente máxima que um diodo zener pode
suportar sem exceder a sua especificação de potência. Esta corrente máxima está relacionada
com a potência especificada da seguinte forma:
onde:
IzM - máxima corrente zener especificada
PzM - potência especificada
Vz - tensão zener
como exemplo, um diodo zener de 12 V com uma especificação de potência de 400 m W tem
uma corrente especificada de
RESISTÊNCIA ZENER
Quando o diodo zener está funcionando na região de ruptura, um aumento na corrente
produz um ligeiro aumento na tensão, isto implica que o diodo zener tenha uma pequena
resistência ca. As folhas de dados especificam a resistência zener (chamado de
freqüentemente impedância zener) para a mesma corrente deteste Izt usado para medir Vz. A
resistência zener para esta corrente de teste é simbolizado por Rzt (ou Zzt). Por exemplo, a
folha de dados de um 1N3020 indica o seguinte: Vzt = 10 V, Izt = 25 mA e Zzt = 7 Ω quando a
corrente for de 25 mA.
REGULAÇÃO DE TENSÃO
O diodo de zener às vezes é chamado diodo regulador de tensão porque o mantém uma
saída constante, mesmo que a corrente que passa por ele varie. Em funcionamento normal,
você tem que reverter à polarização do diodo de zener, como mostra a figura a seguir. Além
disso, para produzir a ruptura Vz. Sempre usado um resistor Rs em série para limitar a corrente
zener num nível abaixo da sua especificação de corrente; caso contrário, o diodo zener se
queima como qualquer componente comum com excessiva dissipação de potência.
A tensão pelo resistor em série é igual à diferença entre a tensão da fonte e a tensão
zener, Vs - Vz. Portanto, a corrente que passa pelo resistor é
Pelo fato deste ser um circuito com uma malha, a corrente zener Iz é igual a Is.
A equação acima pode ser usada para construir a linha de carga como foi discutido
anteriormente. Por exemplo, suponha que Vs = 20 V e Rs = 1kΩ. Então a equação anterior se
reduz a
Como antes, obtemos o ponto da saturação (interseção vertical) fazendo Vz igual a zero
e resolvendo para o valor de Iz chegando aos 20mA. Analogamente, para se obter o ponto de
ruptura (interseção horizontal), fazemos lz igual a zero e calculamos Vz chegando a 20 V.
Alternativamente, podemos obter os extremos da linha de carga da forma apresente a
seguir. Imagine a figura acima com a Vs = 20 V e Rs = 1kΩ. Com o diodo zener em curto, a
corrente máxima do diodo é de 20mA. Com o diodo aberto, a tensão máxima do diodo é de 20
V.
Suponha que o diodo zener tenha uma tensão de ruptura de 12 V. Então o seu gráfico l-
V assemelha-se ao que é mostrado na figura passada. Quando locamos a linha de carga para
Vs = 20 V e Rs = 1kΩ, obtemos a linha de carga superior com um ponto de interseção dada por
QI. A tensão suponha que a tensão da fonte varie para 30 V. A corrente zener varia então para
SEGUNDA APROXIMAÇÃO
No gráfico l-V a região de ruptura não é bem vertical, o que implica uma resistência
zener. À vezes em problemas de projeto é necessário levar em conta essa resistência zener.
Mesmo que rz seja pequena, ela produz variações de poucos décimos de volt quando a
corrente varia consideravelmente.
aproximação. Aqui você vê uma resistência zener (relativamente pequena) em série com uma
bateria ideal. Esta resistência produz uma queda IR cada vez maior à medida que a corrente
aumenta. Por exemplo, a tensão Q1 é
e a tensão Q2 é
A variação na tensão é
EXEMPLO 1
O diodo zener da figura anterior tem Vz = 10 V. utilize-se a aproximação do zener ideal
para calcular a corrente zener mínima e máxima.
SOLUÇÃO
A tensão aplicada 20 e 40 V é maior do que a tensão de ruptura do diodo zener.
Portanto, podemos visualizar o diodo zener como a bateria mostrada na figura acima. Isto quer
dizer que a tensão de saída é uma constante (10 V) para qualquer tensão da fonte entre 20 e
40 V.
A corrente através do resistor em série é
Por ter o circuito uma malha só, a corrente zener se iguala a esta corrente do resistor.
Além disso, a corrente zener mínima é
EXEMPLO 2
Suponha que o diodo zener do exemplo anterior tenha uma resistência zener de 7Ω.
Utilize a segunda aproximação para calcular a variação na tensão zener quando a tensão da
fonte varia de 20 a 40 V.
SOLUÇÃO
Na figura anterior mostra a segunda aproximação do diodo zener. Pelo fato da
resistência zener ser de somente 7Ω , ela é absorvida por uma resistência muito maior em série
de 820Ω. . Em outras palavras, Rz praticamente não tem nenhum efeito sobre a corrente zener,
que ainda varia de aproximadamente 12,2 a 36,6 mA, quando a tensão da fonte aumenta de 20
para 40 V.
Há uma ligeira variação na tensão de saída à medida que a corrente varia.
Isto quer dizer que a tensão zener, nominalmente 10 V, aumenta 0,171 V quando a fonte
varia de 20 para 40 V. Novamente, o exemplo ilustra a regulação de tensão; há apenas uma
pequena variação da tensão de saída, mesmo que haja uma variação grande na tensão de
entrada.
O REGULADOR ZENER
A figura acima um diodo zener usado para regular a tensão através da resistência de
carga. Isto é um pouco mais complicado do que os circuitos zener analisados anteriormente,
porque o circuito tem duas malhas. Mesmo assim, a idéia básica permanece a mesma; o diodo
zener funciona na região de ruptura e mantém a tensão da carga praticamente constante.
TENSÃO THEVENÍN
Se você estiver trabalhando num circuito ou projetando-o, terá que saber certas relações
básicas entre as correntes e as tensões. Para começar, a primeira coisa a verificar é o
funcionamento do diodo de zener na região de ruptura. Devido ao resistor de carga, a tensão
Thevenin que alimenta o diodo de zener é menor que a tensão da fonte.
Qual a tensão de Thevenin que alimenta o diodo zener? Imagine que o diodo zener foi
retirado do circuito. O divisor de tensão permanece, formado por Rs e RL Se você estiver
Para o funcionamento na região de ruptura do diodo de zener, VTH deve ser maior do
que Vz. Esta é a primeira relação que deve ser satisfeita em qualquer regulador zener.
CORRENTE EM SERIE
Supondo que o diodo de zener está funcionando na região de ruptura, procedemos da
seguinte forma: a corrente através do resistor em série é dado por
CORRENTE DE CARGA
Como a resistência zener tem essencialmente um efeito muito pequeno, podemos numa
boa aproximação igualar a tensão de carga a
(O símbolo = "significa aproximadamente igual"). Isto nos permite usar a lei de Ohm para
calcular a corrente de carga
CORRENTE ZENER
Pelo fato do circuito ser composto de duas malhas, a corrente em série se divide na
junção entre o diodo zener e o resistor de carga. Com a lei de Kirchhoff para as correntes,
UM EXEMPLO
Os cincos equações acima são adequados para as todas as análises preliminares dos
reguladores zener.
Por exemplo, na figura a seguir a primeira coisa a calcular é a tensão Thevenin que
passa pelo diodo zener;
Isto é suficiente para produzir o funcionamento na região de ruptura porque ela á maior
do que a tensão zener.
A seguir calcule a corrente em série:
No fim da descarga,
Isto diz que a ondulação de pico a pico na entrada é igual à variação da corrente em
série vezes a resistência em série.
Anteriormente, deduzimos a variação na tensão zener:
onde
∆Vz = ondulação de saída
∆Vs = ondulação de entrada
Rz = resistência zener
Rs = resistência em série
Esta equação é útil porque ela nos informa num relance como as ondulações de entrada
e de saída estão relacionadas. A equação afirma que a razão da ondulação de saída pela
ondulação de entrada é igual à razão entre a resistência zener e a resistência em série. Por
exemplo, se a resistência zener for de 7 Ω e a resistência em série de 700 Ω, então a
ondulação de saída será de 1/100 da ondulação de entrada.
O ponto crítico ocorre quando á corrente máxima de carga é igual à corrente mínima em
série
onde
Rs(max) = valor critico da resistência em série
Vs(max) = tensão mínima da fonte
Vz = tensão zener
IL(max) = corrente de carga máxima
A resistência crítica Rs(max) é a máxima resistência em série permitida. A resistência em
série rs deve ser sempre menor do que o valor crítico: caso contrário, se perde o
funcionamento na região de ruptura e o regulador pára de funcionar. Neste caso, perdemos a
tensão de carga constante, e a ondulação torna-se quase tão grande quanto à ondulação de
entrada.
COEFICIENTE DE TEMPERATURA
Para terminar, mais uma coisa: o aumento da temperatura ambiente (das vizinhanças)
varia ligeiramente a tensão zener. Nas folhas de dados, o efeito da temperatura é apresentado
sob o titulo de coeficiente de temperatura, que é a variação percentual por grau de variação. No
projeto de circuitos você pode precisar calcular a variação na tensão zener à temperatura
ambiente mais alta.
Para os diodos zener com tensões de ruptura de menos de 5 V, o coeficiente de
temperatura é negativo. Para os diodos zener com tensões de ruptura de mais de 6 V, o
coeficiente de temperatura é positivo. Entre 5 e 6 V, o coeficiente de temperatura varia do
negativo para o positivo; isto quer dizer que você pode determinar um ponto de funcionamento
para o diodo zener no qual o coeficiente de temperatura seja zero. Isto é muito importante em
algumas aplicações onde é necessária uma tensão zener firme ao longo de uma extensa faixa
de temperaturas.
EXEMPLO 3
Um regulador zener tem uma tensão de entrada de 15a 20 V e uma corrente de carga de
5 a 20 mA. Se a tensão zener for de 6,8 V, que valor deverá ter o resistor em série?
SOLUÇÃO
O pior caso acontece quando ocorrem a tensão mínima da fonte e a corrente máxima de
carga.
Portanto, o resistor em série deve ser menor do que 410 Ω para que o diodo zener
funcione na região de ruptura nas piores condições.
EXEMPLO 4
Na figura anterior mostra um regulador de entrada (chamado pré-regulador) acionado
um regulador de saída. A fonte tem uma grande ondulação que varia de 35 60 V. Qual a tensão
final de saída e a ondulação de saída?
SOLUÇÃO
Primeiramente observe que o pré-regulador tem uma tensão de saída de 20 V. Esta é a
entrada para o segundo regulador zener, cuja saída é de 10 V. A idéia básica é de alimentar o
segundo regulador com uma entrada bem regulada, de modo que a saída final seja
extremamente bem regulada.
O primeiro diodo zener tem uma resistência zener de 25 Ω. Para o pré-regulador, a razão
de resistência zener para resistência em série é
O uso de um pré-regulador é comum sempre que você quiser uma regulação quase-
ideal contra variação na tensão da fonte. Numa associação em cascata de reguladores zener
(cascata significa que a saída de um circuito é a entrada para o outro), a redução total na
ondulação é dada pelo produto das razões de resistências. Em símbolos,
EXEMPLO 5
O que faz o circuito da figura acima?
SOLUÇÃO
Na maioria das aplicações, os diodos zener são usados em reguladores de tensão, onde
permanecem na região de ruptura. Mas há exceções. Às vezes os diodos zener são usados em
circuitos formadores de onda como limitadores.
Observe a ligação de dois diodos zener um de costas para o outro. Durante o semiciclo
positivo, o diodo de cima conduz em aproximadamente 0,7 V e o de baixo é interrompido em
Vz. Portanto, quando a tensão de entrada excede Vz + 0,7, a saída fica ceifada como mostra a
figura.
Durante o semicido negativo, a operação inverte-se. O diodo de baixo conduz e o de
cima se interrompe. Dessa forma a saída é praticamente uma onda quadrada. Quanto maior a
senóide na entrada, melhor aparência tem a onda quadrada na saída. O circuito da figura
anterior constitui uma forma alternativa de se construir a associação de ceifadores. Escolhendo
diferentes, tensões zener, podemos deslocar o nível de ceifamento para o nível que quisermos.
2.3-COMPONENTES OPTOELETRÔNICOS
Optoeletrônica c a tecnologia que associa a óptica com a eletrônica liste campo excitante
inclui vários componentes baseados na ação de uma junção pn. São exemplos de
componentes optoeletrônicos os diodos emissores de luz os fotodiodos, os optoacopladores
etc.
Tipicamente, a corrente do LED está entre 10 e 50 mA porque essa faixa produz luz
suficiente para a maioria das aplicações.
Quanto maior a tensão da fonte, menor o efeito que fled produz. Em outras palavras, um
alto valor de fs encobre a variação na tensão do LED.
Por exemplo, um TIL222 é um LED verde com uma queda mínima de 1,8 V e uma queda
máxima de 3 V para uma corrente de aproximadamente 25 mA. Se você ligar um TIL222 a uma
fonte de 20 V e a um resistor de 750 Ω, a corrente varia de 22,7 a 24,3 mA. Isto implica um
brilho que é essencialmente o mesmo para todos os TIL222. por outra lado, suponha que o seu
circuito utilize uma fonte de 5 V e um resistor de 120 Ω. A corrente varia então de cerca 16,7 a
26,7 mA; isto causa urna variação sensível no brilho. Portanto, para se obter um brilho
aproximadamente constante com LEDs, utilize tanto uma fonte de tensão como resistência em
série o maior possível.
INDICADOR DE SETE-SEGMENTOS
Na figura anterior mostra um indicador de sete-segmentos; ele contém sete LEDs
retangulares (de A a G). Cada LED é chamado de um segmento porque ele faz parte do dígito
que está sendo exibido. Na mesma figura é o segmento esquemático de um indicador de sete-
segmentos; são incluídos resistores externos em série para limitar as correntes a níveis
seguros. Aterrando-se um ou mais resistores, podemos formar qualquer dígito de 0 a 9. Por
exemplo, aterrando A, B e C, obtemos o 7. Aterrando A, B, C, D e G produzimos um 3.
Um indicador de sete-segmentos também pode exibir as letras maiúsculas A, C, E e F,
mais as letras minúsculas b e d. Os instrutores de microprocessadores freqüentemente usam
um indicador de sete-segmentos para mostrar todos os dígitos de 0 a 9, mais A, b, C, d, E e F.
2.4 – FOTODIODO
Como foi discutido anteriormente, um elemento de corrente reversa num diodo é o fluxo
de portadores minoritários. Estes portadores existem porque a energia térmica mantém os
elétrons de valência desalojados de suas órbitas, produzindo no processo elétrons livres e
lacunas. A vida media dos portadores minoritárias é curta, mas enquanto dura eles podem
contribuir para a corrente reversa.
Quando incide energia luminosa sobre uma junção pn, ela também pode desalojar
elétrons de valência. Colocando de outra forma, a quantidade de luz que atinge a junção pode
controlar a corrente reversa de um diodo. O fotodiodo é aquele que foi otimizado na sua
sensibilidade para a luz. Nesse diodo, uma janela permite que a luz passe através do invólucro
e chegue até a junção. A luz incidente produz elétrons livres e lacunas. Quanto mais intensa a
luz, maior o número de portadores minoritários e maior a corrente reversa.
Na figura anterior mostra o símbolo esquemático de um fotodiodo. As setas para dentro
representam a luz incidente. De suma importância, a fonte e o resistor em série revertem à
polarização do fotodiodo. À medida que a luz se torna mais brilhante, a corrente reversa
aumenta. Com fotodiodo típicos, a corrente reversa situa-se na faixa de dezenas de
microampèrs.
2.5 – RETIFICADOR
A figura abaixo mostra um circuito conhecido como retificador de meia onda. No
semiciclo positivo da tensão do secundário o diodo está polarizado diretamente para todas as
tensões instantâneas maiores do que a tensão de liminar (aproximadamente 0,7 V para os
diodos de silício e 0,3 V para os diodos de germânio). Isto produz aproximadamente uma meia
onda senoidal de tensão através do resistor de carga. Para simplificar nossa discussão,
utilizaremos a aproximação do diodo ideal porque a tensão de pico da fonte é geralmente muito
maior do que a tensão de limiar do diodo. Tendo isto em mente, o pico da tensão retificado é
igual à tensão de pico do secundário, como mostra a figura a seguir. Na metade negativa do
ciclo, o diodo está com a polarização reversa. Ignorando as correntes de fuga (o mesmo que a
corrente reversa), a corrente de carga cai a zero; é por esta razão que a tensão da carga cai a
zero entre 180° e 360°.
RETIFICAÇÃO
O mais importante a ser observado no retificador de meia onda é o seguinte: ele
converteu a tensão de entrada ac numa tensão pulsante cc. Em outras palavras, a tensão da
carga é sempre positiva ou zero, dependendo de que metade do ciclo ela se encontra.
Colocando de outra forma, a corrente de carga é sempre no mesmo sentido. Este processo de
conversão de ca para cc é conhecido como retificação.
