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Goiânia/GO
2019
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1. Construir a(s) regra(s)-matriz(es) de incidência tributária do IPI.
A regra matriz de incidência tributária é composta por uma
hipótese/suposto/antecedente (onde se identifica os critérios material,
temporal e espacial) e por um consequente (donde se verifica os critérios
pessoal e quantitativo). Diante desta premissa, vislumbra-se duas regras-
matrizes de incidência tributária do IPI, construídas individualmente a partir
dos seguintes elementos:
1º. critério material: realizar operações com produtos industrializados
(tais operações, ditas jurídicas, promovem a saída de produtos
industrializados dos estabelecimentos industriais, transferindo-lhes a
propriedade ou posse, em típicas obrigações de dar);
2º. critério espacial: qualquer ponto do território nacional (desde que
existente um estabelecimento industrial donde possa sair o produto
industrializado);
3º. critério temporal: o momento da saída dos produtos industrializados
dos respectivos estabelecimentos industriais;
4º. critério pessoal:
4º.1. sujeito ativo: União, detentora do direito subjetivo, no papel
de sujeito ativo da relação jurídica tributária;
4º.2. sujeito passivo: estabelecimento industrial ou equiparado;
5º. critério quantitativo:
5º.1. base de cálculo: valor da operação, constituído pelo
somatório do preço do produto que decorrer a saída da mercadoria
do estabelecimento industrial ou equiparado.;
5º.2. alíquota: aquela prevista na tabela do IPI
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4º. critério pessoal:
4º.1. sujeito ativo: União, detentora do direito subjetivo, no papel
de sujeito ativo da relação jurídica tributária;
4º.2. sujeito passivo: reimportador;
5º. critério quantitativo:
5º.1. base de cálculo: valor da operação – o valor que serviria de
base para o cálculo do Imposto de Importação, eliminados este pr
incabível e os encargos cambiais por superados;
5º.2. alíquota: aquela prevista na tabela do IPI
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observância ao princípio da não cumulatividade, não aperfeiçoado quando não
houver produto onerado na saída, pois o ciclo não se completa.
Assim como o referido entendimento se aplicaria nas
operações decorrentes da Zona Franca de Manaus em que os insumos são
adquiridos sobre o regime de isenção, ou seja, o creditamento somente poderia
ocorrer se houver imposto devido na etapa anterior.
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4. Que é produto industrializado? O processo de salga do bacalhau
constitui aperfeiçoamento do produto para consumo ou é mero modo de
conservação para fins de transporte? Em outros termos, o bacalhau
(seco e salgado) é tido produto industrializado para fins de incidência
do IPI? Caso o bacalhau seja de espécie não contemplada na tabela do
IPI (TIPI), mesmo que seja seco, salgado ou em salmoura ou, ainda,
defumado, pode-se falar em incidência do IPI? (Vide anexo VII) .
Produto industrializado é o resultante de qualquer
operação definida no RIPI (Regulamento do IPI) como industrialização,
mesmo incompleta, parcial ou intermediária.
É importante destacar que de acordo com o Regra do
IPI, existem cinco modalidades de industrialização, quais sejam:
I -Transformação - Operação exercida sobre produtos
intermediários ou matérias-primas, que importe na obtenção de
espécie nova.
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que peixe passou por operações de evisceração, retirada de cabeça, limpeza,
secagem e, finalmente, a salga, assim vejo que é evidente que aparência foi
indiscutivelmente modificada.
Assim, compreendo que o referido produto (bacalhau seco
e eviscerado, sem cabeça e salgado) é produto industrializado, pois tais
operações alteraram a apresentação que o peixe tinha quando pescado.
Caso o bacalhau seja de espécie não contemplada
expressamente na tabela do IPI (TIPI), ainda assim compreendo pela
incidência do imposto de industrialização, haja vista que a Lei nº 4.502/1964
considera industrialização qualquer operação que altere a apresentação do
produto.
1º. critério material: realizar operações de (i) crédito; (ii) IOF câmbio
que prevê a incidência do imposto nas operações de câmbio; (iii) IOF
seguros, no qual a materialidade requer operação envolvendo seguros;
(iv) IOF títulos ou valores mobiliários, envolvendo operações com
títulos ou valores mobiliários.;
2º. critério espacial: Em qualquer ponto do território nacional.
3º. critério temporal: No momento da operação.
4º. critério pessoal:
4º.1. sujeito ativo: União, detentora do direito subjetivo.
4º.2. sujeito passivo: Tomadores de crédito, compradores de
câmbio, os segurados, os adquirentes de títulos.
5º.1. base de cálculo: valor da operação.
5º.2. alíquota: aquela prevista em Lei.
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A nomenclatura IOF (imposto sobre operações
financeiras), dá a entender que o referido imposto se refere apenas a
operações financeira, por mencionar a nomenclatura “F” (financeiras),
contudo, a constituição determina o IOF para operações diversas de crédito,
câmbio, seguro, títulos e sobre a venda de ouro.
Ou seja, nem todas as operações passíveis de tributação
pelos impostos sobre operações de crédito, câmbio, seguro ou relativas a
títulos ou valores mobiliários podem ser qualificadas como operações
financeiras, motivo pelo qual entende-se que a locução IOF é considerada
como equivocada.
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Compreendo que a operação financeira entre empresas,
ainda que do mesmo grupo econômico é fato jurídico tributário que enseja a
exigência do IOF, isto porque, da própria interpretação do critério material do
IOF, em que o requerido tributo incide quando há “(..) realização de
operações de (i) crédito; (ii) IOF câmbio que prevê a incidência do imposto
nas operações de câmbio; (iii) IOF seguros, no qual a materialidade requer
operação envolvendo seguros; (iv) IOF títulos ou valores mobiliários,
envolvendo operações com títulos ou valores mobiliários ”. .
Ainda é importante registrar que em julho de 2013, a 1ª
Turma da 1ª Câmara da 3ª Seção decidiu que os recursos financeiros das
empresas controladas que circulam nas contas da controladora não constituem
mútuo automaticamente(tributável pelo IOF), pois entre as atividades de
empresa controladora de grupo econômico está a gestão de recursos, por meio
de conta corrente.
Entretanto, a título de informação, no referido processo
prevaleceu o entendimento adotado pela Fazenda Nacional em que reconheceu
que o artigo 13 da Lei nº 9.779, de 1999 determina que as operações de
crédito correspondentes a mútuo de recursos financeiros entre pessoas
jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física sujeitam-se ao IOF, sendo
que a tributação entre pessoas jurídicas do mesmo grupo econômico segue as
mesmas normas aplicadas às operações de financiamento e empréstimos
praticadas por instituições financeiras.