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Metodologia de Pesquisa

Ana Barbara Pederiva e Vilma Lima

Metodologia de
Pesquisa

São Paulo
2018
Plano de Aula

Metodologia de Pesquisa

SUMÁRIO
9 Unidade 1 – Pesquisa Científica – Classificação

Unidade 2 – Projeto
21 de Pesquisa: Aspectos Metodológicos,
Teóricos e Técnicos

31 Unidade 3 – Apresentação de Trabalhos Acadêmicos


PLANO DE
AULA

Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem Conserve seu
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua material e local de
formação acadêmica e atuação profissional, siga estudos sempre
algumas recomendações básicas: organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da hidratado.
sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário
fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites
para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará
sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e
auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois
irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com
seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem.

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Objetivos de aprendizagem
Pesquisa Científica – Classificação
Unidade 1

» Estando no universo acadêmico, é preciso que o aluno adquira o conhecimento dos diferentes tipos de pesquisa e as
linhas gerais para o desenvolvimento de um projeto científico. O conhecimento dos diferentes tipos de pesquisas, suas
respectivas classificações e a escolha do método que melhor se aplica à questão da pesquisa e aos seus objetivos
são fundamentais para a obtenção do sucesso na realização de um trabalho científico. Esta unidade de estudo propicia
exatamente esse tipo de conhecimento. A ideia é inserir o aluno no mundo da pesquisa e do trabalho científico.

Projeto de Pesquisa: Aspectos Metodológicos, Teóricos e Técnicos


Unidade 2

» Compreender que a pesquisa tem como ponto de partida uma dúvida que precisa ser esclarecida;
» Adotar procedimentos sistematizados na obtenção das respostas;
» Diferenciar entre os trabalhos dos cientistas e o dos estudantes universitários não deveria residir no método, mas nos propósitos.
Unidade 3

Apresentação de Trabalhos Acadêmicos


» Conhecer conceitos relacionados à formatação de trabalhos acadêmicos.

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1
Pesquisa Científica – Classificação

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Dra. Ana Barbara Pederiva

Revisão Técnica:
Profa. Dra. Vilma Lima

Revisão Textual:
Profa. Me. Luciene Oliveira da Costa Santos
Pesquisa Científica – Classificação
UNIDADE
1
Contextualização
Não importa o nível de escolarização, nos cursos, em todos os níveis, será
exigida, da parte do estudante, alguma atividade de pesquisa.

Mas você sabe o que é pesquisa? Qual a sua finalidade?

Você sabia que o Brasil ocupa posição de destaque no ranking de qualidade científica, medido
Explor

a partir de periódicos de impacto? Sim, o Brasil ocupa o primeiro lugar na América Latina e é
23º no ranking global. As informações estão na edição do Nature Index 2015.
Dados disponível no site: https://goo.gl/UJbmzt (em inglês).

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Introdução
Entende-se por pesquisa científica o conjunto de atividades que têm por finali-
dade buscar conhecimento para alguma dúvida que se tenha. Trata-se, portanto,
de uma atividade voltada para a solução de problemas teóricos ou práticos com o
emprego de métodos e técnicas científicas. Para Demo (2000, p. 20), “Pesquisa é
entendida tanto como procedimento de fabricação do conhecimento, quanto como
procedimento de aprendizagem (princípio científico e educativo), sendo parte inte-
grante de todo processo reconstrutivo de conhecimento”.
Inúmeros autores, entre os quais Andrade (1999), Cervo e Bervian (1996), Gil
(1982), Lakatos e Marconi (1991), Salomon (1977) e Severino (2000), ao con-
ceituarem pesquisa científica, concordam que se trata de procedimento eminente-
mente racional, que faz uso de métodos científicos, visando à busca de respostas e
explicações para a questão em estudo. Enfatizam, também, o caráter processual da
pesquisa enquanto atividade que envolve fases, desde a formulação adequada do
problema até a elaboração e apresentação do relatório final ou monografia.
Se continuarmos a buscar definições para o que seja pesquisa, encontraremos
diversas respostas. De maneira bastante simples, pesquisar pode ser entendido
como a procura por respostas para as mais diferenciadas indagações. Isso posto,
podemos concluir que pesquisamos a todo momento, ainda que, certamente, não
o façamos cientificamente, ou seja, de modo sistemático e a partir do emprego de
processos científicos.
Consultar livros e revistas, verificar documentos, conversar com pessoas,
fazer perguntas a fim de obter respostas podem ser consideradas formas de se
fazer pesquisa uma vez que se está fazendo uma investigação. Evidentemente,
esse sentido mais genérico de pesquisa se opõe ao conceito de pesquisa cientí-
fica que tem por objetivo comprovar uma hipótese através do uso de processos
científicos. Nesse sentido, a definição de Lakatos e Marconi (2007, p. 157) é
bastante elucidativa, já que faz constar que a pesquisa pode ser considerada
“[...] um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer
um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade
ou para descobrir verdades parciais”.
Pesquisar cientificamente significa não apenas procurar a verdade, mas, prin-
cipalmente, descobrir respostas para perguntas ou soluções para os problemas
levantados através do emprego de métodos científicos.
Antes de darmos prosseguimento, é preciso que fique claro que ainda que
façamos pesquisa em vários momentos de nossa vida cotidiana, não se pode con-
fundir uma simples indagação com pesquisa científica, já que esta pressupõe uma
atividade científica completa, que vai desde a formulação do problema até a apre-
sentação de seus resultados.
Um estudo, por sua vez, será considerado científico quando:
• A partir de um marco teórico, discutir ideias e fatos relevantes.
• O assunto tiver caráter relevante e identificável para o autor e leitores.
• Tiver alguma utilidade para a ciência ou comunidade.