TENSÃO MEDIA
Desprezando a queda no diodo, a tensão média ou o valor de cc do sinal de meia onda
na figura passada é
Por exemplo, suponha que a tensão do secundário seja de 12,6 V ca. Idealmente, a
tensão de pico do secundário será
e o valor médio é
TENSÃO MEDIA
O valor médio ou cc da saída de uma onda com retificação completa é o dobro da saída
de um retificador de meia onda controlado pela mesma tensão do secundário:
Como exemplo, suponha que a tensão do secundário seja de 12,6 V ca. Como foi visto
anteriormente, isto implica uma tensão de pico do secundário de 17,8 V. devido à derivação
central, entretanto, a tensão de pico que chega a cada circuito do diodo é de somente metade
desse valor 8,9 V. desprezando a queda no diodo, a saída de onda completa tem um valor de
pico de 8,9 V e um valor médio de
Aqui está um fato interessante. A especificação Io de cada diodo só precisa ser maior
que a metade da corrente de carga cc, ou 0,283 A. Por quê? Olhe atentamente para a figura
anterior e observe que a cada diodo conduz somente durante meio ciclo. Isto significa que a
corrente através de um diodo é uma corrente retificada de meia onda: Portanto, a corrente cc
através de cada diodo é de metade da corrente cc de carga.
Aqui está uma outra forma de se entender o que está se passando. Suponha que os
amperímetros cc sejam em série com cada um dos diodos e com a resistência de carga. Então
cada um dos amperímetros dos diodos indicariam uma leitura de 0,283 A e o amperímetro da
carga indicaria 0,566 A. Isto faz sentido que a lei de Kirchhoff para as seguintes está sendo
satisfeita.
FREQUÊNCIA
O período T de uma onda repetitiva é o tempo entre pontos equivalentes ou
correspondentes da onda. A freqüência f é o inverso do período T. Num retificador de meia
onda, o período da saída é igual ao período da entrada, o que quer dizer que a freqüência da
saída é a mesma que a freqüência da entrada. Em outras palavras, para cada ciclo na saída
você tem um ciclo na entrada. Por esta razão, a freqüência que sai de um retificador de meia
onda é de 60 Hz, o mesmo valor da freqüência da linha.
Um retificador de onda completa já é diferente. Olhe atentamente para a figura anterior e
observe que o período é a metade do período da entrada. Colocando de outra forma, ocorrem
dois ciclos serniciclos na saída para cada ciclo na entrada. Isto acontece porque o retificador de
onda completa inverteu a metade negativa do ciclo na entrada. Disto resulta que o retificador de
onda completa tem uma freqüência de 120 Hz, exatamente o dobro da freqüência da linha.
onde o 0 do lado esquerdo desta equação representa a tensão ideal do diodo superior.
Resolvendo a equação obtém-se a tensão de pico inversa através do diodo de baixo:
Portanto segue-se que cada diodo num retificador de onda completa deve ter uma
especificação de PIV maior do que V2(pico).
EXEMPLO l
Na figura anterior a tensão do secundário é de 40 V ac. Utilizando diodos ideais, calcule
a tensão de carga cc. Deduza também as especificações Io e PIV para os diodos.
SOLUÇÃO
Primeiramente, observe que a derivação central foi aterrada. Como a extremidade
inferior do resistor de carga também está aterrada, o circuito é equivalente ao circuito retificador
de onda completa analisando anteriormente. Dada uma tensão do secundário de 40 V ca, a
tensão de pico do secundário será
e a saída cc será
Portanto cada diodo deve ter uma especificação de 7O maior do que 132mA.
Finalmente, a tensão de pico inversa através dos diodos de um retificador de onda
completa é sempre igual a tensão de pico do secundário. Neste caso
Isto quer dizer que o diodo deve ter uma especificação PIOV maior do que 56,6 V.
O RETIFICADOR EM PONTE
Chegamos agora ao retificador em ponte, a forma mais fácil de se retificar, porque ele
alcança a tensão de pico completa de um retificador de meia onda e o valor médio mais alto de
um retificador de onda completa. Na figura abaixo mostra um retificador em ponte. Durante o
semiciclo positivo da tensão do secundário, os diodos D2 e D3 estão com polarização direta;
portanto, a tensão de carga tem a polarização mostrada, menos à esquerda e mais à direita.
Durante o semiciclo negativo, os diodos D1 e D4 estão com polarização mais/menos mostrada
na figura, lim qualquer dos dois semiciclos, a tensão de carga tem a mesma polaridade porque
a corrente de carga está no mesmo sentido independentemente de que o diodo esteja
conduzindo. É por isso que a tensão de carga é o sinal com retificação completa da onda
mostrada na figura a seguir.
TENSÃO MEDIA
Desprezando as quedas no diodo da figura passada, o pico da tensão da carga é
Observe que toda a tensão do secundário aparece através do resistor de carga; este é
um dos motivos que tornam o retificador em ponte melhor do que o retificador de onda
completa, discutido anteriormente, onda somente metade da tensão do secundário chegava até
a saída. Além disso, um transformador com derivação central que produza tensões iguais em
cada metade do enrolamento secundário é difícil e caro de ser fabricado. Ao utilizar um
retificador em ponte, o projetista elimina a necessidade de uma derivação central precisa; a
economia compensa de longe o custo dos dois diodos adicionais.
Pelo fato da saída da ponte ser um sinal de onda completa, o valor médio ou c é.
Na figura passada mostra estas tensões idéias para uma tensão do secundário de 1 2,6
V ca.
ESPECIFICAÇÕES E FREQUÊNCIAS
Dada uma tensão de carga cc de 11,3 Vê uma resistência de carga de 10 Ω, a corrente
de carga cc é de 11 ,3 A. Como cada diodo conduz durante somente metade do ciclo, a
especificação Io dos diodos deve ser pelo menos metade da corrente de carga cc, ou 0,565 A.
Na figura anterior, o diodo D2 está idealmente em curto e o diodo D4 idealmente aberto. A
soma das tensões em torno da malha externa nos dá
Através de um argumento análogo, cada um dos diodos restante deve suportar uma
tensão de pico inversa igual à tensão de pico do secundário. Portanto, a especificação PIV do
diodo deve ser maior que V2(pico).
Como sinal de saída é uma onda completa, a freqüência de saída é o dobro da
freqüência de entrada, ou 1 20 Hz.
COMPARAÇÃO
Por razões históricas, um retificador com um transformador com derivação central é
chamado retificador de meia onda. Na pratica, o retificador em ponte às vezes é chamado
retificador em ponte de onda completa, mas isto é desnecessário porque um retificador em
ponte sempre produz uma saída de onda completa. Nesta apostila, nos referirmos aos três
circuitos simplesmente como retificador de meia, o retificador de onda completa e o retificador
em ponte.
Na tabela abaixo resume os retificadores discutidos até aqui. Estes circuitos são
chamados retificadores médios porque a sua saída cc é igual ao valor médio de uma senóide
retificada. Note o dado final da tabela. Ele foi incluído com a finalidade de auxiliar a deteção de
defeitos. Normalmente você mede o valor eficaz da tensão do secundário numa das escalas de
um multímetro flutuante (aquele que não é plugado numa tomada de parede). Então você
medirá a tensão cc numa escala cc. Como pode ver na tabela, o retificador em ponte produz
uma tensão de carga cc que é idealmente de 90 por cento da tensão eficaz do secundário; os
outros retificadores produzem uma tensão de carga cc de somente 45 por cento.
Levando tudo isso conta, o retificador em ponte é o melhor compromisso para a maioria
das aplicações, e você o vê usado na indústria mais do que os outros.
Retificadores Médios Idéias
SEGUNDA APROXIMAÇÃO
Para a maioria dos projetos e de diagnostico de defeito, o diodo ideal é uma
aproximação pratica para os circuitos retificadores. A razão dele ser aceitável é porque todas as
tensões e correntes já têm uma tolerância implícita de mais de ± 10 por cento (variação de linha
de tensão e efeitos do transformador).
Você pode, entretanto, às vezes precisar de respostas com maior precisão. Se for o
caso, pode subtrair de 0,6 a 0,7 V do pico ideal da tensão de carga dos retificadores de meia
onda e de onda completa, ou subtrair 1,2 a 1,4 V do pico de tensão de carga do retificador em
ponte. Por exemplo, se a tensão do secundário for de 12,6 V ca, então o pico de tensão ideal
da carga de um retificador em ponte é 17,8 V. incluindo as quedas nos diodos, isto significa que
o pico de saída é reduzido de cerca de 1,2 a 1,4 V de modo que Vsaída(pico) está entre 16,4 e
16,6 V.
A queda de tensão do diodo é significativa somente quando a tensão de saída for baixa.
Por exemplo, se a tensão de pico do secundário de um retificador em ponte for somente de 5 V,
estão o pico da tensão reti ficada será somente de 3,6 a 3,8 V. por outro lado, se a tensão de
pico do secundário é 50 V, então a tensão de pico retificada é de 48,6 a 48,8 V, o que está bem
próximo de 50 V.
TRIPLICADOR DE TENSÃO
Ligando-se uma outra seção, obteremos o triplicador de tensão da figura seguinte. Os
dois primeiros retificadores de pico funcionam como um dobrador. No pico do semiciclo
negativo, D3 está polarizado diretamente. Isto carrega C3 até 2Vp com a polaridade mostrada
na figura abaixo. A saída do triplicador aparece através de C1 e C3.
A resistência de carga é ligada através da saída do triplicador. Desde que a constante de
tempo seja grande, a saída é de aproximadamente 3Vp.
QUADRUPLICADOR DE TENSÃO*
Na figura abaixo representa um quadruplicador de tensão, quatro retificadores de pico
em cascata um depois do outro. Os três primeiros formam um triplicador, e o quarto completa o
circuito do quadruplicador. Conforme aparece na figura, o primeiro capacitor carrega até Vp. A
saída do quadruplicador é pela ligação de C2 e C4 em série. Como de costume, é necessário
uma grande resistência de carga (constante de tempo grande) para se ter uma saída
aproximada 4Vp.
Teoricamente, podemos somar indefinidamente; entretanto, a ondulação fica pior à
medida que acrescentamos seções adicionais. Esta é a razão dos multiplicadores de tensão
não serem usados em fontes de baixa tensão, que constituem a maioria das fontes de
alimentação encontradas. Conforme ficou estabelecido anteriormente, os multiplicadores de
tensão quase sempre são usados para produzir altas tensões, bem na faixa de centenas ou
milhares de volts.
2.7 - O LIMITADOR
Os diodos usados em fonte de alimentação são diodos retificadores, aqueles com uma
especificação de potência maior do que 0,5 W e otimizados para utilização em 60 Hz. No
restante deste capitulo estaremos utilizando os diodos de pequeno sinal; aqueles que possuem
especificação de potência de menos de 0,5 W (com corrente de miliampères em vez de
amperes) e são usados especificamente em freqüências muito maiores do que 60 Hz.
O primeiro circuito de pequeno sinal a ser discutido é o limitador; ele retira tensões do
sinal acima ou abaixo de um dado nível. Isto é útil não só para variar a forma do sinal, mas
também para proteger os circuitos que recebem o sinal.
LIMITADOR POSITIVO
Na figura a seguir mostra um limitador positivo (às vezes chamado ceifador), um circuito
que retira partes positivas do sinal. Conforme a figura, a tensão de saída tem todos os
semiciclos positivos cortados. O circuito funciona da seguinte maneira: durante a metade
positiva da tensão de entrada, o diodo liga. Idealmente, a tensão de saída é zero; numa
segunda aproximação é de aproximadamente +0,7 V.
Durante a metade negativa do ciclo, o diodo está com a polarização revertida e parece
aberto. Em muitos limitadores, o resistor de carga RL é de pelo menos 100 vezes maior do que
o resistor R em série. Por esta razão, a fonte é estável e o semiciclo negativo aparece na saída.
Na figura abaixo mostra a forma de onda de saída. A metade positiva do ciclo foi
eliminada. O corte não é perfeito. Numa segunda aproximação, um diodo de silício conduzindo
produz uma queda de aproximadamente 0,7 V. Pelo fato do primeiro 0,7 V ser usado para
ultrapassar a barreira de potencial, o sinal de saída é cortado perto de +0,7 V e não em zero.
Se você reverter à polaridade do diodo da figura a seguir, obterá um limitador negativo
que retira o semiciclo negativo. Neste caso, o nível de corte é próximo de -0,7 V.
LIMITADOR POLARIZADO
Com o limitador polarizado da figura acima você pode deslocar o nível de corte para V
+0,7. Quando a tensão de entrada for maior do que V +0,7, o diodo abrirá e o circuito se
transformará num divisor de tensão. Como anteriormente, a resistência de carga deve ser
muito maior do que a resistência em série; então a fonte é estabilizada e toda a tensão de
entrada chega na saída.
ASSOCIAÇÃO DE LIMITADORES
Você pode combinar limitadores com polarização positiva e negativa como mostra a
figura abaixo. O diodo D1 liga quando a tensão de entrada excede V +0,7; este é o nível
positivo de supressão. Analogamente. O diodo D2 conduz quando a entrada é mais negativa do
que - Vi - 0,7; este é o nível negativo de supressão. Quando o sinal de entrada for grande, isto
é, quando Vp for muito maior do que os níveis de supressão, o sinal de saída se assemelhará a
uma onda quadrada como na figura a seguir.
VARIAÇÕES
O uso de baterias para se ajustar o nível de ceifamento é impraticável. Uma
aproximação consiste em se acrescentar mais diodos se silício, porque cada um produz uma
compensação de 0,7 V. Como cada diodo tem uma compensação de cerca 0,7 V, o par de
diodos produz um nível de supressão de aproximadamente + 1,4 V. Não há limite quanto ao
número de diodos usados, e isto é pratico, pois os diodos são baratos.
Os limitadores às vezes são usados para proteger a carga de uma tensão excessiva. Por
exemplo, na figura a seguir, há um 1N914 protegendo a carga (não aparece na figura) contra
tensões de entrada excessivamente grandes. O 1N914 conduz quando a entrada excede +5,7
V. Dessa forma, uma tensão de entrada destrutivamente grande como +100V nunca atinge a
carga porque o diodo ceifa em +5,7 V a tensão máxima que atinge a carga.
Às vezes é usada uma variação como a da figura anterior para retirar a compensação
que limita o diodo D1. A idéia c o seguinte: o diodo D2 está polarizado ligeiramente para a
condução direta, de modo que passa aproximadamente 0,7 V através dele. Este 0,7 V é
aplicado a 1 kΩ em série D1 c 100 kΩ. Isto quer dizer que o diodo D1 está prestes a conduzir.
Portanto, quando chega um sinal, o diodo D1 conduz próximo de 0 V.
2.8 - GRAMPEADOR CC
O grampeador de diodo é uma variação do limitador discutido na seção anterior. O
grampeador cc é diferente, portanto não confunda os dois termos. O grampeador cc soma uma
tensão cc ao sinal. Por exemplo, se o sinal que chega oscila (varia) de -10 V a +10 V, um
grampeador cc positivo produziria uma saída que idealmente oscila de O a +20 V. (Um
grampeador cc negativo produziria uma saída entre O e -20 V).
GRAMPEADOR POSITIVO
Na figura a seguir mostra um grampeador cc positivo. Idealmente o seu funcionamento é
apresentado a seguir. No primeiro semiciclo negativo de tensão de entrada, o diodo conduz,
como mostra a figura abaixo. No pico negativo, o capacitor se carrega até Vp com a polaridade
indicada.
Um pouco depois do pico negativo, o diodo desliga, como aparece na figura seguinte. A
constante de tempo RLC é feita deliberadamente muito maior do que o período T do sinal que
entra. Por esta razão, o capacitor permanece quase completamente carregado durante o tempo
em que o diodo fica desligado. Numa primeira aproximação, o capacitor funciona como uma
bateria de Vp volts. Esta razão da tensão de saída na figura abaixo ser um sinal grampeado
positivamente.
Na figura a seguir mostra o circuito como é desenhado normalmente. Como diodo
produz uma queda de 0,7 V ao conduzir, a tensão do capacitor praticamente não chega Vp. Por
esta razão, o grampeador cc não é perfeito e os picos negativos ocorrem em 0,7 V.
GRAMPEADOR NEGATIVO
O que acontece se invertermos o diodo na figura abaixo? A polaridade da tensão do
capacitor se inverte, e o circuito torna-se um grampeador negativo. Tanto o grampeado positivo
como o negativo são amplamente usados. Os receptores de TV, por exemplo, utilizam um
grampeador cc para somar uma tensão cc ao sinal de vídeo. Na especialidade televisão, o
grampeador cc é geralmente chamado restaurador cc.
RECURSO MNEMÓNICO
Para se lembrar para que lado o nível cc do sinal se movimenta, observe a figura
anterior. Note que a seta do diodo aponta para cima, o mesmo sentido do desvio cc. Em outras
palavras, quando o diodo aponta para cima, você tem um grampeador cc positivo, quando
aponta para baixo, o circuito é um grampeador negativo.
3 - TRANSISTOR BIPOLAR
3.1 - DESCRIÇÃO
O transistor é um componente indispensável para qualquer circuito que desenvolva
funções de amplificação, controle, processamento de dados, etc. Neste capitulo, focalizamos o
transistor bipolar, com suas principais características.
Uma pequena variação de 3 mA, por exemplo, na corrente de base, produz uma grande
variação (300 mA) na corrente principal entre o emissor e o coletor. O ganho de corrente (100,
no exemplo acima) é indicado por β (beta).
