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A sistematização, construção e formulação do conceito de Tecnologia Assistiva

(TA), é algo que está em debate e tem atravessado diferentes fases e etapas, mesmo
estando continuamente em um processo de pleno desenvolvimento. Existem várias
concepções e referenciais considerados para a elaboração de um novo conceito que
vem sendo variáveis ao longo do tempo. A TA apesar de haver tempos em que quase
se tornou desconhecida, vem agora sendo observada em um novo período na qual
adquire uma nova dimensão, e está passando a estar presente em diferentes agendas
e em diferentes setores da realidade nacional.
O crescimento da TA traz consigo a necessidade de que seja dada
continuidade à busca de uma precisão conceitual cada vez mais definida, este é um
desafio constante, o de deixar claro o verdadeiro conceito da TA devido as distorções
que acontecem, no que se refere à sua maneira de aplica-la, implicações econômicas,
e na forma de como as pessoas pensam sobre ela, de modo que também vem sendo
confundida por momentos, com a Tecnologia de Informação e Comunicação, com a
Tecnologia Educacional e entre outras concepções.
O autor traz uma reflexão para que se entenda que a Tecnologia Assistiva
precisa ser vista com características próprias, de uma maneira “enxuta”, o que se
compreende é que ela veio não diretamente para auxiliar as funções cognitivas, mas
sim para atender as dificuldades relativas ás funções motoras, visuais, auditivas, ou
de comunicação, para auxiliar o acesso ao conhecimento, e não para ensinar as
pessoas dependentes destes recursos a pensarem a aprenderem.
Uma ideia que o autor deixa à entender é a possibilidade de que a TA tenha
também função pedagógica, que dispõe de diferentes tipos de intervenção ao
conhecimento, e pode ir além de uma mediação instrumental. Através das
proposições de Vigotsky, o autor mostra que os processos simbólicos do aprendizado
podem ser auxiliados com as tecnologias educacionais juntamente com estratégias e
mediações pedagógicas, e desta forma podem ser consideradas Tecnologias
Assistivas, de modo que promova a igualdade de direitos para o acesso ao
conhecimento, proporcionando a pessoa com deficiência a autonomia que ela precisa
para que abra as possibilidades à ela, pois todo esse processo está vinculado ao
aprendizado.
Pode-se então compreender que a TA envolve não somente questões
referentes a saúde e as capacidades funcionais individuais da pessoa com deficiência,
mais abrange as dimensões sociais e interdisciplinares de toda a realidade.

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