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Pesquisa Científica – Classificação
UNIDADE
1
• O autor tiver domínio do assunto, capacidade de sistematização, recriação
e crítica do material coletado.
• Apresentar algo inédito.
• A pesquisa indicar com clareza os procedimentos utilizados.
• Fizer constar elementos que possibilitem refutar ou aceitar as conclusões.
• Apresentar de modo rigoroso os documentos e fontes utilizadas.
• A comunicação dos resultados for organizada de modo lógico.
• A escrita estiver gramaticalmente correta.
Após essa ligeira apresentação do que seja a pesquisa, nas próximas páginas, va-
mos pensar na pesquisa a partir de sua aplicação nas atividades acadêmicas. Sim,
porque se na ”vida comum” pesquisamos o tempo todo, como já dissemos anterior-
mente, imagine isso no cotidiano da vida acadêmica, ou seja, durante o tempo em que
você passar pela universidade, tanto no nível de graduação quanto de pós-graduação.
A pesquisa lhe acompanhará durante todo esse período.
Para Cervo e Bervian (1996), os passos geralmente observados na realização
de pesquisas são os seguintes:
• Formular questões ou propor problemas e levantar hipóteses.
• Efetuar observações e medidas.
• Registrar, tão cuidadosamente quanto possível, os dados observados com o in-
tuito de responder às perguntas formuladas ou comprovar a hipótese levantada.
• Elaborar explicações ou rever conclusões, ideias ou opiniões que estejam em
desacordo com as observações ou com as respostas resultantes.
• Generalizar, isto é, estender as conclusões obtidas a todos os casos que envolvam
condições similares; a generalização é tarefa do processo chamado indução.
• Prever ou predizer, isto é, antecipar que, dadas certas condições, é de se esperar
que surjam certas relações (CERVO e BERVIAN, 1996, p.46-47).
As pesquisas costumam ser agrupadas de acordo com diferentes critérios e
nomenclaturas. Podem ser classificadas, por exemplo:
• Segundo a área de conhecimento – em pesquisas sociológicas, antropológicas,
educacionais etc.;
• Segundo suas finalidades – em pesquisa pura ou aplicada;
• Segundo as técnicas de coleta e interpretação de dados – em pesquisa
quantitativa e qualitativa;
• Segundo o ambiente em que se desenvolve – em pesquisas de
campo, de laboratório.
A essa diversidade correspondem múltiplas maneiras de interpretar os dados
obtidos. São os diferentes marcos epistemológicos de que se lança mão para a
compreensão da realidade estudada. O resultado não deve constituir uma verdade
única, absoluta e inquestionável, mas uma forma de conhecimento que atribui um
determinado sentido (não dogmático) àquele aspecto particular do real.

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Conforme esclarece Pádua (1996), a classificação das pesquisas em diferentes
tipos surgiu com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento das próprias pes-
quisas. A autora, entretanto, observa:
Para além do formalismo que uma tipologia requer, devemos reconhe-
cer que o fundamental é compreender a realidade em seus múltiplos
aspectos e, para tanto, essa compreensão vai requerer, e talvez admitir,
diferentes enfoques, diferentes níveis de aprofundamento, diferentes re-
cursos, dependendo dos objetivos a serem alcançados e as possibilidades
do próprio pesquisador para desenvolvê-los. (PÁDUA, 1996, p. 32-33)

Tipos de Pesquisas
Como já fora dito, o interesse e principalmente a curiosidade fazem com
que o homem investigue sua realidade sob os mais diversificados aspectos e
dimensões. É fato, também, que essa busca pelo conhecimento admite níveis
diferenciados de enfoques e aprofundamentos em função do objeto de estudo,
dos objetivos e da qualificação do pesquisador.

Isso posto, fica evidente e natural a existência de inúmeros tipos de pesquisa,


cada uma delas com suas especificidades.

Pesquisa Exploratória

Pesquisa Descritiva

Pesquisa Básica Pesquisa Explicativa

Quanto à Quanto aos Quanto aos


Natureza Objetivos Procedimentos

Pesquisa Aplicada
Pesquisa Bibliográfica

Pesquisa Documental

Estudo de Caso Pesquisa Experimental

Pesquisa-Ação Pesquisa Operacional

Pesquisa Participante

Expost-Facto

Figura 1
Fonte: Adaptado de Silva (2004)

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Pesquisa Científica – Classificação
UNIDADE
1
A pesquisa, sob o ponto de vista da sua natureza
a) Pesquisa básica: gera conhecimentos novos e úteis para o progresso da
ciência sem aplicação prática prevista. De acordo com a ABNT, esse tipo de
pesquisa destina-se à investigação de fenômenos físicos e seus fundamentos.
b) Pesquisa aplicada: gera conhecimentos para aplicação prática com foco
na solução de problemas específicos.

A pesquisa, sob o ponto de vista de seus objetivos


a) Pesquisa exploratória: muito utilizada para familiarizar-se com um assunto
ainda pouco conhecido ou explorado. Assume, em geral, as formas das pes-
quisas bibliográficas e estudos de caso.
b) Pesquisa descritiva: utilizada quando se quer observar, analisar e corre-
lacionar fatos ou fenômenos sem, no entanto, interferir neles. Consideran-
do que nesse tipo de pesquisa trabalha-se com dados ou fatos colhidos da
própria realidade é indicado o uso de técnicas padronizadas de coleta de
dados. Assume, em geral, a forma de levantamento.
c) Pesquisa explicativa: utilizada primordialmente quando se quer iden-
tificar fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos
fenômenos. É utilizada quando se quer saber o porquê das coisas, ou
seja, suas razões. Busca-se, neste tipo de pesquisa, apresentar o modo ou
o motivo pelo qual o fenômeno é produzido.

A pesquisa sob o ponto de vista de seus procedimentos técnicos


a) Pesquisa bibliográfica: quando organizada a partir de material já publi-
cado, como livros, revistas, publicações em periódicos e artigos científicos,
jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, material cartográfico,
internet. O foco desse tipo de pesquisa é familiarizar o pesquisador com
todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa.

O uso deste procedimento deve ser uma rotina tanto na vida profissional de
professores e pesquisadores, quanto na dos estudantes. Isso porque a pesquisa
bibliográfica tem por objetivo conhecer as diferentes contribuições científicas
disponíveis sobre determinado tema. Ela dá suporte a todas as fases de qualquer
tipo de pesquisa, uma vez que auxilia na definição do problema, na determinação
dos objetivos, na construção de hipóteses, na fundamentação da justificativa da
escolha do tema e na elaboração de qualquer trabalho científico.

b) Pesquisa documental: muito confundida com a pesquisa bibliográfica,


no entanto, enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza das contribuições
de vários autores, a pesquisa documental baseia-se em materiais que não
receberam qualquer tratamento analítico ou que podem ser reelaborados
de acordo com os objetivos da pesquisa.