Na explicação acima, consideramos o sentido real de circulação de corrente seguido
pêlos elétrons. Trocando-se as regiões N por regiões P e vice-versa, obtém-se um transistor
com emissor P, base N e coletor P, ou seja, um transistor PNP. Num transistor PNP, para
polarizar diretamente a junção base-emissor, baixando-se a barreira potencial, deve-se aplicar
o terminal positivo no emissor p e o terminal negativo na base N. Com relação à polarização
Inversa da junção base-coletor, deve-se aplicar o terminal positivo da bateria da base N e o
negativo no coletor P. Com isso, são invertidos todos os sentidos de circulação das correntes.
Ainda abordando o comportamento elétrico dos semicondutores, vamos nos referir à
lacuna, que é a ausência de um elétron, provocada pela introdução de uma substância
trivalente numa estrutura de semicondutor tetravalente.
Uma lacuna pode ser coberta por qualquer elétron de átomos vizinhos. Se isso ocorrer, a
lacuna passa para esse átomo vizinho; assim, sucessivamente, a lacuna pode se propagar por
todo o cristal. Como a lacuna tem um movimento em sentido contrário ao dos elétrons (pois é
um buraco que vai sendo preenchido), considera-se que ela tenha uma carga positiva.
Uma propriedade muito interessante do transistor é a sua capacidade de operar como
fonte de corrente por intermédio do seu coletor, ou seja, ao fornecer a um resistor a ele ligado
uma corrente cujo valor independe do valor do resistor. A variação da corrente de base
produzirá, no resistor, variações de tensão calculáveis com a aplicação da Lei de Ohm (V = IR).
As variações de tensão no coletor dependem das variações da corrente de base e do valor do
resistor R ligado ao coletor; quanto maior o valor do resistor R, maior será a variação de tensão
no coletor, dentro, evidentemente, dos limites fixados pela tensão externa da alimentação. Esse
efeito denomina-se amplificação: a amplificação é calculada pela relação entre a tensão obtida
no resistor, chamada de carga, e a tensão aplicada à junção base-emissor provocada pela
corrente de base.
terminal, onde verifica-se que o terminal do emissor é comum à entrada e à saída. A entrada do
sinal é feita através da base, enquanto a saída se dá através do coletor.
Para estudar o funcionamento desse circuito é necessário examinar o que acontece
quando se aplica uma tensão continua. Do diagrama a seguir mostra esse estágio, em que é
aplicada uma pilha com uma determinada tensão (Vb) ao circuito de base e uma outra com
tensão (Vc) ao circuito do coletor, através de dois resistores denominado Rb e Re,
respectivamente. A tensão (Vb) da pilha está com o seu terminal positivo voltado para a base
do transistor e o seu terminal negativo no emissor. No transistor NPN do diagrama 2, a junção
emissor-base (N-P), portanto, é polarizada diretamente, pois com a aplicação do terminal
positivo na base reduziremos a barreira de potencial da junção (N-P), tornando a região P mais
positiva, permitindo a passagem de corrente elétrica pela junção.
Assim, no circuito de base circulará uma determinada corrente (ib), cujo valor depende
do valor da resistência Rb. Já a junção base-coletor (P-N) é polarizada inversamente, mas,
graças ao efeito transistor (passagem de elétrons do emissor para o coletor através da base),
estabelece-se uma corrente (Ic) no circuito do coletor, que provoca uma diferença de potencial
nos terminais do resistor Re. A corrente de coletor está diretamente relacionada com corrente
de base. Aumentando ou diminuindo o valor de Rb, produzimos o aumento ou a diminuição da
corrente da base, o mesmo acontecendo à do coletor, mas com maior amplitude de variações;
em conseqüência, a tensão nos terminais do resistor Re também varia.
Dessa forma, obtém-se uma amplificação de corrente. Os valores dessa amplificação
recebem o nome de ganho e nesse caso é determinado pelo fato β (beta), definido como o
ganho em corrente continua do transistor e dada pela relação:
No circuito do diagrama acima foi acrescentado um quarto resistor (Re), colocado entre o
emissor e o ponto comuns, situados, por sua vez, entre a entrada e a saída. Esse resistor tem
a função de estabilizar o ponto de trabalho do transistor.
Quando o transistor é empregado como amplificador, ocorre um fenômeno que atua
sobre suas características e seu ponto de operação. Trata-se de uma variação da corrente
contínua de coletor em função da temperatura. Na pratica, a corrente Ic não permanece
constante para uma corrente Ib determinada, aumentando com a elevação da temperatura e
diminuindo quando ela desce. Esse fenômeno tem maior importância nos circuitos que
trabalham com potências elevadas, pois estão sujeitos a aquecimento durante o
funcionamento.
Com o aumento da corrente Ic, o ponto de operação do transistor se desloca, não
permitindo mais a ocorrência de grandes variações de sinal. Com esse fenômeno, o sinal
senoidal de saída sofre saturações e cortes, que resultam na sua distorção.
Para reduzir esse inconveniente, faz-se o acréscimo de um resistor Re ao circuito. Com
o aumento de temperatura, a corrente Ic também aumenta. Esse aumento acarretará uma
elevação de tensão nos terminais Re que através da junção base-emissor, fará diminuir a
corrente na base, diminuindo, portanto, a corrente de Ic.
3.3-OSCILOSCÓPIO
O osciloscópio é um instrumento de medida que tem um enorme campo de aplicações.
Com uma grande vantagem: ele permite "visualizar" as variações dos sinais no tempo, além
dos níveis de corrente ou de tensão. O osciloscópio de raios catódicos é um instrumento de
medida que tem um enorme campo de aplicações. Ele pode ser usado quase exclusivamente
como aparelho de laboratório de pesquisa e desenvolvimento ou como importante auxiliar em
outros trabalhos do campo elétrico e eletrônico, além de encontrar aplicação em vários setores
tecnológicos.
A principal vantagem do osciloscópio em comparação com os outros aparelhos de
medida é que permite "visualizar" a variação no tempo dos sinais aplicados em sua entrada,
além dos níveis de corrente ou de tensão em qualquer ponto de seu percurso. O elemento
básico para a visualização dos sinais é o tubo de raios catódicos: em seu visor são produzidas
as representações dos sinais.
Originalmente, o visor tinha forma circular, mas hoje predominam os formatos quadrado
e retangular. No caso do visor circular, a superfície útil é de cerca de 10 cm de diâmetro; no
quadrado, de 10 X 10 cm; e 10 X 8 cm, no retangular. Os fósforos que recobrem o visor
determinam sua persistência, que é um fator muito importante para a observação do
movimento das ondas. Em geral, o efeito dê persistência é muito pequeno, exceção feita para o
caso dos osciloscópios especialmente projetados para alta persistência.
O sistema de reflexão baseia-se num princípio bastante diferente do utilizado em
televisão. O tubo catódico incorpora em seu próprio trabalho interior um sistema de quatro
pequenas chapas defletoras que funcionam eletrostaticamente; ou seja, sobre elas aplica-se
uma tensão que exerce uma ação de atração ou repulsão, dependendo da polaridade, sobre os
elétrons do feixe. Essas pequenas placas são colocadas cm pares com as faces em paralelo,
duas em posição vertical e duas em posição horizontal. O intervalo entre as placas depende da
forma geométrica do tubo. As chapas verticais são encarregadas da deflexão horizontais
movem o raio eletrônico verticalmente.
O fenômeno da deflexão exige a aplicação de tensões relativamente elevadas sobre as
chapas, tanto nas horizontais como nas verticais. As tensões que se aplicam nas chapas
verticais -chamadas do "horizontal", pois produzem este movimento - são gerados por um
circuito denominado varredura horizontal ou base dos tempos, na maior parte dos osciloscópios
é possível aplicar na horizontal, no lugar da varredura, um sinal externo que, convenientemente
amplificado, é aplicado nas placas de deflexão do tubo.
As tensões aplicadas nas pequenas placas verticais provêm do sinal que se deseja
visualizar, graças a um amplificador interno que recebe o sinal do exterior e o eleva ao nível
suficiente. Tendo em vistas que o osciloscópio deve admitir formas de onda de amplitude muito
variada, o ganho desse amplificador deve poder variar no interior de uma ampla margem de
possibilidades.
É necessário que entre o sinal que se deseja observar e o circuito da base dos tempos
exista uma certa correlação. Assim, será produzida representação de uma forma de onda
completamente estática. Caso contrario, a imagem observada ficaria em contínuo movimento,
tornando praticamente impossível a sua análise. O que garante isso é um circuito de
sincronização ou de amarração. O circuito de sincronização faz com que o gerador de
varredura tenha uma freqüência do sinal vertical (múltipla ou submúltipla). O sinal de
sincronização pode ser gerado internamente (no osciloscópio) a partir do sinal vertical (sinal
automático), ou ser aplicado externamente através de uma entrada, indicada por "pulso de
disparo" (trigger).
Outra possibilidade que a maioria dos osciloscópios modernos oferecem é a de poder
representar simultaneamente dois sinais distintos no visor. Naturalmente, eles são aplicados
através de entradas diferentes. Para esta finalidade, o aparelho dispõe de dois canais os sinais
a um tubo de raios catódicos de feixe duplo ou a um sistema que os comuta para um único
feixe. Desse modo, é possível representar as duas formas de onda ao mesmo tempo.
função de atrair ou repelir o feixe de elétrons e, dessa maneira, modificar sua trajetória para
fazê-lo postar-se em qualquer ponto da tela.
A tensão média existente nas placas de deflexão vertical ou horizontal é quase igual
àquela que é aplicada ao ultimo ânodo, para não alterar a velocidade dos elétrons e fazer com
que, na ausência de tensão de deflexão, o feixe de elétrons atinja o centro geométrico da tela.
Se a esta tensão de polarização sobrepor-se uma segunda tensão diferencial entre as
duas placas laterais, observa-se uma deflexão horizontal do ponto luminoso - que antes se
achava no centro - para um dos bordos verticais da tela.
Direção desta deflexão depende da placa em que se aplica o positivo da segunda
tensão, já que esta exercerá uma força de atração sobre o feixe, e a placa negativa, uma força
de repulsão. Em seqüência, o efeito final será a soma das forças e o ponto se aproximará do
lado da tela correspondente à placa mais positiva.
As placas de deflexão vertical trabalham de modo semelhante às placas de deflexão
horizontal mas, neste caso, o feixe se deslocamento de cima para baixo e vice-versa.
A amplitude do deslocamento do ponto sobre a tela em relação ao centro, quando se
aplica uma tensão ao centro, quando se aplica uma tensão de deflexão, pode ser calculada
com a seguinte fórmula matemática:
Também k tem um valor constante para cada tipo de tubo. Em conseqüência, pode-se
observar que a deflexão obtida na tela depende unicamente da tensão de deflexão aplicada, e
é diretamente proporcional a esta.
A partir daí, deduz-se que o tubo de raios catódicos é um instrumento capaz de permitir
medições de tensões desde que se conheçam as suas características geométricas. Para obter
a medida do potencial aplicado à placa de deflexão, basta medir o deslocamento que se
observa sobre a tela e multiplicá-lo pela constante k.
Há um parâmetro que exprime a maior ou o menor capacidade do tubo de produzir, com
aplicação de pequenas tensões, desvios mais intensos do feixe. Esse parâmetro é chamado
sensibilidade, e representa o espaço percorrido pelo ponto luminoso na tela em unidades de
comprimento, quando se aplica uma tensão de 1 V às placas de deflexão. Portanto, a
sensibilidade será:
Por outro lado, deve-se recorrer ao emprego de placas que sejam paralelas até certo
ponto, e depois divergentes, para evitar que os elétrons atinjam os bordos das placas e não
atinjam, assim, a tela.
Das fórmulas dadas aqui, deduz-se que, quando se eleva a tensão de aceleração
aplicada ao ultimo ânodo, obtém-se uma diminuição da sensibilidade e que, por outro lado, se
essa tensão desce a um nível muito baixo, a luminosidade do ponto sobre a tela diminui até
tornar-se quase invisível.
É necessário, portanto, um dispositivo adicional que elimine esse inconveniente. O
dispositivo pode ser um eletrodo intensifícador colocado entre as placas de deflexão e a tela, a
uma distancia muito pequena da tela, na qual é aplicada uma elevada tensão que garante a
luminosidade sem prejudicar a sensibilidade de deflexão.
A tensão continua aplicada entre as placas de deflexão é ajustada na parte externa por
alguns potenciômetros que agem sobre a posição do ponto luminoso. Esses potenciômetros
são indicados com a palavra POSICIONAMENTO HORIZONTAL (HORIZONTAL POSITION) e
POSICIONAMENTO VERTICAL (VERTICAL POSITION).
As tensões de deflexão aplicadas devem ser geradas no osciloscópio por amplificadores
internos que aumentam o nível dos sinais aplicados à entrada. Deve-se então, dispor de um
mínimo de três amplificadores para realizar as seguintes funções:
Amplificador vertical (Y)
Amplificador horizontal (X)
Base do tempo ou circuito de varredura horizontal.
Tanto o amplificador horizontal quanto o vertical devem atender a algumas exigências
muito especifica, com o objetivo de fazer a reprodução mais fiel possível do sinal aplicado. Com
isso, qualquer erro ou distorção produzidos se traduzem numa representação infiel do sinal
sobre a tela, e isso poderá ser erroneamente interpretado como um defeito no ponto do circuito
que se está examinando.
Portanto, o ganho deve ser uniforme em todas as faixas de freqüência nas quais o
osciloscópio trabalha, para que a curva característica amplitude-freqüência seja linear. É
necessário também que o atraso produzido pelo amplificador, em relação ao sinal aplicado,
seja constante e invariável para qualquer freqüência. Se isso não ocorrer, serão produzidas
distorções em todos os sinais que contém uma certa quantidade de freqüências distintas, pois
algumas freqüências seriam amplificadas em níveis diferentes, mudando substancialmente a
forma da onda.
Uma outra característica que deve ser destacada é a possibilidade de medir tensões
continuas, por meio de um recurso encontrado na maioria dos osciloscópios modernos. Para
isso, é preciso que os amplificadores, principalmente o vertical, sejam projetados de modo que
não necessitem de capacitores de acoplamento entre os diversos estágios, e que sejam
capazes de trabalhar com tensões de freqüências muito baixas, com pouca margem de erro.
Esses amplificadores são construídos com base de estágios diferenciais ou simétricos.
Outra característica importante, que deve ser levada em conta, é que os sinais a serem
medidos têm diversas procedências e diversas amplitudes. É necessário, então, um sistema
capaz de regular o ganho, de modo que a amplificação dos sinais mais fortes seja mais fraca
em relação à amplificação dos sinais menos intensos.
Por outro lado, deve haver uma perfeita calibragem desse ganho, para que se possa
fazer medidas de nível e amplitude confiáveis. Em resumo: deve ser possível representar o
sinal na dimensão ou altura mais conveniente para observação. Isso requer uma regulagem do
ganho em, patamares selecionados na parte externa.
Para realizar todas essas funções, utiliza-se um circuito atenuador com vários degraus
selecionáveis, que permitem escolher o degrau mais apropriado para a observação. Esse
circuito é colocado antes do amplificador e acoplado à entrada do aparelho. O efeito do
Os osciloscópios de duplo canal ou de duplo traço estão se difundindo cada vez mais no
mercado, devido às grandes vantagens que oferecem e suas numerosas aplicações. Esses
aparelhos contêm dois amplificadores verticais (Y), geralmente idênticos, que permitem
amplificar e representar dois sinais independentes. Portanto, a grande vantagem desse
osciloscópio é tornar possível a observação simultânea dos dois sinais aplicados às suas
entradas.
Existem duas maneiras de construir um osciloscópio de duplo canal:
empregando-se um tubo de raios catódicos com duplo de feixe eletrônico e dupla
série de plaquetas verticais e horizontais de deflexão;
empregando-se um tubo de raios catódicos convencional, dotado de um sistema
de comutação em condições de apresentar os dois sinais alternadamente. Nessas
duas maneiras, os sinais que se pretende visualizar permanecem nitidamente
separados durante todo o seu percurso através dos circuitos do osciloscópio,
atingindo depois o tubo, em cujo interior também não existe nenhuma interação
entre eles.
A primeira maneira é bastante simples, pois os sinais aplicados às entradas verticais
chegam à dupla série de placas verticais e horizontais, e cada unia delas produz sua própria
deflexão sobre o feixe catódico correspondente. O circuito da base de tempo pode ser comum
a ambas ou independente. Caso ele seja comum, a deflexão horizontal deve ser escolhida de
tal maneira que o período de afastamento da tela permita visualizar facilmente os dois sinais
aplicados às entradas. Se for independente, as deflexões são escolhidas independentemente
uma a outra. Assim, o formato de cada sinal pode ser escolhido em separado.
Um segundo tipo de osciloscópio de duplo canal é dotado de um sistema de comutação
que pode se utilizado de duas formas diferentes à vontade, por meio dos comandos externos
no aparelho. Essas formas são as seguintes:
sistema alternado
sistema comutado (choppede)
Quando o osciloscópio trabalha de modo alternado, um dos canais se apresenta na tela
como os dentes de serra correspondentes aos números pares do sinal de deflexão horizontal,
produzido pela base de tempo, enquanto o outro canal se apresenta com os dentes de serra
correspondentes aos números impares.
No interior de cada canal se sobrepõe uma tensão contínua diferentes, separando os
sinais presentes na tela. Dessa forma, pode-se comparar seus diferentes pontos e a posição de
cada sinal é regulada independentemente por meio de dois comandos próprios situados
externamente. Quando se emprega esse sistema e a velocidade de varredura escolhida é alta,
a visão não percebe as alternâncias sucessivas e o resultado é uma visão simultânea e
continua dos dois canais na tela do aparelho. Se, porém, tivermos uma velocidade de varredura
baixa, a visão captará nitidamente e não-simultaneidade da representação na tela.
Quando o osciloscópio trabalha no modo comutado, o sistema de deflexão vertical passa
rapidamente de um canal para outro durante todo o tempo de duração dos dentes de serra
aplicados às placas (varredura horizontal). Dessa maneira, o período do sinal de cada um dos
canais é praticamente o mesmo.
Esse sistema, ao contrário do anterior, é eficaz quando se escolhem velocidades de
varredura horizontal baixas e, portanto, se tem sinais lentos no sistema de deflexão vertical,
uma vez que a vista não consegue perceber os saltos do feixe e tem impressão de observar ao
mesmo tempo os dois canais. Além disso, quando a velocidade de varredura é alta
(considerando-se que o período de comutação dos sinais é sempre o mesmo), vê-se que as
formas de onda presentes nos dois canais são representadas em segmentos resultantes da
comutação.
Nos osciloscópio de duplo canal, existem diversas possibilidades para se escolher a
imagem que se deseja observar. Por um outro lado, pode-se escolher dois canais (A ou B) de
que se dispõe, para se observar o sinal, como em um osciloscópio de traço simples. Pode-se
também escolher dois canais simultaneamente (A e B) ou realizar combinações lineares entre
os dois, como a soma (A + B) ou a diferença (A - B ou B - A).
Como no osciloscópio de duplo feixe o circuito da base de tempo é geralmente comum
aos dois canais, deve-se escolher com muito cuidado o tempo de espaçamento. Com o sistema
de deflexão horizontal por meio de sinal a dente de serra, pode-se verificar que, quando o feixe
catódico retorna ao ponto de origem para dar inicio a uma nova varredura, a forma da onda do
sinal que se quer visualizar não se encontra no ponto correspondente ao inicio da varredura
precedente.
Na tela, o fenômeno se apresenta como um movimento contínuo da forma de onda,
dando a impressão de deslocar-se da direita para a esquerda ou vice-versa, a uma velocidade
que depende da freqüência do sinal em relação à freqüência do dente de serra.
Pode-se corrigir esse efeito de duas maneiras. Nos osciloscópios mais simples varia-se
o período do dente de serra da varredura até fazê-lo coincidir com um múltiplo ou submúltiplo
do período do sinal cuja forma da onda seja representada. Se esta variação for contínua, pode-
se parar forma da onda na tela.
Esse procedimento é realizado por "tentativa e erro", e o resultado torna-se satisfatório
somente quando a freqüência do sinal representado por suficientemente estável. Se a
varredura não for continuar ajustando o comando que fixa o período do dente de serra, para
adequá-lo ao sinal que se quer visualizar.
Nos osciloscópios mais modernos e sofisticados, o procedimento consiste em dar partida
ao sinal horizontal e, por conseqüência, ao dente de serra, quando o nível do sinal a visualizar
se encontra em um determinado valor. Desse modo se verá a onda começando sempre em um
ponto fixo e se conseguirá mantê-la parada qualquer que seja a sua freqüência e o dente de
serra empregado.
Obtém-se, assim, uma sincronização perfeita do sinal. O valor de tensão de^sinal
escolhido para fezer "disparar" a varredura pode ser fixado através do comando externo
correspondente, que, na maioria absoluta dos casos, traz a indicação nível de disparo (trigger
level). Pode se também preferir que o próprio osciloscópio determine o nível de disparo mais
adequado. Isso acontece por meio de um sistema denominado sincronização automática.
Os osciloscópios com memória oferecem maiores possibilidades que os convencionais,
no que diz respeito à análise e à medida das características de um determinado sinal. Graças a
eles, é possível observar sinais que variam lentamente no tempo. Esses sinais requerem
varreduras lentas, inferiores a 2 ms/div.
No osciloscópio convencional, varreduras muito lentas produziram osciloscópio ou
cintilações de imagem tão fortes que não permitiriam a visualização e a medida da forma de
onda. Outra aplicação importante é a visualização de sinais rápidos, porém de baixas
freqüência de recorrência (por exemplo, uma transição de duração 1 μ.s. que se repete a cada
2 segundos).
Esses sinais requerem a aplicação de altas velocidades de varredura, pois de outro
modo não seria possível a visualização das transições rápidas. Porém, a baixa freqüência de
recorrência reduz sensivelmente a luminosidade na tela, tornando quase impossível a
observação de forma da onda. Esses problemas são contornados com a utilização do
osciloscópio com memória, que permite também uma visualização das formas de onda de
sinais não repetitivos e que aparecem apenas ocasionalmente. A observação e medida desses
sinais são procedimentos absolutamente necessários para determinada aplicação (nesse caso,
a freqüência de recorrência tende a zero, pois o sinal ocorre apenas uma vez).
O principio de funcionamento do osciloscópio com memória está baseado quase
exclusivamente no emprego de um tubo de raios catódicos especial, denominado persistência
3.4 - AMPLIFICADORES CC E BC
Se você ligar uma fonte de alta impedância e uma carga de baixa impedância, a maior
parte do sinal ca sofrerá uma queda através da impedância interna da fonte. Uma fonte de se
contornar esse problema é usando um seguidor de emissor entre de alta impedância e a carga
de baixa impedância. O seguidor de emissor eleva o nível da impedância e reduz as perdas do
sinal.
Além dos seguidores do emissor, este capitulo também discute os amplificadores
Darlington, tipos de acoplamentos entre estágios, reguladores de tensão mais sofisticados e os
amplificadores BC.
AMPLIFICADORES CC
Na figura a seguir mostra um circuito chamado amplificador com coletor comum (CC).
Como Rc é chamado amplificador de coletor aterrado. Quando uma tensão cc Vent aciona a
base, aparece uma tensão cc Vsaída através do resistor do emissor.
IDEIA BÁSICA
Um amplificador CC é como um amplificador EC fortemente linearizado com o resistor
do coletor em curto e a saída retirada do emissor e não do coletor. Conto o emissor está
arrumado à base, a tensão de saída cc é
RELAÇÕES DE FASE
Na próxima figura, VCE é dada por
Se Vsaida aumentar, VCE diminui. Portanto, vce está defasado da saída Vsaída e Vent. Você
pode ver esta relação defasada observando a figura abaixo. Quando V ent aumenta de 1 V Vsaída
aumenta de 1 V, mas VCE diminui de 1 V.
LINHA DE CARGA CC
Somando as tensões ao longo da malha do coletor da figura abaixo temos
GANHO DE TENSÃO
Na figura a seguir mostra um seguidor do emissor acionado por uma pequena tensão ca.
Na figura abaixo mostra o circuito equivalente ca. A tensão ca de saída é igual
Observe que a tensão de saída está dentro de meio por cento da tensão de entrada.
PEQUENAS DISTORÇÕES
O seguidor de emissor é intrinsecamente um amplificador de baixa distorção. Como o
resistor emissor não é derivado, a linearização é extrema forte e não linearidade do diodo
emissor é praticamente eliminada.
Como ganho de tensão é aproximadamente 1, a tensão de saída é uma replica da
tensão de entrada. Dada uma onda senoidal perfeita na entrada, teremos uma onda senoidal
praticamente perfeita na saída.
EXEMPLO 1
Na figura acima mostra um seguidor de emissor usando uma polarização com divisor de
tensão. Calcule as tensões cc e explique as formas de onda.
SOLUÇÃO
A tensão Thevenin cc que sai do divisor de tensão é
O sinal da fonte é uma onda senoidal com um nível cc de 0 V. Este sinal é acoplado à
base do seguidor do emissor. O nível quiescente ou cc na bas é de +5 V. Logo a tensão de
entrada para a base consiste, equivalente a não se ter nenhum componente ca.
EXEMPLO 2
Calcule o ganho da figura anterior. Se a tensão ca de entrada tiver um pico de 1 V, qual a
saída de tensão?
SOLUÇÃO
A corrente cc do emissor é
O ganho de tensão é
Isto está tão próximo da tensão de entrada que você não pode distinguir V ent, de Vsaída
com osciloscópio. Em praticamente qualquer seguidor de emissor, você terá uma tensão ca de
saída praticamente igual à tensão ca de entrada.
O ganho de tensão é
Isto nos diz que o ganho de tensão tem a mesma intensidade que teria num amplificador
EC não linearizado; somente a fase é diferente. Por exemplo, se Rc = 2500Ω e re = 25Ω , então
o amplificador BC tem um ganho de tensão de 100, enquanto um amplificador EC tem um
ganho de tensão de - 100.
Idealmente, a fonte de corrente do coletor da figura abaixo tem uma impedância interna
infinita. Portanto a impedância de saída de um amplificador BC é
que pode ser bem pequeno. Por exemplo, se IE = 1mA, a impedância de entrada de um
amplificador BC é somente ela. A menos que a fonte ca seja quase-ideal, a maior parte do sinal
perde através da resistência da fonte.
A impedância de entrada de um amplificador BC é tão baixa que é tão baixa que ela
sobrecarrega a maioria das fonte de sinal. Por isso, um amplificador BC discreto não é usado
tão freqüentemente em baixas freqüências; ele é usado principalmente em aplicações de alta
freqüência (acima de 10 MHz) onde são comuns as fontes de baixa impedância. Nos circuitos
integrados, o amplificador BC é amplamente usado como parte de um amplificador diferencial.
EXEMPLO l
Qual a tensão ca de saída na figura acima?
SOLUÇÃO
A corrente cc do emissor é
Portanto
impedância de saída
POLARIZAÇÃO DA BASE
Na Figura abaixo é um exemplo de polarização da base (também chamada polarização
fixa). Geralmente, a fonte de alimentação da base é a mesma que alimenta o coletor; isto é, V bb
= Vcc. Neste caso, os resistores da base e do coletor voltam ambos para o lado positivo da
alimentação do coletor, e o circuito é desenhado como o que aparece na Figura a seguir.
Em qualquer dos dois casos, este é o pior modo possível de se polarizar um transistor
para que ele funcione linearmente, pois o ponto Q é instável. Como foi discutido no capítulo
anterior, βcc pode ter uma variação de 9: l com a corrente e a temperatura. Isto quer dizer que
é impossível estabelecer um ponto Q estável, no que podemos nos basear na produção em
grande escala. Portanto, nunca usamos a polarização da base em circuitos lineares.
A utilização mais elementar da polarização da base é nos circuitos digitais, nos, quais o
transistor usado como uma chave entre o corte e a saturação. Neste caso, usamos a saturação
forte para passar as variações em βcc.
mostra a figura abaixo. Em qualquer dos dois casos, a idéia consiste em se tentar usar a
tensão através do resistor do emissor compensar as variações em βcc. Por exemplo, se βcc
aumentar, a corrente do coletor aumenta. Aumenta a tensão do emissor, o que diminui a tensão
através do resistor da base e reduz. A corrente da base. A corrente da base reduzida resulta
numa corrente do coletor menor, o que parcialmente o aumento original em
OBSERVAÇÃO PRÁTICA
A polarização com realimentação do emissor baseia-se no aumento da corrente do
coletor que produz mais tensão através do resistor do emissor, o que reduz a corrente da base
e conseqüentemente a corrente do coletor. A idéia básica soa bem, mas o circuito parece não
funcionar muito bem quando se considera valores práticos para resistência. Para ser
conclusivo, o circuito precisa de um resistor do emissor relativamente baixo para evitar a
saturação do coletor. A análise matemática que se segue lhe mostrará porquê.
A propósito, a palavra "realimentação" é usada aqui para indicar uma quantidade na
saída (corrente do coletor) que produz uma variação numa quantidade de entrada (corrente da
base). O resistor do emissor é o elemento de realimentação porque ele é comum aos circuitos
de entrada e de saída.
Como IE: é aproximadamente igual a Ic, esta equação pode ser rearranjada na forma
Por ora, você deve estar apto a ver num relance que o extremo superior da linha de
carga tem uma corrente de saturação de Vcc/(Rc + RE) e a extremidade inferior da linha de
carga tem uma tensão de corte dada por Vcc.
EFEITO DE βcc
A seguir, podemos somar as tensões ao longo da malha da base para obter
SATURAÇÃO
Se RB = βccRc, então a equação anterior produz
EXEMPLO 1
Calcule o valor da corrente de saturação do coletor na Fig. 6-3a. A seguir, calcule a
corrente do coletor para estes dois valores de βcc: 100 e 300.
SOLUÇÃO
A corrente saturação do coletor é
AÇÃO DA REALIMENTAÇÃO
Aqui está como funciona a realimentação. Suponha que a temperatura aumente,
fazendo com que βcc na figura anterior aumente. Isto produz mais corrente no coletor. Tão logo
aumenta a corrente do coletor, diminui a tensão do coletor-emissor (há uma grande queda
através de Rc). Isto quer dizer que há uma tensão menor através do resistor da base, e isto faz
com que haja uma diminuição na corrente da base. A menor corrente da base compensa o
aumento inicial na corrente do coletor. Como você verá, a polarização com realimentação do
coletor tem certas vantagens sobre a polarização com realimentação do emissor.
LINHA DE CARGA CC
Somando as tensões ao longo da malha do coletor temos
De imediato, você pode ver que a extremidade superior da linha de carga tem uma
corrente de saturação de Vcc/Rc e a extremidade inferior tem uma tensão de corte de Vcc.
EFEITO DE βcc
Se somarmos as tensões ao longo da malha da base,
CASO ESPECIAL
A polarização com realimentação do coletor tem uma outra vantagem sobre o emissor
polarizado: você não pode saturar o transistor. À medida que você diminui a resistência da
base, o ponto de operação desloca-se em direção ao ponto de saturação da linha de carga cc.
Porém nunca pode atingir u saturação, independentemente do valor mínimo que u resistência
da base possa ter. A Figura passada mostra a polarização a polarização da realimentação do
coletor com um resistor da base em curto. Observe que o VCE não pode ser menor do que 0,7 V
porque esta é a queda através dos terminais da base-emissor. A corrente do coletor é de
aproximadamente
Este valor é um pouco menor do que Vcc/Rc, o extremo superior da linha de carga cc;
portanto, o transistor não pode estar saturado.
Na Figura anterior mostra o circuito equivalente para um resistor da base em curto. Um
transistor com base em curto com o coletor funciona do mesmo jeito que um diodo. Esta idéia é
importante nos circuitos integrados. Mais tarde veremos porquê.
A forma mais fácil de se perceber isto é substituindo este valor da equação da página
anterior
EXEMPLO 2
Desenhe um circuito de polarização com realimentação do coletor no ponto médio que
preencha as seguintes especificações:
SOLUÇÃO
A resistência da base deve ser de
EXEMPLO 3
Na Figura acima, calcule a corrente do coletor para estes dois valores de βcc:1 00 e 300.
SOLUÇÃO
Quando βcc = 100, a equação da pág. 93 dá
A Figura passada mostra a linha de carga cc e os pontos de operação. Como você pode
ver, uma variação de 3:1 em βcc produz uma variação na corrente do coletor menor do que
uma variação de 2:1. O ponto Q não é muito firme, mas pelo menos há uma melhora sobre a
polarização com realimentação do emissor. Além disso, o circuito não pode saturar
independentemente do valor βcc. Por esta razão, você às vezes vê polarização com
realimentação do coletor sendo usada em amplificadores de pequeno sinal.
CORRENTE DO EMISSOR
A polarização por divisor de tensão funciona assim: abra mentalmente o terminal da
base na Figura anterior. Então você está olhando para uni divisor de tensão descarregado cuja
tensão Thevenin é:
onde as barras verticais significam "em paralelo com". Você lê a equação acima assim:
"RTH é igual a R1 em paralelo com R2”. Somando as tensões ao longo da malha da base da
figura acima resulta
Se RE for 100 vezes maior do que RTH/βcc, então o segundo termo será abolido e a
equação ficará simplificada na forma
Neste livro, um circuito de polarização por divisor de tensão estabilizado é aquele que
satisfaz esta condição:
Esta regra dos 100:1 deve ser satisfeita para o βcc mínimo encontrado sob quaisquer
condições. Por exemplo, se um transistor tiver um βcc que varie de 80 até 400, use o valor
mais baixo (80).
Geralmente, R2 é menor do que R1 e a equação anterior simplifica-se na forma
Mais uma vez, será conveniente trabalhar com esta regra de projeto:
No pior caso, satisfazer esta regra significa que a corrente do coletor será de
aproximadamente 10 por cento mais baixa do que o valor ideal.
De agora em diante, nos referiremos a um divisor de tensão "firme" quando ele
satisfazer a equação acima. Como orientação, geralmente tentamos conseguir o divisor de
tensão quase-ideal. Por razões que serão dadas mais tarde (impedância de entrada), às vezes
concordamos em usar um divisor de tensão firme porque isto pode nos dar um projeto mais
versátil do circuito.
LINHA DE CARGA CC
Se você somar as tensões ao longo da malha do coletor na Fig. 6-7 e resolver a
equação determinando o valor de Ic, obterá
Disto fica claro que a extremidade superior da linha de carga tem uma corrente de
saturação de Vcc/(Rc + RE) e a extremidade inferior tem uma tensão de corte de Vcc.