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c) Pesquisa experimental: neste tipo de pesquisa, tem-se como objetivo
demonstrar como e por que determinado fato é produzido. Ainda que
esse tipo de pesquisa não se resuma a pesquisas de laboratório, é mais fre-
quentemente utilizada nas ciências tecnológicas e nas ciências biológicas.
d) Levantamento (survey): bastante utilizado nos estudos descritivos quando
se deseja conhecer a opinião das pessoas. Esse tipo de estudo destina-se a
pesquisa em grande escala, ou seja, quando se pretende saber a opinião de
um grande número de entrevistados.
e) Pesquisa de campo: entendida como aquele tipo de pesquisa que pretende
buscar a informação diretamente com a população pesquisada, consiste,
portando, na observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem. É preciso
considerar que nestes tipos de estudo o pesquisador precisa ir ao espaço onde
o fenômeno ocorre, ou ocorreu, para reunir as informações necessárias.
f) Estudo de caso: consiste no estudo aprofundado e exaustivo de um deter-
minado indivíduo, família, grupo ou comunidade de maneira que permita
seu amplo e detalhado conhecimento. A ideia é que esse conhecimento
seja posteriormente generalizado, portanto, o sujeito de pesquisa deverá
poder representar seu universo.
g) Pesquisa ex-post-facto: como o nome sugere, esse tipo de estudo analisa
situações que se desenvolveram após algum acontecimento. A ideia é estu-
dar um fenômeno já ocorrido para tentarmos explicá- lo e entendê-lo.
h) Pesquisa-ação: neste tipo de pesquisa, os pesquisadores e os sujeitos de
pesquisa estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. Além
disso, pressupõe além da pesquisa a resolução de um problema coletivo ou
a efetivação de alguma ação prática.
i) Pesquisa participante: este tipo de estudo, assim como a pesquisa-ação,
caracteriza-se pela interação entre pesquisadores e membros das situa-
ções investigadas. A diferença básica é que neste tipo de pesquisa não
há a resolução de problemas e o pesquisador não é neutro, ele elabora
suas conclusões em conjunto com os sujeitos pesquisados. Assim sendo,
o conhecimento é construído coletivamente.

A pesquisa sob o ponto de vista da abordagem do problema


a) Pesquisa qualitativa: configura-se como aquele tipo de pesquisa que
busca entender um fenômeno específico em profundidade. Ao invés de
estatísticas, regras e outras generalizações, este método trabalha com des-
crições, comparações e interpretações. Neste tipo de pesquisa, considera-
-se a complexidade e a particularidade dos fenômenos, e procura-se na
realidade alcançar o entendimento das singularidades e não da genera-
lização. A abordagem qualitativa, portanto, realça os valores, as crenças,
as representações, as opiniões, atitudes e usualmente é empregada para
que o pesquisador compreenda os fenômenos caracterizados por um alto

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Pesquisa Científica – Classificação
UNIDADE
1
grau de complexidade interna do fenômeno pesquisado. Os métodos que
caracterizam a pesquisa qualitativa são: o dialético, por ser a relação sujei-
to-objeto dinâmica, e o fenomenológico, visto que a experiência e o coti-
diano são aspectos essenciais, aos quais o pesquisador deverá dedicar-se
para ultrapassar as aparências.

No método qualitativo, não se obtém resultados numéricos, mas sim respostas,


pensamentos e projeções dos indivíduos e isso o caracteriza como um método de
pesquisa exploratório.

b) Pesquisa quantitativa: provavelmente a mais utilizada e a que você já


ouviu falar. Neste tipo de estudo, prioriza-se a tradução das informações
em número, frequência e intensidade. Como o próprio nome já sugere,
quantifica resultados, avalia as opiniões extraídas de forma numérica com
perguntas objetivas. O método quantitativo na pesquisa científica está as-
sociado à experimentação e manipulação do objeto estudado em uma po-
pulação ou universo. Em toda pesquisa quantitativa existe uma população
ou universo a ser pesquisado, ou seja, a ser ouvido. Na impossibilidade
de se estudar toda essa população, por limitação de tempo, recursos téc-
nicos, financeiros, humanos, geográficos, entre outros, pode-se trabalhar
com a teoria amostral. Assim sendo, do TODO (população – universo),
estabelece-se uma amostra ou parte representativa dessa população que
tanto pode ser probabilística quanto não probabilística.

Técnicas de pesquisa
Agora que já conhecemos todos os tipos de pesquisa é necessário conhecermos
as técnicas de coleta de dados, bem como, os instrumentos de coleta de dados.

Alguns exemplos de Técnicas de coleta de dados:


· Entrevista.
· Levantamentos ou enquetes.
· Observações.
· Censos.
· Grupos focais (uma variação da entrevista).
· Leitura de documentos e obras.
· Análise de discurso.
· Análise de conteúdo.
· Análise argumentativa.
· Análise de conversação e de fala.
· Análise retórica.
· História de vida, e etc.

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Alguns exemplos de Instrumentos de coleta de dados:
· Questionário.
· Roteiro de Entrevista.
· Roteiro de Observação.

Importante! Importante!

A escolha do tipo de pesquisa sugere a técnica de coleta de dados, que por sua vez,
indica os instrumentos de coleta de dados.

Amostragem Probabilística
No caso da amostra probabilística, há a possibilidade de todos os elementos
da população terem possibilidade conhecida, diferente de zero, de serem in-
cluídos na amostra, o que garante a representatividade da amostra em relação
à população. Os tipos de amostra probabilísticas são: aleatória, sistemática,
estratificada e por conglomerado.

Amostragem não probabilística


Já no caso da amostra não probabilística, a escolha dos elementos da amostra
é feita de forma não aleatória, ou seja, de forma racional de acordo com a neces-
sidade e conveniência do pesquisador. Os tipos de amostra não probabilísticas são:
conveniência, quota, julgamento e bola de neve.

Diferenças entre o Método


Qualitativo e Quantitativo
Uma vez definido o tema da pesquisa, deve-se escolher entre realizar uma pesquisa
qualitativa ou uma quantitativa. Uma não substitui a outra: elas se complementam.

As pesquisas qualitativas têm caráter exploratório: estimulam os entrevistados a


pensar e falar livremente sobre algum tema, objeto ou conceito. Elas fazem emergir
aspectos subjetivos, atingem motivações não explícitas, ou mesmo não conscientes,
de forma espontânea.

As pesquisas quantitativas são mais adequadas para apurar opiniões e atitudes


explícitas e conscientes dos entrevistados, pois utilizam instrumentos padronizados
(questionários). São utilizadas quando se sabe exatamente o que deve ser perguntado
para atingir os objetivos da pesquisa. Permitem que se realizem projeções para a
população representada. Elas testam, de forma precisa, as hipóteses levantadas para
a pesquisa e fornecem índices que podem ser comparados com outros.

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Pesquisa Científica – Classificação
UNIDADE
1
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites
Amostragem Probabilística e não Probabilística
https://goo.gl/cDD2HH

Leitura
Métodos Estatísticos
https://goo.gl/DS9I59

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Referências
BARROS, A. J. P. de; LEHFELD, N. A. de. Projeto de pesquisa: propostas
metodológicas. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

DEMO, P. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

________. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica.


6. ed. 5. reimp. São Paulo: Atlas, 2007.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. rev. ampl. São


Paulo: Cortez, 2002.

________. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo:
Cortez, 2007.

SILVA, C. R. O. Metodologia do trabalho científico. Fortaleza: Centro Federal


de Educação Tecnológica do Ceará, 2004.