TENSÕES DO TRANSISTOR
Na análise de defeitos você achará conveniente medir as tensões dos transistores com
relação ao terra. A tensão Vc do coletor ao terra é igual à tensão de alimentação menos a
queda através do resistor do coletor:
porque o emissor está amarrado dentro de uma queda vbe da base. Num projeto
estabilizado, a tensão da base ao terra é
A regra para o projeto vale para a maioria dos circuitos, mas lembre-se, é apenas uma
orientação. Nem todos usam essa regra, portanto não se surpreenda se encontrar tensões do
emissor com valores diferentes de um décimo da tensão da alimentação.
A seguir, você pode projetar um divisor de tensão quase-ideal usando a regra 100:1
Se você preferir um divisor de tensão firme, aplique então a regra dos 10:1:
EXEMPLO 4
O circuito da figura a seguir tem um divisor de tensão quase-ideal. Desenhe a linha de
carga cc e mostre o ponto Q.
SOLUÇÃO
Abra mentalmente o transistor do coletor para o emissor. Então, toda a tensão da
alimentação aparece através dos terminais coletor-emissor. Isto quer dizer que a extremidade
inferior da linha de carga tem uma tensão de corte de 30V.
A seguir, faça mentalmente um curto no transistor do coletor para o emissor. Você pode
ver, então, que Rc está em série com RE com uma corrente de saturação de
A corrente do emissor é
A tensão do coletor é
A tensão do emissor é
A Figura anterior mostra a linha de carga cc e o ponto Q. Como você pode ver, o ponto Q
está próximo do meio da linha de carga cc.
EXEMPLOS
A próxima figura mostra um amplificador de dois estágios. (Um estágio é formado por
cada transistor com os seus resistores de polarização, incluindo Rc e R E). Quais as tensões cc
do emissor para cada estágio? Quais as tensões cc do coletor?
SOLUÇÃO
Os capacitores estão abertos em cc; portanto podemos analisar cada estágio
separadamente porque as tensões e as correntes cc não interagem. Os estágios são idênticos
são porque usam os mesmos valores de resistência. Em cada estágio, a tensão através do
resistor de 1kΩ do divisor de tensão é de 2,27V. A tensão do emissor é 0,7V menor, ou
A corrente do emissor é
EXEMPLO 6
Projete um circuito de polarização por divisor de tenção com as seguintes
especificações: Vcc = 20, Ic = 5mÀ, e βcc varia de 80 a 400.
SOLUÇÃO
A tensão do emissor deve ser aproximadamente um décimo da tensão de alimentação,
logo VE = 2V. A corrente quiescente do coletor tem uma especificação de 5mA; portanto a
resistência do emissor exigida é
O valor padrão mais próximo é de 390Ω. Para funcionar próximo ao meio da linha de
carga cc, a resistência do coletor deve ser de aproximadamente quatro vezes a resistência do
emissor:
O valor padrão mais próximo é 2kΩ. Portanto os valores finais do circuito são
POLARIZAÇÃO DO EMISSOR
Na figura abaixo mostra a polarização do emissor, que é usada às vezes quando se
dispõe de uma alimentação dividida (tensões positiva e negativa). A figura a seguir é uma forma
simplificada de desenhar o circuito.
Vejamos como analisar um circuito com emissor polarizado. Se R B for suficientemente
pequeno, a tensão da base será aproximadamente zero. A tensão do emissor está a uma
queda vbe abaixo dessa. Portanto, a tensão através do resistor do emissor é V EE — VBE e a
corrente do emissor é
Como βcc não aparece nessa fórmula, o ponto Q é fixo. Sempre que se dispuser de uma
fonte de alimentação separada, pode ser usada a polarização do emissor, porque ela fornece
um ponto Q bem firme, exatamente como o faz uma polarização por divisor de tensão.
O mais importante num circuito bem projetado de polarização do emissor é o valor de
RB. Deve ser pequeno. Mas, quão pequeno? Através de uma dedução semelhante a que foi
dada para a polarização por divisor de tensão, a fórmula exata para a corrente do emissor é
Num projeto estabilizado, RE é de pelo menos 100 vezes maior do que RB/βcc. Isto é
equivalente a
Ao verificar defeitos num circuito com polarização do emissor, você precisa fazer uma
estimativa das tensões do transistor com relação ao terra. A tensão do coletor é
EXEMPLO 7
Na Figura acima, Rc = 5,1kΩ, RE - 10 kΩ e RB = 6,8 kΩ. Se a fonte separada for de +15V
e -l 5V, qual a tensão do coletor ao terra?
SOLUÇÃO
Suponha um projeto quase-ideal. Então a base é essencialmente aterrada. O emissor
está a uma queda VBE, abaixo do terra, ou -0,7V. A corrente do emissor é
A tensão do coletor é
Onde
Vsaída = tensão entre os coletores
A = Rc/r ' e
V1 = tensão de entrada não-inversora
V2 = tensão de entrada inversora
flutuante. Em outras palavras, você precisa ligar os dois terminais da carga aos coletores. Isto
não é convencional na maioria das aplicações porque as cargas geralmente têm terminal
simples, o que significa que um lado da carga é ligado ao terra.
Onde
Vsaída = tensão entre os coletores
A = Rc/r ' e
V1 = tensão de entrada não-inversora
V2 = tensão de entrada inversora
Observe que o ganho de tensão A é metade do valor da equação da pagina anterior,
uma consequência direta de se utilizar somente uma única resistência do coletor Rc.
O ganho de um AMPOP é instável e elevado demais para que o circuito tenha alguma
utilidade. O uso de realimentação permite ultrapassar o problema anterior. Existe a
realimentação positiva, que consiste em ligar componentes entre a saída e a entrada não-
inversora do AMPOP. Este tipo de realimentação faz com que o AMPOP sature e tem
aplicações práticas no desenho de osciladores.
Existe também a realimentação negativa que consiste em ligar componentes entre a
saída e a entrada inversora. Este tipo de realimentação é utilizado para estabilizar o ganho do
AMPOP.
MONTAGENS BÁSICAS
• Montagem inversora
Uma das montagens mais utilizadas é representada na figura 5, denominada montagem
inversora.
Para analisar este circuito é necessário considerar que o ganho A é muito elevado, logo:
Note-se que a tensão de saída aparece com sinal oposto ao da tensão de entrada,
justificando o nome montagem inversora.
O ganho G desta montagem define-se como:
• Montagem não-inversora
Uma outra montagem também muito utilizada é a montagem não-inversora,
representada na figura 6.
Tal como na montagem anterior tem-se v+ v-. Logo, v- vi e a corrente i1 que passa em
R1 é dada por:
Cm em decibéis:
LARGURA DE BANDA
Idealmente, a largura de banda e o ganho de um AMPOP seriam infinitos. Na prática,
tanto o ganho com a largura de banda são finitas, como mostra a figura 9. O ganho é constante
para frequências pequenas, mas cai ao ritmo de -20dB por década (uma década é um aumento
de 10 vezes na freqüência).
Nos AMPOPS existe a figura de mérito Produto Banda-Ganho, que é uma constante
para um dado AMPOP. Nas figuras 9 e 10 este produto vale lOOkHz.
Material experimental:
• Gerador de funções
• Fonte de tensão continua
• AMPOP 741C
• Potenciômetro e Resistências
• Multímetro
• Osciloscópio
Tabelas 1 e 2
• Medição da resistência de entrada de um AMPOP
Monte o circuito da figura 13.
Ajuste o gerador de funções de forma a ter na entrada em onda senoidal com amplitude
2V e freqüência 100Hz. Ajuste o potenciômetro até a onda de saída ter amplitude 1V. (metade
da amplitude de entrada). Desligue o circuito e meça com um ohmímetro a resistência do
potenciômetro
• Medição do "slew-rate"
Monte o circuito da figura.
Ajuste o gerador de funções de forma a ter uma onda quadrada com 5V pico a pico, e
frequência 10kHz. Meça a tensão de saída (pico a pico), e o tempo necessário para que a
tensão de saída passe do valor mínimo ao máximo:
Ajuste o gerador de funções de forma a ter na entrada uma onda senoidal com
frequência 1kHz, e amplitude 1V pico a pico.
Verifique que a tensão de saída tem também 1V (pico a pico), mas está em oposição de
fase com a entrada (note que a montagem é invcrsora e tem um ganho A = -R2/R1 = -1).
Varie a frequência da senóide até a tensão de saída se reduza a 0,7V (pico a pico). A
tensão de saída é agora 2 vezes inferior (-3dB) à tensão de saída em baixa freqüência.
Aonde o valor de freqüência obtido:
Altere ri para 5kΩ, colocando outra resistência de 10kΩ em paralelo. Ajuste a freqüência
para 1 kHz. A tensão de saída em baixa frequência é agora 2V (pico a pico), pois o ganho é 2.
Varie a freqüência até a tensão de saída ter uma amplitude 1.4V (pico a pico), que é 2 vezes
inferior a 2V. Anote o valor de freqüência obtido:
Substitua a resistência ri por uma de 1kΩ. Ajuste a frequência para 1kHz. A tensão de
saída em baixa frequência é agora 10V (pico a pico), pois o ganho é 10. Varie a freqüência até
a tensão de saída ter uma amplitude 7V (pico a pico). Anote o valor de frequência obtido:
Ajuste o gerador de funções de forma a ter uma tensão senoidal com 100Hz. Com a
ajuda de um voltímetro AC, ajuste a amplitude da tensão comum de entrada V i(cm) para 2Vrms.
Meça a tensão comum de saída V0(cm):
Monte o circuito da figura 18a, que representa uma fonte de sinal (sensor, etc.) com a
respectiva resistência R2, a transferir o sinal para uma carga R1. Observe a tensão na carga
usando o osciloscópio.
Monte o circuito da figura 18è, em que se introduziu um seguidor (G=1) entre a fonte e a
carga. Visualize a tensão de saída.
Explique as diferenças entre as tensões na carga, nas duas montagens.
• Amplificador diferença
Monte o circuito da figura 19, que amplifica a diferença V a -Vb com um ganho G = R2/R1.
3.8.1-INTEGRADOR
Um integrador é um circuito que realiza a operação matemática da integração porque ele
produz uma tensão de saída proporcional à integral da entrada. Uma aplicação comum é usar
uma tensão de entrada constante para produzir uma rampa de tensão de saída. (Uma rampa é
uma tensão linearmente crescente ou decrescente.) Por exemplo, se você alimentar um 741C
com urna tensão em degrau, a saída inclina-se a uma taxa de 0,5V/u.s. Isto significa que a
tensão de saída varia 0,5Vμs durante cada microssegundo. Este é um exemplo de uma rampa,
uma tensão que varia linearmente com o tempo. Com um amp op, podemos construir um
integrador, um circuito que produz um declive de saída bem definido para uma entrada
retangular ou constante.
CIRCUITO BÁSICO
A figura a seguir é um integrador amp op. Vamos mostrar o seu funcionamento. A
entrada típica para um integrador é um pulso retangular como o da próxima figura. V ent
maiúsculo representa uma tensão constante durante o tempo T do pulso. Visualize V ent aplicado
do lado esquerdo de R. Devido ao terra virtual, a corrente de entrada é constante e igual a
V
ent ent
R
Aproximadamente toda essa corrente segue para o capacitor. A lei básica de capacitores
afirma que
Q
C
V
Ou
Q
V
C
Como uma corrente constante flui para o capacitor, a carga Q aumenta linearmente. Isto
significa que a tensão do capacitor aumenta linearmente com a polaridade mostrada na
próxima figura. Devido à inversão de fase do amp op, a tensão de saída é uma rampa negativa
como está representado na figura abaixo. No final do período do pulso, a tensão de entrada
volta a zero, e a corrente de carga cessa. Pelo fato do capacitor manter a sua carga, a tensão
de saída permanece constante num nível negativo.
Para se obter a fórmula para a tensão de saída, divida os dois lados da equação acima
por T:
V Q /T
T C
Como a carga é constante, podemos escrever
V I
T C
IT
V
C
onde
V = tensão do capacitor
I = corrente de carga, Vent/R
C = capacitância
T = tempo de carga
Esta é a tensão através do capacitor. Devido à inversão de fase, Vsaida = -V. Por exemplo,
se I = 4mA, T = 2ms e C = 1μF, então a tensão do capacitor no fim do período de carga é
(4mA)(2ms)
V 8V
1F
Devido à inversão de fase, a tensão de saída é -8V depois de 2 ms.
Para terminar: devido ao efeito Miller, um integrador pode ser visualizado como mostra a
figura a seguir. A constante de tempo para a rede de atraso da entrada é
RC (1 A)
Para que o integrador funcione corretamente, esta constante de tempo deve ser maior
do que a largura T do pulso de entrada (pelo menos 10 vezes maior). No integrador amp op
típico, o valor grande de A produz uma constante de tempo extremamente grande, e você
dificilmente tem qualquer problema se satisfazer a condição de que t seja muito maior do que T.
entrada. Se a resistência adicionada for igual a 10R, o ganho de tensão de malha fechada será
-10 e a tensão de compensação da saída será fortemente reduzida. O integrador trabalha
aproximadamente da forma descrita anteriormente porque a maior quantidade da corrente de
entrada ainda segue para o capacitor.
Uma outra forma de suprimir o efeito das compensações de entrada é usando uma
chave de reativação JFET como mostra a figura acima. Isto nos permite descarregar o
capacitor imediatamente antes do pulso ser aplicado à entrada. Por exemplo, na figura anterior
mostra uma chave JFET capaz de reativar o integrador. Quando a tensão da porta é –Vcc, a
chave JFET está aberta e o circuito funciona da forma descrita anteriormente. Quando a tensão
da porta varia para 0V, a chave JFET se fecha e descarrega o capacitor. Quando o ganho de
tensão da porta se torna negativo, o JFET se abre, e o capacitor pode ser recarregado pelo
pulso de entrada seguinte.
3.8.2 - DIFERENCIADOR
Um diferenciador é um circuito que realiza a operação matemática da diferenciação. Ele
produz uma tensão de saída proporcional à inclinação da tensão de entrada. As aplicações
mais comuns de um diferenciador são a detecção das bordas dianteira e posterior de um pulso
retangular, ou a produção de uma saída retangular a partir de uma entrada rampa.
DIFERENCIADOR RC
Para diferenciador o sinal de entrada pode ser usada uma rede de avanço como na
figura abaixo. Quando usada dessa forma, é chamada diferenciador RC. Em vez de um sinal
senoidal, a entrada típica é um pulso retangular, como mostra a figura abaixo. A saída do
circuito são espículas positivas e negativas. A espícula positiva ocorre simultaneamente com a
borda dianteira da entrada; a espícula negativa ocorre simultaneamente com a borda posterior.
Outros circuitos podem utilizar essas espículas em delimitações de tempo.
Para se entender como o diferenciador RC funciona, observe a figura seguinte. Quando
a tensão de entrada varia de zero a V, o capacitor começa a se carregar exponencialmente,
como aparece na figura. Depois de aproximadamente cinco constantes de tempo, a tensão do
capacitor está dentro de l por cento da tensão final V. Para satisfazer a lei de Kirchhoff para a
tensão, a tensão através do resistor da Fig. 18-19 a é
U R Vent VC
Isto significa que a tensão de saída salta de repente de zero a V, e então decai
exponencialmente, como mostra a próxima figura. Na borda posterior do pulso, a tensão de
entrada forma um degrau negativo, e através de um argumento análogo, temos uma espícula
negativa. Observe que cada espícula na figura a seguir tem um valor de pico de
aproximadamente V, a altura do degrau de tensão.
Se um diferenciador RC tiver que produzir espículas estreitas, a constante de tempo
deve ser pelo menos 10 vezes menor que a largura de pulso T. Por exemplo, se a largura de
pulso for de Ims, então a constante de tempo RC deve ser menor ou igual a 0,1ms. A figura
abaixo mostra um diferenciador RC com uma constante de tempo de 0,1 ms. Quanto menor a
AMP OP DIFERENCIADOR
Na próxima figura mostra um diferenciador amp op. Note a semelhança com o integrador
amp op. A diferença é que o resistor e o capacitor são intercambiados. Quando a tensão de
entrada varia, o capacitor carrega ou descarrega. Devido ao terra virtual, a corrente do
capacitor passa através do resistor de realimentação, produzindo uma tensão. Esta tensão é
proporcional à inclinação da tensão de entrada.
Uma entrada que é frequentemente usada com diferenciadores amp op é uma rampa
como a forma de onda de cima da figura a seguir. Devido ao terra virtual, toda a tensão de
entrada aparece através do capacitor. A rampa de tensão implica que a corrente do capacitor
seja constante. Como toda esta corrente constante flui através do resistor de realimentação,
obtemos um pulso invertido na saída, como mostra a figura abaixo.
Vamos mostrar como se calcula a corrente. No fim da rampa, a tensão do capacitor é
Q
V
C
Dividindo os dois lados pelo tempo da rampa resulta
V Q /T
T C
Ou
V I
T C
Tirando o valor da corrente, obtemos
CV
I
T
Onde
I = corrente do capacitor
C = capacitância
V = tensão no final da rampa
T = tempo entre o começo e o fim da rampa
Esta corrente é fundamental, uma vez calculada, você pode obter a tensão de saída com
Vsaida IR
Como exemplo, a Fig. 18-20 mostra uma rampa de 3 V alimentando um diferenciador
amp op. A corrente do capacitor é
(0,01F )(3V )
I 30A
1ms
A tensão de saída é
Vsaida (30A)(2K) 60mV
Portanto a forma de onda da saída é um pulso negativo com um pico de —60mV.
Num osciloscópio, a corda dianteira de um pulso retangular pode parecer perfeitamente
vertical. Mas se você diminuir o suficiente o tempo da base, verá que a borda dianteira é
geralmente uma onda exponencial ascendente. Como aproximação, podemos tratar essa
exponencial crescente como uma rampa positiva.
Uma das aplicações comuns do diferenciador amp op é produzir espículas muito
estreitas, como mostra a figura acima. A borda dianteira do pulso é aproximadamente uma
rampa positiva, de modo que a saída será uma espícula do lado negativo com uma duração
muito curta. Analogamente, a borda traseira do pulso de entrada é aproximadamente uma
rampa negativa, de modo que a saída é uma espícula positiva muito estreita. A vantagem do
diferenciador amp op sobre um diferenciador RC simples é que as espículas provêm de uma
fonte de baixa impedância, o que torna mais fácil alimentar resistências de carga típicas.
3.8.3 - COMPARADOR
Frequentemente precisamos comparar uma tensão com outra para ver qual delas é
maior. Tudo o que precisamos é uma resposta sim/não. Um comparador é um circuito com
duas tensões de entrada (não-inversora e inversora) e uma tensão de saída. Quando a tensão
não-inversora for maior que a tensão inversora, o comparador produzirá uma alta tensão de
saída; quando a entrada não-inversora for menor que a entrada inversora, a saída será baixa. A
siada alta simboliza a resposta "sim", e a saída baixa representa a resposta "não".
CIRCUITO BÁSICO
A forma mais simples de se construir um comparador é ligando um amp op com
resistores de realimentação como mostra a figura abaixo. Quando a entrada inversora está
aterrada, a mais suave tensão de entrada (em fração de milivolts) é suficiente para saturar o
amp op. Por exemplo, se as alimentações forem de 15 V, então a compliance de saída vai de
aproximadamente -13 V para +13 V. Com um 741 C, o ganho de tensão de circuito fechado é
tipicamente de 100.000.
PROBLEMAS DE RAPIDEZ
Um amp op como o 741C pode ser usado como um comparador, mas ele apresenta
limitações quanto à rapidez. Como você sabe, a taxa de inclinação limita a taxa de variação da
tensão de saída. Com um 741 C, a saída pode variar no Máximo a uma taxa de 0,5 V/μs. Por
isso, um 741C leva mais de 50 μs para fazer um chaveamento entre uma saída baixa de -13 V
e uma saída alta de +13 V. Uma aproximação para se aumentar de chaveamento é usar um
amp op de taxa de inclinação mais rápida, como o 318. Como este possui uma taxa de
inclinação de 70 V/μs, ele pode fazer um chaveamento de -13 V para +13 V em 0,3 μs
aproximadamente.
CI’s COMPARADORES
O capacitor de compensação encontrado num amp op típico é a fonte do problema da
taxa de inclinação. Para circuitos lineares com amp op, este capacitor é essencial porque ele
desenvolve o ganho de tensão do circuito aberto a uma taxa de 20 dB por década e evita
oscilações. Além disso, o amp op típico tem um estágio de saída push-pull classe B que em
ultima instância determina a compliance de saída.
Um comparador é um circuito ano-Iinear, portanto não há necessidade realmente de se
incluir um capacitor de compensação. Além disso, na maioria das aplicações de comparadores
é melhor deixa o usuário determinar a compliance de saída. Por estas duas razões, o fabricante
pode projetar novamente o amp op típico abandonando o capacitor de compensação e
mudando o estágio de saída. Quando um Cl é otimizado para ser usado como um comparador,
o dispositivo é apresentado numa seção separada do catálogo do fabricante. Em outras
palavras, você vai encontrar amps op num lugar e comparadores em outro.
Na figura seguir é um diagrama simplificado de um Cl comparador. O estágio de entrada
é um amp dif (Q1 e Q2). Um espelho de corrente, Q6 e Q7, fornecem a alimentação para a
corrente de cauda. Como anteriormente, um espelho de corrente, Q 3 e Q4, é uma carga ativa.
O estágio de saída é um único transistor Q5 com o coletor aberto. O fabricante deixa este
coletor de propósito. Isto permite que o usuário ligue qualquer resistor de carga e qualquer
tensão de alimentação positiva desejados.
Para que o circuito funcionar corretamente, você precisa ligar o coletor aberto a um
resistor externo e uma fonte de alimentação, como mostra na próxima figura. O resistor é
chamado resistor de suspensão porque ele literalmente eleva a tensão de saída é um transistor
de saída está cortado. Basicamente, o estágio de saída é um transistor chave. É por isso que o
comparador produz uma saída em dois estágios, ou uma tensão baixa ou alta.
Quando a entrada não-inversora é mais positiva que a entrada inversora, a tensão de
base de Q5 diminui, e o transistor é cortado. Isto significa que a tensão de saída é alta e igual a
+V. Por outro lado, quando a entrada não-inversora é menos positiva que a entrada inversora, a
tensão de base Q5 aumenta, e o transistor entra em saturação. Portanto a tensão de saída é
baixa, apenas alguns décimos de volts.
Sem capacitor de compensação, a saída da figura a seguir pode inclinar-se muito
rapidamente porque somente as pequenas capacitâncias de dispersão permanecem no
circuito. Uma limitação na velocidade de chaveamento é a quantidade de capacitância que
atravessa Q5. Esta capacitância de saída é a soma da capacitância do coletor e da capacitância
de dispersão da fiação. A constante de tempo da saída é o produto da resistência de elevação
pela capacitância de saída. Por esta razão, quanto menor a resistência de suspensão, mais
rápido a tensão de saída pode variar. Tipicamente, R pode ser de algumas centenas alguns
milhares de ohms.
O COMPARADOR DE JANELA
Um comparador comum indica quando a tensão de entrada excede um certo limite ou
limiar.
Um comparador de janela (também chamado detector de limite terminal duplo) detecta
quando a tensão de entrada situa-se ente dois limites. Esta seção vai discutir dois exemplos de
comparadores de janela.
EXEMPLO DE AMP OP
Na próxima figura é um exemplo de um comparador de janela que utiliza um amp op.
Entrada não-inversora tem como referência uma tensão Thevenin +Fcc/3, e a entrada inversora
uma tensão Thevenin de +Fcc/4. Como Vcc é de 12 V, as referências de Thevenin são +4 V
para a entrada não-inversora e +3 V para entrada inversora.
Quando a tensão de entrada é zero, o díodo de cima está ligado e o de baixo desligado.
Como a entrada não-inversora é grampeada a uma queda do diodo acima de tensão de
entrada, a entrada não-inversora é +0,7 V. A entrada inversora por outro lado, está a +3 V.
Portanto a tensão de erro é negativa e a saída do comparador é baixa.
À medida que a tensão de entrada aumenta, a entrada não-inversora também aumenta,
permanecendo 0,7 V mais alta do que Vent. Quando Vent, atinge +2,3 V, a entrada não-inversora
é grampeada em +3 V. Como a entrada inversora ainda está em +3 V, a tensão de erro agora é
zero. Se a tensão de entrada Vent sobe acima de +2,3 V, a saída do comparador se eleva. Uma
entrada de +2,3 V é um valor critico porque a saída do comparador está prestes a chavear do
estado baixo para o alto. Esta tensão de entrada é chamada ponto de desengate inferior
(LTP)*.
Quando Vent for maior que o LTP, a tensão de saída chaveia para o estado alto, como
mostra a figura abaixo.
À medida que a tensão de entrada aumenta, a saída do comparador permanece alta até
que Vent se iguale a +4,7 V. Neste valor de tensão de erro está novamente em zero. Mais uma
vez, o comparador está prestes a chavear a sua saída. Quando V ent for maior que +4,7 V, a
tensão de erro fica negativa, levando a saída para o estado baixo. Uma entrada de +4,7 V é
chamada ponto de desengate superior (UTP)* porque logo acima desse nível, a saída chaveia
de volta para o estado baixo.
A características de transferência da figura anterior é chamada janela porque a saída é
alta somente quando a entrada se situa entre LTP e o UTP. Com uma Vcc de 12 V, o
comparador de janela da figura anterior tem um LTP de +2,3 V e um UTP de +4,7 V. Mudando
os divisores de tensão, podemos variar a largura se uma entrada se situa entre dois limites.
USANDO O LM339
Na próxima figura, mostra você pode ligar dois comparadores (metade de um LM339) de
modo a obter um comparador de janela. Com uma alimentação positiva de +12 V, as tensões
de referências são +4 V para o comparador de cima e +3 V para o baixo. Quando V ent se situar
entre +3 V e +4 V, os dois comparadores terão uma tensão de erro positiva, e os seus
transistores de saída estarão abertos. Por isso, a saída final é alta. Quando vent for menor que
+3 V ou maior que +4 V, um dos comparadores terá um transistor saturado e o outro terá um
transistor em corte. O transistor saturado puxa a tensão de saída de baixo para um nível mais
3.9 - OSCILADOR
O oscilador é um circuito de importância fundamental para os aparelhos eletrônicos. Sua
função é gerar oscilações elétricas permanentes, ou seja, um sinal senoidal com valores de
amplitude e de frequência muito bem determinados. Pafa a construção do oscilaHor é
indispensável um transistor que funcione como amplificador.
O oscilador é um circuito de muita importância, pois tem grande utilidade prática. Sua
função básica é gerar oscilações elétricas permanentes, isto é, um sinal senoidal com valores
de amplitude e de frequência constantes.
Para a construção dos osciladores, é indispensável um transistor que funcione como
amplificador. Esse elemento tem a função de retirar a energia da fonte de alimentação para
fornecê-la ao circuito ressonante básico, que é constituído pela célula L-C (bobina e capacitor).
Com isso, o transistor possibilita que a oscilação se automantenha nessa célula.
A bobina e o capacitor são dois elementos básicos do oscilador, pois eles permutam
energia entre si, armazenando e restituindo periodicamente esta energia.
Os osciladores podem também ser construídos com cristal de quartzo, que é capaz,
graças ao efeito piezelétrico, de desempenhar uma função semelhante à da célula L-C, com a
vantagem adicional de garantir maior estabilidade da frequência de oscilação. Os osciladores a
quartzo têm uma frequência fixa. Para variá-la, é necessário substituir o cristal.
Partindo do circuito base L-C, mostraremos aqui diversos tipos de oscilador existentes.
Como se pode notar na figura abaixo, foi acrescentado um transistor ao circuito base, enquanto
a bobina original foi substituída por um transformador. O funcionamento deste oscilador é muito
simples: o secundário L2 retira uma parte do sinal do circuito ressonante e o envia à base do
transistor, que por sua vez, o restitui amplificado ao circuito L1-C, completando, dessa maneira,
o ciclo. Isso se repete com uma frequência igual à frequência da oscilação.
Além dos exemplos citados, existem outras configurações, nas quais a retirada da fração
do sinal que o transistor emprega para manter a oscilação é feita sem o emprego de um
transformador. Há duas configurações clássicas, a partir das quais é possível obter qualquer
oscilador deste tipo: são os osciladores conhecidos, respectivamente, como Hartley e Colpitts.
1
f
2 ( L1 L2) C
Condição de manutenção:
L2 / L1
Emprega-se o sinal (aproximadamente igual) porque é quase impossível determinar
exatamente a condição, pois o ganho em corrente (β) pode variar dentro de certos limites, até
para os transformadores do mesmo tipo.
O oscilador Colpitts é representado na figura abaixo. Ele tem, como se pode observar,
uma estrutura semelhante à do oscilador Hartley, mas apresenta os papéis das bobinas e dos
capacitores invertidos. Seu circuito oscilador é constituído, portanto, pela bobina L e pêlos
capacitores C1 e C2 ligados em série — ligação que não equivale à sua soma. Este circuito
também é inserido entre a base e o emissor do transistor, que retira parte do sinal do capacitor
C1 e o amplifica. No Colpitts a frequência obtida e a condição de manutenção são calculadas
Frequência de oscilação:
1
f
C1 C 2
2 L
C1 C 2
Condição de manutenção:
C 2 / C1
A estabilidade da freqüência de oscilação pode ser incrementada em ambos os casos.
Para isso, basta utilizar um cristal piezelétrico como elemento de controle da frequência. Esse
cristal pode substituir qualquer elemento do circuito oscilador.
O circuito equivalente ao cristal oscila numa freqüência bem determinada quando lhe é
aplicada uma tensão elétrica. Ele é representado pela figura acima, como já foi frisado.
Empregando-se este elemento, pode-se projetar os osciladores com a mesma
disposição dos precedentes. Ele substitui a bobina, no caso do tipo Colpitts, ou fica no lugar do
indicador, no caso do tipo Hartley.
A partir dos esquemas precedentes, pode-se completar a estrutura do oscilador
acrescentando-se os outros elementos necessários para levar o transistor ao ponto de trabalho
adequado. Na figura a seguir mostra um oscilador do tipo Hartley completo. Nele, você pode
observar que os componentes do circuito oscilador propriedade dito são as indutâncias L1 e L2
e o capacitor C1.
Em série com os indutores, estão ligados dois capacitores, C2 e C3, que têm a única
função de impedir que a corrente contínua de base e o coletor, respectivamente, deriva para a
massa, e não influencie o funcionamento do oscilador.
Na figura abaixo vê-sc um oscilador Corpilts. Seu circuito é formato por C1, C2 e L.
Nesse caso, é o capacitor C3 que isola as tensões contínuas de base e coletor. Além dos
osciladores descritos até aqui, há outros dois tipos, também muito empregados nos aparelhos
eletrônicos: são os osciladores RC e os osciladores de relação.
Y+ Y+
R1 R2
C1
Sinal de
L1 L2 Saída
R1 R2 C2
C1 C3
TENSÃO DE PARTIDA
De onde vem a tensão de partida de um oscilador? Qualquer resistor contém alguns
elétrons livres. Devido à temperatura ambiente, estes elétrons livres deslocam-se
aleatoriamente em diferentes direções e geram uma tensão de ruído através do resistor. O
movimento é tão aleatório que contém frequências acima de 1000GHz. Você pode imaginar
cada resistor como uma pequena fonte de tensão ca produzindo todas as freqüências.
Na figura anterior, vejamos o que acontece. Logo que você liga a potência, os únicos
sinais do sistema são as tensões de ruídos geradas pelos resistores. Estes ruídos são
amplificados e aparecem nos terminais de saída. O ruído amplificado alimenta o circuito de
realimentação ressonante. Através de um projeto deliberado, podemos fazer o desvioO de fase
ao longo do circuito igual a 0° na freqüência de ressonância. Desta forma, obteremos
oscilações somente numa frequência.
Em outras palavras, o ruído amplificado é filtrado de modo a haver somente uma
componente senoidal com a fase exatamente correta para a realimentação positiva. Quando o
ganho de malha AB for maior que 1, as oscilações crescem nesta freqüência. Depois que um
nível adequado é atingido, AB diminui para 1, e obtemos um sinal de saída com uma amplitude
constante.
1
B
9 X C / R R / X C
2
XC / R R/ XC
arctg
3
O gráfico destas fórmulas produz a figura anterior.
Na primeira equação da pagina anterior tem um máximo quando X C R . Para esta
1
condição, B e 0 0 . Este resultado representa a frequência ressonante da rede de
3
avanço-atraso. Como X C R , podemos escrever
1
R
2f r C
Ou
1
Fr
2RC
COMO FUNCIONA
Na próxima figura mostra um oscilador a ponte de Wien; ele utiliza realimentações
positiva e negativa. A realimentação positiva ajuda as oscilações a aumentarem quando a
alimentação é ligada. Depois do sinal de saída atingir o nível desejado, a realimentação
negativa reduz o ganho da malha fechada a 1. A realimentação positiva se dá através da rede
de avanço-atraso para a entrada não-inversora; a realimentação negativa se dá através do
divisor de tensão para a entrada inversora.
Assim que é ligada, a lâmpada de tungsténio tem uma baixa resistência, e não se dispõe
de muita realimentação negativa. Por esta razão, o ganho do circuito ACLB é maior que 1, e as
oscilações podem aumentar na frequência de ressonância fr. À medida que as oscilações
aumentam, a lâmpada de tungsténio se aquece ligeiramente, e a sua resistência aumenta.
(Observação: Na maioria dos circuitos, a corrente através da lâmpada não é suficiente para
faze-la brilhar.) No nível de saída desejado, a lâmpada de tungsténio tem uma resistência R’.
Neste ponto,
R 2 R'
ACL 1 1 1 3
R2 R'
1
Como a rede de avanço-alraso tem um B de , o ganho do circuito Aci.B é igual à
3
unidade.
CONDIÇÕES INICIAIS
No momento em que é ligada, a resistência da lâmpada é menor que R'; portanto A CL é
1
maior que 3. Como B é igual a na freqüência de ressonância, o ganho da malha inicialmente
3
é maior que 1. Isto significa que a tensão de saída aumentará da forma já descrita.