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2
Projeto de Pesquisa: Aspectos
Metodológicos, Teóricos e Técnicos

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Dra. Ana Barbara Pederiva

Revisão Técnica:
Profa. Dra. Vilma Lima

Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
UNIDADE
2
Introdução
Toda pesquisa, como atividade racional e sistemática, deve passar por uma fase
preparatória de planejamento. Essa fase é concretizada mediante a elaboração de
um projeto, conhecido como Projeto de Pesquisa. Segundo Gil (1995, p. 22),
esse projeto configura-se como um documento explicitador das ações a serem de-
senvolvidas ao longo do processo de pesquisa.

O projeto é uma etapa preliminar no processo de elaboração e execução de uma


pesquisa. Deve prever os passos a serem seguidos e responder às seguintes questões:
• O quê?
• Por quê?
• Para quê e para quem?
• Onde realizar?
• Como?
• Com que recursos?
• Quando?

Em outras palavras, a finalidade intrínseca do projeto de pesquisa é indicar as


intenções do autor, deixando claros o título (ainda que provisório), a delimitação
inicial do objeto da pesquisa, a justificativa, os objetivos, o caminho a ser percorrido,
as estratégicas e os instrumentos a serem utilizados e as etapas a serem vencidas.

O planejamento, como estratégia global de ação, supõe a flexibilidade, a qual


deve estar presente em todas as atividades de pesquisa. Assim, o projeto inicial
pode sofrer alterações na medida em que o pesquisador desenvolver e aprofundar
as suas ideias, ou mesmo fizer descobertas de novos dados.

Nas pesquisas qualitativas, principalmente, não se parte de um projeto rigi-


damente determinado; ao contrário, as questões da pesquisa vão transformando-
-se, as técnicas vão sendo revistas e reelaboradas no próprio processo de pesquisa.

Embora possam aparecer em outra ordem e mesmo serem ampliados ou re-


duzidos, de acordo com a natureza do estudo, os elementos que compõem um
projeto de pesquisa são os seguintes:
• Título e Subtítulo
• Tema – Pesquisar o quê?
• Problema – Qual abordagem?
• Objetivos – Qual é a finalidade?
• Hipóteses – Como prever?
• Justificativa da Pesquisa – Por que fazer?
• Revisão da Literatura – Baseado em quê?

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• Metodologia – Como fazer/Com quem contar/Onde/Quando/De qual maneira?
• Cronograma – O que e em qual período?
• Bibliografia

Título e subtítulo
O título deve sintetizar o conteúdo da pesquisa. Pode ser acompanhado ou não
de subtítulo. Nesse último caso, enquanto o título tem caráter mais geral, o sub-
título delimita com mais precisão o alcance dos objetivos da pesquisa. Exemplo:
“A licenciatura em História: avaliação do curso de História da Unesp-Franca”.
Se anteriormente dissemos que o projeto de pesquisa pode mudar em função dos
avanços do pesquisador, o mesmo cabe, principalmente, ao título do trabalho.

Tema - Delimitação
O pesquisador pode escolher seu tema movido pelo interesse em aprofundar o
estudo em uma determinada questão. Pode, igualmente, ser motivado por interesses
profissionais, por leituras que tenha feito etc. Entretanto, é preciso deixar claro
quais são os limites do estudo e até onde se quer chegar. Delimitar o tema significa
dar limites, ou seja, determinar a extensão do assunto de pesquisa.

Geralmente quando se escolhe o tema de pesquisa, ele é amplo e bastante


genérico, após sua delimitação, se encontrará, especificamente, o recorte que
se pretende trabalhar.

Determine o Tema Escolhido. Encontre seu Foco. Evite assuntos com muita
abrangência. É possível pesquisar sobre qualquer tema, basta saber planejar
para que fique interessante aos olhos de quem lê.

Podemos, por exemplo, definir como tema de pesquisa a violência, porém, ao


pesquisar esse tema, perceberemos que temos uma infinidade de caminhos que
podemos tomar: a violência doméstica; a violência infantil; a violência no trânsito;
a violência contra os idosos; e assim por diante. Ao tentar restringir esse mesmo
tema, podemos chegar à seguinte delimitação: As relações entre violência infantil
e as questões de aprendizagem. Veja que continuamos com o mesmo objeto, no
caso, a violência, porém houve um recorte bastante significativo. A ideia aí seria,
portanto, trabalhar o impacto da violência infantil na aprendizagem.

Você acredita que os estudantes trabalham cientificamente quando realizam pesquisas


Explor

dentro dos princípios estabelecidos pela metodologia científica, quando adquirem a ca-
pacidade não só de conhecer as conclusões que lhes foram transmitidas, mas se habilitam
a reconstituir, a refazer as diversas etapas do caminho percorrido pelos cientistas?

23
UNIDADE
2
Problema de Pesquisa
A definição do problema de pesquisa está vinculada ao tema proposto: ele escla-
rece a dificuldade específica com a qual o pesquisador se defronta e que pretende
resolver a partir da pesquisa. A redação do problema de pesquisa deve ser interro-
gativa, clara, precisa e objetiva.
Exemplo:
1. Qual é o impacto da violência infantil na aprendizagem de crianças entre
7 e 10 anos de idade?
2. Quais motivos influenciam o alto índice de rotatividade de funcionários da
empresa “xy”?
3. A desnutrição determina o rebaixamento intelectual?
As regras básicas para formulação do problema, na perspectiva de GIL (1991),
são as seguintes:
• Deve ser formulado como uma pergunta;
• Deve ser delimitado a uma dimensão viável, ser o mais específico possível;
• Clareza: utilização de termos claros com significado preciso;
• Não deve ser de natureza valorativa (é bom, é certo etc.).

O problema de pesquisa é o que dará a partida para a pesquisa.

Objetivos
Os objetivos devem estar claramente definidos, coerentes com o tema pro-
posto, esclarecendo o que se pretende com o projeto a partir das hipóteses ou
das questões de pesquisa a serem investigadas. Na explicitação dos objetivos de
uma pesquisa, antecipam-se as contribuições que a mesma pretende trazer para
o avanço daquela área específica do conhecimento.
Os objetivos, portanto, têm o escopo de indicar a finalidade da pesquisa, ou
seja, o que o pesquisador pretende conseguir com a investigação. Iniciam-se por
um verbo no infinitivo que deve indicar uma ação intelectual, segundo o estágio que
se propõe o problema de pesquisa, exemplo: identificar, conhecer, relatar, definir,
descrever, demonstrar, diferenciar, operar, empregar, reunir, sintetizar, produzir,
medir, julgar, argumentar etc.
Exemplo: Identificar se há relação entre a violência infantil e a aprendizagem.