À medida que a tensão de saída aumenta, a resistência da lâmpada aumenta, como
mostra a figura abaixo. Em alguma tensão V a lâmpada de tungsténio tem uma resistência R'.
Isto significa que ACL. tem um valor de 3 e o ganho da malha fechada torna-se 1. Quando isto
ocorre, os níveis de saída da amplitude tornam-se constantes. (Num oscilador prático, a
lâmpada de tungsténio jião acende porque isto implicaria desperdício de potência do sinal).
V amp(rms)
l
A ponte de Wien é um exemplo de um filtro rejeita banda, um circuito com saída zero
numa determinada freqüência. Para uma ponte de Wien, a frequência rejeitada é igual a
1
fr
2RC
Como a tensão de erro para o amplificador é muito pequena, a ponte de Wien é
aproximadamente equilibrada e a frequência de oscilação aproximadamente igual a fr.
2158, 7218, e outras.) Há alternativas para a lâmpada incandescente. Na figura abaixo mostra
um oscilador com ponte de Wien que se baseia em díodos para limitar a amplitude do sinal de
1
saída. Ao se ligar, os díodos estão desligados, e a fração de realimentação é menor que
3
porque a razão R1//R2 é maior que 2. Isto permite que o sinal de saída aumente.
Na figura acima mostra uma outra aproximação. Desta vez, um JFET que se comporta
como uma resistência de tensão variável limita a amplitude de saída. No instante em que é
ligado, o JFET tem uma resistência mínima porque a sua tensão da porta é zero. Através do
1
projeto, a fração de realimentação é menor que , e assim sendo as oscilações podem
3
começar. Quando o nível de saída excede a tensão zener mais a queda de um diodo, obtemos
a deteção do pico negativo, e a tensão da porta torna-se negativa. Quando isto ocorre, o
1
rds(ligado) do JFET aumenta, o que aumenta a fração de realimentação até ela se igualar a . A
3
saída, aí então, se estabiliza.
EXEMPLO l
Calcule as freqüências mínima e máxima no oscilador a ponte de Wien da próxima
figura.
SOLUÇÃO
Os reostatos concatenados podem variar de 0 a 100kΩ;
portanto o valor de R vai de 1 a 101 kΩ. a freqüência mínima
de oscilação é
1
fr 158Hz
2 101k0,01F
E a freqüência máxima é
1
fr 15,9kHz
2 1k0,01F
EXEMPLO 2
Na figura acima mostra a resistência de uma lâmpada. Calcule a tensão de saída.
SOLUÇÃO
Na Figura acima a amplitude de saída torna-se constante quando a resistência da
lâmpada é igual a 1kΩ. Isto significa que a tensão da lâmpada é de 2Vrms. A corrente que flui
através da lâmpada também flui do resistor de 2kΩ, o que significa que existe um sinal de 4V
de rms através do resistor. Portanto a tensão de saída é igual à soma de 4V mais 2V, ou
Vsaída 6Vrms
OUTROS OSCILADORES RC
Embora o oscilador a ponte de Wien seja o padrão industrial para frequências até 1MHz,
você ocasionalmente vê diferentes osciladores RC. Esta seção discute dois outros tipos,
chamados oscilador duplo-T e oscilador de deslocamento de fase.
OSCILADOR DUPLO-T
Na próxima figura é um filtro duplo-T. Uma análise matemática deste circuito mostra que
ele se comporta como uma rede de avanço-atraso com o ângulo de fase apresentado na figura
abaixo.
Novamente, há uma freqüência fr, para a qual o desvio de fase é igual a zero. O ganho
de tensão é igual à unidade em baixas e altas frequências. No meio, há uma freqüência fr, para
a qual o ganho de tensão cai a zero. O filtro duplo-T às vezes é chamado filtro rejeita banda
porque ele e capaz de eliminar ou atenuar estas frequências próximas de fr. A freqüência fr,
conhecida com a freqüência de rejeição (também chamada freqüência ressonante), é dada por
1
fr
2RC
No filtro duplo-T, a resistência R/2 é ajustada. Isto é necessário porque o circuito oscila
numa frequência ligeiramente diferente da frequência ideal rejeitada na equação anterior. Para
assegurar que a frequência de oscilação esteja próxima da frequência de rejeição, o divisor de
tensão deve ter R1 muito maior que R2. A título de orientação, R1/R2 está na faixa de 10a 1000.
Isto força o oscilador a funcionar numa frequência próxima da frequência de rejeição.
Na figura acima mostra um método alternativo de se limitar o nível de saída. Neste
circuito, é usado um JFET como uma resistência variável com a tensão. A porta do JFET é
ligada à saída de um detector de pico negativo. Em algum nível de saída, a tensão negativa
que sai do detector de pico aumenta o rds(ligado) até aproximadamente R/2. Neste ponto, o filtro
duplo-T é ressonante e a saída do oscilador se estabiliza.
de fase das três redes de avanço é igual a 180° (aproximadamente 60° cada). Como resultado,
o desvio de fase ao longo do circuito será de 360°, equivalente a 0°. Se AB for maior que a
unidade nessa determinada frequência, as oscilações podem começar.
Na fígur anterior mostra um projeto alternativo. Ele utiliza três redes de atraso. A
operação é análoga. O amplificador produz um desvio de fase de 180°, e as redes de atraso
contribuem com outros 180° em alguma frequência mais alta. Se AB for maior que a unidade
nessa freqüência, as oscilações podem começar.
Embora seja usado ocasionalmente, o oscilador de deslocamento de fase não é um
circuito popular. A razão principal de introduzi-lo é porque você pode acidentalmente construir
um oscilador de deslocamento de fase ao tentar construir um amplificador. Isto será discutido
mais tarde no capítulo sobre pipocamento e oscilações parasitas.
O OSCILADOR COLPITTS
Embora excelente em baixas frequências, o oscilador da ponte de Wien não é adequado
para as altas frequências (bem acima de 1MHz). O principal problema é o desvio de fase
através do amplificador. Uma alternativa é um oscilador LC, um circuito que pode ser usado
para frequências entre 1MHz e 500MHz. Esta faixa de freqüência está além da funitária da
maioria dos amps op. É por isso que é usado geralmente um transistor bipolar ou um FET para
o amplificador.
Com um amplificador e um circuito tanque LC, podemos realimentar um sinal com a
amplitude e a fase certas para manter as oscilações. A análise e o projeto de osciladores de
alta frequência é mais uma arte do que uma ciência. Em frequências mais altas, a capacitância
de dispersão e a indutância dos condutores no transistor e na fiação afetam a frequência de
oscilação, a fração de realimentação, a potência de saída, e outras quantidades ca. Por esta
razão, uma análise exata torna-se um pesadelo. Muitas pessoas utilizam uma aproximação
global para um projeto inicial e ajustam o oscilador montado o necessário para se obter o
desempenho desejado. Nesta seção, examinaremos o oscilador Colpitts, um dos osciladores
LC mais amplamente usados.
LIGAÇÃO EC
Na próxima figura mostra um oscilador Colpitts. A polarização por divisor de tensão
estabelece um ponto de operação quiescente. O circuito então tem um ganho de tensão de
baixa freqüência de rc/r' e onde rc é a resistência ca vista pelo coletor. Devido às redes de
atraso da base e do coletor, o ganho de tensão de alta frequência é menor que rc/r'e.
Na figura a seguir é um circuito ca equivalente simplificado. A corrente de amostra ou de
circulação no tanque flui através de C1 em série com C2. Observe que vsajda é igual à tensão
ca través de C1, e que a tensão de realimentação vf aparece através de C2. Esta tensão de
realimentação alimenta a base e mantém as oscilações que se desenvolvem através do circuito
tanque, desde que haja ganho de tensão suficiente na frequência de oscilação. Como o
emissor está ligado ao terra ca, o circuito constitui uma ligação EC.
Você vai encontrar muitas variações do oscilador Colpitts. Uma forma de reconhecê-lo é
através do divisor de tensão capacitivo formado por C1 e C2. Este divisor de tensão capacitivo
produz a tensão de realimentação necessária para as oscilações. Em outros tipos de
osciladores, a tensão de realimentação é produzida por transformadores, por divisores de
tensão indutivos, e assim por diante.
FREQÜÊNCIA DE RESSONÂNCIA
A maioria dos osciladores LC utilizam circuitos tanque com um Q maior que 10. Por isso,
podemos calcular a freqüência de ressonância aproximada na forma
1
fr
2 LC
Este resultado tem uma precisão melhor que 1 por cento quando Q é maior que 10.
CONDIÇÃO INICIAL
A condição inicial exigida por osciladores qualquer é
AB 1
na freqüência de ressonância do circuito tanque. Isso é equivalente a
1
A
B
O ganho de tensão A nesta expressão é o ganho de tensão na frequência de oscilação.
Na figura anterior, a tensão de saída aparece através de C 1 e a tensão de realimentação
através de C2. Como a corrente de circulação é a mesma para os dois capacitores,
f X C 2 1 / 2fC 2
B
Vsaída X C1 1 / 2fC1
Ou
C1
B
C2
Portanto a condição inicial é
C2
A
C1
Lembre-se de que esta é uma aproximação grosseira porque ela ignora a impedância
que olha para a base. Uma análise exata levaria a impedância da base em conta porque ela
está em paralelo com C2.
Qual o valor de A? Isto depende das frequências de cortes superiores do amplificador.
Como você se lembra, há redes de atraso da base e do coletor num amplificador bipolar. Se as
frequências de corte destas redes de atraso forem maiores que a frequência de oscilação,
então A é aproximação igual a rc/r'e. Se as freqüências de corte forem mais baixas que a
frequência de oscilação, o ganho de tensão é menor que rc/r' e e há um desvio de fase adicional
TENSÃO DE SAÍDA
Com uma realimentação leve (B pequeno), o valor de A é apenas ligeiramente maior que
1/B, e a operação é aproximadamente classe A. Logo que você liga a alimentação, as
oscilações crescem, e o sinal oscila mais além ao longo da linha de carga ca. Com esta
oscilação aumentada do sinal, a operação varia de sinal pequeno para sinal grande. Enquanto
isto está acontecendo, o ganho de tensão diminui ligeiramente. Com a realimentação leve, o
valor de AB pode diminuir até 1 sem ceifamento excessivo.
Com realimentação pesada (B grande), o sinal de realimentação grande a base da figura
anterior à saturação e ao corte. Isto carrega o capacitor C3, produzindo o grampeador cc
negativo na base e mudando a operação da classe A para classe C. O grampeamento negativo
ajusta automaticamente o valor de AB em 1. Se a realimentação for pesada demais, você
poderia perder um pouco da tensão de saída devido às perdas de potência de dispersão.
Ao construir um oscilador, você pode ajustar a quantidade de realimentação necessária
para maximizar a tensão de saída. O truque está em usar realimentação suficiente para iniciar
sob todas as condições (transistores, temperatura, tensão etc. diferentes), mas nem tanto de
modo a perder mais saída do que o necessário.
A figura abaixo mostra um acoplamento indutivo, uma outra forma de acoplar o sinal a
uma pequena resistência de carga. O acoplamento indutivo significa usar somente algumas
espirar do enrolamento secundário do transformador de RF. Este acoplamento leve assegura
que a resistência de carga não abaixará o Q do circuito tanque até um ponto onde o oscilador
não poderá partir.
Quando é usado o acoplamento com capacitor ou indutivo, o efeito de carregamento
poderá ser mantido o menor possível. Desta forma, o alto Q do tanque assegura uma saída
senoidal não distorcida com uma partida confiável para as oscilações.
LIGAÇÃO BC
Quando o sinal de realimentação entre na base, aparece uma capacitância Miller através
da entrada. Isto produz uma frequência de corte relativamente baixa e desenvolve o ganho a
uma taxa de 20dB por década. Para se obter uma frequência de corte mais alta, o sinal de
realimentação pode ser aplicado ao emissor, como mostra na figura da página anterior. O
capacitor C3 faz o terra ca da base, e assim o transistor se comporta como um amplificador BC.
Um circuito como este pode oscilar em freqüências mais altas porque o seu ganho de alta
frequência é maior que o de um oscilador EC comparável. Com o acoplamento indutivo na
saída, o tanque está ligeiramente carregado e a frequência ressonante ainda é dada pela
equação da pagina 149.
A fração de realimentação é ligeiramente diferente. A tensão de saída aparece através
de C1 e de C2 em série, enquanto a tensão de realimentação aparece através de C2.
Idealmente, a fração de realimentação é
f X C2
B
Vsaida X C1 X C 2
Depois de expandir e simplificar, torna-se
C1
B
C1 C 2
Para que as oscilações comecem, A precisa ser maior que 1/B. Como uma aproximação,
isto significa que
C C2
A 1
C1
Está é uma aproximação grosseira porque ela ignora a impedância de entrada do
emissor que está em paralelo com C2. Uma análise exata incluiria a impedância do emissor.
COLPITTSAFET
Na figura abaixo é um exemplo de um oscilador Colpitts a FET, no qual o sinal de
realimentação é aplicado à porta. Como a porta tem uma alta resistência de entrada, o efeito de
carregamento no circuito tanque é muito menor do que com um_ transistor bipolar. Em outras
palavras, a aproximação
C
B 1
C2
é mais precisa com um FET porque a impedância que olha para a porta é mais alta. A condição
inicial para este oscilador FET é
C
A 2
C1
Num oscilador FET, o ganho de tensão em baixa freqüência é gmrc- Acima da frequência
de corte do amplificador FET, o ganho de tensão não se inclina mais, Na equação anterior, A é
o ganho na frequência de oscilação. Como uma norrna, tente manter a frequência de oscilação
mais baixa que a frequência de corte do amplificador FET; caso contrário, o desvio de fase
adicional através do amplificador pode impedir o oscilador de partir. Uma forma de se obter
uma frequência de corte mais alta para o amplificador é usando um FET de porta-comum em
vez de um FET de fonte-comum.
EXEMPLO 3
Qual a frequência de oscilação na próxima figura? Qual a fração de realimentação? Qual
o ganho de tensão que o circuito precisa para começar a oscilar?
SOLUÇÃO
A capacitância equivalente do circuito tanque é
C
0,001F 0,01F 909 pF
0,001F 0,01F
A indutância é 15μH; portanto, a frequência de oscilação é
1
fr 1,36MHz
2 15H 909 pF
A fração de realimentação é
0,001F
B 0,1
0,01F
Para o oscilador partir, o ganho de tensão precisa ser maior que 10 em 1,36MHz. Se
possível, a frequência de corte deve ser maior que 1,36MHz para evitar o desvio de fase
adicional ap longo do circuito. Em outras palavras, o circuito já tem um desvio de fase do
circuito de 0° abaixo da frequência de corte. Se o amplificador começa a manter-se constante,
o desvio de fase excedente pode evitar oscilações bem acima de corte.
OUTROS OSCILADORES LC
O oscilador Colpitts é o oscilador LC mais amplamente usado. O divisor de tensão
capacitivo no circuito ressonante é uma forma conveniente de desenvolver a tensão de
realimentação. Mas há outros tipos de osciladores que também são usados. Nesta seção,
discutiremos os osciladores de Armstrong, de Hartley, de Clapp, e a cristal.
OSCILADOR ARMSTRONG
A figura a seguir é um exemplo de um oscilador Armstrong. Neste circuito, o coletor
alimenta um tanque LC ressonante. O sinal de realimentação é tomado de um pequeno
enrolamento secundário e realimenta a base. Há um desvio de fase de 180° no transformador,
o que significa que o desvio de fase ao longo do circuito é zero. Colocando de outra forma, a
realimentação é positiva. Ignorando o efeito de carga da base, a fração de realimentação é
M
B
L
onde M é o. indutância mútua e Z, é a indutância do primário. Para que o oscilador de
Armstrong dê a partida, o ganho de tensão precisa ser maior que 1/B.
Um oscilador de Armstrong utiliza um acoplamento por transformador para obter o sinal
de realimentação. É dessa forma que você reconhece variações neste circuito básico. O
enrolamento do secundário é às vezes chamado bobina de realimentação porque realimenta o
sinal que mantém as oscilações. A frequência de ressonância é dada pela Eq. (20-5), usando o
L e o C dados na Fig. 20-17a. Via de regra, você não vê o oscilador Armstrong ser muito usado
porque a maioria dos projetistas evitam os transformadores sempre que possível.
HARTLEY
A figura a seguir é um exemplo de um oscilador Hartley. Quando o tanque LC está em
ressonância, a corrente de circulação flui através de L1 em séria com Z2.
L L1 L2
Num oscilador Hartley, a tensão de realimentação é desenvolvida pelo divisor de tensão
indutivo, L1 e L2. Como a tensão de saída aparece através de L 1 e a tensão de realimentação
através de L2, a fração de realimentação é
f X
B L2
saída X L1
L2
B
L1
OSCILADOR CLAPP
O oscilador Clapp da figura anterior é uma sofisticação do oscilador Colpitts. O divisor de
tensão capcitivo produz o sinal de realimentação como antes. Um capacitor adicional C 3 está
em série com o indutor. Como a corrente de circulação do tanque flui através de C 1, C2 e C3 em
série, a capacitância equivalente usada para calcular a freqüência de ressonância é
1
C
1 / C1 1 / C 2 1 / C3
Num oscilador Clapp, C3 é muito menor que C1 e C2. Como conseqüência, C é
aproximadamente igual a C3, e a freqüência de ressonância é dada por
1
fr
2 LC3
Por que isto é importante? Porque C1 e C2 estão derivados pelas capacitâncias do
transistor e de dispersão. Estas capacitâncias extras alteram ligeiramente os valores de C 1 e de
C2. Num oscilador Colpitts, a frequência ressonante depende até certo ponto das capacitâncias
do transistor e de dispersão. Mas no oscilador Clapp, as capacitâncias do transistor e de
dispersão não têm nenhum efeito sobre C3, o que significa que a frequência de oscilação é
mais estável e mais precisa. É por isso que você ocasionalmente vê o oscilador Clapp ser
usado no lugar de um oscilador Colpitts.