Hipóteses
A hipótese é uma teorização prévia a respeito do que se pretende estudar, apre-
senta-se de modo afirmativo, guiando o pesquisador para a coleta de dados que
prove ou refute a situação hipotética lançada no projeto de pesquisa. A hipótese,
portanto, seria uma resposta hipotética ao problema de pesquisa. Seria, assim, a
resposta que se tem para o problema de pesquisa antes de o estudo ser efetivado.

24
Regras para formulação da hipótese seguindo os critérios de GIL (1991):
• Deve ter conceitos claros;
• Deve ser específica;
• Não deve se basear em valores morais;
• Deve ter como base uma teoria que a sustente.

Exemplo de hipótese: a violência cometida contra crianças impacta, sobrema-


neira, em seu processo de aprendizagem.

Justificativa da Pesquisa
Neste item, o pesquisador expõe os motivos mais significativos que o levaram a
abordar o tema escolhido. Contudo, o principal critério mediante o qual se justifica
a escolha de um tema é o de sua relevância tanto social quanto científica.

A argumentação mediante a qual o pesquisador expõe os motivos que o leva-


ram a eleger determinado tema e a importância da contribuição que seu estudo
pode ensejar são fatores fundamentais na aceitação da pesquisa por parte de seu
público-alvo.

Justificar é oferecer razão suficiente para a motivação da pesquisa.

Para evidenciar as razões do que será abordado na pesquisa, a ideia é responder


a partir de um texto dissertativo duas questões básicas: quais motivos justificam
meu projeto? Que contribuições para a compreensão, intervenção ou solução para
o problema trará a realização de tal pesquisa?

Revisão da Literatura
A revisão da literatura é considerada um item fundamental e de suma impor-
tância para se organizar o estudo que se pretende realizar. Envolve localizar, ana-
lisar, sintetizar e interpretar estudos realizados previamente sobre o mesmo tema
(revistas cientificas, livros, anais de congressos, resumos etc.). Trata-se, portanto,
de uma análise bibliográfica pormenorizada dos principais trabalhos já publica-
dos. A revisão da literatura é indispensável tanto para definir bem o problema de
pesquisa, quanto para obter uma ideia do estado da arte do tema que se pretende
trabalhar. Nesse item, a ideia é redigir um texto dissertativo indicando como cada
obra ou autor analisado contribuirá para o estudo proposto. Essas obras e autores
serão utilizados para embasar os argumentos do pesquisador.

Importante! Importante!

A Revisão da Literatura não é uma Coleção de Resumos!


A Revisão da Literatura é um Diálogo entre as Obras e Autores Estudados e o Tema que
se está Trabalhando na Pesquisa.

25
UNIDADE
2
Metodologia
A Metodologia é o tópico do projeto de pesquisa que abrange o maior número
de itens, pois deve responder às seguintes questões: Como? Com quê? Onde?
Quanto? (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 221).

Neste item, esclarecemos a respeito do tipo de pesquisa que será desenvolvida:


bibliográfica, de campo, de laboratório ou, se for o caso, um estudo que combinará
diferentes formas de investigação.

No projeto de pesquisa, esse item deverá ser redigido com linguagem,


essencialmente, no futuro, pois inclui a apresentação e explicação de todos os
procedimentos que se pressupõem necessários para a execução da pesquisa.

Deverão ser mencionadas, também, as técnicas e os instrumentos que serão


empregados na coleta de dados como, por exemplo: levantamento das fontes do-
cumentais e bibliográficas, observação, entrevistas, questionários, testes, história
de vida, análise de conteúdo etc.

Cronograma
Refere-se à distribuição dos vários momentos ou etapas do desenvolvimento da
pesquisa, dentro de um determinado tempo.

Exemplo:

CRONOGRAMA
ATIVIDADES ANO 2015 ANO 2016 ANO 2017
Cursar Disciplinas 1º / 2º sem.
Pesquisa bibliográfica 1º / 2º sem.
Organização dos grupos
1º sem.
de pesquisa
Elaboração do Projeto
1º sem.
de Qualificação
Qualificação 2º sem.
Aplicação da Pesquisa 2º sem.
Análise da Pesquisa 1º sem.
Redação da Tese 1º / 2º sem.
Defesa 2º sem.

26
Bibliografia
Todo projeto de pesquisa deve listar as fontes que serão utilizadas, com as
devidas referências bibliográficas.

Fontes confiáveis do conhecimento científico: documentação


direta (primária) e indireta (secundária)
Para uma boa formação universitária e, consequentemente, uma boa pesquisa,
é necessário que o estudante/pesquisador desenvolva algumas habilidades próprias
de cada área do conhecimento. Inicialmente, para que essas habilidades sejam
adquiridas, faz-se necessário um embasamento teórico.

Esse embasamento teórico deve ser adquirido em fontes confiáveis de pesquisa,


que podem ser localizadas em diversos locais, tais como: bibliotecas especializadas,
arquivos públicos, sites acadêmicos/científicos dedicados à divulgação de pesquisas,
sites governamentais, entre outros.

A identificação das fontes confiáveis de pesquisa pode ser iniciada da se-


guinte forma:
[...] pela consulta de obras que propiciam informações gerais sobre o
assunto: enciclopédias, manuais, dicionários especializados etc. Essas
obras indicarão outras, que abordam o assunto de maneira mais específica
e abrangente. Se houver necessidade de atualizar informações, as obras
de publicação mais recente, os artigos de revistas e outras publicações
especializadas deverão ser consultados. (ANDRADE, 2003, p. 41)

As fontes de pesquisa (livros, dissertações de mestrado, teses de doutorado,


revistas acadêmicas/científicas, bases de dados etc.) podem ser divididas em
primárias e secundárias. Para a elaboração de trabalhos (pesquisas) acadê-
micos, podemos recorrer também a diversas instituições públicas e privadas
que armazenam e disponibilizam para consulta bases de dados do acervo de
documentos e da produção intelectual.

Trocando ideias...Importante!
Para cada área do conhecimento, encontramos diversos sites interessantes que dis-
ponibilizam bancos de dados para os pesquisadores. Converse com seus professores e
solicite sugestões.

27
UNIDADE
2
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Leitura
Como fazer um Projeto de Pesquisa Passo a Passo
Neste endereço você encontrará todas as orientações necessárias para a organização
de um projeto de pesquisa, inclusive com vídeos:
https://goo.gl/kEqyOY
Metodologia do Trabalho Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico
Neste endereço você poderá baixar gratuitamente um livro bastante interessante so-
bre metodologia:
https://goo.gl/ydRNhH

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Referências
ALVES, R. A filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. São Paulo:
Loyola, 2000.

ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho científico. São Paulo:


Atlas, 2003.

BARBOSA, Derly. Metodologia de estudos e elaboração de monografia. São


Paulo: Expressão & Arte, 2006.

BARROS, Aidil Jesus da Silveira.; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza.


Fundamentos de metodologia científica: um guia para a iniciação científica.
São Paulo: Pearson Makron Books, 2000.

BASTOS, Cleverson; KELLER, Vicente. Aprendendo a aprender: introdução à


metodologia científica. Petrópolis: Vozes, 2000.

DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000.

DIONE, J.; LAVILLE, C. A construção do saber. Porto Alegre: UFMG, 2004.


FREIRE- MAIA, N. A ciência por dentro. 6 . ed. Petrópolis: Vozes, 2000.

GALLIANO, A. C. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1986.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1989.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995.

HAGUETTE, T. M. F. Metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis:


Vozes, 2003.

JAPIASSU, H. Nascimento e morte das ciências humanas. Rio de Janeiro: F.


Alves, 1978.

KÖCHE, J. C. Fundamentos de metodologia científica. 12. ed. Petrópolis:


Vozes, 1997.

KUHM, T. S. A. Estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1991.

MÁTTAR NETO, J. A. Metodologia científica na era da informática. São Paulo:


Saraiva, 2002.

SALONON, D. V. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

SEVERINO, A. Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21. ed. São Paulo:


Cortez, 2007.

29
3
Apresentação de Trabalhos Acadêmicos

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Dra. Vilma Lima

Revisão Técnica:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
UNIDADE
3
Introdução
Agora que você já sabe quais são os tipos de trabalhos acadêmicos mais utilizados
na universidade, é preciso saber como apresentá-los graficamente.

Como você deve ter percebido, já não é mais possível o envio de trabalhos
manuscritos ou mesmo formatados de acordo com o desejo do autor. Existem
padrões e regras que regem a formatação de trabalhos acadêmicos – sejam quais
forem: resenha, resumo, artigo científico, paper, monografia etc.

Enfim, todo trabalho escrito para fins acadêmicos deve seguir as normas esta-
belecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). As principais
Normas Brasileiras (NBR) para a formatação de trabalhos científicos são:
• NBR 14724 – trata, especificamente, dos princípios gerais para a elaboração
e apresentação dos trabalhos acadêmicos. Esta norma é mais utilizada nos
casos de trabalhos mais extensos, como monografia, Trabalho de Conclusão
de Curso (TCC), dissertação de Mestrado e tese de Doutorado;
• NBR 10520 – regula as exigências para o uso de citações durante a elaboração
dos trabalhos acadêmicos;
• NBR 6022 – trata, especificamente, da apresentação de artigos científicos;
• NBR 6023 – orienta a apresentação das referências (antiga bibliografia) dentro
do trabalho acadêmico;
• NBR 6027 – trata, especificamente, da apresentação do sumário;
• NBR 6028 – orienta a apresentação do resumo e do abstract;
• NBR 6024 – orienta a apresentação do sistema progressivo de numeração das
seções do trabalho, a fim de que haja uma sequência lógica e inter-relacionada
dos assuntos;
• NBR 6034 – trata, especificamente, dos requisitos de apresentação e dos
critérios para a elaboração de índices;
• NBR 15287 – orienta a apresentação dos princípios básicos para a elaboração
de projetos de pesquisa.

É preciso ficar atento(a), pois a ABNT tem como princípio revisar as suas
regras e atualizá-las por meio de comissão. Assim, todas essas normas devem
ser atualizadas sempre que houver alteração.

Para facilitar o seu entendimento, considerando a quantidade de informações


contidas nas diversas NBR, bem como sua complexidade, optamos pela apresentação
dos principais itens constantes nas diversas normas.

Quanto à apresentação formal de um trabalho científico, sugere-se a seguin-


te formatação:

32
Formatação
Texto
» Fonte – Times New Roman ou Arial;
» Tamanho – 12 (para texto) e 10 (para citação);
» Espaçamento – 1,5 (para texto);
» Papel – A4 branco;
» Cor – preta.

Quantidade de páginas:
Não há uma regra definida para o número de páginas de qualquer trabalho
acadêmico. Quem define isso, normalmente, é a instituição de ensino ou o professor
orientador. Portanto, não há limite mínimo ou máximo.

Títulos
» Os títulos de capítulos iniciam-se, sempre, em uma nova página, junto à
margem superior e à esquerda;
» Os títulos não numerados – por exemplo, sumário, lista de figuras, de tabelas,
agradecimentos, resumo, referências, anexo(s), apêndice(s) etc. –, deverão
ser centralizados;
» Os títulos dos capítulos numerados, itens e subitens deverão ser apresentados
junto à margem esquerda e livres de qualquer sinal gráfico – tais como ponto,
traço etc.;
» Os títulos deverão ser destacados, gradativamente, usando-se os recursos de
negrito, itálico, caixa alta etc.;
» Segundo a NBR 6024, deve-se limitar a numeração progressiva – subdivisão
de seções – até a seção quinária, ou seja, até cinco subseções.
Exemplos de apresentação de título:
1 SEÇÃO PRIMÁRIA – TODO EM NEGRITO E EM LETRAS MAIÚSCULAS
1.1 SEÇÃO SECUNDÁRIA – EM LETRAS MAIÚSCULAS SIMPLES
1.1.1 Seção terciária – todo em negrito e em letras minúsculas
1.1.1 Seção quaternária – todo em negrito, itálico e em letras minúsculas
1.1.1.1 Seção quinária – todo em itálico e em letras minúsculas
• Margens:
» Superior – 3,0 cm;
» Inferior – 2,0 cm;
» Esquerda – 3,0 cm;
» Direita – 2,0 cm.

33
UNIDADE
3
Numeração de páginas
» Todas as páginas devem ser contadas a partir da folha de rosto, porém, o número
correspondente à página deve aparecer somente a partir da introdução;
» O número deve constar no canto superior direito da folha, a 2 cm da
borda superior.

Referências
» Alinhadas à margem esquerda do texto, em espaço simples e separadas
entre si por espaço duplo;
» O arranjo das referências deve estar de acordo com o sistema de chamada
autor-data – em ordem alfabética – ou numérica – em ordem numérica,
como aparece no texto;
» As referências devem ser listadas ao final do trabalho.

Exemplos – indicação de autoria:

Quando o autor da obra for uma pessoa física, deve-se citar o último sobrenome,
em letras maiúsculas, seguido do(s) prenome(s) e outros sobrenomes. Os nomes
devem ser separados por ponto e vírgula, seguidos de espaço – isso para o caso de
haver até três autores para uma mesma obra.

Exemplo de obra de um autor:

ALVES, R. de B. Ciência criminal. Rio de Janeiro: Forense, 1995.