OSCILADOR A CRISTAL
Quando for importante a precisão e a estabilidade da frequência de oscilação, deve-se
usar um oscilador de cristal. Na figura passada, o sinal da realimentação provém do terminal
capacitivo.
De acordo com o que será discutido na próxima seção, o cristal (abreviado por XTAL) se
comporta como um indutor grande em série com um pequeno capacitor (semelhante ao Clapp).
Por isso, a freqüência de ressonância praticamente não é afetada praticamente não é afetada
pelas capacitâncias do transistor e de dispersão.
EXEMPLO 4
Se colocarmos 50pF em série com o indutor de 15μF da figura da página 155, o circuito
torna-se um oscilador Clapp. Qual a frequência de oscilação?
SOLUÇÃO
O capacitor C3 adicionado tem somente 50pF, portanto
1
C 50 pF
1 / 0,001F 1 / 0,01F 1 / 50 pF
A freqüência de oscilação aproximada é
1
fr 5,81MHz
2 15H 50 pF
3.10 - TIRISTOR
O tiristor trabalha de maneia semelhante ao díodo, ou seja, permite a passagem corrente
em um único sentido, mas o inicio de sua condução é regulado por um eletrodo especial, que
recebe o nome de porta.
O tiristor é um componente semicondutor projetado para realizar a função de interruptor
ou retifícador controlado. Ele trabalha de forma muito semelhante a um díodo, ou seja, permite
a passagem da corrente em um único sentido. No entanto, diferencia-se do diodo pelo fato de
seu estado de condução ser regulado por um eletrodo especial conhecida por porta.
3.11-O TRIAC
Hoje iremos falaremos sobre o triac (abreviação do inglês Triode AC: o triodo para a
corrente alternada). A sua estrutura interna é constituída por dois sistemas interruptores
complementares, cada um deles semelhante a um tiristor ou diodo controlado.
O triac é um componente semicondutor. Ele nasceu da necessidade de se dispor de um
interruptor controlado que apresentasse características funcionais semelhantes às do tiristor ou
do diodo controlado, mas que permitisse o controle do ciclo completo da corrente alternada. A
palavra "triac" é uma abreviação da denominação inglesa tríde AC, que significa triodo para
corrente alternada. Como o próprio nome indica, o componente dispõe de três eletrodos.
Sua estrutura compõe-se de dois sistemas interruptores, um P-N-P-N e outro N-P-N-P,
ligados em paralelo, cada um é semelhante a um tiristor (ou diodo controlado). De certo modo,
assemelha-se à disposição que se obteria ligando-se dois tiristores complementares (ou
paralelos com polaridade invertida).
No desenho que mostra sua estrutura podemos observar os dois eletrodos principais - T1
e T2 - que, nesse caso, não são denominados ânodo e cátodo porque trabalham com dupla
polaridade na tensão alternada. Debaixo do terminal T 2 (e ligadas a ele) encontram-se duas
regiões, uma P e outra N. Descendo para o terminal T 1 aparecem uma região N, uma P e
finalmente, uma ligada eletricamente à ultima P, através da ligação de T 1.
placa. Emprega-se fio nu ou os próprios terminais para realizar as ligações com os outros
componentes ou com a linha de alimentação, tornando sempre referência os pontos de ligação
indicados no esquema. Proceda-se dessa maneira até completar o circuito. Durante a
montagem é preciso tomar algumas precauções:
Se for montar algum circuito integrado, convém, na maioria dos casos, utilizar um
soquete. Desse modo, o circuito propriamente dito pode ser montado no último
momento, ficando protegido de qualquer dano eventual. Quando não existe
nenhum sinal de referência no soquete, assinala-se o ponto em que o terminal n°
1 deverá ser inserido.
É possível que o soquete não possa ser inserido por não haver entre os furos da
placa a distância necessária. Num caso como esse, podem ser feitos furos
adicionais com uma furadeira elétrica equipada com broca de 1,25 mm.
As ligações feitas com um fio nu não devem-se cruzar, pois existe o risco de
provocar curtos-circuitos. Eventuais cruzamentos, no entanto, podem ser feitos
com a adaptação de um tubo isolante (''espaguete") ao fio de conexão, ou então
passando um dos fios no lado da montagem dos componentes.
3.12 - FOTOTRANSISTOR
Num foto transistor, a luz é empregada para controlar a corrente de coletor. Para esta
finalidade, mantém-se a cápsula de vidro, que contém o transistor, transparente. Transistores
comuns têm normalmente, sua cápsula pintada de preto a fim de evitar a influencia da luz.
Costuma-se operar os foto transistores com base desconectada de modo que incidindo
luz sobre a base, aumenta a corrente de saturação icbo, que aparece no coletor multiplicada
por (β + 1). A junção coletor-base atua, então, simplesmente como um foto diodo e a junção
emissor-base atua, como amplificadora. Suas curvas características são análogas às de um
fotodiodo.
Um foto transistor tem, em alguns casos, uma sensibilidade 10.000 vezes maior que a
das fotocélulas. Tanto o fotodiodo como o fototransistor são, infelizmente, bastante sensíveis às
variações de temperatura; sendo este um dos pontos negativos quando comparados às
células.
Do conceito de tempo de vida média dos portadores vemos que um semi condutor
responde a um degrau de excitação luminosa segunda um função do tipo 1 e t / , o que limita
sua resposta em frequência.
Em regime continuo de iluminação, a foto corrente apresenta uma componente contínua
e uma alternda, que correspondem respectivamente ao valor médio do fluso luminoso incidente
e às flutuações desse mesmo valor. Entretanto, se modularmos o sinal luminoso com uma
frequência (áudio por exemplo) e gradualmente a elevarmos, haverá um ponto (freqüência de
corte) em que a sensibilidade cairá abaixo de 3 dB com relação à resposta para flutuações em
baixas frequências. Os elementos condutivos apresentam uma frequência de corte
relativamente baixa comparada com a dos foto emissivos a vácuo. Por exemplo: um LDR
responde até alguns ciclos por segundo, com boa sensibilidade, pois representa um coeficiente
de recuperação de 200 KΩ/s a um degrau de iluminação; o fotodiodo e o fototransistor têm,
como frequência de corte, 50 K/s e 3 Kc/s e as de vácuo até 100 Kc/s.
4 - CIRCUITO INTEGRADO
Flip-flop RS:
Entradas Saídas
S (Set) R (Reset) Q /Q (Complementar)
Nível baixo Nível alto Nível baixo Nível alto
Nível alto Nível baixo Nível alto Nível baixo
Nível baixo Nível baixo Não mudam de estado
Nível alto Nível alto Condição não aceita pelo circuito
O disparador (trigger) está conectado à entrada inversora do comparador 2 (pino 2). A
entrada não-inversora tem uma tensão fixa de 1/3Vcc (Vn-inv = R*Vcc/R+R+R - RVcc/3R =
Vcc/3).Toda vez que a tensão do disparador for menor que 1/3 Vcc. a saída do comparador vai
a nível alto, resetando o ílip-flop ,cortando o transistor de descarga e deixando a saída /Q (pino
3) em nível alto.
O reset (pino 4) habilita o 555 com nível alto e o desabilita com nível baixo. Geralmente
na maioria das aplicações, este pino é ligado à Vcc.
Quanto maior a constante de tempo RC, mais tempo leva para a tensão em Ct chegar a
+2/3Vcc (tensão de controle). Isto determina a largura do pulso ou a temporização na saída,
que é dada por:
T 1,1* Rt * Ct
Onde T é dado em segundos, Rt em ohms e Ct em farads.
A tensão de controle, geralmente de 2/3Vcc, pode ser desacoplada através de um outro
capacitor ligado ao pino 5 e à terra (tipicamente de 0,01μF), para melhorar a imunidade a ruído.
Esta tensão também pode ser alterada, através do pino 5, a fím de obter outras tensões
diferentes de 2Vcc/3.
Alterando os valores de Ct e Rt, o período da temporização pode ser controlado entre
cerca de 5ms até aproximadamente l hora. Porém, em uma temporização acima de 5 mim. A
confíabilidade fica comprometida, devido aos altos valores de Rt e Ct necessários para esta
temporização.
O valor mínimo de Rt é limitado pelo transistor de descarga (geralmente 1kμ é o mínimo
permitido).
Com relação ao valor máximo de Rt, geralmente os fabricantes recomendam um máximo
de 20 MΩ, mas acima de 1 MΩ a precisão fica comprometida. Por tanto, em aplicações gerais,
o valor de Rt deve ficar entre 1 kΩ e 1 MΩ.
Não há limites para o valor de Ct, a não ser o seu custo. Apenas note que, dependendo
do valor da capucitância do capacitor clelrolítico e de sua qualidade, ele pode apresentar
correntes de fuga que podem distorcer os períodos calculados das temporizações. Note
também que para valores muito altos de capacitância, o transistor de descarga levará mais
tempo para descarregar Ct. A sua tensão de isolação deve ser maior ou igual a Vcc (quanto
mais próximo de Vcc, melhor), já que uma tensão de isolação menor que Vcc causará uma
diminuição na vida útil do capacitor.
Neste tipo de operação, são colocados os resistores Rt1 e Rt2 em série no lugar do Rt
na operação monoestável.
Como ponto de partida, vamos supor que inicialmente o flip-flop está reseíado (Q em
nível baixo e /Q em nível alto). Assim sendo, o transistor está cortado e Ct está se carregando
através da resistência (Rt1 + Rt2). Ct se carrega até que excede a tensão de controle (2/3Vcc),
fazendo com que a tensão na entrada não-inversora (pino 6) do comparador l seja maior que a
tensão na sua entrada inversora, isso faz com que sua saída vá a nível alto, setando o flip-flop.
Com nível alto em Q, o transistor de descarga entra em saturação fazendo com que Ct
se descarregue por Rt2. A tensão em Ct diminui até que fique menor que a tensão da entrada
não inversora do comparador 2 (1/3Vcc). A saída do comparador 2 vai a nível alto, resetando o
flip-flop e voltando ao ponto de partida. Esta operação astável se repete indefinidamente.
A tensão em Ct varia entre 1/3Vcc e 2/3Vcc, embora possa ser alterada, externamente,
atuando-se sobre a tensão de controle (pino 5).
A duração do período alto ou tempo de carga é dada por:
T1 0,7 * ( Rt1 Rt 2) * Ct
E a duração do período baixo ou tempo de descarga é dada por:
T1 0,7 * Rt 2 * Ct
O período total (T) é:
T T1 T 2 0,7 * ( Rt1 2Rt 2) * Ct
E a frequência (f) é:
f 1 / T 1,45 * ( Rt1 2Rt 2) * Ct
Se Rt2 for muito maior que Rtl (Rt2= 100 kΩ e Rt1 = 1Ωk, por exemplo), os períodos
altos e baixos serão quase iguais. O valor de Rt1 será desprezível em relação ao valor de Rt2,
assim a frequência será de:
f 0,73 / Rt * Ct
Caso tenha a necessidade um oscilador com durações iguais dos níveis altos e baixos, o
circuito deve ser configurado como mostram as figuras abaixo.
Gerador de bips
Este circuito consiste em dois 555 em operação astável, sendo que a saída de um (que
possui uma freqüência relativamente baixa) está conectada ao reset do outro (que possui uma
frequência relativamente alta). As figuras acima mostram os diagramas elétricos do circuito
utilizando dois 555 e um 556. Abaixo temos o diagrama em bloco simplificado do circuito.
Este circuito, pela sua simplicidade, dispensa maiores explicações. Ele é ativado com
nível alto (Vcc) no pino de reset do oscilador 1. Observe que foram colocados capacitores de
10uF entre os pinos da tensão de controle e o terra. Isto aumenta a imunidade a ruídos que
podem alterar esta tensão de controle para valores diferentes de 2Vcc/3.
Note também que foram colocados um capacitor de 10uF e um resistor de 150Ω em
série com o alto-falante de 16 Ω. A função do capacitor em série é de acoplamento, ou seja,
VCO é um circuito que produz um sinal de saída oscilante (geralmente uma onda
quadrada ou triangular) cuja frequência é ajustada dentro de uma faixa, controlada pelo nível
de urna tensão de entrada. Este tipo de circuito é usado para, entre outras coisas, modulação
de sinais.
O circuito acima é apenas um oscilador cuja tensão de controle não é mas constante
(2Vcc/3), e sim uma tensão de entrada que é uma fração qualquer de Vcc. Variando o
potenciômetro, a tensão de controle irá variar e conseqüentemente a frequência do sinal de
saída também.
Na prática, não é muito confiável usar o 555 ou 556 para esta aplicação. O 566 é um
circuito integrado voltado essencialmente para esta função. Ele gera ondas quadradas e
triangulares cuja frequência varia linearmente com o nível da tensão de entrada (de acordo
com o resistor e capacitor externos empregados). Mas isto não tira o valor didático deste
circuito.
MONITORADOR DE FREQUÊNCIA
com que tenha nível alto na saída do comparador 2, resetando o flip-flop. O resultado disto é
que o 555 fica impossibilitado de operar como oscilador, mantendo nível alto na saída /Q (pino
3).
Na ausência da frequência monitorada, o transistor fica cortado. Isto habilita o capacitor
a se carregar e descarregar normalmente na operação astável. Assim, haverá um sinal
oscilante na saída. Este circuito pode ser utilizado como watchdog para circuitos com
microcontroladores que não possuam este circuito internamente, como 8051. O watchdog é um
circuito que tem a função de não deixar o μC travar, resetando-o caso pare de responder ao
watchdog.
5 – PRATICAS
Seqüência de cabeamento:
1-29, 2-30, 3-103-109, 4-119,137, 5-47-110, 46-104-90. 114-48-120, 85-138, 86-89-113.
Quando ambas as entradas estão em nível lógico alto, ambos os díodos fornecem
tensão negativa à base do transistor PNP, assim ele é habilitado. O transistor NPN também é
habilitado, e a corrente pode fluir acendendo o LED.
Matemáticos usam o símbolo AB para representar a função AND. No canto inferior direito
do esquema você pode ver o símbolo esquemático do circuito AND.
Seqüência de cabeamento:
22-23-21-18-19-72, 25-47, 81-40-125-127, 41-83, 42-129, 46-84-85, 86-82-48-124, 71-130-119,
121 -122, 126-( 119 "alto" ou 124 "baixo"), 128-( 119 "alto" ou 124 "baixo").
5. 3 - AMPLIFICADOR DE SOM
Este circuito é um poderoso amplificador de dois transistores. Um amplificador usa um
pequeno sinal para controlar ou produzir um sinal maior. Este amplificador é similar aos novos
modelos de amplificador auxiliar à transistor. O alto-falante atua como um microfone dinâmico.
Usando seu multímetro neste amplificador para medir as tensões do circuito, ajudará
você a aprender como os transistores trabalham. As tensões medidas ajudarão você a
determinar medidas de corrente e a maneira como este circuito trabalha.
O alto-falante de seu kit pode transformar a pressão do som em tensões fracas. O
transformador aumenta a tensão um tanto. Esta tensão é então aplicada ao transistor NPN
através do capacitor de 3.3μP.
A tensão amplificada na saída do transistor NPN é acoplada ao transistor PNP através
do capacitor de 0,1μF. É então amplificada pelo PNP, e é acoplada ao fone de ouvido através
do capacitor de 100μF.
É hora de falarmos sobre o transformador. O transformador é formado por um
enrolamento de centenas de voltas. Nós chamamos de bobina. Um transformador tem duas
bobinas separadas por uma placa.
Quando eletricidade flui através da bobina, ele cria um campo magnético. O inverso
também é verdade - se uma bobina é submetida a uma mudança na intensidade do campo
magnético, eletricidade flui através dele. Assim, quando eletricidade flui através da primeira (ou
primária como nós frequentemente a chamamos) bobina do transformador, o campo magnético
criado pela bobina primária faz com a eletricidade flua através da bobina secundária. O número
de voltas de cada bobina é diferente, assim a tensão da eletricidade de cada bobina é também
diferente.
Este estabelecimento de uma carga elétrica, usando um campo magnético é chamada
indução. Volte ao projeto 15 (Descarga de Capacitor / Gerador de Alta Tensão) e relembre-se
de como uma tensão grande é induzida no lado secundário quando 9V é aplicado ao lado
primário do transformador.
Seqüência de cabeamento:
1-29, 2-30, 3-112, 5-124-48-116-102-78-13-Fone de Ouvido, 93-109-40, 41,94,77,14-Fone de
Ouvido, 42-72, 91 -100-101 -111 -46, 75-92-99-110-47, 71 -76-115-119, 121 -122.
Sequência de cabeamento:
21-23-41,25-47,40-82, 119-42-137,46-84, 124-48-81,83-138, 121-122.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!