Exemplo de obra de dois autores:

DAMIÃO, R. T.; HENRIQUES, A. Curso de Direito jurídico. São Paulo:


Atlas, 1995.

Exemplo de obra de três autores:

PASSOS, L. M. M.; FONSECA, A.; CHAVES, M. Alegria de saber: Matemática,


Segunda Série, 2, Primeiro Grau: livro do professor. São Paulo: Scipione, 1995.

Exemplo de obra de mais de três autores:

URANI, A. et al. Constituição de uma matriz de contabilidade social para


o Brasil. Brasília, DF: Ipea, 1994.

Importante! Importante!

No caso de haver mais de três autores, deve-se indicar somente o primeiro autor, seguido
da abreviação latina et al. – que significa “e outros”.

34
Autoria desconhecida – a entrada deverá ser feita a partir do título:
INSETICIDA com efeito prolongado. Dirigente Rural, São Paulo, v. 31, n. 1,
p. 46-50, 1992.
Autor com identificação de responsabilidade:
FERREIRA, L. P. (Org.). O fonoaudiólogo e a escola. São Paulo: Summus, 1991.
Quando o autor da obra for uma entidade, deve-se citá-la a partir do próprio
nome de tal organização, por extenso.
Uma entidade:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520:
apresentação de citações em documentos: procedimento. Rio de Janeiro, 1988.
Um congresso:
CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO,
10., 1979, Curitiba, PR. Anais... Curitiba, PR: Associação Bibliotecária do
Paraná, 1979.
Exemplos de indicação de título e subtítulo: após a indicação do autor da
obra, o próximo item constante nas referências são o título e o subtítulo da obra
– quando houver –, que devem ser reproduzidos, exatamente, como aparecem no
documento. Veja:
PASTRO, C. Arte sacra. São Paulo: Loyola, 1993.
PORTER, M. E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e
da concorrência. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004.
Obras sem título: quando não houver título, deve-se atribuir uma palavra
ou frase que identifique o conteúdo do documento, entre colchetes, como no
seguinte exemplo:
SIMPÓSIO BRASILEIRO DE AQUICULTURA, 1., 1978, Recife, PE. [Trabalhos
apresentados]. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Ciências, 1980.
Exemplos – indicação da edição: o terceiro item constante das referências é
a indicação da edição, que deverá ser transcrita, utilizando-se abreviaturas dos
numerais ordinais e da palavra edição:
BAPTISTA, G. L. Fundamentos e técnicas de enfermagem. 2. ed. Novo
Hamburgo, RS: Feevale, 2007.
ECONOMICS of the environment: selected readings. 4th ed. New York: WW
Norton, 2000.
Exemplos – indicação do local de publicação da obra: na sequência da indicação
da edição, será preciso sinalizar o nome do local – cidade – de publicação da obra.
Este item deverá aparecer tal qual figura no documento original. Exemplo:
PRODANOV, C. C. A Vila Imperial de Potosi: na crônica de Bartolomé Arzáns
de Orsúa y Vela. Novo Hamburgo, RS: Feevale, 2005.

35
UNIDADE
3
Exemplos – indicação da editora responsável pela obra: outro elemento
essencial nas referências é a indicação do nome da editora que, também, deve ser
apontado tal como no documento. Exemplos:

STARR, M. K. Administração da produção: sistemas e sínteses. São Paulo:


Edgard Blücher; USP, 1971.

LIMA, M. Ter encontro com Deus: teologia para leigos. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1985.

Exemplos – indicação da data de publicação da obra: a data de publicação deverá


ser indicada em algarismos arábicos. Considerando tratar-se de elemento essencial
para a referência, deverá ser sempre indicada uma data, seja a de publicação, de
distribuição, de copyright, de apresentação – do depósito – ou outra. No caso de
não haver determinação de uma data exata, deve-se, entre colchetes, registrar uma
data aproximada. Exemplos:

HOSSEINI, K. A cidade do Sol. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.

SPENDOLINI, M. J. Benchmarking. São Paulo: Makron Books, [1994].

Referências: relação das obras consultadas e utilizadas/citadas pelo autor (livros, artigos de
Explor

periódicos, teses, relatórios técnicos etc.);


Bibliografia consultada: relação das obras que foram lidas, porém, que não foram
efetivamente utilizadas na redação do trabalho (pode-se considerar como literatura
sugerida ou leitura complementar).

Notas de rodapé
• As notas de rodapé deverão ser digitadas dentro das margens, ficando sepa-
radas do texto por um espaço simples de entrelinhas e por filete de 5 cm;
• A numeração das notas de referência é feita por algarismos arábicos, devendo
ter numeração única e consecutiva.1

Exemplo:2

Citações: são menções, no texto, de informações extraídas de outra fonte


(NBR 10520).

Podem aparecer de duas formas: diretamente no texto ou em notas de rodapé.


O meio mais usual, no entanto, é a apresentação das citações no texto.
As regras básicas de apresentação de citações são:
• Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável
ou pelo título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e minúsculas

1 Vejamos como exemplo desse tipo de abordagem o estudo de Demo (2000).


2 Encontramos esse tipo de perspectiva, em grande parte, no estudo de Hair e colaboradores (2005).

36
e, quando estiverem entre parênteses, devem ser em letras maiúsculas, apenas;
• Na citação indireta, aquela que a escrita se baseou em alguma obra lida, a
apresentação deverá ocorrer diretamente no texto. Neste caso, basta citar o
autor e o ano da publicação da obra consultada – conforme exemplo adiante;
• Já na citação direta, aquela cujo texto não é autoral, ou seja, é cópia da
escrita de outro autor, com até três linhas, a apresentação deverá ocorrer
diretamente no texto. Neste caso, além de citar o autor e o ano, é preciso
indicar, também, a(s) página(s) na(s) qual(is) aparece(m) o texto copiado –
conforme exemplo adiante;
• Na citação direta com mais de três linhas, a apresentação deverá ser
destacada do texto com recuo de 4 cm da margem esquerda, e escrita com
letra menor que a do texto – por exemplo, em texto com tamanho de letra 12,
neste tipo de citação deve-se usar letra de tamanho 10 e espaçamento entre
linhas simples (conforme exemplo adiante);
• Há também a citação da citação, ou seja, quando se usa o texto de um segundo
autor que já tenha citado um autor primário. Por exemplo: quando você quer
utilizar um trecho de uma obra que não conseguiu ter contato direto, ou melhor,
quando você leu esse trecho na obra de outro autor.
Veja os seguintes exemplos de citação indireta, ou seja, aquela em que o texto
foi escrito a partir das ideias de um autor consultado:
A ironia seria, assim, uma forma implícita de heterogeneidade mostrada,
conforme a classificação proposta por Authier-Revuz (1982).
Segundo Shiffman e Kanuk (2000), o comportamento do consumidor estuda
de que maneira as pessoas resolvem gastar seu tempo e dinheiro para fazer
determinada compra, assim como seu esforço para consumir.
Agora veja o seguinte exemplo de citação direta com até três linhas, ou seja,
aquela em que o excerto é extraído de uma obra consultada como uma cópia literal:
“Apesar das aparências, a desconstrução do logocentrismo não é uma Psicaná-
lise de Filosofia [...]” (DERRIDA, 1967, p. 293).
Ademais, veja, abaixo, exemplos de citação direta com mais de três linhas:
Um dos pilares do pensamento de Vygotsky é a idéia de que as funções
mentais superiores são construídas ao longo da história social do homem.
Na sua relação com o meio físico e social que é mediada pelos instrumentos
e símbolos desenvolvidos no interior da vida social, o ser humano cria e
transforma seus modos de ação no mundo. (OLIVEIRA, 1993, p. 83)

Sobre definir, Demo (2000, p. 13)


[...] comenta que entre as expectativas ditas pós-modernas está a de que
toda definição é apenas aproximativa, porque nenhum fenômeno tem
contornos nítidos, muito menos fenômenos sociais e históricos. Definir é
colocar limites. Quanto mais algo está fechado entre limites, mais claro
se torna.

37
UNIDADE
3
Freitas (2007, p. 100) enfatiza que:
Tradicionalmente, os conectivos são vistos na linguagem da lógica
como elementos úteis para se vincular proposições explícitas e deli-
mitadas (o porquê introduz os argumentos, o então e o logo sempre
introduzem as conclusões, por exemplo). Mas sob o ponto de vista da
argumentação na língua, amplia-se essa compreensão [...].

Churchill e Peter (2003, p. 116) definem a pesquisa de marketing como


[...] a função que liga o consumidor, o cliente e o público ao profissional
de marketing por meio de informações – estas usadas para identificar e
definir oportunidades e problemas de marketing; gerar, refinar e avaliar
ações de marketing; monitorar o desempenho de marketing; e melhorar
o entendimento do marketing como um processo.

Atente-se ao seguinte exemplo, escrito por Costa (2009, p. 95), em que esta
autora cita outro autor:
Um dos mais influentes foi o filósofo Guy Debord, autor de A sociedade
do espetáculo, dedicada ao estudo da inversão existente entre a sociedade
real e as imagens que a representam, fundamento da aparência fetichista
do mundo e de suas relações espetaculares. Diz ele: “O espetáculo não é
um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas mediati-
zada por imagens”. (DEBORD, 1972, p. 12)

Observe que Costa (2009, p. 95) leu e citou diretamente Debord (1972, p. 12).

Agora, supondo que você escreva sobre o assunto e que não tenha acesso ao
texto de Debord (1972), tendo lido apenas o texto de Costa (2009), mas que gos-
taria de citar a definição de espetáculo de Debord, as seguintes maneiras poderiam
ser usadas para fazer isso:

Segundo Debord (1972, p. 12 apud COSTA, 2009, p. 95): “O espetáculo não


é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas mediatizada
por imagens”.

Segundo Debord (1972, p. 12): “O espetáculo não é um conjunto de imagens,


mas uma relação social entre pessoas mediatizada por imagens” (apud COSTA,
2009, p. 95).

Agora sem a expressão apud, mas ainda – e necessariamente – indicando


a intermediação:

Segundo Debord (1972, p. 12), conforme citado por Costa (2009, p. 95):
“O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre
pessoas mediatizada por imagens”.

Reiterando que esses exemplos se referem à citação da citação.

38
Em Síntese Importante!

Há casos em que:
• O pesquisador utiliza as suas palavras para expressar as ideias e informações retiradas
da bibliografia, portanto, casos chamados de citação indireta;
• Há “cópia” – transcrição literal – de fragmento do texto consultado, portanto, casos
chamados de citação direta.

Importante! Importante!

Dar os devidos créditos aos autores originais nas citações é uma questão de ética, de
reconhecimento do mérito e da responsabilidade do autor original e, evidentemente,
respeito aos direitos autorais. Portanto, não se esqueça de fazer todas as citações
necessárias tanto de fonte escrita, quanto de fonte oral.

Quanto à estrutura formal de um trabalho acadêmico, inclui os seguintes elementos:


• Pré-textuais – itens que antecedem o texto. São, normalmente, informações
que ajudam na identificação e utilização do trabalho;
• Textuais – itens que compõem o trabalho em si;
• Pós-textuais – itens que complementam e fornecem as referências do trabalho.
Quadro 1
Elementos Pré-textuais Textuais Pós-textuais
Capa
Folha de rosto
Ficha catalográfica
Folha de aprovação
Dedicatória
Introdução
Agradecimentos Referências
Justificativa
Epígrafe Cronogramas
Objetivos
Seções Resumo/abstract Glossários
Metodologia
Palavras-chave Apêndices
Desenvolvimento
Lista de abreviaturas Anexos
Conclusão
Lista de siglas
Lista de ilustrações
Lista de tabelas
Lista de símbolos
Sumário
Participam da contagem Participam da contagem
Participam da contagem do número de
Observações do número de páginas do número de páginas
páginas, mas não são paginados
e são paginados e são paginados
Fonte: Elaborado pela professora conteudista

Você pode utilizar os recursos do Microsoft Office Word para formatar todos os seus
Explor

trabalhos acadêmicos. Para tanto, acesse o livro eletrônico de Cleber Cristiano Prodanov
e Ernani Cesar de Freitas, disponível em: https://goo.gl/ydRNhH.

39
UNIDADE
3
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites
Formatação ABNT de Trabalhos Acadêmicos pelas Regras e Normas Padrão
FORMATAÇÃO ABNT de trabalhos acadêmicos pelas regras e normas padrão.
TCC Monografias e Artigos, [20--].
https://goo.gl/mzqvFd
Normas da ABNT
NORMAS da ABNT – citações e referências bibliográficas. [20--].
https://goo.gl/C9tX

Leitura
Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico
PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. de. Metodologia do trabalho científico:
métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo, RS:
Universidade Feevale, 2013.
https://goo.gl/ydRNhH

40
Referências
BARROS, A. J. P. de; LEHFELD, N. A. de. Projeto de pesquisa: propostas
metodológicas. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

DEMO, P. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

________. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica.


6. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. atual. São


Paulo: Cortez, 2007.

________. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. rev. ampl. São Paulo:
Cortez, 2002.

SILVA, C. R. O. Metodologia do trabalho científico. Fortaleza, CE: Centro


Federal de Educação Tecnológica do Ceará, 2004.

41
São Paulo
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